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terça-feira, agosto 30, 2016

Explosão em caminhão mata trabalhador em Araquari

O mecânico FRM, de 28 anos, morreu após uma explosão na empresa onde ele trabalhava em Araquari, no Norte catarinense, na manhã de sexta-feira, 13 novembro de 2015. O acidente aconteceu, por volta das 8h30, com um caminhão tanque de óleo lubrificante.

CAUSA DO ACIDENTE
O acidente ocorreu no   galpão que funciona como oficina de caminhões da empresa Filtroville, às margens da BR-280, a menos de 200 metros da BR-101, no Norte de Santa Catarina.

As primeiras informações davam conta de que ele teria começado a soldar perto de uma tampa, sobre o caminhão.
Segundo o comandante dos Bombeiros Voluntários de Araquari, os colegas do mecânico informaram que ele estava trabalhando sobre o caminhão com uma lixadeira. Há a suspeita de que havia algum produto químico dentro do tanque do veículo, que explodiu.  Parte do telhado de zinco e vidros do galpão ficou danificado.

VIZINHANÇA
O estrondo foi sentido pelos vizinhos, que correram para ver o que havia ocorrido.
— Tremeu tudo na vizinhança. Estávamos tomando café e ouvimos uma explosão. Parecia que era um raio daqueles que caem bem perto da casa, sabe? — disse um dos moradores, que não quis se identificar.

VÍTIMA
Os outros mecânicos disseram aos bombeiros que o corpo de Fábio foi arremessado contra o teto de zinco. Os colegas dele ainda estavam em estado de choque e precisaram ser atendidos e acalmados pelos socorristas.
O helicóptero Águia da PM de Joinville foi até o local para prestar atendimento, mas não foi possível porque ele morreu no local.

EMPRESA
A empresa faz coleta e transporte de cargas perigosas, especialmente resíduos de óleos, combustíveis e resíduos da indústria. Começou a operar em Joinville em 1994 e hoje tem sua sede nas margens da BR-280. O local onde ocorreu o acidente funciona como uma espécie de oficina de manutenção de caminhões e tanques. Fonte: A Noticia - 13/11/2015
  
Comentário: Podemos considerar essa empresa como pequena. Segundo a Confederação Nacional de Comércio (CNC) no Brasil  existe 12.470.015 MPE´s  sendo 1.100.000 pequenas empresas industriais e 250.000 pequenas construtoras.
As MPE (Micro e Pequenas Empresas) convivem com dificuldades cotidianas que acentuam a precarização nas condições de segurança e saúde no trabalho. Dentre essas dificuldades podemos destacar:
a) ausência de racionalização dos programas de segurança e saúde do trabalhador (SST), ou seja, não há uma simplificação nos diversos programas que leve em consideração as peculiaridades das MPE; a inexistência de um sistema de financiamento para aquisição de máquinas novas e protegidas ou para a instalação de dispositivos de proteção em máquinas usadas;
b) a falta de conhecimento técnico para implementação de melhorias no processo produtivo que conduzam a melhores condições de trabalho, além das medidas individuais e coletivas de proteção dos trabalhadores;
c) dificuldades na contratação de assessorias técnicas em Saúde e Segurança do Trabalho (SST), visando à correta elaboração, implementação e acompanhamento dos programas de gestão de SST, face ao alto custo dos serviços prestados pelas empresas de assessoramento ou para a realização de alguns serviços necessários à melhoria dos ambientes de trabalho; e
d) dificuldades na obtenção de orientação quanto ao fiel cumprimento da legislação trabalhista e previdenciária
Nos Estados Unidos, a agência de segurança do trabalho possui um programa de segurança específica para empresas média e pequena, onde elas solicitam suas inscrições e recebem treinamento para implementação do programa de segurança. Nesse período a agência não aplica nenhum tipo de sanção. São enfoques diferentes para um mesmo problema em relação à aplicabilidade das normas. Nos USA, a agência procura disseminar a política de segurança através de palestras, treinamento, cooperação entre as entidades representativas.

Houve imprudência ou total desconhecimento de medidas de segurança que  um trabalhador deve ter.
Há duas medidas básicas que o soldador deve conhecer;
■ Não solde tanques, tambores se não tiver absoluta segurança de não haver perigo de combustão ou explosão. 
■ Não confie em seu instinto para decidir se há ou não segurança para soldar  tanques ou tambores. Investigue o que foi guardado nesses recipientes, pois uma quantidade mínima de gás ou líquido pode provocar séria explosão. Caso o recipiente tenha contido material inflamável, lave-o com água muitas vezes ou desgaseifica, antes de soldar.

O tanque ou tambor que não sofreu um processo de lavagem adequado,  permanece com gás ou líquido residual. Com aquecimento o liquido ou o gás se expande preenchendo  o tambor ou tanque com uma mistura explosiva de ar e vapores inflamáveis.
Conseqüentemente, os tanques quase-vazios podem ser significativamente muito mais perigosos do que os tambores/tanques  que estão cheios. Em geral o trabalhador supõe que o risco de um tanque quase-vazio é inferior do que um tambor cheio.
Porque o risco real “está oculto”, é essencial que os tanques de líquidos inflamáveis advertem com “destaque” o alto risco de explosão de um tanque parcialmente vazio.

