Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

quinta-feira, março 31, 2011

Risco de explosão e incêndio com aerossóis

Nas especificações de segurança do produto (FISPQ, MSDS, Material Safety Data Sheet) dos fabricantes de aerossóis, recomendam manter afastado das fontes de ignição. Exposição ao calor pode causar explosão. Algumas latas de aerossol podem explodir em temperatura superior à 50ºC.

Manter afastado de corrente elétrica ou de terminais de bateria. O arco voltaico produzido pode perfurar a lata, provocando uma explosão (flash fire, incêndio em nuvem de gás), causando ferimentos graves. Basicamente o aerossol é um sistema que consiste em uma embalagem que permita ser pressurizada, onde temos no interior desta embalagem uma mistura de um produto (desodorante, cabelos, tinta, inseticida, lubrificante, etc.) e um gás propelente (isobutano, butano, di-metil éter, butanona, etanol (álcool etílico), propano, etc.

Essa mistura permanece no interior desta embalagem, por meio de um dispositivo que chamamos de válvula. Ao pressionarmos essa válvula, a mistura de produto e gás é liberada para a atmosfera sob a forma de um spray com o nome técnico de aerossol (dispersão de partículas em um meio). Não percebemos que estamos manuseando um produto que pode transformar-se num lança-chamas ou uma pequena bomba incendiária ou num foguete, dependendo da situação potencialmente perigosa no local (incêndio, calor, perfuração da lata, etc.).

Esse tipo de prateleira não é recomendável, aberta, em caso de incêndio,  a lata de spray ajudará na propagação do fogo. (explosão e foguete) 

Nas indústrias é comum encontrar os aerossóis;
■ lubrificantes, produtos para limpeza (cleaner),
■ detergentes para tintas de prensas,
■ tintas em spray (mistura de resinas, pigmentos, solventes orgânicos e butano/propano como propelente) etc., armazenados na área de manutenção ou no setor de almoxarifado, em prateleiras metálicas junto com outros tipos de lubrificantes ou produtos utilizados em manutenção. Em caso de incêndio, os aerossóis funcionarão como foguetes (rocket) ou lança-chamas, propagando o incêndio em todas as direções. É recomendável o armazenamento dos aerossóis em armários de segurança ou em locais isolados.

Cuidados:
■ Conteúdo sob pressão, o vasilhame mesmo vazio não deve ser perfurado.
■ Não use ou guarde próximo ao calor da chama ou exposto ao sol.
■ Nunca coloque esta embalagem no fogo direto ou incinerador.
■ Guardar em lugar ventilado.
■ Desligue os aparelhos e ferramentas elétricas antes da aplicação.
■ O calor pode provocar explosão.
■ Pode ser nocivo se ingerido. Se ingerido, não provoque vômito.
■ Evitar inalação do produto.
■ Utilize em áreas bem ventilada.
■ Mantenha fora do alcance das crianças.
■ Não expor a temperatura superior a 50ºC.
■ Não aplicar perto de chama ou superfícies aquecidas.

Como funcionam as latas de aerossol - clicar

Vídeo:
Mostra a explosão de uma lata de spray e como conseqüência seu lançamento no ar, como se fosse um foguete. E na sequência explosão de um barril de chop.

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terça-feira, março 29, 2011

Explosão de barril de chope em shopping

A explosão de um barril de chope no Santana Parque Shopping, localizado a rua Conselheiro Moreira de barros, na zona norte de São Paulo, na noite de sexta-feira, 18 de março, atingiu o funcionário CCJ de 22 anos.

ACIDENTE

O acidente aconteceu por volta das 20h quando ele preparava o quiosque da rede Mr. Beer que seria inaugurado, no 2° piso do shopping. O barril de chope explodiu atingindo a cabeça e ele morreu na hora.

Após o acidente, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram acionados. As lojas foram fechadas e os clientes foram retirados por determinação da direção do shopping.

A perícia no local foi realizada, mas ainda não se sabe a causa da explosão. Segundo a assessoria da Mr. Beer, o barril era de uma empresa terceirizada.

INQUÉRITO

O corpo de Caio foi encaminhado para o IML (Instituo Médico Legal). O caso foi registrado no DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania).

Fonte: Folha de São Paulo, 19 de março de 2011

COMENTÁRIO:

ACIDENTE

Em dezembro de 2007, em Birmingham, Inglaterra, um trabalhador morreu instantaneamente com a explosão de um barril de chope. A explosão aconteceu durante o transporte do barril do bar para o veiculo. A explosão aconteceu na adega do bar e foi tão violenta que causou dano considerável no telhado da cervejaria. A autópsia mostrou que o trabalhador morreu devido a uma grave lesão na cabeça.

BARRIL DE CHOPE

Podemos considerar o barril de chope como um vaso sob pressão.

O chope sai do barril empurrado pela pressão do gás carbônico proveniente de cilindros controlados pelas torneiras da chopeira. A pressão desse gás pode variar de 2,5 kgf /cm2 a 3,5 kgf /cm2.

Os volumes dos barris variam de 10 a 50 litros, mas também são usados barris de 5, 10, 15 e 25 litros. A pressão de trabalho desse tipo de barril oscila em torno dos 2 kgf /cm2 (pressão média da válvula redutora dos cilindros de CO2), a 5 kgf /cm2, já começam a deformar-se e rompem-se com cerca de 45 kgf /cm2. Por isso é vital que se utilize o cilindro de CO2 com válvula redutora (a pressão interna do cilindro de CO2 oscila entre 70 e 75 kgf/cm2).

CILINDRO DE GÁS CARBÔNICO

Os cilindros de gás carbônico podem ser em aço ou alumínio e possuir diversas capacidades (3, 8, 10 ou 30 kg). Geralmente o gás é fornecido a uma pressão de 50 kgf /cm2, quando a uma temperatura de 15°C. A pressão varia de acordo com a temperatura.

Deve-se prestar atenção a um fato de suma importância, geralmente ignorado na prática corrente: quando os cilindros de CO2 encontram-se estocados a 15°C, o gás carbônico encontra-se àquela temperatura em estado líquido. Porém se a temperatura subir para 31°C, o estado líquido transforma-se espontaneamente em gasoso, e a pressão pode subir a 450 kgf /cm2, podendo gerar uma explosão (se por acaso a válvula de segurança, que é aferida para atuar a 160 - 180 kgf /cm2, estiver avariada e não atuar).

NÃO DEVE SE EXPOR OS CILINDROS

■ à ação de calor, e

■ deve-se evitar choques violentos ou quedas, que podem provocar explosões

Ao entrarem em serviço, os cilindros devem sempre ser presos através de um anel de segurança ou corrente, fixado à parede ou balcão.

A válvula de saída do cilindro de CO2 fica situada na sua parte superior. Quando não em uso, devemos manter a válvula de saída do cilindro protegida por uma tampa protetora da válvula (capacete), para evitar queda ou pancada que danifique.

Caso o local de estocagem dos cilindros e barris seja fechado, deve-se prever uma ventilação forçada, de modo a eliminar acúmulo de gás carbônico, que é mortal a partir de determinadas concentrações.

A VÁLVULA DE REDUÇÃO DE PRESSÃO

Para se estabelecer e controlar a pressão do gás carbônico que convém à tiragem do chope, monta-se no bocal do cilindro de CO2 a chamada “válvula de redução de pressão”, que possui manômetro, regulador e válvula de segurança. Em hipótese alguma se deve pressurizar o barril diretamente, sem a utilização de uma válvula de redução, sob o risco de ocorre uma explosão.

MANUTENÇÃO

Os barris devem ser submetidos a análises de vazamentos, inspeções internas, teste com líquido penetrante/revelador e medição do volume. Após estas análises são identificadas as necessidades de eliminarmos vazamentos, desamassamentos, substituição de alças, substituição dos tampos superior/inferior, alinhamento ou substituição do bocal e reparos do sifão. Fonte: Cervesia – Instalação correta de chopeiras

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quinta-feira, março 24, 2011

Japão: contaminação radioativa no meio ambiente

CRONOLOGIA DOS EVENTOS DA RADIAÇÃO NO MEIO AMBIENTE

24.03 - A água com níveis de radiação considerada insegura para crianças para beber foi encontrada em várias estações de tratamento fora de Tóquio, disse as autoridades locais nesta quinta-feira, enquanto as autoridades japonesas estão se esforçando para aumentar a oferta de água engarrafada..
A cidade de Hitachi em Ibaraki afirmou ter detectado vestígios de iodo radioativo mais que o dobro do limite estipulado segura para crianças na água tirada de uma estação de tratamento na quarta-feira. Os níveis de iodo-131 subiu para 298 becquerel por 1 kg de água na estação de tratamento. A quantidade detectada é quase o limite de 300 becquerel para pessoas do que crianças.
Os funcionários da prefeitura de Chiba também recomendaram que os moradores não dêem água da torneira para crianças, pois os níveis do iodo subiu para 220 becquerel por 1 kg de água em uma de suas estações de filtração e 180 becquerel em outro serviço. As coletas foram realizadas na quarta-feira a partir das duas estações localizadas tanto na Matsudo.

