Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

sábado, janeiro 31, 2009

Bombeiros correm um alto risco de doença cardíaca coronariana no trabalho

O combate às chamas aumenta consideravelmente o risco de se morrer de falência cardíaca, segundo um estudo, que sugere que o trabalho dos bombeiros é, de longe, a profissão mais perigosa para o coração.

A principal causa de morte é a doença cardíaca coronariana
O estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard demonstrou que, apesar da crença comum de que riscos chave de morte na categoria incluem a inalação de fumaça e o risco de queimaduras, "a principal causa de morte no trabalho entre os bombeiros americanos é a doença cardíaca coronariana".

No geral,
■ 45% das mortes de bombeiros na última década foram atribuídas a "eventos cardiovasculares",
■ 22% na polícia,
■ 11% entre profissionais médicos de emergência e
■ 15% em todas as outras profissões, destacou.

O estudo examinou dados de todas as mortes de bombeiros americanos no trabalho entre 1994 e 2004, mas excluiu as centenas de bombeiros cujas mortes foram associadas com o ataque terrorista contra as torres-gêmeas do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001.

Evidências encontradas
Encontramos evidências conclusivas de que o risco de morte por doença cardíaca coronariana é significativamente maior durante;
■ o combate a incêndios,
■ a resposta a alertas,
■ o retorno de alertas e
■ durante algumas atividades físicas de treinamento,
disse o principal autor do estudo, Stefanos Kales.

Mortes
Dos 1.144 bombeiros que morreram no trabalho durante o período, 39% das mortes foram atribuídas à doença coronariana, destacou o estudo, publicado na edição do New England Journal of Medicine.
Além disso, embora os bombeiros passem apenas 5% de seu tempo realmente combatendo incêndios, este trabalho "respondeu por 32% das mortes por eventos coronarianos", disse Kales.
Segundo os autores do estudo, os fatores que contribuem para a elevação das taxas de mortalidade poderiam ser atribuídos aos "efeitos que o esforço vigoroso tem nos bombeiros que têm uma doença coronariana encoberta".

Falta de atividade física adequada
"Muitos bombeiros estão acima do peso e não praticam atividade física adequada", acrescentaram, citando um estudo de 2005, segundo o qual "mais de 70% dos departamentos de bombeiros não tinham programas de saúde e de atividade física".

Fonte: G1 – 21 de março de 2007

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quinta-feira, janeiro 29, 2009

Três operários morrem eletrocutados em Minas Gerais


O descuido de quatro pedreiros durante a movimentação de um andaime metálico de aproximadamente 10 m de altura terminou em tragédia, na manhã de quarta-feira, 17 de dezembro de 2008. Três deles morreram eletrocutados ao arrastarem a estrutura que encostou na rede elétrica da Cemig.

No local onde ocorreu o acidente estão sendo construídos galpões, e os andaimes são utilizados para a instalação de telhas. A obra pertence à Indusitec, de Confins, que está construindo nova sede em Pedro Leopoldo, região metropolitana da capital, Minas Gerais.

Vítimas
Os operários receberam uma descarga de até 13.800 volts. Segundo o Corpo de Bombeiros, morreram na hora Adriano, de 28 anos, e os cunhados José , de 43, e Tomás, de 48. Já Cristiano, de 39 anos, foi levado para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, onde permanecia internado em estado grave. O hospital informou que ele sofreu queimaduras generalizadas por todo o corpo (25 % do corpo queimado) está inconsciente e respira com ajuda de aparelhos.

Estavam retirando o andaime do local
Os operários pegaram o andaime no local onde era feita a montagem de uma estrutura metálica. De acordo com o soldado Fábio Queiroz, do 36º BPM, eles trabalhavam na parte de alvenaria ao lado e não precisavam do andaime. "Havia somente os quatro no local. Ninguém sabe o motivo que fez com que eles arrastassem o andaime", afirmou o policial.

O que alega a empresa
O proprietário da empresa esteve no local e alegou que os trabalhadores não deveriam ter empurrado o andaime, pois seriam contratados para trabalhar na parte de alvenaria da obra, e não na cobertura do galpão.

Descarga muito forte
A cena era chocante. Os corpos dos operários ficaram bastante queimados devido à forte descarga elétrica que sofreram.
De acordo com o tenente Cristiano Magalhães Silva, do 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros, quando ele chegou ao local do acidente, o sobrevivente já estava sendo socorrido por uma ambulância de uma empresa, que fica próxima à área onde aconteceu a tragédia.
“Com uma corda, nós removemos o andaime e o tiramos do contato com a rede elétrica, pois havia a possibilidade de novas descargas. Foi um trabalho rápido”, afirmou o bombeiro.
“Provavelmente, os três pedreiros que morreram arrastavam o andaime pela parte interna. Já o sobrevivente estaria mais afastado no momento da descarga. Não havia nada que pudesse impedir que eles fossem eletrocutados naquela situação”, afirmou o tenente Cristiano Silva.
Obs: O choque teve maior intensidade devido ao solo estava úmido devido a chuva.

Capacete
Os operários usavam capacete e botas de borracha, incapazes de conter a energia descarregada.

Desligar a rede elétrica para efetuar o serviço
Segundo técnicos da Cemig que estiveram no local, os responsáveis pela obra deveriam ter solicitado o desvio da linha, pois parte da estrutura passa por baixo da fiação. “Se tivessem pedido a mudança de local dos postes, já teríamos feito, mas não há nenhum pedido”, afirmou um funcionário da Cemig, que pediu para que não fosse identificado.
O fornecimento de energia caiu devido ao acidente e seria restabelecido após o trabalho da polícia.

Ambiente modificado
Uma equipe de auditores fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE-MG) esteve no local da tragédia, em Pedro Leopoldo.
Conforme o chefe da Seção de Segurança e Saúde do Trabalhador da SRTE-MG, Ricardo Deusdará, os auditores encontraram o ambiente do acidente descaracterizado.
“A torre metálica, provavelmente envolvida no acidente, havia sido retirada do local. Essa atitude prejudica a apuração dos fatos”, ressaltou Ricardo Deusdará.
De acordo com o chefe da SRTE-MG, o laudo sobre as causas do acidente deverá ser concluído em um prazo de 30 dias.

