Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

domingo, maio 31, 2009

Dia Mundial sem Tabaco - 31 de maio


O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes.

Pesquisas comprovam que;
■ Aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam.
■ Nos países em desenvolvimento os fumantes constituem 48% da população masculina e 7% da população feminina,
■ Nos países desenvolvidos a participação das mulheres mais do que triplica: 42% dos homens e 24% das mulheres têm o comportamento de fumar.

O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de 4,9 milhões de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. Caso as atuais tendências de expansão do seu consumo sejam mantidas, esses números aumentarão para 10 milhões de mortes anuais por volta do ano 2030, sendo metade delas em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 69 anos)

Brasil
Quase metade dos fumantes brasileiros (48,2%) afirma que as advertências nos maços de cigarros fazem com que fiquem mais propensos a deixar o vício, segundo dados preliminares de pesquisa internacional divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer sobre políticas de controle do tabaco.
Desde 2001, os fabricantes ou importadores de produtos de tabaco no Brasil são obrigados por lei a inserirem advertências sanitárias acompanhadas de fotos que ocupam 100% de uma das maiores faces dos maços de cigarros, acompanhadas do número do Disque Saúde - Pare de Fumar.
Estudos científicos demonstram que advertências sanitárias mais eficientes são as que geram reações emocionais negativas, como o medo e a repulsa, pois são as que mais favorecem uma redução da freqüência e intensidade do consumo e que mais motivam os fumantes a tentarem deixar de fumar.

Pesquisa
No Brasil, a pesquisa está sendo realizada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) e pela Universidade de Waterloo, do Canadá, sob a coordenação do professor Geoffrey Fong.

Alguns dados sobre a pesquisa no Brasil:
■ 91,8% dos fumantes ouvidos disseram que se pudessem voltar atrás, não teriam começado a fumar (61.0% concordaram fortemente + 30.8% concordaram).
■ 50% dos fumantes e 28% dos não-fumantes reparam nas imagens de advertência dos maços frequentemente ou muito frequentemente.
■ 32,7% dos fumantes leram ou olharam atentamente para as advertências dos rótulos frequentemente ou muito frequentemente.
■ 43.8% dos fumantes fizeram esforço para evitar olhar ou pensar sobre as advertências.

Na Espanha
Morre anualmente cerca de 50.000 pessoas por doenças decorrentes do consumo de fumo, um valor superior do que o conjunto de mortes por acidentes de trânsito e consumo de drogas ilícitas.
E como exemplo:
■ De cada 1.000 mortes na Espanha, 151 se devem ao consumo de fumo, 15 de acidentes de trânsito, 4 de AIDS e menos de um para consumo de drogas ilícitas.

A presidenta da Sociedade Espanhola de Cardiologia (SEC), María Jesús Salvador, vai mais longe e aponta uma morte relacionado com o fumo a cada 10 minutos, ou equivale a 144 mortes diárias.

Tabagismo passivo
Mas o cigarro não mata só a quem consome voluntariamente, já que se estima que mais de 1.000 não-fumantes morrem anualmente por tabagismo passivo. É que a fumaça de um cigarro contém mais de 4.000 substâncias químicas, das quais mais de 50 são carcinógenos.

Relatórios da Organização Mundial da Saúde
Apontam:
■ O fumo é a primeira causa evitável de doença, invalidez e morte prematura no mundo.
■ Além disso, o tabagismo provoca 1,2 milhões de mortes na Europa, está diretamente relacionado com surgimento de 29 doenças, das quais 10 são diferentes tipos de câncer.
■ E é a principal causa de muitas mortes por câncer de pulmão e a mais da metade das doenças cardiovasculares.

Em particular, segundo informa o Ministério da Saúde da Espanha;
■ O fumo é o responsável por mais de 90% dos casos de bronquite diagnosticadas;
■ 95% dos casos de câncer de pulmão;
■ 30% de todas as cardiopatias coronárias;
■ E é também um fator causal bem estabelecido de câncer do esôfago, bexiga urinária, cavidade bucal, e laringe.

Fontes: INCA (Instituo Nacional de Câncer)-Ministério da Saúde do Brasil e ABC - Madrid , 30 de mayo de 2009

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sábado, maio 30, 2009

Acidente com carretel para cabos

O que os trabalhadores estavam imaginando quando colocaram o carretel para cabos numa escada? Pensaram, vamos fazer menos força? O transporte seria mais fácil? Não imaginaram que de acordo com a inclinação o carretel desceria impulsionado pelo próprio peso e aceleração? Eles teriam força suficiente para controlar a descida do carretel?



O diagrama ao lado, indica as forças atuantes num plano inclinado
Um carretel com cabos elétricos pode pesar 600 kg. A aceleração (a) pode atingir 8,66 m/s e a força (Px) equivale a 433 N. Essa seria a força que os trabalhadores deveriam aplicar para o carretel permanecesse parado. A velocidade final do carretel é de 36 km/h. Se atingisse uma pessoa poderia ferir gravemente.



Movimentação de carga em plano inclinado deve tomar cuidado em relação:
■ Tipo de veiculo adequado para determinado tipo de carga e peso
■ Analisar os fatores externos envolvidos, tais como; inclinação do plano, peso da carga, tipo de terreno e nivelação, etc.
■ Carga manual: peso da carga, formato da carga e volume, controle da carga por meio de roldanas ou outros métodos.


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quinta-feira, maio 28, 2009

Acidente de trabalho, morte e fatalismo

A criatividade do trabalhador para ativar o risco é imensurável. Sempre querendo quebrar protocolo de segurança ou queimar etapas de segurança. Se já fiz isso, não aconteceu nada, porque não posso fazer novamente? É a luta do diabinho com o anjo guarda de segurança. O diabinho sempre instigando o trabalhador para buscar o perigo. Como geralmente o perigo não é visível, o trabalhador se arrisca e percebe muito tarde o perigo visível, que é o acidente.
O trabalhador aceita passivamente a fatalidade. Ele reconhece que é predestinado a fatalidade. Para ele o acidente ou morte faz parte da vida.
Quantas vezes já ouvimos essas expressões ou crenças:
■ "Tinha que acontecer" quando se está diante de um evento trágico, ou no mínimo, indesejado.
■ Por que tinha que ser assim?
■ Em caso de morte, há sempre quem diga "cada um tem sua hora".
■ Frente a um assalto ou acidente, não soaria estranho se ouvíssemos que aquele indivíduo estava no lugar errado na hora errada, ou que era seu destino, mesmo que o tal lugar fosse visivelmente inseguro pelas próprias características.
■ Em outras palavras, o que tem que acontecer, simplesmente acontece e não há como escapar do fato.

Crenças como essas mostram que, muitas vezes, buscamos transferir a causa do acontecimento indesejado, motivo de sofrimento, a algo que está fora do nosso controle, de preferência bem distante de nós. É deste modo que o fatalismo ganha forma e expressão.

Os trabalhadores podem até desafiar o perigo e construir o que chama de "guarda-chuva defensivo" como mecanismo coletivo de proteção contra o medo. Esta é uma estratégia segundo a qual, diante de atividades reconhecidamente arriscadas, os trabalhadores tendem a desafiar o perigo se expondo a ele. Ao desafiarem o risco, eles teriam a sensação de dominá-lo.
Como o trabalhador já está acostumado com a adversidade da vida, o perigo faz parte dessa vida.
Atribuindo ao Criador do Mundo a responsabilidade sobre o trágico, de certo modo os trabalhadores encontram coragem necessária para lidarem com o perigo visível e o próprio medo da morte. Desta forma, mesmo que admitam que o trabalho é arriscado, o acidente só irá acontecer e a morte só poderá abater "se Deus quiser".

Mesmo que reconheçam a condição perigosa pela ausência de segurança oferecida pelas empresas, o acidente fatal acontece aos colegas porque "tinha que acontecer". Em outras palavras, a morte chegou porque já era seu momento. Para quem sofreu acidente grave e sobreviveu, o que aconteceu foi um grande susto: "Eu andei muito perto de morrer, mas acho que não chegou à hora ainda", diz um trabalhador. E se Deus permitiu que o acidente acontecesse, ao menos evitou que a tragédia fosse maior não subtraindo a vida: "Deus não quis que eu morresse".

Assim, saúde e doença, vida e morte são processos que se explicam pela intervenção de Deus ou do destino, mesmo que, muitas vezes, os próprios trabalhadores reconheçam que determinadas condições de vida e trabalho sejam fundamentais para a proteção da saúde e da vida, e que a ausência de uma política de segurança adequada nas empresas seja a grande responsável por acidentes e mortes. Esta dupla forma de racionalizar os eventos que atropelam a vida pode até parecer um tanto paradoxal. Um olhar mais atento, entretanto, poderá mostrar que se trata de uma visão bastante coerente da realidade. A geração de trabalhador ainda vem da área rural, desde criança passam por privações, adversidades, que moldam sua aceitação do perigo, sua rusticidade, etc.

Suas vida são geralmente marcadas por um conjunto de adversidades e certa intensidade de sofrimento, normalmente associado à determinada situação de vida na qual a precariedade e a incerteza são os mais fortes matizes. Iniciam-se no trabalho muito cedo, ainda na infância, e geralmente, em atividades consideradas muito penosas, como exemplo, trabalho no campo ou na roça, lutando contra fome e água, etc. Já adultos e, normalmente, com família constituída, o medo do desemprego, a baixa escolaridade e a falta de qualificação são geralmente os principais motivos para se submeterem ao trabalho nas condições que oferecem as empresas.

Fica claro que o trabalhador sabe que sua vida está em risco porque não há segurança efetiva das condições de trabalho. O binômio segurança-coragem se opõe à insegurança-medo, ambos percebidos como diretamente associados à situação objetiva, concreta de trabalho. Então, a busca de justificação dos acontecimentos através de Deus ou do destino não está relacionada, necessariamente, à causa imediata, mas à explicação última de porque acontece de um jeito e não de outro.

