Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

sábado, janeiro 29, 2011

Mapa Google Earth-NovaFriburgo

Mapa atualizado do Google Earth mostrando as regiões da Nova Friburgo que foram afetados pela chuva e deslizamento.



















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sexta-feira, janeiro 28, 2011

Fotos da tragédia na região Serrana

Um exemplo da tragédia em Nova Friburgo. Um morro de quase 150 m de altura, com edificações quase todo o seu contorno. Usando praticamente a base ou sopé do morro como limite das edificações. Um morro com mínimo de 30% de declividade. Nesse local teve seis deslizamentos

O grande problema das cidades brasileiras é que o crescimento da cidade é feito pela sociedade de forma caótica e depois é que a prefeitura procura adaptar esse crescimento no seu planejamento urbano, se porventura existe. Essa é a realidade

Todos os desastres naturais brasileiro têm na sua geografia de risco, um rio ou fundo de vale ou cadeia de montanha ou litoral ou encosta ou área alagada associadas a fatores climático, em que a cidade se desenvolveu e continua a crescer. Só o governo não percebe isso.

E o brasileiro com sua cultura de fatalidade constrói em qualquer lugar e entrega a sorte a Deus.
Quando ocorre o desastre como aconteceu na região serrana, os órgãos públicos não estão preparados para a emergência.

Como disse Peter Drucker, "a nossa tarefa hoje é estar preparados para um amanhã incerto ... a previsão de longa duração deverá ter em conta o futuro (decorrente) das decisões presentes".

Ou lembramos a realidade da lei de Murphy “Alguma coisa sinistra vai acontecer e acontecerá, no pior momento possível”.
Em emergência não se faz plano e sim a executa. Essa é a diferença entre um país que está preparado para tragédia e outro que pretende durante a tragédia elaborar um plano.

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quinta-feira, janeiro 27, 2011

Balanço parcial de vítimas em decorrência das chuvas na Região Serrana

O número de mortes na Região Serrana do Rio chegou a 838 na quarta-feira, 26 de janeiro.

MORTES
■ 398 mortos em Friburgo,
■ 344 em Teresópolis,
■ 67 em Petrópolis,
■ 22 em Sumidouro,
■ 06 em São José do Vale do Rio Preto e
■ 01 Bom Jardim.

DESAPARECIDOS
O número de desaparecidos de acordo com balanço do Ministério Público do Rio de Janeiro, o número chegou a 541 em toda a Região Serrana.
■ Teresópolis, com 244,
■ Nova Friburgo, com 185, desaparecidos,
■ Petrópolis (65),
■ localidades não informadas (38),
■ Sumidouro (4),
■ Bom Jardim (2),
■ São José do Vale do Rio Preto (2), e
■ Cordeiro (1).
Observação: são constantemente atualizados a partir de informações registradas por parentes e amigos.

DESALOJADOS E DESABRIGADOS
Segundo a Defesa Civil, mais de 20 mil pessoas estão desalojadas e desabrigadas em sete municípios da região.
■ Petrópolis são 3.600 desabrigados, e 2.800 desalojados.
■ Teresópolis, 960 desalojados, e 1.280 desabrigados,
■ Nova Friburgo 3.220 desalojados, e 1.970 desabrigados,
■ Bom jardim 632 desalojados, e 142 desabrigados,
■ São José do Vale do Rio Preto 3.020 desabrigados e desalojados,
■ Areal 1.480 desabrigados e 130 desalojados.
■ Sumidouro são 200 desabrigados.
Ao todo, 72.355 pessoas foram afetadas pelas chuvas.

Fonte: Globo Online - 26/01/2011



Foto: Teresópolis - Nota-se pela foto a ocupação da encosta do morro com declividade de 30 a 45 graus.
Não deveria ser permitida essa ocupação.







Vídeo:
Teresopolis



Vídeo
Deslizamento no centro da cidade de Nova Friburgo. Seis deslizamentos ocorridos no mesmo morro. O vídeo consegue filmar dois, sendo o último mais grave. Nota-se no vídeo construções na encosta, não deveria ser permitido.


Comentário:

O número de vitimas fatais, já ultrapassou ao número de vítimas do terremoto do Chile do ano passado.

A região serrana possui uma população numerosa que a própria topografia da região não permite. Toda região podemos considerar como área de risco. Algumas sujeitas a deslizamento de terra e outras sujeitas a inundação. A cidade expandiu ao longo do rio Bengalas, que fica no fundo do vale, recebendo excesso de chuva das cadeias de montanhas que circundam a cidade, e dos morros que se situam na cidade. Como exemplo da expansão da cidade e degradação ambiental, voltamos a época de sua colonização.
Nova Friburgo foi inicialmente colonizada por 261 famílias suíças entre 1819-1820, totalizando 1.682 imigrantes. Já naquela época a região chovia bastante.

O rio São João das Bengalas, formado pela confluência dos rios Cônego e Santo Antonio que se encontram no rio Grande e deságua no Paraíba do Sul. Nova Friburgo sempre padeceu com as enchentes do velho Rio Bengalas, desde a instalação da vila em 1820, até os dias de hoje. Mas as civilizações sempre se formaram ao redor dos rios, devido atividade agrícola.
Quando instalou a vila de Nova Friburgo não se considerou que a sua proximidade com o rio acarretaria problemas de alagamento nas residências e logradouros com prejuízo material e à salubridade pública?





Foto - Avenida Galdino do Vale. 1940

O “tempo das grandes enchentes”, diziam os friburguenses, era como hoje, iniciando na primavera. Há registro de que choveu em Nova Friburgo ininterruptamente durante três meses consecutivos nessa época. Nova Friburgo possui extensa mata atlântica e daí o grande nível pluvial. Sempre foi uma constante na estação das chuvas as enchentes do Bengalas inundarem suas imediações, entrando nas casas, destruindo pontes e os precários caminhos. Dificultava o trabalho dos tropeiros causando-lhes perda de cargas e até de animais. Fonte: História e Memória de Nova Friburgo.

Em 1835, a população de Nova Friburgo era de quase 5.000 habitantes. Em 1850 a população era de quase 7.000 habitantes. Em 1856 era de quase 11.000 habitantes. Em 1872, a população de Nova Friburgo atinge 20.656 habitantes.

Foto-enchente na rua Francisco Miele em 02 de janeiro de 1938.

Em 1960, Nova Friburgo tinha uma população de 70.145, conforme lista de cidades do IBGE da época. Em 2010, com 182.016 habitantes, a população é 9 vezes a população de 1872 ou 2,6 vezes a população em relação a de 1960. Para assentar essa população houve desmatamento e ocupação das encostas que circundam a cidade,

A cidade de Petrópolis tinha em 1960, 150.300 habitantes, hoje, tem 296. 044, quase dobrou.
A cidade de Teresópolis tinha em 1960, 52.318 habitantes, hoje, tem 163.805, quase triplicou.

A região praticamente em 50 anos triplicou a população num espaço territorial definido pelas cadeias de montanhas e rios. Aumento da população numa região que chove muito devido a mata atlântica, a potencialidade de ocorrência de desastre natural é elevado.

Foto - Nova Friburgo - pontos em amarelo - deslizamentos - verde - rio

O histórico de chuvas é real e registrado no século passado. Não existe influência climática na região para o desastre ocorrido e sim áreas que eram cobertas por florestas ao longo do século foram sendo desmatadas e os rios foram perdendo suas matas ciliares, retificados, canalizados, para o desenvolvimento humano sem levar em conta o planejamento urbano com a potencialidade existente de riscos (inundação, deslizamento , tromba d´água) pela característica topográfica da região.