Os avisos adicionais em relação ao corte ou soldagem são necessários, assim como instruções para evitar todas as fontes de ignição e manter o tambor fechado completamente. Quanto ao treinamento de empregado sobre os riscos de tambores quase-vazios podem ser úteis, pois todos tambores usados, frequentemente, podem encontrar-se em mãos de empregados não treinados ou de terceiros.
Isto reforça a necessidade para etiquetagem adequada e chamativa, isso vai além dos avisos usuais para líquido inflamável.
Em geral, a pessoa leiga não treinada acredita intuitivamente que menos liquido inflamável significa menos risco, quando o oposto é verdadeiro.

Este caso envolveu as seguintes normas e recomendações;
■ Comunicação de Riscos
■ Norma de líquidos inflamáveis
■ Fatores humanos – treinamento
■ Manual de Produtos Químicos
■ Etiqueta de aviso de perigo

Finalidade da Comunicação de Riscos
■ Identificação dos riscos
■ Procedimentos de segurança para trabalhar com produtos químicos
■ Procedimentos de comunicação de riscos
■ A Importância das Etiquetas de Identificação /Etiqueta de alerta
■ Equipamentos de Proteção Individual
■ Reação a uma Emergência
■ Riscos Químicos e Como Controlá-los
■ MSDS – Manual de Produtos Químicos – FISPQ – Ficha de Segurança de Produtos Químicos

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sexta-feira, agosto 26, 2016

Incêndio no túnel Tauern

Resumo do desastre:
■ 12 mortes
■ 16 horas de incêndio
■ 86 pessoas conseguiram escapar, sendo 47 com ferimentos
■ 24 carros e 16 caminhões queimaram-se completamente

Para analisar as principais falhas, vejamos o que realmente aconteceu ao longo dos 6.041 metros do túnel Tauern (Áustria), no dia terrível de 29 de maio de 1999.

CRONOLOGIA DOS ACONTECIMENTOS
Quando os bombeiros alcançaram o local às 20h,  quase 15 horas após o acidente, era a visão que eles tinham do desastre. No primeiro plano o incêndio já foi extinto e as pessoas puderam sair a tempo. 

Mas o principal foco de incêndio continuava a queimar acima de 1000C . Uma grossa camada de espuma cobria a superfície da pista e você pode ver parte dos escombros do túnel contra um fundo abrasador.


NOITE DE SEXTA-FEIRA PARA SÁBADO,  2H 8 MIN (MADRUGADA)
Nesse momento ocorreu um grave acidente num trecho da estrada após o túnel em direção  a Salzburg. A estrada foi fechada por uma hora no sentido da colisão e causou um grande congestionamento
O tráfego oposto também estava totalmente parado, com fluxo de carros de 800 a 1000 veículos por hora.
Apenas à noite, os trabalhos de reparos foram executados no interior do túnel, a cerca de 800 metros a nordeste da entrada do túnel.
O  tráfego  estava controlado por semáforo no interior do túnel para agilizar o trânsito. Controlando o fluxo de carro  no túnel, criou  um grande congestionamento.
O limite de velocidade foi imposta para 50 km/h e mais tarde para 30 km/h. No interior do túnel um forte fluxo de ar de norte para o sul foi sentido.

SÁBADO ÀS 4H 47 MIN, MADRUGADA
O semáforo na direção norte (Salzburg- Áustria) mudou para vermelho e após 40 segundos a luz oposta mostrará verde, em direção ao sul.

SÁBADO ÀS 4H 48 MIN , MADRUGADA
O semáforo muda a luz  para vermelho para o tráfego vindo da direção sul. Um caminhão carregado de tintas pára. Quatros carros atrás do caminhão, também param.
Um outro caminhão, motorista com 28 anos de experiência,  está retornando para Bologna (Itália), distante 500 km. Ele dormiu poucas horas à noite anterior. Agora, ele dirige um caminhão pesado transportando 50 vacas.
Pouco depois da entrada do túnel, o caminhão alcança a velocidade limite de 50 km/h e então ele cochila no volante por alguns segundos. Seu caminhão de 34 toneladas colide com outros carros, imprensando os dois últimos e outros dois contra a parede do túnel. A  violência da colisão foi tão grande que a polícia acreditou, apenas um carro foi envolvido no acidente.
Imediatamente surgiu um clarão, fogo, provavelmente devido a vazamento de combustível. Várias explosões ocorreram, provavelmente latas de spray, explodindo e voando em volta do fogo. Pesadas nuvens de fumaça, desenvolveram instantaneamente e tudo isso em alguns segundos após a colisão do caminhão.
Oito pessoas morreram instantaneamente. Duas escaparam, milagrosamente,  com poucos ferimentos.
Colisão e destroços queimados dos veículos, no local onde ocorreu o acidente

2 MINUTOS APÓS O INÍCIO DO INCÊNDIO
O sistema de detecção acionou o alarme no centro de controle do túnel. O responsável em serviço imediatamente posicionou as câmeras cobrindo o local do acidente. Mas nada podia ser visto. O alarme automaticamente alterou as luzes do semáforo da entrada do túnel , para vermelho.
Mas o tráfego continuava e muitos motoristas simplesmente ignoravam as luzes em vermelho e  entraram no túnel, um erro que muitos pagarão amargamente com as próprias vidas.
Um teste foi realizado, alguns meses mais tarde, em outro túnel, por um canal de TV e também mostraram que muitos e muitos carros ignoraram  as luzes do semáforo.
No mesmo momento em que cessa a ação do alarme, as câmeras de vídeo localizadas a sudeste da entrada do túnel, mostra inesperadamente uma densa nuvem de fumaça vindo em alta velocidade.
Isto leva alguns segundos para obstruírem a visão das câmeras , elas somente mostram imagens negras.
Mais carros entram no túnel, no setor sul, ignorando as luzes vermelhas.
O responsável em serviço imediatamente avisa a polícia, que tem o mesmo controle de circuitos de TV instalados no local. A polícia alerta os bombeiros localizados próximos nas extremidades do túnel.  No momento havia 36 carros e caminhões no interior do túnel. Nove deles conseguiram retornar.
Para fuga, as pessoas tinham entre 400 a 800 metros para percorrer, se escolhesse a saída para o lado norte ou aproximadamente 5,5 km a saída para o lado sul.



