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Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

terça-feira, agosto 28, 2012

Robô Curiosity pousa em Marte

O jipe-robô Curiosity pousou na superfície de Marte por volta das 2h33 (horário de Brasília) de segunda-feira, 6 de agosto,segundo a agência espacial americana (Nasa). A aterrissagem ocorreu após uma viagem de 567 milhões de quilômetros e quase nove meses.
A missão, que investiu cerca de US$ 2,5 bilhões (mais de R$ 5 bilhões) no projeto que pretende saber se o planeta vermelho já reuniu condições favoráveis à vida, foi declarada completa e um sucesso 1 minuto depois.

A Nasa confirmou que a nave, de 1 tonelada, entrou na atmosfera do planeta a 20 mil km/h e pousou na Cratera Gale, ao sul do equador, após uma complexa manobra que se chamou de "sete minutos de terror'. Isso, porque a atmosfera marciana é bem menos densa que a da Terra, o que torna mais difícil frear uma nave lá do que aqui.

Como havia sido planejado, a cápsula abriu um gigantesco pára-quedas para frear a queda. A cerca de 20 metros do solo, um sistema baixou o Curiosity, que abriu suas seis rodas e iniciou a aventura em Marte.
O robô está equipado com ferramentas que podem, entre outras coisas, perfurar rochas e coletar amostras de materiais do solo para analisar a composição mineral local.

ESTRATÉGIAS DE DESCIDA
O Curiosity é maior e mais pesado que os jipes que a Nasa já mandou para Marte, razão pela qual exige uma nova estratégia de descida. Não bastaria usar apenas pára-quedas e retrofoguetes: desta vez, foi criado um novo mecanismo – um guindaste em que o robô desce, pendurado na nave Mars Science Laboratory, até tocar o solo.
"Sabemos que parece maluco", afirmou Adam Steltzner, do Laboratório de Propulsão de Jatos da Nasa (JPL, na sigla em inglês), líder da equipe que projetou o Curiosity. "Mas é, na verdade, o resultado de decisões cautelosas", completou.

Se qualquer parte do plano desse errado, o Curiosity se esborracharia no chão e a missão terminaria imediatamente. A Nasa só soube se o pouso foi ou não um sucesso 14 minutos após o ocorrido, porque esse é o tempo que o sinal levou para chegar à Terra.

MISSÃO
O veículo deve executar a primeira fase de sua missão em 1 ano, 10 meses e 2 semanas, mas a expectativa é de que continue suas pesquisas por cerca de uma década. Geradores de plutônio têm capacidade de fornecer calor e eletricidade à missão por pelo menos 14 anos. É um sistema de geração de energia diferente de outras missões que contaram com painéis para geração de energia solar.

Os estudos do robô começarão em uma montanha localizada no interior da Cratera Gale. O Curiosity vai subir a montanha e estudar as pedras ali sedimentadas ao longo de bilhões de anos. Indícios da presença de água no passado de Marte foram detectados em estudos anteriores, feitos a partir de imagens do local.

COMUNICAÇÃO
O sinal, aliás, não veio direto do veículo para a Terra. Ele foi rebatido pela sonda Odissey, que orbita o planeta vermelho desde 2001. Da perspectiva do Curiosity, a Terra está abaixo do horizonte, e a manobra foi a maneira que a Nasa encontrou para fazer o sinal chegar o mais rápido possível.

LOCAL DE POUSO
O local de pouso foi escolhido de acordo com o objetivo da missão. A Cratera Gale oferece um alvo seguro para a aterrissagem, com uma área de cerca de 140 km² – maior que o município de Niterói (RJ). Dali, o veículo está relativamente próximo ao Monte Sharp, onde sondas na órbita já visualizaram minerais que podem ter sido formados na água.

CURIOSITY E SEUS ANTECESSORES
Do tamanho de um carro, o novo robô é cinco vezes mais pesado que os jipes Spirit e Opportunity, precursores na exploração de Marte. Mesmo sem tripulação, ele chega a ser maior até que o jipe lunar que carregava dois astronautas por vez nas missões americanas Apollo, que exploraram a Lua nas décadas de 1960 e 1970.

O Curiosity é tão grande porque traz dentro de si um laboratório inteiro. Os instrumentos científicos incluem uma carga 15 vezes maior do que a levada por seus antecessores.
A missão está programada para durar um ano marciano, mas isso não quer dizer muita coisa. Quando o Spirit e o Opportunity chegaram ao planeta, em 2004, tinham como missão apenas três meses de explorações. O Opportunity é usado até hoje, e o Spirit só foi inutilizado porque perdeu contato com a Terra, em 2010.

Os primeiros objetos feitos pelo homem a pousarem em solo marciano foram as sondas Viking 1 e 2, lançadas pela Nasa em 1975 – a chegada foi em 1976. Em 1997, o Mars Pathfinder levou os EUA de volta ao planeta vermelho e inaugurou a era dos jipes, seguida pelo Spirit, pelo Opportunity e, agora, pelo Curiosity. A União Soviética também tentou lançar veículos para lá, mas não obteve sucesso.
Do G1, com agências internacionais -06/08/2012 02h37 - Atualizado em 06/08/2012 10h38

DADOS TÉCNICOS DA MISSÃO
Avaliar o potencial de Marte para abrigar vida no presente e no passado
Descrever a geologia e analisar a composição da superfície
Investigar o papel da água na evolução do planeta e determinar o estado atual do ciclo da água em Marte
Detectar o nível de radiação na superfície
Peso: 899  kg
Custo: US$ 2,5 bilhões

ROBÔ CURIOSITY UTILIZA LASER EM ROCHA DE MARTE
 Antes dar início a sua primeira missão de prospecção em Marte, o robô Curiosity utilizou no domingo, 19 de agosto,  pela primeira vez seu raio laser para destruir uma rocha do tamanho de um punho e testar a funcionalidade do aparato.
Segundo a Nasa, o Curiosity utilizou o laser da chamada ChemCam na rocha N165, apelidada como "Coroação". Neste teste, o robô Curiosity disparou 30 vezes seu laser por um período de 10 segundos.
O objetivo era aquecer a rocha até um ponto que suas moléculas se transformassem em uma bola de fogo (um plasma ionizado, brilhante) para que o telescópio e os três espectrômetros do Curiosity pudessem analisar os elementos que compõe a mesma.