Construir nas encostas, no sopé, é suicídio urbano. Alguns moradores disseram que nunca tinham visto esse tipo de magnitude de desastre, moravam na região há quase 50 anos. O que é 50 anos para natureza, quase nada? O acumulo de tensões que a natureza absorve ou suporta vem desde a sua época de colonização (desmatamento) chegando ao limite de sua fadiga e água foi apenas o gatilho para provocar o desastre.

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segunda-feira, janeiro 24, 2011

Região Serrana: Balanço parcial das vítimas

Mais de uma semana depois da tempestade que devastou a Região Serrana do Rio, o número de mortes chegou a 814 nesta segunda-feira, após 13 dias de buscas a vítimas.

■ Nova Friburgo 394 mortes.
■ Teresópolis, 327 mortes.
■ Petrópolis, distrito de Itaipava, registra 67 mortes;
■ Sumidouro, 21
■ São José do Vale do Rio Preto, 4.
■ Bom Jardim, 01 morte
■ Areal, nenhuma morte

■ Desaparecidos: 469

Desalojados e desabrigados
■ Petrópolis, há 3.600 desalojados e 2.800 desabrigados.
■ Teresópolis tem 960 desalojados e 1.280 desabrigados.
■ Nova Friburgo tem 3.220 desalojados e 1.970 desabrigados.
■ Bom Jardim, 632 pessoas estão desalojadas e 142 estão desabrigadas.
■ São José do Vale do Rio Preto, 3.020 desabrigados e desalojados.
■ Areal, 1.480 pessoas estão desabrigadas e 130 desalojadas.
■ Sumidouro, 200 desabrigados
Segundo a Defesa Civil , ao todo, 72.355 pessoas foram afetadas pelas chuvas..

Fonte: Globo Online, 24/01/2011

Vídeo:

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sexta-feira, janeiro 21, 2011

Imagens de satélite mostram extensão da tragédia na região serrana do Rio

Imagens de satélite reveladas pela primeira vez pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram com precisão a destruição causada pelas chuvas nas cidades serranas do Rio.

Nos mapas - produzidos pelo Núcleo de Pesquisa e Aplicação de Geotecnologias em Desastres Naturais e Eventos Extremos - é possível observar a extensão da tragédia. As imagens foram feitas no dia 16 de janeiro. Os pontos marcados em azul representam as inundações.






Área em azul - inundada




Observa-se pelo Google que a cidade foi desenvolvida em ao longo do rio, ocupando as matas ciliares. A cidade fica praticamente no fundo de vale, propiciando ocorrência de inundação. O círculo em amarelo indica a posição do rio.

Segundo dados do IEF - Instituto Estadual de Florestas., o desmatamento no Estado do Rio de Janeiro ocorreu mais intensamente na primeira metade do século XX, quando a cobertura florestal do Estado diminuiu de 81% para 25% de sua área total. De 1960 para cá, o desmatamento diminuiu mas não parou. Conforme levantamento realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica, os desmatamentos ocorridos entre 1985 e 1990 no Estado foram observados de forma significativa nos seguintes locais: Parque Estadual do Desengano, entre os municípios de São Fidélis e Santa Maria Madalena; na região próxima às cidades de Volta Redonda, Rio Claro e Piraí; e entre os municípios de Nova Friburgo, Bom Jardim e Sumidouro. Todos na bacia do rio Paraíba do Sul. Fonte: Programa Estadual de Investimentos da Bacia do Rio Paraíba do Sul – RJ - SUB-REGIÕES A, B e C - CONTROLE DE EROSÃO - Junho de 1998. Obs: O s fatores para o desastre estavam se acumulando ao longo dos anos.



Região quase toda desmatada













Área em azul - inundada



Nova Friburgo - Campo do Coelho










A cidade foi construida no fundo de vale. Cercada por topografia acidentada

























A topografia é favorável a inundação e deslizamento.












Os municípios da Região Serrana, caracterizada pela maior expressão de remanescentes florestais na bacia, principalmente nos municípios mais procurados pelo turismo – Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. Por outro lado, o rápido desenvolvimento urbano nos últimos anos, com crescimento de favelas e agravamento das condições de saneamento básico, vem atingindo os remanescentes florestais (Teresópolis e Friburgo foram os mais desmatados para ocupação urbana no período 1990-95) e criando áreas de risco de deslizamentos de terra. A Região Serrana destaca-se também pelo uso agrícola, com predomínio da olericultura e seus problemas ambientais associados (erosão, uso abusivo de fertilizantes químicos e agrotóxicos) e pelo pólo cimenteiro de Cantagalo. Fonte: Programa Estadual de Investimentos da Bacia do Rio Paraíba do Sul – RJ - SUB-REGIÕES A, B e C - CONTROLE DE EROSÃO - Junho de 1998


O estudo retrata fielmente os problemas, apontando os fatores para o desastre. Não existe fatalidade, chuva excessiva, mas sim os fatores básicos para provocar o efeito dominó. A chuva foi apenas o gatilho. Na regiao estava presentes, uso e ocupação do solo inadequado, falta de planejamento urbano, população excessiva para uma regiao montanhosa e degradação do meio ambiente. Nenhum desastre resulta de uma só causa.

BALANÇO DA TRAGÉDIA
Sobe número de mortes na Região Serrana no décimo dia de buscas a vítimas das chuvas
O número de mortes chegou a 770 nesta sexta-feira, 21 de janeiro, décimo dia de buscas a vítimas. De acordo com informações dos municípios, até o momento foram registradas:
■ 373 mortes em Friburgo,
■ 304 em Teresópolis,
■ 64 em Petrópolis,
■ 22 em Sumidouro,
■ 6 em São José do Vale do Rio Preto e
■ 1 em Bom Jardim.

DESAPARECIDOS
Já chega a 400 o número de desaparecidos.

DESABRIGADOS E DESALOJADOS
Segundo a Defesa Civil, mais de 20 mil pessoas estão desalojadas e desabrigadas em sete municípios da região.
■ Em Petrópolis são 3.600 desabrigados, e 2.800 desalojados.
■ Em Teresópolis, 960 desalojados, e 1.280 desabrigados,
■ Em Nova Friburgo 3.220 desalojados, e 1.970 desabrigados,
■ Em Bom jardim 632 desalojados, e 142 desabrigados,
■ Em São José do Vale do Rio Preto 3.020 desabrigados e desalojados, e
■ Em Areal 1.480 desabrigados e 130 desalojados.
■ Em Sumidouro são 200 desabrigados. Ao todo, 72.355 pessoas foram afetadas pelas chuvas, segundo o órgão.

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terça-feira, janeiro 18, 2011

Tragédia na Comunidade de Campo Grande

Para tentar mostrar um pouco da imensa tragédia ocorrida por aqui, peguei minha bicicleta e fotografei o que encontrei na Estrada da Posse até a comunidade de Campo Grande - onde o socorro é muito difícil de chegar (vocês verão o porque).

Moradores disseram que uma imensa onda, como uma Tsunami, varreu o bairro. A tragédia aparece logo após a curva da Cascata do Imbuí. Neste ponto, a onda encontra o Rio Paquequer e o terreno do Golfe Clube e então, seguiu outro rumo - provavelmente em direção a São José do Vale do RIo Preto (não sei se os rios se encontram em algum lugar).

