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quinta-feira, julho 30, 2015

Incêndio atinge armazém de açúcar no Porto de Santos

Um incêndio de grandes proporções atingiu armazéns do terminal açucareiro da empresa Rumo Logística, do Grupo Cosan, na tarde de domingo, 3 de agosto de 2014, no Porto de Santos. O fogo começou por volta das 16h30 e a fumaça podia ser avistada de alguns bairros próximos ao local.

INÍCIO
As chamas começaram por volta das 15h30 no Armazém V ( externo), cuja esteira conduziu as labaredas para o Armazém X. O fogo se alastrou, o que levou à retirada do navio que estava atracado no terminal e ao rescaldo dos armazéns próximos. 
 Por volta das 17h40, a esteira que transportava açúcar entre os armazéns V e X externos cedeu devido aos danos causados pelas chamas. O Armazém X está completamente comprometido.

CAUSA PROVÁVEL
De acordo com a Guarda Portuária, a causa do incêndio pode ter sido um superaquecimento nas esteiras devido ao forte calor. Entre 13 e 14 horas, a Base Aérea de Santos registrou 34º. Uma possível falha mecânica também não está descartada.

DESTRUIÇÃO DO ARMAZÉM E PREJUÍZOS
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade do Porto de Santos) e a Cosan confirmaram a destruição do Armazém X no terminal 19 , da esteira que o liga ao Armazém V  e um dos equipamentos para carregar açúcar nos navios, chamado de shiploader, conectado ao armazém foi inutilizado e o outro foi danificado,.O alcance dos danos e  quanto o incêndio afetou as operações do terminal devem ser determinados apenas nos próximos dias.
O armazém tinha capacidade para armazenar 18 mil toneladas do produto, segundo a Cosan, que opera em Santos por meio de sua divisão de logística, a Rumo. A capacidade total dos armazéns da empresa no porto paulista é de 500 mil toneladas.
O volume perdido de açúcar, de 15 mil toneladas, é equivalente a um terço da capacidade de um navio dos que atracam usualmente em Santos.
A Cosan, maior produtora de açúcar do Brasil, ressaltou em nota que o terminal 16 permanece operacional, não tendo sido atingido pelo fogo. A empresa não informou, no entanto, o impacto do incêndio para sua capacidade de recebimento e embarque de açúcar.
Os danos no terminal da Rumo, que pode exportar 12 milhões de toneladas anualmente, têm menor potencial de causar preocupação ao mercado.

VÍTIMAS
Segundo a empresa, cerca de 100funcionários trabalhavam no local no momento do incêndio. Não houve feridos.

DIFICULDADE NO COMBATE AO FOGO
Quando grandes estoques de açúcar pegam fogo, pode ser difícil debelar as chamas rapidamente. À medida que queima, o produto cria uma camada externa rígida que dificulta a penetração da água e de outros produtos químicos usados no combate ao fogo.

CORPO DE BOMBEIROS  E BRIGADAS
O incêndio  mobilizou viaturas do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Equipes da Guarda Portuária e do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) também comparecem ao local. 
Outros terminais portuários, como a BTP e a Copersucar (vizinha às instalações da Cosan), enviaram suas brigadas de incêndio para auxiliar as equipes que tentavam controlar o incêndio.

CONTROLE DO INCÊNDIO
Quase 24h depois,  o incêndio foi extinto pelos bombeiros.  O Centro de Operações do Corpo de Bombeiros (Cobom) confirmou que os trabalhos de rescaldo nos armazéns atingidos foram finalizados na tarde de segunda-feira, 4 de agosto de 2014.
O incêndio foi controlado no Armazém X, mas o processo de rescaldo (resfriamento) continua nos galpões próximos. Não há previsão para o término do trabalho.

PERÍCIA E INVESTIGAÇÃO
Na quinta-feira, 7 de agosto, os peritos do Instituto de Criminalística e a delegada Juliana Buck, da Delegacia do Porto, foram  ao armazém 10  para avaliação.
Os peritos avaliaram o armazém 10 e todo o entorno do local onde aconteceu o incêndio. Eles coletaram dados para o início das investigações que será realizada pela Delegacia do Porto. Os peritos continuarão realizando visitas no armazém atingido nos próximos dias.
Funcionários e testemunhas do incêndio começarão a ser ouvidos pela delegada Juliana Buck, nos próximos dias. Segundo a delegada, o chefe da segurança, a guarda patrimonial e o chefe de manutenção serão algumas das pessoas que prestarão depoimento. Além disso, integrantes da brigada de incêndio particular e do Corpo de Bombeiros também darão sua versão sobre o caso.
A delegada diz que o objetivo inicial é confirmar onde começou o fogo. Precisamos fazer a constatação. A princípio foi um aquecimento em uma das esteiras do armazém 10, mas precisa de um trabalho pericial, através da planta do armazém, manual dos equipamentos, tem sensores que foram trocados pela manutenção. Mesmo assim, a delegada afirma que, provavelmente, o que provocou o incêndio foi um aquecimento no local. “Sobe a temperatura, o produto combustível, que é o açúcar, ocasionou esse problema”, disse ela.
Depois de confirmar o foco inicial do incêndio, a delegada pretende apurar quais as medidas foram tomadas pela empresa para evitar esse tipo de acidente e chegar aos responsáveis pelo incêndio.

O TERMINAL OPERA PARCIALMENTE
A Rumo, empresa logística da Cosan, informou que o terminal opera parcialmente e as equipes trabalham na retirada do residual do incêndio. A companhia reforça que os trabalhos, para que tudo seja normalizado o mais rápido possível, são ininterruptos. A rotina do Terminal 19, do Porto de Santos, será normalizada até o dia 09 de agosto, condicionada a liberação da Codesp. Já o Terminal 16 está operando normalmente.
Fontes: @ZR; G1 Santos-03 a 12/08/2014;  A Tribuna - 03 de Agosto de 2014;  Estadão-04 Agosto 2014 

Comentário: Segundo a OSHA, as principais causas de incêndios e explosões provocadas por esteiras transportadoras são;
■ permitir quantidade considerável de pó combustível  sejam criadas continuadamente  e distribuídas ao longo da esteira, esperando que qualquer uma de muitas possíveis fontes de ignição,
■ não prevê o reparo e a restauração de uma falha demorada do sistema,  
■ não há uma programa de manutenção preventiva efetivo nos sistemas de correia  transportadora e de controle de pó.
■ falta de uma política  de conscientização da importância de manter  o local limpo

Esteiras transportadoras requerem monitoramento e manutenção constantes.
■ Sempre realize inspeções periódicas e detalhadas nas esteiras;
■ Sempre substitua, o mais rápido possível, os roletes desgastados ou danificados;
■ Sempre investigue o odor de borracha queimada proveniente das esteiras;
■ Sempre elimine fontes potenciais de incêndio tais como rolamentos superaquecidos e desalinhamento das esteiras;
■ Sempre remova pós e outros materiais acumulados nos componentes das esteiras;
■ Sempre sinalize claramente os locais da rede de hidrantes ao longo das esteiras;
■ Sempre esteja certo que os hidrantes ao longo das esteiras estejam abrigados, limpos e que as  mangueiras de incêndio estejam adequadamente enroladas.

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terça-feira, julho 28, 2015

Tornados em Francisco Beltrão e Mariópolis

Os ventos fortes começaram às 18h30 de segunda-feira, 13 de julho. Meia hora depois, a tempestade ficou ainda mais intensa.   

