Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

terça-feira, abril 30, 2013

Estatísticas de Acidente de Trabalho - Europa


Se somarmos os acidentes fatais dos países com atividades industriais fortes na Europa, tais como; Alemanha, Itália e Franca, resulta em 1.579 acidentes fatais,  comparando-o com o do Brasil, 2.560 acidentes fatais,  o nosso índice é ainda superior. Esse índice não reflete a realidade, pois representa apenas 60% dos trabalhadores com carteiras assinadas (33 milhões de um total de 54 milhões).

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domingo, abril 28, 2013

O perigo em duas rodas

Sete em cada dez indenizações pagas nos últimos nove meses de 2012 pelo Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores (DPVAT) destinaram-se a vítimas de acidentes com motos. Dados do Ministério da Saúde, divulgados em junho, mostra­ram que no primeiro semestre de 2012, 77.113 motociclistas foram internados, o que representou um custo de R$ 96 milhões ao sistema público de saúde. 

 NÚMERO DE MOTOS CRESCEU 
Segundo estimativas do Denatran, o número de motos no País quadruplicou em uma década, passando de 5 milhões para 20 milhões, o que representa 27% da frota nacional de veículos. São muito grandes as dificuldades para adequar a saturada malha viária a esse modo de transporte, o que favorece o aumento dos índices de violência no trânsito. E a disputa cada vez mais acirrada por cada centímetro de asfalto prevalece sobre os esforços de conscientização de motoristas e motociclistas a respeito de uma conduta mais prudente. 

VÍTIMAS 
Por morte, invalidez permanente ou reembolso de despesas médicas ou hospitalares decorrentes de acidentes de trânsito, foram pagas 355.647 indenizações, entre janeiro e setembro de 2012, o que representa aumento de 39% em relação ao mesmo período de 2011, num total de R$ 1,6 bilhão. 

Segundo dados do Ministério da Saúde; 
 ■ aproximadamente 40% dos óbitos de motociclistas ocorrem na faixa etária de 20 a 29 anos. 
 ■ O porcentual sobe para 62% na faixa ampliada de 20 a 39 anos e 
 ■ chega a 88%, na de 15 a 49 anos. Quase 90% são homens. 

 ESTATÍSTICAS DO GOVERNO 
■ O último levantamento do governo federal mostra que em 2010 o número de mortos no trânsito chegou a 40.989.0 total de motociclistas que perderam a vida em acidentes em todo o País chegou a 13.452, o que representa 32,81% do total registrado.
■ Nos últimos 15 anos, a taxa de mortalidade de quem dirige moto aumentou quase nove vezes. 
■ Enquanto a venda de motos aumentou 559% entre 1996 e 2010, as mortes causadas por acidentes com esse veículo cresceram 1.358%, segundo estudo feito pela Volvo. 

 EDUCAÇÃO E CAPACITAÇÃO 
 O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), por sua vez, instituiu no início de agosto d 2012, o treinamento obrigatório para motofretistas e mototaxistas. Campanhas educativas também foram desenvolvidas pelos governos em vários Estados e municípios. O elevado número de acidentes com morte, porém, indica que ainda há muito a fazer. É preciso adotar medidas destinadas a melhorar a educação e a capacitação de condutores. Intensificar os treinamentos de pilotagem defensiva e tornar mais efetivos os processos de reciclagem para infratores são também ações recomendadas pelos especialistas em segurança no trânsito. A isso deveriam se somar uma fiscalização mais rigorosa e o desenvolvimento da engenharia de tráfego, para facilitar a circulação de motos Desenvolver a cultura da segurança no trânsito, desde a pré-escola, é tão importante quanto a inclusão dos empresários do setor de motofrete e mototáxi e seus clientes entre os protagonistas desse esforço. 

 DEFENSAS METÁLICAS OU GUAR-RAILS: PERIGOSOS 
Os guard-rails utilizados em avenidas de grande movimento e estradas brasileiras, por exemplo, são responsáveis por mais de 15% das mortes em acidentes com motos por causa dos ferimentos provocados nos motociclistas que se chocam ou são lançados contra essas estruturas. É preciso colocar em prática, com urgência, medidas capa­zes de reduzir essa matança. Fonte: O Estado de S. Paulo - 17/12/2012
 

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quinta-feira, abril 25, 2013

Acidentes em obras custam caro ao país e à vida do trabalhador

Com tantas obras públicas e privadas espalhadas pelo país, aumenta a preocupação com a segurança dos operários. Cada acidente grave custa muito para o estado e acaba com os sonhos de uma pessoa.

Os acidentes na construção civil são a segunda principal causa de internação no setor de ortopedia do maior hospital do país, Hospital das Clínicas de São Paulo. Boa parte dos pacientes chega em estado grave ao hospital. O que falta para reduzir o número de casos?

ACIDENTE – SEM EXPERIÊNCIA
Em abril de 2010, aposentado por invalidez Jefferson Silva comemorava o primeiro emprego, ajudante de pedreiro. Começou em uma segunda-feira. Recebeu a ordem de preparar um galpão que seria demolido. “Primeiro eles me deram uma bota, um uniforme e um capacete. Só. Eu não tinha mais nenhuma experiência”, lembra Jefferson, que só trabalhou até sexta-feira.

“Ele falou assim: ‘Vai quebrar uma coluna ali’. Conforme eu e meu amigo batemos, o negócio desabou. Nós batemos três vezes. Quando bateu o negocio, desabou. Quando desabou, bateu na minha perna e derrubou a gente”, descreve Jefferson.

TRAUMA GRAVE
Ele teve fratura exposta no braço, quebrou a bacia e teve as pernas esmagadas. Depois de cinco cirurgias, uma foi amputada. Jefferson não é exceção. De cada cinco casos tratados no Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas de São Paulo, um é funcionário da construção civil. Dos operários acidentados, oito chegam em estado grave. Ficam pelo menos um ano em recuperação.

“Ele dificilmente consegue trabalhar da mesma forma que antes. Para essa função, ele tem uma demanda mecânica grande. É difícil ele voltar a ter atividade ao nível que ele tinha anteriormente ao acidente”, alerta o ortopedista Alexandre Godoy.

ALÉM DO EPI, TREINAMENTO
Qualquer obra é cheia de objetos que cortam, furam, esmagam. Mas entre eles e os operários devem existir os capacetes, as luvas, as botas, os óculos e, sobretudo, o treinamento.

“Eu acredito que treinamento é fundamental. A conscientização do funcionário é importante. Quer dizer, ele de início ser obrigado a usar os equipamentos que protegem a sua vida e com o tempo ir se acostumando com isso”, diz Valdir Pignatta, professor da Poli-USP.

FISCALIZAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO
O Ministério do Trabalho fiscaliza mais de 800 itens nas construções, de capacete à sinalização de áreas de risco, mas a prevenção ainda é o melhor remédio.
“As medidas mais importantes são as de natureza coletiva. Para impedir que aconteçam acidentes, essas medidas vão em cima das principais causas de acidentes de trabalho na construção, que são queda de altura, soterramento e choque elétrico”, avisa Rinaldo Lima, diretor de fiscalização do Ministério do Trabalho.

Há 15 anos o Brasil tem normas que obrigam os funcionários da construção civil a seguir normas de segurança e usar equipamentos de proteção para evitar acidentes, mas eles continuam acontecendo. Em um ambiente que mistura objetos perigosos e altura, a chance de acontecer um problema muito grave é grande.

O HC FEZ UMA ESTIMATIVA DO CUSTO DESSES ACIDENTES.
Entre internação, remédios, cirurgias, reabilitação e pensão do INSS, tratar cada trabalhador da construção civil gravemente ferido custa perto de R$ 68 mil. Como o Ministério do Trabalho não tem um controle rígido sobre o número de acidentes, não é possível calcular o prejuízo para o país.
As construtoras podem ser multadas em casos de falta de equipamentos de segurança e de acidentes com funcionários. O valor pode chegar a R$ 7 mil. Fonte: Bom Dia Brasil - 01/04/2011

Comentário:
De acordo com pesquisa de 2004, 75% dos trabalhadores são analfabetos funcionais.
O que isso significa para segurança do trabalho? Podem confundir cores, não entendem sinais e as instruções.
Como o programa de treinamento terá resultado com essa limitação de entendimento de texto?   

Na construção civil: 72% dos trabalhadores nunca realizaram cursos ou treinamentos; 80% possuem menos de quatro anos de estudo e 20% são analfabetos;

As causas mais comuns dos acidentes de trabalho:
■ modo operatório inadequado à segurança                                     
■ falha na antecipação/detecção de risco                                      
■ falta ou inadequação de análise de risco da tarefa                       
■ ausência/insuficiência de treinamento.                                         
■ uso impróprio/incorreto de equipamentos /materiais/ ferramentas                                                                      
■ sistema/dispositivo de proteção ausente/inadequado por concepção                                                                             
■ improvisação; procedimentos de trabalho inexistentes                 
■ procedimentos de trabalho inexistentes ou inadequados             
■ outros fatores do individuo não especificados                            
■ falta de planejamento/preparação do trabalho      

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Acidentes em obras custam caro ao país e à vida do trabalhador


Com tantas obras públicas e privadas espalhadas pelo país, aumenta a preocupação com a segurança dos operários. Cada acidente grave custa muito para o estado e acaba com os sonhos de uma pessoa.

Os acidentes na construção civil são a segunda principal causa de internação no setor de ortopedia do maior hospital do país, Hospital das Clínicas de São Paulo. Boa parte dos pacientes chega em estado grave ao hospital. O que falta para reduzir o número de casos?

ACIDENTE – SEM EXPERIÊNCIA
Em abril de 2010, aposentado por invalidez Jefferson Silva comemorava o primeiro emprego, ajudante de pedreiro. Começou em uma segunda-feira. Recebeu a ordem de preparar um galpão que seria demolido. “Primeiro eles me deram uma bota, um uniforme e um capacete. Só. Eu não tinha mais nenhuma experiência”, lembra Jefferson, que só trabalhou até sexta-feira.

“Ele falou assim: ‘Vai quebrar uma coluna ali’. Conforme eu e meu amigo batemos, o negócio desabou. Nós batemos três vezes. Quando bateu o negocio, desabou. Quando desabou, bateu na minha perna e derrubou a gente”, descreve Jefferson.

TRAUMA GRAVE
Ele teve fratura exposta no braço, quebrou a bacia e teve as pernas esmagadas. Depois de cinco cirurgias, uma foi amputada. Jefferson não é exceção. De cada cinco casos tratados no Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas de São Paulo, um é funcionário da construção civil. Dos operários acidentados, oito chegam em estado grave. Ficam pelo menos um ano em recuperação.

“Ele dificilmente consegue trabalhar da mesma forma que antes. Para essa função, ele tem uma demanda mecânica grande. É difícil ele voltar a ter atividade ao nível que ele tinha anteriormente ao acidente”, alerta o ortopedista Alexandre Godoy.

ALÉM DO EPI, TREINAMENTO
Qualquer obra é cheia de objetos que cortam, furam, esmagam. Mas entre eles e os operários devem existir os capacetes, as luvas, as botas, os óculos e, sobretudo, o treinamento.

“Eu acredito que treinamento é fundamental. A conscientização do funcionário é importante. Quer dizer, ele de início ser obrigado a usar os equipamentos que protegem a sua vida e com o tempo ir se acostumando com isso”, diz Valdir Pignatta, professor da Poli-USP.

FISCALIZAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO
O Ministério do Trabalho fiscaliza mais de 800 itens nas construções, de capacete à sinalização de áreas de risco, mas a prevenção ainda é o melhor remédio.
“As medidas mais importantes são as de natureza coletiva. Para impedir que aconteçam acidentes, essas medidas vão em cima das principais causas de acidentes de trabalho na construção, que são queda de altura, soterramento e choque elétrico”, avisa Rinaldo Lima, diretor de fiscalização do Ministério do Trabalho.

Há 15 anos o Brasil tem normas que obrigam os funcionários da construção civil a seguir normas de segurança e usar equipamentos de proteção para evitar acidentes, mas eles continuam acontecendo. Em um ambiente que mistura objetos perigosos e altura, a chance de acontecer um problema muito grave é grande.

O HC FEZ UMA ESTIMATIVA DO CUSTO DESSES ACIDENTES.
Entre internação, remédios, cirurgias, reabilitação e pensão do INSS, tratar cada trabalhador da construção civil gravemente ferido custa perto de R$ 68 mil. Como o Ministério do Trabalho não tem um controle rígido sobre o número de acidentes, não é possível calcular o prejuízo para o país.
As construtoras podem ser multadas em casos de falta de equipamentos de segurança e de acidentes com funcionários. O valor pode chegar a R$ 7 mil. Fonte: Bom Dia Brasil - 01/04/2011

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domingo, abril 21, 2013

Bandeira enrosca em corrente de moto e quebra o pescoço do motociclista


Um torcedor do São Paulo de 27 anos morreu na madrugada de quinta-feira, 18 de abril,  enquanto comemorava a classificação do time na Taça Libertadores da América após acidente na região central de São José dos Campos, no interior de São Paulo. O  torcedor amarrou uma bandeira do time no pescoço e saiu de moto pelo bairro Vila Maria, no centro.