Pelo que vi, todas as casas situadas a direita da estrada da Posse, após a Cascata do Imbuí (incluindo esta) foram inundadas e/ou destruídas por desabamento ou soterramento. Da estrada, de pé, a marca da água é de cerca de 2 metros de altura, cobrindo-me por vários centímetros.
Há muita lama, muitos carros destruídos por todo lado, muitas casas e sítios soterrados...
Quando se acha que já viu de tudo, chega-se a Toca do Coelho e ao Supermercado da Posse, onde encontramos o final da tragédia - a rua simplesmente desapareceu e em seu lugar, um mar de pedras enorme impede qualquer acesso até Campo Grande.

Tive dificuldade de chegar lá. Precisei deixar a bicicleta e seguir a pé. Passei por dentro de vários sítios arrasados até encontrar a trilha.

A paisagem é desoladora no caminho.

A chegada a Campo Grande é... imponderável. Um silêncio enorme confessa o enorme sofrimento de muitos que ali viviam. A sensação é que uma avenida de uns 100 metros de largura (da largura da Presidente Vargas) foi aberta no meio das residências e preenchida com pedras enormes... milhares delas... De onde vieram tantas?

Pelo caminho, percebi que em vários trechos o chão subiu mais de 1 metro de areia, soterrando muitas residências e carros de qualidade, para sempre - talvez...

Os prejuízos são incalculáveis, tanto em vidas como em riqueza municipal.
Texto de autoria de Fávio Morgado.

Comentário:
As fotos de autoria do Flávio ficaram excelentes e mostram o poder de destruição da natureza.
Apresentação
Para dar uma noção da real tragédia acometida apenas no bairro da Posse em Teresópolis, peguei minha bicicleta em 14.1.2011 e fotografei o que encontrei pelo caminho até chegar a comunidade de Campo Grande – localizada após o Supermercado da Posse, 3 dias após a trágedia que destruiu parte da cidade. Moradores dizem que uma imensa onda devastou o bairro e seus belos sítios. Praticamente todas as habitações situadas à direita da estrada da Posse (em direção ao final do bairro) foram ou inundadas ou destruídas (desabaram ou foram soterradas). A quantidade de água que encontrei era enorme – rios caudalosos cortam vários trechos do final da Posse e de Campo Grande.


Balanço das vítimas; últimas informações

A tragédia das chuvas que colocou sete cidades da região serrana do Rio de Janeiro em estado de calamidade pública:
■ Nova Friburgo 318 mortes.
■ Teresópolis, 277 mortes.
■ Petrópolis, distrito de Itaipava, registra 58 mortes;
■ Sumidouro, 20, e cinco desaparecidos
■ São José do Vale do Rio Preto, 4.
■ Bom Jardim, 01 morte
■ Areal, nenhuma morte

Desalojados e desabrigados
■ Petrópolis, há 3.600 desalojados e 2.800 desabrigados.
■ Teresópolis tem 1.300 desalojados e 1.200 desabrigados.
■ Nova Friburgo tem 3.220 desalojados e 1.970 desabrigados.
■ Bom Jardim, 1.200 pessoas estão desalojadas e 700 estão desabrigadas.
■ São José do Vale do Rio Preto, 2.064 desabrigados e desalojados.
■ Areal, 1.200 pessoas estão desabrigadas e 2.500 desalojadas.

Video:
Mostra o poder de um flash flood ocorrido na Austrália numa planície. Imagina numa topografia montanhosa, o poder de destruição que equivale a um tsunami.
As testemunhas da tragédia da região serrana disseram que ouviram um barulho surdo. No vídeo dá para escutar esse barulho ensurdecedor.


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domingo, janeiro 16, 2011

Catástrofe na região Serrana do Rio

Para entender o que ocorreu na região serrana do Rio devemos conhecer a geografia da região, o processo de ocupação e suas conseqüências.

NOVA FRIBURGO
Localiza-se no centro-norte do estado do Rio de Janeiro, na Mesorregião do Centro Fluminense, a uma altitude de 846 metros, distando 136 km da capital fluminense. Ocupa uma área de 935,81 km². Compreendem os distritos de Riograndina, Campo do Coelho, Amparo, Conselheiro Paulino, Lumiar, São Pedro da Serra e Muri.
Sua população estimada no dia 1 de Agosto de 2010, de acordo com o Censo do IBGE era de 182.016 habitantes. As principais atividades econômicas são baseadas em: indústria de moda íntima, olericultura, caprinocultura e indústria (têxteis, vestuário, metalúrgicas e turismo).

COLONIZAÇÃO- AGRICULTURA
Nova Friburgo foi inicialmente colonizada por 261 famílias suíças entre 1819-1820, totalizando 1.682 imigrantes. O município foi batizado pelos suíços ganhando o nome de "Nova Friburgo" em homenagem à cidade de onde partiram a maioria das famílias suíças, Fribourg (Friburgo em português, Fribourg em francês, Freiburg em alemão), no Cantão de Fribourg. É também o primeiro município no Brasil colonizado por alemães, tendo estes imigrantes, ao todo 332, chegado à cidade em 3 e 4 de maio de 1824.

GEOGRAFIA
A cidade localiza-se a 846 m de altitude na sede do município. Alguns bairros e distritos do município a altitude chega até 1000 m ou mais, como os bairros do Caledônia, alguns trechos da estrada Mury-Lumiar (RJ-142) e o Alto de Theodoro de Oliveira. Existem trechos da cidade, como a localidade de São Romão, em Lumiar, em que a altitude máxima chega a 200 metros.

RELEVO ACIDENTADO
Existem 19 picos e morros variando as alturas de 1.111 m a 2.316 m

HIDROGRAFIA
O município de Nova Friburgo é banhado pelas bacias do Rio Grande, Rio Bengalas, dos Ribeirões de São José e do Capitão e do Rio Macaé. Os principais rios que cortam o centro da cidade são: O Rio Santo Antônio, Rio Cônego, se encontram e formam e o Rio Bengalas.

TERESÓPOLIS
Localiza-se no centro-norte do estado do Rio de Janeiro, na Mesorregião do Centro Fluminense, a uma altitude de 871 metros. Ocupa uma área de 770,507 km² e uma população de 163 805 habitantes ( Censo IBGE/2010)

GEOGRAFIA
A cidade abriga a sede do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, bem como grande parte do Parque Estadual dos Três Picos, o maior parque estadual do Rio de Janeiro. É uma cidade cercada por matas e por formações bastante conhecidas, como o Dedo de Deus, Pedra do Sino, Agulha do Diabo, Pedra da Tartaruga e Mulher de Pedra. Por suas formações montanhosas, a cidade é considerada a capital nacional do montanhismo.
O relevo acidentado dos trechos mais altos da Serra do Mar é marcado por íngremes paredões, cujos pontos culminantes são a Pedra do Sino (2263 m) e o Dedo de Deus (1692 m), rodeados por densa vegetação. O relevo também favoreceu a formação de inúmeras cachoeiras.

HIDROGRAFIA
Cascata dos Amores, Cascata do Imbuí,Cachoeira dos Frades, Lago Iacy e Lago Comary

RELEVO ACIDENTADO
A bacia do Paquequer localizada no município de Teresópolis, região serrana do Estado do Rio de Janeiro. Possui relevo montanhoso, escarpado e vales encaixados sustentados por rochas. O clima é úmido a super-úmido com temperatura média de 18°C..

PETRÓPOLIS
Petrópolis é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Ocupa uma área de 774,606 km², contando com uma população de 296.044 habitantes ( Censo IBGE/2010) .