Cidades atingidas pelos tornados:  Francisco Beltrão e Mariópolis

FRANCISCO BELTRÃO
Localização e Geografia
Segundo estimativas do IBGE em julho de 2014 possui uma população de 85.486 habitantes.
Francisco Beltrão está localizado bem ao centro do Sudoeste do Paraná. Fica situado a cerca de 130 km ao Sul de Cascavel, a 290 km de Foz do Iguaçu, a quase 492 km da Capital do Estado, Curitiba, 70 km a leste da divisa com a Argentina, e cerca de 30 km ao norte da divisa com o estado de Santa Catarina. O PIB do município é de aproximadamente de R$ 1,6 bilhão. 
A área do município é de 735 km² sendo que a área urbanizada é de aproximadamente 30 km², ficando o núcleo urbano, situado na parte sudeste do município, próximo a divisa com o município de Marmeleiro, cuja área urbana encontra-se distante cerca de 5 km da cidade de Francisco Beltrão.  .
O relevo do município é bastante variável, indo de áreas praticamente planas, principalmente ao leste e ao centro, até áreas com acentuados declives, principalmente ao oeste, próximo a divisa com o município de Manfrinópolis, na chamada Serra do Jacutinga. A altitude varia entre 450 m nas partes planas ao nordeste, até 950 m nas partes altas da serra. Na área urbana a altitude predominante gira ao redor de 560 m, sendo nas partes mais baixas de 530 m e nas partes mais altas, até 670 m.
A parte urbana da cidade sofre pouca ação dos ventos, pois está localizada em uma espécie de "bacia", sendo totalmente cercada por morros com altitudes de cerca de 100 m superiores ao da área central. Deste modo o vento costuma ser de fraca intensidade, e ventos fortes só são registrados durante tempestades.

MARIÓPOLIS
Está localizado na região sudoeste do Paraná e no Sul do Brasil. Possui uma área de 230,37  km² e uma população de 6.558 habitantes distribuídos entre o perímetro rural e urbano. O PIB do município é de aproximadamente de R$ 34 milhões. 

CONFIRMADO: TORNADO
Segundo a meteorologista Sheila Paz, do Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná), foi possível confirmar a existência do fenômeno a partir de um conjunto de informações, obtidas através de um radar em Cascavel e de fotos enviadas por moradores. O equipamento de Cascavel, em operação há um ano e meio, ajudou o Simepar a medir a intensidade das chuvas e dos ventos. “Estimamos que a velocidade do vento que atingiu o interior de Francisco Beltrão, com mais intensidade nas comunidades rurais, tenha sido de 120 km/h”, afirma ela. A confirmação foi feita pelo Simepar por volta das 11h30, de terça-feira, 14 de julho. Até então, o caso estava sendo tratado como um temporal.

Ao analisar as imagens de casas de alvenaria devastadas, veículos arrastados, animais mortos e árvores retorcidas, o Simepar confirmou que as duas localidades foram impactadas pela mesma tempestade. Contudo, como as cidades distam 70 quilômetros uma da outra, o meteorologista Reinaldo Kneib, do Simepar, acredita, depois de analisar vídeos e fotos, que houve a incidência de dois tornados. Em alguns pontos, os ventos ultrapassaram os 200 km/h.

“Quando veículos pesados são arrastados a tamanha distância e casas de alvenaria são completamente destruídas, podemos dizer que ficou entre o F2 e o F3”, diz, citando a escala Fujita, que classifica os tipos de tornados. A estimativa da velocidade dos ventos foi feita com base em imagens dos estragos. Já em Mariópolis, os ventos teriam sido de aproximadamente 150 km/h.

NUVEM FUNIL
Um morador de Realeza, também no sudoeste, havia registrado a formação de uma nuvem funil. A nuvem tem o formato semelhante ao de um furacão, mas não toca o solo.
De acordo com o meteorologista do Instituto Simepar Samuel Braun, esse tipo de fenômeno é esperado na região por causa das condições climáticas. A nuvem é um estágio inicial de um tornando, mas, além de tocar o solo, ela tem que provocar destruição para se caracterizar um tornado. Porém, a condição meteorológica é favorável para esse tipo de evento, explicou.
Oura moradora  de Pranchita, na mesma região, também fez o registro de uma nuvem funil que quase encostou no chão. O registro foi feito por volta das 16h de segunda-feira. “Eu estava no meu trabalho, e todos aqui ficaram com medo porque o tempo estava muito feio. Graças a Deus, não causou muitos estragos aqui na região”, disse.

RELATOS DE DESTRUIÇÃO
De acordo com o capitão Eriksen Mafra, subcomandante do Corpo de Bombeiros de Francisco Beltrão, o cenário na comunidade “km 8” é de destruição. “Cinco casas destruídas, animais mortos, cavalos, galinhas. Carros e caminhões retorcidos. Árvores arrancadas”, descreve o capitão, que esteve no local. Na comunidade, 19 pessoas ficaram levemente feridas e foram levadas a hospitais da região. Equipes de bombeiros, do Exército, da Copel e da Sanepar, além da Defesa Civil e da Prefeitura de Francisco Beltrão, acompanham a ocorrência.
Estragos menores também foram registrados em outros três pontos da cidade no início da noite de segunda-feira (13). Nos bairros São Francisco, São Miguel e Cristo Rei, que ficam mais próximos do centro da cidade, mais de 50 casas foram destelhadas. No total, a Defesa Civil registrou mais de 200 pessoas afetadas pela passagem do tornado.

TESTEMUNHAS DA DESTRUIÇÃO
■A festa de aniversário de Antônio Soares, 78 anos, foi abruptamente interrompida na comunidade rural Km 8, em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná. “Começou com um vento fraco, não estava chovendo. Logo em seguida, ouvimos estalos e então a casa começou a cair”, relata o empresário Jocimar Fioreze, genro do aniversariante. O vento forte chegou por volta das 19 horas. O empresário relata que todos estavam na área da casa, se preparando para cantar os “parabéns” para o aniversariante, quando o tornado se aproximou. Colocamos as crianças embaixo de uma mesa e tudo veio abaixo. Acho que não durou oito segundos, foi tudo muito rápido. Eu estava no banheiro e, como foi a última parte da casa a cair, consegui ver por mais tempo o que estava acontecendo. Era um redemoinho de vento que ‘sugava’ o cabelo das pessoas. Minha filha foi parar longe, minha neta de 1 ano foi arrastada no meio dos escombros, mas graças a Deus não teve nenhum ferimento grave. Segundo Fioreze, a festa contava com cerca de 15 pessoas no momento em que o vento forte, com velocidade estimada em 120 km/h, passou. As violentas rajadas de vento lançaram veículos a dezenas de metros de distância, arrancaram centenas de árvores, postes, e o que mais havia pela frente.
Das pessoas da festa que ficaram feridas, apenas a sogra do empresário, Izolete Iber Soares, 65 anos, permanecia hospitalizada até a manhã de terça-feira (14). Os demais tiveram alta e foram para a casa de parentes ou amigos. “A minha avó é uma pessoa obesa, usa muletas, tem dificuldade para se locomover. Como foi arrastada pelo vento, teve uma das penas quebradas e diversas escoriações”, conta a neta Josiane Soares. Ainda no Km 8, um cão, um cavalo e diversas aves morreram. Um boi ainda não foi encontrado.
■No condomínio residencial Portal das Águas, vários estragos foram registrados. Silviane Rizzo Galina conta que, por volta das 19 horas, o vento atingiu sua residência. Na casa estavam sete pessoas, entre familiares e amigos. “Eu fui fechar o quarto e quando cheguei na área de festa, só tive tempo de me juntar a eles embaixo da mesa. Todos encolhidos, com mais dois cachorros de estimação, conseguiram se salvar, porque o teto e paredes vieram abaixo”, diz ela. Galina teve alguns arranhões na perna. Na moradia, um coelho e um cãozinho pequeno desapareceram. “Era bastante vento, depois que passou saímos apavorados na escuridão, pedindo socorro.” Além da casa dela, um chalé anexo foi arrancado por inteiro pela força dos ventos.