Com esta primeira prova, a equipe queria comprovar como funciona o instrumento e também fazer algumas práticas de disparo, mas, ao mesmo tempo, o teste também seria usado para estudar se houve alguma mudança na composição da rocha à medida que os disparos eram feitos.

O diretor adjunto do projeto cientista da ChemCam, Sylvestre Maurice, do Instituto de Pesquisa Astrofísica e dos Planetas (IRAP) em Toulouse (França), também fez questão de ressaltar a nitidez dos sinais recebidos.

Imagem divulgada pela Nasa nesta segunda-feira (27) mostra o Monte Sharp, destino final do robô Curiosity, que se encontra em Marte. As partes mais baixas do monte formam uma sucessão de estratos tão espessos como os do Grand Canyon, nos EUA. A principal diferença é que os estratos do Grand Canyon são expostos ao longo de um grande vale, enquanto os estratos do Monte Sharp são expostos ao longo dos flancos de uma grande montanha. A foto, que mostra a diversidade de cores do monte, foi tirada pelo Curiosity 

"É surpreendente que os dados (recebidos) são inclusive melhor dos que tinham recebido antes, durante as provas na Terra", indicou Maurice, que espera grandes descobrimentos na missão do Curiosity. "Podemos esperar grandes descobrimentos científicos investigando os milhares de alvos da ChemCam nos próximos dois anos", assegurou o cientista.

CURIOSITY REALIZA PRIMEIRO PERCURSO E DEIXA "MARCAS" EM MARTE
O robô explorador Curiosity na quarta-feira, 22 de agosto, iniciou os seus primeiros passos em Marte e já deixou "marcas" sobre a superfície do Planeta Vermelho, após um percurso de aproximadamente 4,5 metros, indicaram os engenheiros da Nasa (Agência Espacial Americana).
O Curiosity enviou centenas de fotografias em preto e branco e coloridas que proporcionaram a visão de Marte mais nítida conhecida até agora.

A missão está funcionando extremamente bem, descreveu Peter Theisenger, diretor da missão em entrevista coletiva no Laboratório de Propulsão, em Pasadena, na Califórnia (EUA).

O equipamento andou aproximadamente 4,5 metros esta madrugada e fez vários giros entre 90 e 180 graus sobre a superfície de Marte conforme esperado, confirmou Theisenger. Para as manobras, o explorador precisou de cerca de 16 minutos, e enviou, em seguida, novas fotografias em preto e branco.

Fontes: G1 - 06/08/2012; UOL Noticias - 19/08/2012; UOL Ciência - 22/08/2012
Vídeo: Animação em Inglês


Vídeo: Animação em Português



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domingo, agosto 26, 2012

Carro despenca de estacionamento de prédio


Um carro caiu do 3º andar do estacionamento de um prédio na Avenida Tiradentes, esquina com na Avenida Paraná, na manhã de segunda-feira, 20 de dezembro de 2010, no centro de Maringá.

Por volta das 9h40, o veículo um Peugeot 206, que pertence à empresa Jovem Pan Maringá, descia a rampa em caracol e passou reto, rompeu a parede e caiu sobre os fios de energia interrompendo o fornecimento de energia em residências e estabelecimentos comerciais da região. Para os bombeiros, o motorista Elias disse que o sistema de freios do carro falhou.

Vítimas
As três pessoas que estavam no veículo, da Rádio Jovem Pan Maringá, tiveram apenas ferimentos leves. Foram encaminhadas a hospitais da cidade, conforme informações do Corpo de Bombeiros.

A área estava movimentada no momento do acidente, entre 9h e 9h30, principalmente por se tratar de local residencial e com clínicas de atendimento médico.

O trânsito na Avenida Tiradentes estava parcialmente interditado, por volta das 10h30. Não havia previsão para a remoção do veículo do local. Muitas pessoas estavam em frente ao prédio, acompanhando o trabalho dos bombeiros.

Um guincho removeu o carro da Avenida Tiradentes por volta das 10h50, mas às 12h30 o trânsito continuava interrompido em meia pista no sentido à Rua Manoel Ribas.

Equipes da Copel estão no local trabalhando na troca do poste e na recuperação da rede elétrica, mas ainda não há previsão para o restabelecimento do fornecimento de energia.

Fonte: UOL Noticias, Gazeta do Povo e O Diário – 20 de dezembro de 2010

Comentário:
Com alguns dados, podemos calcular o impacto do veiculo no solo
Peso do carro = 1148 kg
Altura da queda = 10 m

■ A velocidade de impacto, ou seja, a velocidade com que atingiu o solo
V = 14 m/s, que corresponde a 50 km/h
■ O tempo de queda
t = 1,4 s
■ A força média trocada durante o impacto
Vamos supor que entre o instante em que o carro toca o solo até o momento em que pára   (sofreu deformação) temos um intervalo de 1s. Usando o Princípio Fundamental da Dinâmica para Valores Médios, teremos, para a força média Fm:
Fm = 16072 N
Esse valor de força de 16072 N corresponde a aproximadamente 1607 kgf
Obs: Sem levar em consideração o atrito e amortecimento causado pela fiação elétrica.
Muito provável os ocupantes do carro, motorista e acompanhante estavam com cinto de segurança, para sofrer apenas ferimentos leves.

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sábado, agosto 25, 2012

Videogames podem causar inflamações musculares

Um novo tipo de lesão muscular vem preocupando os especialistas na área. Trata-se do "Wii-ite" que acomete, geralmente, quem passa longos períodos jogando videogames caseiros. Segundo a médica Jennifer Roth, especializada em medicina esportiva, o problema é mais sério do que se imaginava inicialmente.

— O termo Wii-ite define as lesões associadas à prática excessiva de esforço físico em jogos de Wii ou qualquer outro jogo interativo de vídeo — explica a especialista da Clínica Mayo que relata estar tratado diversos pacientes que sofrem com essas dores.
A médica alerta que essas lesões por esforço excessivo e repetitivo podem causar inflamação e dor no ombro, no cotovelo e nos punhos. Além disso, outros problemas, como distensão muscular e, ocasionalmente, estiramento muscular também podem ocorrer.