GEOGRAFIA
Petrópolis localiza-se no topo da Serra da Estrela, pertencente ao conjunto montanhoso da Serra dos Órgãos, a 845 metros de altitude média, sendo que a sede municipal está a 810 metros de altitude. Situa-se a 68 km do Rio de Janeiro.
A cidade é excessivamente montanhosa, principalmente em sua zona urbana, o município de Petrópolis assenta-se em ramificações da Serra do Mar, denominada serra dos Órgãos e da Estrela. Órgãos.
Na divisa do Município de Teresópolis está uma seção da serra dos Órgãos, conhecida por serra Assú, onde se encontra a Pedra Assú, que é o pico culminante da serra do Mar, o qual tem, 2.232 metros.
O pico mais elevado do município de Petrópolis é o da Isabeloca, cuja altura é de 2.200 metros, situado nas proximidades da Pedra Assú.

HIDROGRAFIA
Muito numerosos são os pequenos rios que banham o município de Petrópolis, quase todos afluentes do Piabanha. O Piabanha é o principal rio de Petrópolis e dezenas de outros rios pequenos, que passam pela cidade ou na região.
Fontes: Wikipédia e Prefeitura Municipal de Petrópolis

DESSA DESCRIÇÃO DA REGIÃO PODEMOS TIRAR AS SEGUINTES CONCLUSÕES:
■ Região excessivamente montanhosa fora dos padrões normais, variando de 1.000 a 2.000 metros.
■ Região com vários rios. Podemos deduzir que esses rios possuem velocidade excessiva, podem receber uma carga de água rapidamente, transbordar, provocar enxurrada e avalanche de lama.
■ População excessiva para a região que possui dezenas de áreas de risco. População excessiva deduz, uso e ocupação do solo inadequada, degradação ambiental, ocupação de encostas. Vide as fotos de Nova Friburgo e Teresópolis.
PROCESSO DE EROSÃO E OCUPAÇÃO DA REGIÃO
Obs: São os fatores dinâmicos que degradam o meio ambiente

Os municípios da Região Serrana, caracterizada pela maior expressão de remanescentes florestais na bacia, principalmente nos municípios mais procurados pelo turismo – Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. Por outro lado, o rápido desenvolvimento urbano nos últimos anos, com crescimento de favelas e agravamento das condições de saneamento básico, vem atingindo os remanescentes florestais (Teresópolis e Friburgo foram os mais desmatados para ocupação urbana no período 1990-95) e criando áreas de risco de deslizamentos de terra. A Região Serrana destaca-se também pelo uso agrícola, com predomínio da olericultura e seus problemas ambientais associados.

A bacia do rio Piabanha ocupa cerca de 2.000 km² e drena os municípios de Petrópolis, Teresópolis, São José do Rio Preto e Areal. Em seu percurso final, inclui ainda o município de Três Rios. Destaca-se, na bacia do rio Piabanha, a presença de duas das maiores cidades existentes em toda a bacia do rio Paraíba do Sul - Petrópolis e Teresópolis - ambas situadas nas regiões montanhosas do reverso da Serra do Mar, nos vales dos principais formadores da sub-bacia - o rio Paquequer em Teresópolis e o próprio rio Piabanha em Petrópolis.

TOPOGRAFIA
A região é fortemente caracterizada pelo seu relevo montanhoso, com muitos afloramentos rochosos.O relevo acidentado forma uma bela paisagem, especialmente nas áreas mais próximas à Serra do Mar, onde predomina a Mata Atlântica. Esta Serra forma o limite principal da região com o restante do Estado e recebe ainda influências dos ventos oceânicos que elevam a pluviosidade. As cidades mais próximas da Serra apresentam elevados índices pluviométricos, principalmente Teresópolis, com média anual superior a 1500 mm de chuva.

VEGETAÇÃO E USO DA TERRA
De acordo com os dados do mapeamento, a região tem 97,3 % de seus limites divididos entre três formas de cobertura vegetal;
■ as pastagens (41,6 %),
■ a vegetação secundária (29,8 %) e
■ as florestas (25,9 %).

No entanto, essa condição relativamente privilegiada não significa que a extensão de cobertura florestal na região seja satisfatória, principalmente quanto à função de controle de erosão exercida pelas florestas. Lembrando que, antes da ocupação antrópica, a região era quase 100% coberta por florestas, é de se supor que a redução para apenas 26% tenha trazido conseqüências ambientais significativas, tendo em vista a condição de elevada suscetibilidade do meio físico à erosão.

Na verdade, a existência ainda de cobertura florestal nessa região deve-se às condições de relevo montanhoso, extremamente íngreme e rochoso, absolutamente impróprio ao uso agropecuário, aliadas ao caráter de lazer e turismo que se estabeleceu na Região Serrana. Na medida em que o relevo torna-se menos acidentado, verifica-se diminuição da cobertura florestal, como nos casos de Cordeiro, Sumidouro e São Sebastião do Alto; este último já apresentando sérios problemas de falta de água para abastecimento nas sub-bacias que já perderam grande parte das florestas protetoras dos mananciais.

A Região Serrana não é indicada para a agricultura, principalmente a de lavouras temporárias (que predominam na região). O relevo é o principal fator restritivo. Com declividades superiores a 40%, não permite mecanização, o que torna impeditiva a adoção de práticas conservacionistas, como terraceamento e curvas de nível. A constante exposição dos solos a ação das chuvas, em fortes declividades, tende a diminuir sua capacidade produtiva.

As pastagens, embora menos agressivas ao solo que a agricultura, também encontram grandes restrições de uso na região. Restrições essas igualmente associadas ao relevo. A distribuição das pastagens na região não segue corretamente essas restrições. Os maiores pecuaristas da região (Cantagalo, Duas Barras, Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto e Trajano de Moraes) encontram-se em áreas de alta suscetibilidade à erosão, com relevo acidentado, até montanhoso, e fortes declividades.

Tanto a agricultura como a pecuária ocupam preferencialmente os fundos de vale, às margens dos cursos d’água e, portanto, à custa da exclusão de matas ciliares. Como essas áreas de relevo mais suave são poucas, a agropecuária vai se expandindo para as encostas, também tomando o lugar das florestas. O resultado é o aumento dos processos de erosão das encostas e de assoreamento dos rios desprotegidos.

POPULAÇÃO
A população dos municípios da de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo representam, juntos, cerca de 80% da região.

EROSÃO NA REGIÃO
Os condicionantes do meio físico determinam para a região uma suscetibilidade à erosão extremamente elevada quando a cobertura florestal é retirada.

Em Teresópolis, Nova Friburgo e Petrópolis, apesar da grande extensão de cobertura florestal ainda existente, observa-se que o crescimento urbano nesses municípios vem acarretando processos acelerados de erosão, associados à ocupação inadequada de encostas.

Petrópolis, que apresentou um rápido crescimento na década de 1980, já sofreu graves impactos sócio-ambientais com a ação das intensas chuvas de verão. Em fevereiro de 1988, ano de alta pluviosidade na região, houve 170 mortes e mais de 3.800 desabrigados em Petrópolis, com deslizamentos de terra das encostas e enchentes no rio Piabanha e afluentes.

Teresópolis vem apresentando um crescimento acentuado na direção de uma das áreas mais suscetíveis à erosão do município, o bairro conhecido como Jardim Meudon. A população vem ocupando as encostas em precárias condições, sem nenhum controle por parte da prefeitura no sentido de evitar a criação de áreas de risco.