■ Eu estava de joelhos no sofá, olhando pela janela da frente e observando o temporal que vinha vindo, relata Volmir. E aquilo começou a piorar, a fazer um barulhão, parecia até a turbina de um avião. Então eu fechei a janela e estava andando pra cozinha, quando virei já arrancou tudo. Me escondi embaixo da caixa da porta. Fiquei aqui, enquanto caíam os pedaços de telha e forro pra todos os lados, em cima de mim, e muita água, e de repente estourou a porta de vidro, nos fundos, e o vento bateu uma porta que me acertou no braço e quebrou meu relógio. Foram minutos, a cobertura foi toda destruída. O muro derrubou inteiro. Quando vi, já tinha acalmado e só depois de um bom tempo que caiu a ficha que eu tinha perdido tudo.

SEM ENERGIA ELÉTRICA
As equipes de emergência da Copel devem concluir  até quarta-feira, 15, os reparos necessários para restabelecer na totalidade os serviços de distribuição de energia nas últimas unidades consumidoras atingidas pelo tornado. São vintes equipes de técnicos e eletricistas trabalhando na força-tarefa. No entanto, algumas moradias dependerão de reconstrução dos padrões de energia para ter o fornecimento de volta.

CAMINHO DO TORNADO
De acordo com o Simepar, noite de segunda-feira,  uma supercélula ganhou força em Bela Vista da Caroba, por volta das 18h10. A tempestade avançou por Ampere e às 18h30 chegou no oeste do município de Francisco Beltrão, com intensidade compatível a tempestade extrema. Entre 18h45 e 18h53, o mesociclone estava configurado e um tornado atingiu a comunidade do Km 8. Os ventos começaram com uma velocidade de 150 km por hora e atingiram o ápice em 250 km/h. Analisando as imagens de satélite do Google, é possível perceber que o tornado percorreu uma faixa de 7 quilômetros, quase que em linha reta, começando com maior força na área rural e chegando ao perímetro urbano da cidade com menor intensidade.

BALANÇO PARCIAL DOS DANOS EM FRANCISCO BELTRAO
■Em uma única propriedade, uma área de reflorestamento foi devastada, causando prejuízo de R$ 1,2 milhão;
■Destruição de dois aviários, causando a morte de 60 mil pintinhos e cerca de R$ 800 mil de prejuízo.
■Em uma associação de suinocultores, que mantinha um laboratório e central para inseminação artificial, o prejuízo estimado é de R$ 450 mil.
■A Copel estima em R$ 83 mil os prejuízos na rede elétrica com danos em postes e fiação.
■Danos Humanos
Pessoas afetadas – 338
Pessoas desalojadas-16
Pessoas desabrigadas – 52
Pessoas desparecidas – 0
Pessoas feridas 19
Pessoas mortas – 0
■Danos materiais
Casas danificadas – 150
Casas destruídas – 12
Fonte: Defesa Civil do Paraná

PREJUIZO PARCIAL EM FRANCISCO BELTRÃO
O valor  não é definitivo. Não foram contabilizados ainda os danos com veículos, móveis, equipamentos e eletrodomésticos. Prejuízo superior a R$ 14 milhões.

A Defesa Civil de Francisco Beltrão divulgou um resultado parcial dos prejuízos;
■Foram contabilizados danos em 80 residências, sendo que 12 foram destruídas, três estão interditadas e 30 instalações (entre casas, pavilhões e benfeitorias rurais) ainda oferecem riscos aos moradores. O engenheiro civil José Carlos Kniphoff, diretor técnico da Defesa Civil, fez vistorias nas propriedades do Km 8, região mais castigada, e nos bairros Novo Mundo, São Francisco e São Miguel.  O prejuízo aproximado é de R$ 6 milhões só com edificações (casas danificadas, destruídas e benfeitorias rurais).
■ O segundo setor mais afetado foi o reflorestamento e mata nativa. O tornado arrancou centenas de árvores nativas e de reflorestamento.  O levantamento feito pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) demonstra que os estragos atingiram 28,47 hectares de floresta secundária (estágio inicial), 51,30 ha de floresta secundária (estágio médio), 17,63 ha de floresta secundária (estágio avançado), 17 ha de área de preservação permanente, além de 4,5 ha Pinus e 3 ha de Eucalyptus.  O laudo assinado pelo engenheiro florestal José Wilson de Carvalho estima o volume de lenha perdido em 13.123 metros³ da espécie nativa, 2 mil m³ de Eucalyptus e 2.300 m³ de Pinus. Em madeira, o IAP acredita que a perda seja de 4.158 m³ de espécie nativa, 100 m³ de Eucalyptus e 3.700 m³ de Pinus. O prejuízo é R$ 1.929.120,00 só com as madeiras.
■ As perdas com animais também foram bem consideráveis. As informações apuradas pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural indicam perda de 236 aves ornamentais (R$ 42.480,00), seis ovinos (R$ 2.700), um equino (R$ 2.800) e quatro bovinos (R$ 4.800). Além disso, conforme o departamento de fomento da BRF, morreram 59 mil pintainhos de 1 dia (R$ 38.900) e 3 mil frangos de corte de 21 dias (R$ 21 mil).
■ A Copel ainda não oficializou o prejuízo, mas informalmente comunicou um valor próximo de R$ 83 mil com danos na rede elétrica (postes e cabeamento).

TORNADO EM MARIÓPOLIS.
Os ventos chegaram a 150 km/h. O município de Mariópolis teve as comunidade de Gramados, Colônia Nova, Candeias e Nossa Senhora de Fátima  atingidas pelo tornado.
A Defesa Civil do município concluiu que;
■ foram atingidas 50 casas, 10 totalmente destruídas,
■ com 50 pessoas feridas e cerca de 300 desabrigadas.

TESTEMUNHA DA DESTRUIÇÃO
■Oscar Farias de Souza estava com sua família, a esposa, o filho e a nora no interior de sua casa que foi arrancada do chão. Não sobrou nada, pedaços da geladeira foram encontrados a 300 metros de onde estava a sua casa. "Foi questão de minutos, e tudo voou pelos ares, é um milagre ninguém ter se machucado gravemente", afirmou.

PREJUÍZO EM MARIÓPOLIS
Em Mariópolis, os estragos causaram um prejuízo aproximado de R$ 2,8 milhões em casas, bens privados e de uso comum e cerca de R$ 3,8 milhões em danos na agricultura e reflorestamento.