— É importante seguir as instruções e usar o equipamento de videogame de forma sensata. Não se pode cometer excessos — afirma.

Jennifer ressalta, no entanto, que a prática moderada do videogame pode, inclusive, ajudar quem não consegue malhar ou praticar algum exercício físico.

“O Wii pode ser um bom aparelho de exercício quando praticado de forma adequada – e uma alternativa de atividade física para pessoas que levam vidas sedentárias”, diz a médica. O essencial é jogar com moderação e saber o que se está fazendo. É importante seguir as instruções e usar o equipamento de videogame de forma sensata. “Não se pode cometer excessos”, afirma o cirurgião ortopédico da Clínica Mayo de Rochester, Minnesota, John Sperling.

Algumas dicas:
Antes de jogar Wii, defina um tempo razoável de jogo, algo entre 20 a 30 minutos. 
Se sentir uma lesão, pare de jogar, tome um medicamento antiinflamatório e repouse. Se a dor persistir por alguns dias, consulte um médico.

Fonte: Zero Hora e Scientific American Brasil - 10 de dezembro de 2010

Comentário:

No manual das empresas de games, alertam sobre  o uso contínuo do videogame.
AVISO – LESÕES POR MOVIMENTOS REPETITIVOS E FADIGA OCULAR
Jogar jogos de vídeo pode provocar dores nas articulações, nos músculos, na pele ou nos olhos. Segue estas instruções para evitar problemas como tendinites, síndrome do túnel carpo, irritação da pele ou fadiga ocular:
■ Evitar jogar excessivamente. Os pais devem vigiar os seus filhos, para que estes joguem de forma adequada.
■ Fazer uma pausa de 10 a 15 minutos de hora a hora, mesmo que não considere necessário fazê-lo.
■ Se sentir  que as mãos, pulsos, braços ou olhos ficam cansados ou doloridos enquanto jogam, ou se tiver sintomas como tremor, torpor, formigamento, dormência, queimação, cãibras, falta de sensibilidade dos membros, pára e descansa durante algumas horas antes de continuar a jogar.
■ Se os sintomas acima descritos persistirem ou se sentir qualquer mal-estar, durante ou após o jogo, pára de jogar e consulta um médico.

O mundo virtual do entretenimento está provocando doenças típicas relacionadas ao trabalho precocemente, tais como;
■ lesões de esforços repetitivos,
■ problema de acuidade visual denominado de "Síndrome de Inibição monocular" em pessoas que trabalham durante muitas horas colocadas de forma incorreta em frente tela do computador,
■ problema de audição (surdez) devido à utilização de fones de ouvido de aparelhos de eletrônicos.
A vida moderna tem criado condições para o desenvolvimento de obesidade em crianças na medida em que, os pais impedem seus filhos de saírem de casa por causa da violência nas ruas. Desta forma, as crianças não podem correr nas praças, andar de bicicleta e participar de outras brincadeiras de criança, ou seja, não queimam calorias. As crianças ficam em casa, em seus quartos, jogando videogames, navegando na internet, assistindo vídeos ou TV´s.
Uma pesquisa americana revelou que 26% das crianças e jovens, numa amostragem de 4000 entre 8 e 16 anos, passavam quatro ou mais horas diariamente em frente da televisão. É necessário que os pais monitorem melhor as atividades de seus filhos, impondo horários para se dedicarem às diversas atividades, inclusive à prática de esportes.


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quinta-feira, agosto 23, 2012

OSHA: Análise de acidentes fatais em estaleiros

Esta série tem a intenção de sensibilizar a indústria dos perigos específicos para ambientes de trabalho em estaleiro. Cada vídeo oferece análise de acidente e discute os fatores que contribuem para as mortes.
Volume 1 abrange guindaste, espaço confinado, e os riscos de uso inadequado.
Volume 2 cobre riscos guindaste, perigos de afogamento, e a missão da OSHA.
Fonte: US Department  of Labor- 19/08/2011

Comentário:
Os vídeos são bons e utilizando computação gráfica, simula como aconteceu o acidente, o que deu errado e recomendações. Os acidentes analisados podem acontecer em outras atividades, os fatores que contribuem e as medidas de correções. Vale a pena assisti-lo
No vídeo a palavra PFD´s significa colete salva-vida

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terça-feira, agosto 21, 2012

Aparelhos sensíveis ao toque podem espalhar vírus e bactérias


Usuários de produtos como iPad e iPhone devem tomar cuidados para diminuir o risco de infecções

Maus hábitos de higiene e compartilhamento dos dispositivos favorecem a contaminação das telas dos "gadgets"

Computadores do tipo tablet e outros aparelhos portáteis como o iPhone, o iPod touch e outros modelos de celular com tela sensível ao toque podem facilitar a contaminação de pessoas e a transmissão de doenças infecciosas.

Uma tela suja esconde colônias de micro-organismos -desde vírus transmissores da gripe até bactérias que podem provocar problemas como vômitos e diarreias.
As principais causas que tornam esses aparelhos vetores de infecções são o compartilhamento entre usuários e a falta de hábitos de higienização das mãos e dos próprios produtos.

"A partir do momento em que a pessoa coloca a mão na tela é possível transmitir vírus e bactérias ao objeto", diz o infectologista Evaldo Stanislau de Araújo, do Hospital das Clínicas.
Alguém que encoste em um aparelho infectado pode acabar se contaminando, principalmente se o compartilhamento se der num curto intervalo de tempo.

Sim, a possibilidade de transmissão existe em qualquer objeto manuseado por muita gente, mas os aparelhos com tela sensível ao toque têm um diferencial, como diz o infectologista Gustavo Johanson, do Hospital Nove de Julho. "Temos que encostar neles o tempo todo para que funcionem. E a mão é um dos principais elementos de transmissão de doenças infecciosas."