Acidentes em Minas
O Instituto Nacional de Previdência Social (INSS) informou que 345 pessoas morreram em acidentes de trabalho, em 2007, em Minas Gerais - em 2006 houve 365 casos. Funcionários da assessoria de Comunicação do órgão, em Belo Horizonte, alegaram que os números podem ser maiores, já que muitos casos não são notificados. No país, em 2007, morreram 2.804 operários, 0,2% a mais que em 2006, quando houve 2.798 ocorrências.

Fontes: Hoje em Dia - 18 de dezembro de 2008 e O Tempo - 18 de dezembro de 2008

Comentário
Hoje as empresas procuram através das certificações moldarem suas imagens como empresas preocupadas com o meio ambiente, segurança e sociedade.
Vivemos numa sociedade em que a comunicação predomina, não sabemos realmente os objetivos sociais das empresas, se elas são falsos ou verdadeiros, pois o marketing predomina nesses objetivos, vestindo as empresas em um padrão ”tailor-made” de comunicação. É só acessar qualquer site de empresas está lá, a política de sustentabilidade da empresa, a responsabilidade social, a preocupação com o meio ambiente, etc. Defino isso, como “marketing do botox” só cuida da aparência.

Se alguém acessar o site da Indusitec encontrará os seguintes compromissos da empresa;
■ Política da Qualidade - Atualmente busca sua excelência através da certificação ISO 9001 e para isso vem melhorando ainda mais a qualidade de seus serviços nos respectivos processos de fabricação.
■ A Indusitec traça como meta, fornecer produtos superando as expectativas dos clientes, desenvolvendo continuamente os seus processos.
■ O sucesso empresarial reside na boa gestão de suas operações industriais ou de serviços, incluindo o planejamento e controle de suas atividades logísticas e de suprimentos, da produção e da gestão de qualidade, assim como a definição dos recursos tecnológicos, humanos e materiais para sua melhor performance.
■ Nossa missão - Satisfazer os nossos clientes com preços competitivos, rapidez e pontualidade.

Pelo jeito a empresa preocupa-se muito mais com os clientes externos do que com os clientes internos (trabalhadores).

Pelo acidente ocorrido a empresa desconhece ou não fez o relatório do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – PCMAT. Os principais objetivos do PCMAT são a garantia, por ações preventivas, da saúde e da integridade física do trabalhador da construção civil, funcionários terceirizados, fornecedores, contratantes, visitantes etc. e estabelecer um sistema de Gestão de Segurança do Trabalho nos serviços relacionados à construção civil, através da definição de atribuições e responsabilidades da equipe que irá administrar a obra.
Se o relatório é muito complexo, pelo menos a empresa poderia ter efetuado uma análise preliminar dos riscos existentes na obra (APR-Análise Preliminar dos Riscos), que é um dos tópicos do PCMAT.
No PCMAT, recomenda o reconhecimento e avaliação dos riscos, com finalidade de diagnosticar as condições de trabalho encontradas no local da obra. .

A empresa e o Ministério do Trabalho acham que organizando a vida do trabalhador num ambiente de trabalho num manual de instrução de segurança, os problemas de segurança acabaram? Existe uma diferença muito grande entre o trabalho prescrito e o trabalho real, principalmente se não houver fiscalização ou entre cultura declarada da empresa e a cultura percebida no ambiente de trabalho.

Finalmente o que dizem as concessionárias de energia elétrica:
Recomendam verificar se não há situações perigosas por perto da fiação, tais como; encostar ou aproximar andaimes metálicos, escadas, barras de ferro ou outros materiais nos fios elétricos podem ser mortal.
Antes de construir ou executar reformas em prédios e outras instalações, próximas da rede da concessionária, deve ser verificado se não há situações perigosas por perto. Encostar ou aproximar andaimes, escadas, barras de ferro ou outros materiais nos fios elétricos podem ser mortais. Em situações que podem oferecer riscos, deve ser sempre consultada a concessionária para verificar se é possível desligar temporariamente a rede ou isolá-la com materiais especiais.

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terça-feira, janeiro 27, 2009

Carro voa 30 metros e fica preso no telhado de igreja

Foto ampliada do local do acidente


No domingo à noite, 25 de janeiro, o motorista de um carro Skoda, com excesso de velocidade perdeu controle do seu carro, saiu da estrada e bateu violentamente numa barreira de segurança e foi arremessado por um aclive íngreme, que funcionou como uma rampa, voando quase 35 metros e atingiu o teto da igreja e ficou preso a 7 metros de altura.
Para o automóvel, a rampa se comportou como uma pista de salto de esqui, disse Knut Wagner, da polícia de Chemnitz.

Álcool
A polícia alemã fez teste alcoólico no motorista, para verificar vestígio de álcool, na segunda-feira, 26 de janeiro.



Resgate
Os bombeiros utilizaram escada mecânica para alcançar o motorista, 23 anos, que ficou preso a 7 metros de altura.
Após duas de trabalho os bombeiros conseguiram retirar o motorista do carro, com ferimentos graves, mas não corre risco de vida.


Milagre
Para o pastor protestante alemão Johannes Schubert não há dúvidas: "Aqui houve milagres", comentou ao ver que um carro tinha atingido o teto de sua histórica igreja, na localidade de Limbach-Oberfrohna, em Saxônia.
O primeiro milagre é que o motorista do automóvel, um jovem de 23 anos, sobreviveu ao espetacular acidente.
Outro milagre foi que a igreja, que tem 400 anos e em grande parte é feita de madeira, não se incendiou apesar da grande quantidade de gasolina derramada no acidente. "É algo incomum, não acredito”, disse o pastor protestante.
O ministro, Johannes Schubert, disse: "A igreja podemos reparar, mas para o jovem teria sido uma história diferente se Deus não tivesse olhando para ele. Deus se move de forma misteriosa, para realizar seus milagres".

Fontes: Mail Online -26th January 2009 e The Sidney Morning Herald -January 27, 2009


Comentário
Esse acidente mostra como a incerteza, a imprevisibilidade pode penetrar no resultado de análise de risco e exigir o seu direito de provocar um acidente.