5 MINUTOS APÓS O INCÊNDIO – TESTEMUNHAS
Os primeiros extintores foram retirados dos abrigos para uso.
Testemunhas informaram, alguns motoristas recusaram a sair de seus veículos,  apesar do caos ao redor. Outros tentaram manobrar seus veículos no meio do inferno de fumaça e dirigir na direção oposta. Um motorista de caminhão disse: “Eles fecharam seus veículos e olhavam em volta”.
Quatro motoristas tentaram abrigar-se no interior de uma cabine telefônica de emergência, a cerca de 100 metros de seus veículos, mas apenas dois homens e uma mulher conseguiram fazer isto, apesar da fumaça.
Da cabine telefônica, eles alertaram o centro de controle às 4h 54min. Embora, o calor incrível no interior da cabine, eles conseguiram sobreviver, mantendo as portas fechadas, impedindo a penetração da fumaça. A câmera de TV próxima ao local, parou de transmitir imagens.

9 MINUTOS APÓS O INCÊNDIO


As sirenes foram acionadas e um alerta geral foi dado. Nesse momento, os bombeiros voluntários de Flachau, ao norte, foram alertados. Eles têm de percorrer pelo menos 18 km para alcançar a entrada do túnel, com seus veículos. Ao sul, os bombeiros voluntários de Zederhaus têm 7 km para percorrer. Até esse momento, eles sabem apenas que uma densa fumaça saía do túnel.









27 MINUTOS APÓS O INCÊNDIO
Dois carros com bombeiros chegam a entrada sul e imediatamente penetram no túnel. Uma forte rajada de corrente de ar vindo do lado deles para o norte, eles dirigem e param a 500 metros do local do incêndio.
Uma densa camada de fumaça ocupa a secção do túnel e a visibilidade é praticamente zero. Os bombeiros tinham apenas seis aparelhos de respiração e dois deles tiveram de retornar.
Os bombeiros tinham de caminhar na frente do caminhão, para verificar a eventualidade de encontrar algum corpo estendido no chão. Várias explosões ocorreram. O calor atinge tal intensidade e os bombeiros procuram abrigar-se na próxima cabine telefônica e o rádio de comunicação não funciona mais.
O comandante dos bombeiros ordena aumentar para máximo a extração de ar no local do fogo, enquanto outra secção do túnel recebe fluxo máximo de ar fresco.



1 HORA 2 MIN APÓS O INCÊNDIO
O calor diminuiu de intensidade e os bombeiros podiam alcançar as pessoas que estavam abrigadas na cabine telefônica. Próxima a cabine, encontraram um corpo de um jovem. Ele estava intoxicado por gases . Outros três receberam máscaras com filtro e foram imediatamente conduzidos para fora do túnel.

1 HORA E 12 MIN, APÓS O INCÊNDIO
Mais e mais bombeiros chegaram, trazendo equipamentos pesados. Mais de 170 bombeiros  de 25 diferentes companhias chegaram ao norte do túnel e 138 bombeiros de 8 companhias, chegam ao sul do túnel. 
Eles trouxeram duas câmaras de visão de infravermelho, que enxergam através da fumaça , um gerador móvel de 28 kva, com sistema de iluminação (23 luzes)  e 12 ventiladores de grande porte. O calor aumenta,  tornando difícil o caminho dos bombeiros para o norte.
Foram utilizadas cinco mangueiras com água e espuma para controlar o fogo. Após tremendo esforços, o fogo foi extinto.
Foi instalado numa área de descanso da rodovia,  ao norte e próximo ao túnel, um posto de emergência.

VÍTIMAS
Noventa pessoas foram resgatadas do túnel, sendo 50 transferidas imediatamente para os hospitais. Dois helicópteros e 25 ambulâncias transportaram as vítimas.

5 HORAS E 12 MIN APÓS O INCÊNDIO
Grande parte do concreto da cobertura do túnel, começa a cair. O calor enfraqueceu as ferragens e o concreto começou a fragmentar se e a cair devido ao seu próprio peso.
Após algum tempo, era perigoso permanecer no local e os bombeiros retiraram-se.
Era evidente que ninguém podia estar vivo no interior do túnel, com temperatura atingindo quase 1.200o C no local de origem do incêndio . A 700 m do local a temperatura alcançava 1000o C. 


6 HORAS E 12MIN  APÓS O INCÊNDIO .
O vento muda de direção, dando a possibilidade de ventilação adicional, no setor norte do túnel. A temperatura começa a reduzir gradativamente

10 HORAS E 12 MIN APÓS O INCÊNDIO
Os bombeiros iniciam a extinção do incêndio, ao norte, com equipamento móvel de espuma..
O local da origem do incêndio mostra os principais danos.