Como os trabalhadores aprenderam desde a infância que há uma espécie de ordem natural das coisas e que vêem na própria condição de vida e nas relações de mando e de exploração até mesmo uma determinada ordem divina, o acidente e a morte só poderiam ser, em última instância, determinados por Deus ou pelo próprio destino. É preciso dar sentido coerente e aceitável àquilo que percebem como inevitável e, deste modo, a visão fatalista dos acontecimentos atua, inclusive, no sentido de amortecer o medo e facilitar a aceitação do risco. Não fosse isso, voltar ao trabalho depois de ter sofrido algum acidente, ou até mesmo após presenciar a morte de um companheiro, seria uma tarefa ainda mais sofrida, senão impossível.

De certa forma, o fatalismo está associado a uma atitude de docilidade frente aos processos de obediência no trabalho e na vida. E o que é o caráter dócil senão a capacidade de aceitar facilmente o que se impõe ou sugere, o que se diz do trabalhador de "fácil trato", "para qualquer serviço"? Se é assim, é até esperado que trabalhadores que assumem este modo de agir não questionem de modo efetivo as condições objetivas que enfrentam no trabalho; pelo contrário, é possível mesmo imaginar sua aceitação por acharem que "a vida é assim mesmo". E se o fatalismo está na base da explicação e justificação de tudo o que acontece na vida dos indivíduos, então, ele tende a ser, por isto mesmo, um valioso instrumento nas mãos das empresas.

A aceitação do acidente por parte dos trabalhadores e também da sua morte como fruto do acaso, do desígnio de Deus ou do destino, pode, inclusive, colaborar para eximir as empresas da própria responsabilidade sobre as causas desses eventos. Obviamente que o trabalhador sabe que "trabalhar com segurança é trabalhar com coragem", ou seja, o risco de acidente seria menor em condições adequadas de trabalho.
Entretanto, ele também pensa que, mesmo em condições seguras, se o acidente tiver que ocorrer, simplesmente ocorrerá e a morte também, "porque eu estou vendo que vai acontecer". Diante disto, é até mesmo possível esperar atitudes passivas por parte dos trabalhadores frente o descaso das empresas em relação à segurança: por que e para que reivindicar e se indispor com os patrões, arriscando, inclusive, perder o próprio emprego, se, ao final, tudo o que acontece aos homens tem o peso da mão de Deus ou do destino? Quanto às empresas, se a visão fatalista pode contribuir para calar o trabalhador, por que elas, por iniciativa própria, adotariam políticas de segurança adequadas?

É também necessário que o trabalhador experimente uma nova condição de vida e trabalho para que, assim, possa começar a construir uma nova concepção de mundo na qual, entre outras coisas, as causas do que acontece de bom e mal na vida não seja atribuída a Deus ou ao destino, mas sim às ações, intencionais ou não, dos próprios indivíduos.

Obviamente, a morte, como evento natural intrínseco ao processo de viver, não está sob domínio humano, mas a morte prematura, aquela que furta a vida porque esta não está sendo vivida com a qualidade e o sentido que deveria ter, poderia, sim, estar sob algum controle dos homens.

Fonte: Adaptação do artigo, Acidente de trabalho, morte e fatalismo de Izabel Cristina Ferreira Borsoi - Universidade Federal do Ceará

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terça-feira, maio 26, 2009

O que fazer quando o risco vem de fora?


Sabemos que as organizações dependem de fornecedores que prestam serviços atrelados à entrega do produto final, como processos terceirizados, fornecedores de matéria-prima, insumos, etc. Assim, como falhas nos recursos causam um grande transtorno às empresas, a falha no serviço de um fornecedor pode ser tão desastrosa quanto, ou até mais nefasta levando à paralisação dos negócios.

Fornecedor é parte fundamental do negócio do cliente. Se ele não estiver alinhado à estratégia de Continuidade de Negócio do cliente, como a disponibilidade do serviço poderá ser garantida?

Portanto, é imprescindível fazer uma análise do fornecedor, com ênfase na Gestão Continuidade de Negócios. Pois, dessa forma, uma organização poderá compreender o quanto o fornecedor está preparado para incidentes inesperados e qual é realmente a garantia de nível de serviço oferecida.

As empresas já estão começando a ter esta percepção sobre seus fornecedores, pois começam a perceber que isto aumenta a garantia de que seu negócio não será interrompido. Essas informações auxiliam na escolha de novos fornecedores uma vez que alguns serviços podem ser prestados por mais de um fornecedor, sendo redundantes, por exemplo. Inicialmente, pode parecer gasto em dobro, mas na verdade é uma estratégia para diminuir custos de inoperância, muitas vezes não dimensionados. A Gestão de Continuidade de Negócios é uma necessidade de sobrevivência no mercado.

Fonte: Banas Qualidade – sábado, 16 de maio de 2009

Comentário
Cenário hipotético, mas real:
1-Um incêndio afetou o fornecedor e a produção ficou paralisada, pois esse fornecedor é o principal.
Exemplo:
1.1-Um grande incêndio surgiu por volta do meio-dia de segunda-feira, 8 de setembro de 2003, na fábrica de pneus “Tochigi” de propriedade da Bridgestone, na cidade de Kuroiso, região de Tochigi, norte de Tóquio, distante 150 km.
Balanço do incêndio
O fogo destruiu quase 40.885 m2 de instalações e queimou entre 20.000 a 50.000 pneus armazenados na parte externa, no lado norte do edifício de três pavimentos.
O incêndio afetará os lucros de Bridgestone devido;
■ às perdas de aproximadamente de 100.000 pneus destruídos no incêndio,
■ redução na capacidade de produção, em um aumento em custos do transporte e no investimento exigido para restaurar a fábrica de Tochigi.
Prejuízo milionário
Bridgestone calcula o efeito adverso total do incêndio em aproximadamente em 343 milhões de dólares. O total inclui perdas diretas dos danos de incêndio, receitas reduzidas atribuídas às perdas de vendas em 2003 e em 2004, e do custo de reconstrução e de equipamentos da área de processo de mistura de borracha.

2-Um desastre natural interrompeu o fluxo de mercadorias.
Exemplo:
2.1- Inundação do Vale de Itajaí. Milhares de casas foram destruídas pela chuva até o momento a reconstrução dessas casas estão paralisadas. O porto de Itajaí está operando parcialmente com navios de pequeno calado. Estimativa de custo para reconstrução do porto 125 milhões de dólares. Prejuízo diário do porto 35 milhões de dólares. Estimativa dos prejuízos da empresas, 150 milhões de dólares.

3- Uma fábrica que pegou fogo será indenizada se tiver uma apólice de seguro. De acordo com a gravidade do sinistro ela pode demorar um ano para retornar atividade normal de produção, o seguro não garantirá a manutenção de seus clientes ou a recuperação de sua participação de mercado.
Exemplo:
3.1- Em 21 de março de 2009, incêndio na fabrica da Perdigão em Rio Verde. Paralisação no abate de aves.
Mais de 400 granjeiros da região fornecem aves e suínos para a Perdigão. Em muitas fazendas os animais já estavam no ponto de abate.
A empresa teve gastos maiores com armazenagem e distribuição, transferência de produtos a partir da unidade de Rio Verde, em função do incêndio. Estimativa de prejuízo não divulgado.

3.2-Em 30 de abril de 2009, um incêndio de grandes proporções destruiu parcialmente, uma das mais modernas a avançadas indústrias de processamento de leite do país, pertencente à Coopercentral Aurora (Aurora Alimentos), localizada no município de Pinhalzinho, no oeste de Santa Catarina. Os prejuízos atingem 50 milhões de reais (23 milhões de dólares) e a indústria ficará quatro meses paralisada.
Mais de 600.000 litros de leite que a Aurora recebia e processava diariamente serão transferidos para empresas parceiras e/ou comercializados diretamente no mercado. A expansão da fábrica que estava em andamento foi adiada.

Podemos indagar, por que motivo algumas empresas ocorrem desastres e outras não? Seria simplesmente fatalidade ou sucesso na definição clara de uma política de prevenção?
Nem todas as empresas têm à mão um plano B para minimizar eventuais efeitos negativos causados por essas situações e manter as atividades a pleno vapor.

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domingo, maio 24, 2009

Acidentes acontecem



Esse vídeo mostra muito bem aqueles riscos não identificáveis que transformam em acidentes graves ou catastróficos, quando fatores adversos se convergem para provocar esse acidente.

Todo acidente é programado, pois decorre de uma falha, seja ela humana ou material e que é sempre evitável, muito embora nem sempre possa ser evitado pelo próprio acidentado, haja vista que pode ter a ação de terceiros.

Os riscos não identificáveis, aqueles que passaram despercebidos durante a sua análise ou inspeção são aqueles que produzem maior potencialidade de danos. Um deles são os riscos latentes, ocultos, aguardando à espreita, outros fatores que contribuem para o seu surgimento.

O risco latente acompanha a catástrofe ou acidente grave cuja resultante é uma série de eventos não previstos e da convergência de fatores adversos que aparentemente são independentes que num dado momento se somam para provocá‑lo.

O risco tem duas componentes primárias:
- A possibilidade de ocorrer um evento que possa afetar as instalações da empresa ou ambiente de trabalho ou ambiente externo;
- As conseqüências desta ocorrência nos objetivos da empresa; interrupção, interdição, imagem, etc.

Às vezes lemos ou escutamos que o acidente foi uma fatalidade ou azar. Certo? Talvez não? Hoje os acidentes são muito complexos interagindo diversos fatores adversos ou podemos considerar uma sucessão de pequenas falhas insignificantes que dão origem a enormes catástrofes ou acidentes, estão se tornando corriqueiros. Hoje o que prevalece no meio industrial ou no consumidor é a potencialização, maiores fábricas, maiores máquinas e equipamentos, veículos velozes, trens velozes, aviões velozes, tudo isso armazenam energia, que em caso de acidentes transformam em tragédias. A lei de Murphy é real, segundo a qual "se uma coisa pode dar errado, ela dará, e na pior hora possível".
Quanto maior a complexidade do sistema, mais elementos interagem entre si e maiores as chances de acidentes e catástrofes.
As empresas que planejam um cenário de desastre, que formulam estratégias para sua recuperação, e que treinam os empregados para execução dessas estratégias, geralmente sobrevivem a desastres.

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sábado, maio 23, 2009

Discotecas ao som da insegurança

Em um estudo da Pró-Teste em 11 discotecas na região de Lisboa, Portugal, constataram as seguintes irregularidades:

■ Medidas de segurança
Os funcionários não fazem nenhuma verificação diária, nem exercícios de medidas de segurança.
Todas as discotecas apresentaram a solução correta para situações de pânico, mas poucos tinham os planos de emergência num local acessível ao público.