BACTÉRIAS
A revista britânica "Which?" analisou 30 aparelhos celulares e detectou que sete deles apresentavam altos índices de contaminação.
No mais infectado deles havia até coliformes fecais, bactérias presentes nas fezes e que podem não ser eliminadas se a higienização das mãos não for adequada.
"A presença dos coliformes mostra que os maus hábitos das pessoas representam um risco muito maior para elas mesmas do que o próprio aparelho", diz Araújo.
A limpeza periódica da tela é um dos principais cuidados indicados pelos especialistas. Para isso, a Apple, que fabrica o iPad e o iPhone, recomenda o uso de panos levemente úmidos.

Fonte: Folha de São Paulo - 04 de dezembro de 2010  

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sexta-feira, agosto 17, 2012

Técnico morre em acidente de trabalho

O técnico em eletrônica FAS, 26, morreu enquanto manuseava uma prensa de 400 toneladas na empresa Mabe Eletrodomésticos, em Hortolândia, manhã de quinta-feira, 27 de janeiro de 2011. O acidente ocorreu no momento em que o técnico fazia o serviço de assistência técnica. O equipamento foi acionado e prensou o seu crânio.

SOCORRO
Um funcionário acionou o bombeiro que trabalha na empresa. A vítima foi socorrida pela ambulância Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ao Hospital e Maternidade Governador Mário Covas, mas não resistiu.

PERITOS
Peritos do IC (Instituto de Criminalística) de Americana estiveram na empresa para fazer análise do equipamento e apurar as circunstâncias do acidente. O técnico trabalhava na empresa há cinco anos e tinha experiência anterior como técnico em eletrônica.

LAUDO POLICIAL
O caso foi registrado como morte suspeita pelo delegado José Leandro Moreira Falkine. O corpo da vítima foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) de Americana para realização de exame necroscópico para constatar a causa da morte. O laudo deverá ficar pronto em 30 dias.

Fonte: Todo Dia – 28 de janeiro de 2011

Comentário:
Máquinas e Equipamentos exigem que os dispositivos de isolamento sejam previamente desligados e isolados, quando submetidos a serviços de manutenção, limpeza e reparos.
Muitos acidentes ocorrem em decorrência do acionamento inesperado de dispositivos de controle que provocam liberação acidental de energias armazenadas, causando lesões e mortes em trabalhadores durante a execução de trabalhos.
São acidentes que podem ser evitados de uma maneira simples e eficaz - o bloqueio físico da fonte de energia, acompanhado de etiqueta sinalizadora. Fonte: Conect

Programas de bloqueio e etiqueta
Os programas de bloqueio e etiqueta são usados para proteger contra acidente pessoal, para proteção de equipamento contra danos e conservar o sistema da indústria. Estes programas são indicados para identifica, isolar e controlar fontes perigosas de energia e material que pode desfavoravelmente afetar a segurança pessoal durante a operação de equipamentos, manutenção ou modificações.
Bloqueio

É dispositivo com finalidade de bloquear/travar o equipamento de forma que este não entre em movimento colocando os trabalhadores em riscos de acidentes. É a colocação de um dispositivo de isolamento de energia com o objetivo de garantir que o equipamento, sob controle, não possa ser operado ou entre em operação até que o dispositivo de bloqueio seja removido.

Etiqueta
É a colocação da etiqueta/sinalização de aviso no dispositivo de isolamento de energia do equipamento para indicar ou alertar que o dispositivo de isolamento de energia e o equipamento sob o controle não possam ser operados ou abertos sem antes ter a autorização do trabalhador responsável pela etiquetagem ou sinalização.

Recomendações
O desenvolvimento e execução de um programa efetivo de bloqueio e etiqueta é vantajoso para redução de acidentes. A segurança pessoal deveria ser a prioridade mais elevada para todos que trabalham com energia elétrica

O que diz a NR-12 – Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos
12.113. A manutenção, inspeção, reparos, limpeza, ajuste e outras intervenções que se fizerem necessárias devem ser executadas por profissionais capacitados, qualificados ou legalmente habilitados, formalmente autorizados pelo empregador, com as máquinas e equipamentos parados e adoção dos seguintes procedimentos:
a) isolamento e descarga de todas as fontes de energia das máquinas e equipamentos, de modo visível ou facilmente identificável por meio dos dispositivos de comando;
b) bloqueio mecânico e elétrico na posição “desligado” ou “fechado” de todos os dispositivos de corte de fontes de energia, a fim de impedir a reenergização, e sinalização com cartão ou etiqueta de bloqueio contendo o horário e a data do bloqueio, o motivo da manutenção e o nome do responsável;
c) medidas que garantam que à jusante dos pontos de corte de energia não exista possibilidade de gerar risco de acidentes;
d) medidas adicionais de segurança, quando for realizada manutenção, inspeção e reparos de equipamentos ou máquinas sustentados somente por sistemas hidráulicos e pneumáticos; e
e) sistemas de retenção com trava mecânica, para evitar o movimento de retorno acidental de partes basculadas ou articuladas abertas das máquinas e equipamentos.

Vídeo:

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terça-feira, agosto 14, 2012

Epidemia de riscos


 Eram 10h30min, 10 de dezembro de 2010,  quando dois homens apareceram na janela do 5º andar de um prédio na Rua Brusque, no Centro de Itajaí, Santa Catarina. Olharam de um lado para o outro à procura do lugar certo para executar o serviço. Um deles, sem equipamento de proteção, colocou quase o corpo todo do lado de fora da janela. O trabalho de risco durou 30 minutos. Fonte: Jornal de Santa Catarina - 10/12/2010