Uma viga pesada, à esquerda, estava parcialmente separada da parede entre os dutos de ventilação, acima da pista. (seta vermelha)
O calor foi tão intenso que a parede lateral desmoronou-se. A parede externa, resistiu ao fogo.

16 HORAS APÓS O INCÊNDIO
O fogo foi extinto.

FECHAMENTO DO TÚNEL PARA REFORMA
O túnel permaneceu três meses em reforma e foi reaberto em 28 de agosto de 1999.


PREJUÍZOS
O acidente implicou custo de:
■ US $ 6,5 milhões para obras de reparação
■ US $ 19,5 milhões em tarifas perdidas.
Os custos dos danos e perda de pedágio foram cobertos principalmente pelo seguro.

OUTRO INCÊNDIO
Em 10 de Janeiro de 2000, outro caminhão pegou fogo no túnel Tauern. Novamente as mesmas falhas ocorreram,  os motoristas dirigiam seus carros no interior do túnel enquanto os bombeiros extinguiam o fogo. Fonte: @ZR, Travel TauerTunnel. – 20 de agosto de 2001.

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terça-feira, agosto 23, 2016

Airbag mortal motiva 2 milhões de recalls no Brasil

Até o momento, 11 marcas convocaram proprietários brasileiros a comparecer às concessionárias para solucionar o problema no dispositivo de segurança. Defeito já matou 13 pessoas no mundo

Se você é daqueles que não dão a devida importância aos recalls, seja não comparecendo à concessionária ou adiando o máximo possível para corrigir o problema é bom rever essa postura. Ela pode colocar em risco a sua segurança e a dos passageiros que transporta. Situação que pode agravar se o seu veículo estiver na lista dos modelos equipados com os ‘airbags mortais’.

DEFEITO NO DISPOSITIVO DE ABERTURA DAS BOLSAS INFLÁVEIS
Em 2013, veio à tona o defeito no dispositivo de abertura das bolsas infláveis fabricadas pela empresa japonesa Takata, fornecedora de grandes montadoras. No ano seguinte, o problema ganhou proporções mundiais ao ser associado a mortes de usuários que dirigiam veículos equipados com o componente.
Até maio deste ano, foram 13 ferimentos fatais causados por fragmentos metálicos do insulflador, que acabaram projetados na direção dos ocupantes após uma colisão frontal de intensidade moderada ou severa. Desses, 12 aconteceram nos Estados Unidos e 1 na Malásia.

As lesões seriam semelhantes a de facadas, uma vez que a morte de um motorista acidentado em um carro equipado com airbags Takata fora investigada inicialmente como homicídio, devido ao tipo de ferimentos encontrados no corpo do condutor.
Atualmente, mais de 50 milhões de veículos foram convocados ao redor do planeta para a verificação e possível troca do dispositivo. No Brasil, o número já alcança 2 milhões de unidades das marcas Audi, FCA Automobiles (Chrysler, RAM e Jeep), Honda, Mitsubishi, Nissan, Subaru, Toyota e Volkswagen.

VÍTIMA QUE QUASE PERDEU A VISÃO DISSE QUE NÃO SABIA DO RECALL
Uma das vítimas do airbag da Takata foi Stephanie Erdman, da Força Aérea Americana, que testemunhou na comissão do Senado dos EUA sobre seu acidente acontecido em 2013 quando dirigia seu Honda Civic 2002, em Destin, na Flórida.

Ela estava dirigindo e, quando o acidente ocorreu - descrito em seu depoimento como um ‘impacto frontal moderado’ -, um estilhaço do insulflador perfurou o seu seio direito, atingiu seu nariz e foi parar perto do olho direito. Erdman disse que passou por várias cirurgias e até terapia e que sua visão está comprometida para sempre.
A vítima afirmou ainda que nunca recebeu um aviso de recall, que a Honda admitiu ter lhe enviado em 2010, e que durante as três visitas de serviço que fez ao concessionário antes do ocorrido, nunca foi informada de que o modelo estava envolvido no chamado de reparo.

MULTA
Em novembro de 2015 o National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), órgão dos Estados Unidos que regulamenta o setor de transportes, aplicou uma multa recorde de US$ 200 milhões à Takata pelo recall global de airbags defeituosos. Fonte: Gazeta do Povo - 15/06/2016

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sexta-feira, agosto 19, 2016

O computador e a visão

Que o computador é uma ferramenta importante para o trabalho e para o estudo todos nós sabemos. Mas, o que muitas pessoas desconhecem é que o uso frequente da máquina, de maneira incorreta, pode provocar o que chamamos de cansaço ou fadiga visual.

Em Inglês CVS - Computer Visual Syndrome, a Síndrome do Usuário de Computador é responsável;
■ por sintomas como dores de cabeça e
■ desconforto nos olhos (ardor, sensação de areia e vermelhidão).

Mas, por que isso acontece?
Por uma única razão: a fixação do olhar num ponto por período prolongado, gera a diminuição do reflexo de piscar e cansaço da musculatura do globo ocular.

O  ato de piscar é involuntário e tem a função de distribuir a lágrima sobre a superfície do globo ocular. A lágrima lubrifica e protege a porção anterior dos olhos expostos ao meio ambiente. A diminuição do reflexo de piscar deixa os olhos secos. Surge, assim, o ardor e a vermelhidão. E mais: o ar frio proveniente de aparelhos de ar condiciomado acelera a evaporação lacrimal, agravando os sintomas.