24.03 - Dois operários da usina nuclear de Fukushima foram hospitalizados nesta quinta-feira por terem sido expostos à radiação excessiva enquanto trabalhavam para levar cabos elétricos ao reator número 3, informou a emissora de televisão "NHK".
Os dois funcionários, junto com um terceiro trabalhador que não precisou ser levado ao hospital, receberam radiação entre 170 e 180 milisievert, segundo a "NHK", que cita fontes da Agência de Segurança Nuclear do Japão

23.03 - A radiação por iodo chegou nesta quarta-feira ao dobro do recomendado na capital do Japão, Tóquio, e as autoridades pediram que as crianças não bebam mais a água de torneira

21.03 - O Ministério da Saúde do Japão afirmou ter encontrado alto nível de radiação em 11 vegetais cultivados na região de Fukushima, incluindo brócolis e repolho. Segundo o Ministério da Saúde, o nível de radiação nos alimentos analisados está 164 vezes maior do que o tolerado.
O governo alertou a população para que não coma os vegetais e disse que em alguns casos, a pessoa que ingerir 100 gramas de um alimento contaminado por 10 dias seguidos pode receber a mesma quantidade de radiação a qual uma pessoa está exposta de forma normal durante o período de um ano.
O governo diz que paralisou a distribuição dos alimentos cultivados nessa região na segunda-feira e que desde então os mercados não receberam nada que possa estar contaminado.
Também na região de Ibaraki foram encontrados alimentos com nível de materiais materiais radioativos além do permitido e também no leite
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que a contaminação por radiação nos alimentos no Japão é mais séria do que anteriormente imaginado.
O governo japonês já identificou níveis maiores de radiação do que o normal em espinafre e leite na região próxima à usina nuclear de Fukushima Daiichi, que sofre vazamento após danos causados pelo terremoto do último dia 11.
Há preocupação crescente de que partículas radioativas já liberadas na atmosfera tenham contaminado fontes de alimento e água.
"Está claro que a situação é séria", disse Peter Cordingley, porta-voz do escritório regional do Pacífico Oriental da OMS sediado em Manila, à Reuters em uma entrevista por telefone.
"É muito mais sério do que qualquer um pensava nos primeiros dias, quando achávamos que este tipo de problema pode estar limitado a 20 ou 30 quilômetros [...] é seguro supor que uma parcela de produtos contaminados tenha saído da zona de contaminação."
O governo japonês já alertara no fim de semana que havia encontrado níveis acima do normal de radiação por iodo em leite e espinafre a até 120 km da usina, mas garantiu que os alimentos não chegaram ao mercado.
O Ministério de Saúde do Japão já havia pedido aos moradores próximos da usina nuclear que não bebessem água de torneira, contaminada com altos níveis de iodo radioativo.
Não há ainda relatos de comida contaminada na capital Tóquio, com cerca de 13 milhões de moradores. Autoridades municipais, contudo, identificaram níveis acima do normal de iodo radioativo em um crisântemo.

19.03 - Amostras de leite e espinafre das cidades de Fukushima Ibaraki apresentaram excesso de radiação, afirmaram autoridades japonesas no sábado (19). O governo também afirmou que as águas correntes de Tóquio e de cinco províncias do país também apresentam pequenas amostras de iodo radioativo e césio, porém sem risco à saúde humana.
Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), o Ministério da Saúde do Japão solicitou uma investigação sobre produtos alimentícios vindos de Fukushima (A AEIA havia informado anteriormente que a venda dos produtos havia sido suspensa. A agência divulgou a correção desta informação às 13h30 deste sábado).
A AEIA também confirmou a contaminação por iodo radioativo. Segundo a agência da ONU, amostras de comida nos arredores de Fukushima foram analisadas entre 16 e 18 de março.
Apesar da meia-vida do elemento presente nos alimentos ser de apenas 8 dias, as autoridades japonesas afirmam que há risco aos consumidores no curto prazo.

18.03 - Agência de Segurança Nuclear do Japão elevou de 4 para 5 o nível de gravidade do acidente nuclear na usina de Fukushima. O índice da Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos (INES, pela sigla em inglês) varia entre 0 e 7.
O nível 5 se refere a acidentes nucleares "com consequências de maior alcance", enquanto o grau 4, no qual os incidentes eram avaliados até agora, define acidentes "com consequências de alcance local".

18.03 - Alto nível de radiação é detectado a 30 quilômetros da usina de Fukushima
Segundo o ministério da Ciência japonês foram detectados altos níveis de radiação num raio de 30 quilômetros da usina de Fukushima. Especialistas ouvidos pela rede japonesa NHK, disseram que seis horas de exposição à radiação emitida pela usina corresponde ao nível máximo considerado seguro para um ano. Apesar disso, os níveis encontrados não representariam uma ameaça imediata para a saúde.
Os testes foram feitos entre 9h20 da manhã de quinta-feira e 3h da manhã desta sexta (no horário local). A orientação do governo para as pessoas que moram entre 20 e 30 quilômetros da usina era de permanecer em casa, com portas e janelas fechadas.

17.03 - A radiação da usina nuclear de Fukushima não representa um perigo imediato à saúde para quem está além do raio de 20 km do local ,disse o porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, nesta quarta-feira (16).
O risco de um colapso levantou hipóteses de um novo pesadelo nuclear, a exemplo do que ocorreu em Tchernobil, o pior acidente nuclear da história, em 1986. Segundo a ONU, até agora não há risco para a saúde.
O porta-voz do governo japonês disse em entrevista que o nível de radioatividade entre 20 e 30 quilômetros da central, área na qual foi pedido que os moradores permaneçam em casa e com as janelas fechadas, não tem efeito prejudicial direto.
Ao comparar o ocorrido na usina japonesa com o acidente de 1986, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, disse que, apesar de “muito sério”, é "improvável que o incidente se desenvolva" como ocorreu em Tchernobil. Segundo ele, o que sustenta essa teoria são as diferenças entre as usinas, entre elas o projeto e suas estruturas.
O governo japonês recomendou aos moradores que vivem num raio de até 30 quilômetros de distância da usina nuclear de Fukushima que fiquem em suas casas, desliguem os sistemas de ventilação e fechem as janelas, já que o vazamento de radiação da usina poderia afetar a saúde.

16.03 – O porta-voz do governo do Japão, Yukio Edano, garantiu que a radiação emitida pelos reatores da central nuclear de Fukushima Daiichi não representa perigo imediato para a saúde fora da zona que já foi esvaziada, em um raio de 20 km ao seu redor.
Na segunda faixa de alerta, entre 20 e 30 quilômetros da usina nuclear, estão centenas de japoneses sob recomendação de que permaneçam em casa e com as janelas fechadas, usem toalhas úmidas para proteger o rosto e, caso tenham que sair, isolem as roupas e tomem um bom banho.
Já na área de 20 km ao redor da central, o governo decretou a retirada de mais de 200 mil pessoas. "A radiação ao redor da central nuclear de Fukushima está em um nível estável", afirmou o porta-voz do governo do Japão, Yukio Edano.
O nível de radiação foi registrado em 1.500 microsieverts por hora perto do portão de entrada da central. O nível de radiação normal é de 0,035 microsievert por hora.

15.03 - Um novo incêndio ocorreu nesta terça-feira, 15 de março, no reator 4. O fogo, aparentemente causado outra vez pela combustão de hidrogênio, foi visto por um dos trabalhadores às 17 h 45 de terça-feira, horário de Brasília. Segundo o operador da usina, o segundo incêndio ocorreu porque o fogo do primeiro incêndio não chegou a ser totalmente apagado.

15.03 - Os níveis de radiação aumentaram nesta terça em várias cidades do Japão, inclusive Tóquio, enquanto a população prepara-se para se manter em suas casas estocando água engarrafada, mantimentos e máscaras de proteção.
O governo japonês informou que a crise da usina nuclear de Fukushima provocou escape de radiação que poderia afetar a saúde e recomendou aos moradores que vivem num raio de até 30 quilômetros de distância que fiquem em suas casas, desliguem os sistemas de ventilação e fechem as janelas.A radiação em torno da usina aumentou desde sábado, quando uma falha no sistema de refrigeração forçou a liberação de vapor radioativo de forma controlada, mas os crescentes problemas nos reatores criam incertezas.
Na província de Ibaraki, ao lado de Fukushima, em um determinado momento a radiação era de 5 microsievert (msv) por hora, 100 vezes maior que o habitual. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), uma pessoa fica, em média, exposta à radiação de aproximadamente 2,4 msv por ano devido a fontes naturais.

Em Tóquio, a cerca de 270 quilômetros da usina, os níveis de radiação chegaram a 20 vezes mais que o habitual e foram detectadas pequenas quantidades de substâncias radioativas como césio, mas o governo garante que tais índices não implicam riscos imediatos para a saúde.

