Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

quarta-feira, novembro 17, 2010

Prevenção de Incêndio com Cigarro

O hábito de fumar é uma das causas mais comuns de incêndios. No entanto, a ameaça de incêndios relacionados com fumo pode ser minimizada pela aplicação de várias técnicas de prevenção.

PREJUÍZOS E MORTES
■ O cigarro é uma das principais causas de incêndios residenciais nos USA. Morrem 1.000 pessoas idosas por ano.
■ O cigarro provoca prejuízos de milhões de dólares em propriedades por ano. Em 1996, os prejuízos decorrentes de incêndios provocados por cigarros em propriedades foram de US$ 10,6 milhões. Entre 1993 a 1996, a NFPA (National Fire Protection Association) informou cerca de US$ 396 milhões em prejuízos decorrentes de incêndios por cigarros.

COM UM PROGRAMA EFETIVO DE PROTEÇÃO RELACIONADO AO FUMO, A SUA EMPRESA PODE:
■ Reduzir perdas de patrimônio
■ Evitar interrupções onerosas nos negócios
■ Ajudar a manter a participação no mercado e conservar funcionários experientes
■ Evitar o risco de ter de se submeter a novas normas de construção que, em alguns casos, podem tornar os custos de reconstrução proibitivos ou exagerados.
■ Motivar o funcionário, delegando maior responsabilidade e autoridade.
Algumas medidas de prevenção simples e baratas, adotadas tanto por você como pelos funcionários em sua empresa, podem ajudar a evitar perdas e as conseqüências devastadoras que as acompanham.

O DESAFIO
O fumo foi identificado pelas análises de per­das da FM Global como uma das sete causas mais freqüente de incêndios. Ele representa um perigo em qualquer lugar, mas particularmente em;
■ Locais de alto risco onde haja líquidos ou gases inflamáveis,
■ Ou em áreas onde haja muito pó combustível ou muita sujeira,
■ Ou ainda, onde quantidades consideráveis de materiais combustíveis sejam armazenados ou processados.
Incêndios relacionados com fumo, iniciados por falta de cuidado, tendem a ocorrer em áreas de armazenagem, mais do que em quais­quer outros locais, devido à presença de materiais de embalagem facilmente inflamáveis. Cigarros e fósforos jogados sem cuidado podem continuar a queimar sem serem percebi­dos e, com freqüência, só são descobertos quando o incêndio já se iniciou.

COMO INICIAR UM PROGRAMA
A fim de obter o melhor aproveitamento em termos de custo-benefício da proteção de sua empresa, você deve avaliar o papel do fumo na estratégia global de gerencia­mento de riscos de sua empresa.

Primeiro, você terá de garantir boas proteções básicas contra incêndios relacionados com cigarros, as quais incluem a designação de áreas para fumar.

Dependendo da natureza de suas operações e do nível das outras medidas de prevenção e controle que sua empresa possa ter, como proteção por sprinklers automáticos, e do tipo de material que sua empresa abriga/processa, você pode escolher trabalhar em um nível de prevenção mais alto e monitorado.

A sua empresa encontrará seu nicho em algum lugar entre o nível básico, de proteção localizada, e o nível monitorado, que demanda mais envolvimento e colaboração. Embora possa não ser necessário em todos os tipos de empresas, o nível monitorado certamente diminuirá o número de perdas.

ELEMENTOS­ CHAVES PARA PREVENÇÃO DE PERDAS RELACIONADAS COM FUMO;

FUMO - ELEMENTOS BÁSICOS
De uma forma geral, confine e controle os materiais para fumantes e divulgue sua política de fumo.

ÁREAS DESIGNADAS PARA FUMAR (FUMÓDROMO)
Muitas empresas designam áreas especiais para funcionários, clientes e visitantes fumarem. Confinando o fumo a uma área protegida específica, você ajuda a controlar o risco de incêndio e a minimizar o risco de perda. Isole as áreas designadas de locais perigosos e torne-as seguras para o fim a que se destinam. Isso inclui a remoção de materiais combustíveis e mobiliários feitos de materiais incombustíveis ou com o menor numero possível de componentes combustíveis.

RECIPIENTES DE LIXO ADEQUADOS (INCLUINDO CINZEIROS GRANDES E CESTOS METÁLICOS)
A disponibilidade de recipientes seguros minimiza as chances de destinação perigosa a materiais de fumantes, como ocorre com uso de cestos de lixo. O pessoal de limpeza deve, também, ter o cuidado de esvaziar cinzeiros e outros recipientes com freqüência e de forma a eliminar possibilidades de ignição.

