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terça-feira, março 26, 2019

Temporal isola cidades na Grande SP

Cenário
RIO TAMANDUATEÍ
O Rio Tamanduateí é um rio que corta a Região Metropolitana de São Paulo, no estado de São Paulo..
No seu percurso original, o rio se encontrava com seu afluente principal: o Rio Anhangabaú, no lugar onde atualmente se encontram a Avenida São João e o Vale do Anhangabaú. Suas nascentes estão no Parque Municipal da Gruta de Santa Luzia no município de Mauá, na região da Serra do Mar. Passa pelos municípios de Mauá, Santo André e São Caetano do Sul e deságua no rio Tietê, na cidade de São Paulo. Sua bacia hidrográfica possui 320 quilômetros quadrados. Sua extensão é de 35 quilômetros.

RIO TAMANDUATEÍ NO SÉCULO PASSADO
O rio Tamanduateí teve seu curso alterado ao longo dos anos. São Paulo começou a crescer e passou a enxergar o Tamanduateí de outro jeito. Como o rio era muito sinuoso e ocupava espaço demais, surgiu a ideia de ocupar essa área para construções e passagens de rua. As águas do Tamanduateí que rasgavam a cidade foram desviadas para um curso artificial.
Os mapas abaixo mostram como era o curso do Tamanduateí de metade do século XIX e início do século XX.
Em 1850, o Tamanduateí era sinuoso por toda cidade, que praticamente cresceu grudada nele. A população usava o Tamanduateí para banho, lavaras os cavalos e charretes.

1850
“Ele tem uma importância econômica grande no começo da urbanização da cidade de São Paulo, principalmente porque você tem pescadores, lavadeiras, o mercado dos caipiras e o Porto Geral”, relata a historiadora Maira Rios.
A Ladeira Porto Geral era o caminho para o Porto Geral, onde chegavam as mercadorias, inclusive escravos, trazidos pelo Tamanduateí até São Paulo. A Rua 25 de Março era cheia de água. Fazia parte da várzea do Tamanduateí e era chamada de Beco das 7 voltas.

Mas logo São Paulo cresceu. A cidade que em 1872 tinha 30 mil habitantes passou a ter 240 mil em 1900 - multiplicou a população por 8 em menos de 30 anos. O mapa do Tamanduateí começou a mudar.
Em 1894 o mapa já mostra um canal do rio e as curvas começaram a sumir.

O Tamanduateí foi ficando cada vez mais reto até chegar à sua forma atual.
Outros rios também passaram pelo mesmo processo, como o Tietê e o Pinheiros. A São Paulo úmida e pantanosa ficou para trás.






DESASTRE – 10 A 11 DE MARÇO

São Paulo
A chuva que caiu na Grande São Paulo da noite de domingo (10) ao amanhecer de segunda (11) deixou mortos na capital e em cinco cidades vizinhas, prejuízos no comércio, árvores caídas e perdas não contabilizadas em ruas, prédios, escolas, casas e carros inundados.

SÃO PAULO
Segundo o Corpo de Bombeiros, a corporação foi acionada para 698 ocorrências de enchentes..
Além dos transbordamentos, houve acionamentos para 78 quedas de árvores e 76 desmoronamentos ou deslizamentos de terra.


REGIOES AFETADAS
Os lugares mais afetados foram os bairros de Vila Prudente e do Ipiranga, ambos na capital, e as cidades do ABC.
■Marginal Tietê com alagamentos.
■ Córrego da Mooca e Rio Tamanduateí transbordaram.

CIDADES SEM ACESSO À CAPITAL
Saídas para a capital a partir de Diadema, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul ficaram interditadas em razão do alagamento.
Um trecho da Via Anchieta, principal via de ligação do ABC Paulista com São Paulo, também tem a passagem de carros impossibilitada na altura da antiga Uniban.

PRECIPITAÇÃO DE CHUVA
■O índice médio de chuva na cidade nessas 12 horas foi de 57,8 mm, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura, ou quase 1/3 dos 177,4 mm esperados para março e o maior volume registrado na cidade desde 2006.
■No Jabaquara (zona sul de São Paulo), o volume chegou a 109 mm, o suficiente para encher 615 piscinas olímpicas.
■Em Santo André, na Grande São Paulo, 130 mm
■ Em São Bernardo do Campo, 142 mm.

INTERRUPÇÃO DE TRÁFEGO E TRANSPORTE
■ A linha 10 - turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que passa pelo ABC, parou porque a água invadira as estações.
■As principais vias de ligação do ABC com a capital também sofreram alagamentos e muitos trechos foram interditados. a rodovia Anchieta, na altura do km 13, em São Bernardo, as pistas centrais e marginais ficaram bloqueadas devido ao transbordamento do córrego Ribeirão dos Couros.