O rio Paquequer, que atravessa a cidade, encontra-se carregado de sedimentos provenientes das encostas desprotegidas. Deságua no rio Preto, que passa pelo município de São José do Vale do Rio Preto, onde a agricultura ocupa intensamente as margens dos cursos d’água, aumentando a contribuição de sedimentos pela freqüente exposição do solo à ação das chuvas.

Ocupações irregulares podem, não raro, estar associadas também a irregularidades político-administrativas, tais como o interesse eleitoreiro no estímulo à ocupação, que faz "vista grossa" ao não cumprimento das normas de ocupação e uso do solo e ainda facilita a ocupação com abertura de ruas e fornecimento de luz e água.
Fonte: Programa Estadual de Investimentos da Bacia do Rio Paraíba do Sul - RJ - SUB-REGIÕES A, B e C CONTROLE DE EROSÃO - Junho de 1998 – observa-se que o estudo financiado pelo BIRD, incluindo a região Serrana é de 1998. O governo do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria do Meio Ambiente-SEMA tem conhecimento sobre esse projeto e os risco apontados nesse estudo para aquela região.

Os fatores que concorreram para o desastre conforme a analise anterior são antigos e vem desde a época da colonização, agravada pelo crescimento das principais cidades da região
■ Agricultura sem preocupação coma conservação do solo
■ Desmatamento das florestas existentes deixando o solo exposto à erosão
■ Desmatamento das matas ciliares que servem de proteção aos rios
■ Assoreamento dos rios devido à erosão
■ Região com elevado índice pluviométrico
■ Crescimento desordenado das cidades,
■ Topografia excessivamente acidentada, com numerosos rios, propiciando a formação de tromba d´água ou cabeça d´água. . Este fenômeno acontece em rios de montanha na época de muitas chuvas. Consiste em um aumento momentâneo e violento do nível de água por conta de uma chuva intensa. Pode ficar ainda mais violento se houver um aumento grande da água de um rio e romper com uma obstrução natural, formada por árvores caídas, pedras e terra. Seria uma avalanche de lama. Na enchente normal o rio sobe e transborda em seu caminho normal. Os americanos consideram esse tipo de enchente com lama, como flash flood, aparece e move rapidamente através do solo, sem aviso que está chegando. Tem um poder destruidor imensurável. Pode mover pedras, arrancar árvores, destruir edifícios e pontes. Pode formar uma parede de água de 3 m a 6 m, com enorme quantidade de detritos.

Os fatores para o desastre estavam presentes, faltava apenas à chuva excessiva com elemento desencadeador, para provocar o efeito dominó, resultando numa avalanche de lama e detritos.
Podemos considerar esse deslizamento de lama como se fosse uma avalanche de lama quando uma massa acumulada de água no solo provoca o deslizamento da terra de forma rápida e violenta e se precipita em direção ao vale. Durante a descida, com velocidade altíssima, a massa carrega cada vez mais lama, arrastando árvores, rochas e edificações.

Balanço parcial com informações até 16 de janeiro:
Mortes
■ Em Nova Friburgo, o número de mortos saltou para 267;
■ Em Teresópolis; para 261.
■ Petrópolis agora registra 53 e
■ Sumidouro continua com 18 vitimas.

Desalojados e Desabrigados
■ Em Petrópolis, há 3.600 desalojados e 2.800 desabrigados.
■ Teresópolis tem 960 desalojados e 1.280 desabrigados.
■ Nova Friburgo tem 3.220 desalojados e 1.970 desabrigados.

Comentário:
A tragédia que abateu a região serrana do Rio de Janeiro mostrou duas faces: a tragédia humana e a tragédia do governo. Da tragédia do governo, os únicos que se salvaram foram os bombeiros e a rede de voluntários.Para eles não existem reuniões, avaliações, esperar o que vai acontecer e sim chegar rapidamente nos locais das tragédias para salvar vidas. Eles tomam as decisões no local dos desastres. Também houve a rede de voluntários de rádio amadores que fizeram a rede comunicação, pois a pública, telefonia fixa e móvel não estava funcionando.
A preocupação deles é com o ser humano. E o que fez o governo? O governo fez reuniões, avaliações, não tinha um plano contra catástrofe. O plano contra catástrofe brasileiro é o plano de solidariedade e de voluntários. Começa com o prefeito pedindo socorro ao governo estadual, pela sua vez despacha a ajuda disponível . No agravamento da situação o governo estadual pede ajuda ao Federal, que por sua vez despacha, geralmente as Forças Armadas. Nesse espaço de tempo forma a rede de solidariedade, de donativos e alimentos. Esse é o plano brasileiro, sem cabeça.
O governo não assimilou o que houve de errado no passado e sugerir em regiões com riscos de natureza, acidentes similares podem ser prevenidos no futuro. Infelizmente as tragédias acontecem, os acidentes se repetem após um período. Após um breve período de consternação, as pessoas esquecem e as lições são esquecidas.
O país ainda não aprendeu com as recentes tragédias da necessidade de um plano de emergência.
Em emergência não se faz plano e sim a executa. Essa é a diferença entre um país que está preparado para tragédia e outro que pretende durante a tragédia elaborar um plano com voluntários.

Elaborar um plano de alerta e preparação de Comunidades para Emergências Locais não é complicado e não exige grande investimento.
A finalidade desse plano visa intensificar a conscientização e a preparação da comunidade para situações de emergência. O eixo central deste processo é o Grupo Coordenador constituído por autoridades locais, líderes da comunidade, dirigentes industriais e outras entidades interessadas.
Quais são os benefícios para a Comunidade?
■ Introdução gradual do plano em todas as áreas vulneráveis identificadas.
■ Preparação e coordenação dos serviços de atendimento à emergência.
■ Integração dos planos de emergência locais.
■ O mais importante é a conscientização da população quanto aos procedimentos de ação no caso de um acidente.

Em termos práticos o que significa "preparação"?
Entidades locais devem estar preparadas para eventuais riscos.
A comunidade deve:
■ conhecer os sinais de alarme;
■ seguir os planos de evacuação;
■ saber como agir no caso de um acidente;
■ dispor de edificações adaptadas; abrigos
■ ter acesso aos serviços de informação apropriada em caso de crise.

Os serviços de atendimento de emergência devem possuir:
■ equipamento e treinamento;
■ mapas de risco;
■ arranjos para o gerenciamento do tráfego;
■ canais de comunicação com o público durante uma situação de crise.

As autoridades governamentais devem tomar as medidas necessárias para garantir:
■ o planejamento seguro de uso e ocupação do solo;
■ a existência de uma legislação de risco;
■ a comunicação ao público das informações disponíveis sobre riscos;
■ a coordenação dos serviços de emergência;
■ a adequação dos serviços médicos locais a acidentes específicos.

O plano é um processo local de comunicação de risco e de coordenação ‘pertencente’ à comunidade e a defesa civil local

Quais são os resultado da introdução do plano?
1. Maior conscientização da comunidade local quanto aos possíveis riscos e impactos aos quais ela está exposta e melhor preparação para agir de forma adequada no caso de
um acidente, e

2. Melhor preparação da defesa civil no atendimento a emergências, que passam a dispor de sistemas de informação e coordenação adequados a potenciais desastres.
3. Interação com Programas Nacionais na Área de Risco (Defesa Civil)
Fonte: Adaptação do APELL Programme - United Nations Environment Programme – UNEP

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quinta-feira, janeiro 13, 2011

Caminhão com retroescavadeira fica preso em viaduto

O acidente aconteceu por volta das 6h de terça-feira, 11 de janeiro, num trecho duplicado, quando o caminhão que transportava uma escavadeira hidráulica bateu na estrutura do viaduto de acesso a Garopaba, na BR-101, no Sul de Santa Catarina..