Até o momento, não existem nenhum estudo comprovando que o uso do computador, smartphone ou tablet prejudica a visão ou predisponha o aparecimento de doenças oculares. Sabemos que a radiação que emana da tela é muito baixa e limitada a 2 ou 3 centímetros do monitor; portanto, não atinge os olhos.

Medidas simples, mas bastante eficazes, podem ser incorporadas ao dia-a-dia para trazer maior conforto aos olhos quando estamos à frente da tela do computador:
■ relaxe a visão com pausas de dez minutos a cada hora de uso do computador
■ pisque! Piscar os olhos é fundamental, pois troca o filme lacrimal (película de lágrima que fica sobre a córnea), responsável pela manutenção da umidade e indispensável para uma boa visão e defesa ocular
■ reduza o brilho e a intensidade das cores do seu monitor
■ procure posicionar o monitor a uma distância entre 35 a 50 centímetros dos olhos
■ mantenha seu monitor com protetor de tela (reduz o brilho das imagens automaticamente)
■ procure manter os documentos próximos da tela, com suportes ou pranchetas presas diretamente na lateral do monitor
■ evite usar o monitor em lugares escuros: jamais aproveite somente a luz da tela para trabalhar
■  não permita que a luz do ambiente reflita diretamente nos olhos ou na tela
■  posicione o topo do monitor de maneira que esteja na altura dos olhos ou ligeiramente abaixo
■ evite imagens com cores intensas e muito variadas quando as crianças forem as usuárias do computador

Veja como você pode melhorar a sua postura
A boa postura também é fundamental para garantir a saúde quando utilizamos o computador. Para isso:
■ procure sempre deixar seus pés sobre um apoio
■ deixe um espaço livre entre a coxa e o tampo da mesa
■ mantenha as mãos e os antebraços na mesma linha  reta
■ relaxe os ombros
■ mantenha os cotovelos próximos da cintura, abertos em ângulo reto ou pouco mais
■ apoie firmemente a região lombar no encosto da cadeira

Atenção: quando a síndrome da fadiga visual já tiver instalada, algumas medidas podem ajudar a corrigir (ou amenizar) o problema. O tratamento, sempre prescrito e acompanhado pelo médico oftalmologista, varia caso a caso, conforme os sintomas. Converse com ele a respeito. Fonte: @ZR, IMO - Instituto de Moléstias Oculares

Comentário

Em 2016, o Brasil deve ter um computador em uso para cada habitante, ou 200 milhões de máquinas (incluindo tablets) , conforme prevê a 24ª Pesquisa Anual do Uso de Tecnologia da Informação no mercado brasileiro, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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quarta-feira, agosto 17, 2016

Cidade de São Paulo tem mais de 200 rios

A grande enchente de 1929
Muita água passa por baixo das pontes do Tietê e do Pinheiros, principais rios da cidade de São Paulo. Mas também tem muita água passando por baixo do asfalto, do cimento e do concreto. O município possui nada menos que 186 bacias hidrográficas catalogadas pela prefeitura, o que representa mais de 200 cursos de água.

Há os casos do rio Verde e do Água Preta, que serpenteiam por baixo de bairros da zona oeste. E há muitos tampados por avenidas, como o Saracura (que nasce próximo ao Museu de Arte de São Paulo e à avenida Paulista), o Itororó e o Pacaembu, na região central. "Os rios continuam vivos apesar de estarem tampados e misturados com esgoto", diz o geógrafo Luiz de Campos Jr., um dos criadores da iniciativa Rios e Ruas, que busca os cursos d'água esquecidos pela cidade.

Há também os que sumiram completamente do mapa, soterrados pela urbanização, como o ribeirão do Bixiga, na região central da cidade. Por cima de um trecho dele, construiu-se o prédio da Câmara Municipal de São Paulo, lembra o arquiteto e urbanista Vladimir Bartalini, professor da USP (Universidade de São Paulo).

A grande enchente de 1929
A grande maioria dos rios, ribeirões e riachos corre para o Tietê -- a cidade se situa, por sinal, na bacia do Alto Tietê. Não se sabe, porém, o número exato deles nem a extensão da rede hídrica porque boa parte flui por baixo da metrópole e ninguém vê. A quantidade de nascentes é outra incógnita. No centro expandido, é quase impossível avistar um córrego ou ribeirão. A cidade sufocou os rios e cresceu por cima deles. "Na região mais urbanizada, praticamente tudo está coberto", afirma Campos Jr..



RIOS FAVORECERAM O CRESCIMENTO E APANHARAM DELE
Os rios tiveram grande importância no surgimento e no crescimento da cidade. Aos pés da colina onde ela foi fundada, houve um porto às margens do Tamanduateí que serviu a região comercial em torno da rua 25 de Março. A única lembrança que restou dele é a ladeira batizada de Porto Geral.

Foi perto das margens do Tamanduateí que se construiu a ferrovia Santos-Jundiaí no século 19. As terras baixas nas proximidades do rio eram baratas. Por isso, receberam os trilhos que ligaram o porto de Santos ao interior do Estado.

Como eram baratas e passaram a contar com a ferrovia, também atraíram indústrias e favoreceram o surgimento de bairros operários. Processo similar aconteceu nas terras baixas à beira do Tietê.

Alguns paradoxos foram surgindo. Ao mesmo tempo em que precisavam dos rios como fonte de água, as fábricas escoavam para eles seus dejetos. Aos poucos, rios e córregos viraram sinônimos de esgoto. E os bairros erguidos nas áreas próximas aos rios sofriam com o mau cheio destes e com as inundações.