Comentário:
Até que ponto existe responsabilidade do empregador nessa situação das fotos?
Se o operário é negligente, a responsabilidade continua sendo da empresa que o contratou?
Fico imaginando o que se passa na mente de um trabalhador, a 15 metros de altura sem proteção nenhuma, é um daqueles especialistas de salto em ponto fixo (base jump) com pára-quedas ou é um pássaro alado com proteção de um anjo da guarda? Ou ele gosta de praticar um esporte radical infringindo todas as normas de segurança? Mas uma coisa é real, a situação está como exatamente o diabo gosta para acontecer o acidente. Falta aquela mão invisível que empurra a falha para o acidente.
A criatividade do trabalhador para ativar o risco é imensurável. Sempre querendo quebrar protocolo de segurança ou queimar etapas de segurança. Se já fiz isso, não aconteceu nada, porque não posso fazer novamente? É a luta do diabinho com o anjo guarda de segurança. O diabinho sempre instigando o trabalhador para buscar o perigo. Como geralmente o perigo não é visível, o trabalhador se arrisca e percebe muito tarde o perigo visível, que é o acidente.
Para ele o acidente ou morte faz parte da vida.  Quantas vezes já ouvimos essas expressões ou crenças:
■ "Tinha que acontecer" quando se está diante de um evento trágico, ou no mínimo, indesejado.
■ Por que tinha que ser assim?
■ Em caso de morte, há sempre quem diga "cada um tem sua hora".
■ Em outras palavras, o que tem que acontecer, simplesmente acontece e não há como escapar do fato.

Podemos analisar pelo lado não muito convencional, além das normas de segurança, o aspecto comportamental
■ Para saber se um medo é real ou ilusório, é preciso questionar se ele é baseado em fatos reais ou é uma distorção de sua realidade, fundamentada apenas em sua crença geradora desse medo. Quando aceitamos uma situação de perigo, sem questioná-lo, pressupomos que este é um fato e esta é uma escolha que fazemos. Por isso, questione-se sempre!
■ Só é possível definir o que é perigo quando se trata da subjetividade de cada um. O que é perigo para mim, não é necessariamente para você. Não existe uma realidade única e fixa. A realidade que você vê depende unicamente de sua percepção do mundo, dos outros e de si mesmo.
■ A partir do momento em que o trabalhador passa a questionar ou duvidar do perigo,  ele passa a ser possivelmente ilusório. Podemos considerar que o perigo diminui?
■ Quando aceitamos uma atividade perigosa, sem questioná-lo, pressupondo que este é um fato, é uma escolha que fazemos. Por isso, somos responsáveis por essa decisão?
■O medo sempre acompanhou a espécie humana. Se não sentíssemos medo  a espécie humana  não existiria. É o medo que faz proteger  e fugir do perigo. Mas podemos adaptar o medo para algumas situações potencialmente perigosas, tornado-o normal? Eu não tenho medo?
■O cérebro tem capacidade de gravar na memória e comparar as condições de uma ameaça atual com experiências passadas similares, permitindo-lhe, assim, escolher qual a melhor opção a ser tomada para garantir sua segurança. Por que para algumas pessoas isso não funcionam?

Podemos fazer outra indagação?
■Qual seria a participação da educação, principalmente a aprendizagem e desenvolvimento, na percepção e avaliação do risco?
Segundo os especialistas de educação, o processo cognitivo humano refere-se ao  estudo do processamento humano de informações, ou seja,  o estudo de como os seres  humanos percebem, processam, codificam, estocam, recuperam e utilizam as  informação.
■Com o nível de escolaridade baixa, como podemos aumentar segurança, ou melhor, a compreensão da utilidade da segurança para própria vida?
Segundo os especialistas a aprendizagem se dá de maneira melhor quando o processo de informação estiver alinhado com o processo cognitivo humano, ou seja,  o volume de informações oferecidas ao trabalhador for compatível com a sua capacidade  de compreensão.

No atual estágio de desenvolvimento tecnológico,  as mudanças processam-se em uma velocidade muito grande, como podemos acompanhá-la sem  nível de educação adequada?

A educação deve andar junta com a segurança do trabalho? O que vocês acham? A nossa política de segurança de trabalho chegou ao limite quanto a redução de acidentes, pois outro fator primordial que é a educação, não está contribuindo para essa redução? 

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quinta-feira, agosto 09, 2012

Trabalhador é soterrado por toneladas de milho e soja

Um trabalhador de um silo em Montividiu, no sudoeste de Goiás, (279 km de Goiânia) foi soterrado após parte da estrutura onde era estocado o produto desabar, na tarde de quarta-feira, 25 de julho.

CENÁRIO
O trabalhador estava fazendo a limpeza do silo quando uma parede de contensão desabou. Ele fazia o procedimento de rotina. A função era verificar se os grãos estavam fazendo o trajeto até o fundo do silo corretamente. Porém, a parede que separa o milho da soja não suportou a pressão e desabou.

CORPO DE BOMBEIROS E RESGATE
De acordo com o Corpo de Bombeiros, cerca de 60 homens foram deslocados, para realizar o resgate juntamente com a ajuda de socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e funcionários da empresa.

CORPO DE TRABALHADOR É ENCONTRADO
O Corpo de Bombeiros encontrou no final da tarde, 26 de julho, o corpo do trabalhador JS, 25 anos, que estava soterrado em um silo de Montividiu.
De acordo com o sargento Carvalho, foram mais de 30 horas de buscas no local, onde estavam armazenadas cerca de 50 mil toneladas de milho e soja.

Fonte: G1 26 de julho e Diário do Interior, 27 de julho de 2012

Comentário:

Principais Tipos de Acidentes
■ Afogamento e Sufocamento na massa de grãos
■ Intoxicações causadas por gases
■ Explosões

Afogamento e Sufocamento
■ Afogamento:  a vítima é arrastada ou dragada pela massa de grãos.
■ Sufocamento: a vítima é encoberta pela massa de grãos.

Para um fluxo de grãos de 54 toneladas por hora, uma pessoa de 1,70 m pode ser dragada pela massa de grãos em menos de 11 segundos.  

TIPOS DE ACIDENTES EM SILOS
As ocorrências mais comuns são afogamento e sufocamento. As vítimas são submetidas à asfixia mecânica por ação da massa de grãos. Sendo que no primeiro caso as vitimas são arrastadas enquanto no segundo as vitimas são encobertas.

No Brasil há tanto acidentes em silos, muito provável que o Ministério do Trabalho não tem controle desses acidentes para maior divulgação da prevenção e boas práticas de segurança.

Segundo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) os silos para grãos apresentaram 47.101.060 toneladas de capacidade útil total no país. Podemos estimar a existência de 10.000 silos no país.