No momento da batida da escavadeira contra a estrutura de concreto, o caminhão parou bruscamente. A mulher foi arremessada contra o pára-brisa e caiu do lado de fora do veículo. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ela dormia e estaria sem cinto de segurança.

VITIMA
A mulher foi encaminhada pelos bombeiros ao Hospital São Camilo, em Imbituba, porém 15 minutos depois de chegar ao local não resistiu aos ferimentos.

VIADUTO INTERDITADO
Às 11h25min, o viaduto continuava interditado. Uma equipe Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) avaliou a estrutura e constatou que houve danos graves.

Fonte: Diário Catarinense – 11 de Janeiro de 2011

Comentário:
A figura ao lado mostra a posição correta de transporte de uma escavadeira. O braço da escavadeira deve ficar na altura da cabine.


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domingo, janeiro 09, 2011

Autoridades alemãs detectam dioxina em ovos


Escândalo na Alemanha é desencadeado pela detecção de dioxina em ovos. Mais de mil propriedades agrícolas foram fechadas preventivamente no estado da Baixa Saxônia.

DIOXINA ENCONTRADA NA RAÇÃO
A razão do fechamento de inúmeros estabelecimentos rurais alemães foi a detecção da substância tóxica dioxina em ração animal, que teria sido vendida para todo o país. Não se sabe ao certo como o produto foi contaminado pela dioxina. A contaminação atinge não apenas a produção de ovos, mas também a de carnes de aves e de porco. A dioxina é uma substância cancerígena.

NO ESTÔMAGO DO CONSUMIDOR
Na análise de 34 amostras de ovos, as autoridades sanitárias encontraram dioxina em 18. Não se sabe ainda, contudo, o volume total de produtos contaminados com dioxina espalhados pelo mercado no país. Boa parte dos ovos contaminados já deve ter sido vendida e consumida. Representantes da indústria alimentícia e do varejo tentam tirar os produtos possivelmente contaminados de circulação.

AGRICULTORES DO PAÍS TEMEM AS CONSEQUÊNCIAS DO ESCÂNDALO.
O presidente da Associação dos Agricultores Alemães afirmou que os responsáveis pela contaminação da ração animal deveriam assumir a responsabilidade do problema por completo e de imediato. No entanto, disse ele, é preciso evitar que proibições de comercialização de produtos ameacem a subsistência dos agricultores.

AVES SACRIFICADAS
Os produtos contaminados encontram-se em vários estados do país. Mais de mil granjas em toda a Alemanha foram proibidas de vender ovos e carne de aves, e mais de 8 mil frangos foram sacrificados depois que a substância cancerígena foi encontrada na ração animal.

RAÇÕES CONTAMINADAS
Autoridades nos estados de Brandemburgo e Saxônia-Anhalt disseram que, de um total de 527 toneladas de ração animal, pelo menos 55 toneladas de ração suspeita foram utilizadas para alimentar frangos. E mais de 100 mil ovos contaminados já foram destinados ao mercado.

CONEXÕES FORA DO PAÍS
Acredita-se que as propriedades rurais afetadas tenham comprado ração animal contaminada com dioxina do fabricante de ração animal Harles & Jentzsch, no estado de Schleswig-Holstein, no norte da Alemanha. A empresa teria, por sua vez, comprado produtos de um parceiro comercial na Holanda. O ministério público investiga a responsabilidade da empresa.

RESÍDUOS DE ÁCIDOS GRAXOS
Empresa diz ter acreditado que resíduos de biodiesel fossem adequados para ração animal. O diretor da empresa Harles & Jentzsch, Siegfried Sievert, disse que há anos mistura-se resíduos da produção de biodiesel à ração animal. "Acreditamos equivocadamente que os resíduos de ácidos graxos da produção de óleo de palma, soja e canola (utilizados na produção de biocombustíveis e fornecidos pela companhia holandesa) seriam adequados para a alimentação animal", declarou.

A empresa alemã Petrotec, que fornece os ácidos graxos para a empresa alimentícia holandesa, disse que seus produtos são adequados apenas para lubrificantes industriais e não para a alimentação animal.

A ORIGEM DA DIOXINA AINDA NÃO FOI IDENTIFICADA
A fonte exata da contaminação por dioxina ainda não foi identificada. O porta-voz da Secretaria Estadual da Agricultura da Baixa Saxônia, Gert Hahne, disse que pode levar semanas até que todos os produtos das granjas afetadas possam ser testados para detectar a presença de dioxina.

OVOS CONTAMINADOS NÃO TRAZ SÉRIO PERIGO À SAÚDE
Autoridades afirmam que ingerir ovos contaminados não traz sério perigo à saúde, mas crianças devem evitá-los todos os dias A Secretaria de Agricultura da Baixa Saxônia, no entanto, qualificou as normas atuais como suficientes para a proteção dos consumidores.
"Pelas informações que temos, não há sério risco para os consumidores ao ingerir ovos", disse Helmut Schafft, diretor de alimentação animal do Instituto Federal de Avaliação de Risco. A Sociedade Alemã de Nutrição (DGE) alertou também contra reações de pânico, mas disse que, por medidas de segurança, as crianças não devem ingerir ovos diariamente.

Fonte: Deutsche Welle - 03.01.2011

COMENTÁRIO:
Isso lembra o mal da vaca louca que surgiu na Europa, devido ao uso de carne, ossos, sangue e vísceras na complementação ou suplementação protéica de ração para o gado. Isso se choca com a natureza do animal, que é herbívoro e ruminante.

Em 1923, Rudolf Steiner escreveu: "O que aconteceria, se, em vez de vegetais, o boi comesse carne? Primeiramente, ele se encheria de ácido úrico e de urato. O urato (sal produzido pela combinação de ácido úrico com uma base) tem por si próprio alguns hábitos particulares, muita afinidade pelo sistema nervoso central e o cérebro. Se a vaca comesse carne diretamente, resultaria daí uma secreção enorme de urato. O urato iria para o cérebro e a vaca ficaria louca". Fonte: From Rudolf Steiner's lectures to workmen in Dornach, Switzerland, January 13, 1923. (Lectures available from the Anthroposophic Press under the title: Health and Illness, Volume 2.)

Agora, resíduos de ácidos graxos foram utilizados na mistura da ração. O mercado consumidor de alimentos está forçando que a cadeia produtiva de avicultura se torne uma indústria altamente competitiva, eliminando ou alterando as etapas de desenvolvimento do ciclo natural de cada ave, animal, peixe etc., visando à maximização da produção e rentabilidade. Os sistemas atuais de produção consideram os animais, aves, peixes, etc., como verdadeiras fábricas. A ração balanceada predomina na alimentação visando crescimento rápido ou na produção de ovos.

DIOXINA
De acordo com a EPA (Environmental Protection Agency), a concentração média de dioxina encontrada na população em geral norte-americana, está próxima ou a um nível que se pode associar-se como gerador de efeitos adversos em termos de saúde animal e mesmo humana. A EPA interpreta que esses dados têm uma margem de exposição muito pequena ou inexistente: isto é, estamos perto “do ponto máximo” e quaisquer exposições adicionais à dioxina podem resultar em efeitos danosos à saúde.