SINALIZAÇÃO DA POLÍTICA REFERENTE AO FUMO
Identifique claramente tanto as áreas proibidas como as áreas onde fumar é permitido. Além disso, os avisos devem comunicar o perigo de incêndio associado ao fumo em locais com conteúdo facilmente inflamável, como, por exemplo, "Processo Perigoso - Não Fume" ou "Materiais Combustíveis - Não Fume"

POLÍTICA RELACIONADA COM O FUMO COMUNICADA A TODOS OS FUNCIONÁRIOS, EMPREITEIRAS E VISITANTES.
Todos os funcionários e visitantes em sua em­presa devem ser informados das razões em que as restrições ao fumo. Ajude-os a compreender porque fumar é proibido em certas áreas e faça com que saibam onde podem fumar.

Os funcionários serão mais responsáveis em relação ao seu próprio hábito de fumar e os demais entenderem as conseqüências potenciais de perdas. Um cigarro ou fósforo displicentemente jogado pode iniciar um incêndio passível de destruir a instalação e fazer que percam seus empregos.

ELEMENTOS MONITORADOS
Além dos elementos básicos, a gerência deve ter certeza de que suas políticas funcionem. Se não funcionam, descubra o porquê e corrija a situação. Envolva os funcionários.

Todos os elementos básicos mais:
Revisão de relatórios periódicos de inspeção para verificar a conformidade. Gerentes de áreas onde forem encontradas infrações são responsáveis pelo desenvolvimento do um plano de ação corretiva para eliminar novas ocorrências.

Relatórios periódicos de inspeção ­podem indicar sinais de fumo encontrados n­uma área específica da instalação. O objetivo dessa informação por escrito não deve ficar e punir o culpado, e sim, a criação de uma base de dados que lhe indicará onde e quando ocorrem problemas.

Uma vez identificado o problema, você pode tomar providencias para resolvê-lo.
■ Por que pontas de cigarro sempre são encontradas neste canto?
■ Ele esta muito distante da área de fumantes?
■ A solução pode ser a simples colocação de um aviso indicando não se tratar de uma área onde fumar seja permitido.

Reconhecimento, por parte da gerência, de que a política deve ser flexível, conforme as necessidades da força de trabalho (regras realistas com pausas para fumar).
Os gerentes devem ser razoavelmente flexíveis considerando as necessidades dos fumantes. Infrações freqüentes da norma podem indicar que a norma não é razoável. Os intervalos dão tempo suficiente aos funcionários para irem até a área de fumantes, fumarem um cigarro e voltarem ao trabalho? Há um intervalo à tarde e outro de manhã? A política relacionada ao fumo deve ser revisada e atualizada periodicamente para assegurar que ela satisfaça as necessidades e condições normais da mão de obra de sua empresa.

Apoio constatado dos funcionários e participação na política relacionada ao fumo
Funcionários que ajudam a elaborar a política relacionada ao fumo da empresa estarão mais aptos a apoiá-la e aderir a ela. Suas valiosas sugestões quanto à freqüência dos intervalos e a localização das áreas para fumar assegurarão uma política realista. Você pode também designar uma responsabilidade rotativa para a fiscalização da política relacionada ao fumo entre os funcionários.

Ou, como alternativa, os seguintes elementos:
Fumar não é permitido (desde que haja apoio dos funcionários)
Muitas empresas eliminaram totalmente o fumo de suas instalações. Essa abordagem só é viável se apoiada por todos os funcionários ou requerida pelas autoridades locais. O risco de incêndio e, em alguns casos, leis governamentais podem influenciar os funcionários nesse sentido, mas a proibição de fumar pode ocasionar uma fadiga indevida em algumas pessoas, levando-as a burlar a norma procurando lugares escondidos, possivelmente impróprios, para fumar.

Se a eliminação total do fumo não é viável em sua empresa, trabalhe ou procure um consultor de prevenção de perdas, para desenvolver um programa alternativo baseado nos elementos precedentes.

ANÁLISE INICIAL
Na análise de suas instalações utilize o questionário a seguir, para avaliar a situação e para ajudá‑lo a decidir quais são as mudanças necessárias.