Segundo a polícia, a bandeira teria enroscado na roda traseira da moto, puxando e quebrando o pescoço do homem, que morreu no local do acidente, por volta das 2h30. O Corpo de Bombeiros foi acionado para atender a ocorrência, mas informou que quando chegou ao local a vítima já estava em óbito. O corpo foi encaminhado para perícia. Fonte: G1 Vale do Paraíba e Região-18/04/2013

Comentário:
Esse tipo acidente poderá ocorrer no local de trabalho com máquinas/equipamentos  com partes moveis e o trabalhador usando adornos pessoais..

São considerados adornos, alianças, anéis, pulseiras, relógios de uso pessoal, colares, brincos, broches, piercings expostos, gravatas e crachás pendurados com cordão.
Retire os adornos pessoais antes de iniciar sua atividade, pois  representam grande risco de acidentes. Uma engrenagem, uma correia, um eixo, uma placa, ou qualquer ferramenta rotativa, pode puxar, prender, enroscar, em um desses adornos.
■Cuidado com roupas folgadas ou mangas compridas quanto tiver que lidar com materiais, operar máquinas ou trabalhar próximo de máquinas em movimento.
■ Cabelos soltos podem provocar acidentes, escalpelamento (arrancamento brusco e acidente do couro cabeludo). Ao trabalhar use-os devidamente presos.
■ Na execução de serviços nas instalações elétricas ou em suas proximidades  é vedado o uso de adornos pessoais.

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quinta-feira, abril 18, 2013

Veículos supercarregados


Foto-1-Em setembro de 2010, uma carroça foi fotografa supercarregada em Costesti, na Romênia. A carroça levava, inclusive, a carcaça de uma van. (Foto: Vadim Ghirda/AP)
Foto-2-Em maio de 2011, um motorista foi flagrado em uma estrada em Tbilisi, na Geórgia, dirigindo um veículo Volga GAZ-24, um automóvel da ex-União Soviética, supercarregado com sucata (Foto: Vano Shlamov/AFP)
Foto-3-Em 11 de janeiro de 2008, um caminhão foi fotografado sobrecarregado em uma estrada nos arredores de Shenyang, na China. A carga praticamente bloqueava toda a pista (Foto: Reuters)

Foto-4-Em 16 de março de 2011, um homem foi flagrado andando com uma moto superlotado de sacos com abacaxis em um mercado em Phnom Penh, no Camboja (Foto: Tang Chhin Sothy/AFP)
Foto-5-Em outubro de 2010, uma carroça foi fotografada supercarregada com palha em Pojejeni, na Romênia (Foto: Vadim Ghirda/AP)
Foto-6-Em maio de 2012, um motociclista foi flagrado levando uma geladeira, além de um passageiro sentado sobre o eletrodoméstico, em sua moto em uma estrada em Lahore, no Paquistão (Foto: K.M. Chaudary/AP)
Foto-7-Em setembro de 2012, um casal cambojano foi flagrado andando em uma moto supercarregada com sacos de frutas na vila de Daun You, no Camboja. O casal seguia para o principal mercado da província de Prey Veng, 75 km de Phnom Penh (Foto: Heng Sinith/AP). Fonte: G1-24/02/2013



Comentário: É incrível a capacidade de improvisação do trabalhador diante de uma situação, onde não possui um veículo apropriado para execução do trabalho.

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terça-feira, abril 16, 2013

Polícia Rodoviária flagra bebê no piso do carro


A Polícia Rodoviária Federal em Água Doce (431 km de Florianópolis) flagrou na tarde de  quinta-feira, 07 de abril,  um carro transportando um bebê de seis meses no piso em frente ao banco de passageiros, aos pés da mãe.
A criança estava sem nenhuma forma de proteção, como cadeirinha própria para bebês, e com a cabeça voltada para a parte dianteira do carro, um VW Gol, placas de Santa Catarina.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a família viajava de Ponte Serrada (467 km de Florianópolis) para Palmas (370 km de Curitiba), um percurso de aproximadamente duas horas de viagem em Rodovia Federal.

O motorista e pai do bebê foi autuado,  e o veículo, retido no local até que a irregularidade fosse sanada, de acordo com a PRF. Fonte: UOL - 08/03/2013

Comentário:
CADEIRAS DE SEGURANÇA PARA CRIANÇAS
O cinto de segurança é desenvolvido para o adulto, com no mínimo 1,45m de altura, portanto não são dispositivos de segurança para as crianças, daí a existência das cadeiras de segurança cujo objetivo é mantê-las seguramente fixas no banco do veículo, e reduzir a incidência e gravidade que a força do impacto gera no corpo humano em colisões, freadas bruscas e violentas, capotamentos, etc. A eficiência está na qualidade das cadeirinhas, que devem ser aferidas de acordo com as normas técnicas regidas em nosso país, possuírem selo de qualidade do INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, e estarem corretamente presas ao banco do veículo pelo cinto de segurança, seguindo as instruções do manual da cadeira de segurança. Quando importadas, o manual de instruções deve ser traduzido para o nosso idioma, isto é lei.

Importante saber também que não é seguro utilizar uma cadeira de segurança que já tenha sido envolvida em um acidente.

A criança deve ser atada ao sistema de fitas de contenção da cadeira, sem estar envolvida por mantas, cobertores, roupas grossas nem em cima de almofadas. Se estiver frio devemos colocar mantas ou cobertores por cima, depois que ela estiver corretamente atada a cadeira.

Se o veículo for dotado de air bag para os passageiros do banco de trás, entre em contato com o fabricante do veículo a fim de obter informações seguras para desativar este dispositivo onde a cadeira for ser instalada, e faça isto na concessionária ou com um profissional com reconhecido conhecimento específico. Não se faz liquidação de segurança e desconfie de quem faz isto ou promete serviços baratos.


TIPOS DE ASSENTOS DE SEGURANÇA
Bebê-conforto: Desde o nascimento até 13 quilos ou 1 ano de idade conforme recomendação do fabricante, constituem a forma adequada à anatomia dos pequenos, mantendo-os na posição semi-ereta, impedindo fraturas de coluna e crânio por possuírem anteparos de proteção para a cabeça e pescoço, para que os bebês permaneçam confortavelmente seguros e fixos nas freadas, turbulências provocadas por buracos ou outras irregularidades na pista e é claro, nos acidentes. Seguindo o manual de instruções, pode ser fixado no centro do banco traseiro, ou no lado direito do passageiro preferencialmente no cinto de três pontos, de costas para o movimento.