A EPA estimou que 90% da dioxina que os norte-americanos estão expostos, provém de alimentos que regularmente ingerimos como carne, laticínios e peixes.

A dioxina causa também uma série de efeitos negativos além do câncer. Estão entre eles, os danos aos sistemas reprodutivo, imunológico, endócrino e ao desenvolvimento tanto de humanos como de outros animais. Estudos em animais mostraram que exposições à dioxina estão associadas com a endometriose, à diminuição da fertilidade, inabilidade de levar a gestação a termo, abaixamento nos níveis de testosterona, decréscimo na contagem de espermatozóides, defeitos de nascimento e inabilidade na aprendizagem. Em crianças, a exposição à dioxina poderá gerar déficit em seus QI’s, efeitos negativos sobre a psicomotricidade e ao neurodesenvolvimento além de alterações comportamentais incluindo-se a hiperatividade. Pesquisas feitas com trabalhadores foram detectados baixos níveis de testosterona, diminuição no tamanho dos testículos e defeitos de nascimento nas proles dos veteranos norte-americanos do Vietnam expostos ao Agente Laranja.

Efeitos sobre o sistema imunológico parecem ser um dos tópicos finais mais sensíveis pesquisados. Estudos com animais mostraram que há um decréscimo nas respostas imunológicas e o incremento na suscetibilidade a doenças infecciosas. Em estudos com humanos a dioxina estava associada com a depressão do sistema imunológico e alterações no status imunológico favorecendo ao crescimento de infecções. A dioxina também causa disfunções nas atividades normais dos hormônios, mensageiros químicos que o organismo se utiliza para crescer e manter o equilíbrio orgânico. A dioxina interfere com os níveis dos hormônios da tireóide tanto em crianças como em adultos, alterando a tolerância à glicose e está sendo associada à diabetes. Fonte: The Center for Health, Environment and Justice

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sexta-feira, janeiro 07, 2011

Adolescente prende mão em amaciador de carne

Um adolescente de 17 anos prendeu a mão em um amaciador de carne enquanto trabalhava no açougue do pai, no bairro Belvedere, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Sem treinamento para operar a máquina, o garoto, que também não usava luvas na hora do acidente, desligou o aparelho quando percebeu que sua mão ficou presa. Acionado, os bombeiros conseguiram desmontar a máquina e tirar a peça que prendia a mão do garoto e levá-lo para o hospital. O jovem não teve fraturas.

Fonte: R7 - 18 de Fevereiro de 2010


Comentário: Podemos considerar; falta de treinamento ou falta de bom senso? Alguém vai colocar o dedo na tomada? Ou faltou prestar atenção no trabalho? Apesar do adolescente agiu rápido, desligou a máquina.

Trabalhos que requeiram extrema atenção, isto é, prestar atenção, (no caso, o moedor, amaciador) são passíveis de falhas que por menor que sejam, podem levar à acidente. No caso, o adolescente deveria ser monitorado por um funcionário mais experiente, já com treinamento adequado para desempenhar a função.

O prestar atenção é uma coisa difícil, pois envolve educação, treinamento e desenvolvimento. do comportamento. A educação hoje em dia está tão péssima, que essa parte de desenvolvimento de prestar atenção é deficiente, envolve leitura, raciocínio e ouvir . Prestar atenção é diferente de atenção.

A atenção que é muito comum em segurança através de sinalização indica orientação do comportamento. Já prestar atenção envolve estímulo à mente em que o observador controla a situação (analisa e processa informação) São dois conceitos diferentes, em que devemos analisar quanto à prevenção de segurança.

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segunda-feira, janeiro 03, 2011

Só 6% das lâmpadas têm descarte correto

O que fazer com as lâmpadas fluorescentes após a vida útil? Das mais de 200 milhões de unidades que são consumidas anualmente no Brasil, apenas cerca de 6%, ou 12 milhões, recebem destinação correta - o que inclui a retirada do mercúrio e a reciclagem de seus componentes, como vidro e alumínio.

FALTA DE UMA ESTRUTURA DE COLETA
Atualmente, a falta de uma estrutura de coleta para que o consumidor leve suas lâmpadas e o pequeno número de empresas capacitadas para realizar a destinação correta do material são os grandes desafios. Em todo o País, não existe mais que uma dezena de empresas licenciadas para reciclar o material.

"A demanda existe, mas há poucas empresas que se dedicam a essa atividade porque é baixo o valor de mercado para os resíduos do processo de descarte de lâmpadas fluorescentes. E isso inibe as empresas", afirma Plínio Di Masi, diretor-geral da Naturalis Brasil, recicladora de lâmpadas de Itupeva (SP).

A Naturalis Brasil atende companhias que, por força da legislação ou de programas de gestão ambiental, como a certificação da ISO 14001, são obrigadas a dar destinação correta às lâmpadas. São cerca de 50 clientes, entre hospitais, escolas e indústrias. Mas também recebe lâmpadas de consumidores e condomínios que não sabem o que fazer com o resíduo.

Segundo outro reciclador, a Tramppo, em Cotia (SP), que tem cerca de 400 clientes, entre eles o Metrô de São Paulo, a demanda pelo serviço de descontaminação e reciclagem de lâmpadas vem crescendo fortemente nos últimos anos. "Nossos clientes, em sua maioria, são empresas que possuem programas de gestão ambiental e precisam dar destino correto a esse tipo de resíduo", diz Carlos Alberto Patchelli, diretor da Tramppo.

A empresa nasceu na incubadora de negócios da Universidade de São Paulo (Cietec/USP), vislumbrando o mercado potencial de reciclagem de lâmpadas. A tecnologia empregada permite, por exemplo, que o pó fosfórico, subproduto do processo de reciclagem, seja reaproveitado na indústria de cerâmica. O vidro vai para a produção de pisos e o perigoso mercúrio é reutilizado na produção de barômetros e termômetros. "A proposta é fechar o ciclo", diz Patchelli.

CUSTOS
O Estado de São Paulo ainda precisa concluir a regulamentação da Política Estadual de Resíduos Sólidos, que vai impor metas de reciclagem para determinados tipos de resíduos, como pilhas, embalagens de agrotóxicos e lâmpadas.

A definição das metas deveria sair até o dia 31, mas, segundo o secretário adjunto de Meio Ambiente de São Paulo, Casemiro Tércio Carvalho, o prazo para que a indústria se adapte à coleta das lâmpadas nos pontos de venda deve ser prorrogado até fevereiro. "Existe um custo para a logística reversa desse material. Mas isso tem de ser feito, e um dos caminhos é por meio de parcerias entre a indústria e os pontos de venda." Segundo os recicladores, o custo de reciclar uma lâmpada fluorescente fica entre R$ 1 e R$ 1,20.

Outro problema, segundo Carvalho, é que há poucas empresas habilitadas a fazer o descarte e a reciclagem dos componentes das lâmpadas. Em todo o Estado de São Paulo, por exemplo, só há quatro. De acordo com a própria Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a quantidade é insuficiente para atender à demanda que a lei de resíduos estadual vai gerar. Sozinho, o Estado consome nada menos do que 65% das lâmpadas fluorescentes vendidas no País.