15.03 - Material radioativo lançado ao ar pela usina nuclear japonesa pode contaminar a água e alimentos, e as crianças e os bebês que ainda não nasceram correm o maior risco de possivelmente desenvolverem câncer.
Especialistas afirmam que qualquer exposição a material radioativo tem o potencial de causar vários tipos de câncer, e o risco aumenta quanto mais elevado for o nível de radiação.
Mas eles afirmam ser necessário medições mais precisas para o nível de radioatividade no Japão e na região para que se possa ter uma ideia mais clara dos riscos.
"As explosões podem expor a população à radiação por um longo período, o que pode elevar o risco de câncer. Os tipos são câncer da tiróide, câncer ósseo e leucemia. As crianças e os fetos são especialmente vulneráveis", disse Lam Ching-wan, químico patologista da Universidade de Hong Kong.
"Para alguns indivíduos, mesmo uma quantidade pequena de radiação pode elevar o risco de câncer. Quanto maior a radiação, maior o risco de câncer", disse Lam, que também é membro do Conselho Americano de Toxicologistas.
O material radioativo lançado ao ar pode ser diretamente inalado para o pulmão ou ser levado pela chuva ao mar e ao solo, e eventualmente contaminar plantações, a vida marítima e a água consumida pela população.
O leite de vaca também é especialmente vilnerável, segundo especialistas, caso os animais entrem em contato com o pasto contaminado.
Segundo Lee Tin-lap, toxicologista e professor associado da Escola de Ciências Médicas da Universidade de Hong Kong, as águas que banham o Japão precisam ser testadas para saber seu nível de radiação.
"A névoa que está sendo lançada ao ar eventualmente voltará para a água, e para a vida marítima será afetada... quando houver uma chuva, a água usada no consumo também será contaminada."
A Organização Mundial de Saúde disse nesta terça-feira que o Japão está tomando as medidas corretas para proteger sua população da radioatividade, incluindo a retirada de pessoas e a estocagem de iodeto de potássio, um antídoto à radiação.

15.03 - As autoridades japonesas decretaram hoje (15) zona de exclusão aérea toda a área onde está localizada a usina nuclear de Fukushima. Nesta central houve três explosões dos reatores nucleares elevando os níveis de radiação na região. A radiação está em nível 33 vezes superior ao permitido em Utsunomiya, capital da província de Tochigi, no norte de Tóquio.
Os níveis de radiação em Kanagawa, ao sul de Utsunomiya, eram, por sua vez, nove vezes superior ao recomendado. O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, disse hoje que os níveis de radiação aumentaram significativamente depois da explosão em Fukushima, onde quatro dos reatores da central nuclear já sofreram problemas.
O porta-voz do governo do Japão, Yukio Edano, ressaltou que o nível da radiação chegou a ser 100 vezes superior ao limite no reator 4, enquanto no reator 3 os níveis eram 400 vezes superiores. Segundo ele, se forem mantidos os níveis de radiação, eles podem ser prejudiciais à saúde humana. Apenas 50, dos 800 funcionários da Central de Fukushima, permanecem no complexo.
A Tokyo Electric Power (Tepco), que gere a central, não exclui fusões dos núcleos dos reatores 1, 2 e 3, mas garante que o reator 4 não estava em funcionamento por ocasião do incêndio que afetou o edifício hoje de manhã (hora local).
As explosões provocam um alarme global devido ao temor de uma catástrofe

14.03 - Na manhã de segunda-feira, uma explosão no reator número 3 da usina deixou 11 feridos, um deles em estado grave. A explosão foi sentida a 40 quilômetros da usina e fez com que uma imensa coluna de fumaça tomasse o local.
Já a primeira explosão ocorreu no sábado, 12 de março, , quando o reator 1 teve problemas. Desde então, foram retiradas cerca de 185 mil pessoas de um raio de 20 quilômetros da usina e 22 estão sob tratamento por exposição à radiação.
As explosões foram precedidas por problemas no sistema de resfriamento dos reatores, que pararam de funcionar em consequência do terremoto.
As explosões em Fukushima causaram preocupação em diversos países do mundo com suas próprias instalações nucleares.
Os governos da Índia, Alemanha, Suíça e Áustria também anunciaram mudanças em seus programas nucleares.

14.03 - Uma nova explosão atingiu o reator número 2 da usina nuclear de Fukushima 1 (240 km ao norte de Tóquio) por volta de 18h desta segunda-feira (horário de Brasília – 6h de terça no horário japonês), informou a agência de segurança nuclear do Japão.
Esta é a terceira explosão desde que a usina foi afetada pelo terremoto. As outras duas explosões aconteceram no sábado e no domingo (hora de Brasília).
As duas primeiras explosões foram causadas por acúmulo de hidrogênio. Segundo a Tokyo Electric Power Co. (Tepco), empresa que opera a usina, a última explosão registrada ocorreu perto da piscina de supressão no tanque de contenção do reator, destinado a impedir que a radiação vaze em caso de acidente.
Os acidentes já deixaram ao menos 15 funcionários e militares feridos, além de expor cerca de 190 pessoas à radiação. O governo do Japão afirma que não foram liberadas grandes quantidades de radiação, mas milhares de pessoas já foram retiradas da região próxima às usinas.
Mais cedo, o Japão pediu formalmente aos Estados Unidos e à Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) --que integra a ONU (Organização das Nações Unidas)-- ajuda para controlar suas usinas nucleares. Os pedidos foram feitos depois que as autoridades japonesas informaram que as barras de combustível do reator 2 da usina estariam novamente expostas devido a uma queda do nível da água de resfriamento, aumentando os receios de uma eventual fusão dos reatores.
Segundo a emissora japonesa NHK, as tentativas de resfriar a temperatura dentro da câmara do reator número 2 não funcionaram. Por isso, o bombeamento de água no circuito de refrigeração teve que ser bloqueado, reduzindo o nível de água dentro do reator e impedindo o resfriamento da temperatura das barras, segundo informou a operadora Tepco à imprensa local.

Por conta das explosões, o nível de radiação chegou a ficar oito vezes maior do que o normal no entorno da usina e mil vezes acima do padrão dentro do reator. O governo japonês ordenou que dezenas de milhares de famílias que vivem num raio de 20 km das usinas nucleares deixassem suas casas.

No entanto, a radiação liberada nas usinas nucleares é considerada baixa e não oferece riscos à saúde e ao ambiente. As medidas de precaução tomadas pelas autoridades locais permitem descartar, por enquanto, qualquer efeito à saúde humana, indica o Comitê Científico da ONU sobre os Efeitos da Radiação Atômica (Unscear).
"Por enquanto, do ponto de vista da saúde pública, não estamos preocupados", declarou, nesta segunda-feira, à agência Efe, Malcolm Crick, do secretariado da Unscear em Viena. Segundo o especialista, de acordo com a informação que se dispõe até agora, "todas as emissões (radioativas) que ocorreram são de muito baixo nível".
"São níveis acima do normal, mas em nenhum caso representam uma ameaça para a vida", explicou Crick. Segundo ele, é preciso acompanhar e analisar a situação cuidadosamente, até que a situação nas usinas nucleares volte a estar sob controle.

14.03 - As barras de combustível do reator nuclear 2 do complexo japonês Fukushima Daiichi,, agora estão totalmente expostas, informou a operadora da usina, a Tokyo Electric Power Co.
As barras, formato no qual o urânio é moldado dentro do reator, haviam ficado expostas parcialmente mais cedo, mas os especialistas conseguiram estabilizar a situação, utilizando inclusive água do mar para aumentar o nível de água do sistema de resfriamento.
A Tokyo Electric Power Co. diz que a exposição ocorreu porque o canal de ventilação do vapor produzido pelo aquecimento do reator foi fechada acidentalmente nesta segunda-feira, causando uma nova e repentina queda do nível de água de resfriamento.
As funções de refrigeração do reator número 2 da central de Daiichi, em Fukushima, pararam por causa dos problemas provocados pelo terremoto.
O porta-voz do governo, Yukio Edano, afirmou que os responsáveis pela unidade têm "tudo preparado" para injetar água do mar no reator, a fim de tentar controlar sua temperatura.
A companhia operadora da central, a Tokyo Electric Power (TEPCO), informou que foi detectada uma queda do nível de água desse reator, embora tenha relatado que não deixou descobertas suas barras de combustível.

13.03 - Duas explosões ocorreram no domingo, 13 de março, no reator 3 da central nuclear de Fukushima Daiichi, danificada pelo terremoto e o subsequente tsunami, anunciou a empresa operadora Tepco (Tokyo Electric Power).
Segundo declarações do porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, o reator conseguiu resistir às explosões e o risco atual de um vazamento radioativo significativo é baixo.
As explosões no prédio do reator 3 deixaram onze feridos, incluindo seis militares, que a princípio foram dados como desaparecidos, segundo informações da agência Jiji Press.
As imagens da televisão local mostraram fumaça branca saindo das instalações. O canal NHK indicou que a explosão ocorreu por volta das 11h (horário local, 23h de Brasília de domingo) e derrubou uma das paredes do prédio que abriga o reator.
Segundo a agência Kyodo, as autoridades pediram a 600 moradores que não tinham sido removidos em um perímetro de 20 quilômetros ao redor do recinto que não saiam de suas casas até nova ordem.

Os níveis de radiação na usina nuclear de Fukushima, haviam voltado no domingo, a ultrapassar o limite permitido. Desde o terremoto de sexta-feira no país, as autoridades tentam evitar o superaquecimento de vários reatores, em meio ao temor de que haja uma fusão do núcleo.
Os problemas na central nuclear de Fukushima começaram quando o tsunami que atingiu a região interrompeu o fornecimento de energia ao complexo.
Os geradores de emergência não funcionaram e o sistema de refrigeração ficou paralisado, provocando superaquecimento e a elevação dos níveis de radiação, até a explosão dos prédios dos reatores 1 e 3. O governo está bombeando água do mar para tentar resfriar os reatores.
"O terremoto, o tsunami e o incidente nuclear têm sido a maior crise que o Japão enfrentou nos 65 anos desde o fim da Segunda Guerra Mundial", disse o primeiro-ministro Naoto Kan em conferência de imprensa.

13.03 - Os riscos de saúde provenientes da contaminação pelos reatores nucleares atingidos pelo terremoto no Japão parecem baixos e os ventos devem levar toda a radiação para o Pacífico, sem ameaçar outros países, dizem especialistas.