■ Proteção pessoal
Não há controle de contagem de entrada/saída de público. Na prática, pode sempre entrar mais gente, ultrapassando a capacidade permitida de público.
Nenhuma discoteca é feita a contagem das pessoas que entram e saem

■ Riscos constatados
Mobiliários soltos, bar com copos de vidro ou perto da pista,
Galerias com proteções mal desenhadas,
Carga de incêndio excessiva e dispensável,
Saídas obstruídas e
Instalações elétricas em más condições.

■ Saída de emergência
Fuga impossível. De pouco serve cumprir todos os critérios de segurança se a discoteca não tiver as saídas necessárias para uma evacuação eficaz numa emergência.
As saídas de emergência bloqueadas
Sinalizações deficientes
Saídas insuficientes

■ Meio ambiente
Outro ponto abordado refere-se à renovação do ar. As discotecas portuguesas, os sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado deveriam renovar bem o ar, mas foi constatado deficiência na renovação desse ar.
Em nove das 19 amostras recolhidas, o teor encontrado era, por vezes, muito superior ao valor aceitável, o que revela uma inadequação do sistema de ventilação quanto à renovação do ar.

Conclusão:
Dançar em segurança é praticamente quase impossível. Passados seis anos do último estudo, notam-se algumas melhorias em termos de segurança, mas em regra geral, os resultados continuam preocupantes.
É urgente fazer um levantamento das condições de segurança, dar um prazo para as alterações e punir quem não cumprir.
Todas as autoridades públicas intervenientes no licenciamento têm competência na fiscalização, mas o que foi constatado pelas vistorias a ação destas autoridades não tem sido dissuasiva ou eficaz.
As autoridades públicas também devem exigir por partes dos proprietários das discotecas, mudança de atitude, de mentalidade quanto à prevenção de incêndio, pois eles são os principais responsáveis pela falta de condições de segurança.
É importante que os consumidores conheçam os riscos que correm numa discoteca. Existe um histórico trágico de acidentes fatais em discotecas no mundo.

Fonte: Pró-Teste n.º 238 - Julho/Agosto de 2003

Comentário:
Se lembrarmos os incêndios que ocorreram em discotecas nos últimos anos, as causas apontadas nesse estudo são semelhantes; saídas de emergências insuficientes, estreitas, bloqueadas, falta de sinalização, excesso de público, excesso de materiais combustíveis e um fator adicional para potencializar os riscos já existentes a utilização de pirotecnia nesses locais, tais como; fogos de artifícios e bebidas flamejantes.

Histórico de acidentes

■ 31 de dezembro de 2008, incêndio na discoteca Santika, Bangcoc, Tailândia, causou a morte de 66 pessoas, a maioria dos corpos estava carbonizados, 222 pessoas ficaram feridas, 1000 pessoas estavam no local. A maioria das pessoas morreu por inalação de fumaça e não encontrara a saída. Causa provável, fogos de artifício
■ Em abril de 2008, 14 jovens morreram e outros 15 permanecem hospitalizados por causa do incêndio que destruiu uma discoteca em Quito, Equador, onde era realizado um show de rock. Um dos músicos de uma banda acendeu um "fogo de artifício", provocando um incêndio que se alastrou rapidamente pelo teto e pelas paredes da discoteca, revestidos de material combustível.
■ Em novembro de 2006, um show em que o artista finge engolir fogo deu início, pouco antes das 2 horas da madrugada, a um incêndio que destruiu a danceteria Space, na Rua Lourenço Marques, na Vila Olímpia, região badalada da capital paulista. Dezenove guarnições do Corpo de Bombeiros foram encaminhadas ao local.
Algumas pessoas sofreram intoxicação pela fumaça, mas não houve mortos nem feridos em estado grave.
■ Em 30 de dezembro de 2004, incêndio na discoteca República Cromagnon, na capital argentina, Buenos Aires, matou 194 pessoas, maioria, jovens, causado por pirotecnia.
Em setembro de 2008, pelo menos 43 pessoas morreram e 88 ficaram feridas num incêndio, numa discoteca em Shenzhen, na província chinesa de Cantão (Sul), alegadamente provocado por fogos de artifício.
■ Em 20 de fevereiro de 2003, nos Estados Unidos, 100 pessoas morreram em Rhode Island, quando um dispositivo pirotécnico usado na apresentação de uma banda de rock espalhou fogo pela casa noturna West Warwick. A maioria das vítimas morreu sufocada pela fumaça ou pisoteada na tentativa de sair pela porta da frente.
■ Em 20 de Julho de 2002, incêndio na Discoteca Utopia, Lima, Peru, causou a morte de 30 jovens, excesso de lotação, mais de 1.000 pessoas no local. Excesso de materiais combustíveis, saídas bloqueadas, falta de luz de emergência. Causa provável manipulação de fogo em bebida ou pirofagia. .
■ Em novembro de 2001, um incêndio em uma casa noturna de Belo Horizonte (MG), provocou a morte de seis pessoas e ferimentos em outras 341, sendo dez em estado grave.
A causa provável do acidente foi a queima de uma cascata de fogos de artifício sobre o palco de shows, pouco antes de um grupo de músico se apresentar.
Os acidentes acontecem e as lições desses acidentes são sempre esquecidas.

Vídeo:
Incêndio na discoteca Santika, Bangcoc, Tailândia, causou a morte de 66 pessoas

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quinta-feira, maio 21, 2009

Operário morre esmagado em canteiro de obra

O operário W. Cardoso morreu esmagado, no fim da manhã de segunda-feira, 04 de maio de 2009, em Sarzedo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, depois que uma máquina compactadora caiu sobre ele. Ele era o encarregado de uma obra de loteamento no bairro Serra Azul.

Conforme informações da Policia Militar, Cardoso fazia uma manobra no terreno, perto de uma descida íngreme e com a terra solta, quando, acidentalmente, a máquina virou e tombou sobre ele, esmagando o abdome do operário, que morreu na hora. Ele era um operário bem experiente, que já trabalhou em diversas empresas, como em fábrica de máquinas pesadas para terraplanagem.

Fonte: O Tempo - 05 de maio de 2009

Comentário:
Devido a utilização em terrenos irregulares, o tombamento da máquina é comum. Quase 50% dos acidentes com compactadores de solo são tombamentos.

Principais causas de acidentes
■ Falta de atenção
■ Cansaço
■ Falta de conhecimento
■ Pressa
■ Equipamento Inadequado

De acordo com a Lei da Física (Newton) na ausência de forças externas, um objeto em repouso permanece em repouso, e um objeto em movimento permanece em movimento.
Quando há tombamento, á forças distintas atuando, a máquina exerce uma força sobre outro objeto (operador), este outro exerce uma força de mesma intensidade, de mesma direção e em sentido oposto. As forças de ação e reação estão aplicadas em corpos distintos. É o que acontece em colisão de veículos, em que os ocupantes não estão utilizando cintos de segurança, podem ser projetados para fora do veículo e serem esmagados/atropelados pelo próprio veículo.
Nas máquinas pesadas de serviço de terraplanagem a estrutura de proteção contra capotagem (EPCC ou ROPS) ou com cabina do operador serve de proteção ao operador desde que ele permaneça nessa área de proteção. Seria como se fosse uma gaiola e o cinto de segurança tem a finalidade para que o operador não seja lançado fora dessa proteção. O operador tem de ser treinado para que permaneça nesse local em caso de tombamento. Por instinto, o operador tende a pular no sentido do tombamento.
Como todo maquinário pesado, para utilização dos rolos compactadores é necessário que operador tenha treinamento e utilize equipamentos de segurança.
Os operadores devem recebem treinamento quanto a segurança, como proceder quando há tombamento do maquinário, pois são utilizados em solos irregulares.
É recomendável que a máquina seja equipada com estrutura de proteção contra capotagem (EPCC ou ROPS) ou com cabina do operador para reduzir a chance de ferimentos em caso de um acidente, como capotagem e utilização de cinto de segurança pelo operador.

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terça-feira, maio 19, 2009

Trabalhador morre soterrado em silo de cereal

O trabalhador G.C.V.S. 21 anos, morreu asfixiado em um silo de cevada da fábrica da Cervejaria Schincariol, localizada na Guabiraba, na Zona Norte do Recife, Pernambuco, na tarde de sábado, 01 de outubro de 2005. George, que trabalhava há apenas um mês na fábrica, estava fazendo uma limpeza no silo de 50 m de altura, quando foi coberto pelos grãos.

Resgate
A brigada de incêndio da fábrica tentou retirar o trabalhador, mas não conseguiu resgatar o corpo. O Corpo de Bombeiros chegou à fábrica da Schincariol por volta das 14h30. O trabalhador George estava preso no silo, apenas com a cabeça para fora da cevada.
“A equipe da fábrica chegou afastar um pouco os grãos, mas não conseguiu salvar o rapaz. Ele já estava morto quando chegamos. Tentamos retirá-lo pela janela lateral do silo, mas foi impossível, porque muito material continuava caindo das paredes”, relatou o tenente Márcio Tenório. Márcio Tenório explicou que foi preciso subir até o topo do silo, que tem aproximadamente 50 metros de altura, e descer amarrado a um cabo de aço para desenterrar o trabalhador. “Passei cerca de três horas para conseguir liberar a vítima. O cabo de aço levantou o corpo cerca de dez metros e o restante da equipe conseguiu puxar-nos pela janela de comunicação entre os silos”, concluiu o oficial.

Morte
De acordo com o perito do Instituto de Medicina Legal (IML), Alcides Buarque, que realizou a perícia do corpo, o rapaz morreu por asfixia mecânica (quando algo provoca o sufocamento da pessoa).

Fiscais da DRT vistoriam a Schincariol e interditaram o silo
Dois auditores fiscais da DRT vistoriaram o tanque de cereais onde ocorreu o acidente. Documentos da empresa também foram solicitados. Os técnicos ouvirão ainda funcionários que estavam trabalhando no dia do acidente.
De acordo com Josenilda Moura, chefe do setor de segurança e saúde da DRT, estão sendo tomadas todas as medidas exigidas em caso de acidente fatal. O silo onde aconteceu o acidente foi interditado e foi feita uma extensa notificação à empresa.
Os auditores também começaram a levantar os primeiros dados como, por exemplo, em relação à atuação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), ao ponto de vista físico do local e à realização de treinamento dos funcionários.

