Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia
quinta-feira, janeiro 23, 2020
HOUSEKEEPING É MAIS DO QUE “LIMPEZA” – É SOBRE SEGURANÇA
VOCÊ SABIA?
Os materiais acumulados do
processo e também materiais de embalagens (plástico, papel/papelão, madeira),
tornam-se combustíveis em caso de incêndio ou explosão. É essencial
minimizá-los através de housekeeping.
·Os sistemas de segurança, tais como a proteção contra
incêndios, podem não ter sido projetados para combustível adicional, incluindo
poeira ou outros materiais derramados.
·Derramamentos e vazamentos de matérias primas,
produtos intermediários ou produtos acabados também representam material
perdido diminuindo o rendimento do processo.
·Housekeeping é mais do que eliminar derramamentos; os
equipamentos sem uso e as embalagens não utilizadas também precisam ser
adequadamente acondicionados.
·As limalhas e as poeiras metálicas também constituem
risco de incêndio e explosão. Elas precisam do mesmo nível de cuidado que
outros materiais combustíveis.
O QUE VOCÊ PODE FAZER?
Conheça quais são as
expectativas de housekeeping para a sua área e siga-as.
·Assegure-se de que métodos adequados de manuseio e
descarte sejam aplicados aos materiais recolhidos durante as atividades de
housekeeping.
·Os resíduos metálicos constituem um perigo único que
requer métodos especiais para descarte; descubra quais são e siga-os.
·Além disso, se a fonte do material for desconhecida,
consulte o pessoal da segurança sobre quais EPIs utilizar para a limpeza.
·Durante as suas rondas anote as práticas de
housekeeping abaixo do padrão e reporte-as ao seu supervisor. Melhor ainda,
limpe-as enquanto aplica os métodos de segurança adequados.
Manter as áreas limpas torna-as mais seguras!
Fonte: Beacon Process Safety
Comentário:
O programa housekeeping
oferece vários benefícios, como:
·Aumenta o senso de limpeza e organização de toda a
equipe;
·Melhora a qualidade de vida no trabalho aos
profissionais;
A chuva forte que atingiu São
Carlos no final da tarde de domingo (12) causou alagamentos e transtornos em
diversos pontos
Novamente as inundações
atingiram nas áreas de risco da cidade como baixada do mercado municipal,
rotatória do Cristo, kartódromo, Praça Itália e pontilhão da Travessa‑8. A Prefeitura
de São Carlos solicitou ajuda para a Defesa Civil do Estado de São Paulo, que
imediatamente enviou uma equipe para a cidade. O mesmo local já tinha sido
atingido por outro temporal no dia 4 de janeiro.
VOLUME DE CHUVA
Segundo a Defesa Civil de São
Carlos, a chuva começou por volta de 17h45 e terminou por volta de 20h50, com
volume de 167,8 milímetros.
O local mais castigado
novamente foi a região do Mercado Municipal. A água atingiu 1,50 metros
invadindo 120 lojas. Na Rotatória do Cristo a água ultrapassou 2,50 metros.
Na avenida Comendador Alfredo
Maffei, a água invadiu a concessionária da Chevrolet e o McDonald's, onde 30
pessoas ficaram ilhadas e tiveram que ser resgatadas pelo Corpo de Bombeiros
EQUIPES DE EMERGÊNCIAS E DE
RESGATE
Equipes da Defesa Civil,
Guarda Municipal, Transporte e Trânsito, Serviços Públicos, Cidadania e
Assistência Social e Segurança Pública, bombeiros e PM estão nas ruas atendendo
as ocorrências e fazendo o levantamento de todas as áreas atingidas,
interditando e sinalizando os locais com problemas.
COMUNICADO DA PREFEITURA
"A Prefeitura solicita
para que as pessoas evitem transitar neste momento na região da baixada do
mercado municipal, rotatória do Cristo, Praça Itália, kartódromo, prolongamento
da Avenida Trabalhador Sãocarlense e no pontilhão da Travessa 8, na Vila
Prado", disse a prefeitura em nota.
DANOS MATERIAIS
A Secretaria de Cidadania e Assistência Social atendeu 40 famílias que tiveram as casas parcialmente invadidas pela chuva, principalmente na região do CDHU.
ESTIMATIVA DE PREJUÍZOS
O diretor da Defesa Civil de
São Carlos, Pedro Caballero, informou que a chuva atingiu 22 pontos da cidade e
destruiu 120 lojas no Centro. Além disso, na rotatória do Cristo, três
estabelecimentos comerciais também foram atingidos e tiveram prejuízos.