13.03 - A usina nuclear de Tokai, situada a 120 quilômetros a nordeste de Tóquio, é a terceira a apresentar problemas em decorrência do terremoto. Uma bomba d'água do sistema de resfriamento da planta entrou em pane neste domingo..
— Nossa bomba principal, que funciona com um gerador a diesel, parou, mas recorremos, então, ao sistema sobressalente — disse o porta-voz da Companhia de Energia Atômica do Japão, Masao Nakano, para quem a temperatura do reator começa a baixar suavemente.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou hoje que a usina nuclear de Onagawa, também no nordeste, entrou em estado de alerta após os níveis de radioatividade registrados superarem os níveis autorizados na zona próxima à central.

A situação mais grave, porém, é na usina de Dai-chi, em Fukushima, que enfrenta o risco de uma nova explosão de hidrogênio, segundo o governo japonês. No sábado, uma das unidades da planta registrou uma explosão e os funcionários do local tentaram conter o risco na segunda unidade resfriando-a com água do mar, sem sucesso. O país já admitiu a possibilidade de uma fusão nuclear, já que o nível de radiação na área da usina também está acima do limite legal.

13.03 - O acidente em uma central nuclear na cidade de Fukushima, no Japão, após o forte terremoto foi classificado como de nível 4 na Escala Internacional de Eventos Nucleares, que vai de 0 a 7. A classificação é a terceira mais alta já concedida, ficando atrás apenas do acidente em Three Mile Island, nos Estados Unidos, em 1979 (nível 5) e de Tchernobil, em 1986 (grau 7).
A classificação 4 qualifica acidentes 'com consequências de alcance local', segundo documentos da AIEA (Agência internacional de Energia Atômica).
O termo anomalia é utilizado para o nível 1 e, incidente, para os níveis 2 e 3. O nível 4 é o pior até o momento no Japão, de acordo com a Agência japonesa de Segurança Nuclear e Industrial.

12.03 - O reator número 1 da central de Fukushima, situado a 250 km ao norte de Tóquio, teve uma série de problemas (falha no sistema de resfriamento, aumento de pressão), forçando as autoridades a abrir suas válvulas para liberar o excesso de vapor.
O reator número 1, sofreu uma explosão no sábado, 12 de março, segundo imagens da televisão japonesa. Funcionários ficaram feridos. Moradores dos arredores da central nuclear foram aconselhados a permanecer em casa, não beber água encanada e proteger o rosto com máscaras ou toalhas molhadas. O local apresenta radioatividade 20 vezes superior às condições normais.
Teto e algumas paredes da instalação teriam desabado. De acordo com a televisão pública NHK, vários empregados da usina ficaram feridos na explosão que ocorreu às 16h (03h de Brasília).
De acordo com a AIEA, autoridades japonesas informaram que a explosão na central nuclear de Fukushima ocorreu fora do recipiente primário de contenção. A empresa que opera a unidade, Tokyo Eletric Power, confirmou que o recipiente primário de contenção está intacto, diz um comunicado.
O governo do Japão deu início à retirada de cerca de 140 mil pessoas da área próxima à usina. Estima-se que 110 mil pessoas já deixaram a área num raio de 20 km próxima a uma das usinas.

Comentário:
O que é radiação ionizante?
Radiação significa a propagação de qualquer tipo de energia, como o calor e a luz. Normalmente, o termo ‘radiação’ se refere a um tipo que faz mal para os organismos biológicos, chamado radiação ionizante. Assim como a luz, é uma radiação eletromagnética, só que está além do espectro visível, acima da região ultravioleta. Durante a fissão nuclear ela é um dos tipos de radiação emitidos, além do calor. A radiação ionizante é capaz de alterar o número de cargas de um átomo, mudando a forma como ele interage com outros átomos. Pode causar queimaduras na pele e, dentro do corpo, dependendo da quantidade e intensidade da dose, causar mutações genéticas e danos irreversíveis às células.

A radiação emitida pelo combustível das usinas nucleares (em geral urânio ou plutônio) tem a propriedade de alterar a carga elétrica dos elementos das células humanas. A extensão dos danos à saúde depende da dose e do tempo de exposição e até da região do corpo atingida. Os pulsos, por exemplo, são mais resistentes à radiação. A medula óssea, ao contrário, é o órgão mais sensível.

Perigo radioativo
Como a radiação pode afetar o corpo humano

1-Cabelo
A exposição a 3.000-5.000 mSv de radiação causa a queda de cabelo em até uma semana

2-Sistema nervoso
O ultimo a ser afetado pela radiação. Apenas doses altíssimas podem afetá-lo instantâneamente

3-Olhos
A pessoa pode desenvolver catarata quando exposto a uma dose entre 2.000 a 3.000 mSv

4-Tireóide
O iodo radioativo, um subproduto do urânio radioativo, pode se acumular na tireóide provocando tumores malignos.

5-Pulmão
A exposição a níveis de radiação altíssimas (entre 20.000-40.000 mSv) pode destruir células do pulmão causando pneumonia e tumores malignos.

6-DNA
Apesar ter sido observado apenas em animais, a exposição de altas doses de radiação (250 mSv) pode causar mutações genéticas que se manifestam em gerações futuras, como a má formação do cérebro ou membros deformados.

7-Pele
Níveis altíssimos de radiação (50.000 mSv) podem causar queimaduras instantâneas na pele.

8-Aparelho digestivo
Entre 3.000 e 5.000 mSv, as células do aparelho digestivo começam a ser destruídas. A pessoa passa a ter diarréia e problemas de digestão.

9-Células
As mais sensíveis á radiação são as da pele, cabelo e aparelho digestivo. Os menos sensíveis: músculos, ossos e cérebro.

10-Aparelho reprodutor
A radiação pode causar mutações genéticas em óvulos ou espermatozóides.
Feto: Um nível de radiação acima de 100 mSV pode aumentar as chances de deformações no corpo da criança.

11-Sangue
A radiação pode fazer com que a pessoa fique anêmica por causa da redução da produção de células vermelhas. Além disso, o sangue perde parte da capacidade de se coagular e pode ter sangramento constante.

12- Medula óssea
É o tecido mais frágil. Uma dose de 8.000 mSv pode destruir a medula, causando a falência do sistema imunológico.

O que é Sievert?
Sievert (Sv) é uma unidade que mede os efeitos biológicos da radiação - os efeitos físicos são mensurados por outra unidade, chamada gray (Gy). A dose de radiação no tecido humano, em Sv, é encontrada pela multiplicação da dose medida em gray por outros fatores que dependem do tipo de radiação, parte do corpo atingida, tempo e intensidade de exposição.
Fontes: Kyodo News, UOL Noticias, Folha.com , 12 de março a 24 de março de 2011

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quarta-feira, março 23, 2011

O terremoto e os danos nas usinas nucleares japonesas


Imagem - Usina de Energia Nuclear Fukushima Daiichi- Imagens de alto resolução de satélites, mostram a Usina antes e depois do terremoto em 11 de março. Imagem obtida pelo satélite Geo-Eye-1 em 15 de novembro de 2009. A imagem da usina afetada foi tirada pelo satélite Ikonos em 17 de março de 2011


Um forte terremoto de magnitude 9 atingiu na sexta-feira, 11 de março a costa nordeste do Japão, segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS), gerando um tsunami com ondas de 10 metros de altura, que ameaça países da costa do Oceano Pacífico.
O terremoto ocorreu às 5:46 (UTC), 14:46 hora local, de 11 de março de 2011, que alcançou uma magnitude de 9 na escala sismológica de magnitude de momento (MW) e teve epicentro 130 km a leste de Sendai, no mar e ao largo da costa leste da região de Tohoku, na ilha de Honshu, Japão, e a 700 km da capital, Tóquio. O epicentro do terremoto foi registrado a 400 km de Tóquio, a uma profundidade de 32 km
O terremoto no Japão fez com que onze dos 54 reatores nucleares do país fossem desativados automaticamente, para evitar um acidente.

As instalações nucleares afetadas foram as seguintes:

USINA NUCLEAR DE TOKAI
A usina nuclear de Tokai, possui uma unidade geradora com capacidade total aproximada de 1.100 MW situada a 120 quilômetros a nordeste de Tóquio apresentou problema na bomba d'água do sistema de resfriamento da planta que entrou em pane no domingo, 13 de março (segunda-feira, no Japão). A bomba principal, que funciona com um gerador a diesel, parou, mas recorremos, então, ao sistema sobressalente — disse o porta-voz da Companhia de Energia Atômica do Japão, Masao Nakano, para que a temperatura do reator começa a baixar suavemente.

USINA NUCLEAR DE ONAGAWA
A Usina nuclear de Onagawa possui 4 unidades geradoras com capacidade total aproximada de 4. 400 MW. As unidades foram construídas no período de 1982 a 1989.
As autoridades japonesas informaram à AIEA que o primeiro estado de emergência (o nível mais baixo) na central de Onagawa foi registrado pela Tohoku Electric Power Company — explicou a agência da ONU, com sede em Viena.
Os três reatores da planta de Onagawa estão sob controle, segundo as autoridades japonesas. De acordo com a regulamentação japonesa, o alerta foi declarado depois dos níveis de radioatividade registrados superaram os níveis autorizados na zona próxima à central, explicou a AIEA.