Assentos conversíveis:
São adaptados para o uso desde os primeiros anos de vida até a fase pré-escolar, porque ela é readaptada a altura na medida que a criança cresce. Devem ser fixados conforme a indicação do bêbe-conforto (vide instrução acima), depois, devem ser convertidos para a cadeirinha, sentados de frente para o movimento, fixando-as no banco de trás, com as alças ajustadas aos ombros. Estes assentos devem ser utilizados até que a altura das orelhas da criança atinjam o topo das costas do assento ou os ombros se tornem muito largos para o encosto, ou quando ainda as tiras de contenção estiverem totalmente estendidas.

Cadeira de segurança:
Entre 1 e 4 anos de idade, (mais ou menos entre treze e dezoito quilos) devem estar fixos pelo cinto de segurança do banco traseiro e de frente para o painel, protegem a cabeça e o tronco, podem possuir fitas de contenção de cinco pontos ou anteparos em forma de T ou de concha. Não é seguro para crianças com menos de um ano de idade.

Assento de elevação ou booster:
Para crianças entre 4 e 7 anos e meio , são utilizados quando a criança ultrapassa os limites de tamanho para a utilização dos assentos de segurança, mas ainda não possuem altura para utilizarem a cinta do ombro do cinto de três pontos do veículo. Quando o veículo possuir cinto de três pontos no banco de trás, dar preferência para este modelo.

Considerações para o uso do assento de segurança

Bebês e crianças jamais devem ser transportadas no colo. Além de ser projetada para frente numa colisão, sofrerá esmagamento pelo peso do corpo do adulto, pois, no momento do acidente, a força com que a criança e o adulto são projetados é muito grande, impossível para uma pessoa segurá-la.

Numa colisão a 50 km/h, uma criança de 4,5 kg equivale a uma força de 150 kg contra os braços que a seguram.

Mesmo em curtos trajetos é comum que as crianças durmam, se fizerem isto deitadas no banco, elas não estão seguras. Alguns adultos instruem a criança para que ela deite presa ao cinto com as tiras esticadas, fazendo isto este dispositivo deixará de ser seguro e mesmo em impactos os freadas pequenas mas bruscas ela sofrerá lesões e mesmo morte. O cinto somente é seguro quando utilizado corretamente, e voltando ao soninho das crianças, elas dormirão seguras e com muito mais conforto sentadas nas cadeiras especiais.

É muito perigoso levar crianças no bagageiro interno, esse compartimento é projetado visando absorver choques decorrentes da força do impacto, que deforma facilmente a parte de trás da carroceria, não oferecendo proteção alguma para quem estiver lá, além do que, podem ser projetadas para fora do veículo durante o acidente.

CADEIRAS DE SEGURANÇA PARA CRIANÇAS, VELOCIDADE E DESACELERAÇÃO DOS ÓRGÃOS
O uso das cadeiras de segurança não impede que o acidente ocorra, elas apenas amenizam as conseqüências dele nas crianças. Portanto, não conduza em alta velocidade, mantenha distância do veículo da frente, somente mude de faixa e ultrapasse se a sinalização permitir e faça isto após certificar-se que é realmente seguro, sem esquecer de sinalizar antecipadamente estas intenções, se adapte as condições adversas. Também, mesmo que a sinalização der a preferência em cruzamentos, antecipadamente sinalize com a luz de freio para avisar o condutor de trás e reduza levemente a velocidade e certifique-se da segurança para seguir em frente ou realizar conversões para a direita ou esquerda. O motivo deste alerta é a desaceleração dos órgãos humanos, que veremos em detalhes a seguir.

Inércia: propriedade Física da matéria que determina: se um corpo está no movimento estático (parado, repouso), permanece neste estado de movimento. Se está em movimento dinâmico (movimento), permanece neste estado no sentido reto, se não for submetido a nenhuma ação. Ou seja, esta lei da Física determina que os corpos permaneçam no estado de movimento que estão, a não ser que uma força exerça uma ação modificando (princípio formulado por Galileu, posteriormente confirmado por Newton, chamado: 1ª lei de Newton ou Princípio da Inércia. “Todo corpo permanece em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em linha reta, a menos que seja obrigado a mudar seu estado por forças impressas a ele.”).

Podemos observar isto quando estamos em pé dentro de um ônibus, assim que o motorista coloca o veículo em movimento, os passageiros tendem a deslocar-se para trás, o corpo quer permanecer no estado de movimento estático. Quando o motorista pára ou freia, os passageiros deslocam-se para frente.

Quando o condutor faz uma curva ele e os passageiros têm a impressão de estarem sendo jogados para fora da curva. Na realidade os corpos estão tentando manter-se em sua trajetória em linha reta, e o veículo tentando-os virar, mas quem está sob a ação da inércia é o veículo.

Desaceleração dos órgãos humanos: também chamadas lesões ocultas ou potenciais, isto acontece nos acidentes de trânsito quando o veículo está em alta velocidade e colide, nosso corpo é parado abruptamente e os órgãos continuam em inércia, rompendo suas estruturas de fixação e eles mesmos. Por exemplo: num impacto o cérebro, olhos, coração, pulmões, fígado, baço, rins, bexiga, etc., continuam o deslocamento para o sentido que o corpo foi projetado, até colidirem com as partes internas das cavidades em que se situam, gerando destruição de seus tecidos.

Outra maneira de esclarecer este aspecto é a Cinemática do Trauma, ou seja, uma colisão na realidade representa três colisões. A primeira do veículo com o objeto. A segunda é a pessoa com o interior do veículo. A terceira é a colisão dos órgãos com as paredes internas do nosso corpo. Em nossos olhos ocorre o deslocamento da retina.

Com isto concluímos  que os dispositivos de segurança que usamos quando estamos dentro do veículo e o capacete, são potenciais aliados para depois de um acidente continuarmos vivos e com o menor número de lesões possíveis. Mas isto não vai acontecer so o impacto ocorrer em altas velocidades e desobediência das regras de circulação. Fonte: Detran- Paraná

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sábado, abril 13, 2013

Condição Insegura: Operários retiram água acumulada na cobertura do estádio do Maracanã


O forte temporal que atingiu o Rio na noite de quinta-feira, 5 de março, deixou o estádio do Maracanã totalmente alagado. Os operários que trabalham na reforma do estádio encontraram o local cheio d'água e passaram boa parte da manhã ajudando a escoar a água que se acumulou na cobertura do estádio, que foi instalada há poucos dias. Fonte: G1 Rio-06/03/2013

Comentário: Pela foto,  os trabalhadores sem EPI, principalmente sem cinto de segurança, roupa  inadequada.
Altura da cobertura,  40 m. Apenas um trabalhador com cinto de segurança. Obra do governo que deveria dar exemplo de segurança.