Declaração da empresa
O grupo Schincariol divulgou nota oficial através de sua assessoria de Imprensa, lamentando o ocorrido. Segundo a nota, a prioridade da direção da fábrica é apoiar a família, através de “assistência social e funeral, bem como a liberação do fundo de seguro de vida para os familiares dele”. O comunicado ainda alega que George “passou por treinamentos de integração, tomando conhecimento das normas e procedimentos de segurança da companhia”.

Inquérito policial
A Polícia Civil vai instaurar inquérito para apurar o acidente.
Como ocorreu o acidente

1-Por volta das 14 h, o trabalhador entrou no silo 2 de cevada para fazer varrição na instalação

2-A cevada acumulada nas paredes do silo caiu de repente e soterrou-o. A brigada de incêndio da fábrica tentou retirá-lo por uma janela entre os silos, mas ele ficou preso.

3-Um bombeiro precisou descer amarrado a um cabo de aço pelo topo do silo para alcançar a vítima. Depois de 3 horas de trabalho, o bombeiro conseguiu desenterrá-lo e já estava morto e içar o corpo.

Fontes: Jornal do Commercio, Folha de Pernambuco e Diário de Pernambuco, 3 de outubro de 2005

Comentário:
Definição de Espaços Confinados
É qualquer área não projetada para ocupação contínua, à qual tem meios limitados de entrada e saída, e na qual a ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes perigosos e/ou deficiência/enriquecimento de oxigênio que podem existir ou se desenvolverem.

Os problemas dos Espaços Confinados
■ Baixa ocorrência;
■ Acidentes Fatais;
■ Quase sempre fatais;
■ Diversidade de riscos envolvidos;

Os acidentes fatais ou não fatais envolvendo ambientes confinados revelaram dados alarmantes:
■ Em 100% dos casos o ambiente não foi analisado;
■ Em 95% dos casos não havia um plano de resgate;
■ Em 85% dos casos não havia programa de treinamento para a entrada em espaços confinados (permissão de acesso);
■ Em 65% dos casos os executantes não sabiam sequer de que se tratava de um espaço confinado;
■ Em 60% dos casos fatais, ocorreram mais de uma morte vitimando pessoas que tentavam resgatar colegas;

Há quatro principais riscos em espaços confinados;
■ Deficiência/enriquecimento de oxigênio
■ Incêndio ou explosão
■ Toxicidade e
■ Afogamento em líquidos ou partículas sólidas em suspensão (poeiras)

Medidas de emergência e resgate
O empregador deve elaborar e implantar procedimentos de emergência e resgate adequado aos espaços confinados incluindo, no mínimo:
1-identificação dos riscos potenciais através da Análise Preliminar de Riscos - APR;
descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem executadas em caso de emergência;
2-utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de emergência, resgate e primeiros socorros;
3-designação de pessoal responsável pela execução das medidas de resgate e primeiros socorros para cada serviço a ser realizado;
4-exercício anual em técnicas de resgate e primeiros socorros em espaços confinados simulados.


Problema principal de silo - Acidente

Causa - Sufocamento

Motivo - Trabalhadores ao tentarem romper as superfícies horizontais e, ou, remover as placas verticais de produtos compactados, podem ser sufocados mediante ao desmoronamento da massa de grãos. Esse problema é relatado em qualquer artigo sobre armazenagem e acidentes em silos.

O que dizem as normas;
a) realizados com no mínimo dois trabalhadores, devendo um deles permanecer no exterior;
b) com a utilização de cinto de segurança e cabo vida.

É vedada a realização de qualquer trabalho de forma individualizada ou isolada em espaços confinados.

Todo trabalho realizado em espaço confinado deve ser acompanhado por supervisão capacitada para desempenhar as seguintes funções:
a) emitir ordem de bloqueio dos espaços confinados antes do início das atividades;
b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na Permissão de Entrada;
c) cancelar a Permissão de Entrada quando necessário;
d) manter o monitoramento e a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término dos trabalhos;
e) permanecer fora do espaço confinado mantendo contato permanente com os trabalhadores autorizados;
f) adotar os procedimentos de emergência e resgate quando necessário;
g) operar os equipamentos de movimentação ou resgate de pessoas;
h) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer qualquer indício de situação não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas;
i) emitir ordem de liberação dos espaços confinados após o término dos serviços

Observação final
Silos
O revestimento interno dos silos deve ter características que impeçam o acúmulo de grãos, poeiras e a formação de barreiras.
Se a empresa atendesse as recomendações das normas e principalmente o conhecimento de histórico de ocorrências de acidentes de sufocamento em silos (artigos técnicos), o trabalhador não sofreria o acidente fatal.

Clique- Norma de Espaco Confinado

Histórico:
Trabalhador morre soterrado por flocos de milho
Em 15 de Janeiro de 2001, por volta das 19 h, em Campo Erê, no Extremo-oeste do Estado de Santa Catarina, o trabalhador Claudinei , 21 anos, trabalhava no silo de uma cooperativa, quando foi vítima de uma avalanche de flocos de milho.

Corpo de Bombeiros
O Corpo de Bombeiros de Chapecó foi acionado e chegou ao local por volta de 21 horas. O trabalhador ficou preso debaixo de mais de 4 metros de flocos de milho e acabou sendo sufocado pelo produto.

Causa
Segundo informações obtidas pelo Corpo de Bombeiros no local do acidente, Claudinei Tibber estava remexendo e soltando os flocos, quando ocorreu deslizamento e boa parte do material se deslocou de forma rápida e violenta, impedindo que ele fugisse.

Resgate
Na tentativa de resgatá-lo com vida, os bombeiros e funcionários da cooperativa trabalharam durante toda a madrugada. O corpo só foi encontrado e retirado da montanha de flocos de milho no início da manhã seguinte, mais de 12 horas depois do acidente.
Fonte: A Noticia - Joinville - 19 de Janeiro de 2001

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domingo, maio 17, 2009

Nanopartículas presentes em produtos causam danos ao meio ambiente

Foto: Cosmético com nanopartícula

Usando micróbios aquáticos como cobaias, cientistas da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, descobriram que as nanopartículas que estão sendo adicionadas aos cosméticos, protetores solares e centenas de outros produtos, causam danos ao meio ambiente.
Produtos com nanotecnologia
Já existem centenas de "produtos nanotecnológicos" no mercado e muitos mais estão prestes a serem lançados. Mas os efeitos das nanopartículas - partículas minúsculas, capazes até mesmo de entrar no interior das células - ainda não foram adequadamente estudados e os cientistas estão correndo contra o relógio para descobrir os seus prováveis impactos sobre a saúde humana, principalmente dos trabalhadores que lidam com elas, e sobre o meio ambiente.

Nanopartículas de dióxido de titânio (TiO2)
O estudo, conduzido pela Dra. Cyndee Gruden, focou apenas um tipo de nanopartícula - as nanopartículas de dióxido de titânio (TiO2) - que está sendo utilizado em cosméticos e outros produtos de beleza pessoal, na criação de janelas autolimpantes e em produtos bactericidas.
As nanopartículas de dióxido de titânio bloqueiam os raios ultravioleta da luz solar, sendo eficazes na melhoria das funções desses produtos. Mas, uma vez lavadas da pele ou do material onde estão aplicadas, elas seguem o mesmo caminho de todas as águas servidas, indo parar no meio ambiente.

Resultado desconhecido
"Quando elas entram em um lago, o que acontece? Será que elas entram nos microorganismos ou se ligam a eles? Será que isto poderia matá-los ou é algo inócuo?," pergunta a pesquisadora.
"Estas são questões importantes para determinar os efeitos que as nanopartículas têm no meio ambiente. Hoje, nós realmente não estamos certos das respostas," explica ela, referindo-se à falta de pesquisas exaustivas e a um melhor conhecimento na área.

Impacto veloz
Usando a bactéria Escherichia coli (E. coli) como cobaia, a Dra. Gruden descobriu grandes reduções na sobrevivência do microorganismo em amostras expostas as concentrações mínimas das nanopartículas de titânio por períodos de menos de uma hora.
A morte das bactérias deu-se por que as nanopartículas danificam a membrana externa dos micróbios.
"A rapidez do impacto me surpreendeu," disse ela. A descoberta abre as portas para pesquisas futuras, incluindo estudos que possam determinar como esses efeitos se dão no meio ambiente. Os estudos da Dra. Gruden foram feitos em laboratório.

Biossensor
Em uma outra pesquisa relacionada, cientistas da Universidade de Utah, desenvolveram um biossensor que poderá ajudar nessas futuras pesquisas de campo - o biossensor emite luz quando entra em contato com nanopartículas presentes no meio ambiente.
O grupo da Dra. Anne Anderson fez alterações genéticas em linhagens de Pseudomonas putida (P. putida), um micróbio benéfico encontrado no solo, para que os animais emitam luz quando entram em contato com nanopartículas de metais pesados.
"A novidade do biossensor é que nós podemos obter respostas muito, muito rapidamente," disse Anderson, argumentando que os métodos atuais podem levar até dois dias para fornecerem os resultados.

Toxicidade
O grupo de Anderson descobriu que a P. putida não tolera nanopartículas de prata, óxido de cobre e óxido de zinco. A toxicidade ocorre em níveis de microgramas por litro, o que é equivale a duas ou três gotas de água em uma piscina olímpica.

Os produtos com nanotecnologia têm chegado ao mercado com grande apelo para os consumidores, como sendo o estado da arte da tecnologia. Contudo, o público não está ciente desses riscos.
"É trabalho dos cientistas fazer boas pesquisas e deixar que as descobertas falem por si mesmas. E as promessas da nanotecnologia precisam ser melhor avaliadas. Até o momento, não está claro se os benefícios da nanotecnologia superam os riscos associados com a exposição e a liberação das nanopartículas no meio ambiente," conclui a pesquisadora.

Fonte: Inovação Tecnológica - 03 de abril de 2009


Comentário:
Estima-se os especialistas que em 2015 serão utilizadas mais de 2 milhões de nanopartículas em diferentes materiais.
Atualmente as nanopartículas estão sendo usadas em tudo, de cerveja a bebidas para bebês, apesar da falta de informações sobre sua segurança.