No Brasil tivemos casos incomuns;
■ Estrada com nível de segurança elevado (Rodovia dos Imigrantes, Santos-São Paulo) passarelas foram derrubadas por caminhões basculantes cujas caçambas estavam suspensas, sendo um dos acidentes houve vítima fatal.
■ Na mesma rodovia o motorista perde o controle do carro, atravessa o canteiro central e colide com outro carro na pista contrária, também com vítima fatal.
■ Motorista dirige na contramão na Rodovia dos Imigrantes, por cerca 9 km. Não houve colisão.

Nesse acidente na Alemanha, o motorista estava dirigindo no mínimo a 100 km/h, para atingir a velocidade necessária para percorrer a distância de 35 metros em vôo e numa altura de 7 metros, a qual atingiu o teto da igreja.

Esses acidentes podemos considerar como eventos de incerteza ou imprevisibilidade, que na maioria dos casos descartamos na análise de risco, que poderão gerar acidentes sérios ou catástrofes dependendo do tipo de atividade e processo industrial.

Um dos fatores que podem complicar o resultado de uma análise de risco é a incerteza. A maior parte das decisões, sobretudo as mais importantes, é tomada com base em algum tipo de previsão, o que, por si só, já coloca o fator incerteza no processo de decisão. Mesmo que o problema não exija alguma previsão, outro fator complicador‚ é a insuficiência de informações (a nossa experiência é de acidentes passados e conhecidos). Dessa forma, torna-se importante fazer uma avaliação do grau de incerteza existente no processo de decisão, ou seja, procurar uma estimativa do risco envolvido.
Na maioria das vezes na análise de risco não especificamos o nível de segurança que desejamos. É necessário analisar o desempenho de um sistema de segurança para o qual existe pouca ou nenhuma experiência ou informação.
Nessa etapa geralmente desprezamos essa análise por falta de conhecimento ou experiência e o coeficiente de carregamento de segurança de risco reduz (lembrando o coeficiente de segurança em projeto, se você escolher um coeficiente de segurança baixo pode levar à estrutura a possibilidade de ruptura e a escolha de um coeficiente de segurança alto pode levar a um projeto anti-econômico). A análise de risco funciona de maneira semelhante.
Nessa etapa devido à falta de análise (falta de conhecimento, experiência, etc) as falhas latentes podem penetrar no sistema e permanecerem inativas no seu interior, tornando-se evidentes somente quando uma combinação especial de fatores consegue vencer as barreiras do sistema (um acidente, por exemplo).
Escolher uma decisão consiste em avaliar a melhor alternativa de acordo com critérios estabelecidos, a partir de certa quantidade de informações, com o propósito de atingir um objetivo estabelecido.

A incerteza é inerente aos processos industriais, falhas humanas e ambientais. Na sua abordagem podemos ter duas condições:
■ os eventos sejam conhecidos totalmente ou
■ parcialmente ou eventos considerados desconhecidos por falta de previsão
Em ambos os casos a análise de risco é de fundamental importância.

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sexta-feira, janeiro 23, 2009

Menina morre engasgada com uma bolinha de gude


Geovana, cinco anos, brincava no quintal de sua casa, no Residencial Dourados, cidade de Franca, São Paulo, quando foi até a cozinha, onde sua mãe fazia comida e teria mostrado para ela que havia algo em sua garganta.

A mãe chamou os familiares e tentou, sem sucesso, tirar o objeto da garganta da menina que foi levada para a UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim Aeroporto, Franca, São Paulo.

No local, recebeu os primeiros socorros e foi encaminhada para o Pronto-Socorro Infantil. "Tentaram de tudo, mas não conseguiram retirar (o objeto). Segundo minha mulher, ela já saiu de casa com a boca roxa", disse o pai de Geovana.

No trajeto, enfermeiros conseguiram tirar o objeto da garganta da menina, mas era tarde e Geovana já chegou ao PS praticamente morta. "Foram feitas as manobras de ressuscitação. Tentamos em torno de 40 minutos, mas sem sucesso", disse o pediatra Roberval, que atendeu a criança.

Enquanto médicos e enfermeiros tentavam reanimar a vítima, familiares chegavam ao Pronto-Socorro em busca de informações. A criança morreu à noite, 19 de janeiro de 2009, de parada cardiorrespiratória depois de se engasgar com uma bola de gude.

Ao saber da morte, a mãe se desesperou e, inconformada, chorava, chegando a desmaiar e ser atendida na própria unidade de saúde.

Famíla e enterro
Geovana tinha dois irmãos, um menino de oito anos e uma menina de três meses e o sepultamento será realizado na quarta-feira.

Procedimento correto
Segundo José Victor Nonino, pediatra e diretor da Beneficência de Ribeirão, o procedimento imediato prestado pelos parentes das vítimas foi equivocado. Ele disse, porém, que, mesmo com a ação correta, a menina ainda poderia morrer.
"O procedimento certo seria colocá-la com a cabeça para baixo, sem movimentos bruscos, para não agravar o quadro. Depois, levá-la imediatamente ao hospital", disse. Segundo Nonino, a bolinha deve ter se fixado na glote e causado asfixia.

Fonte: Comércio da Franca - 20 de janeiro de 2009

Comentário:
A nossa casa pode se tornar uma grande armadilha para acidentes com crianças, jovens, idosos, etc. A casa transmite uma falsa sensação de segurança.

Estatísticas de acidentes dos Estados Unidos indicam que acidentes fatais domésticos são mais freqüentes do que imaginamos.
■ quedas - 28%
■ queimaduras - 19%
■ envenenamento - 17%
■ choques - 14%
■ asfixia - 6%
■ outros - 16%

Sociedade Brasileira de Pediatria: Acidentes mais comuns de acordo com faixa etária
■ 0 - 6 meses - Afogamento, ingestão de corpo estranho, intoxicações, queimaduras, quedas, sufocações e engasgos.
■ 7 - 12 meses - Afogamento, aspirações e ingestões de corpos estranhos, choques elétricos, intoxicações, quedas, queimaduras.
■ 1- 3 anos - Afogamento, choque elétrico, corpos estranhos, intoxicações, picadas venenosas, quedas e colisões, queimaduras.
■ 3 - 7 anos - Acidentes de trânsito, afogamento, choque elétrico, ferimentos, intoxicações, mordeduras, picadas venenosas, quedas e colisões, queimaduras.
■ 7 – 12 - Acidentes na escola, na vizinhança e nos esportes.
■ Adolescência - Agressões, acidentes esportivos, afogamentos, uso de drogas e acidentes de trânsito.