O medo da água deu força à ideia de que era necessário domá-las. Não há, no entanto, volume de obras capaz de fazer a cidade livrar-se totalmente das enchentes em períodos de chuva, quando os rios voltam a dar as caras e a reocupar temporariamente áreas que correspondiam a seus leitos e várzeas. As águas sobrevivem -- inclusive no nome de bairros: Água Branca, Água Fria, Água Funda, Água Rasa, Ponte Rasa, Interlagos, Rio Pequeno, Vila Nova Cachoeirinha.

Por outro lado, a região metropolitana também enfrenta períodos de seca, e a cidade que pulsa sobre a água, volta e meia, sofre com a falta dela.

Era uma vez um rio com sete voltas
Perto da colina onde a vila de São Paulo de Piratininga foi fundada no século 16, o rio Tamanduateí, afluente do Tietê, era tão sinuoso que ganhou um nome a mais: Sete Voltas. Piratininga, aliás, significa peixe seco em tupi-guarani, uma referência aos peixes que morriam na várzea depois da cheia.

A paisagem começou a mudar no século 19. Segundo Janes Jorge, professor de história na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), São Paulo passou a mexer nos rios e a retificá-los por uma questão sanitária – para combater enchentes e a estagnação das águas -, mas logo o mercado imobiliário colocou sua força no processo.

"Os rios retificados produziriam mais salubridade. Além disso, a retificação liberava espaço para o mercado de terras. No século 20, esses dois motivos permaneceram. Uma parte do espaço retirado dos rios pelas retificações foi parar no mercado de terras, outra parte foi ocupada pelas avenidas", afirma o pesquisador.

"A proposta de tapar córregos também tinha relação com a salubridade e cada vez mais com a criação de espaço para uso urbano. Nesse caso, as grandes avenidas passaram a correr sobre os córregos sepultados."

O primeiro tamponamento, comenta Janes Jorge, aconteceu já no século 20, em 1906, quando o Anhangabaú passou a correr oculto no vale a oeste da colina central onde São Paulo foi fundada.

RIOS PARA CARROS
1963 - Túnel do Anhangabaú
De acordo com o professor da Unifesp, o processo de domar e esconder os rios ganhou na década de 1940 um "ritmo avassalador que perdurou por todo o século 20". Um grande impulso para a aceleração do processo foi a atuação do engenheiro Prestes Maia, prefeito nomeado da cidade de 1938 a 1945, durante a ditadura do Estado Novo.

Em 1930, Maia havia publicado o "Plano de Avenidas", um estudo para nortear o crescimento da cidade que influenciou a administração municipal mesmo depois da gestão do engenheiro.

Obras de retificação do Tietê em abril de 1941; seus meandros também desapareceram
Segundo Bartalini, o auge das canalizações e transformação de fundos de vale em avenidas aconteceu nos anos 70 e 80. Era, segundo o pesquisador da USP, uma política deliberada da prefeitura. "A principal causa da retificação e do tamponamento foi a estrutura viária, a construção de avenidas", diz o urbanista.

"Num terreno acidentado como o nosso, qual o melhor caminho para passar os carros? É ao longo das linhas de água, que são eixos de maior fluidez possível. Tráfego é um fluído tanto quanto a água. Os carros buscam a mesma lógica dos caminhos da água", frisa o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco, a respeito do processo histórico.

1958 - Rua da Cantareira
Na maioria dos casos, as avenidas não guardam sequer resquícios de que por baixo delas correm rios. Para Bartalini, os projetos das vias ignoraram completamente o potencial dos cursos d'água. "Seria possível termos parques associados a avenidas em fundos de vale. É questão de desenho. O rio faz parte do imaginário e da memória. É equipamento e referência urbana, pode usado para o lazer. Se os planos tivessem atentado para isso, os rios ocupariam um lugar de afetividade, e os moradores ajudariam a mantê-los." Fonte: @ZR, UOL - 25/02/2016

Comentário:
A cidade surgiu como Colégio de São Paulo de Piratininga em 25 de janeiro de 1554 no alto de uma colina escarpada, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí.
Sua fundação marca o início histórico da futura metrópole. Entretanto, a fundação do Colégio não representou a fundação da Cidade de São Paulo, o que aconteceu somente em 1711.

A cidade de São Paulo começou a se transformar radicalmente a partir de fins do século XIX. Ponto de articulação do território paulista, integrou-se ao complexo agroexportador cafeeiro como centro financeiro, mercantil e ferroviário, o que desencadeou um intenso crescimento demográfico: a cidade, que em 1872 possuía 31 mil habitantes, passou a contar 239 mil em 1900. No ano de 1920, quando São Paulo já se consolidara como importante polo industrial do país, eram 579 mil os moradores da capital paulista, número que em 1940 atingiria a marca de 1.326.261 pessoas. Hoje com população de 11,32 milhões

São Paulo sempre conheceu os transbordamentos dos seus rios e córregos na época das chuvas desde a época de sua fundação. Até fins do século XIX, o núcleo central paulistano, no alto de uma colina, ficava em meio às várzeas alagadas dos rios Tietê e Tamanduateí. As cheias causavam alguns inconvenientes, como bloquear caminhos mais curtos para certas localidades, mas, esperadas como as estações do ano, não provocavam grandes tragédias na cidade que evitava ocupar baixadas e várzeas.