CONSEQUENCIAS
Carros submersos, residências alagadas, desabamento de residência, deslizamento de terra, shoppings invadidos pela água, moradores ilhados, moradores desabrigados..

CORPO DE BOMBEIROS
O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar atenderam mais 1.261 ocorrências. Bombeiros resgataram moradores ilhados com botes e com o helicópteros. 
Voluntários ajudar resgataram moradores ilhados na região do Ipiranga, na Zona Sul.

São Caetano do Sul
GRANDE SÃO PAULO – REGIÃO ABC
Pouco mais de 36 horas depois das fortes chuvas que  caíram na região metropolitana da capital, a cidade de São Bernardo do Campo ainda tinha ruas alagadas, pessoas ilhadas e áreas sem eletricidade. Em São Caetano do Sul, lama, lixo e móveis estragados estão espalhados pelas ruas.

DESABRIGADOS
Mais de 500 famílias estão desabrigadas.

CORPO DE BOMBEIROS
Os bombeiros haviam recebido 864 chamados para enchentes, 175 para desabamentos e 135 para quedas de árvores.

DESTRUIÇÃO EM SÃO CAETANO DO SUL
Em São Caetano do Sul, o cenário é de lama e destruição. Lixo e móveis estragados pela chuva estão espalhados por calçadas. Três pessoas morreram afogadas na cidade.

A Rua Major Aderbal de Oliveira, no bairro Fundação, está quase intransitável com muita lama e entulho. O rio Tamanduateí transbordou com a chuva, e a altura da água no local superou os 2 metros, danificando até a estrutura de imóveis.

São Bernardo do Campo
DANOS EM SÃO BERNARDO DO CAMPO
A Rua Doutor Gabriel Nicolau, em Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, permanecia inundada na manhã de  terça-feira (12), e a água vai baixando lentamente. No final da rua há um piscinão que transbordou. Segundo moradores, as bombas do piscinão não funcionavam há algum tempo. A prefeitura diz que a água invadiu a casa de máquinas e queimou as bombas.
Pela manhã, um caminhão-pipa da prefeitura limpava uma rua do bairro. Bombeiros estão no local por precaução, caso volte a chover e a água volte a subir.

São Caetano do Sul
PREJUÍZOS NA REGIÃO ABC
Estimativa da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) dá conta de que os prejuízos na região com as enchentes que ocorreram entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira (dias 11 e 12) podem chegar a R$ 1,3 bilhão.
Além dos moradores, grandes empresas, como montadoras de carros, hipermercados e também pequenos comerciantes, sofreram com as cheias, sobretudo em Santo André, São Bernardo e Mauá. Isso sem falar nos gastos dos poderes públicos municipais e estaduais, com resgate e atenção às vítimas, tanto na área de saúde como social, limpeza de ruas e isenções de impostos. Ainda entram na soma aos gastos de combustível de quem ficou parado nos congestionamentos, dos consertos de carros atingidos, danos em residências, falta de funcionários no trabalho e fechamento de escolas e universidades.

CONSEQUÊNCIAS
■Residências, comércio e indústrias foram invadidas pela água.
■ A fábrica de caminhões da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, foi inundada na madrugada de  segunda-feira (11). A produção foi interrompida, de acordo com a montadora.
■A Bridgestone, em Santo André também foi afetada.
■Na concessionária Primarca, em São Caetano, a enchente atingiu carros novos que estavam no showroom e também mesas e computadores. A loja permaneceu fechada e só reabriu quinta‑feira (14).
■A Apetece, situada na avenida Guido Aliberti, em São Caetano, ainda calcula os prejuízos. Em nota, relata que perdeu equipamentos, estoque de alimentos e materiais. A empresa faz 8 mil refeições por dia.
■Na rua Jurubatuba, em São Bernardo, os lojistas tiveram prejuízos.
Transbordamento dos córregos Curral Grande e do Ribeirão dos Couros em São Bernardo do Campo
■A água invadiu o hipermercado Extra de São Caetano, e mercadorias ficaram boiando. 
■O supermercado Sam's Club de São Caetano também foi invadido pela água. Gôndolas inteiras foram derrubadas com a força da água. 

ENTULHO DAS VIAS DO GRANDE ABC
Pelo menos 506 toneladas de entulho foram recolhidas de ruas do Grande ABC.