LOGÍSTICA
O Brasil tem algumas iniciativas de coleta de lâmpadas. A Apliquim Recicla Brasil, hoje a maior recicladora de lâmpadas do País - processa em torno de 7,5 milhões de unidades/ano -, fechou parcerias com lojas de materiais de construção do Rio de Janeiro e de Caxias do Sul (RS) para receber descarte dos consumidores. Grandes redes, como Leroy Merlin, também já começam a coleta em algumas lojas. "Mas são iniciativas pontuais, que não atendem o consumidor. A maioria acaba descartando as lâmpadas no lixo comum", diz Eduardo Sebben, diretor superintendente da Apliquim Recicla Brasil.
De olho na obrigatoriedade futura, indústria e varejo começam a se articular. A Philips deve incluir, no primeiro semestre de 2011, as lâmpadas fluorescentes em seu projeto Ciclo Sustentável, que realiza a logística reversa de eletroeletrônicos, pilhas e baterias.

FALTAM CRITÉRIOS MAIS RÍGIDOS PARA DESTINAÇÃO
A Lei Nacional de Resíduos Sólidos, de 2 de agosto de 2010, foi regulamentada na semana passada, mas não houve detalhamento sobre a questão da destinação e reciclagem das lâmpadas. Havia a expectativa de que seriam impostos critérios mais rígidos para a destinação desse tipo de resíduo, o que ainda não ocorreu.
Segundo o decreto, os consumidores que não separarem o lixo seco do úmido estarão sujeitos a multas. Entre outras medidas, o decreto prevê penalidades para aqueles que não cumprirem as obrigações estabelecidas na coleta seletiva e nos sistemas de logística reversa, pelo qual aparelhos eletroeletrônicos, pilhas e pneus terão de retornar aos fabricantes. A punição pode vir em forma de advertência e, em caso de reincidência, multas de R$ 50 a R$ 500.

Fonte: Estadão - 29 de dezembro de 2010

COMENTÁRIO:
Custos para Descontaminação de Lâmpadas
O custo para a reciclagem e a conseqüente descontaminação do gerador de resíduos depende do volume, distância e serviços específicos escolhidos pelo cliente.
Nos EUA, o custo para pequenos geradores de lâmpadas usadas varia de US$ 1.08 a US$2.00 por lâmpada. Para grandes geradores, o preço final é da ordem de US$0.36 por lâmpada de 1,20 metros, mais custos com frete e acondicionamento para transporte. No Brasil, uma tradicional empresa do ramo cobra pelos serviços de descontaminação valores de R$0,60 a R$0,70 por lâmpada. A esse preço, deve-se acrescentar os custos de frete (transporte), embalagem e seguro contra acidentes. O ônus envolvido no processo de reciclagem tem sido suportado, até o presente momento, pelas empresas e indústrias mais organizadas, que possuem um programa ambiental definido.
Os subprodutos resultantes do processo de reciclagem, tais como vidro, alumínio, pinos de latão e mercúrio, possuem baixo valor agregado: R$20,00/tonelada para o vidro; R$900,00/tonelada para o alumínio; R$900,00/tonelada para o latão e R$0,04 a R$ 1, l2/grama para o mercúrio, dependendo do seu grau de pureza.

CONTROVÉRSIA: LÂMPADAS INCANDESCENTES (LI) X LÂMPADAS FLUORESCENTES (LF)
A proibição do uso dessa tecnologia seria eficiente para resolver a escassez da energia elétrica? As lâmpadas fluorescentes compactas (FLC) que têm sido apresentadas como substitutas das incandescentes são realmente ecológicas porque duram mais?
Estas são algumas das indagações?
A presença de mercúrio na composição das FLC, metal altamente nocivo ao meio ambiente, está no centro da discussão, já que o principal apelo da campanha pelo banimento das incandescentes é o impacto ambiental causado por elas, por desperdiçarem energia.

LÂMPADAS INCANDESCENTES
Prós:
São consideradas lixo comum, o que significa que o descarte não causa grandes danos ao meio ambiente;
■ Têm índice de reprodução de cor de 100%, valor ainda não alcançado por nenhuma outra tecnologia;
■ São em média de 5 vezes mais baratas do que as concorrentes.
Contras:
■ Utilizam apenas 5% da energia que consomem, transformando os outros 95% em calor;
■ Têm vida curta, em torno de 700 a 1000 horas (um ano).

LÂMPADAS FLUORESCENTES
Prós:
■ Consomem de 4 a 5 vezes menos energia que as lâmpadas comuns (incandescentes);
■ Têm longa vida; algumas chegam a durar até 6000 horas (seis anos);
■ Trabalham em baixa temperatura;
■ Estão disponíveis com aparências de cor desde o branco-quente até o branco-frio.
Contras:
■ Possuem mercúrio em sua composição, que é altamente tóxico;
■ Têm um índice de reprodução de cor de até 85%;
■ Praticamente todas as lâmpadas fabricadas no mundo têm baixo fator de potência;
■ São mais caras que as incandescentes.

Para o lighting designer brasileiro, Guinter Parschalk o grande obstáculo a ser vencido é fazer com que os equipamentos utilizados em residências retornem à cadeia produtiva. “Enquanto uma lâmpada fluorescente tubular é bem empregada numa empresa, onde a reciclagem pode ser feita facilmente sob orientações dos governos, nas residências esta operação se torna inviável, porque o uso é pulverizado”.

Guinter Parschalk lembra, que as lâmpadas fluorescentes são econômicas quando usadas em locais onde não sejam acesas e apagadas com freqüência, como os ambientes de trabalho, por consumirem uma grande carga de energia ao serem ligadas. Em residências, por exemplo, onde não há controle de quantas vezes as lâmpadas são acionadas, o consumo pode continuar alto após a troca das incandescentes pelas fluorescentes.

Se a substituição das lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes vai contribuir com a diminuição do consumo de energia e reduzir a emissão de CO² na atmosfera terrestre, que seja feita!
Agora, o que não se pode fazer é se livrar de um problema e criar outro ainda maior. É preciso lembrar que temos de saber o que fazer com os produtos que serão substituídos, ou vamos criar montanhas de lâmpadas incandescentes, descartadas de uma hora para outra? É preciso viabilizar a reciclagem das lâmpadas fluorescentes; ou vamos esperar que elas cheguem aos aterros, poluam os lençóis freáticos, para começarmos a pensar?

Hoje o que está na moda é o uso do termo SUSTENTABILIDADE. O mundo percebeu que tem usar os recursos naturais de modo racional. Em principio é bom, desde que as ações sejam feitas de modo racional, analisando todos os custos envolvidos. Hoje com a paranóia ambiental, parece que existe um ciclo no mundo proposto por especialistas para que cada ciclo seja eleito o vilão dessa história da INSUSTENTABILIDADE do planeta, sem levar em consideração as conseqüências dessas substituições. Desta vez são as lâmpadas incandescentes.

Um dos princípios básicos da "teoria de sistemas” é que novos sistemas trazem soluções para problemas existentes e também trazem novos problemas que demandam novos sistemas.

Ou como disse Guinter Parschalk: A escassez da energia elétrica é fruto do crescimento populacional. Não pode ser resolvida com a simples substituição das lâmpadas incandescentes por fluorescentes.

Fiz o teste no meu apartamento trocando as lâmpadas incandescentes por fluorescentes durante um ano. Queimaram cinco lâmpadas fluorescentes, equivalendo a troca de 20 lâmpadas incandescentes. Hoje apenas a cozinha está com lâmpada fluorescente. A garagem do prédio onde eu moro, o sindico colocou as lâmpadas fluorescentes visando redução de energia elétrica com acionamento com sensor de presença. Em menos dois meses de instalação já trocaram dez lâmpadas !! Avisei na época que não se recomenda o acionamento dessas lâmpadas várias vezes ao dia. Fontes: Lume Arquitetura e ACCA

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