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terça-feira, abril 09, 2013

Criança prende a mão em escada rolante de shopping e perde os dedos

Um menino de quatro anos sofreu um acidente no final da tarde de terça-feira,  02 de abril,  em  uma escada rolante do Shopping Total, em Porto Alegre. Segundo o Corpo de Bombeiros, a criança prendeu a mão esquerda no degrau do equipamento e  três dedos foram amputados.

COMO FOI O ACIDENTE
Segundo o pai, a criança tropeçou e prendeu a mão na escada rolante. "A gente vinha descendo a escada normalmente, eu, minha esposa, a minha enteada, e ele tropeçou. Quando fui pegá-lo,   a mão ficou presa no canto da escada e eu segurei. Se não tivesse segurado, talvez tivesse entrado a mão e o braço. Segurei com toda força até conseguirem bloquear (a escada)", relatou pai após o acidente. Ele também sofreu um ferimento em uma das mãos ao ajudar o filho.
A mãe disse que o socorro demorou a ser feito. "Ele continuou com o braço preso quase uma hora, 50 minutos precisamente", disse a mãe.  "O trabalho de remoção de uma vítima nessa circunstância sempre é uma coisa delicada. Houve a demora, mas dentro de uma normalidade", afirmou o soldado da Brigada Militar.

ATENDIMENTO HOSPITALAR E TRAUMA GRAVE
Após o socorro, o menino foi levado ao Hospital de Pronto Socorro, onde recebeu os primeiros atendimentos e foi transferido na noite de quarta-feira para o hospital Moinhos de Vento.  
Após cirurgia,  o menino se recupera na Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrico do Hospital. De acordo com o boletim médico divulgado na  sexta-feira, 5 de abril, o trauma que ele sofreu é grave. O menino, 4 anos, é acompanhado por médicos e um especialista em cirurgia de mão

MANUTENÇÃO
Técnicos da Secretaria Municipal de Urbanismo (Smurb) de Porto Alegre fizeram  vistoria na escada rolante do shopping e constatou que o equipamento estava com a manutenção em dia, sendo que a última inspeção ocorreu no dia 14 de março deste ano. Mesmo assim, a escada rolante foi interditada provisoriamente. A liberação depende da apresentação de um novo laudo atestando o perfeito funcionamento.

Fonte: G1 RS-02 a 06 de abril 2013

Comentário:
Muitos dos acidentes com crianças acontecem por descuido dos responsáveis, que deixam os filhos soltos na escada.

Os erros  mais comuns;
■ Os país  não seguram  uma das mãos da criança. A criança fica brincando na esteira, às vezes, subindo no sentido contrário da escada.
■ As crianças brincam com o corrimão. As mãos podem ficar presas na borracha do corrimão. O corrimão serve apenas de apoio.
■ Criança com chinelo, sandália. É um perigo. O calçado pode ficar preso entre os degraus ou na parte lateral
■ Sentar no degrau da escada

Lembrete: A escada rolante é mais perigosa do que elevador. Nos EUA, os acidentes em escada rolante é muito maior do que em elevadores (a quantidade de  elevadores é 20 vezes maior).

Em um estudo feito pela Consumer Product Safety Commission (Comissão para Segurança de Produtos de Consumo dos Estados Unidos); Os acidentes em escada rolante são responsáveis por cerca de 7.300 feridos nos hospitais de emergência nos E.U.A e 75% dessas lesões são causadas por quedas e cerca de 20% ocorreram quando as mãos e os pés ficaram presos nessas escadas rolantes. Anualmente, ocorrem 12.5000 a 15.000 acidentes. Data de Publicação: 09 de janeiro de 2009


Atenção
1-ao entrar na escada rolante para evitar prender o calçado ou tropeçar.
2-nas entradas do corrimão para evitar prender os dedos da mão
3-entre corrimão e piso para evitar prender o calçado ou a roupa
4-entre degrau e rodapé (faixa amarela) para não prender o calçado ou parte da roupa
5- ao corrimão, para evitar prender os dedosda mão
6- a tampa externa da escada (quando esta é composta por placas de metal) para evitar lesões na perna
7 – entre degraus para evitar prender o pé ou parte da roupa.
8- na saída da escada, para evitar prender o pé ou tropeçar.


Uso correto de elevadores, escadas e esteiras rolantes
Não permita que crianças viagem sozinhas ou brinquem em elevadores, escadas e esteiras rolantes;
Não deslize sobre o corrimão das escadas e esteiras rolantes;
Acione apenas uma vez o botão para chamar o elevador;
Não sente nos degraus da escada rolante;
Não segure a porta do elevador, qualquer que seja o motivo;
Não corra e nem suba no sentido contrário ao fluxo da escada rolante;
Não transporte carrinhos de bebê, cadeiras de rodas ou similares em escadas rolantes;
Não se debruce sobre o corrimão de escadas e esteiras rolantes.
Fonte: ThyssenKrupp Elevadores

Utilizando as escadas rolantes com segurança.
■ Andar em escadas e esteiras rolantes é muito fácil e seguro. Incidentes são raros, desde que você siga alguns procedimentos simples. Devemos tomar cuidados especiais com as crianças, que devem aprender desde cedo como se portar nesses equipamentos. Siga as dicas abaixo.
■ Olhe para a frente e permaneça no centro do degrau.
■ Não coloque os pés nas faixas amarelas, perto dos cantos da escada.
■ Segure no corrimão. Tome cuidado ao entrar e sair da escada.
■ Não carregue caixas, grandes objetos ou carrinhos de bebê nas escadas rolantes. Para isso, utilize o elevador.
■ Ao usar sapatos com salto ou roupas compridas, cuidado com as partes móveis da escada.
■ Os corrimãos servem para dar segurança durante o movimento das escadas. Use-o sempre.
■ Quando chegar ao final da escada, saia rapidamente para não atrapalhar o desembarque das demais pessoas.
Fonte: Atlas Schindler

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quarta-feira, abril 03, 2013

Polícia Rodoviária Federal flagra uma mulher dormindo no porta-malas de um veículo

Um motorista foi flagrado levando a mãe no porta-malas de seu carro na BR-272, em Guaíra, no Oeste do Paraná. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo Vectra, com placas de São Paulo, foi abordado pelos policiais, que suspeitaram dos três homens que estavam no carro e resolveram fazer uma varredura no veículo, onde encontraram a mulher no porta-malas.