VÍTIMAS FATAIS
Os óbitos aconteceram em cidades da Grande SP e na capital paulista:
■Quatro em deslizamento de terra em Ribeirão Pires;
■Uma criança soterrada após deslizamento de terra em Embu das Artes;
■Três pessoas afogadas em São Caetano do Sul, duas na Avenida dos Estados e uma no bairro Taboão;
■Duas pessoas afogadas em Santo André;
■Uma afogada em São Bernardo do Campo;
■Uma afogada no Ipiranga, na capital.

VÍTIMAS-FERIDOS:
■Dois no desabamento em Ribeirão Pires;
■Na Zona Leste, um deslizamento de terra atingiu uma casa – a mãe e duas crianças ficaram feridas (uma delas em estado grave).
■Dois feridos sem especificação do local

Fontes: TV Globo-29/03/2017, UOL Noticias - 11/03/2019,  G1 SP - 12/03/2019, Diário do Grande ABC -13/03/2019, Jornal Repórter Diário - 15 mar. 2019   


Comentário:
Esse um padrão de urbanismo que ainda predomina nas cidades, encaixar um rio num leito retificado, com as margens impermeabilizadas e muretas. Ao longo do rio ou córrego constrói avenidas e edificações. O rio perde toda sua característica natural, ficando engessado numa calha artificial Suas margens e regiões limítrofes são modificadas por construções, avenidas, de maneira desordenada. Quando há chuvas torrenciais o rio procura sua forma anterior, natural, para escoar a água ou manter a vazão do rio de modo continuo. Com esse engessamento do rio, acrescido pela vazão do rio virtual provocado pela impermeabilização do solo e desmatamento, ele forçosamente sairá de seu leito artificial construído pelo homem, para aliviar a pressão e volume de água existente nesse leito que não comporta esse volume de água.
A cidade vai crescendo, mais impermeabilização, mais água é direcionado ao rio, que mantém a mesma vazão anterior numa situação crescente de ocupação urbana, sem ao menos aumentar o leito do rio, que se torna inviável devido a ocupação de suas margens por infraestrutura urbana.

Esse tipo de desastre obedece a um padrão semelhante em todos os países. 
As principais causas de inundação seriam:
■ A morfologia da cidade a região tem relevo altamente acidentado, formado por serras, morros, fundo de vale, e encostas íngremes.
■ O clima: chove torrencialmente na época de verão
■ Uso e ocupação do solo de maneira desordenada
■ Não há mapeamento das áreas inundáveis quanto a:
1-Conhecimento da relação cota x risco de inundação
2- Definições dos riscos de inundação de cada superfície
3- Incorporação a Legislação Municipal de uso e ocupação do solo em zona de risco
4- Uso de Sistema de Informações Geográficas na análise de projetos de edificações e equipamentos urbanos.
5- Controle público da ocupação regular e irregular
■ A prática legalizada da construção ilegal e construção de obras públicas que não respeita o ecossistema.
■O aumento da vulnerabilidade é atribuível ao uso do solo e da água que é muitas vezes ainda não considera as limitações impostas pela hidrogeologia. É comum no país como padrão, canalizar córrego, retificar e construção de avenidas ao logo das margens dos córregos e rios. Em conseqüência disso há uma ocupação desordenada do solo, principalmente construções, aumentando ainda mais a impermeabilização do solo.

Infelizmente a historia de desastre natural demonstra que tais acidentes se repetem após um ciclo de poucos anos. Não aprendemos ou as pessoas mudam e as lições são esquecidas, com os erros dos que nos antecederam. Infelizmente, muita gente não consegue enxergar nem tirar proveito dos fatos que já aconteceram,  os erros repetirão. A natureza tem suas próprias leis para provocar desastre

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sexta-feira, março 22, 2019

Explosão em borracharia deixa homem gravemente ferido

Um grave acidente de trabalho em uma borracharia na avenida Elisa Verzola Gosuen deixou um homem gravemente ferido na tarde de terça-feira, 19.

CORTAR O TAMBOR
Segundo as informações do Corpo de Bombeiros, a vítima, um serralheiro de 32 anos, trabalhava no local e teria causado a explosão de um tambor com produto inflamável, ao tentar abrir o recipiente com uma esmerilhadeira.

VÍTIMA
A vítima teve seu rosto atingido e sofreu uma parada cardiorrespiratória. Foi socorrido pela equipe do Corpo de Bombeiros e uma unidade do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Ele teve  fratura na região do rosto, deslocamento da parte maxilar e uma parada cardiorrespiratória, que foi revertida pela equipe de socorristas e encaminhado até a Santa Casa”, disse o Sargento Nicula, do Corpo de Bombeiros.