Elementos Básicos
■ Áreas designadas para fumar
■ Recipientes de lixo adequados (incluindo cinzeiros grandes e cestos metálicos)
■ Sinalização da política referente ao fumo
■ Política relacionada com o fumo comunica­da a todos os funcionários, empreiteiras e visitantes

ELEMENTOS MONITORADOS
Todos os elementos básicos mais:
■ Revisão de relatórios periódicos de inspeção para garantir conformidade. Gerentes de áreas onde forem encontradas infrações são responsáveis pelo desenvolvimento de um plano de ação corretiva para eliminar novas ocorrências
■ Reconhecimento, por parte da gerência, de que a política deva ser flexível, conforme as necessidades da força de trabalho (regras realistas com pausas para fumar).
■ Apoio constatado dos funcionários e participação na política relacionada ao fumo
Ou:
■ Fumar não é permitido (desde que haja apoio dos funcionários)

ELEMENTOS ADICIONAIS
Detalhe que elementos adicionais, dirigidos as suas necessidades específicas de seu programa deve conter.

Fonte: Factory Mutual Insurance Company e National Fire Protection Association - NFPA

Comentário:
Em 2008, de acordo com as estatística dos Corpos de Bombeiros dos EUA cerca de 114.800 incêndios foram provocados por cigarros. Estes incêndios resultaram em um número estimado de 680 mortes, 1.520 feridos e 737 milhões dólares em danos materiais diretos.
Móveis, estofados e colchões e roupas de cama foram os principais materiais que iniciaram os incêndios provocados por cigarros.
Um em cada quatro vítimas fatais dos incêndios de cigarros não é o fumante, cujo cigarro começou o fogo. A maioria das vítimas fatais de cigarros provocados por incêndios começou em salas de jantar e estar, sala de leitura ou quartos.

Registro de acidentes com cigarro:

■ Na tarde de sexta-feira, 06 de agosto de 2010, o Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul teve apagar incêndio em área de floresta, na área urbana da cidade.
Uma mulher jogou uma ponta de cigarro ao meio da vegetação, a atitude aparentemente banal se transformou em um incêndio, numa área com mais de 100 metros quadrados. “Eu estava fumando um cigarro e joguei a ponta do cigarro no capim, em seguida ouvi um barulho, quando olhei o mato estava pegando fogo, tentei apagar mais o fogo espalhou muito rápido, tive que pedir para o meu filho ligar para o Corpo de Bombeiros”, explicou.
■ Por volta das 9h da manhã de quinta-feira, 11 de novembro de 2010, o Centro Integrado de Operações Policiais (Ciop) foi informado sobre incêndio em um edifício, no bairro do Bessa, localizado próximo ao Colégio Visão, em João Pessoa, Paraíba.
As primeiras informações deram conta de que um morador do 8° andar, do Edíficio Condomínio Canumã, estava em seu quarto quando cochilou. Ele estava com um cigarro aceso. Foi o que deu início às chamas que destruíram boa parte dos móveis do quarto.
■ Um homem, de 55 anos, morreu carbonizado dentro de casa, na noite de quinta feira, 22 de outubro de 2010, em Uberaba, no Triângulo Mineiro. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio foi provocado por um cigarro. O incêndio foi controlado. Quando a equipe conseguiu entrar na residência, o homem já estava morto, com 95% do corpo queimado.
■ Um princípio de incêndio no Edifício Avenida Central, no Centro do Rio, mobilizou três equipes do Corpo de Bombeiros, na madrugada de sexta-feira, 21 de agosto de 2009. As chamas destruíram a estrutura das escadas rolantes do andar térreo, na portaria em frente ao Largo da Carioca.
Fagulhas de pontas de cigarros acumuladas na base das escadas elétricas ou no depósito de manutenção de óleo podem ter provocado o incêndio, segundo o Corpo de Bombeiros. Os bombeiros, com o auxílio da brigada de incêndio do prédio, trabalharam rápido e conseguiram debelar as chamas. Nenhuma loja foi atingida, disse o coordenador de segurança do prédio.
O incêndio teve início por volta das 2h, quando apenas a equipe de segurança circulava no interior do imóvel. O edifício de 34 andares concentra 144 lojas e 1060 salas comerciais. Ninguém ficou ferido. Durante o trabalho dos bombeiros, o entorno do prédio e os corredores centrais foram interditados por motivo de segurança. O serviço de carga e descarga das lojas também foi paralisado. A fumaça atingiu todos os andares do edifício. Apesar do acidente, a coordenação de segurança do Edifício Central garantiu a abertura das lojas e salas. O edifício abrirá normalmente.