O padrão de acidentes no Brasil segue as ocorrências registradas nos EUA, tais como;
■ Caminhar na superfície de grãos
■ Limpeza ou retirar massa de grãos nas laterais do silo
■ Não adotar boas práticas de segurança
■ Entrar no silo com operação de carga/descarga





A figura mostra 4 situações graves
1- O trabalhador entrou sozinho no silo
2- O trabalhador estava sem cinto de segurança e linha de vida  monitorada por outro trabalhador
3- O trabalhador desconhece o histórico de acidentes em silos. Ele tem de ser cauteloso
4- O trabalhador não bloqueou e identificou o equipamento de  movimentação de grãos para impedir o seu acionamento.
  

O padrão de instalações de operações de grãos da OSHA inclui;
■ exigência de que os empregadores forneçam aos trabalhadores que entram em silos ou tanques com equipamento de proteção individual, tais como cinto de segurança tipo paraquedista com fixação peitoral e dorsal para facilitar a remoção em caso de uma emergência.
■ fornecendo proteção adequada e não permitindo que os trabalhadores andem em superfície de grãos ou permanecem em cima de produtos empilhados maior do que a altura da cintura, reduzindo assim o risco de trabalhadores de afundar e sufocar.

OSHA TAMBÉM RECOMENDOU AS SEGUINTES ORIENTAÇÕES:
Quando os trabalhadores entrarem em depósitos de armazenamento, silos, tanques, e armazenamento, os proprietários devem (entre outras coisas):
1. Desligar e bloquear todos os equipamentos de força associado ao silo, incluindo roscas sem fim, usadas para ajudar a mover o grão, de modo que o grão não esteja sendo movimentado para fora ou dentro do silo. Permanecendo em movimento o grão é mortal; o grão age como 'areia movediça' e pode enterrar um trabalhador em segundos. Movimentando grãos em silo, enquanto um trabalhador estiver no seu interior cria uma sucção que pode puxá-lo em segundos.
2. Proibir andar sobre a superfície de grãos e práticas similares, com função de criar fluxo, para que ele possa fluir.
3. Fornecer a todos os trabalhadores cinto de segurança tipo paraquedista com fixação peitoral e dorsal com linha de vida ou uma cadeira de segurança e garantir que é seguro antes do trabalhador entrar no silo.
4. Providenciar um observador ou vigia postado fora do silo, quando da entrada de um trabalhador. Garantir que o observador/vigia esteja equipado para prestar auxílio e que sua tarefa é apenas rastrear continuamente o empregado no interior do silo
5. Proibir a entrada de trabalhadores m depósitos ou silos sob a condição de ponte (caminhar sobre a superfície aparentemente firme de grãos), ou quando há acúmulo de produtos de grãos nas laterais e que podem desmoronar e soterrar.
6. Garantir a comunicação (visual, voz ou linha de sinal) é mantida entre o observador/vigia e os trabalhadores que entraram no silo.
7. Antes de entrar, testar o ar no interior do silo quanto à presença de gases inflamáveis e tóxicos, e determinar se há oxigênio suficiente.
•Fornecer, ventilação contínua até que quaisquer condições atmosféricas perigosas são eliminadas
•Se a toxicidade ou deficiência de oxigênio não podem ser eliminadas, trabalhadores devem usar respiradores apropriados.
8. Assegurar que a permissão de trabalho é emitida para cada etapa de serviço do trabalhador durante sua entrada no silo, certificando que as precauções acima referidas foram implementadas.

Outras recomendações
1. fixar avisos sobre a existência de pessoas trabalhando;
2. Usar carretilhas mecânicas que permitam a rápida elevação dos indivíduos em casos de acidentes;
3. evitar o acesso de pessoas estranhas, principalmente, crianças, desacompanhadas de pessoas que conheçam as normas de segurança; e
4. fixar avisos alertando sobre os perigos de afogamento e sufocamento na massa de grãos. 
Fonte: University of Arkansas – Division of Agriculture

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segunda-feira, agosto 06, 2012

Hiroshima lembra 67 anos da bomba atômica

Da cerimônia participaram representantes de 71 países, inclusive Estados Unidos e outras potências atômicas como Reino Unido e França

Hiroshima lembrou nesta segunda-feira (6) as vítimas da bomba atômica que há 67 anos arrasou a cidade e deixou 140 mil mortos, em uma data marcada ainda pela sombra do acidente de Fukushima no ano passado e um movimento antinuclear cada vez mais consolidado.



Cerca de 50 mil pessoas se reuniram no Parque da Paz de Hiroshima para homenagear as vítimas com um minuto de silêncio às 8h15 locais (18h15 do domingo, no horário de Brasília), a mesma na qual a bomba caía sobre a cidade.

"Little Boy", o nome com o qual Estados Unidos batizou a primeira bomba nuclear da história, reduziu a cinzas uma municipalidade hoje convertida em uma ativa cidade de mais de um milhão de habitantes que, a cada dia 6 de agosto, pede ao mundo que a tragédia não seja esquecida.

Da cerimônia participaram representantes de 71 países, inclusive Estados Unidos e outras potências atômicas como Reino Unido e França, que escutaram a chamada pela paz e pelo desarmamento nuclear do prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui.

Em seu discurso, Matsui pediu que as experiências dos idosos sobreviventes da bomba atômica sejam compartilhadas com o mundo e urgiu que o Japão lidere o movimento pela abolição total das armas nucleares.

Perante um público entre o qual se encontrava também o primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, o prefeito solicitou ao governo do Japão mais ajudas para os "hibakusha", como são conhecidas as vítimas das bombas atômicas, que durante anos tiveram que suportar o estigma da discriminação.

O país "está imerso em um debate nacional sobre sua política energética, com vozes que insistem que a energia nuclear e a humanidade não podem coexistir", lembrou Matsui, pedindo ao Executivo "uma política energética que garanta a segurança dos cidadãos".
O desastre suscitado pelo tsunami de março de 2011 no nordeste japonês causou a paralisação gradual dos 50 reatores atômicos do Japão, embora no mês passado dois deles tenham sido reativados no centro do país perante a ameaça de cortes na provisão elétrica no verão.