TESTEMUNHAS
Segundo testemunhas que estavam próximas ao local no momento da explosão, houve um estouro muito forte, que chegou a romper o telhado. Fonte: GCN - 19/03/2019  

ARTIGO PUBLICADO
Explosão de tambor

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terça-feira, março 05, 2019

Explosão de oleoduto no México

A explosão do oleoduto que transporta combustível ocorreu na cidade de Tlahuelilpan, no estado de Hidalgo, no México.
As autoridades mexicanas culpam os ladrões de combustível, que no México são chamados huachicoleros, que perfuraram o oleoduto. A explosão foi  mortal porque uma grande multidão de pessoas estava presente no local para obter combustível. As forças de segurança tentaram convencer as pessoas para  ficar longe do locala, mas foram em menor número e optou por não agir contra os civis por medo de provocar um confronto violento.

Tlahuelilpan é atravessada por um dos principais oleodutos de combustível no país, que liga o porto de Tuxpam, Veracruz, com o complexo da Pemex em Tula, Hidalgo, cerca de 13 quilômetros a sudoeste da cidade

FONTE DA EXPLOSÃO
Acredita-se que a fonte causada foi por liberação de vapores de combustível que formou uma nuvem, que mais tarde deu início a uma enorme bola de fogo que consumiu os campos circundantes que tinham sido encharcados com combustível.

Estima-se que o gasoduto no ponto de ruptura transportou cerca de 10 mil barris de gasolina a 2 megapascais (290 psi).

A causa exata do incêndio que provocou o derramamento ainda é desconhecida. A primeira hipótese dos pesquisadores foi que os vapores produzidos pelo vazamento e atrito de eletricidade causada por alguma fricção pode ter causado a explosão.

A explosão foi particularmente mortal porque o vazamento da gasolina atraiu um grande número de pessoas  com baldes, galões e todo o tipo de recipientes .

CRONOLOGIA
18 de janeio
■14h30 - Sedena (Secretaria da Defesa) recebe o relatório de um vazamento.
Sedena recebe o relatório de um vazamento na tubulação da Pemex Tuxpa-Tula, próximo a comunidade de San Primitivo, município de Tlahuelilpan, Hidalgo; mas não é considerado um vazamento relevante, segundo o secretário de Segurança Pública.
■15h45- Dezenas de pessoas aglomeravam no local do vazamento.
■16h50 - O vazamento é relatado
■17h06 - Entre 21 e 25 militares do exército mexicano tentavam controlar a multidão .
■18h50- Pemex fecha as válvulas do oleoduto.
■18h 50- A explosão é registrada.
■19 de janeiro – 00h:10 - O fogo se extingue.

VÍTIMAS
Saldo inicial
66 pessoas mortas e 76 feridas, entre leves, médios, graves e muito graves em diferentes hospitais. Dos feridos, 73 são homens e três mulheres; e dos meninos, sete menores de 18 anos e um menino de 12 anos. Há vítimas com queimaduras em mais de 80% do corpo.

Saldo em 24 de fevereiro
O número de mortos subiu para 133.
Há 10 feridos e 68 vítimas fatais não identificadas.
Dos feridos; um dos feridos está em estado muito grave, enquanto outras três vítimas estão em estado grave, outros três em estado delicado e três mais estáveis.

ROUBO DE COMBUSTÍVEL
O combustível roubado, mais barato, criou um mercado alternativo  em muitas comunidades rurais, mas custa caro ao governo. A Pemex no passado a teve um prejuízo de  US$ 3,14 bilhões de dólares.  A explosão de um oleoduto no estado central de Puebla em 2010 deixou 27 mortos, muitos feridos e várias casas destruídas.
Fontes: El Universal - 18/01/2019 a 250/02/2019 e Notimex - 2019-01-21

Comentário:
Quando o liquido envolvido é inflamável o fenômeno tem de ser analisado em dois aspectos: onda de choque decorrente da expansão súbita dos vapores e os efeitos radiação térmica
A liberação do liquido inflamável sob pressão gera uma bola de gás muito rica; em combustão, em ascensão e como consequência bola de fogo e radiação térmica.  




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domingo, março 03, 2019

Incêndio destrói fábrica às margens da Fernão Dias em Atibaia

Um incêndio em uma fábrica que produz peças plásticas mobilizou cerca de 100 homens do Corpo de Bombeiros na manhã de quarta-feira (16 de janeiro) às margens da Fernão Dias na altura do Km 47, em Atibaia (SP).  O fogo provocou uma intensa cortina de fumaça, mas não atrapalhou o tráfego na rodovia.

CAUSA PROVÁVEL
Segundo os Bombeiros, o incêndio começou no fim da noite de terça e foi causado pelo superaquecimento de uma máquina.