Segundo Caballero, as perdas
financeiras na região do Cristo atingem mais de R$ 500 mil e na região central
R$ 1 milhão, podendo chegar a R$ 2 milhões no total.
Somente na região do centro e
da rotatória do Cristo, o prejuízo da iniciativa privada é estimado em R$ 2
milhões. .
TESTEMUNHAS DO EVENTO
A região central foi uma das
mais atingidas pelos alagamentos. Diversas lojas foram invadidas pela água. O
mesmo local já tinha sido atingido por outro temporal no dia 4 de janeiro.
§Na manhã desta segunda-feira, os comerciantes limparam as lojas e
começaram a contabilizar prejuízos. “O sentimento é de desanimo e tristeza.
Chorei a noite inteira”, disse a manicure Dulcineide, dona de um salão na Rua
Geminiano Costa, no Centro.
§A gerente de uma perfumaria contou que muitos produtos foram levados
pela chuva. Os funcionários chegaram às 7h desta segunda-feira para ajudar na
limpeza da loja.
“Na chuva da semana passada,
tivemos perda de produtos, mas menos do que neste domingo. Já vi o calçadão
encher, mas na proporção de ontem foi a primeira vez”, disse Liliane Simolini
Finato.
§O lojista Cid Zacarin contou que a comporta instalada no comércio não
foi suficiente para conter a água, que invadiu a loja e molhou de 2,5 mil a 3
mil pares de calçados.
COMÉRCIO FECHADO
Segundo a Acisc, cerca de 70
lojas foram atingidas, sobretudo na Avenida Comendador Alfredo Maffei, Rua
Geminiano Costa, Rua Episcopal e Rua Nove de Julho.
Algumas lojas estão abertas,
mas funcionários estão fazendo a limpeza. Segundo a Defesa Civil foi a pior
chuva na cidade nos últimos nove anos.
COMÉRCIO VOLTA FUNCIONAR DOIS
DIAS APÓS CHUVA DEPOIS
A maior parte do comércio na
região central da cidade voltou a abrir na terça-feira (14).
A Associação Comercial e
Industrial de São Carlos (Acisc) informou que o comércio funciona normalmente,
exceto grande parte das lojas que foram afetadas pela enchente.
Para diminuir o prejuízo
causado pela chuva que molhou e levou produtos, os comerciantes apostaram nas
promoções.
TRÂNSITO NA CIDADE
Segundo a Defesa Civil de São
Carlos, algumas vias já foram liberadas para a passagem de veículos e outras
continuam interditadas para obras das equipes. Fontes: G1 São Carlos e
Araraquara- 12 a 14/01/2020, São Carlos Agora - 13 JAN 2020
Após a chuva
COMENTÁRIO:
Cenário: Hidrografia da
Sub-bacia do Córego Gregório
Nascendo na área rural de São
Carlos ao leste da cidade a aproximadamente 900 m de altitude, o córrego do
Gregório constitui um importante curso de água da cidade.
Seu percurso se dá no sentido
leste-oeste, desaguando no Rio Monjolinho na rotatória da marginal região
onde localiza-se a praça com a imagem do
Cristo, próxima ao shopping. A sua extensão é de aproximadamente 7 km com maior
inclinação na face Sul. É abastecido por águas subterrâneas e por água fluvial.
Com relação aos corpos hídricos que compõem a bacia, nota-se que os afluentes
do córrego do Gregório só estão presentes em um dos lados.
Os outros afluentes foram
suprimidos pela ação antrópica, ou estão totalmente canalizados de forma que
não constam nas cartas topográficas. É o caso do Córrego do Simeão, que se une
ao Gregório na região central, que também influencia os eventos de enchentes.
O Córrego é abastecido de
duas maneiras:
§Por água subterrânea, proveniente dos lençóis freáticos;
§Pelas chuvas, que caem no Córrego e pelas águas provenientes do
escoamento da chuva que não penetrou no solo.
RETIFICAÇÃO E CANALIZAÇÃO
Seu traçado foi alterado na
região central da cidade, a mudança mais visível foi à mudança de seu traçado
onde ficou praticamente retilíneo e a canalização de suas águas em algumas
regiões. A planície de inundação na região do mercado foi aterrada para a
construção da piscina municipal, Praça dos Voluntários e Mercado Municipal. A
terra foi utilizada para elevar o nível das ruas Alexandrina, Episcopal e da
Avenida São Carlos. Essas modificações tornaram o córrego mais veloz (por
tornar reto o seu traçado) e juntamente com a impermeabilização do solo
propício a inundações.