A explosão demográfica, a especulação imobiliária e o desejo de segregação por parte das camadas privilegiadas locais deram início à incontrolável expansão da mancha urbana, que ao mesmo tempo em que engolia as áreas rurais paulistanas, mantinha em seu interior enormes vazios e terrenos ociosos à espera de valorização imobiliária. Surgiram bairros burgueses exclusivos, regiões predominantemente industriais ou comerciais, e, ao povo, relegou-se a periferia distante ou as terras baixas junto aos rios e córregos, numerosos na cidade.

A partir da década de 1920, as enchentes ampliaram seu efeito perturbador sobre o espaço urbano.

Em 1926, o renomado engenheiro-sanitarista Saturnino de Brito lembrava em sua obra Melhoramentos do Rio Tietê em São Paulo que as cheias nem sempre eram prejudicais aos humanos, sendo bastante conhecidos “seus efeitos benefícios para a lavoura, devido à fertilização natural que em certas condições pode ocorrer, como ilustra o famoso caso do Nilo, mas também o da Normandia e outras localidades, inclusive no Brasil, com destaque para Amazonas e Mato Grosso.” Para que as inundações fossem tidas como nocivas, era preciso “que o homem insista em querer ocupar as várzeas inundáveis, ou que as enchentes diluvianas invadam localidades habitadas e nunca dantes inundadas.”  Fonte: Revista Histórica - Artigo publicado na edição nº 47 de Abril de 2011.

Fatores que contribuem para inundação:
■ A interferência humana sobre os cursos d'água, provocando enchentes e inundações, ocorre das mais diversas formas, mas quase sempre, essa questão está ligada ao mau uso do espaço urbano.
■ Ocupação irregular ou desordenada do espaço geográfico

■ Impermeabilização do solo. Com a pavimentação das ruas e a impermeabilização de quintais e calçadas, a maior parte da água, que deveria infiltrar no solo, escorre na superfície, provocando o aumento das enxurradas e a elevação dos rios. Além disso, a impermeabilização contribui para a elevação da velocidade desse escoamento, provocando erosões e causando outros tipos de desastres ambientais urbanos.

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segunda-feira, agosto 15, 2016

Lençol de bebê engancha em moto, veículo cai e mãe morre

Uma mulher de 33 anos acabou morrendo na madrugada desta quinta-feira (7) após um lençol enganchar na moto em que estava e derrubá-la. O caso aconteceu no Agreste de Pernambuco.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, no momento da tragédia, que aconteceu no quilômetro 35,6 da BR-104, a moto era guiada pelo marido, que transportava além da mulher, as duas filhas do casal - de 8 meses e 7 anos. O lençol que cobria o bebê teria ficado preso em uma das rodas fazendo com que a moto se desequilibrasse e caísse. Ainda de acordo com PRF, as filhas e o marido não tiveram ferimentos graves.  Fonte: @ZR, RedeTV!-07/01/2016

Comentário: Esse tipo acidente poderá ocorrer no local de trabalho com máquinas/equipamentos  com partes moveis e o trabalhador usando adornos pessoais..
São considerados adornos, alianças, anéis, pulseiras, relógios de uso pessoal, colares, brincos, broches, piercings expostos, gravatas e crachás pendurados com cordão.
Retire os adornos pessoais antes de iniciar sua atividade, pois  representam grande risco de acidentes. Uma engrenagem, uma correia, um eixo, uma placa, ou qualquer ferramenta rotativa, pode puxar, prender, enroscar, em um desses adornos.
■Cuidado com roupas folgadas ou mangas compridas quanto tiver que lidar com materiais, operar máquinas ou trabalhar próximo de máquinas em movimento.
■ Cabelos soltos podem provocar acidentes, escalpelamento (arrancamento brusco e acidente do couro cabeludo). Ao trabalhar use-os devidamente presos.
■ Na execução de serviços nas instalações elétricas ou em suas proximidades  é vedado o uso de adornos pessoais.

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sábado, agosto 13, 2016

Incêndio em empilhadeiras

Empilhadeira pega fogo em terminal portuário em Guarujá, SP

Uma empilhadeira de contêineres pegou fogo, na manhã de sexta-feira (5), em um terminal portuário de Guarujá, no litoral de São Paulo.  O acidente aconteceu por volta das 7h30 no terminal da empresa Santos Brasil, em Guarujá.
Segundo testemunhas, uma empilhadeira que estava em funcionamento começou a pegar fogo. O operador do equipamento notou as chamas, saiu da empilhadeira e não ficou ferido.

Para combater as chamas foram utilizados um caminhão auto-bomba com dois brigadistas e uma viatura com dois guardas portuários para fazer isolamento do local. O veículo utilizado foi adquirido pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e tem capacidade para 6 mil litros de água.
As chamas também atingiram os contêineres, porém, segundo a Santos Brasil, não houve danos às cargas armazenadas no terminal. Após o acidente as operações prosseguiram normalmente.
Fonte: @ZR, A Tribuna e  G1 Santos-05/08/2016


Incêndio atinge empilhadeira e contêiner em depósito da APM Terminals em Itajaí

Um incêndio atingiu uma empilhadeira de grande porte e um contêiner que estavam em um depósito da APM Terminal em Itajaí. O Corpo de Bombeiros Militar informou que o fogo teria começado no motor da máquina e se espalhado para o contêiner vazio do pátio. O funcionário que estava operando o equipamento conseguiu sair em segurança antes das chamas se alastrarem.