Fontes: @ZR;Jornal de Beltrão–14 a 24 /07/2015; G1–13 e 14/07/2015;Gazeta do Povo–13 e 14/07/2015 

Comentário: No Brasil o registro histórico de danos da natureza praticamente inexiste. Temos  períodos  curtos de registros  históricos da ocorrências e recorrências de desastres e achamos que é raro. E a população em geral tem a noção que o Brasil está isento dessas ocorrências ou são fenômenos recentes.
Para ter uma ideia  a população do sudoeste do Paraná em 1900 era de 3.000 pessoas. Em 1940 aumentou para 23.000 pessoas. Até a década de 1940, inexistia meios de comunicação interligando o Sudoeste ao restante do Estado foi um dos motivos que tornou essa região desconhecida e pouco povoada.
Em 1950 a população do Sudoeste do Paraná passou de 76.376 habitantes. Em 1960 passou para 230.379 habitantes. Em 2000 a população era de 472.626 pessoas. Em 2013 era 518.998 habitantes.
Hoje a população está muita mais expostas  aos impactos a fenômenos da natureza da região, agravada  pela ocupação humana e degradação ambiental. Na década de 60 estudos comprovaram que a região já foi atingida por tornados.

Artigo publicado
Rastros de tornados no sudoeste do Brasil

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domingo, julho 26, 2015

Vídeo mostra o momento da colisão do trem com um veículo

Um grupo de adolescentes estava em uma limusine a caminho de comemorar o aniversário de um amigo, no sábado, 18 de julho,  no Condado de Elkart, Indiana, nos Estados Unidos, quando o carro ficou preso no cruzamento da ferrovia no momento em que surgia um trem de carga.  Todos conseguiram sair do veículo, que foi atingido em seguida pelo trem. Ninguém ficou ferido.
Um fotógrafo conseguiu fazer um vídeo do acidente e as  imagens mostram que a limusine foi arrastada por quase um minuto até parar.

O grupo fez sinais para alertar o maquinista, mas não adiantou. Na gravação é possível ouvir os jovens gritando "ele não vai parar". Depois, já com o trem parado, perguntaram ao maquinista se ele não viu o alerta. — Claro que vi, mas tenho 10 mil toneladas de carga — respondeu o maquinista. Fonte: @ZR;  MailOnline - 24 July 2015

Comentário: Trem não pode parar rapidamente. Um trem de carga médio com  90 a 120 vagões percorre 1,6 a 2 km  até parar.  Trem com velocidade de 90 km/h pode percorrer  1,60 km ou mais para parar,  após o maquinista acionar o freio de emergência. Um trem de passageiros com 8 carros, com velocidade de 130 km/h precisa de cerca de 1,6 km para parar.
Estatística preliminar de 2014, de acidentes em cruzamento de ferrovia
Colisões – 2.287
Mortes – 269
Feridos – 849
Fonte: National Highway Traffic

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No Brasil, imprudência do motociclista na travessia da ferrovia

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sexta-feira, julho 24, 2015

Nota Técnica do MTE - Validade de EPI e à validade do Certificado de Aprovação de EPI

Secretaria de Inspeção do Trabalho
Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho
Coordenação-Geral de Normalização e Programas

NOTA TÉCNICA No 146 /2015/CGNOR/DSST/SIT

Interessado: COORDENAÇÃO GERAL DE NORMATIZAÇÃO E PROGRAMAS
Assunto:       Esclarece questões relacionadas à validade de EPI e à validade do
                      Certificado de Aprovação de EPI

1. Trata-se de esclarecimento acerca da validade de Equipamento de Proteção,  Individual - EPI e da validade do Certificado de Aprovação — CA.

2. Equipamentos de Proteção Individual são dispositivos ou produtos, de uso individual, a serem utilizados pelo trabalhador, destinados à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho, quando as medidas de ordem coletiva e/ou administrativas não sejam suficientes para eliminar ou minimizar os riscos a que estão expostos os "trabalhadores”.

3. Para que um determinado produto possa ser considerado equipamento de proteção individual — EPI, há necessidade de obtenção do Certificado de Aprovação.
CA, emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego — MTE. Somente serão considerados EPI para fins de emissão de CA aqueles equipamentos listados no Anexo I da Norma Regulamentadora (NR) 06, que dispõe sobre os equipamentos de proteção individual, conforme determina o item 6:4:
6.4. Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e  observado o  disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores o; EPI  adequados, de acordo com o disposto no  ANEXO I desta NR. (grifo nosso)

4. Outros equipamentos ou produtos também podem ser destinados à proteção do trabalhador e indispensáveis à execução de suas tarefas, porém, se não listados no
Anexo I da NR-06, serão considerados somente produtos de segurança para o trabalho, sem certificação do MTE, não lhes sendo aplicável a designação "equipamento de proteção individual". Configuram dentre estes, por exemplo, os cremes de proteção solar e alguns tipos de Vestimenta, indispensáveis para à execução segura do trabalho, porém, não certificados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

5. Em cumprimento ao estabelecido na NR-06, a empresa fabricante ou importadora de EPI deverá se cadastrar junto ao Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho do MTE para requerer emissão, renovação ou alteração de Certificado de Aprovação — CA, devendo cumprir uma Série de requisitos estabelecidos pelas Portarias S1T 451/2014 e 452/2014. Dentre os documentos necessários para a emissão do CA, configuram documentos nos quais o fabricante ou importador garantem e comprovam que o EPI foi concebido e fabricado em conformidade com as exigências necessárias para a proteção aos riscos para os quais foram indicados.

6. Para a certificação junto ao MTE, o EPI deve ter suas características e desempenho consignados em relatório de ensaio, emitido por laboratório credenciado junto ao MTE, ou em certificação de conformidade, emitida em função de avaliação no âmbito do SINMETRO. Os equipamentos ensaiados em laboratórios credenciados  terão  certificados de aprovação emitidos com validade máxima de 05 anos. Os equipamentos avaliados no âmbito do SINMETRO terão a validade do CA condicionada à  manutenção .dos certificados de conformidade emitidos junto, ao INMETRO.

7. Assim, deve-se distinguir o emprego do termo "validade" 'que é 'aplicável a dois conceitos diferentes, quais sejam a validade do produto e a validade do CA.

8. O primeiro conceito remete à validade de. uso, aplicável a qualquer produto, como prevê o Código de Defesa do Consumidor, que estabelece que todos os produtos comercializados devem conter em seus rótulos, dentre outras informações, a indicação do prazo de' validade, sendo esta a data limite que o fornecedor garante sua total eficácia e qualidade, desde que sejam seguidas as instruções de manuseio e armazenamento informadas. Esta informação deve constar no produto mesmo que a indicação do prazo de validade seja indeterminada.

9. O segundo conceito de validade refere-se ao prazo da certificação conferida ao equipamento pelo Ministério do Trabalho e Emprego, ou seja, o CA, que autoriza um fabricante- ou, importador a comercializar um determinado EPI, e autoriza os empregadores a disponibilizar este mesmo .EPI aos seus trabalhadores. 'Esta certificação está prevista na CLT da seguinte forma:
Art. 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.
  
10. Por sua vez, a Norma Regulamentadora 06 (NR-06) prevê, em seu item 6.2, que a certificação do MTE deve ser indicada em todos os EPI:
6.2 - O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

11. Nestes dispositivos legais, há, então, a definição de que, para fins de utilização e também de comercialização, é necessário indicação do CA emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

12. Já para fins de comercialização, e tão somente comercialização, estipula NR- 06 que:
6.9.1 Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá  validade:
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;
b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o caso.