Noda, que respaldou essa iniciativa, sustentou hoje em Hiroshima que sua política é a de reduzir em médio e longo prazo a dependência do Japão das centrais atômicas, das quais, antes da crise de Fukushima, o país obtinha 30% de sua eletricidade.

No entanto, o movimento antinuclear considera o discurso de Noda insuficiente e pede um blecaute nuclear total, com manifestações toda sexta-feira em frente ao escritório do primeiro-ministro nas quais semana a semana cresce a participação, em um país pouco habituado aos protestos.

Durante a comemoração do 67º aniversário da tragédia atômica de Hiroshima houve também protestos de alguns grupos antinucleares contra as centrais nucleares e contra o governo de Noda, que, entre uma estreita vigilância policial, marcharam pelas imediações do Parque da Paz.

Na cerimônia esteve presente neste ano o neto do presidente americano Harry Truman, que ordenou o lançamento das bombas de Hiroshima e Nagasaki nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, respectivamente, no capítulo final da Segunda Guerra Mundial.

Clifton Truman Daniel, de 55 anos, viajou ao Japão convidado por uma organização não governamental para participar das cerimônias nas duas cidades e reunir-se com sobreviventes de ambas tragédias.

Em declarações no final de semana em Tóquio, antes de viajar para Hiroshima, Truman Daniel ressaltou que para sua família é muito importante entender o que aconteceu e as "consequências totais" das decisões tomadas por seu avô.

Fonte: Gazeta do Povo - 06 de agosto de 2012

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quinta-feira, agosto 02, 2012

Tornado atinge a cidade de Santa Bárbara do Sul

O município de Santa Bárbara do Sul, no noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, distante 345 km da capital, que destelhou casas, derrubou postes, arrancou árvores e deixou boa parte da cidade sem luz, na noite de sábado, 28 de julho. O tornado atingiu a cidade por volta das 21h30min e, em apenas cinco minutos, causou danos consideráveis a cidade.

GEOGRAFIA
Possui uma área de 959 quilômetros quadrados e sua população estimada em 2010 era de 10.120 habitantes. O clima do município de Santa Bárbara do Sul é temperado. A temperatura varia entre 35º em épocas quentes e 4º em épocas frias, sendo a média de 18º. O município se localiza no planalto médio, em terreno mais ou menos plano.

TESTEMUNHAS: FOI UM TERROR, PARECIA UM FILME
Morador do centro de Santa Bárbara, Libério Warken e a mulher dele, Rosana Warken,  assistiam televisão e saboreavam carpa ensopada quando relâmpagos chamaram a atenção do casal.
– O céu estava carregado, mas achei que era apenas mais um temporal – conta Libério.

Não era. Por volta das 21h30min, um assovio assustador, jamais ouvido em quase meio século de vida, aterrorizou os Warken. Ele e a mulher deixaram a sala de jantar às pressas e subiram as escadas que levam à suíte do casal. Dentro do quarto, presenciaram o improvável. Uma janela de 2,5 m por 2 metros, que precisa de quatro homens para ser carregada, foi deslocada da parede e arremessada para dentro do imóvel a uma distância de cinco metros, até se espatifar contra uma parede.

– Se tivesse pego na gente, matava – resume o agricultor, que produz grãos e gado numa área de mil hectares, distante 30 quilômetros do centro.

Atordoados, Libério e Rosana permaneceram abraçados, na entrada do quarto, junto a uma coluna, até a tempestade arrefecer. Em um minuto, o vento em forma de redemoinho destruiu o projeto de uma vida. A casa de 284 metros quadros de área construída, duas suítes, concluída no ano passado, precisará ser refeita.

– Investimos R$ 400 mil, que ainda estão sendo financiados. Era a casa dos nossos sonhos – lamenta.

Quando a ventania se dissipou, o cenária era devastador. Telhas de concreto, voaram como folhas de papel. A chuva alagou a residência, molhando sofás, poltronas, televisores, armários, roupas, tapetes. Com a intensidade do vento, portas foram deslocadas. Um portão de cinco metros de comprimento por dois de altura voou inteiro, por cerca de 50 metros, até cair numa uma piscina.

– Não sobrou quase nada. É algo que eu só tinha visto em filme americano – lamenta Libério.

FOI UM CHOQUE PARA OS MORADORES
 Para uma cidade pequena, o evento foi traumático, as pessoas ainda caminham pela rua, choram, tem gente que perdeu o patrimônio de uma vida - conta  coordenador Regional da Defesa Civil  Lauro Brito Lopes .

SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA FOI DECRETADA
O município decretou situação de emergência e a Defesa Civil realiza um levantamento para avaliar as reais necessidades dos moradores. Com o documento em mãos, o coordenador da Defesa Civil no Estado, tenente-coronel Oscar Moiano, pretende agilizar o processo de homologação do decreto por parte do Estado e acelerar o reconhecimento do governo Federal. Assim, o processo que poderia durar até 15 dias deve estar concluído até o final da semana.
Conforme estimativa do Sistema Nacional de Defesa Civil (Sindec),
■ 50  pessoas desalojadas, 4 mil afetadas,
■ 120 residências danificadas, 20 destruídas e oito edificações públicas danificadas

DANOS A INFRAESTRTUTURA
O abastecimento de água está normalizado, mas o de energia elétrica, que foi prejudicado, está sendo retomado aos poucos.

AJUDA E RECONSTRUÇÃO DA CIDADE
A Defesa Civil está auxiliando na reconstrução da cidade, distribuindo lonas e telhas. Uma família está abrigada no albergue municipal e outras duas dezenas estão na casa de parentes, de acordo com o vice-prefeito.
Uma equipe de 40 militares do Exército é aguardada, para auxiliar os moradores. A Defesa Civil Estadual também deve enviar mil cestas básicas e kits dormitório, formados por colchões, cobertores, lençóis e travesseiros. Além disso, 3 mil telhas já foram compradas pelo Governo do Estado, e devem chegar ao município assim que forem entregues pelo fornecedor.