O motorista afirmou que a mulher era sua mãe, e estaria no porta-malas descansando por causa do cansaço da viagem. A mulher confirmou a história. O passageiros contaram que tinham como destino a cidade paraguaia de Salto del Guairá, onde fariam compras para a Páscoa. O caso ocorreu dias antes do feriado.

O motorista foi multado em R$ 191,54. A infração, considerada gravíssima, fez com que ele perdesse sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação. Fonte: Diário Catarinense - 02/04/2013 

Comentário: Viver já é um perigo e a mulher acrescenta mais perigo a sua própria vida. É a falta total de percepção de risco.

A colisão traseira equivale a 30% do total de acidentes e 8% dos acidentes fatais.

COLISÕES TRASEIRAS - REFLEXÕES
Colisão traseira ainda é um tipo de acidente de trânsito que muito ocorre, e que por vezes pode não se limitar a meros danos matérias nos veículos envolvidos, com sérios riscos de lesões cervicais nos ocupantes dos veículos pelo efeito chicote que pode ser causado pelo impacto. A primeira conclusão é de quem bate atrás é o culpado, e realmente é do ponto que entendemos que se deva partir pela distância de segurança que deve ser mantida pelo que estabelece o Art. 29, II do CTB. Parte-se do pressuposto que aquele que segue atrás é o responsável, mas as obrigações de quem segue a frente não devem ser descartadas.

Pelo Art. 43 do CTB o condutor deve regular a velocidade do veículo conforme as condições da via, não obstruindo o fluxo de forma injustificada e em velocidade anormalmente reduzida, devendo indicar de forma clara e com antecedência a intenção de reduzir a velocidade. Ressalta ainda o dispositivo que nessa redução ele antes deve certificar-se que pode faze-lo sem riscos para os demais, a não ser no caso de perigo iminente. O Art. 42 do CTB determina de forma imperativa que nenhum condutor deverá frear bruscamente o veículo, salvo por razões de segurança.

Nota-se, portanto, que obrigações de cautela são devidas tanto por quem segue atrás quanto quem vai à frente. Enquanto um deve manter-se a distância segura, o outro também deve estar atento a quem segue atrás. Há que se reconhecer que num fluxo intenso e conturbado, ambas as obrigações são de difícil cumprimento, tanto de uma distância razoável quanto de indicar a diminuição com antecedência. Simplesmente freia-se.

Destacamos que a única justificativa para uma frenagem brusca, e pelo não cumprimento de sinalizar com antecedência é em situações de perigo, ou seja, quando algo ou alguém obriga o veículo da frente a promover a frenagem brusca.

Só que se a situação de perigo iminente legitima quem segue a frente a promover uma frenagem brusca, poder-se-ia entender que ela também isenta quem segue atrás de responsabilidade única pelo evento danoso, já que a distância de segurança é pressuposta para situações normais, tal qual a sinalização antecedente de diminuição. Poder-se-ia em última análise concluir que esse elemento externo que não o veículo de trás nem da frente é que pode ou deve ser responsabilizado, uma vez que seu ato teria sido capaz de causar a exceção ao cumprimento das regras, geralmente para justamente proteger esse elemento. Fonte: SOS Estrada

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segunda-feira, abril 01, 2013

Gerenciamento de Crises

Clareza nas informações à população ajuda a recuperar a imagem de companhias com problemas

Prevenir uma crise na empresa é quase impossível, mas tomar a dianteira da situação e antecipar-se às críticas com transparência de informações podem ser a diferença fundamental entre a empresa sair da crise com um grande prejuízo ou com a imagem fortalecida diante dos consumidores.

Crises nas organizações são como visitas indesejáveis, que chegam à sua casa inesperadamente, antes que você tenha tempo de evitar que aconteçam. Todas as atividades que envolvem pessoas estão sujeitas a crises. Cedo ou tarde elas ocorrem, mas há maneiras de minimizá-las (eventualmente até evitá-las), através do gerenciamento de crises. Essa função reside quase totalmente no campo da comunicação corporativa e deve ser administrada com o apoio de especialistas. Tal como gripe, pior que crise é crise mal curada e por curandeiros.

Qual a empresa, em sã consciência, que se pode considerar à prova de acidentes;
■intoxicações, chantagens, sabotagens, atos criminosos,
■desastres, incêndios, inundações, fraudes,
■denúncias, processos judiciais, violações de produtos,
■defeitos de fabricação operações de "recall",
■impactos de nova regulamentação ou greves, só para mencionar as situações mais óbvias?

Por isso, gerenciamento de crises, dadas as graves implicações, deve receber das empresas que atuam no Brasil o mesmo tratamento prioritário que seus pares no exterior dedicam ao tema. E um dos diferenciais indispensáveis para que as organizações brasileiras se equiparem plenamente às internacionais, principalmente em tempos de globalização. Esta, aliás, é a fórmula inteligente para garantir o investimento feito em uma marca e sua reputação que, embora intangíveis, são os principais patrimônios de uma corporação.

PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE CRISES – CUSTO BARATO
E muitíssimo mais barato desenvolver um programa de gerenciamento de crises do que administrar uma situação fora de controle. Num incidente real, tanto a direção quanto os talentos da empresa têm suas atenções desviadas para a eliminação do problema e a restauração da normalidade. E, para felicidade da concorrência, são obrigados a abandonar temporariamente a operação, até o controle da crise.
Agora, pense no enorme preço pago pela empresa após um desastre, em termos de prejuízos financeiros, imagem, recursos, credibilidade, oportunidades. Vale a pena? Claro que não.

O gerenciamento de crises classicamente se divide em duas etapas:
■ a prevenção e
■ a administração, quando e se vier a ocorrer.

O processo de prevenção inclui;
■ avaliação de riscos,
■ revisão de pontos fracos da operação e
■ identificação de problemas potenciais e das vulnerabilidades da organização.

As crises geralmente dão sinais de que vão ocorrer. Por isso, a avaliação e a correção dos "calcanhares-de-aquiles" corporativos podem até evitar que aconteçam. As corporações mais bem-sucedidas são as que levam em conta os piores cenários. Para isso, preparam-se, com tempo e recursos, para enfrentá-los.

Treinamento e testes periódicos, com simulações, completam a estratégia. Por exemplo: é preciso saber identificar que uma crise está ocorrendo e determinar as ações enquanto ainda há tempo para isso. Diante de um incidente de fato, algumas organizações preferem varrê-lo para baixo do tapete. Deixam de corrigi-lo quando ainda está em proporções restritas e administráveis.