13. Assim, além da indicação do número do CA, a comercialização do EPI fica vinculada à validade do CA do equipamento: condicionada à manutenção da certificação de conformidade; para os EPI certificados no âmbito do SINMETRO, ou de até 5 (cinco) anos, para os demais EP1:

14. A validade do CA, portanto, que começa a correr após a emissão do certificado pelo MTE, serve como parâmetro para fabricantes, importadores e distribuidores negociarem aquele equipamento certificado com o consumidor final, qual seja ó empregador, que fornecerá o EPI aos trabalhadores. A observância da validade, do CA é, portanto, necessária na compra e venda do EPI, seja pelo fabricante/importador, seja pelo distribuidor. O empregador, consumidor final, também deve se atentar à data de validade do CA na aquisição de EPI para seus trabalhadores, tendo em vista que, conforme 'estabelecido na NR-06, é sua obrigação fornecer somente EPI certificado pelo MTE.

15. Para fins de utilização do EPI, desde que adquirido dentro do prazo de validade do CA, deverá ser observada a vida útil indicada pelo fabricante, de acordo com as características dos Materiais de composição, o uso ao qual se destina, as limitações de utilização, as condições de armazenamento e a própria utilização. A observação desta validade de uso é, portanto, do empregador que fornecerá o EPI aos seus trabalhadores.

16. Após o vencimento do prazo de validade do CA, previsto pelo item 6.9.1 da NR-06, ficam proibidas as ações de fabricação e comercialização de novos lotes do EPI com marcação do CA vencido, visto que ou.o produto não obteve sua renovação junto ao MTE ou a avaliação de conformidade do produto foi reprovada no âmbito do  SINMETRO. A proibição de comercialização, neste caso, é de extrema importância, já que, expirada a validade do CA, é necessário reavaliação do projeto e forma de  produção do EPI a fim de verificar a manutenção da qualidade dos equipamentos produzidos a fim de garantir que continuem a proporcionar o nível de segurança e proteção necessárias.

17. Portanto, o uso do EPI, comercializado durante a validade do CA, não fica proibido, visto que, à época de sua aquisição, a certificação junto ao MTE era válida.
Ou seja, após a aquisição final do EPI com CA válido, o empregador deve se atentar à validade do produto informada pelo fabricante, e não mais à validade do CA.
Deve, então, o empregador adquirente do - EPI, antes de disponibilizá-lo ao trabalhador, observar as indicações do fabricante/importador constantes na embalagem e no manual de instruções do produto para determinação de sua validade.

18. Por fim, ficam cancelados os entendimentos anteriores contrários ao disposto nesta nota, em especial a Nota Técnica 101/2Q10/DSST.

À consideração superior,

Brasília, 10 de julho de 2015

ALEXANDRE FURTADO SCARPELLI FERREIRA
Auditor Fiscal do Trabalho

Arquivo original
http://www.animaseg.com.br/pdf/nota_tecnica_146_2015_cgnor.pdf

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quinta-feira, julho 23, 2015

Rastros de tornados no sudoeste do Brasil

O presente trabalho trata do estudo de  uma série de rastros de tornados que foram identificados pelo autor numa região que compreende parte do leste do Paraguai, sudoeste  do Brasil e nordeste da Argentina. Os rastros são claramente observáveis sob a forma de faixas desmatadas lineares, essencialmente em fotografias aéreas tiradas em 1965 na escala 1:60.000 e em algumas imagens de Landsat do início da década de 70. A investigação multitemporal da região em consideração  por meio de levantamentos aerofotográficos de diversas épocas mostrou que a maioria dos tornados atingiu a região entre junho de 1964 e julho de 1965; alguns ocorreram antes desse período e um, época posterior.
Os rastros mais longos do presente estudo, um no Paraguai e outro no Brasil, possuem 70 km de extensão, enquanto que o mais largo apresenta cerca de 2 km. O intenso desmatamento que tomou conta da região a partir de meados da década de 60,  desapareceu, quase que totalmente, nos produtos de sensoriamento remoto mais recentes, as marcas das passagens dos tornados.  
Por meio de uma varredura na literatura meteorológica pertinente a região sudoeste do Brasil e da Argentina foram encontrados alguns registros da passagem de tornados, os quais se encontram devidamente referenciados no presente trabalho.


INTRODUÇÃO
A região abordada pelo presente trabalho abrange parte do leste do Paraguai, do sudoeste do Brasi1 e do nordeste da Argentina, e é aproximadamente balizada pelas seguintes coordenadas geográficas: 52º a 56º 30'W e 24º a 27º 30’ Sul.
Neste trabalho são apresentados os resultados das investigações conduzidas pelo autor, que é geólogo e especialista em fotointerpretacão, por meio da análise de produtos de sensoriamento remoto (fotografias aéreas e imagens Landsat) e que permitiu a identificação de um grande número de rastros de tornadas na região em epígrafe, e que são pelo menos em relação  ao território brasileiro, ainda completamente desconhecidos do público em geral.
Obs: Relacionei apenas os estudos das ocorrências  no sudoeste do Brasil.

HISTÓRICO
Em 1979, o autor executou um programa de  fotointerpretação geológica cobrindo toda a região do Paraguai oriental, o que foi feito, essencialmente, com o emprego de fotografias aéreas na escala de 1:60.000 oriundas do levantamento efetuado pela USAF em 1965  e secundariamente por meio de imagens de Landsat originadas, no começo da década de 70.
Durante os trabalhos, o autor teve a sua atenção despertada para uma série de irregularidades da fitofisionomia regional,  ocorrendo sob a forma de faixas alongadas, orientadas de NW a NHW, praticamente destruídas de vegetação arbórea e que contrastavam fortemente com as áreas adjacentes, ainda densamente cobertas de mata.

Em meados de 1984, Julio de Castro, da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM; Rio de Janeiro, ao se interessar pelo assunto e examinar fotos da mesma cobertura (1965), logrou detectar diversas outras feições similares jazendo em território brasileiro, no oeste do Estado do Paraná e regiões fronteiriças.
Após a descoberta das feições anômalas em território brasileiro, procedeu-se a um verdadeiro monitoramento multitemporal daquelas áreas por meio de exame de produtos fotográficos (fotografias aéreas e mosaicos) de levantamentos anteriores a 1965, numa tentativa de se descobrir a época aproximada da ocorrência do fenômeno que motivou a derrubada da mata das áreas anômalas em consideração.

Assim foram examinadas: fotografias aéreas de levantamentos feitos em 1943 (USAF) durante a 2ª Guerra Mundial e representando os produtos aerofotogramétricos mais antigos do país; fotos dos levantamentos de 1952 -57; 1960; 1962 e finalmente, 1964. Devido à disponibilidade mais franca de fotos de diversas épocas que cobriram a área aqui convencionada como 19 (figuras 2 e 3), foi ela a mais sistematicamente estudada.
Nas fotos tiradas em junho de 1964 (figura 2), essa área situada entre a cidade de São Miguel do Iguaçu e o Rio Paraná, ainda não se mostrava afetada pelo fenômeno. Já nas fotos tiradas em julho de 1965, se observava perfeitamente a faixa desmatada de 20 km de comprimento e 600 m de largura, aqui denominada área 19.

Dessa  maneira, a  investigação multitemporal para determinação da data aproximada do evento, concluiu que pelo menos para aquela área,  o acontecimento se deu entre junho de 1964 e julho de 1965.  Ficava provado desta maneira, que no período em referência, alguma ação teria sido  responsável, naquela área, pela destruição de extensa faixa de floresta primitiva, até então  totalmente intocada pela atividade humana.