USINA NUCLEAR FUKUSHIMA-DAIICHI
Relatório dos incidentes ocorridos nas Unidades 1, 2, 3 e 4 - Situação em 15 de março de 2011 – 23h30minh

UNIDADE 1
Uma explosão causada pela formação de Hidrogênio destruiu a cobertura do prédio do reator. O que ocorreu no reator não foi o que se chama de fusão do núcleo. O vaso de contenção do reator não foi danificado pela explosão.
Após o desligamento automático do reator houve falha no suprimento de água devido aos danos provocados provavelmente pelo tsunami formado pelo terremoto (acredita-se que isto foi causado pelo fato da magnitude do tsunami ter sido muito acima do previsto nos projetos das usinas). Houve aumento na temperatura do núcleo do reator.
Às 15h36min h do dia 12 de março foi verificado que nível da água dentro do vaso de contenção havia baixado. O hidrogênio gerado pela reação do metal com a água gerou hidrogênio, causando explosão.
Foram detectados césio e iodo. Acredita-se que parte do combustível nuclear foi danificado e uma parcela do material radioativo vazou para a água de refrigeração do núcleo do reator. Entretanto, isto não significa que o núcleo derreteu. Até esta data, está confirmado que o vaso de contenção manteve-se intacto. Não há risco de explosão de hidrogênio no vaso de contenção, uma vez que não há ali a presença de oxigênio. A baixa a probabilidade de vazamento de grande quantidade de material radioativo.

UNIDADE 2
A operadora das usinas relatou que foi ouvido ruído de explosão na Unidade 2 de Fukushima Daiichi às 16h10min do dia 15 de março. Existe a possibilidade de que a câmara de alivio de pressão tenha sofrido danos.
Após o desligamento automático do reator, a injeção de água foi mantida, mas o nível da água no vaso do reator baixou. A operadora relatou ainda que a Unidade 2 atingiu situação considerada de emergência em 14 de março.
Ás 06h10minh de 15 de março a operadora relatou que foi ouvida explosão na Unidade 2.
Foi informado que a pressão na câmara de alivio de pressão daquela unidade baixou, o que sugere a possibilidade daquela câmara ter sido danificada pela explosão.

UNIDADE 3
Uma explosão causada pela formação de hidrogênio destruiu o prédio do reator, exatamente como havia ocorrido na Unidade 1. Também neste caso o vaso de contenção manteve-se intacto. A explosão ocorreu às 11h01minh da manha de 14 de março.
Não existe risco de explosão de hidrogênio, pois não há oxigênio no vaso de contenção.

UNIDADE 4
Em 15 de março ocorreu incêndio na Unidade 4 de Fukushima Daiichi, embora a operação desta unidade estivesse suspensa para realização de inspeção periódica. O incêndio foi extinto por volta de 11h00minh da manhã. Houve aumento na temperatura da água na piscina de combustível usado desta unidade.

Situação Atual
De acordo com a monitoração, foram detectados valores de 11.930 μSv/h às 09h30minh do dia 15 de março.

EVACUAÇÃO
A evacuação das áreas de 10 e 20 km em torno da Central de Fukushima I está quase completa. Os moradores da área de 30 km estão sendo orientados a permanecerem em suas residências.

Fonte: Agência Japonesa de Segurança Nuclear e Industrial (NISA)



Situação da usina de energia nuclear de Fukushima em 23 de março de 2011

FUKUSHIMA DAIICHI

REATOR N º 1 (OPERAÇÃO SUSPENSA APÓS TERREMOTO)
■ fusão parcial do núcleo,
■ falta de refrigeração
■ escape de vapor,
■ prédio de contenção do reator foi danificado pela explosão de hidrogênio, a cobertura foi destruída e arrancada,
■ água do mar está sendo bombeada para refrigerar o núcleo,
■ o trabalho para restabelecer a energia elétrica está em andamento.

REATOR NO. 2 (OPERAÇÃO SUSPENSA APÓS TERREMOTO)
■ danos à estrutura de contenção do reator,
■ falta de refrigeração,
■ água do mar está sendo bombeada para refrigerar,
■ varetas de combustível totalmente exposta temporariamente,
■ escape de vapor,
■ prédio de contenção de reator danificado pela explosão do reator n º 3 ao lado, explosão ouvida perto de câmara de supressão do vaso de contenção,
■ o acesso à energia elétrica externa restabelecida no domingo,
■ vapor subindo foi visto na segunda-feira,
■ piscina das varetas de combustível, cheio de água na terça-feira com temperatura da água de 51º C.

REATOR NO. 3 (OPERAÇÃO SUSPENSA APÓS TERREMOTO)
■ receio da fusão parcial do núcleo,
■ falta de refrigeração,
■ escape de vapor,
■ água do mar está sendo bombeada,
■ o prédio de contenção do reator danificado por explosão de hidrogênio,
■ água do mar despejado na piscina de contenção do combustível nuclear por helicóptero,
■ água pulverizada a partir do solo por seis dias até terça-feira, 23 de março,
■ os trabalhadores temporariamente foram forçados a evacuar devido à fumaça acinzentada vista na cobertura na segunda-feira 21 de março,
■ retorno da iluminação na sala de controle na terça-feira.

REATOR NO. 4 (EM MANUTENÇÃO DURANTE O TERREMOTO)
■ não há varetas de combustível no núcleo do reator,
■ receio na reação em cadeia nuclear no combustível nuclear na piscina de contenção,
■ contenção do fogo no prédio do reator, somente estrutura da cobertura permanece,
■ a temperatura da piscina atingiu 84º C, em 14 de março,
■ água pulverizada na piscina por três dias até terça-feira, 22 de março.

REATOR N º 5 (EM MANUTENÇÃO DURANTE O TERREMOTO)
■ algumas varetas de combustível foram deixadas no núcleo do reator,
■ o resfriamento do combustível nuclear na piscina de contenção foi retomado no sábado, 19 de março, paralisação do resfriamento do reator, no domingo, 20 de março,
■ foi estabelecido o acesso à energia externa, fonte de alimentação ligada à energia externa de energia de emergência na segunda-feira, 21 de março.

REATOR N. º 6 (EM MANUTENÇÃO DURANTE O TERREMOTO)
■ algumas varetas de combustível foram deixadas no núcleo do reator,
■ gerador de energia de emergência e as funções de resfriamento restabelecidas no sábado, 19 de março,
■ paralisação do resfriamento no reator, no domingo, 22 de março.

Fonte: Kyodo News - March 23, 2011
Vídeo:
Explosão da Unidade 1 da usina nuclear Fukushima Daiichi


Vídeo (1)
Vídeo explica o que pode ter ocorrido no reator

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segunda-feira, março 21, 2011

Japão: terremoto e tsunami – situação em 21 de março de 2011

TÓPICOS IMPORTANTES E PRIORIDADES
























■ O número total de pessoas mortas ou desaparecidas atingiu 21.459, ás 21 h de segunda-feira, 21 de março, disse a Agência de Polícia Nacional.
■ Sinais de reconstrução surgiram, com acessos restaurados a todas as comunidades atingidas na província costeira de Iwate.
■ O número de mortes registradas nas 12 províncias situou-se em 8.805, enquanto o número de pessoas dadas como desaparecidas por seus familiares subiu para 12.654 em seis províncias.
■ A polícia já identificou cerca de 4.080 corpos, dos quais 2.990 foram devolvidos às suas famílias, segundo a agência.
■ Cerca de 320.000 refugiados, incluindo as pessoas que fugiram de zonas em torno dos reatores nucleares na província de Fukushima, estão agora em 2.100 abrigos improvisados criados em 16 cidades.
■ No porto de Hachinohe na província de Aomori, os pescadores saíram para o mar pela primeira vez desde o tsunami destruiu ou danificou muitos barcos de pesca.
■ Falta de eletricidade em algumas regiões
■ O abastecimento de alimentos em alguns locais continua com problema de logística

Fonte: Kyodo News - 22 de março de 2011

Fotos do desastre - Links
Japan: earthquake aftermath - The Big Picture - Boston.com
Massive earthquake hits Japan - The Big Picture - Boston.com

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sexta-feira, março 18, 2011

Japão: terremoto e tsunami – situação em 16 de março de 2011



REGIÃO TOHOKU
A região está localizada em direção ao oceano Pacífico, com o RIA Costeira. Em alto mar fora da região, a fossa do Japão assenta no fundo do mar, causando muitos sismos históricos.
Devido a estas características geográficas da Ria Costeira, a região como um todo, é vulnerável aos tsunamis.
Há muitas cidades e vilas da pesca, bem como, muitos campos de arroz nesta área, onde muitas culturas e peixes são produzidos e distribuídos para o resto do país.
A região é também uma grande fornecedora de energia nuclear para as outras regiões, incluindo Tóquio.
Obs: As rias são costas de recortes profundos, onde o mar é raso e as praias lodosas, com manguezais, dunas, restingas e pequenas falésias

O quadro indica o tamanho das ondas do tsunami na região costeira.
É registrada uma onda de 15 metros de altura que atingiu Minami-Sanriku. Muitos dos ataques de tsunami não foram registrados devido a interrupção das instalações de JMA (Japan Meteolorojical Agency)


TÓPICOS IMPORTANTES E PRIORIDADES
■ Neve e temperatura muito baixa atingiram a maioria das regiões afetadas
■ Alimentos, água potável e escassez e combustível são as principais preocupações
■ O governo ordenou a construção de 600 abrigos temporários nas próximas duas semanas
■ Usina Nuclear Fukushima fora de controle com quatro explosões

Os moradores da região afetados pelo terremoto e tsunami tem agora outras ameaças para acrescentar na emergência: neve, chuva e temperatura muito baixa. Milhares de moradores estão sem eletricidade desde a ocorrência do terremoto e tsunami, em 11 de março. Muitos moradores não foram ainda resgatados pelas equipes de emergência e quase 500.000 moradores estão morando em abrigos. Muitos não têm agasalhos ou cobertores e o aquecimento é insuficiente. A temperatura muito baixa permanecerá até o final da semana.