CORPO DE BOMBEIROS
As equipes de Atibaia foram até o local e controlaram as chamas, mas por volta de 5h30 desta quarta, o fogo voltou e se alastrou rapidamente por toda unidade.
Os Bombeiros enviaram equipes ao local logo no início da manhã e fizeram o combate ao fogo durante toda manhã. Cerca de 100 bombeiros de Atibaia, Bragança Paulista, Jundiaí, Guarulhos e São Paulo trabalharam no combate ao fogo, em mais de 15 caminhões.
Ao longo da manhã, os Bombeiros constataram que a estrutura do galpão tinha sido danificada. Eles fizeram um desenho da fábrica, com a ajuda de funcionários, pra definir as áreas menos perigosas de atuação.
A água foi jogada pelas portas laterais e também por cima do galpão, com a ajuda de uma escada.

VÍTIMAS
Não houve vítimas

FÁBRICA
O galpão da Mitsubishi Chemical Polimeros de Desempenho, produz peças plásticas.
A empresa informou em nota que está cooperando com as autoridades para que as investigações sejam concluídas. Fonte: G1 Vale do Paraíba e Região-16/01/2019 

Comentário:
A Mitsubishi Chemical Corporation, uma das maiores indústrias químicas do Japão, produz e vende elastômero sob a marca Thermolan.

Principais produtos fabricados com elastômero termoplástico:

Indústria automotiva – Os TPEs são usados na indústria automotiva devido às elevadas propriedades mecânicas, resistência ao envelhecimento, óleos e graxas, facilidade de pintura, e o bom retorno à forma original após deformação. As partes exteriores e interiores de automóveis podem ser moldadas por injeção de TPE puro, TPE reforçado com manta e fibra de vidro e blenda de TPE e policarbonato. Painéis laterais facilmente pintados, duráveis e com alta estabilidade dimensional, são produzidos com TPE reforçado com fibra de vidro. Outras aplicações automotivas incluem: coifas dos sistemas de suspensão, frisos, suportes e gaxetas para componentes do volante e sistemas de transmissão e direção, tubos, prendedores e selantes para anéis da porta.

Calçados – São usados em calçados de alto desempenho e solados esportivos com diferentes graus de dureza, cores variadas ou transparentes, e em diversas outras aplicações como arcabouços de patins, solados esportivos com trava, parte superior de saltos, botas de esqui, etc. As chuteiras de futebol, produzidas com TPE’s a base de poliol poliéster, com dureza entre 85 e 90 Shore A, possuem excelente resistência à abrasão e ao rasgo. Os materiais externos das botas de esqui, também são TPE’s devido às propriedades em baixas temperaturas, como resistência à abrasão, rasgo, dobras e impacto. TPE’s são ainda usados nas botas de hóquei no gelo, que com as de esqui, necessitam resistência ao impacto, em baixas temperaturas.

Mangueiras e tubos – Mangueiras e tubos flexíveis são feitos com TPE’s, devido à alta resiliência e flexibilidade, em largas faixas de temperatura, bem como resistência à abrasão, ao rasgo e a quebra. O alto alongamento, a resistência à hidrólise e micróbios e as altas propriedades mecânicas são ideais para o revestimento interno de mangueiras de incêndio, mais leves, fáceis de operar e alta durabilidade. Tubos revestidos com TPE’s são usados no transporte de areia e pedras, devido à resistência à abrasão e ao rasgo.

Eletro & Eletrônica – Além da resistência à abrasão, hidrólise e ataque microbiológico, os TPE’s mantêm a flexibilidade em temperaturas abaixo de zero e suportam temperaturas extremamente altas, evitando o risco de incêndio, sendo usados como material para revestimento, com resistência ao fogo direto. No revestimento de cabos resulta em proteção segura e durável para cabos e conexões.

Filmes e folhas – Folhas e filmes de TPE’s podem ser entrudadas em espessuras variando de poucos a vários milímetros, com resistência à abrasão, furos e rasgo, combinada com alta elasticidade e adesão, e são usados em correias transportadoras com excelente resistência a abrasão. Podem ser pigmentados em qualquer cor. Dependendo do TPE, estas correias podem ser utilizadas com alimentos secos, aquosos ou gordurosos. TPE’s especiais atendem as normas para contato com alimentos da Alemanha (BGA) e EUA (FDA). TPE’s têm baixa permeabilidade ao ar e são usadas em diversas outras aplicações, como: partes ocas coladas, laminação têxtil, coberturas protetoras, selagem de espumas e revestimentos resistentes à abrasão. Fonte: As informações são da agência Kyodo e da Indústria de Poliuretanos do Brasil.

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