Riscos não esclarecidos
■ A nanotecnologia tem grande potencial de utilização, mas como fica a segurança para o homem e o meio ambiente?
■ A nanopartícula será tão perigosa como foi o amianto, sendo utilizada de forma indiscriminada?
■ As nanopartículas estão a ser amplamente utilizadas em produtos de consumo sensíveis, como comida, embalagens, cosméticos, detergentes, tintas e têxteis e os perigos potenciais das nanopartículas para os consumidores?
■ Não existe critério de segurança definidos para avaliação de riscos das nanopartículas quanto a detecção e medição, dados, doses, reações, evolução, persistência das nanopartículas no organismo humano e no ambiente e todos os aspectos da toxicologia ambiental.
■ Os cientistas sabem pouco sobre a forma como as nanopartículas, se comportam e reagem no meio ambiente, quando libertadas.

Vídeo:


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sábado, maio 16, 2009

Milhões internautas acreditaram no hotelicoptero


Milhões de usuários da web acreditaram no boato apresentado nos vídeos sobre o primeiro hotel voador do mundo, em que um helicóptero foi convertido em um hotel.

Um videoclipe viral aparece para mostrar um helicóptero russo Mil-V-12, o maior do mundo, ser utilizado como o primeiro hotel voador do mundo.



Imagens do hotelicoptero:
Imagem 1
Imagem 2
Imagem 3
Imagem 4
Imagem 5


Foto - helicóptero russo Mil-V-12


O anúncio-paródia mostra a aeronave voando com um slogan: "Pela primeira vez na história da aviação, o luxo de um quarto de hotel de cinco estrelas pode finalmente voar. Experimente o luxo, prolonga sua estadia - Hotelicopter".

De acordo com os seus criadores, o hotelicopter de 42 metros, tem 18 quartos luxuosos "para viciados em adrenalina procurando uma verdadeira experiência de viagem única e memorável".

O videoclipe tornou-se uma sensação na Internet depois que foi colocada on-line por um especialista chamado Alvin Farley. Ele alegou ter passado os últimos cinco anos, modificando o helicóptero, orgulhando-se que ele alcançava uma velocidade máxima de 254 km/h.
Mostraram flashes do interior utilizado no vídeo - que mostram camas de tamanho king size e hidromassagens - foram tiradas do site Yotel, cadeia de hotel de aeroporto.
.
Além disso, apenas dois Mil V-12s foram construídos - um caiu em 1968, e o segundo foi doado a um museu perto de Moscou onde ainda permanece.

Mas a quantidade de pessoas que caiu na mentira e o "hotelicopter" tinha dezenas de milhares de adeptos nas páginas Facebook e Twitter..

Os 37 segundos do vídeo, que foi transmitido ao vivo pelo site hotelicopter , na semana passada, foi gerada em computação gráfica . O hotelicoptero exigiu isolamento acústico do hotel, tinha camas king size, um mini-bar, internet sem fio, DVD, banheira de hidromassagem e serviço de quarto.

O helicóptero tinha 42m de comprimento, 28m de altura, e capaz de voar 1.120 km em uma velocidade de cruzeiro de 240 km/h.

O seu primeiro voo comercial está "programado" para acontecer em 26 de junho a partir do Aeroporto JFK em Nova Iorque. Poderia então chegar ao Reino Unido em julho e agosto, como parte de um tour europeu.

Mas o anúncio é, na realidade, parte de uma campanha de marketing viral por Yotel.

O porta-voz Jo Berrington disse: Embora se trate de uma brincadeira talvez, no futuro, poderia tornar-se realidade. Estamos olhando para empurrar os limites e fazer as pessoas pensar sobre essa possibilidade. “É uma mentira na ponta da língua e estamos apenas divertindo-se com data de 1º de abril, dia da mentira, mas estamos sempre vendo outras opções de quartos de hotel”.

"Um dia isso será possível porque as viagens aéreas e de tecnologia estão em constante avanço."

Fonte: Telegraph -01 Apr 2009

Comentário:
O marketing viral e a publicidade viral referem-se a técnicas de marketing que tentam explorar redes sociais pré-existentes para produzir aumentos exponenciais em conhecimento de marca, com processos similares a extensão de uma epidemia. A definição de marketing viral foi cunhada originalmente para descrever a prática de vários serviços livres de email de adicionar sua publicidade ao email que sai de seus usuários. O que se assume é que se tal anúncio alcança um usuário "susceptível", esse usuário "será infectado" (ou seja, se ativará uma conta) e pode então seguir infectando a outros usuários susceptíveis. Enquanto cada usuário infectado envia o email a mais de um usuário susceptível por média (ou seja, a taxa reprodutiva básica é maior que um), Os resultados "padrão" em epidemiologia implicam que o número de usuários infectados crescerá segundo uma curva logística, cujo segmento inicial é exponencial.

De forma mais geral, o marketing viral se utiliza às vezes para descrever algumas classes de campanhas de marketing baseadas na internet, incluindo o uso de blogues, de sites aparentemente amadores, e de outras formas de astroturfing (ações políticas ou publicitárias que tentam criar a impressão de que são movimentos espontâneos e populares) para criar o rumor de um novo produto ou serviço. O termo "publicidade viral" se refere a idéia que as pessoas passarão e compartilharão conteúdos divertidos. Esta técnica muitas vezes está patrocinada por uma marca, que busca construir conhecimento de um produto ou serviço. Os anúncios virais tomam muitas vezes a forma de divertidos videoclipes ou jogos Flash interativos, imagens, e inclusive textos.

Isso nada mais é em termos populares é a fofoca viral, alguém viu, gostou, comentou com alguém, antigamente a fofoca era passada de boca em boca, hoje, o que prevalece é a internet, o correio eletrônico, blogues, etc. Hoje tudo é instantâneo. Como se diz, a versão dos fatos é mais verdadeira do que os fatos reais.

Acho que o primeiro marketing viral que causou pânico foi do Orson Welles. Em 1938, ele Welles produziu uma transmissão radiofônica chamada “A Guerra dos Mundos”, adaptação de uma obra literária e que ficou famosa mundialmente por provocar pânico nos ouvintes, que imaginavam estar enfrentando uma invasão de extraterrestres. Um Exército que ninguém via, mas que, de acordo com a dramatização radiofônica, em tom jornalístico, acabara de desembarcar no nosso planeta. O sucesso da transmissão foi total.

Vídeo:


Vídeo (1)


Vídeo (2)
Helicóptero russo


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quinta-feira, maio 14, 2009

Libertaram nas ilhas Canárias uma baleia presa em cabos


Uma equipe de biólogos e mergulhadores profissionais libertou em águas tropicais canárias uma baleia rorqual tropical de quase dez metros de comprimento e 20 toneladas, que estava presa em um emaranhado de cabos, pesando quase 40 kg.

Vidal Martín, presidente da Sociedade para o Estudo dos Cetáceos no Arquipélago Canário (SECAC), disse que a baleia foi vista em águas de Lanzarote praticamente imóvel e tão cansada que mal se movia.

Os cabos enterraram na carne e cortaram a aleta da cauda e o animal parecia mais magro do que habitual de sua espécie, o que supõe que estava vários dias preso e não podia mover-se para procurar alimento, o que poderia acabar morrendo.

De fato, Vidal Martín esclarece que estas baleias são mais rápidas do que os golfinhos e podem deslocar-se quase 40 quilômetros por hora. O animal é um exemplar juvenil e foi localizado na sexta-feira, 8 de maio, quando os membros da SECAC realizavam um censo de baleias e golfinhos em frente às costas de Lanzarote e perceberam que tinha um rorqual tropical (Balaenoptera brydei) que nadava com dificuldade.

Uma vez localizada, com ajuda dos mergulhadores do Consórcio de Emergência de Lanzarote (Emerlan) libertaram a rorqual "depois de cortar, com dificuldade, a armadilha mortal que esta baleia levava arrastando provavelmente várias semanas".

O emaranhado de cabos produziu um corte de mais de 15 centímetros e o mergulhador que subiu ao barco teve do que inflar seu colete para içar os cabos. Segundo Vidal Martín, que também é diretor do Museu de Cetáceos de Canárias, são poucas as ocasiões em que se pode libertar um cetáceo desta dimensão.

Lixo e armadilha no mar
Este não é o primeiro caso. "Não há consciência sobre o plástico, que está matando uma grande porcentagem de tartarugas nas Canárias, que têm este material no estômago, e um dia sim e outro não estamos libertando tartarugas no mar", enquanto as que não se detectam "morrem lentamente, com uma terrível agonia", afirma Vidal.

Para Martín, esta situação "é a ponta do iceberg" pois há duas semanas apareceu um rorqual em águas da Grande Canária que morreu presa por uma rede de nylon que deformou completamente a cabeça, que foi "uma morte extremamente dolorosa".

Também apareceram há alguns anos em Fuerteventura uma baleia rorqual comum, a segunda maior baleia, com uma corda enrolada na boca, que causou a morte por inanição.

A baleia tropical é a única rorqual que não realiza migrações sazonais, vive nas águas quentes e tropicais de todos os oceanos e prefere normalmente aquelas com uma temperatura na superfície superior a 20 graus centígrados. Freqüenta as águas do Arquipélago desde abril, onde entra provavelmente com as frentes quentes desde o centro do Oceano Atlântico, e permanece nas ilhas até setembro ou outubro.

Nas Canárias foram observados exemplares de rorquais adultas, solitárias, jovens e mães acompanhadas de seus filhotes e esta espécie chega a ser abundante em áreas onde há alimento.

Sua presença está geralmente associada a algumas espécies de atuns e são indicadoras da presença de atuns para os pescadores.

Desconhece-se a origem dessa associação, ainda que ambas espécies se alimentam de um recurso comum pelo que se pode tratar-se de uma associação trófica ou simplesmente do instinto de alguns atuns de procurar refúgio sob essas baleias.