A neve é outro elemento complicador para as equipes de emergência. As equipes de emergência estão enfrentando dificuldades para atingir as áreas afetadas por falta de logística. O governo japonês decidiu mobilizar 100 mil militares para as áreas afetadas. No momento há 80 mil militares na região; polícia, bombeiros e guarda costeira.

O GOVERNO CONFIRMOU:
■ 3.676 pessoas mortas
■ 2.043 feridas
■ 7.845 pessoas desaparecidas. A mídia estima 15.000 pessoas desaparecidas
■ Quase meio milhão de pessoas estão em abrigos.Isso inclui 210.000 pessoas evacuadas por causa da usina nuclear Fukushima Daiichi.
A população da região é de 16.892.428
■ 3.417 moradias foram totalmente destruídas
■ 62.065 moradias foram parcialmente destruídas

RESPOSTA DE EMERGÊNCIA DO GOVERNO
Mais de 430 mil pessoas fora evacuadas e estão morando provisoriamente em abrigos. Prédios públicos, escolas, centros comunitários e de esportes estão sendo usados temporariamente como abrigos. O ministro da infraestrutura ordenou a construção de 600 abrigos temporários em duas semanas.. Alem desses abrigos serão construídos 4.200 abrigos em quatro semanas e 30.000 em dois meses.

ALIMENTAÇÃO:
Quase 500 mil refeições foram entregues nas regiões afetadas. O governo pediu cooperação de supermercados e demais empresas das regiões afetadas para fornecer alimentos básicos para a população. O governo coordenará o transporte de emergência de alimentos e fornecimentos de subsistência, incluindo combustível. O governo solicitou as empresas privadas aumentar a produção de alimentos, tais como; arroz, água potável, macarrão, leite em pó, alimentos instantâneos. Vinte de duas empresas ofereceram contribuições, incluindo 2,3 milhões de refeições e 300 mil garrafas de água potável
Fornecimento de alimentos para os hospitais da região está sendo coordenado pelo ministério da saúde.

ÁGUA, SANEAMENTO E HIGIENE
De acordo com o ministério da saúde, 1,6 milhões de moradores estão sem água nas regiões afetadas. Um total de 320 mil moradores em Fukushima, 290 mil em Miyagi, 110 mil em Iwate e 670 mil em Ibaraki estão sem água. O atual número de moradores sem água pode ser mais elevado, pois em algumas áreas afetadas não foram alcançadas pelas equipes de emergência. O ministério da saúde está coordenando 245 empresas fornecedoras de água para assegurar emergência em fornecimento de água. Será enviado caminhões-tanque de água potável para as regiões afetadas.

SAÚDE
Mais de 100 equipes de assistência médica em desastre estão nas regiões afetadas.
A Cruz Vermelha japonesa tem 85 equipes médicas operando fora dos hospitais e clínicas móveis.

EDUCAÇÃO
As escolas das regiões afetadas estão servindo como abrigos temporários. O ano escolar começa em abril. Muitas universidades e escolas secundárias cancelaram seus exames. Cerca de 97 universidades foram afetadas pelo terremoto.

Fonte: Relatório de 16 de março de 2011 da OCHA (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários)

Comentário:
A Agência Nacional de Polícia do Japão informou:
O número de mortes e desaparecidos é o maior da história pós-guerra, do Japão, atingiu 18.690, sendo 7320 mortes e 11.730 desaparecidos, em 19 de março de 2011. Fonte: Kyodo News

Slideshow
Antes e depois do tsunami

Vídeo:

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quinta-feira, março 17, 2011

Terremoto atinge a região nordeste do Japão e provoca tsunami

Um forte terremoto de magnitude 9 atingiu na sexta-feira, 11 de março a costa nordeste do Japão, segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS), gerando um tsunami com ondas de 10 metros de altura, que ameaça países da costa do Oceano Pacífico.
O terremoto ocorreu às 5:46 (UTC), 14:46 hora local, de 11 de março de 2011, que alcançou uma magnitude de 9 na escala sismológica de magnitude de momento (MW) e teve epicentro 130 km a leste de Sendai, no mar e ao largo da costa leste da região de Tohoku, na ilha de Honshu, Japão, e a 700 km da capital, Tóquio. O epicentro do terremoto foi registrado a 400 km de Tóquio, a uma profundidade de 32 km
Segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS), a magnitude desse terremoto coloca entre os quatros maiores terremotos do mundo desde 1900 e o maior do Japão dos últimos 130 anos.

De acordo com o Centro de Aviso de Tsunami do Pacífico, a lista completa de países e territórios que podem ser atingidos por tsunamis inclui:
Japão, Rússia, Ilhas Marcus, Ilhas Marianas do Norte, Guam, Ilhas Wake, Taiwan, Yap, Filipinas, Ilhas Marshall,,Belau, Ilhas Midway, Pohnpei, Chuuk, Kosrae, Indonésia,Papua Nova Guinea, Nauru, Ilhas Johnston, Ilhas Salomão, Kiribati, Howland-Baker, Havaí, Tuvalu, Ilhas Palmyra, Vanuatu, Tokelau, Ilhas Jarvis, Wallis-Futuna, Samoa, Samoa Americana ,Ilhas Cook
Niue, Austrália, Fiji, Nova Caledônia, Tonga, México, Ilhas Kermadec, Polinésia Francesa, Nova Zelândia, Pitcairn, Guatemala, El Salvador, Costa Rica, Nicarágua , Antárctica , Panamá, Honduras, Chile, Equador, Colômbia, Peru

REFLEXOS DO TSUNAMI CHEGAM À AMÉRICA DO SUL

EQUADOR
Fortes ondas avançaram sobre o litoral das Ilhas Galápagos, inundando cidades mas sem deixar vítimas.

Na ilha de San Cristóbal, o mar recuou 30 metros e depois invadiu a zona urbana. Há prejuízos, mas a população não correu perigo. Segundo um oficial da Marinha equatoriana, uma onda provocou o desprendimento de um dique e vários barcos foram deslocados. Na ilha de Santa Cruz, o maré baixou cerca de dois metros em apenas quatro minutos e a capitania foi inundada.

Galápagos é formado por 13 ilhas principais, incluindo San Cristóbal e Santa Cruz, e por 17 ilhas menores. O Equador evacuou mais de 240 mil pessoas que vivem nas regiões litorâneas do país e de Galápagos.

CHILE
As localidades no sul do Chile foram as mais afetadas pelas ondas que chegaram na madrugada de sábado (12), como Dichato. Nesta localidade, 400 km ao sul de Santiago, o mar avançou 100 metros e na ilha de Chiloé foi verificada uma variação do mar de 8 metros, deixando 10 embarcações menores danificadas e outras 20 à deriva, segundo informe do Escritório Nacional de Emergências (Onemi).

PERU
As fortes ondas registradas na noite de sexta-feira em algumas praias peruanas invadiram casas e estabelecimentos comerciais em pelo menos dois pontos do litoral do país, informaram fontes policiais e a imprensa local.

As medidas tomadas pelas autoridades, como a evacuação da maior parte de bairros da região litorânea, o cancelamento de espetáculos em praias e a proibição aos pesqueiros de trabalhar, fizeram com que os efeitos das fortes ondas fossem mínimos e não provocassem vítimas, disseram à Agência Efe fontes policiais.

Na baía de San Andrés, na província de Pisco, a 300 quilômetros ao sul de Lima, as ondas invadiram o território com força, atingindo várias casas da região, informou a agência Andina. Deixou pelo menos 200 desabrigados e 300 casas afetadas, segundo autoridades locais.

Até mesmo a estrada principal entre Pisco e Paracas foi invadida pela água em alguns pontos. Ancón, a 40 quilômetros ao norte de Lima e famosa por suas praias, também foi atingida por fortes ondas.

Por volta das 1h30 da madrugada (horário local), as ondas afetaram estabelecimentos de cerca de 1.800 comerciantes que têm suas lojas em pontos muito próximos à praia, mas não houve vítimas.

Também em Lima as ondas atingiram com força a Costa Verde e esta manhã os operários limpam as imediações da estrada, que foi fechada para a circulação.

O acesso às praias está restrito na maior parte do país, já que ainda podem ser formadas ondas bem maiores do que o normal.

No Peru, a variação das ondas foi de 15 centímetros a 1,4 metros, mas não causaram danos ou vítimas.

COLÔMBIA
As ondas geradas pelo tsunami chegaram à costa pacífica da Colômbia, mas não foram fortes e passaram praticamente despercebidas, porque sua variação não foi superior a dez centímetros com relação às ondas tradicionais, informaram as autoridades do país na sexta-feira.

MÉXICO
No México, ondas de 20 e 70 centímetros chegaram à costa do Pacífico, com risco moderado, sem que tenham sido informadas vítimas ou danos materiais, informou a secretaria da Marinha mexicana, que mantém o alerta ativo.

