Libertaram nas ilhas Canárias uma baleia presa em cabos
Uma equipe de biólogos e mergulhadores profissionais libertou em águas tropicais canárias uma baleia rorqual tropical de quase dez metros de comprimento e 20 toneladas, que estava presa em um emaranhado de cabos, pesando quase 40 kg.
Vidal Martín, presidente da Sociedade para o Estudo dos Cetáceos no Arquipélago Canário (SECAC), disse que a baleia foi vista em águas de Lanzarote praticamente imóvel e tão cansada que mal se movia.
Os cabos enterraram na carne e cortaram a aleta da cauda e o animal parecia mais magro do que habitual de sua espécie, o que supõe que estava vários dias preso e não podia mover-se para procurar alimento, o que poderia acabar morrendo.
De fato, Vidal Martín esclarece que estas baleias são mais rápidas do que os golfinhos e podem deslocar-se quase 40 quilômetros por hora. O animal é um exemplar juvenil e foi localizado na sexta-feira, 8 de maio, quando os membros da SECAC realizavam um censo de baleias e golfinhos em frente às costas de Lanzarote e perceberam que tinha um rorqual tropical (Balaenoptera brydei) que nadava com dificuldade.
Uma vez localizada, com ajuda dos mergulhadores do Consórcio de Emergência de Lanzarote (Emerlan) libertaram a rorqual "depois de cortar, com dificuldade, a armadilha mortal que esta baleia levava arrastando provavelmente várias semanas".
O emaranhado de cabos produziu um corte de mais de 15 centímetros e o mergulhador que subiu ao barco teve do que inflar seu colete para içar os cabos. Segundo Vidal Martín, que também é diretor do Museu de Cetáceos de Canárias, são poucas as ocasiões em que se pode libertar um cetáceo desta dimensão.
Lixo e armadilha no mar
Este não é o primeiro caso. "Não há consciência sobre o plástico, que está matando uma grande porcentagem de tartarugas nas Canárias, que têm este material no estômago, e um dia sim e outro não estamos libertando tartarugas no mar", enquanto as que não se detectam "morrem lentamente, com uma terrível agonia", afirma Vidal.
Para Martín, esta situação "é a ponta do iceberg" pois há duas semanas apareceu um rorqual em águas da Grande Canária que morreu presa por uma rede de nylon que deformou completamente a cabeça, que foi "uma morte extremamente dolorosa".
Também apareceram há alguns anos em Fuerteventura uma baleia rorqual comum, a segunda maior baleia, com uma corda enrolada na boca, que causou a morte por inanição.
A baleia tropical é a única rorqual que não realiza migrações sazonais, vive nas águas quentes e tropicais de todos os oceanos e prefere normalmente aquelas com uma temperatura na superfície superior a 20 graus centígrados. Freqüenta as águas do Arquipélago desde abril, onde entra provavelmente com as frentes quentes desde o centro do Oceano Atlântico, e permanece nas ilhas até setembro ou outubro.
Nas Canárias foram observados exemplares de rorquais adultas, solitárias, jovens e mães acompanhadas de seus filhotes e esta espécie chega a ser abundante em áreas onde há alimento.
Sua presença está geralmente associada a algumas espécies de atuns e são indicadoras da presença de atuns para os pescadores.
Desconhece-se a origem dessa associação, ainda que ambas espécies se alimentam de um recurso comum pelo que se pode tratar-se de uma associação trófica ou simplesmente do instinto de alguns atuns de procurar refúgio sob essas baleias.
Vidal Martín, presidente da Sociedade para o Estudo dos Cetáceos no Arquipélago Canário (SECAC), disse que a baleia foi vista em águas de Lanzarote praticamente imóvel e tão cansada que mal se movia.
Os cabos enterraram na carne e cortaram a aleta da cauda e o animal parecia mais magro do que habitual de sua espécie, o que supõe que estava vários dias preso e não podia mover-se para procurar alimento, o que poderia acabar morrendo.
De fato, Vidal Martín esclarece que estas baleias são mais rápidas do que os golfinhos e podem deslocar-se quase 40 quilômetros por hora. O animal é um exemplar juvenil e foi localizado na sexta-feira, 8 de maio, quando os membros da SECAC realizavam um censo de baleias e golfinhos em frente às costas de Lanzarote e perceberam que tinha um rorqual tropical (Balaenoptera brydei) que nadava com dificuldade.
Uma vez localizada, com ajuda dos mergulhadores do Consórcio de Emergência de Lanzarote (Emerlan) libertaram a rorqual "depois de cortar, com dificuldade, a armadilha mortal que esta baleia levava arrastando provavelmente várias semanas".