Marcadores: , ,

posted by ACCA@3:03 PM

0 comments

quinta-feira, outubro 01, 2009

Girassol fumante e a lei antifumo no Estado de São Paulo

Aprovada no início de abril de 2009 e sancionada em maio pelo governador do Estado de São Paulo, a chamada lei antifumo entrou em vigor em 7 de agosto de 2009.
Com a lei, ficará proibido fumar em espaços coletivos, públicos ou privados, "total ou parcialmente fechados em qualquer dos lados", exceto em residências, estabelecimentos que comprovem ser exclusivamente destinados ao fumo, como tabacarias, e em locais de culto religioso em que o fumo integre o ritual
A nova lei que cria ambientes livres de tabaco em São Paulo visa defender a saúde, principalmente, das pessoas que não fumam, mas acabam obrigadas a inalar a fumaça do cigarro daquelas que fumam. O tabagismo passivo, fumo de segunda mão, tabagismo involuntário ou exposição à fumaça do tabaco ambiental são diferentes conceituações do mesmo fenômeno.

Artigos publicados no Blog:
http://zonaderisco.blogspot.com/2009/05/dia-mundial-sem-tabaco-31-de-maio.html

Vídeo:
Um girassol que fuma até a morte e transmite sua agonia foi a idéia de uma agência de publicidade paulista Fisher para manifestar seu apoio à lei antifumo.
A planta que fuma é uma experiência sem caráter científico que compara duas plantas adultas metidas num vaso e circundadas por um cilindro de vidro semi-aberto. As duas plantas recebem a mesma quantidade de água, luz do Sol e ventilação. A não ser por uma diferença: uma delas é exposta diariamente à fumaça de cigarros.
O resultado visível no vídeo é que o girassol fumante morre em seis dias, após fumar (inalar) 97 cigarros. O vídeo é genial.

The smoking plant (With english subtitles) from Fischer Fala on Vimeo.

Marcadores: ,

posted by ACCA@7:29 AM

0 comments

domingo, maio 31, 2009

Dia Mundial sem Tabaco - 31 de maio


O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes.

Pesquisas comprovam que;
■ Aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam.
■ Nos países em desenvolvimento os fumantes constituem 48% da população masculina e 7% da população feminina,
■ Nos países desenvolvidos a participação das mulheres mais do que triplica: 42% dos homens e 24% das mulheres têm o comportamento de fumar.

O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de 4,9 milhões de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. Caso as atuais tendências de expansão do seu consumo sejam mantidas, esses números aumentarão para 10 milhões de mortes anuais por volta do ano 2030, sendo metade delas em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 69 anos)

Brasil
Quase metade dos fumantes brasileiros (48,2%) afirma que as advertências nos maços de cigarros fazem com que fiquem mais propensos a deixar o vício, segundo dados preliminares de pesquisa internacional divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer sobre políticas de controle do tabaco.
Desde 2001, os fabricantes ou importadores de produtos de tabaco no Brasil são obrigados por lei a inserirem advertências sanitárias acompanhadas de fotos que ocupam 100% de uma das maiores faces dos maços de cigarros, acompanhadas do número do Disque Saúde - Pare de Fumar.
Estudos científicos demonstram que advertências sanitárias mais eficientes são as que geram reações emocionais negativas, como o medo e a repulsa, pois são as que mais favorecem uma redução da freqüência e intensidade do consumo e que mais motivam os fumantes a tentarem deixar de fumar.

Pesquisa
No Brasil, a pesquisa está sendo realizada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) e pela Universidade de Waterloo, do Canadá, sob a coordenação do professor Geoffrey Fong.

Alguns dados sobre a pesquisa no Brasil:
■ 91,8% dos fumantes ouvidos disseram que se pudessem voltar atrás, não teriam começado a fumar (61.0% concordaram fortemente + 30.8% concordaram).
■ 50% dos fumantes e 28% dos não-fumantes reparam nas imagens de advertência dos maços frequentemente ou muito frequentemente.
■ 32,7% dos fumantes leram ou olharam atentamente para as advertências dos rótulos frequentemente ou muito frequentemente.
■ 43.8% dos fumantes fizeram esforço para evitar olhar ou pensar sobre as advertências.

Na Espanha
Morre anualmente cerca de 50.000 pessoas por doenças decorrentes do consumo de fumo, um valor superior do que o conjunto de mortes por acidentes de trânsito e consumo de drogas ilícitas.
E como exemplo:
■ De cada 1.000 mortes na Espanha, 151 se devem ao consumo de fumo, 15 de acidentes de trânsito, 4 de AIDS e menos de um para consumo de drogas ilícitas.

A presidenta da Sociedade Espanhola de Cardiologia (SEC), María Jesús Salvador, vai mais longe e aponta uma morte relacionado com o fumo a cada 10 minutos, ou equivale a 144 mortes diárias.

Tabagismo passivo
Mas o cigarro não mata só a quem consome voluntariamente, já que se estima que mais de 1.000 não-fumantes morrem anualmente por tabagismo passivo. É que a fumaça de um cigarro contém mais de 4.000 substâncias químicas, das quais mais de 50 são carcinógenos.