HAVAÍ
O Centro de Alertas de Tsunamis do Pacífico informou que as primeiras ondas chegaram às 03h24min locais (10h24min de Brasília) à costa de Waianae, pouco antes de alcançar Waikiki, a praia de Honolulu, capital do arquipélago do Havaí.
No Havaí, as ondas mediam 50 centímetros quando chegaram a Nawiliwili, na ilha de Kauai, e 70 centímetros em Barbers Point, em Oahu, segundo funcionários de um centro de emergência de Honolulu.

— Não foram registrados danos por enquanto — disse Gerard Fryer, do Centro de Alertas.

O alarme começou a soar cinco horas antes de as ondas atingirem as regiões costeiras do Havaí e os moradores foram retirados.

Depois de alcançar o Havaí, as primeiras ondas do tsunami chegaram à costa oeste americana, 12 horas depois do sismo no Japão.

— Chegou o tsunami — disse por volta das 8h30min locais (13h30min de Brasília) Mike Murphy, chefe do serviço de emergência da cidade de Port Orford, no Oregon.

As autoridades haviam lançado um alerta de tsunami em todos os Estados da costa pacífica dos Estados Unidos, do Alasca à Califórnia.

EUA-CALIFÓRNIA
Milhares de pessoas foram retiradas da área após o terremoto no Japão. Sete mil foram desalojadas da zona portuária de Crescent City, 500 km ao norte de San Francisco, informou uma funcionária dos serviços de emergência, Cindy Henderson. Segundo ela, uma onda chegou a alcançar 2,5 metros.

RÉPLICAS OU TREMORES SECUNDÁRIOS DO TERREMOTO:

Até 15 de março houve 450 tremores secundários, incluindo dezenas com magnitude 6.

ZONA AFETADA
O terremoto mais forte já registrado no Japão atingiu a região de Tohoku, formada por seis províncias: Aomori, Akita, Iwate, Fukushima, Yamagata e Miyagi, cuja capital é Sendai, o local mais próximo do epicentro do tremor.
A região que tem uma área de quase 67 mil quilômetros quadrados e vivem cerca de 9,4 milhões de habitantes.
A região ainda é conhecida como, o celeiro do Japão, por produzir boa parte dos alimentos que são consumidos no país; 20% de todo o arroz colhido no Japão, além de frutas, legumes e pescados.

CONSEQÜÊNCIAS
Tóquio e outras cidades
■ O terremoto abalou prédios em Tóquio. O fornecimento de energia elétrica foi interrompido em Tóquio e regiões vizinhas, afetando cerca de 4 milhões de residências. Os moradores da capital do país evacuaram os prédios como medida de precaução.
■ Diversas pessoas ficaram feridas na queda do telhado de um edifício no centro de Tóquio onde 600 estudantes participavam de uma cerimônia de entrega de diplomas, de acordo com os bombeiros.
■ O serviço de trem-bala para a região norte do país foi suspenso e as atividades do aeroporto Narita, em Tóquio, estão interrompidas
■ As comunicações no Japão foram prejudicadas. Os celulares estão funcionando com limitações e a telefonia fixa, em Tóquio, com alguma irregularidade.
■ A refinaria de petróleo Cosmo, na cidade de Chiba, perto de Tóquio, pegou fogo, com as chamas de até 30 metros de altura. Incêndios em refinarias de outras cidades também foram reportados.
■ Na província de Fukushima, nordeste do Japão, uma represa rompeu e casas foram tragadas, segundo informou a agência de notícias Kyodo.
■ Em Sendai, uma das cidades mais atingidas, edifícios ficaram em chamas, o aeroporto, no distrito de Miyagi, foi fechado depois de ser inundado com carros e demais veículos que estavam nos arredores durante o tremor, e as estradas estão repletas de lamas.
■ No nordeste do Japão, a cidade de Kesennuma, com 74 mil habitantes, sofre incêndios, e um terço da sua área está submersa, segundo relato feito pela agência de notícias Jiji.
■ O porto de Rikuzentakata, situado na província de Iwate, às margens do Oceano Pacífico, ficou totalmente inundado depois da passagem do tsunami.
■ Cerca de 9.500 pessoas, mais da metade da população de Minami Sanriku, na província de Miyagi, ainda estão desaparecidas um dia depois da passagem do tsunami. Miyagi, Iwate e Fukushima foram as províncias mais afetadas pelo terremoto e pelo tsunami.

INFRAESTRUTURA
Há enormes danos às infra-estruturas:
■ Pontes, estradas, ferrovias, aeroportos
■ Fábricas, agricultura usinas de energia, habitação, portos, litoral,etc
■ Mais de 4648 casas foram totalmente destruídas e
■ outras 68.231 casas foram danificadas.
■ Milhares de moradias em Miyagi, Iwate, Fukushima foram devastadas pelo tsunami.

VÍTIMAS
Até o momento, 15 de março:
■ 2.722 pessoas foram confirmadas mortas,
■ 3.742 estão desaparecidas e
■ 439.337 estão desalojadas, evacuadas e abrigadas em 2.457 centros de evacuação, principalmente em escolas e outros edifícios públicos.

ESTADO DE EMERGÊNCIA NUCLEAR
O terremoto no Japão fez com que onze dos 54 reatores nucleares do país fossem desativados automaticamente, para evitar um acidente.
O governo do Japão decretou estado de emergência na usina nuclear de Fukushima Daiichi devido a uma falha no seu sistema de resfriamento registrado após o terremoto, seguido de um tsunami. O governo mandou evacuar 2.000 pessoas que residem nos arredores da usina.

ACIDENTES COM INSTALAÇÕES DE ENERGIA NUCLEAR
■ A Usina nuclear de Fukushima Daiichi possui 6 unidades geradoras com capacidade total aproximada de 4.700 MW. As unidades foram construídas no período de 1971 a 1979.
O sistema de refrigeração da usina falhou. Foi constatada a falha mecânica no sistema necessário para resfriar o reator da usina, provocado pelo terremoto e tsunami.
O governo japonês confirmou o vazamento na usina nuclear Fukushima Daiichi Nº 1, e indicou que a concentração de material radioativo escapando das instalações já está oito vezes maior do que o normal. Foi ordenada a retirada emergencial de moradores num raio de 10 km em torno das instalações. A agência japonesa de segurança nuclear informou que funcionários estão lutando para restabelecer o abastecimento de água de resfriamento na usina, mas não havia nenhuma perspectiva de sucesso imediato. O núcleo do reator continua quente, mesmo após o desligamento.
■ O governo anunciou que a usina Fukushima Daini, que fica a 12 km da Fukushima Daiichi, também estava com problemas na refrigeração. Também foi decretada situação de emergência nessa usina e moradores foram retirados da área.
As centrais de Fukushima Daichi (6 reatores) e Fukushima Daini (4 reatores), situada no nordeste do Japão, foram atingidas pelo terremoto.

EXPLOSÃO – REATOR 1
O reator nr. 1, da usina nuclear de Fukushima sofreu uma explosão no sábado, 12 de março, segundo imagens da televisão japonesa. Funcionários ficaram feridos. Moradores dos arredores da central nuclear foram aconselhados a permanecer em casa, não beber água encanada e proteger o rosto com máscaras ou toalhas molhadas. O local apresenta radioatividade 20 vezes superior às condições normais.
Teto e algumas paredes da instalação teriam desabado. De acordo com a televisão pública NHK, vários empregados da usina ficaram feridos na explosão que ocorreu às 16h (03h de Brasília).
De acordo com a AIEA, autoridades japonesas informaram que a explosão na central nuclear de Fukushima ocorreu fora do recipiente primário de contenção. A empresa que opera a unidade, Tokyo Eletric Power, confirmou que o recipiente primário de contenção está intacto, diz um comunicado.
O acidente nuclear chegou a ser avaliado no nível 4 numa escala que vai até 7, segundo a Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão.
O governo do Japão deu início à retirada de cerca de 140 mil pessoas da área próxima à usina. Estima-se que 110 mil pessoas já deixaram a área num raio de 20 km próxima a uma das usinas.

EXPLOSÃO NO REATOR 3: USINA FUKUSHIMA
Duas explosões ocorreram na segunda-feira (horário local) no reator 3 da central nuclear de Fukushima-Daichi. Segundo declarações do porta-voz do governo japonês, o reator conseguiu resistir às explosões e o risco atual de um vazamento radioativo significativo é baixo.
As explosões no prédio do reator 3 deixaram onze feridos, incluindo seis militares, que a princípio foram dados como desaparecidos, segundo informações da agência Jiji Press.
As imagens da televisão local mostraram fumaça branca saindo das instalações. O canal NHK indicou que a explosão ocorreu por volta das 11h (horário local, 23h de Brasília de domingo) e derrubou uma das paredes do prédio que abriga o reator.

EXPLOSÃO NO REATOR 2: USINA FUKUSHIMA
Uma nova explosão atingiu o reator número 2 da usina nuclear de Fukushima por volta de 18h da segunda-feira, 14 de março, (horário de Brasília – 6h de terça no horário japonês), informou a agência de segurança nuclear do Japão.
As duas primeiras explosões foram causadas por acúmulo de hidrogênio. Segundo a Tokyo Electric Power Co. (Tepco), empresa que opera a usina, a última explosão registrada ocorreu perto da piscina de supressão no tanque de contenção do reator, destinado a impedir que a radiação vaze em caso de acidente.