OS RASTROS DOS TORNADOS.
■ Em maio de 1957, quando a ação de um tufão da largura de 300 m a 400 m atingiu as fazendas de Guarapuava até Cascavel destruindo centenas de casas. A ventania gravou sua trilha bem delimitada nas matas onde as arvores e copas das araucárias se amontoaram umas sobre as outras.
■ Em 27 de maio de 1965, outro forte tufão castigou os campos de Guarapuava nas proximidades de Ente Rios e Pinhão, destruindo Aldeias e faixas de mata além de 200 km para oeste até a cidade de Planalto. Sua força atingiu tais proporções que arrancou arvores com raízes de 30 cm de diâmetro, bem como centenas de casas. Os troncos de araucárias ainda em pé revelaram com seus galhos a direção do vento. Sob os escombros de uma escola em Entre Rios encontravam‑se os cadáveres de uma professora com seu filho, registrando-se centenas de feridos em toda a região.
■ 9 de Julho de 1965 – O ultimo tufão destruidor acompanhado de trovoadas ininterruptas e forte chuva com uma frente de 50 km atingiu o norte do Paraná entre Apucarana e Maringá a noite. Pitanga, Marialva e Manoel Ribas foram fortemente atingidas. O vendaval arrancou pés de café com raízes, destruiu florestas e centenas de casas, registrando-se oito mortos em Pitanga e Marialva e mais de oitenta feridos. O tufão foi tão forte que arremessou uma casa inteira com seus habitantes na estrada Keller a 148 m de distância, matando duas pessoas e ferindo gravemente uma criança (notícias da imprensa de 13 a 14 de julho de 1965)
Estas informações pareciam, finalmente, indicar que as notáveis faixas desmatadas investigadas nas fotos de 1965 representavam as trajetórias devastadoras de alguns tornados ocorridos entre 1964 e 1965, conforme a perfeita descrição de R. Maack. A fim de corroborar essa nova versão, o autor, sempre coadjuvado por Julio de Castro, reexaminou as fotografias aéreas de 195, tiradas em algumas áreas mencionadas por Maack e, numa delas, nos arredores da cidade paranaense de Planalto, situada nas proximidades da fronteira com a Argentina, ficou perfeitamente caracterizado o rastro destruidor do tornado de 27 de maio de 1965. Essa área está assinalada no mapa da figura, numero 17.

No mapa da figura estão cartografados de maneira sumária, 24 dos principais rastros destruidores dos tornados ocorridos na região em epígrafe. 
O exame estereoscópico das aerofotos utilizadas no presente trabalho mostra que ao longo dos mesmos quase não restou cobertura arbórea. A maioria das fotos não permite, porém, uma boa definição quanto à existência de troncos de árvores desfolhadas e desgalhadas efetivamente de pé. Esporadicamente, são observados alguns troncos ainda de pé provavelmente representando árvores mais robustas que ocorriam no seio da mata pluvial subtropical. Que a maioria das árvores ocorrentes ao longo das trajetórias dos tornados em consideração,  foi efetivamente extinta não há dúvida, pois o monitoramento multitemporal de algumas áreas por meio de fotos tiradas posteriormente à passagem dos tornados e em escala mais adequada mostrou que a vegetação arbórea primitiva foi extinta ao longo das faixas devastadas, tendo havido, após algum tempo uma regeração da mata atingida com o crescimento de uma mata secundária, mais baixa e de características diferentes da original.

RASTRO NO 23
Este rastro, de  aproximadamente 70 km de extensão e representando um dos mais longos do presente estudo situa-se no extremo oeste do Estado do Paraná, entre as cidades principais de Cascavel e Guaíra.
No mapa, o rastro se inicia ao sul pouco ao norte de Bragantina, com uma largura média em torno de 400 m, e em direção noroeste.
Passa entre Pérola Independente e Vila Nova, já com largura bem menor. Ao atingir o Rio Dezoito de Abril sofre uma inflexão para a esquerda acompanhando  por alguns quilômetros, o vale desse rio. Pouco depois de passar pelas proximidades de Nova Sta. Rosa, na altura da foz do Rio Dezoito de Abril no Arroyo Guaçu, sofre um incremento de sua largura, que vai aumentando até atingir o máximo ele 1,2  km, pouco ao norte de Sta. Rita do Oeste.  Daí para a frente sua largura vai diminuindo até desaparecer em cunha  nas proximidades de Bela Vista do Oeste, cerca de de 10 km do Rio Paraná. A intensa atividade de agricultura nesta área situada nas proximidades do Rio Paraná impede nas fotografias aéreas em questão (1965), uma melhor avaliação sobre a continuidade do rastro no 23 para oeste.  Do outro lado da fronteira, já no Paraguai, ocorre um outro rastro, aqui denominado no 15, perfeitamente alinhado com o primeiro, sendo bem possível se assumir que os dois constituem uma única trajetória de tornado, com cerca de 120 km de extensão. Na foto aérea tem-se um magnífico rastro da destruição.

RASTRO NO 19
Este rastro de 20 km de extensão e largura máxima de 600 m conforme foto aérea, apresenta como feições marcantes os limites extremamente bruscos e retilíneos entre a zona com mata e aquela desmatada, o que levou  o autor aventar, no início dos estudos, uma origem geológica para o evento. Estes limites tão bruscos,  são uma das características típicas de tornados.
A área 19 foi monitorada por meio de fotografias aéreas mais recentes, tais como as fotos infravermelhas, falsa cor, tiradas em 1974 para o estudo de Itaipu, e nelas foi possível constatar que a faixa desmatada; em zonas ainda  não atingidas pela atividade de agricultura, ainda conservava as características evidenciadas nas fotos de 1965, sem que houvesse sido regenerada qualquer vegetação arbórea mais possante.

CONCLUSÃO
Uma varredura da bibliografia pertinente a tornados e afins nos arquivos do Serviço Nacional  de Meteorologia, Rio de Janeiro, não evidenciou  grandes contribuições aos assunto.
Enquanto no Brasil as referencias bibliográficas são muito restritas no que diz respeito a tornados, na Argentina, ao contrário, já se encontram vários trabalhos tratando do tema e divulgando seus efeitos catastróficos.  Na Argentina há registros de tornados desde 1816.
Pelo que foi apresentado no trabalho em pauta, depreende-se que a região da Bacia do Paraná (Bacia do Prata) é propensa a ocorrência de tornados, os quais podem se fazer presente de maneira fraca até catastróficas. Os seus efeitos, de um modo geral, só se fazem sentir quando suas trajetórias passam por alguma cidade ou aglomerado urbano, resultando então perdas materiais e humanas dignas de menção.
Os tornados indicados no mapa  mostra que a represa de Itaipu encontra-se encravada em área de ocorrência de um grande numero desses sinistros, alguns dos quais, com rastro de 70 km e largura de 1,5 km, certamente teriam causado grandes estragos, caso suas trajetórias tivessem atingidos regiões mais urbanizadas. Os tornados devem ser considerados como uma constante ameaça  a rede elétrica de transmissão ligada a usina de Itaipu.  Fonte: @ZR;  Rastros de tornados no sudoeste do Brasil, leste do Paraguai e nordeste da Argentina – Roberto C. Dyer –BP Mineração Ltda.

Comentário: É importante o registro histórico de desastres naturais. Infelizmente a história dos desastres naturais demonstra que tais acidentes se repetem após um intervalo de período. Os desastres voltam acontecer e geralmente não estamos preparados para esses eventos, pois as lições são esquecidas.