No processo de gerenciamento de crises, talvez o cuidado mais importante seja a manutenção de canais de comunicação com todos os públicos: empregados, clientes, autoridades, imprensa. Esse diálogo não pode ser inaugurado em tempos de crise, pois credibilidade não é uma conquista instantânea. O diálogo deve ser aberto e constante, pois, quando a organização se vê diante de uma crise, precisa contar com um amplo programa de relacionamento que garanta o conhecimento e a compreensão dos pontos de vista da empresa por todos os públicos.

Além de divulgar informações confirmadas em tempo hábil, é indispensável manter as autoridades informadas e coordenar esforços para evitar visões e versões conflitantes sobre o problema. O ideal é transmitir uma única mensagem, que tranqüilize o público através da sensação de perfeita integração e harmonia em relação às ações tomadas. E fazer com que as informações relevantes sobre a correção dos problemas sejam compartilhadas com todos.

Se ainda restam dúvidas sobre as claras vantagens de um programa de crise, podemos enumerar vários problemas que envolvem um produto adulterado ou prejudica a imagem da empresa, tais como;
1-Qual o futuro do produto adulterado?
2-Quanto se gastou e vai perder-se em pesquisa e desenvolvimento, marketing, posicionamento de marca, reputação e prestígio?
3-Até que ponto a própria marca/empresa, não irá pagar um preço até injusto pelo incidente?

Infelizmente, não é fácil responder a essas questões. Uma coisa é certa: um bom programa de gerenciamento de crise, se não puder eliminar, consegue minimizar significativamente o problema. Há inúmeros exemplos, em todos os campos de negócios, inclusive no Brasil, que provam claramente isso. Fonte: O Estado de São Paulo e Gazeta Mercantil

CASOS QUE MAIS CHAMARAM A ATENÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA

JOHNSON & JOHNSON
TYLENOL
Data: Março de 1982
Fabricante: Johnson & Johnson
Causa: A empresa foi aos jornais americanos e informar que o analgésico.Tylenol  havia sido adulterado por estranhos. À introdução de cianureto nas cápsulas de Tylenol causou a morte de sete pessoas em Chicago.

Estratégia adotada pela empresa
O presidente da empresa nomeou imediatamente um responsável para gerenciar esta crise. Especialistas foram enviados ao local do acidente (Chicago) para investigar o caso e recolher informações. Formação de uma equipe para gerenciar a crise.
Numa ação rápida, a companhia retirou todo o produto do mercado, o que provocou um prejuízo de US$100 milhões.  .

Posições que foram adotadas pela empresa Johnson & Johnson, durante o acidente e que fizeram que recuperasse o produto em dois anos e reconquistando a confiança do consumidor:

1-Funcionamento eficiente da estrutura de gerenciamento de crise, formado pela alta cúpula da empresa.
2-As informações não poderão ser filtradas ou escondidas (da gerência para executivo).
3-A responsabilidade da crise foi comandada pelo executivo
4-Evitar informações errôneas ou boatos ao consumidor e internamente (funcionários). Administração de informação da crise. Responder prontamente a todo questionamento, fornecendo a informações ao consumidor. As informações devem fluir da alta gerência aos níveis mais baixos, sem interrupções. Um centro de informações foi criado, para receber as informações de hospitais, centros médicos, etc e utilizaram a mídia para divulgar o andamento do acidente para o consumidor.
5-Clareza da responsabilidade empresarial. A Johnson & Johnson assumiu a responsabilidade da retirada do produto momentaneamente, mesmo sabendo dos elevados prejuízos que iriam resultar. Porém indiretamente transmitiu ao consumidor que assumiu a responsabilidade de protegê-lo quanto a novos casos. Esta atitude transmitiu confiança ao consumidor (fixação da imagem da empresa através da responsabilidade).
6-Execução de medidas preventivas para evitar ocorrência de novos acidentes
7-Apesar do controle, quatro anos mais tarde, a empresa foi envolvida em outro acidente com o mesmo produto. A partir desse problema, a empresa suspendeu a fabricação do medicamento em cápsula.

CARNE DE HAMBURGER
Fabricante : Jack in the Box
Data: Janeiro de 1993
Causa:
Intoxicação por carne moída, provocando a morte de 02 pessoas e mais de 400 foram internadas. Foi constatado que a temperatura e o tempo de preparo da carne de hambúrguer, não estava de acordo com as normas de higiene.

Posições incorretas que foram adotadas pela empresa Jack in the Box, durante o acidente e que provocou queda no faturamento e a perda de confiança do consumidor:

1-Caso foi definido pela empresa como específico de uma determinada área. O acidente alastrou-se por outros Estados.
2-A diretoria informou que o produto era produzido de acordo com as normas sanitárias.
3-A empresa não suspendeu temporariamente o produto
4-A empresa perdeu confiança dos consumidores, houve queda de 30% do faturamento da empresa.
5-A empresa transferiu a responsabilidade para o fornecedor da carne. Houve troca de informações (acusações) entre as empresas.

Decisão incorreta
1-Falta de um plano estratégico
2-Falta de controle da crise pela diretoria
3-Falta de informações aos consumidores

DEPÓSITO DE PEÇAS DA HONDA
Local:  Alemanha
Depósito que fornecia peças para os carros Honda para toda Europa
Área construída: 34.000 m2
Prejuízo: US $ 91.743.119,00
Conteúdo: 10.000.000 peças de 160.000 tipos.

A crise se iniciou após o incêndio, devido à interrupção de fornecimento de peças para a produção de automóveis Honda na Europa.

Medidas adotadas após o incêndio, pelo presidente da empresa.
1-Atendimento aos clientes (fornecedores)
2-Garantia de fornecimento de peças (foi alugado um depósito,  para atender os fornecedores).
3-Garantia de empregos aos funcionários
4-Construção imediata de um novo depósito (o depósito foi construído em 11 meses)
5-Controle de informações e divulgação, junto à mídia.
6-Atitude empresarial, honesta diante da crise.

Conselho do Presidente
1-Não se  deve  economizar  despesas  para  equipamentos  de  segurança ( hidrantes, sprinklers e detetores). E nunca predizer " Na minha empresa nunca ocorrerá tal acidente".
2-Simplificação do plano de gerenciamento de crise

Lições apreendidas após um incêndio
1-Acidentes ocorrem quando menos se esperam
2-Acidentes sempre causam prejuízos maiores do que imaginados
3-Não existe proteção perfeita contra acidentes
4-Importância do treinamento do dia a dia
5-Custo para segurança deve englobar ou considerar a conscientização sob a responsabilidade social da empresa junto à comunidade (empregados, famílias) e clientes (fornecedores e consumidores).