Fontes: El Dia e Antena3 - Santa Cruz de Tenerife, 11 de maio 2009

Comentário:
As rorquais são baleias que se caracterizam pela forma achatada do crânio e por numerosas listas que sulcam a zona do ventre. A rorqual-gigante, ou baleia-azul (Balaenoptera musculus), ultrapassa os trinta metros e chega a pesar 130t; é o maior animal que já existiu durante toda a história da Terra. A rorqual comum (Balaenoptera physalus) ultrapassa vinte metros e setenta toneladas, tem o dorso azul escuro e o ventre claro e é a baleia mais rápida (sua velocidade de deslocamento alcança cerca de 55km por hora).

O mar está virando lixo
Segundo o Programa Ambiental das Nações Unidas, existem 46.000 fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros quadrados da superfície dos oceanos. Isso significa que a substância já responde por 70% da poluição marinha por resíduos sólidos.

A primeira vítima dos plásticos que se depositam nos oceanos é a vida animal. Calcula-se que 267 espécies, principalmente pássaros e mamíferos marinhos, engulam resíduos plásticos ou os levem para seus filhotes julgando tratar-se de alimento. Há seis anos, uma baleia minke foi encontrada morta na Normandia, no norte da França, com 800 quilos de sacolas plásticas no estômago.

Em regiões como a Califórnia, é comum achar tartarugas, leões-marinhos e focas mortos por asfixia ou lesões internas provocadas pela ingestão de plástico. O Atol de Midway, próximo ao Havaí, é o símbolo máximo da tragédia que o plástico impinge aos mares. Por capricho das correntes marinhas, o atol recebe diariamente o entulho plástico proveniente do Japão e da costa oeste dos Estados Unidos.

O mundo produz atualmente 230 milhões de toneladas de produtos plásticos por ano - contra 5 milhões na década de 50.

Segundo o relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), atualmente as redes mais problemáticas são as que ficam ancoradas no solo marinho e presas a flutuadores que ficam na superfície. Elas formam uma parede vertical que pode medir entre 600 e 10 mil metros de largura. Se este tipo de rede é perdido ou abandonado, poderá continuar pescando sem supervisão durante meses, às vezes anos, matando indiscriminadamente peixes e outras espécies de animais.

Vídeo:
Mostra uma baleia que ficou presa numa rede de pesca na região Los Cabos, México.

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terça-feira, maio 12, 2009

Nove pessoas ficaram feridas na explosão de gás em Maryland

Oito bombeiros e um trabalhador da companhia de gás ficaram feridos em uma explosão de gás natural em um centro comercial em Forestville, Maryland, na quinta-feira à tarde, 7 de maio de 2009.

De acordo com porta-voz do Corpo de Bombeiros do condado de Prince George's, Mark Brady, o corpo de bombeiros recebeu a chamada às 12h54min. Os primeiros bombeiros chegaram ao local cinco minutos depois e detectaram um forte cheiro de gás natural no interior de algumas das lojas no centro comercial Penn Mar.

Os bombeiros passaram os primeiros minutos no local evacuando as pessoas das lojas. Cerca de 45 pessoas foram retiradas das primeiras cinco lojas. A sexta loja em frente à área do vazamento estava desocupada. Os bombeiros solicitaram ajuda da companhia de gás e uma equipe chegou rapidamente ao centro comercial.

De acordo com Brady, os bombeiros descobriram na parte detrás do centro comercial, bolhas de gás a partir do solo nos fundos das lojas. Pelo registro das comunicações dos bombeiros, houve alguns minutos depois uma explosão que rompeu por detrás do edifício. A explosão ocorreu cerca de 13h20 min, no momento da comunicação de rádio entre os bombeiros com urgente pedido de transmissão de "Mayday" a partir de uma chamada de um dos bombeiros.

O vídeo da explosão foi capturado por uma câmera montada em uma viatura de bombeiros na frente do edifício.

Houve um flash que imediatamente se propagou através da construção e causou algumas vitimas. Surgiu imediatamente um pequeno incêndio que continuou a queimar no interior da loja.

O vídeo mostra o telhado parece levantar-se e, em seguida, cai novamente no mesmo lugar. A parede traseira da estrutura da edificação cedeu com a violência da explosão.
Vidros e fragmentos das edificações ficaram espalhados em mais de 20 metros do estacionamento defronte ao centro comercial.

Oito bombeiros e um trabalhador da companhia de gás foram atingidos pelos estilhaços da explosão. Os bombeiros rapidamente começaram a ajudar aqueles que foram feridos. Um pedido de reforço de bombeiros e viaturas foi solicitado após a explosão.

Um dos bombeiros sofreu queimaduras de segundo grau e lesões faciais devido a estilhaços, enquanto outros feridos sofreram ferimentos provocados por estilhaços. Os feridos na explosão foram tratados e liberados e somente dois permanecem hospitalizados na Unidade de Queimados do hospital Washington Center.

A explosão causou US$ 2,5 milhões em danos para as seis lojas do centro comercial.

Fontes: Fire House – May 5, 2009 e CNN News - May 7, 2009

Comentário:
Para que haja explosão em um vazamento de gás, deve atender as seguintes condições:
■ Mistura; ar mais combustível
■ Uma fonte de ignição
■ Propagação da reação
O resultado dessa reação é a deflagração formando onda de sobrepressão (onda de choque) que pode provocar danos. A onda de choque provoca liberação de energia, que por sua vez aumenta a pressão que se propaga e sua temperatura.
■ Efeitos da onda de choque (sobrepressão) na edificação;
Danos estruturais
Quebra de vidros
■ Efeitos da onda de choque (sobrepressão) no ser humano;
Morte por hemorragia no pulmão
Morte por impacto
Ruptura do tímpano
Ferimentos por impacto
■ Efeitos da radiação térmica
Depende da intensidade do fluxo de radiação e do tempo de exposição
Combustão espontânea de materiais
Danos em equipamentos
Queimaduras graves no ser humano
Nesse acidente alguns bombeiros tiveram ferimentos por impacto (estilhaços) e queimaduras.

Vídeo:

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domingo, maio 10, 2009

Três é bom. Quatro é demais


Ao contrário do que indica o senso comum, grupos ímpares funcionam melhor que pares
Na hora de formar um grupo de trabalho, poucos executivos levam em consideração se o número de pessoas deve ser par ou ímpar – com exceção, possivelmente, daqueles que acreditam em numerologia. Mas para duas professoras de universidades americanas, essa não é uma questão mística. Tanya Menon, da Universidade de Chicago, e Kath Philips, da Kellogg, conduziram uma série de estudos para entender a visão das pessoas sobre grupos e entender a influência de serem pares ou ímpares. As descobertas foram, no mínimo, curiosas.

A primeira já era esperada: as pessoas tendem a achar que grupos pares vão funcionar melhor. Segundo as autoras, elas já imaginam isso porque há uma tendência cultural, pelo menos em sociedades ocidentais, de valorizar números pares. Elas afirmam que tanto trabalhos acadêmicos como a percepção popular associam equilíbrio com relações sociais positivas. Os estudos mostraram, no entanto, que o senso comum está errado. As professoras analisaram grupos de três e quatro pessoas em uma situação controlada. Os times, formados em boa parte por estudantes de MBA, tinham como objetivo decidir se iriam participar de uma corrida de automóveis hipotética, sabendo que o risco de uma explosão do motor era alto e poderia ser fatal para o piloto. A corrida, porém, seria financeiramente importante. O relevante do teste não é a decisão final, mas entender como se chegou a ela. A maioria das pessoas, aliás, opta por correr.

As pesquisadoras analisaram previamente a opinião dos participantes e compuseram grupos com várias combinações, desde completamente homogêneos (todos queriam correr) até desequilibrados (três contra um). Elas descobriram que as trincas funcionam melhor. Uma das situações mais problemáticas com os grupos de quatro aconteceu quando eles racharam ao meio. Quando dois integrantes ficavam contra outros dois, a discussão travava. Nos grupos de três, essa era uma alternativa impossível.

A análise mostrou, ainda, que mesmo quando o grupo de quatro formava uma maioria (três contra um), a resolução da discussão era menos favorável do que quando a maioria acontecia em uma trinca. A razão é que a maioria ampla tende a usar de força bruta para impor sua opinião e se sente mais confortável em desconsiderar a pessoa que ficou contra. No final do exercício, tanto as pessoas cuja opinião prevaleceu como quem ficou isolado criticavam o grupo. Nos grupos de três, as pessoas na posição majoritária apostavam mais na persuasão. No fim, o processo de convencimento tornava a dinâmica mais produtiva. O estudo também mostrou que, mesmo em grupos maiores, os arranjos ímpares tendem a funcionar melhor. O velho “dois é bom, três é demais” não vale para as empresas.

Fonte: Época Negócios – 02 de abril de 2009

Comentário:
Uma crescente parte do trabalho das empresas e instituições não é mais realizada individualmente, com uma pessoa trabalhando sozinha até completar as tarefas. O trabalho é cada vez mais realizado colaborativamente. Esta tendência se deve parcialmente ao aumento de complexidade das tarefas, e aos novos paradigmas de trabalho, que envolvem diversas pessoas trabalhando em conjunto nas diversas fases de elaboração de um produto ou desenvolvimento de um projeto.
Desenvolver e melhorar habilidades individuais para o uso do conhecimento, aceitar responsabilidades pelo aprendizado individual e do grupo, e desenvolver a capacidade de refletir são algumas das vantagens que podem ser auferidas pelo trabalho em grupo. Algumas desvantagens do trabalho em grupo são; o aumento do nível de ruído na comunicação e a resistência de alguns participantes em assumir um papel mais ativo. Fonte: Fuks, H., Raposo, A.B., Gerosa, M.A.