A Sub‑bacia do córrego do
Gregório, situada no Município de São Carlos-SP, é uma região caracterizada
pela frequente ocorrência de inundações. Nesta sub‑bacia os processos sociais,
ambientais e tecnológicos podem ser observados no contexto das inundações que,
ao afetar diretamente a população que ali reside ou trabalha, se constituem em
desastre que afeta a vida social do município, pois, se trata de uma região
central com predominância comercial.
A Bacia do Córrego do
Gregório está localizada no município de São Carlos e possui área total de 15,6
km². Seu clima é o Tropical de Altitude, com verões chuvosos e invernos secos,
com seis meses quentes e úmidos e seis meses frios e secos. A temperatura
diária máxima anual é de 26,9ºC e a mínima anual de 16,2ºC.
AS INUNDAÇÕES NO CÓRREGO DO
GREGÓRIO: ASPECTOS HISTÓRICOS E DANOS MATERIAIS E IMATERIAIS
O Córrego do Gregório, desde
a fundação do município, sofreu intervenções humanas que, associadas a
crescente urbanização e impermeabilização da micro bacia, acarretaram e ainda
acarretam várias enchentes na região central da cidade, no entorno do Mercado
Municipal.
O primeiro registro de
inundação do Córrego do Gregório na área região central do município data do
ano de 1905, o ano em que se começa a registrar este tipo de evento, ou seja,
mesmo antes desse ano é possível que se tenha tido outros casos de enchentes no
local.
Em 1974 teve-se a construção
de avenidas marginais ao córrego, que contou com a adaptação da hidrografia ao
sistema de mobilidade urbana, fazendo com que de maneira geral o córrego
sofresse várias intervenções e retificação de seus meandros. A intensa ocupação
adjacente ocorreu no período de 1950 a 1970. Contudo já em 1940 as margens já
apresentavam considerável ocupação.
De acordo com levantamento
histórico realizado sobre registros de inundações ou alagamentos na área no
período de 1940 a 2004, os anos de 1947, 1953, 1955, 1957, 1960, 1965, 1968,
1970, 1972, 1973, 1974, 1976, 1977, 1978, 1981, 1987, 1988, 1989, 1990, 1996,
2002, 2003 e 2004 apresentaram esses eventos. Ou seja, em um período de 64
anos, em 23 deles alagamentos foram registrados, sendo que em alguns desses,
foram observados mais de um alagamento, mostrando que a área é bem suscetível a
enchentes e que esse é um problema antigo que, mesmo com todos os projetos de
contenção e minimização das enchentes, persiste.
O levantamento do histórico
das inundações ocorridas no período de 2007 – 2013 foram contabilizado 14
eventos.
Fonte: Levantamento histórico
e relatos de inundações do córrego do Gregório na região central do município
de São Carlos – SP, Revista EIXO, Brasília - DF, v.3 n.1, Janeiro – Junho de
2014, UFSCar - Universidade Federal de São Carlos.
Esse um padrão de urbanismo
que ainda predomina nas cidades, encaixar um rio num leito retificado, com as
margens impermeabilizadas e muretas. Ao longo do rio ou córrego constrói
avenidas e edificações. O rio perde toda sua característica natural, ficando
engessado numa calha artificial Suas margens e regiões limítrofes são
modificadas por construções, avenidas, de maneira desordenada.
Quando há chuvas torrenciais
o rio procura sua forma anterior, natural, para escoar a água ou manter a vazão
do rio de modo continuo. Com esse engessamento do rio, acrescido pela vazão do
rio virtual provocado pela impermeabilização do solo e desmatamento, ele
forçosamente sairá de seu leito artificial construído pelo homem, para aliviar
a pressão e volume de água existente nesse leito que não comporta esse volume
de água.
A cidade vai crescendo, mais
impermeabilização, mais água é direcionado ao rio, que mantém a mesma vazão
anterior numa situação crescente de ocupação urbana, sem ao menos aumentar o
leito do rio, que se torna inviável devido a ocupação de suas margens por
infraestrutura urbana.