Lição de acidentes
A diretoria deve buscar a verdade do acidente sem punir as pessoas envolvidas (responsabilidades) para que assim, possa obter sempre informações corretas (tenha um canal de informação correta e ágil).

MELBRÁS
A empresa teve prejuízo de US$1 milhão em 1991, quando foi interditada por cinco dias a produção e comercialização das balas Van MelIe, na época, suspeita de estar  contaminada com cocaína. A população de Jundiaí (SP) chegou a pedir o fechamento da fábrica. O Centro de Vigilância Sanitária da Secretária de Estado da Saúde, depois de analisar a matéria-prima do produto, liberou a fabricação do confeito.
Nestlé
No início de 92, um chantagista ligou para a companhia suíça ameaçando envenenar seus produtos, iogurte Chambourcy, achocolatado Nescau e Farinha Láctea , no Brasil. A empresa denunciou o caso as autoridades e à população e perdeu vendas em torno de US$30 milhões. O caso foi resolvido, com a prisão do chantagista.

EXXON
Multada em US$ 5 bilhões por um júri em Anchorage, no Alaska (EUA), em 94, por ter provocado danos ambientais por causa do vazamento de óleo de um de seus petroleiros, a Exxon Corp.  aqui no Brasil controla a subsidiária Esso, conseguiu refazer-se logo. Pelas leis naquele Estado, a multa poderia ter chegado a US$15 bilhões. Após o julgamento, as ações da empresa voltaram a subir  imediatamente.

UNION CARBIDE
O vazamento de 25 toneladas de gás isocianato de metila da fábrica da empresa em Bhopal, na Índia, em dezembro de 1984, provocou a morte de  2,5 mil pessoas. A  tragédia lhe custou US$  300 milhões em perdas com a desvalorização de suas ações nas bolsas, além da indenização aos familiares das vítimas. A companhia contratou especialistas em administração de crises para tentar explicar por que ocorreu o acidente, ainda hoje lembrado como um dos piores da indústria química.

GINI
Acusada de ter palmitos que provocaram botulismo em consumidores, a Gini perdeu US$4 milhões no início do ano passado. Seus produtos foram  devolvidos pelas redes de  supermercados e outros comerciantes. Nada foi provado até hoje. A empresa, no entanto, reformulou sua embalagem e retornou ao mercado.

TAM
Em outubro de 96, uma aeronave Fokker 100 demorou apenas 65 segundos para manchar a imagem de vencedora da companhia do comandante Rolim Amaro. Problemas mecânicos com o avião provocaram um dos maiores acidentes da viação aérea brasileira, matando 99 pessoas que partiam do Aeroporto de Congonhas (SP) para o Rio de Janeiro. No ano seguinte, a TAM foi eleita a melhor empresa do ano pela publicação Melhores e Maiores, da revista Exame, sob protestos dos parentes das vítimas.

SCHERING
Em Junho de 1998, o laboratório Schering do Brasil, que produziu pílulas de farinha na embalagem de anticoncepcionais, é um bom exemplo de como a demora na comunicação com o público pode ser danosa. Depois da denúncia, a empresa ficou 15 dias com a produção paralisada..
A empresa teve que desembolsar mais de US$ 1 milhão em poucos dias para colocar no ar uma campanha de emergência de esclarecimento público, veiculada em todo País.
Cerca de 200 mulheres em todo o Brasil entraram com ações contra o laboratório por gravidez indesejada enquanto faziam uso do medicamento. Fonte: O Estado de São Paulo e Gazeta Mercantil

COMO RECUPERAR A CONFIANÇA DO PÚBLICO

Veja o que os especialistas em gerenciamento de crises recomendam quando uma empresa enfrenta problemas:

1-FAÇA
Saiba que rapidez é crucial. "Aja rapidamente" com precisão", diz Rich Biewitt, superintendente  da Rowan and Blewitt, divisão de gerenciamento de crises da Shandwick International. "Se você não tem uma resposta ou solução para o problema, é melhor afirmar aos consumidores que a empresa está procurando por uma."
1A-NÃO FAÇA
Não esconda o que você sabe. Estar um passo atrás quando surgem evidências de falhas não apenas prejudica sua credibilidade como também obstrui sua capacidade de controlar a crise. "Você tem de jogar limpo", diz Víctor Kamber, diretor-presidente da The Kamber Group. "Muito freqüentemente, a equipe de relações públicas e a empresa se escondem debaixo da mesa e esperam que os problemas desapareçam."

2-FAÇA
Mostre aos consumidores e funcionários que você dá prioridade ao interesse deles acima de tudo. Uma empresa precisa "parecer que quer ajudar as vitimas da crise, primeiro, deixando por último os interesses corporativos", diz Larry Kamer, diretor administrativo da GCI Group, divisão da Grey Global Group.
2A-NÃO FAÇA
Não envolva-se nos detalhes do dia-a-dia da administração da empresa: faça da crise a prioridade número 1 da companhia. "Você precisa reunir uma boa equipe que deixe tudo de lado para cuidar exclusivamente da crise", diz Mark Braverman, executivo da CMG Associates Inc. "Você precisa de uma central de guerra."

3-FAÇA
Tenha uma visão de longo prazo. O grande recall do medicamento Tylenol feito pela Johnson & Johnson é visto com  freqüência como um modelo exemplar de como  é possível recuperar a confiança do consumidor fazendo alguns sacrifícios no curto prazo. "O recall  não apenas demonstra responsabilidade como também remove literalmente o problema se de fato o produto tem defeito ou está sob suspeita", diz Harold Burson, fundador da Burson-Marsteller.
3A-NÃO FAÇA
Não esqueça que a recuperação da imagem se resume em uma coisa - a percepção do público. Mesmo que você não tenha feito nada de errado mas os consumidores acreditam que você tenha, o que importa é a visão deles. "Na batalha entre a percepção e a realidade, a percepção sempre ganha", diz Steven Fink, superintendente da Lexicon Communications Group. Não acho que a Firestone entenda isso.

4-FAÇA
Reúna o máximo de aliados possível, incluindo "especialistas, cientistas, autoridades do governo, consumidores, líderes comunitários e órgãos de defesa do consumidor”, afirma Burson. "Aliados ajudam a criar uma impressão positiva sobre a empresa."

4A-Não faça
Não economize esforços em mostrar que está levando o problema a sério. Uma empresa deveria fazer o que for necessário para mostrar que ela considera a crise tão séria que está  desembolsando grandes quantias para resolvê-la", diz Dana L. Clay, da Everett Clay Associates

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