Relatórios da Organização Mundial da Saúde
Apontam:
■ O fumo é a primeira causa evitável de doença, invalidez e morte prematura no mundo.
■ Além disso, o tabagismo provoca 1,2 milhões de mortes na Europa, está diretamente relacionado com surgimento de 29 doenças, das quais 10 são diferentes tipos de câncer.
■ E é a principal causa de muitas mortes por câncer de pulmão e a mais da metade das doenças cardiovasculares.

Em particular, segundo informa o Ministério da Saúde da Espanha;
■ O fumo é o responsável por mais de 90% dos casos de bronquite diagnosticadas;
■ 95% dos casos de câncer de pulmão;
■ 30% de todas as cardiopatias coronárias;
■ E é também um fator causal bem estabelecido de câncer do esôfago, bexiga urinária, cavidade bucal, e laringe.

Fontes: INCA (Instituo Nacional de Câncer)-Ministério da Saúde do Brasil e ABC - Madrid , 30 de mayo de 2009

Vídeo:

Marcadores: ,

posted by ACCA@7:08 AM

0 comments

sexta-feira, agosto 29, 2008

Fumo passivo mata diariamente

Hoje, dia 29 de agosto comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Fumo, criado pela Lei Federal n° 7488 de 11 de junho de 1986, que estabelece que durante a semana que antecede a data seja lançada uma campanha de âmbito nacional, visando alertar a população, em particular os adolescentes e adultos jovens - alvos preferidos da indústria do tabaco sobre os males causados pelo fumo à saúde.

A cada dia, ao menos sete brasileiros morrem em decorrência de doenças causadas pela exposição à fumaça do cigarro. Todo ano, cerca de 2.655 não-fumantes morrem a cada ano no Brasil por causa do fumo passivo. Os dados constam no estudo "Mortalidade Atribuível ao Tabagismo Passivo na População Urbana do Brasil", realizado por pesquisadores do Inca (Instituto Nacional de Câncer) e do Iesc/UFRJ (Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Somente indivíduos na faixa etária de 35 anos ou mais foram alvo do estudo. Fumantes e ex-fumantes não fizeram parte da população avaliada.

Doenças pesquisadas
O estudo inclui apenas as três principais causas de morte por tabagismo passivo:
■ câncer de pulmão,
■ doenças isquêmicas do coração (como infarto e angina) e
■ acidentes vasculares cerebrais.

Fumante passivo
O estudo considera como fumantes passivos apenas os habitantes de áreas urbanas com mais de 35 anos, que nunca fumaram e moram com pelo menos um fumante

Os números preocupam
Os números preocupam a pesquisadora Valeska Figueiredo. "São mortes que poderiam ser facilmente evitadas. Isso mostra a necessidade de termos uma legislação mais rígida em relação ao cigarro", afirma. Ela defende, porém, que as estimativas são "conservadoras". Ficaram de fora do cálculo, portanto, aqueles expostos à fumaça no ambiente de trabalho e os moradores de áreas rurais.

Mortes atribuídas
■ de cada 1.000 mortes por doenças cérebro-vasculares, 29 são atribuíveis à exposição passiva à fumaça do tabaco.
■ a proporção é de 25 para 1.000 no caso de doenças isquêmicas e
■ de 7 para 1.000 mortes por câncer de pulmão.
Os óbitos de mulheres são de 1,3 a 3 vezes mais elevados que os de homens. Das 2.655 mortes, 1.601 foram de mulheres. A faixa etária que registra maior ocorrência, tanto em homens quanto em mulheres, é de 65 anos ou mais. .
Segundo o Inca, o tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável do mundo, atrás só do tabagismo ativo e do consumo excessivo de álcool.
No Brasil, onde cerca de 16% da população é fumante, o fumo em ambientes públicos ou privados de uso coletivo é regulado pela lei federal 9.294, de 1996. O texto permite a criação de áreas reservadas para esse fim, o que é criticado por associações antitabagistas.

Outros malefícios do fumo passivo
O Inca alerta que os perigos do cigarro também são graves para quem não fuma. Quem convive com fumantes pode sofrer;
■ irritação nos olhos,
■ tosse, dor de cabeça e
■ aumento dos problemas alérgicos e cardíacos.

O fumo passivo também causa problemas de médio e de longo prazo:
■ pesquisas nacionais e internacionais indicam que os fumantes passivos têm um risco 23% maior de desenvolver doença cardiovascular e
■ 30% mais chances de ter câncer de pulmão.
■ quem respira a fumaça do cigarro com freqüência têm mais propensão à asma, fica com a capacidade respiratória reduzida, e tem 24% a mais de chances de infarto do miocárdio.