LIMPEZA DA CIDADE
Operários da prefeitura  aproveitaram a segunda-feira para recolher galhos de árvores e entulhos, para desobstruir ruas e calçadas. Funcionários municipais de cidades vizinhas também foram deslocados até a cidade, como forma de auxílio à prefeitura de Santa Bárbara do Sul. Os próprios moradores também fazem a limpeza de pátios e realizam consertos nas residências.

TORNADO CONFIRMADO
Foto: Provável traçado do tornado

Um tornado foi o fenômeno que deixou um rastro de destruição e foi confirmado  na quarta-feira, 1º, pelos especialistas da MetSul Meteorologia. Segundo os especialistas da MetSul Meteorologia, fotos tiradas em sobrevôo mostram uma faixa de destruição muito bem definida no sentido noroeste-sudeste da cidade. A área tem aproximadamente 300 metros de largura. Outra característica clássica de tornado visualizada é o fato de que árvores caíram em sentidos diferentes, o que não ocorre quando há somente ventos lineares ou micro-explosões.

A maioria dos danos observados é compatível com os prejuízos provocados por um tornado de categoria 1 na escala Fujita, que é quando os ventos variam entre 117 e 180 quilômetros por hora. Em alguns trechos, o nível de destruição é típico de tornados F2, quando os ventos podem chegar a 253 quilômetros por hora. O mais provável, em alguns trechos o vento foi mais intenso e tenha ficado no limite inferior a intermediário da categoria 2, com vento estimado até acima de 200 km/h, suficiente para virar e arremessar carros e camionetes.

O piloto do avião que fez um sobrevôo  na cidade para levantamento das perdas relatou que destroços como telhas foram localizados a até oito quilômetros de distância da sede do município, evidenciando ainda mais a ocorrência de um tornado.
Não há estação meteorológica em Santa Bárbara do Sul. As mais próximas na região não indicaram vento intenso.

PREJUÍZOS
Relatório elaborado pela prefeitura e Defesa Civil registra perdas ocasionadas pelo tornado no valor de R$ 7,1 milhões (3,5 milhões  de dólares).

SEGUNDO O LEVANTAMENTO
■ 323 edificações foram atingidas, sendo 60 residências foram completamente destruídas. O prejuízo soma R$ 5,1 milhões.
■ No comércio, o estudo aponta perdas de R$ 1,6 milhão, já que prédios e mercadorias sofreram estragos.
■ Concessionária de energia elétrica, RGE,  estima R$ 400 mil de prejuízo, entre postes quebrados, cabos de luz arrebentados e transformadores de luz que caíram.

Fontes: Defesa Civil do Rio Grande do Sul, Gazeta do Sul, MetSul,  Estado de São Paulo, Zero Hora – 29 de julho a 01 de agosto de 2012

Comentário:
A intensidade de um tornado é determinada pela escala Fujita, batizada com este nome em homenagem ao falecido cientista de tornados, Dr. Fujita da Universidade de Chicago. Os tornados são medidos pela quantia de estrago que eles causam, e não pelo seu tamanho físico. Também é importante lembrar-se de que o tamanho de um tornado não é necessariamente uma indicação de sua ferocidade. Tornados grandes podem ser fracos, e tornados pequenos podem ser violentos.

Classificação
Velocidade do vento - km/h
Danos
F0 - Tormenta

64 a 115
Danifica placas de sinalização e árvores
F 1 -Tornado moderado
116 a 180
Podem levantar telhas e mover carros em movimento para fora da estrada. Trailers podem ser tombados e galpões podem desmoronar.
F 2 - Tornado significativo
181 a 250
Destelha casas e pode arrastar carros da estrada

F 3 - Tornado severo
251 a 330
Destrói telhados e paredes, vira trens e arranca  árvores

F 4 - Tornado devastador
331 a 420
Danifica casas, arremessa estruturas frágeis e carros

F 5 - Tornado de devastação máxima
421 a 510
Carrega casas, danifica estruturas de concreto e aço e arremessa objetos do tamanho de um carro.


Fontes : Weather Channel - CNN 

Vídeo:




RIO GRANDE DO SUL SE ENCONTRA NO CORREDOR DE TORNADOS DA AMÉRICA DO SUL
Esta zona, que compreende o Centro e o Norte da Argentina, o Uruguai, o Sul do Brasil e o Paraguai, é a segunda mais propícia ao registro de tornados no mundo, ficando atrás apenas das Planícies Centrais dos Estados Unidos, fato desconhecido pela imensa maioria dos gaúchos. Os tornados, portanto, são parte da nossa realidade climática e são muito mais frequentes do que se imagina. Somente se toma conhecimento deles aqui no Estado quando o fenômeno atinge áreas povoadas, uma vez que não há registro algum quando eles se dão em campo aberto. Dezenas devem ocorrer a cada ano.

O Oeste gaúcho, por exemplo, é a região mais sujeita a tempo severo no Rio Grande do Sul, mas é de baixíssima densidade populacional devido às grandes extensões de campo para a cultura do arroz e a pecuária. Nestas áreas, quando tornados tocam o solo, especialmente à noite, ninguém os enxerga ou registra, ficando fora da contabilidade climatológica. Quando se dão em áreas muito habitadas, especialmente durante o dia, não faltarão câmeras fotográficas ou de celular para registrá-los em abundância, como se deu com as trombas d"água na costa de Florianópolis em dia de praia cheia neste ano.

Sob tamanha ameaça, o questionamento é inevitável sobre a inexistência de uma rede de equipamentos capaz de identificar estes fenômenos e alertar a população sobre a sua ocorrência.
No Rio Grande do Sul não existe sistema alerta de comunicação de emergência, a Defesa Civil Estadual é formada por profissionais que se alternam a governo, não existem sirenes, as casas não têm abrigos, etc.
Existe a necessidade de uma verdadeira revolução em políticas de gerenciamento de emergência com uma Defesa Civil profissionalizada e sem solução de continuidade por trocas de governo, um sistema de comunicação totalmente integrado para emissões de emergência e uma cultura meteorológica que permitisse encarar as advertências sem pânico.  Autor: Alexandre Aguiar é Diretor de Comunicação e Sócio da MetSul Meteorologia

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