Pesquisa do Ministério da Saúde quanto aos acidentes com crianças com idade até nove anos revelou:
■ Dos 10.988 atendimentos a crianças nessa faixa etária, 5.540 (50,4%) foram provocados por quedas. Os dados mostram ainda que o perigo nem sempre está nas ruas. A maioria das quedas, 3.838 (69%), ocorreu dentro da residência das vítimas.
■ Do total de quedas registradas pela pesquisa, 2.626 (47%) foram de crianças que caíram do mesmo nível, ou seja, foram causadas por tropeções, pisadas em falso ou desequilíbrios.
A parte do corpo mais atingida foi;
■ cabeça com 2.445 (44%) ocorrências,
■ braços com 1.720 (31%) e
■ pernas com 760 (13,7%)
As lesões mais freqüentes foram;
■ cortes e lacerações com 1.426 (26%) notificações.
■ contusões com 1.234 (22%) e
■ fraturas com 955 (17,2%).

Dados da Organização Mundial da Saúde
■ Todos os dias, 72 crianças na Europa morrem de acidentes domésticos, equivalente a 3 por hora.
■ Envenenamento: Mais de 45.000 crianças morrem anualmente por causa do envenenamento não intencional.
■ Quase um milhão de crianças morrem anualmente devido a acidentes e o maior causador de acidentes é o automóvel.

Vídeo:
Os acidentes com crianças acontecem em casa e milhares são atendidas nos hospitais.

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segunda-feira, janeiro 19, 2009

Risco x Perigo

Existem várias definições e interpretações relativas ao risco e perigo
Transcrevo algumas delas:

■ Risco - é a probabilidade ou chance de lesão ou morte (Sanders e McCormick,).
■ Risco – uma ou mais condições de uma variável com potencial necessário para causar danos (De Cicco e Fantazzini)

■ Perigo - é uma condição ou um conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar ou contribuir para uma lesão ou morte (Sanders e McCormick).
■ Perigo – expressa uma exposição relativa a um risco, que favorece a sua materialização em danos. (De Cicco e Fantazzini)

Segundo a (Comissão Européia), podem ser consideradas as seguintes definições:
■ Risco é a probabilidade potencial de causar danos nas condições de uso e/ou exposição, bem como a possível amplitude do dano.
■ Perigo é a propriedade ou capacidade intrínseca dos materiais, equipamentos, métodos e práticas de trabalho, potencialmente causadora de danos.

Um exemplo simples, que define bem a diferença entre risco e perigo.
Uma pessoa ao atravessar uma rua, tem as seguintes condições;
- atravessar a rua fora da faixa de pedestre
- atravessar a rua na faixa de pedestre
- atravessar a rua na faixa de pedestre com semáforo

O risco nesse caso é atravessar a rua
O perigo aumenta consideravelmente ao atravessar a rua fora da faixa de pedestre
O perigo diminui consideravelmente quando aumenta o nível de segurança da faixa de pedestre (faixa de pedestre com ou sem semáforo).

Os acidentes de trabalho são conseqüências da interação “homem, máquina e ambiente”, os mesmos resultam da possibilidade do homem atingir a zona de perigo de uma máquina, e/ou equipamento, e/ou ambiente.
O trabalhador no seu posto de trabalho fazendo os movimentos normais do trabalho e/ou por falha, consegue atingir uma determinada área, esta pode ser designada por zona de risco.
Quando esta área se sobrepõe à zona de perigo da máquina ou do equipamento, resulta numa situação de risco que pode levar ao acidente.


Exemplo:
Um trabalhador que opera uma serra circular, a zona de risco do trabalhador corresponde a todos os pontos que este possa atingir, para execução do seu trabalho.
Em simultâneo se estiver acessível ao trabalhador uma parte da serra circular que possa constituir perigo em movimento, tais como; sem a coifa protetora do disco, sem o cutelo divisor, sem a proteção das partes móveis, resulta que o trabalhador está diante de uma situação potencial de perigo (acidente).
A zona de perigo da máquina passou a estar ao seu alcance, podendo causar acidente na mão ou em outra parte do corpo.
Caso contrário, se a serra circular tiver todos os equipamentos de segurança, a zona de perigo diminuiria consideravelmente, mas o potencial de causar danos, a zona de risco permaneceria a mesma

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sábado, janeiro 17, 2009

Grupo pede proibição do uso de qualquer tipo de celular por motorista


Estudo mostra que falar ao celular distrai, mesmo sem segurar aparelho.
Movimento para banir o telefone do trânsito ganha força nos EUA.


Nos Estados Unidos, é proibido falar com um telefone celular na mão em meia dúzia de estados e em muitas cidades – mas é perfeitamente legal falar através de um dispositivo de viva-voz.
A teoria diz que é perigoso segurar um telefone e dirigir com apenas uma das mãos. No entanto, um amplo conjunto de pesquisas agora mostra que telefones com viva-voz não reduzem o perigo: o problema não são as mãos, mas o cérebro.
"Não é por suas mãos não estarem no volante", explica David Strayer, diretor do Laboratório de Cognição Aplicada da Universidade de Utah e principal pesquisador sobre segurança do celular. "É que sua mente não está na estrada."

Proibição total de celular no carro
Agora, a pesquisa de Strayer ganhou um forte aliado. O Conselho Nacional de Segurança, grupo de apoio sem fins lucrativos que pressionou por leis a respeito do cinto de segurança e alertas sobre bebida e direção, exigiu uma proibição nacional do uso de telefones celulares por motoristas.
"Existe uma idéia errônea por parte do público de que não há problema em usar um dispositivo sem as mãos", sustenta Janet Froetscher, presidente e diretora do conselho. "É o mesmo desafio que tivemos com os cintos de segurança e a embriaguez no volante – temos de fazer as pessoas pensarem da mesma forma em relação ao celular."

Celular no carro risco quatro vezes maior
Experiências em laboratórios com simuladores, estudos em estradas reais e estatísticas de acidentes, todos conta a mesma história: motoristas que falam ao celular apresentam um risco quatro vezes maior de sofrer acidentes. É o mesmo nível de risco apresentado por um motorista que esteja legalmente bêbado.