Bebês e crianças expostas à fumaça
Podem desenvolver
■ doença cardiovascular quando crescerem, além de terem mais tendência a infecções respiratórias e asma brônquica.
■ filhos de grávidas que fumam apresentam o dobro de chances de nascer com baixo peso e 70% de possibilidades de sofrer um aborto espontâneo e 30% podem morrer ao nascer.
■ durante o aleitamento, a criança recebe nicotina por meio do leite materno. A substância produz intoxicação, podendo ocasionar agitação, vômitos, diarréia e taquicardia, principalmente em mães fumantes de 20 ou mais cigarros por dia.

Fumódromos
Os fumódromos, podem estar com os dias contados. O Ministério da Saúde propôs emenda que proíbe o fumo em qualquer ambiente fechado ou semi-fechado. O texto já foi aprovado pela Casa Civil e aguarda envio ao Congresso.
"A lei atual está defasada e expõe as pessoas ao risco, especialmente os que trabalham nessas áreas de fumantes. Não existe sistema de ventilação capaz de dissipar a fumaça, assim como não existem níveis seguros de exposição", diz a chefe da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca, Tânia Cavalcante.

Pesquisa inédita no Brasil
Esta é a primeira pesquisa do gênero realizada no Brasil. O diretor-geral do Inca, Luis Santini, frisa que é importante ressaltar que os resultados representam apenas uma parcela da mortalidade atribuível à exposição passiva à fumaça do tabaco. Não foram objeto do estudo outras causas de óbito possivelmente associadas ao tabagismo passivo, como síndrome da morte subida da infância e doenças respiratórias crônicas. Também não foram avaliadas patologias relacionadas à infância e período neonatal.

Fontes: O Globo Online – 22 de agosto de 2008 , Folha de São Paulo e Folha de Londrina – 23 de agosto de 2008

Comentário
Interessante essa análise, mas se olharmos como uma visão holística do espaço ambiental em que vivemos, estamos num autentico fumódromo onde predomina a inalação ativa e passiva de do espectro da poluição ambiental.
Qual seria o pior fumo passivo da inalação do tabaco ou da poluição ambiental, que é uma mistura de poluentes ou um blend de hidrocarbonetos, de materiais particulados, metais pesados, mercúrio, pesticidas, etc, formando um autentico coquetel poluidor?


Marcadores: ,

posted by ACCA@5:35 PM

0 comments

quinta-feira, maio 29, 2008

Campanha sem tabaco




31de maio:Dia Mundial Sem Tabaco


O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) apresentaram em Brasília, as novas imagens de advertências de embalagens de produtos com tabaco.

O lançamento ocorre por conta da proximidade do Dia Mundial Sem Tabaco, marcado para 31 de maio.

“Juventude livre do tabaco”.
Esse é o tema que a Organização Mundial da Saúde, OMS, escolheu para comemorar o Dia Mundial sem Tabaco de 2008.

O objetivo é alertar a sociedade para;
■ as estratégias que a indústria do cigarro utiliza para atrair novos consumidores, como embalagens atrativas, sabores diferenciados
■ o patrocínio de eventos que atraem o público jovem: corridas de carro, esportes radicais e shows de rock, por exemplo.

“O Brasil tem sido líder global no controle do tabaco e sempre foi uma liderança na iniciativa de políticas para avançar neste tema, tais como proibição de publicidade, rótulos de avisos e a proibição de publicações enganosas”, afirmou Douglas Bettcher, diretor da Iniciativa Livre de Tabaco da OMS, no evento do Ministério da Saúde, que iniciou a celebração do Dia Mundial Sem Tabaco no Brasil.

Pesquisa das imagens
O estudo que auxiliou a escolha das imagens da nova campanha foi desenvolvido, de 2006 a 2008, pelo Inca em parceria com universidades do Rio de Janeiro e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A pesquisa mediu a reação emocional de 212 jovens entre 18 e 24 anos, fumantes e não fumantes, de três faixas de escolaridade (ensino fundamental, médio e superior), divididos igualmente em homens e mulheres. As novas imagens foram consideradas mais aversivas, em comparação com as anteriores, aumentando o potencial de gerar uma atitude de afastamento do produto.