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terça-feira, julho 21, 2015

Trabalhador tem os pés decepados por colheitadeira

O trabalhador rural GIJ, de 54 anos, ficou gravemente ferido na manhã de terça-feira, 14 de julho, após sofrer um acidente de trabalho com uma colheitadeira a 60 quilômetros do município de Nova Ubiratã, Mato Grosso.

Causa provável
As informações apuradas dão conta de que a vítima realizava a colheita de milho quando ao tentar efetuar uma limpeza na máquina, acabou enroscando na corrente que recolhe os grãos.
O trabalhador teria conseguido se segurar na lateral da máquina, mas teve os dois pés decepados na altura do fêmur.

Resgate
Como estava sozinho na lavoura, a vítima fez um torniquete na perna, com a própria camisa e dirigiu a máquina até à sede da fazenda. Em seguida ele foi socorrido e conduzido ao Pronto Atendimento da Nova Ubiratã.
Devido a gravidade dos ferimentos e foi transferido ao Hospital Regional de Sorriso, onde receberá os devidos atendimentos médicos. A equipe que realizou os primeiros atendimentos informou que a vítima teve a perna esmagada e a reimplantação dos membros é quase impossível.

Morte
O trabalhador  morreu no Hospital Regional de Sorriso, 17 de julho, devido à gravidade dos ferimentos que se complicou ainda mais devido a problemas de diabetes.
Fonte: @ZR; Nortão Noticias - 18 de Julho de 2015

Comentário: Precauções de segurança gerais que devem fazer parte do processo de funcionamento para todos os tipos de máquinas.
■ Proteja-se. Durante a montagem, operação e manutenção de máquinas, use todas as roupas de proteção e dispositivos de segurança pessoal que poderiam ser necessários para o trabalho. Não arriscar.

Recomendações:
■ Usar capacete; sapatos de proteção com sola antiderrapante; óculos de proteção; luvas grossas; máscara respiratória ou filtro; proteção auditiva.  Esteja ciente de que a exposição prolongada ao ruído alto pode causar deficiência ou perda de audição. Usar um dispositivo de proteção auditiva adequada que protegem contra ruídos indesejáveis ou altos.
■ Providencie um kit de primeiros socorros para uso em caso de emergências.
■ Mantenha um extintor de incêndio na máquina. Certifique-se de que o extintor sofra correta manutenção e esteja sempre familiarizado com seu uso adequado.
Mantenha crianças sempre longe de máquinas.
■ Esteja ciente de que os acidentes acontecem frequentemente quando o operador está cansado ou com pressa para conseguir terminar. Nunca ignore sinais de fadiga.
■ Use roupas que não sejam muito soltas e cubra cabelos compridos.
■ Nunca use itens que balancem tais como lenços e pulseiras.
■ Mantenha as mãos, pés, roupas e cabelos longe das peças em movimento.
Nunca tente limpar obstruções ou objetos de uma máquina enquanto o motor estiver funcionando.
■ Mantenha todos as  protetores proteções no lugar. Nunca altere ou remova o equipamento de segurança.
■ Somente faça manutenção e reparo de peças que sejam produzidas ou aprovadas pelo fabricante do equipamento. Peças substituídas podem não cumprir os requisitos de força, design ou segurança.
■ Não modifique a máquina. Modificações não autorizadas podem comprometer a segurança e ou o funcionamento e afetam a vida da máquina.
Desligue o motor e remova a chave de ignição antes de deixar o assento do operador por qualquer motivo. Uma criança ou mesmo um animal de estimação podem engatar uma máquina parada.

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quarta-feira, julho 15, 2015

Ponte Anita Garibaldi, em Laguna

Depois de três anos de obras a Ponte Anita Garibaldi, em Laguna, será inaugurada nesta quarta-feira, 15 de julho.
Com quase 3 mil metros de extensão, a ponte em Laguna, no Sul de Santa Catarina,  leva o nome da guerreira Anita Garibaldi.
A ponte estaiada é a única do mundo em curva com mastros centrais, cujos estais também são centrais no eixo da obra. Pontes em curva com estais laterais, ou seja estais nas bordas, ou mistas, existem outras, explica o  engenheiro e coordenador de supervisão da obra Oscar Eigio Isaka.
A ponte Anita Garibaldi será a segunda maior ponte estaiada em funcionamento no Brasil (2.830 m), perdendo apenas para a ponte que passa sobre o Rio Negro, no Amazonas (3.600 m).  
De acordo com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), cerca de 27 mil carros passam diariamente pelo local e, conforme uma estimativa da Polícia Rodoviária Federal, durante a temporada o número de veículos chega a triplicar. Na alta temporada, o trecho entre a ponte e o morro do Formigão, em Tubarão, chega a registrar filas de até 20 quilômetros.
A engenheira fiscal do Departamento, Márcia Tsunokawa Chaves, explica que a ponte tem um espaço maior sobre a lagoa de Imaruí e avança em uma curva para que motoristas possam trafegar a uma velocidade média de 100km/h. Diferente da velocidade média atual que fica em torno de 80 km/h – o que contribui ainda mais para evitar os constantes congestionamentos.

Característica da obra

1-A construção da parte estaiada é constituída por dois mastros onde equipes de 300 operários trabalham simultaneamente em dois turnos.
 2- Com ajuda de uma treliça lançadeira as peças de concreto (aduela) são colocadas uma a uma no trecho estaiado.
 Estai - Tubo de polietileno compostos por cordoalhas de aço. A parte fixada no concreto é revestida em aço, para proteger contra ações de vândalos (tubo antivandalismo). Ao total serão 52 estais
Os estais são fixados alternadamente nas peças de concreto(aduelas) a uma distância aproximadamente 7 m entres eles. A fixação dos estais ocorre simultaneamente com a finalização dos dois mastros.




A  Ponte Anita Garibaldi,  é a primeira com o estilo estaiada em curva do Brasil. Ela tem 2.830 metros de comprimento, 52 vãos, 136 estacas escavadas e 716 aduelas pré-moldadas. 



3 – Aduelas
Formam a superestrutura da ponte: Concreto armado estrutural que pesa entre 80 a 90 t. As aduelas são unidas com aplicação de adesivos a base de epóxi, por cabos de aço protendido e argamassa especial.
das uma a uma no trecho estaiado.


Foram usados na obra
■90 mil m3 de concreto, equivalente a 3 estádios do Maracanã
■13 mil toneladas de aço, equivalente a 1,78 torres Eiffel
■15 balsas foram usadas para a montagem do vão central
■Trabalharam ao longo da obra – 2,7 mil pessoas
■O valor previsto era R$ 597 milhões  
■Foram gastos R$ 760,8 milhões  
■Foram gastos a mais que o previsto R$ 163,8 milhões (27,4%)



Treliça lançadeira
É um equipamento de estrutura metálica de aproximadamente 313 m de comprimento e foi comprado pelo Consorcio Ponte de Laguna especialmente para construção da ponte. É maior equipamento da obra, adquirido em Portugal e custou para as empresas contratadas cerca de 8 milhões de euros. A treliça lançadeira tem a base atrelada a pilares e trabalha com um guindaste móvel capaz de suportar cargas de 120 t. Ela é utilizada para içar as aduelas. m entres eles. A fixação dos estais ocorre simultaneamente com a finalização dos dois mastros.Fonte:@ZR; Diário Catarinense - 15/07/2015