Mistério: Qual é o motivo?
O porquê de o celular ser tão perigoso ao volante não está inteiramente claro, mas estudos sugerem diversos fatores. Não importa o aparelho, as conversações por telefone parecem exigir uma parte significativa das habilidades de processamento visual e da atenção.
Talvez falar ao telefone gere imagens mentais conflitantes com o processamento espacial necessário para uma direção segura. Estudos de acompanhamento dos olhos mostram que, enquanto motoristas olham continuamente de um lado para o outro, usuários de celulares tendem a olhar fixamente para frente.
Eles também podem ser distraídos a ponto de seus cérebros ocupados não processarem mais, grande parte da informação que entra em suas retinas, levando a tempos de reação mais lentos e outros problemas de direção.

Simulação de uso de celular
Na Universidade de Utah, Strayer e seus colegas usaram simuladores de direção para estudar os efeitos de conversas em telefones celulares. O interior de um simulador se parece com o de um carro do modelo Ford Crown Victoria, e um computador permite aos pesquisadores controlar as condições de direção.
Eles pediam que os participantes dirigissem sob uma variedade de condições:
■ falando com um celular na mão ou pelo viva-voz,
■ conversando com um amigo no banco do passageiro, e
■ até mesmo após consumir álcool a ponto de estarem legalmente embriagados.

Dentro do simulador, os motoristas tinham de completar tarefas simples;
■ como dirigir por diversos quilômetros ao longo de uma estrada e encontrar uma saída em particular,
■ dirigir por ruas locais onde precisariam frear em semáforos,
■ mudar de faixa e
■ prestar atenção nos pedestres.
A velocidade, a capacidade de se manter na faixa e o movimento dos olhos foram cuidadosamente monitorados.

Os pesquisadores de Utah também colocaram eletrodos na cabeça dos participantes, para avaliar como eles processavam as informações. Estudos similares, usando imagens do cérebro, foram realizados em Carnegie Mellon. Os estudos mostram que as conversas pelo celular são altamente perturbadoras, em comparação a outras atividades de fala e audição no carro.

Não é como rádio
Muitos podem pensar que ouvir o locutor falando no rádio também reduz a habilidade de direção, mas isso não acontece. Um questionário após o teste de direção confirmou que os motoristas estavam realmente prestando atenção aos programas.
Da mesma forma, é fácil associar a conversa com um amigo no celular a um papo com um amigo no banco do passageiro. Porém, um relato publicado na edição de dezembro do "The Journal of Experimental Psychology: Applied" descartou essa idéia.

Pesquisadores de Utah colocaram 96 motoristas num simulador, instruindo-os a dirigir por diversos quilômetros numa estrada e depois parar numa área de descanso. Em algumas vezes, os motoristas conversavam ao celular; em outras, falavam com um amigo no banco do passageiro.
Conclusão
■ Quase todos os motoristas com passageiro encontraram a área de descanso, em parte porque o passageiro muitas vezes funcionou como um par de olhos extra, alertando o motorista sobre a proximidade da saída.
■ Os que falavam ao celular, metade deles perdeu a saída.

"O paradoxo é: se o amigo está sentado ao seu lado, você dirige com mais segurança", diz Strayer. "Quando você fala com essa mesma pessoa no celular, tem muito mais chances de se envolver em acidentes." Apesar da enorme quantidade de evidências de que usar o celular e dirigir ao mesmo tempo é arriscado, a idéia de uma proibição total é certamente controversa.

Comportamento de risco
"As pessoas até compreendem os perigos, mas elas próprias simplesmente não querem abrir mão", diz Froetscher, do Conselho Nacional de Segurança. "Mas até alguns anos atrás, não usávamos cinto de segurança e as pessoas poderiam tomar uma bebida antes de dirigir. Hoje, nem cogitamos isso." "Temos de educar as pessoas sobre esse comportamento de risco".

Fonte: G1 – 15 de janeiro de 2009 e New York Times


Vídeos
Dirigir e usar o celular é perigoso




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quinta-feira, janeiro 15, 2009

Motoboy fica entalado na janela de um carro


Um acidente curioso aconteceu na manhã de segunda-feira, 12 de janeiro de 2009, na avenida Amazonas, na divisa de Belo Horizonte e Contagem.
Um motoboy que trafegava pela avenida quando, na altura do bairro Gameleira, região Oeste da capital, bateu na traseira do carro.
Com o impacto da batida, o motoboy foi arremessado contra o vidro traseiro do Fusca, que se soltou, deixando o motociclista preso no buraco. Muitos curiosos se juntaram para ver a cena, que parecia ter sido tirada de alguma comédia.

O motoboy foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, com fraturas no joelho esquerdo e no pé direito.

Fonte: O Tempo - 13 de janeiro de 2009

Comentário:
Uma combinação explosiva que mistura crescimento acelerado da frota, tráfego e trânsito tumultuados e muita imprudência está colaborando para aumentar os dados estatísticos sobre os acidentes de trânsito envolvendo motocicletas e suas conseqüências para as vítimas e também para o erário público.
O aumento da frota trouxe uma estatística assustadora. Em 1990, 299 motociclistas morreram em acidentes. Em 2006, foram 6.734 vítimas - um aumento de mais de 2000%.
A indústria brasileira de motos produziu em 2008 2,115 milhões de unidades, com um crescimento de 22% quando comparado a 2007. Nunca se fabricou e vendeu tanta moto no Brasil e, apesar da crise global, o número representa um recorde histórico para o setor.

O engenheiro Antonio Clóvis Pinto Ferraz da Universidade Federal de São Carlos disse em sua pesquisa que o risco de morrer de moto é 28 vezes maior do que no carro.