“O nosso foco são os jovens. Nós percebemos que a indústria desenvolve estratégias para capturar essa garotada e queremos mostrar a outra face da realidade” disse o ministro da Saúde.
Com base nessa pesquisa e em estudos e experiências nacionais e internacionais, os pesquisadores selecionaram dez temas de advertência capazes de provocar reação de repulsa nos jovens: Substâncias tóxicas, Letalidade do câncer do pulmão, Malefícios para o feto, Envelhecimento precoce, Fumo passivo, Doenças Cardiovasculares, Acidente vascular cerebral, Mutilação, Dependência e Impotência.

Os pesquisadores não incluíram imagens que funcionam como gatilhos para fazer o fumante ter vontade de fumar, como pessoas fumando, cinzeiros, isqueiros, cigarros acesos e embalagens do produto. “As imagens têm o objetivo de provocar repulsa pela utilização de um produto que pode causar aquele tipo de lesão que está sendo demonstrada”, afirmou Luiz Antônio Santini, diretor-geral do Inca.

As novas imagens só deverão chegar ao mercado daqui a nove meses, em fevereiro de 2009. Mesmo assim, especialistas em tabagismo já comemoram a nova campanha. Segundo eles, as imagens chocantes são capazes de fazer com que os fumantes pensem duas vezes antes de acenderem o cigarro.

Estratégia
O Brasil foi o segundo país, após o Canadá, a adotar imagens de advertência como estratégia para diminuir a prevalência e evitar a experimentação do cigarro por jovens e adolescentes. Desde 2001, os fabricantes de produtos de tabaco são obrigados, por lei, a inserirem advertências sanitárias ilustradas com fotos. Quase 90% dos fumantes regulares começam a fumar antes dos 18 anos, fazendo com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considere o tabagismo uma doença pediátrica.

As imagens fazem parte de um conjunto de medidas propostas pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo que, nos últimos 20 anos, vem obtendo resultados positivos;
■ a redução da proporção de fumantes na população de 34,8%, em 1989, para 22,4%, em 2003.
■ O Banco Mundial publicou uma análise em 2007 que mostra o aumento de famílias não fumantes de 66% para 73%, entre 1995/1996 e 2002/2003. Outro ponto importante é a redução na taxa de mortalidade por câncer de pulmão entre os homens, que em 90% dos casos acontece entre os fumantes.

Vídeo




Novas embalagens
1. Vítima deste produto: Este produto prejudica a mãe e o bebê, causando parto prematuro e morte.
2. Gangrena. O uso deste produto obstrui as artérias e dificulta a circulação do sangue.
3. Morte. O uso deste produto leva à morte por câncer de pulmão e enfisema.
4. Infarto. O uso deste produto causa morte por doenças do coração.
5. Fumaça Tóxica. Respirar a fumaça deste produto causa pneumonia e bronquite.
6. Horror. Este produto causa envelhecimento precoce da pele.
7. Produto Tóxico. Este produto contém substâncias químicas como amônia, formol e arsênico.
8. Sofrimento. A dependência da nicotina causa dor e morte.
9. Impotência. O uso deste produto diminui, dificulta ou impede a ereção.
10. Perigo. O risco de derrame cerebral é maior com o uso deste produto.

Fotos ampliadas com imagens fortes
http://zonaderisco.nafoto.net/photo20080529100509.html

http://zonaderisco.nafoto.net/photo20080529104518.html

http://zonaderisco.nafoto.net/photo20080529104623.html

http://zonaderisco.nafoto.net/photo20080529104718.html

http://zonaderisco.nafoto.net/photo20080529104805.html

Fonte: Divisão de Comunicação Social - Instituto Nacional de Câncer – 27 de maio de 2008

Comentário:
Cerca de 200 mil pessoas morrem por ano no Brasil em decorrência de doenças associadas ao tabaco gerando despesas de R$ 400 milhões ( 200 milhões de dólares) por ano só em atendimento médico. O Brasil tem 23 milhões de fumantes.
A cada ano, o cigarro mata quase 5 milhões de pessoas em todo o mundo; 200 mil, somente no Brasil.
Segundo o Inca, a dependência está associada;
■ a 90% dos casos de câncer de pulmão,
■ 85% dos óbitos por enfisema pulmonar,
■ 40% dos derrames cerebrais
■ e 25% dos infartos fatais.

No Brasil, em 17 municípios estudados, o percentual de estudantes de 12 a 16 anos que já experimentaram cigarros varia, entre meninos, de 53%, em Fortaleza, a 28% em Salvador; e entre meninas, de 54%, em Porto Alegre, a 26% em Salvador (Vigescola – Vigilância de Tabagismo em Escolares).