Comentário: As maiores pontes no Brasil
1-Ponte Rio-Niterói – RJ – 13.290 m
A Ponte Presidente Costa e Silva, conhecida como Ponte Rio–Niterói, tem 13 290 metros, localiza-se na baía de Guanabara, estado do Rio de Janeiro, e liga a cidade do Rio de Janeiro a Niterói. Foi a segunda maior ponte do mundo na época de sua construção, perdendo este posto em 1985. Se pilar mais alto tem 72 metros e por ela passam 140 mil veículos por dia.
2–Ponte Rodoferroviária – SP/MS – 3.700 m
A Ponte Rodoferroviária é a maior ponte fluvial brasileira. Atravessa o Rio Paraná ligando os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo unindo os municípios de Aparecida do Taboado (MS) à Rubinéia (SP).
Foi inaugurada em 29 de maio de 1998, possui quatro faixas rodoviárias na parte superior (duas em cada sentido) ligando as rodovias Euclides da Cunha (SP-320) e BR-158, e uma via ferroviária na parte inferior.
3-Ponte Ayrton Senna – PR/MS – 3.607 m
A Ponte Ayrton Senna é uma ponte entre as cidades de Guaíra, no Paraná e Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul que atravessa o rio Paraná. Foi inaugurada em 24 de janeiro de 1998, como a continuação da BR-163, sendo a única ponte no mundo em curva na parte central com tobogã. Sua pista possui 7,20 m de largura e altura máxima no canal de navegação é de apenas 13 metros.
4-Ponte do Rio Negro – AM – 3.595 m
A Ponte Rio Negro é a maior ponte fluvial e estaiada do Brasil, parte da rodovia AM-070 que liga a cidade de Manaus ao município de Iranduba, no Amazonas.
Inaugurada em 24 de outubro de 2011, possui 3.595 metros de extensão e 400 metros de vão suspenso estaiada.
5-Terceira Ponte – ES – 3.330 m
A Terceira Ponte, oficialmente Ponte Deputado Darcy Castello de Mendonça, liga as cidades de Vitória e Vila Velha, no Espírito Santo. Ficou conhecida por Terceira Ponte devido às duas outras pontes que já existiam anteriormente ligando as duas cidades. Seu vão principal tem 70 m de altura e 260 m de um pilar ao outro, permitindo assim o acesso de navios de grande porte à baía de Vitória.

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segunda-feira, julho 13, 2015

Eletricidade estática – Postos de gasolina

Robert Renkes  do Instituto de Equipamento de Petróleo (The Petroleum Equipment Institute -PEI) ) investigou durante 11 anos  os riscos de incêndio em consequência "da eletricidade estática" em postos de gasolina  e os resultados da pesquisa (150 casos de incêndios) foram os seguintes;.   
1) Fora de 150 casos, quase todos eram mulheres.
2) Quase todos os casos envolvidos, as pessoas retornavam aos seus veículos, enquanto estavam abastecendo, quando terminavam, eles voltavam para retirar o bico de abastecimento e o incêndio iniciava, em conseqüência da estática.
3) A maioria das pessoas usava sapatos com solado de borracha
4) A maioria de homens nunca retornava aos seus veículos até o término do abastecimento.  Isto, é porque raramente estão envolvidos nestes tipos de incêndios.
5) Nunca use telefone, durante o abastecimento de combustível
6) É vapor que sai da gasolina é que causa o incêndio, quando conectado com as cargas  estáticas.
7) Havia 29 casos de incêndios, onde as pessoas retornavam aos seus veículos e posteriormente voltavam e tocavam no bico da mangueira durante o abastecimento. Os veículos eram de todos os tipos e modelos. Alguns resultaram danos totais aos veículos, para a bomba de combustível e para o cliente.
8) 17 dos incêndios que ocorreram antes, durante ou imediatamente depois da remoção do bocal de abastecimento dos veículos e antes do abastecimento começarem.

Robert Renkes realça para nunca retornar para interior do veiculo, enquanto estiver abastecendo o veículo.
Se for necessário, retornar ao seu veículo enquanto está abastecendo, assegure que você para sair, fecha a porta e toque no metal, antes que você retire a mangueira  de abastecimento. Desta maneira a estática de seu corpo descarregará antes que você remova a mangueira de combustível.

O Instituto de Equipamento de Petróleo (Petroleum Equipment Institute), em conjunto com  outras companhias  estão realmente tentando conscientizar o público deste perigo.

Recomendações de Pat Cabiling, que trabalha na Refinaria de Richmond, da Chevron Texaco;.
Resumindo, há quatro regras para abastecimento seguro;
1) desligar o veículo
2) não fume
3) não use  o telefone celular,  deixe-o no interior do veículo ou desliga-o
4) não entre novamente no veículo durante o abastecimento

Precauções de segurança com telefone celular e eletricidade estática

A Shell Oil Company  publicou um comunicado que após a ocorrência de três incidentes em que os telefones celulares inflamaram vapores de combustíveis durante a operação de abastecimento.

No primeiro caso, o telefone foi colocado sobre o  porta‑mala do carro durante o abastecimento, o celular tocou e em seguida o fogo  destruiu o carro e a bomba de gasolina.

No segundo caso, uma pessoa sofreu queimaduras graves no rosto, quando os vapores se inflamaram, assim que respondeu a chamada,  enquanto estava abastecendo o carro.

E no terceiro caso, uma pessoa sofreu queimaduras na coxa e na virilha, quando os vapores se inflamaram, quando o celular que estava em seu bolso, tocou, quando abastecia o carro.

Você deve saber que:
■ Telefones celulares podem inflamar combustíveis ou vapores
■ Telefones celulares  que acionam, quando estão ligados ou quando eles tocam, liberam energia suficiente para fornecer uma fagulha para ignição
■ Telefones celulares não devem ser usados em postos de gasolina, ou quando abastecendo veículos, barcos, etc
■ Telefones celulares não devem ser usados, ou deveriam ser desligados, próximos de materiais ou substâncias que geram vapores inflamáveis ou vapores explosivos ou pós, por exemplo; solventes, produtos químicos, gases, pó de grão, etc.

Comentário:
Existe controvérsia sobre o risco de telefone celular em ambientes inflamáveis e explosivos;
A Universidade de Oklahoma efetuou testes  em laboratório com aparelhos celulares,  cujos resultados foram os seguintes;
■ O aparelho atual emite freqüência (radiofreqüência) muito  baixa, para induzir uma tensão suficiente para atuar como fonte de ignição ,
■ Não há evidência  sobre o risco de aparelho celular em ambientes inflamáveis e explosivos,
■ Mas alerta, que a bateria do celular poderá provocar faísca  em condições específicas.

Um grupo de pesquisadores da Motorola e de entidades independentes, em 1999, chegaram a seguinte conclusão;
■ O uso de celular em postos de gasolina, sob condições normais de operação, apresenta um risco insignificante e que a probabilidade de tal acidente sob algumas condições é muito remota.

As pessoas envolvidas em tais acidentes relatam que a geração da fonte de ignição ocorreu durante a utilização do celular. Deveremos  analisar quais são os fatores ambientes presentes no cenário da ocorrência, no momento da ignição, tais como; eletricidade estática, falta de aterramento, concentração de inflamáveis e explosivos, procedimento inadequado do elemento humano, deixando a execução de uma tarefa complexa ou que exige atenção, para atender uma ligação. E o celular é apenas um vetor para o fechamento do circuito, para atuar como fonte de ignição.  

Artigo publicado
Os telefones celulares e outros riscos em áreas classificadas  

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