Realmente se compararmos as despesas com a utilização de transporte coletivo (passagem, demora, etc) com o uso de motocicleta, é mais vantajoso a sua utilização.
■ Moto de 150 cilindrada com partida elétrica, 2008, antes da crise financeira poderia ser adquirida com financiamento, pagando 48 parcelas de R$ 280,00 (140 dólares)
■ Moto 150 cilindrada usada pagando 36 parcelas de 130 reais ( 65 dólares)
A Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) publicou em setembro de 2008, o levantamento sobre o custo de desembolso para usar ônibus, moto e automóvel. Segundo a pesquisa — que abrange 27 capitais e 16 municípios, com população acima de 500 mil habitantes —, na média das cidades brasileiras;
■ o custo total do deslocamento por sete quilômetros é de R$1,49 com motos, contra R$1,96 com ônibus.
■ com automóvel a gasolina e automóvel a álcool apresentam custo total de deslocamento 2,5 vezes superior ao custo na utilização do ônibus: R$ 4,84 e R$ 4,55, respectivamente. Para o cálculo, a ANTP considerou o custo de desembolso (valor da tarifa ou de combustível mais estacionamento) e, no caso dos modos individuais de transporte, custos como depreciação, seguro, impostos e manutenção.

Custo social invisível
A moto tem um custo social enorme, por causa dos acidentes de trânsito.

Os custos considerados foram definidos pela identificação dos impactos causados por um acidente de trânsito e seus desdobramentos. Isto inclui o tratamento e reabilitação das vítimas, a recuperação ou reposição dos bens materiais danificados, o custo administrativo dos serviços públicos envolvidos e as perdas econômicas e previdenciárias ocorridas. Esta lista não exaure todos os custos possíveis, mas considera os mais importantes e que estão presentes na maioria dos estudos similares desenvolvidos internacionalmente.

Custo de acidente por severidade
■ acidente de trânsito sem vítimas tem um custo médio de R$ 4.664,00 (2.332 dólares)
■ acidente com ferido apresenta um custo médio de R$ 24.963,00 (12.482 dólares) e
■ acidente com morte, R$ 206.087,00 ( 103.044 dólares)
Estes dados evidenciam que o impacto econômico causado pelos acidentes de trânsito cresce significativamente à medida que aumenta a severidade dos acidentes de trânsito

Outro fator importante é a ocupação de leitos terciários por casos que poderiam ser evitados. Eles passam a concorrer com pessoas que têm patologias não preveníveis.

Quanto custa para o governo à saúde?
Custo médio de atendimento hospitalar por paciente: Janeiro de 2009
Não internados
Leves – R$ 705,00 (353 dólares)
Moderados – R$ 1.164,00 (582 dólares)
Graves – R$ 4.073,00 (2.037 dólares)

Internados
Leves -
Moderados - R$ 21.347,00 (10.674 dólares)
Graves – R$ 131.985,00 (65.993 dólares)

Custo de reabilitação (fisioterapia – custo médio de R$ 80.065,00 por vítima (40.033 dólares).
Custo de resgate de vítimas – R$ 616,00 (308 dólares)

Obs: Dados referentes ao estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) - Impactos Sociais e Econômicos dos Acidentes de Trânsito nas Aglomerações Urbanas” dados atualizados para Janeiro de 2009 por IGP-M

Um levantamento dos acidentes de 2006 no País, feito pelo Ministério da Saúde, detectou que houve 18 mortes de motociclistas por dia no Brasil. As motos de baixa potência, as mais vendidas, estiveram envolvidas em 70% dos acidentes. Foram registradas 6,8 mil mortes.

O jornal Estado de São Paulo acompanhou durante os dias 7 e 14 agosto de 2007 os acidentes graves envolvendo motoqueiros em São Paulo. Cerca de 100 equipes do serviço de resgate do Corpo de Bombeiros atenderam 591 ocorrências - pelo menos outros 30 casos com menos gravidade foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e por policiais militares. Três pessoas morreram na hora e um morreu momentos após chegar ao Hospital do Mandaqui.

Conforme explica o médico cirurgião Vinicius Filipak, socorrista do Siate há 19 anos e gerente do setor de Emergência do Hospital Cajuru de Curtiba, em um choque em alta velocidade, a possibilidade de haver lesões na cabeça é grande mesmo com o capacete. “Por fora, pode até não ter nada. Mas internamente podem ocorrer lesões sérias no cérebro e no crânio. Portanto, junto com o capacete, o motociclista deve ter, acima de tudo, prudência”, recomenda.

As lesões mais comuns em acidentes de moto apontam Filipak, são de natureza músculo-esquelética nos braços e nas pernas. Na maioria das vezes, aponta o médico, essas lesões não expõem os motociclistas a risco de morte, o que em muitos casos não diminui em nada a gravidade. “A pessoa pode até sobreviver, mas fica tetraplégica, tem algum membro amputado ou lesões vasculares e nervosas que o incapacitam para uma série de atividades”, argumenta o médico.

Os motoboys lembram os filmes de faroeste americano, dos cavaleiros que entregavam malotes, com sol, chuva, etc, o que predominava era o prazo de entrega. Hoje os cavalos são cavalos de aço e a “urgência” das entregas. Nada mudou na estrutura de entrega, apenas os acidentes mudaram do tipo de configuração.

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sexta-feira, janeiro 09, 2009

Earthrace bate recorde mundial de circunavegação movido a biodiesel

Foto ampliada
Às 13 h 42 min, horário local, sexta-feira, 27 de junho de 2008, Earthrace cruzou a linha final em Sagunto, Espanha quebrando o recorde mundial de velocidade de circunavegação do globo para um superbarco (Powerboat).

O Earthrace é o mais rápido dos barcos do tipo eco-barco (combustível ecológico), completou a circunavegação de 24.000 milhas náuticas em 60 dias, 23 horas e 49 minutos, batendo o recorde mundial anterior de 1998 do superbarco, Cable & Wireless, que cobriu o percurso em 74 dias, 23 horas e 52 minutos, em quase 14 dias.


Foto: Rota da circunavegação do globo


Construção
A construção da Earthrace iniciou-se em fevereiro de 2005, e 14 meses depois foi lançado em Henderson Creek, em Auckland, Nova Zelândia. Um total de 14.000 horas de trabalho foram gastos, acrescido de muito mais de milhares de horas de voluntários que ajudaram na construção. A estimativa de custo foi de 2 milhões de dólares.

A construção do Earthrace baseou‑se fortemente em cooperação de voluntários, e isso foi evidente em todo o processo de construção. Escolas locais, grupos ambientalistas, estudantes e profissionais altamente qualificados todos doaram generosamente seu tempo ao projeto.
Do mesmo modo, quase todos os hardwares e equipamentos em Earthrace foram doados ou patrocinados. Centenas de companhias de todo o mundo contribuíram na preparação do Earthrace.