O emaranhado de cabos produziu um corte de mais de 15 centímetros e o mergulhador que subiu ao barco teve do que inflar seu colete para içar os cabos. Segundo Vidal Martín, que também é diretor do Museu de Cetáceos de Canárias, são poucas as ocasiões em que se pode libertar um cetáceo desta dimensão.
Lixo e armadilha no mar
Este não é o primeiro caso. "Não há consciência sobre o plástico, que está matando uma grande porcentagem de tartarugas nas Canárias, que têm este material no estômago, e um dia sim e outro não estamos libertando tartarugas no mar", enquanto as que não se detectam "morrem lentamente, com uma terrível agonia", afirma Vidal.
Para Martín, esta situação "é a ponta do iceberg" pois há duas semanas apareceu um rorqual em águas da Grande Canária que morreu presa por uma rede de nylon que deformou completamente a cabeça, que foi "uma morte extremamente dolorosa".
Também apareceram há alguns anos em Fuerteventura uma baleia rorqual comum, a segunda maior baleia, com uma corda enrolada na boca, que causou a morte por inanição.
A baleia tropical é a única rorqual que não realiza migrações sazonais, vive nas águas quentes e tropicais de todos os oceanos e prefere normalmente aquelas com uma temperatura na superfície superior a 20 graus centígrados. Freqüenta as águas do Arquipélago desde abril, onde entra provavelmente com as frentes quentes desde o centro do Oceano Atlântico, e permanece nas ilhas até setembro ou outubro.
Nas Canárias foram observados exemplares de rorquais adultas, solitárias, jovens e mães acompanhadas de seus filhotes e esta espécie chega a ser abundante em áreas onde há alimento.
Sua presença está geralmente associada a algumas espécies de atuns e são indicadoras da presença de atuns para os pescadores.
Desconhece-se a origem dessa associação, ainda que ambas espécies se alimentam de um recurso comum pelo que se pode tratar-se de uma associação trófica ou simplesmente do instinto de alguns atuns de procurar refúgio sob essas baleias.
Fontes: El Dia e Antena3 - Santa Cruz de Tenerife, 11 de maio 2009
Comentário:
As rorquais são baleias que se caracterizam pela forma achatada do crânio e por numerosas listas que sulcam a zona do ventre. A rorqual-gigante, ou baleia-azul (Balaenoptera musculus), ultrapassa os trinta metros e chega a pesar 130t; é o maior animal que já existiu durante toda a história da Terra. A rorqual comum (Balaenoptera physalus) ultrapassa vinte metros e setenta toneladas, tem o dorso azul escuro e o ventre claro e é a baleia mais rápida (sua velocidade de deslocamento alcança cerca de 55km por hora).
O mar está virando lixo
Segundo o Programa Ambiental das Nações Unidas, existem 46.000 fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros quadrados da superfície dos oceanos. Isso significa que a substância já responde por 70% da poluição marinha por resíduos sólidos.
A primeira vítima dos plásticos que se depositam nos oceanos é a vida animal. Calcula-se que 267 espécies, principalmente pássaros e mamíferos marinhos, engulam resíduos plásticos ou os levem para seus filhotes julgando tratar-se de alimento. Há seis anos, uma baleia minke foi encontrada morta na Normandia, no norte da França, com 800 quilos de sacolas plásticas no estômago.
Em regiões como a Califórnia, é comum achar tartarugas, leões-marinhos e focas mortos por asfixia ou lesões internas provocadas pela ingestão de plástico. O Atol de Midway, próximo ao Havaí, é o símbolo máximo da tragédia que o plástico impinge aos mares. Por capricho das correntes marinhas, o atol recebe diariamente o entulho plástico proveniente do Japão e da costa oeste dos Estados Unidos.
O mundo produz atualmente 230 milhões de toneladas de produtos plásticos por ano - contra 5 milhões na década de 50.
Segundo o relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), atualmente as redes mais problemáticas são as que ficam ancoradas no solo marinho e presas a flutuadores que ficam na superfície. Elas formam uma parede vertical que pode medir entre 600 e 10 mil metros de largura. Se este tipo de rede é perdido ou abandonado, poderá continuar pescando sem supervisão durante meses, às vezes anos, matando indiscriminadamente peixes e outras espécies de animais.
Vídeo:
Mostra uma baleia que ficou presa numa rede de pesca na região Los Cabos, México.
Marcadores: Meio Ambiente, Oceanos
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