As principais causas de
inundação seriam:
■ O clima: chove
torrencialmente na época de verão
■ Uso e ocupação do solo de
maneira desordenada
■ Não há mapeamento das áreas
inundáveis quanto a:
1-Conhecimento da relação
cota x risco de inundação
2- Definições dos riscos de
inundação de cada superfície
3- Incorporação a Legislação
Municipal de uso e ocupação do solo em zona de risco
4- Uso de Sistema de
Informações Geográficas na análise de projetos de edificações e equipamentos
urbanos.
5- Controle público da
ocupação regular e irregular
■ a prática legalizada da
construção ilegal e construção de obras públicas que não respeita o
ecossistema.
■ O aumento da
vulnerabilidade é atribuível ao uso do solo e da água que é muitas vezes ainda
não considera as limitações impostas pela hidrogeologia. É comum no país como
padrão, canalizar córrego, retificar e construção de avenidas ao logo das
margens dos córregos e rios. Em conseqüência disso há uma ocupação desordenada
do solo, principalmente construções, aumentando ainda mais a impermeabilização
do solo.
Infelizmente a historia de
desastre natural demonstra que tais acidentes se repetem após um ciclo de
poucos anos, repetirão os mesmos erros. A natureza tem suas próprias leis para
provocar desastre.
A PERIGOSA CAMINHADA DE UMA CRIANÇA NO PARAPEITO A 15 M DE ALTURA
A imagem não pode ser mais
assustadora: uma garotinha sai pela janela de um apartamento em Adeje,
Tenerife, e "caminha" pelo parapeito do quinto andar. O vídeo,
filmado m um complexo turístico e transmitido nas redes sociais.
A criança sai pela janela do
apartamento de um dos cômodos e caminha ao longo da borda, com apenas 30 cm de
largura, alguns metros até a varanda.
Depois de verificar que não há ninguém, a
criança volta e faz o caminho de volta para adicionar ainda mais tensão ao
momento. De fato, um pequeno 'salto' ou tropeço final, antes de chegar à
janela, grita para quem está filmando o que acontece. Aparentemente, ele
aproveitou o momento em que sua mãe estava no chuveiro para sair pela janela.
A Polícia Local do município
de Adeje enviou o relatório para o tribunal de plantão após a divulgação do
vídeo nas redes sociais. Os agentes entrevistaram os pais da menina, os
moradores do prédio, e tomaram depoimentos dos líderes comunitários. O conteúdo
do relatório foi enviado para o tribunal por se tratar menor de idade, sem a
necessidade de realizar outras ações no
momento.
Aparentemente, as imagens
foram tiradas por turistas britânicos que não foram localizados ou
identificados e difundiram em um site britânico e depois se tornaram virais.
Fonte: Ultima Hora - Adeje, Tenerife-08/01/2020
PRINCIPAIS EMPRESAS DE TECNOLOGIA SÃO ACUSADAS POR EXPLORAÇÃO DE TRABALHO INFANTIL NA MINERAÇÃO DE COBALTO
Apple, Google, Tesla e
Microsoft estão entre os nomes citados em uma ação judicial movida nos Estados
Unidos que as acusa as empresas de "ter conhecimento" de que o
cobalto usado em seus produtos pode estar relacionado à exploração do trabalho
infantil.
O caso foi apresentado pela
organização International Rights Advocates em nome de 14 famílias congolesas.
Os autores solicitam
indenização pelas mortes e ferimentos de crianças nas minas de cobalto na
República Democrática do Congo.
Segundo a associação, as
mortes ocorreram nos túneis de extração ou por conta da queda de paredes das
minas.
No entanto, a extração está
há anos sob os holofotes da comunidade internacional, que aponta
irregularidades diversas, como violações de direitos humanos, mineração ilegal
e corrupção.
CRIANÇAS TRABALHANDO
O Unicef, fundo das Nações
Unidas para a infância, estima que existam aproximadamente 40 mil crianças
trabalhando em minas no sul da República Democrática do Congo.
A International Rights
Advocates argumenta que as empresas não regulam suas cadeias de suprimentos
como deveriam.
MINERAL ESSENCIAL
O mineral é um componente
essencial das baterias de íon-lítio que alimentam dispositivos eletrônicos,
como computadores, smartphones e carros elétricos.
Também pode ser encontrado em
motores de aviões, foguetes, usinas nucleares, turbinas, ferramentas de corte e
até próteses de quadril. É um mineral essencial da vida moderna.
A combinação com outros
metais produz ligas extremamente resistentes e estáveis sob temperaturas
extremas.