Dados do Ministério da Saúde mostram que, entre 1989 e 2004, o consumo per capita de cigarros no país caiu 32%. A prevalência de fumantes entre os brasileiros com mais de 15 anos de idade também diminuiu no período, passando de 32% para 17%. Esse índice, segundo o ministério, coloca o Brasil em situação favorável em relação a países desenvolvidos e em desenvolvimento, que apresentam taxas médias de 27,4% e de 28,9%, respectivamente.

O percentual brasileiro de fumantes está mais próximo do registrado em países como Estados Unidos (20,8%) e Canadá (20%) do que o verificado em nações como México (34,8%) e Argentina (40,4%).

Marcadores: ,

posted by ACCA@10:55 AM

0 comments

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Países e a epidemia global do tabaco

Foto: fotos impressas nos maços de cigarro no Brasil, indicando os malefícios de fumar.

O levantamento, realizado em 179 países, pela OMS (Organização Mundial da Saúde), indica;
■ que a receita com os impostos sobre o fumo chega a ser 4 mil vezes maior do que os gastos com o controle do consumo nos países de renda média e 9 mil vezes maior nas nações de baixa renda.
■ a proporção é menor nos países mais ricos, onde os impostos sobre o cigarro totalizam uma quantia 340 vezes maior do que os gastos em ações contra o fumo.
■ os governos do mundo todo arrecadam em média 500 vezes mais com os impostos sobre o cigarro do que gastam com ações antitabagistas,

Reduzir o consumo
Segundo a OMS, a principal medida para reduzir o consumo de tabaco seria aumentar os impostos sobre o produto.
"Aumentar o preço do tabaco ao elevar os impostos é o modo mais eficaz de diminuir o consumo e incentivar as pessoas a deixar de fumar", diz o documento. O relatório ressalta que um aumento de 70% no preço do tabaco poderia prevenir até 25% das mortes relacionadas ao fumo.

Estratégias
Além do aumento de impostos, o relatório sugere ainda um pacote de estratégias que poderiam ser adotadas pelos governos para controlar o consumo de tabaco.
Intitulado "MPower", o pacote tem como principais medidas monitorar o uso do tabaco e as políticas de prevenção, proteger a população da fumaça do tabaco, oferecer ajuda para aqueles que decidem parar de fumar, alertar sobre os perigos do tabaco, reforçar as proibições de anúncios e propagandas e, finalmente, aumentar os impostos ao tabaco.
Segundo a OMS, as medidas são simples e podem ser adotadas por todos os países. "Embora os esforços para combater o tabaco estejam ganhando força, todos os países precisam fazer mais", afirma Margareth Chan, diretora-geral da OMS.
"As estratégias que oferecemos estão ao alcance de todos, pobres ou ricos, e, usadas como um pacote, oferecem a melhor chance para reverter a epidemia do tabaco", acrescenta Chan.

Epidemia
O relatório também descreve os esforços e as políticas contra o tabagismo em todos os países membros da ONU (Organização das Nações Unidas).
Segundo o levantamento, atualmente nenhum país cumpre com todas as medidas especificadas no pacote sugerido pela OMS, tampouco as estipuladas pelo Tratado Internacional do Tabaco, de 2005. O documento ressalta ainda que apenas 5% da população mundial vive em países que respeitam pelo menos uma das estratégias sugeridas pela organização.

Previsão de mortes
O relatório aponta também uma mudança no padrão da epidemia do tabaco. Segundo a OMS, a epidemia vai atingir mais os países em desenvolvimento, e as estimativas apontam que, de um total de 175 milhões de mortes relacionadas ao fumo previstas até 2030, 80% devem atingir pessoas em países em desenvolvimento. De acordo com a OMS, as empresas tabagistas têm como principal alvo os jovens destes países.

Brasil
Os esforços do governo brasileiro para combater o consumo de tabaco são destacados pelo documento. Entre as principais iniciativas, a OMS ressalta as fotos impressas nas embalagens de cigarro como "uma importante fonte de informação para fumantes jovens e para analfabetos".
O documento ainda afirma que o governo começou a financiar os tratamentos para os que decidem parar de fumar em 2004.
Segundo o relatório, entre 2004 e 2006, 22 dos 27 Estados brasileiros ajudaram 50 mil pessoas a largar o vício - das quais 45% usaram medicamentos e 40% continuaram sem fumar depois de quatro semanas.
Apesar disso, diz a OMS, o preço do maço de cigarro no Brasil é o segundo menor das Américas, acima apenas do preço cobrado no Paraguai.

Fonte: BBC Brasil- 07 de fevereiro de 2008

Marcadores:

posted by ACCA@2:56 PM

0 comments