Característica do Earthrace
O Earthrace foi projetado por Craig Loomes Design Group e construído por Calibre Boats, uma empresa especializada em embarcações de materiais compostos de alta tecnologia, da Nova Zelândia. A embarcação foi construída especialmente para bater o recorde de circunavegação do globo em barco a motor.
Ele é totalmente movido a biodiesel e com finalidade de demonstrar a eficiência dos biocombustíveis como fonte alternativa de combustível..
O superbarco foi projetado para ondas de até 15m (50 pés) e em mergulho subaquático (submergir) até 7 m (23ft). Acima de 7 m de mergulho subaquático o casco provavelmente implodirá. As condições mais adversas que a tripulação encontrou foram ondas de 12 m (40 ft) e ventos de 80 km, e o pára-brisa do superbarco foi coberto com 5 m de água, numa condição subaquática.
Um membro da tripulação descreveu a experiência como "a mais brutal coisa que tinha feito".

Tipo de casco
É um trimarã do tipo wavepiercing (penetra nas ondas, submergir). Tem três cascos deste tipo, o que significa que foi projetado para atravessar as ondas em vez de flutuar sobre elas. Também se denomina monocasco estabilizado.
Seu desenho permite que a embarcação navegue por mares turbulentos com maior velocidade do que as embarcações convencionais.
É construído com uma estrutura do tipo sanduíche com três camadas de fibra de carbono, Kevlar e fibra de vidro, e um núcleo de espuma Diab de 40 mm entre as camadas de fibra de carbono.
O pára brisa é formado por lâminas de vidro endurecida, com uma espessura de 17 mm. É composto por duas lâminas de vidro de 8 mm, coladas com uma resina especial que os torna extremamente resistente.

Dados técnicos
Comprimento: 24 m
Largura: 8,05 m
Calado (sem combustível): 1,0 m
Calado (carregado de combustível): 1,3 m Peso (sem combustível): 13 t
Peso (carregado de combustível): 23 t
Velocidade máxima: 40 nós
Autonomia (6 nós): 14.000 milhas náuticas
Autonomia (25 nós): 2.000 milhas náuticas
Capacidade de combustível: 11.500 litros
Tipo de combustível: Biodiesel ou diesel
N.º de tripulantes: 4
N.º de camas: 6
Motores: 2 Cummins Mercruiser QSC 540
Caixas de mudanças: ZF 305A (relação 1.4:1)

Chamar a atenção para o potencial de fontes alternativas de combustível
A circunavegação do Earthrace teve como objetivo também promover internacionalmente o desenvolvimento de combustíveis renováveis.
Depois desta viagem, o barco será usado para testar, em condições extremas, o programa de inovação e desenvolvimento de combustíveis sustentáveis de nova geração produzido pela SGC Energia, em particular os combustíveis resultantes de micro-algas e de óleo vegetais não alimentício e os resultantes da valorização energética dos resíduos urbanos.

Fotos ampliadas

Fontes: Earthrace, Calibre Boats, The Guardian e Mail Online



Comentário:
O Earthrace lembra muito a espaçonave futurística, USS Entreprise do filme Star Trek. O projeto é magnífico e a criatividade humana não tem limite.

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quinta-feira, janeiro 08, 2009

Falta de uso de Equipamento de Proteção Individual

Numa pesquisa realizada com entrevistas com trabalhadores para definir os conceitos de percepção de risco e de perigo no trabalho, resultou nas seguintes conclusões:

1-Verificou-se que nem todos sabem exatamente o que é perigo e o que é risco.

2-Alguns trabalhadores sobreestimam o valor do risco a partir de sua experiência. Pessoas que nunca sofreram e/ou presenciaram um acidente do trabalho tendem a subestimá-lo.

3-A tendência dos entrevistados foi a de citar exemplos de situações de perigo e de tipos de fatores de risco. Analisando-se as respostas individualmente verificou-se que nem todos souberam conceitualizá-los. Talvez isso decorra da subjetividade das respostas ou da dificuldade de se formalizar um conceito ou, até mesmo, por falta de conhecimento.

Diante disso, passa-se a considerar imprescindível a identificação da percepção dos trabalhadores antes de quaisquer ações que incorram em aspectos subjetivos.
O conhecimento prévio dos riscos ocupacionais do sistema e como são percebidos pelos trabalhadores são fundamentais para o sucesso das ações que visam à prevenção/controle de acidentes. Fonte: Percepção de risco e perigo: um estudo qualitativo, Daniela Fischer, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Muito mais importante do que entregar simplesmente um EPI para o trabalhador é conscientizá-lo dos riscos existentes em seu trabalho e a visão dele sobre esse problema para que possamos corrigir as ações que visam à eliminação do risco ou sua minimização. O trabalhador deve interagir com o seu processo produtivo, para processá-lo de modo seguro, sem perdas no processo e sem acidente.

O vídeo mostra uma situação em que o trabalhador não utiliza protetor auditivo durante o trabalho, mesmo quando é chamado à atenção para sua utilização. Ele não tem percepção do risco de seu trabalho, pois para ele o ruído é subjetivo.


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terça-feira, janeiro 06, 2009

Audição de jovens sofre agressão diária


Michael ficou viciado em escutar música com fone de ouvido no começo da adolescência. Dia após dia, andava pelas ruas do Brooklyn, Nova York, com suas músicas favoritas a todo volume. Aos 20 e poucos anos, as células ciliadas do seu ouvido interno haviam sido permanentemente danificadas, e Michael perdera grande parte da sensibilidade a freqüências agudas.

Perda de audição entre crianças e jovens
O Instituto da Audição Infantil relata que a perda de audição entre crianças e jovens está crescendo nos Estados Unidos, e que um terço dos danos é provocado pelo barulho. Segundo a Academia Americana de Audiologia, cerca de uma em cada oito crianças sofre de perda de audição provocada por excesso de ruído. São cerca de 5 milhões de crianças, afetadas por uma deficiência que as acompanhará por toda a vida.