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sábado, maio 09, 2009

Porque é importante a segurança no trabalho

Muitas pessoas não entendem a importância da segurança no trabalho. Ao longo do dia, no trabalho, qualquer que seja ele, tomamos decisões,agimos de forma automática e não nos preocupamos com os efeitos fisicos que podemos sofrer.
Seja ao sentar de qualquer jeito, ao abaixar sem cuidado para pegar uma caixa pesada, ao trombar com mesas e cadeiras que sempre estão no caminho ou mesmo ao deixar uma gaveta aberta em um lugar de muita movimentação de pessoas ou ainda não usar um óculos de proteção, ou uma luva ou um protetor auricular…todas estas são atitudes de insegurança às que nos expomos diariamente,muitas vezes pelo simples fato de achar que temos domínio sobre todas as situações e que acidentes acontecem com os outros e não com agente.
Qualquer pessoa está sujeita a um acidente de trabalho, por isso temos que evitar ao máximo os riscos inerentes às funções que executamos. Apesar da empresa proporcionar e exigir o uso de equipamentos de proteção é o indivíduo que deve se conscientizar de que seu bem estar, sua saúde e até sua vida dependem da utilização correta destes equipamentos.
Portanto, ser uma pessoa consciente e responsável por sua segurança é fundamental para uma vida plena no trabalho e em família. Através de atos seguros, protegemos a nós mesmos e a de nossos companheiros e podemos melhorar nossa qualidade de vida.
Fonte: Simone Castillo

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sexta-feira, maio 08, 2009

Acidente com esmeril

Relato do caso clínico:
Trabalhador, eletricista de automóveis, natural de Jaboatão dos Guararapes – PE, procurou o Serviço de Urgência do Hospital de Aeronáutica de Recife, relatando na ficha médica que foi consertar o motor de partida do caminhão, quando ocorreu o acidente. Ele enrolou um pano impregnado de graxa em um parafuso de aproximadamente 20 cm de comprimento e 0,5cm de diâmetro e começou a esmerilhar o parafuso, sem uso de equipamento de segurança.. O pano foi puxado pelo rebolo, que lançou o parafuso como uma flecha contra o seu rosto. Ele informou ainda que tentou retirar o parafuso, mas não logrou êxito.

Após avaliação geral do paciente, realizamos o exame clínico. Edema local e uma discreta rinorragia direita foi observada. O orifício de penetração do corpo estranho deu-se ao nível da região geniana esquerda, ao lado da asa do nariz, região da parede anterior do seio maxilar a cerca de 5 cm abaixo da cavidade orbitária.

Ao exame intra-oral palpamos a extremidade do parafuso sob a mucosa que reveste o processo pterigoide direito do esfenóide. Solicitamos de imediato exames clínicos, cardiológico e radiográficas (seios da face, e lateral da face), que delimitaram o trajeto percorrido pelo parafuso, que transfixou o seio maxilar, indo alojar-se posteriormente.

Sob anestesia geral, intubação oral, realizamos antissepsia local e houve medição do parafuso com régua, que apresentou o comprimento de 13 cm da pele até a extremidade externa. Após contenção da face, realizamos delicada tração no parafuso, onde observamos resistência. Realizamos, a seguir, tração/rotação no sentido anti-horário devido ao fato da rosca do mesmo estar promovendo a sua retenção. Após a retirada do corpo estranho, introduzimos pelo orifício de penetração uma sonda uretral calibre 12 através da qual realizamos aspiração com solução de cloreto de sódio a 0,9% e lavagem com solução iodada aquosa, seguida de nova irrigação/aspiração com soro fisiológico 0,9% . Após a retirada do parafuso, pudemos verificar que o mesmo penetrou 7 cm da pele para o interior, comparando-se à mensuração inicialmente realizada.

Removemos a ferida cutânea e realizamos curativo compressivo com gaze impregnada em pomada bactericida. Prescrevemos terapia antibiótica e antiinflamatória por sete dias, bem como devidamente instituída a profilaxia antitetânica. Os curativos foram trocados diariamente até o completo fechamento da ferida, que se deu no 12º dia do pós-operatório.

Solicitamos exames radiográficos de controle. Reavaliamos o paciente com 30 dias , 03 meses e 06 meses de pós-operatório, quando demos alta ambulatorial. O mesmo encontrava-se, até o momento, completamente assintomático e com as funções preservadas.

Fonte: Revista Gaúcha de Odontologia – 2º Trimestre de 2001

Comentário:
Na maioria das vezes a análise do risco, não leva em consideração a projeção da peça ou fragmentos do rebolo em direção ao rosto do trabalhador. O uso do protetor facial em conjunto com óculos de segurança é importante.

Riscos envolvidos
■ Projeções de objetos, peças ou partículas
■ Contato com materiais ou substâncias
■ Abrasão
■ Entalamento, enrolamento
■ Contato com superfícies com temperaturas extremas
■ Exposição ao ruído (ruído excessivo)
■ Riscos elétricos (choque elétrico)
■ Risco de incêndio ou explosão (fagulhas)
■ Deficiência de princípios ergonômicos (bancada, altura, iluminação, etc)
■ Ferimentos nas mãos e olhos (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações)
■ Contato com o rebolo em movimento
■ Contato com a peça em temperaturas elevadas
■ Mau estado do rebolo (desgaste)
■ Incorreta fixação / colocação do rebolo
■ Projeção da peça a maquinar por incorreta regulação / ausência da espera ou mesa de apoio
■ Pequenas faíscas libertadas no processo de esmerilhagem
■ Contato com partículas desagregadas durante a esmerilhagem
■ Incorreta / ausência de manutenção das condutas de aspiração
■ Poeiras libertadas no local de trabalho
■ Pavimento com poeiras ou sujidade
■ Contacto com partes ativas
■ Ruído resultante da maquinação da peça
■ Iluminação do posto de trabalho insuficiente
■ Desorganização do espaço de trabalho
■ Arrasto de roupa muito larga ou acessório, por entrar em contato com o rebolo em rotação
■ Adoção de posturas incorretas, esforços estáticos ( esforço da mão / punho)

Recomendações de segurança
1) Montado o rebolo, colocar a proteção e nunca retirá-la a não ser para reparos ou substituição do rebolo;
2) Manter fios, cabos e conexões do equipamento em perfeitas condições para evitar descargas elétricas;
3) Usar óculos de proteção e protetor facial, independentemente da existência de dispositivos de proteção adaptados à própria máquina. Somente no esmeril da área de Usinagem não é necessário o uso do protetor facial, porém o uso só pode ser feito pelos funcionários da Usinagem;
4) Não usar rebolos em motores com velocidade (r.p.m.) superior à indicada pelo fabricante do rebolo;
5) Não usar rebolos rachados, defeituosos, gastos ou que estejam fora de centro;
6) Usar esmeril e rebolo adequado para cada tipo de trabalho;
7) Antes de utilizar o esmeril, faça-o girar até atingir plena velocidade;
8) Fazer uso apoio de encosto (espera) para apoiar a peça à ser esmerilada, o apoio deve ser fixado no máximo à distância de 3 mm do disco abrasivo (rebolo). Conforme a distância entre o rebolo e o encosto aumenta e excede os 3 mm, deve ser feita nova regulagem;
9) Não ajustar a posição do apoio com o esmeril em movimento;
10) Quando não for possível fazer uso de apoio (espera), manter a peça a ser esmerilada um pouco abaixo do nível do eixo do esmeril;
11) Segurar firmemente a peça a ser esmerilada, exercendo, com ela, sobre a superfície do esmeril, pressão moderada, contínua e uniforme, evitando esforços laterais, ou seja, não se deve esmerilhar a peça usando a lateral do rebolo;
12) Não deixar o motor ligado ao terminar o serviço nem deixar o esmeril enquanto estiver girando;
13) Ao colocar o rebolo, verificar se ele se ajusta ao eixo. Em nenhum caso deve ficar folgado ou apertado;
14) Não esmerilhar alumínio, latão, cobre ou outros metais num esmeril destinado a aço ou ferramentas;
15) Permanecer sempre que possível ao lado do rebolo durante o esmerilhamento;
16) Não usar luvas quando operar o esmeril;
17) A superfície do rebolo deve estar plana e uniforme. Qualquer ranhura, buraco, trinca ou deformação deve ser eliminada;
18) Após o uso manter o equipamento limpo e organizado;
Fonte: International Paper

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terça-feira, maio 05, 2009

Trabalhadores pendurados em andaime durante ventania

Dois trabalhadores que faziam a limpeza das janelas de um prédio comercial na segunda-feira, 4 de maio, na Zona Sul de São Paulo, levaram um grande susto por causa da ventania que atingiu a cidade durante a tarde.

Os trabalhadores Wando Jacinto Barros e Luciano Correia Santos ficaram balançando no andaime, suspensos a uma altura de mais de 20 metros. Atingindo pelo vento, o andaime ficou parecendo um balanço e chegou a bater contra a estrutura do prédio. Os trabalhadores tentavam se segurar de várias formas, mas só conseguiram parar o andaime quando uma pessoa usou um casaco para trazê-los para perto da janela.

Os funcionários de um dos escritórios tiveram de quebrar o vidro para resgatar os dois homens. Um dos trabalhadores chegou a machucar a mão ao tentar se segurar aos cabos e o outro bateu a cabeça.

Segundo os bombeiros, eles não se feriram com mais gravidade porque usavam cinto de segurança para fazer a limpeza das janelas. O trabalhador Wando de Barros foi atendido e liberado e Luciano Santos foi levado para o Hospital Regional Sul e não teve fraturas. Ele deve receber alta ainda na segunda-feira.

Dia seguinte: relato dos funcionários como ajudaram a salvar os trabalhadores
Com a mesma jaqueta usada para puxar um dos dois trabalhadores que ficaram presos em um andaime durante o vendaval na tarde da segunda-feira, na Zona Sul de São Paulo, Carla Pagano, foi trabalhar na terça-feira no escritório situado no sétimo andar do prédio de número 95 da Rua James Joule, no Brooklin.

Ao lado dos dois colegas que ajudaram no salvamento dos limpadores, ela falou sobre o episódio vivido no dia anterior. “O céu ficou preto e quando olhamos para o lado tinham umas rajadas, que depois eu vi na TV que eram ventos, e o andaime começou a balançar muito. Foi assustador. Ele ia até o oitavo andar, até a rua e voltava. Os rapazes estavam voando feito um pêndulo”, disse.

Foi quando, segundo Marcos Viana, que também ajudou no socorro, eles decidiram fazer algo. “Aí a gente disse: ‘olha, temos que fazer alguma coisa. Vamos ligar para os bombeiros’”, afirma. Mas, após ligar para o salvamento, eles perceberam que tinham que agir logo, antes da chegada de especialistas, ou poderia ocorrer o pior.

Carla conta que se aproximou da janela e viu que os trabalhadores estavam perto e poderia tentar puxá-los. Uma amiga teria lembrado da jaqueta que ela tinha deixado pendurada na cadeira. Foi por uma abertura de cerca de 20 cm da janela da empresa de tecnologia que ela conseguiu passar o braço e jogar a jaqueta, que o limpador Wando Jacinto Barros, segurou. Depois que eu segurei, eu falei: “vocês não vão mais soltar de mim. Não precisam se preocupar, eu não vou soltar vocês".