INCÊNDIO NO REATOR 4: USINA FUKUSHIMA
Um novo incêndio ocorreu nesta quarta-feira (16), horário local, no reator 4. O fogo, aparentemente causado outra vez pela combustão de hidrogênio, foi visto por um dos trabalhadores às 5h45 do horário local (17h45 desta terça-feira, horário de Brasília). Segundo o operador da usina, o segundo incêndio ocorreu porque o fogo do primeiro incêndio não chegou a ser totalmente apagado.

Reator 1 – Explosão da cobertura da edificação externa, no sábado, 12 de março.
Reator 3 – Explosão similar ao reator1, dois dias depois, destruindo a cobertura da edificação externa.
Reator 2 – Explosão na terça-feira, 15 de março.
Reator 4 – Um novo incêndio ocorreu nesta quarta-feira (16) no reator 4.


ESTADO DE ALERTA NA USINA NUCLEAR ONAGAWA
A Usina nuclear de Onagawa possui 4 unidades geradoras com capacidade total aproximada de 4. 400 MW. As unidades foram construídas no período de 1982 a 1989.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou no domingo, 13 de março, que mais uma usina nuclear está em estado de alerta.
As autoridades japonesas informaram à AIEA que o primeiro estado de emergência (o nível mais baixo) na central de Onagawa foi registrado pela Tohoku Electric Power Company — explicou a agência da ONU, com sede em Viena.
Os três reatores da planta de Onagawa estão sob controle, segundo as autoridades japonesas. De acordo com a regulamentação japonesa, o alerta foi declarado depois dos níveis de radioatividade registradas superaram os níveis autorizados na zona próxima à central, explicou a AIEA.

ALERTA - NÍVEL DE RADIAÇÃO
O governo japonês admitiu na terça-feira (15) que os níveis de radiação após as explosões na usina nuclear de Fukushima Daiichi já podem afetar a saúde humana.
O porta-voz do primeiro-ministro, Yukio Edano, disse que os níveis mais altos de radiação foram detectados na usina e que quanto maior a distância da usina e do reator, menores devem ser a radiação.
O governo japonês pediu àqueles que vivem a menos de 30 km da usina que não saiam de casa e também determinou que os moradores que ainda estão a menos de 20 km da usina deixem o local. Ainda há um risco muito alto de que mais radiação vaze.
O temor de que possa haver o derretimento dos núcleos dos reatores do complexo nuclear, que fica 250 km a nordeste de Tóquio, aumentou após uma nova explosão na manhã de terça-feira (horário do Japão).

ZONA DE EXCLUSÃO
As autoridades japonesas decretaram na terça-feira, (15) zona de exclusão aérea toda a área onde está localizada a usina nuclear de Fukushima. Nesta central houve três explosões dos reatores nucleares elevando os níveis de radiação na região. De acordo com a agência de notícias Kyodo, a radiação está em nível 33 vezes superior ao permitido em Utsunomiya, capital da província de Tochigi, no norte de Tóquio.
Os níveis de radiação em Kanagawa, ao sul de Utsunomiya, eram, por sua vez, nove vezes superior ao recomendado. O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, disse hoje que os níveis de radiação aumentaram significativamente depois da explosão em Fukushima, onde quatro dos reatores da central nuclear já sofreram problemas.

O porta-voz do governo do Japão, Yukio Edano, ressaltou que o nível da radiação chegou a ser 100 vezes superior ao limite no reator 4, enquanto no reator 3 os níveis eram 400 vezes superiores. Segundo ele, se forem mantidos os níveis de radiação, eles podem ser prejudiciais à saúde humana. Apenas 50, dos 800 funcionários da Central de Fukushima, permanecem no complexo.
A Tokyo Electric Power (Tepco), que gere a central, não exclui fusões dos núcleos dos reatores 1, 2 e 3, mas garante que o reator 4 não estava em funcionamento por ocasião do incêndio que afetou o edifício hoje de manhã (hora local).

MEDIDAS DE EMERGÊNCIA
Um dia depois do terremoto, o governo japonês decidiu mobilizar 50 mil militares para participar dos trabalhos de resgate.
Foi mobilizado nas operações o conjunto das Forças Armadas japonesas, que desde a véspera já participa das operações com 300 aviões, 20 navios e destróieres e 25 caças de reconhecimento.
A Cruz Vermelha japonesa, por sua vez, mobilizou 62 equipes de socorro. Nas últimas 24 horas, 400 médicos, enfermeiras e outros especialistas da Cruz Vermelha japonesa se mobilizaram para ajudar os sobreviventes com clínicas móveis, anunciou a Federação Internacional da Cruz Vermelha, em Genebra.
Também chegavam ao Japão equipes internacionais, algumas das quais participaram recententemente das buscas por sobreviventes nas ruínas do terremoto de 22 de fevereiro em Christchurch, Nova Zelândia.
Os Estados Unidos, que têm cerca de 50.000 soldados estacionados no Japão, enviou dois porta-aviões à região para participar das operações de resgate.

ECONOMIA
■ A Toyota informou que suspendeu as operações de suas 12 fábricas japonesas para permitir que empregados e fornecedores se preocupem com a segurança de suas famílias. A empresa deve decidir apenas na segunda-feira quando retomará suas atividades. A Honda suspendeu a produção em quatro de cinco fábricas. A Nissan suspendeu a produção nas seis unidades no país e está avaliando os danos às suas instalações e equipamentos.
■ Entre os fabricantes de eletrônicos, a Sony interrompeu as operações em seis fábricas de componentes, como baterias, chips e smart cards nas províncias de Fukushima e Miyazaki. Em uma de suas fábricas em Miyagi, que produz fitas magnéticas e discos Blue-ray, todo o primeiro andar foi inundado, e os funcionários ficaram abrigados no segundo andar.
■ A Panasonic interrompeu todas as operações em várias plantas que produzem máquinas digitais, produtos de áudio e componentes eletrônicos. Toshiba e Asahi Kasei também fecharam várias fábricas.
■ A operadora Oriental Land decidiu fechar por 10 dias os parques temáticos da Disneylândia, em Tóquio, e a Disney Sea, nos arredores da capital, para avaliar os danos em ambos os locais.

A INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA JAPONESA ESTÁ PARALISADA.
Na quarta-feira (16), cinco dias após o terremoto e o tsunami que abalaram o Japão, todas as fábricas das maiores montadoras de automóveis (Toyota, Nissan e Honda) ainda estavam fechadas, inclusive aquelas que não haviam sido diretamente atingidas. A principal montadora do mundo, Toyota, estimou a produção perdida em 40 mil veículos. Na Honda, a produção foi interrompida, pelo menos até domingo (16 mil veículos).

PREJUÍZOS DE INTERRUPÇÃO DE PRODUÇÃO
Segundo os analistas do banco americano Goldman Sachs, as consequências financeiras chegam 26 milhões de dólares por dia de interrupção para a Nissan e a Honda. Para a Toyota, a conta seria três vezes maior

As fábricas poderão retomar sua produção nos próximos dias, mas certamente não por muito tempo, pois embora as instalações não tenham sido destruídas, foi a rede de fabricantes de equipamentos e de seus fornecedores que sofreu. Sem contar a dificuldade para transportar essas peças dentro de um país onde a logística agora está totalmente desorganizada. A rede de fornecedores está verdadeiramente devastada.

As montadoras japonesas devem observar um desafio triplo: retomar a produção apesar dos cortes de energia, abastecer-se junto a empresas terceirizadas apesar do estado das estradas, enviar os modelos para o exterior, sabendo que os portos da costa oriental estão inacessíveis, explica Yann Lacroix, diretor de estudos setoriais na seguradora Euler Hermès.

O Japão é o segundo maior exportador mundial de veículos, atrás da Alemanha. Mais de um em cada dez carros no mundo sai das fábricas japonesas. Em 2010, as exportações do setor (carros e peças avulsas) representaram US$ 130 bilhões (R$ 217 bilhões). Mais de 8 milhões de veículos foram fabricados no Japão, e metade da produção foi exportada para os Estados Unidos.

IMPACTO ECONÔMICO DE DESASTRE NO JAPÃO
O impacto econômico direto será de US$ 125 a US$ 200 bilhões ( 3 a 4% do PIB), resultando em uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, mas o investimento na reconstrução do país deve gerar uma forte retomada. Estima-se que a reconstrução da região demorará cinco anos. A região nordeste participa no PIB do país com 6 a 8% ( 400 bilhões de dólares). O prejuízo do terremoto equivale a 50% do PIB da região nordeste.
O desastre já está prejudicando a rede manufatureira mundial, afetando especialmente as empresas de tecnologia. O Japão é responsável por um quinto da produção mundial de semicondutores.

PREJUÍZOS DAS SEGURADORAS
Estima-se até 60 milhões de dólares sem incluir a perda da usina nuclear e descontaminação. A perda da usina nuclear poderá chegar a 38 bilhões de dólares (reconstrução)

Fontes: UOL Noticias, BBC News, Kyodo News, The New York Times, 11 de março a 16 de março de 2001
Vídeo:
Momento do terremoto- supermercado
Vídeo(1)
Porto de Miyako, em Iwate. Cidade de Kamaishi
Vídeo(2)
Em algumas cidades ou vilarejos costeiros o tsunami atingiu de 10 a 17 m de altura.
Vídeo(3)

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posted by ACCA@2:55 PM

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