Campanha de conscientização
A Academia lançou uma campanha de conscientização contra esse problema, habitualmente só diagnosticado quando a criança se queixa de um zumbido persistente ou demonstra problemas de compreensão e aprendizado, por causa da dificuldade em entender a fala.
Nosso mundo é barulhento. Jovens e velhos são importunados por sons sobre os quais têm pouco ou nenhum controle: buzinas, cortadores de grama, aspiradores de pó, alarmes de carro, alarmes de casa, sirenes, motos, até os trailers de cinema. Sempre que você precisa gritar para que alguém ao seu lado lhe ouça, é porque provavelmente sua audição está sob um nível perigoso de decibéis.

Ruído ambiental e ruído de aparelhos pessoais
Como se o ruído ambiental não bastasse, agora cercamos as crianças de brinquedos barulhentos e de aparelhos de som pessoais que podem danificar permanentemente a audição. Brinquedos aprovados sob as regras de segurança da Sociedade Americana para Testes e Materiais produzem sons de até 138 decibéis, equivalente a um jato decolando. A partir de 85 decibéis, é obrigatório o uso de protetores auditivos em locais de trabalho.

Perda auditiva
A perda auditiva provocada pelo ruído pode surgir de duas formas:
■ com a rápida exposição a um som muito intenso ou
■ com a exposição consistente a um volume moderado.
Por isso há tanta preocupação com os efeitos de longo prazo dos tocadores de MP3 colocados num volume suficiente para se sobrepor ao barulho da rua. Um tocador desses produz cerca de 105 decibéis -muito mais do que os 85 decibéis a partir dos quais começam os danos (a intensidade do som se multiplica por 10 a cada 10 decibéis).

Alguns segundos para que haja perda auditiva
O Instituto Nacional para a Segurança e a Saúde Ocupacionais diz que bastam 89 segundos de exposição a 110 decibéis para que haja dano auditivo. Outro estudo diz que uma única exposição a mais de 140 decibéis -o limiar da dor- já causa danos.

Novos fones não minimizam os efeitos auditivos
Os novos fones por condução óssea, que são encaixados sobre as orelhas e transmitem o som pelo crânio até o ouvido interno, podem não resolver o problema. Embora esses fones permitam ouvir um carro se aproximando ou uma pessoa falando, a tendência dos usuários é aumentar o volume para abafar o som ambiente, danificando as 15 mil minúsculas células ciliadas do ouvido interno, que transferem a energia sonora para o cérebro. Os danos a essas células irreparáveis e insubstituíveis dificultam a audição de sons agudos -inclusive a fala humana, especialmente de mulheres e crianças.

Brinquedos barulhentos
Antes de comprar brinquedos barulhentos, os pais fariam bem em ouvi-los. Se o produto vier com um seletor de volume, monitore seu uso para que sempre fique perto do mínimo. Considere a possibilidade de devolver presentes ruidosos ou desative a função sonora. Ou, ainda, restrinja o uso de brinquedos barulhentos a áreas externas.
A Liga dos Portadores de Dificuldades Auditivas dos EUA aconselha os pais a estimularem a participação em atividades silenciosas, como ler, ver filmes, montar quebra-cabeças, brincar com blocos de construção, jogar videogames educativos, pintar e ir a bibliotecas e museus.

Fonte: Folha de São Paulo - 29 de dezembro de 2008 e The New York Times

Comentário
Imaginamos essas crianças e jovens como futuros trabalhadores já apresentando problemas auditivos.
Daqui a pouco, será muito difícil separar a doença pré-existente do individuo que entra no mercado do trabalho e algumas doenças de trabalho desencadeadas por problemas ambientais que influem na própria doença pré-existente.
Hoje temos riscos em potenciais da sociedade de consumo que poderão ser agravados no ambiente de trabalho ou a entrada do jovem mercado de trabalho tais como; uso excessivo de aparelhos eletrônicos, como exemplo; Ipod, MP3 (para escutar música, problema de audição), games (problema de LER), obesidade, pressão alta, diabetes, etc. ACCA

Vídeo alertando sobre a gravidade do problema de audição


Trechos do vídeo
1. Dano à audição ocorre quando 25% a 30% das minúsculas células ciliadas no ouvido são destruídas pelo som.
2. Acima de 100 decibéis durante uma hora, em Ipod ou MP3 música pode danificar a audição
3. Hoje, um terço dos 30 milhões de americanos sofrem uma perda auditiva devido ao ruído excessivo ..
4. E 39% de ouvintes entre 18 e 24 anos de idade não praticam hábitos seguros para ouvir música
5. Gradualmente adicionam às suas lesões auditivas

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sábado, janeiro 03, 2009

Brinquedos barulhentos e perigosos

Pietro tem dois anos e adora brinquedos com sineta, música e muito barulho. “Quanto mais barulhento, mais ele gosta, mais os ouvidos da gente em casa ficam absurdamente cansados”, diz a mãe dele, a bióloga Cláudia Bicca.

E não é só ouvido da mãe que sofre! A fonoaudióloga Priscila Slaifer explica que brinquedos com sons muito intensos podem provocar perdas auditivas nas crianças. “Vai prejudicar numa série de coisas na fala dessas crianças, na linguagem, depois na linguagem escrita. Essas crianças que têm perdas auditivas elas acabam tendo prejuízo de comunicação. Os déficits auditivos geram alterações irreversíveis, que podem prejudicar o processo de aprendizado como um todo".

Para ela, na hora de adquirir os produtos, os pais devem testá-los, ligando os equipamentos e percebendo se o som é muito alto. "Deve prevalecer o bom senso dos pais no momento da compra." Também é necessário, segundo ela, que sejam estabelecidos limites "mais conservadores" para os níveis sonoros dos produtos eletrônicos destinados às crianças.
Fonte: Folha Online – 03 de maio de 2007 e Globo.com - 02 de maio de 2007

Comentário
No vídeo mostra claramente como alguns brinquedos são poluidores sonoros. O brinquedo barulhento é uma forma de chamar atenção da criança para comprar ou é uma forma de marketing das empresas, quanto mais barulhento for o brinquedo mais chamativo é para a criança?


Vídeo mostrando alguns brinquedos altamente barulhentos e prejudiciais às crianças

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quinta-feira, janeiro 01, 2009

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