Foi neste ponto que, segundo Viana, ele, Carla e Fábio Missola, perceberam que o salvamento seria ainda mais difícil. “O trava-quedas (equipamento de segurança usado por trabalhadores nesse tipo de serviço) de um dos rapazes passou embaixo do andaime. Então, quando a gente, pela janela, pediu para ele passar as cordas do trava-quedas que a gente ia segurar - pelo menos se o carrinho caísse, eles não caíam – percebemos que a corda tinha passado por baixo do andaime e estava presa. Aí, a gente ficou segurando o andaime e o rapaz”, lembrou Viana.

O trio lembra que o salvamento não foi mérito apenas dos três. Toda a empresa ajudou no resgate segurando o andaime e empurrando os móveis do lugar para ter espaço para o resgate. “A gente entendia que aquilo ali não era um filme. Se eles caíssem, não ia ser como em um filme. Então a gente realmente precisava segurar eles ali , falou Viana.

Vidro removido
A partir daí, o grupo tentou abrir a janela. Um outro funcionário da empresa achou uma chave de fenda e desparafusou o vidro. Com o espaço aberto, o grupo conseguiu puxar os limpadores para dentro do prédio.
Para Viana, o resgate só foi possível porque os trabalhadores estavam bem equipados. “Ainda bem que eles estavam paramentados. Os equipamentos que eles estavam usando devem ser todos dentro da norma. Porque se tivesse qualquer cabo fora de ordem, ele teria estourado e aí tinha acontecido uma tragédia.” No dia seguinte ao salvamento, a sensação para o trio era de alívio e alegria. Acho que todo mundo que ajudou está super feliz com tudo isso, disse Viana.

Dia seguinte: relato de um dos trabalhadores
"Eu vi a morte. Achei que ia cair e morrer. Na hora, pensei que aquele andaime ia despencar. A agonia durou uns 20 minutos – entre 14h40 e 15h. O andaime parecia mais uma pipa, subindo e descendo com a gente", disse Luciano Correia dos Santos.

Fonte: Gazeta do Povo – 04 de maio de 2009 e G1, em São Paulo – 05 de maio de 2009

Comentário:
Nesse incidente mostra como é importante conjunto de equipamentos de segurança. O andaime suspenso mecânico com guarda-corpo fechado minimizou e protegeu os trabalhadores durante o impacto violento contra a estrutura do prédio. E os equipamentos de proteção individual, cintos de segurança protegeram os trabalhadores contra a queda e lançamento fora do andaime. A escolha do conjunto de equipamentos de segurança é muito importante para minimizar o acidente. Imagina se o andaime fosse de estrutura de madeira ou metálico sem o fechamento, muito provável os trabalhadores ficariam suspensos pelos cintos de segurança e cabos de segurança e o salvamento seria muito mais demorado.

Vídeo:



Vídeo: Dia seguinte

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domingo, maio 03, 2009

Painéis coletores de água de nevoeiro

Foto ampliada
Desde longe parecem painéis de letreiros de informações para viajantes. Mas, olhando-os de perto, os painéis são engenhosas construções fixadas em seus extremos por dois pontaletes de eucaliptos de seis metros de altura. Os painéis são malhas de polietileno para estufa, que surgem nos lugares mais inesperados, enseadas, morros e em regiões costeiras no norte do Chile e que estão resolvendo um pouco o problema mais grave no deserto: a escassez de água.

Sua presença na paisagem no norte do Chile está cada vez mais frequente. De noite, esses painéis são envolvidos pelo nevoeiro. O nevoeiro avança desde a costa, e que se origina nas nuvens que há sobre o Pacífico Sul-oriental.

Ao amanhecer, quando o nevoeiro se retira, reaparece a silhueta dos painéis coletores de água de nevoeiro, mas com uma novidade: as gotas desta "água nova" foram capturadas pelas malhas e são conduzidas através de uma canaleta até uma tubulação, para ser destinadas para rega ou irrigação ou ao consumo dos habitantes.

As malhas mais utilizadas são de polietileno do tipo Raschel, fabricadas no Chile, que se vendem por rolo. Cada rolo tem cem metros e, dependendo de sua altura, varia de dois metros a quatro metros, e o preço pode variar entre US$63 e US$126. No Chile é conhecida como “malha de kiwi", porque começou usando como corta-vento nas plantações de kiwi. Atualmente se utiliza para as videiras.

Cientistas em ação
Do seu escritório no Campus San Joaquín da Pontifícia Universidade Católica de Chile, em Santiago, a chefe do Departamento de Geografia Física, Pilar Cereceda, dirige também o Centro do Deserto de Atacama.
Este organismo, que realiza pesquisa interdisciplinar, promoveu projetos como a instalação de painéis em Alto Patache, localidade localizada a 700 metros de altura na região de Tarapacá, no extremo norte de Chile (chamado Norte Grande).
Abastecemos uma pequena casa, que é nossa estação de campo, disse Cereceda e temos uma pequena horta. Nesse lugar estamos fazendo todas as experiências e vendo as possibilidades de dar água a um córrego que está abaixo dos morros, que é Chanavaya. E há outra que se chama Caramucho, em Tarapacá, próxima à nossa zona.
Pilar Cereceda conhece o assunto desde então, porque vem desenvolvendo-o desde a década de 80, tomando como ponto de partida o trabalho do professor Carlos Espinosa Arancibia.
Este professor emérito de física e matemática da Universidade de Chile, criado no norte, foi o pioneiro que concebeu e patenteou estes aparelhos na década dos 60, doando depois a sua invenção à Universidade Católica do Norte e fomentando sua difusão gratuita através da UNESCO.

Sucessos e fracassos
Ainda que se trate de uma grande idéia, não foi fácil expandir. Em parte porque custa organizar as comunidades para que façam à manutenção dos equipamentos.
"Eles adoram a tecnologia, mas alguém tem que o fazer. E alguém tem que manter", assinala Pilar Cereceda.
Outras vezes os habitantes não têm os recursos necessários para pagar o investimento inicial. O governo há poucos meses, definiu uma Iniciativa Nacional de Eficiência Hídrica que, através do Ministério de Obras Públicas, permitiria fomentar este tipo de projetos.

Agricultura
Cerca de mil quilômetros ao norte de Santiago, Hugo Streeter, um ex-pescador de 62 anos que hoje representa os membros ativos da associação Falda Verde, conversa com a BBC através de seu telefone celular enquanto sobe um morro, em Falda Verde, para verificar o bom estado de seus cultivos de Aloe Vera, regados com parte dos 500 a 750 litros de água que produzem diariamente em nove painéis.
Cultivo de tomates em Falda Verde, graças aos painéis. "Funcionamos como associação comunitária sem fins lucrativos”, conta Streeter, parando um momento para recuperar o fôlego e estamos fazendo patrimônio através de um projeto empresarial e não reembolsável.

Importância das condições ambientais
As condições ambientais também influem sobre a qualidade da água recolhida pelos painéis. O nevoeiro não pode estar contaminado, porque então se converte em "nevoeiro ácido".
Pilar Cereceda adverte que "nesse sentido, há um problema muito grave no Chile, porque todas as termoelétricas estão se instalando ao longo da costa, por razões óbvias: carvão, porto e o mar, de tudo. E há muita vegetação na costa que se abastece e se nutre da água do nevoeiro".
"Todas essas centrais termoelétricas no litoral podem produzir um desastre ecológico de grandes dimensões nessa vegetação".

Interesse mundial
Ainda que não haja dados oficiais sobre o uso de painéis no Chile, Pilar Cereceda conhece cada dia novos casos. E a tecnologia se expandiu para o resto do mundo. Destaca o caso da ONG canadense Fogquest, uma organização sem fins lucrativos, que reúne cidadãos, estudantes, cientistas e filantropos com o interesse comum de melhorar a qualidade e acesso de comunidades rurais a água, que desenvolve projetos em vários países.

A estudante chilena Fernanda Rojas ajudou a instalar esses painéis na Guatemala. "E os que ajudaram construir foram os estudantes de Geografia da Universidade Católica", afirma com orgulho, lembrando que durante a década de 90 os alunos viajaram ao sultanato de Omã e mais recentemente estiveram trabalhando no Peru, Yemen, Eritréia, Guatemala e Haiti.

Fernanda Rojas Marchini estuda geografia na Universidade Católica e participou como voluntária, desde 2006, num projeto impulsionado por Fogquest na aldeia de Tojquia, na região de Huehuetenango, no setor noroeste de Guatemala, zona em que vivem famílias descendentes dos maias, em condições de extrema pobreza.
Lá os painéis são conhecidos como Large Fog Collectors, LFC e foram instalados a 3.500 metros de altura. O projeto até o momento beneficiou 27 famílias, um total de 126 pessoas.
A idéia é seguir ampliando sua cobertura. Ainda que há estações secas e chuvosas, conseguiram em média 10 litros de água por metro quadrado (de malha) por dia. Tiraram fotografias de tanques de dois mil litros que se encheram numa só noite de neblina densa. Eles assessoram às famílias para que mantenham funcionando os painéis, no local, por telefone celular ou por correio.

Fonte: BBC News - viernes, 24 de abril de 2009

Comentário:
Esse tipo de painel coletor de água de nevoeiro é o mais simples, mais barato para as comunidades carentes. No Brasil pode ser adaptado paras as regiões montanhosas, em que não há infraestrutra de captação de água para utilização na agricultura familiar e consumo.
No Brasil essas malhas de polietileno são conhecidas como telas Raschel tecidas em ráfia (nas larguras de 2m ou 4m) ou monofilamentos (nas larguras de 1,50m ou 3m), especialmente para sombreamento agrícola, e podem promover sombras desde 30% a 90%, dependendo do tipo de cultura a ser protegida.
Vide o tipo de tela: Malhas
A Fogquest é uma organização não governamental, (ONG) dedicada ao planejamento e execução de projetos de água para as comunidades rurais carentes no mundo.
Para maior detalhe: Fogquest


Vídeo:
Comunidade de uma região da Guatemala


Vídeo:
Eritréia-Ágrica



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