O PREÇO DO COBALTO
De 2016 a 2018, o preço do
cobalto disparou de cerca de US$ 26 mil (cerca de R$ 105 mil) por tonelada para
mais de US$ 90 mil (R$ 365 mil), embora em 2019 os preços tenham caído
acentuadamente.
Além disso, a União Europeia
e os Estados Unidos rotularam o cobalto como uma matéria‑prima essencial.
UM DÓLAR OU DOIS POR DIA
"O avanço tecnológico
causou uma explosão na demanda por cobalto, mas em um dos contrastes mais
extremos imagináveis dessa situação o cobalto é extraído na República
Democrática do Congo - em condições extremamente perigosas - por crianças que
recebem um ou dois dólares por dia ", diz o processo que corre na Justiça
americana.
Essa extração serve "para fornecer cobalto para a fabricação de dispositivos de algumas das
empresas mais ricas do mundo", acrescenta o texto.
Outras empresas listadas no
processo são a fabricante de computadores Dell e duas empresas de mineração, a
Zhejiang Huayou Cobalt e a Glencore, proprietárias dos campos onde as famílias
congolesas afirmam que seus filhos trabalhavam. A Glencore disse em comunicado
ao jornal The Telegraph, no Reino Unido, que "não compra, processa ou
comercializa qualquer mineral extraído artesanalmente".
Ela acrescentou que também
"não tolera nenhuma forma de trabalho infantil, forçado ou
obrigatório".
Os documentos judiciais, aos
quais o jornal britânico The Guardian teve acesso, dão vários exemplos de
crianças que foram enterradas vivas ou sofreram ferimentos após desabamento de túneis.
As 14 famílias congolesas
querem que as empresas as compensem pelo trabalho forçado, pelo estresse
emocional e pela negligência na supervisão da cadeia de produção.
Em resposta ao Telegraph, a
Microsoft afirmou estar comprometida com a compra responsável de minerais e que
sempre investiga quaisquer violações de seus fornecedores e toma as medidas
cabíveis. A BBC também solicitou um posicionamento do Google, Apple, Dell e
Tesla.
Fonte: BBC-17/12/2019
Comentário:
A MAIOR BOLSA DE METAIS DO MUNDO ESTÁ LEVANDO A SÉRIO O TRABALHO
INFANTIL
A maior Bolsa de Metais do
mundo está mudando suas regras para combater o trabalho infantil, lavagem de
dinheiro, suborno e corrupção.
A Bolsa de Metais de Londres exigirá
que os produtores que operam em zonas de alto risco e conflito demonstrem que
seus produtos são fornecidos com responsabilidade até 2022.
É uma grande mudança de
política para a Bolsa em 142 anos, que até agora certificava metais para o
comércio apenas avaliando qualidades como forma, peso e composição química.
Agora, está tentando garantir que o metal que utiliza em carros ou emdispositivos eletrônicos seja de origem
ética.
"Os consumidores globais
exigem, com razão, ações sobre fornecimento responsável - e nossa indústria
deve ouvir", disse o CEO Matthew Chamberlain em comunicado.
Ele disse que a bolsa está
adotando os padrões porque "é a coisa certa a fazer" e porque "o
valor do nosso mercado é baseado no fornecimento de metal aceitável para esses
consumidores".
A Bolsa de Metais de Londres
está sob crescente pressão depois que um relatório da Anistia Internacional de
2017 constatou abusos de trabalho infantil e direitos humanos em minas de
cobalto na República Democrática do Congo.
Muitas empresas estão
tentando garantir que suas cadeias de suprimentos estejam livres de minerais de
conflito e trabalho infantil. A
Volkswagen, por exemplo, acaba de lançar um programa piloto que usa a
tecnologia blockchain para rastrear a matéria prima até seu ponto de origem.
A MUDANÇA CHEGA À BOLSA DE
METAIS DE LONDRES
As empresas que produzem
metais negociados na Bolsa deverão executar suas próprias avaliações de
"bandeira vermelha", com base nas diretrizes da Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico até o final de 2020. A Bolsa analisará
as avaliações.
Os produtores com bandeiras
vermelhas serão auditados pela Bolsa até o final de 2022. A partir de 2024, a
mudança exigirá que os produtores publiquem suas avaliações.
A Bolsa informou que deseja trabalhar com as empresas de forma
voluntária, mas acrescentou que seu "poder principal" é suspender ou
remover as empresas que se recusam a cooperar.
A Global Witness disse que os novos requisitos são um passo na direção certa. Sophia Pickles, pesquisadora
da cadeia de suprimentos da Global Witness, disse que a decisão de exigir que
as marcas relatem publicamente os riscos de crimes financeiros e corrupção é
particularmente importante. No entanto, ela disse que a mudança deve tomar
medidas adicionais. "A Bolsa de Metais de Londrestambém deve ir além quando se trata de
combater os impactos de suas marcas no planeta ... [e] exige que as empresas
relatem também riscos ambientais e climáticos", acrescentou. Fonte: CNN
Business - April 23, 2019
O QUE DIZ A ORGANIZAÇÃO
INTERNACIONAL DO TRABALHO
O trabalho infantil é ilegal
e priva crianças e adolescentes de uma infância normal, impedindo-os não só de
frequentar a escola e estudar normalmente, mas também de desenvolver de maneira
saudável todas as suas capacidades e habilidades. Antes de tudo, o trabalho
infantil é uma grave violação dos direitos humanos e dos direitos e princípios
fundamentais no trabalho, representando uma das principais antíteses do
trabalho decente.
O trabalho infantil é causa e
efeito da pobreza e da ausência de oportunidades para desenvolver capacidades.
Ele impacta o nível de desenvolvimento das nações e, muitas vezes, leva ao
trabalho forçado na vida adulta. Por todas essas razões, a eliminação do
trabalho infantil é uma das prioridades da OIT.
FATOS E NÚMEROS GLOBAIS
Fonte: Estimativas globais de
trabalho infantil: resultados e tendências 2012-2016
·Em 2016, 152 milhões de crianças entre 5 e 17 anos
eram vítimas de trabalho infantil no mundo - 88 milhões de meninos e 64 milhões
de meninas.
·Quase metade dessas crianças (73 milhões) realizavam
formas perigosas de trabalho, sendo que 19 milhões delas tinham menos de 12
anos de idade.
·O maior número de crianças vítimas de trabalho
infantil foi encontrado na África (72,1 milhões), seguida da Ásia e do Pacífico
(62 milhões), das Américas (10,7 milhões), da Europa e da Ásia Central (5,5
milhões) e dos Estados Árabes (1,2 milhões).
·O trabalho infantil está concentrado principalmente na
agricultura (71%), seguida do setor de serviços (17%) e do setor industrial
(12%). ·O fato de que a maior parte (58%) das crianças vítimas
de trabalho infantil eram meninos pode refletir uma subnotificação do trabalho
infantil entre as meninas, principalmente com relação ao trabalho doméstico
infantil.
Um incêndio atingiu um prédio
histórico na região central de Blumenau, no Vale do Itajaí, neste sábado (28 de
dezembro). Pelo menos oito estabelecimentos comerciais foram consumidos pelas
chamas, que começaram depois da meia-noite numa loja de móveis que fica na Rua
São Paulo, e acabou se alastrando para um centro comercial na Rua Martin
Luther.
CAUSA DO INCÊNDIO
Ainda não se sabe a causa do
início do fogo.
CORPO DE BOMBEIROS
As duas guarnições do Corpo
de Bombeiros Militar de Blumenau foram chamadas para fazer o combate às chamas.
As equipes chegaram ao local por volta de 0h30, quando vários estabelecimentos
já estavam tomados pelo fogo. As guarnições de Guabiruba, Gaspar e Timbó também
foram acionadas para auxiliar no combate ao incêndio.
O trabalho das equipes foi
feito em três frentes por conta da proporção do incêndio, e parte de móveis
próximos foi salva.
A situação foi controlada
depois de aproximadamente cinco horas de trabalho. Foram utilizados 100 mil
litros de água na ocorrência. De acordo com o Corpo de Bombeiros, as chamas
chegaram a ter 20 metros de altura, possivelmente por causa do material de alta
combustão.
CONTROLE DO FOGO
O fogo foi controlado por
volta das 5 horas da manhã de sábado.
DANOS MATERIAIS
O levantamento dos danos ainda
não foi feito. . A construção atingida era um prédio histórico
da cidade, construído nos anos 30. De
acordo com os Bombeiros, o fogo destruiu 1,5 mil metros quadrados entre loja de
móveis, clínica e restaurante.
VÍTIMAS
Não houve feridos
PERÍCIA
A perícia no local será
realizada na tarde de segunda-feira (30).
Fontes: G1 SC - 28/12/2019; Notisul
- 28/12/2019; O Município –Blumenau - 28/12/2019