O incêndio começou por volta das 20h30 no porto seco (depósito de contêineres) da rodovia Jorge Lacerda, próximo a churrascaria Ataliba. O combate às chamas durou cerca de uma hora e meia, porém, o equipamento ficou totalmente queimado. Conforme os Bombeiros, uma mangueira de pressão da empilhadeira teria se rompido e espalhado óleo pela cabine. O fogo iniciou quando o óleo chegou ao motor. Em seguida, o funcionário percebeu as chamas e desceu do veículo.

Foram necessários 12 mil litros de água para apagar o incêndio. Também foram usados 120 litros de espuma para cobrir os quase 400 litros de óleo que se espalharam no local. O fogo teria provocado, ainda, pelo menos três explosões — segundo os Bombeiros, o barulho ocorreu quando estouraram os pneus da empilhadeira. Fonte: @ZR, Jornal de Santa Catarina - 01/07/2015

Comentário:
O relatório recente da Associação Nacional de Proteção contra Incêndios (NFPA, National Fire Protection Association) sobre  incêndios de empilhadeira no local de trabalho destaca a necessidade de as empresas serem vigilantes nos procedimentos de segurança, como mostram os números;  mais de 20 lesões por ano e milhões de dólares de danos causados por incêndios.

O  relatório de incêndio de equipamentos e empilhadeiras (movimentação industrial) no período de 2003 a 2006, mostra que os Corpos de Bombeiros  atenderam 1.300 incêndios por ano em edificações, equipamentos e  empilhadeiras envolvidas diretamente com os acidentes. Os incêndios causaram em  média por ano 22 vítimas e 36 milhões de dólares de danos a propriedade.

TIPOS  DE ACIDENTES
■ Quase dois terços destes incidentes foram classificados como incêndios em veículos, que começaram na parte mecânica.
27% dos incêndios foram classificados com falha mecânica ou avaria
26% dos incêndios foram causados por falha elétrica
14% foram causados por problemas hidráulicos (vazamento ou freio).
■ Os outros um terço envolveram combustíveis, tubulações, filtros como ponto de ignição.
Em um quarto destes incidentes, foram causados por fiação elétrica ou  isolamento do cabo como fonte de ignição.

A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO PREVENTIVA DA EMPILHADEIRA.
A manutenção preventiva visa eliminar ou reduzir as probabilidades de falhas por manutenção (limpeza, lubrificação, substituição e verificação) das instalações em intervalos pré-planejados.
Deve-se definir um cronograma para que seja feita uma vistoria e a manutenção necessária para o bom funcionamento da máquina.
Também é necessário operar as empilhadeiras em locais sem nenhum obstáculo, como embalagens e resíduos, podendo danificar desde o eixo até o motor e com perigo até iniciar incêndio.
Com o planejamento da manutenção é possível evitar as falhas. Caso ao contrário, o equipamento parado pode gerar gastos excessivos exorbitantes, pois além da manutenção e a troca de equipamentos por desgaste, a logística da empresa ficará sem o equipamento.

O cronograma de manutenção deve levar  em conta:  manutenção preventiva, corretiva e preditiva, ocorrências de avarias, vida útil das baterias, parte elétrica, etc

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terça-feira, agosto 09, 2016

Segurança: Pare, escute e olhe!

Todos nós já vimos os avisos, mostrados à direita, num cruzamento com uma linha férrea que não esteja protegido por cancelas ou luzes de advertência. Os avisos lembram-nos que devemos PARAR antes do cruzamento, OLHAR em todas as direções e ESCUTAR algum sinal de um trem que se aproxime. Só depois disso podemos ter certeza de que é seguro atravessar a via férrea. Quando trabalhamos uma fábrica, também devemos ter tempo para PARAR por alguns minutos, OLHAR em redor e ESCUTAR. Os equipamentos sempre enviam informações sobre o seu estado, mas estamos a "prestar atenção"? Alguns exemplos:
■ Um operador olhou para um tanque de aço não isolado e pensou que a parede do tanque parecia estar em movimento ou a vibrar. Isso não parecia estar certo. Ele relatou ao seu supervisor e o tanque foi esvaziado. Verificou-se que estava severamente corroído e a parede do tanque estava muito fina.
■ Um eletricista a caminho do trabalho parou e olhou para alguns painéis elétricos em outra área. Viu que um não estava corretamente fechado e corrigiu o problema.
■ Um operador, passando por uma bomba de recirculação de um reboiler (refervedor)  de uma coluna de destilação, observou que a bomba produzia ruídos estranhos. A bomba foi inspecionada e constatou-se que continha fragmentos de metal que eram partes do suporte de bandeja da coluna que estavam corroídas e falhando.
■ Um engenheiro observou uma nuvem de poeira e pó acumulado nos equipamentos que continha combustíveis sólidos. Havia potenciais fontes de ignição (equipamentos elétricos e eletricidade estática) na área. O equipamento foi parado, o ambiente foi limpo e ações corretivas foram implementadas para eliminar o pó.

O QUE VOCÊ PODE FAZER?
■ Durante o seu trabalho, observe e ouça a sua fábrica. Alguma coisa parece ou soa diferente? Há coisas que você vê ou escuta que precisam ser investigadas, mas as pessoas simplesmente pararam de prestar atenção? Isto chama-se “normalização do desvio” – aceitando como “normal” coisas que deveriam ser corrigidas e não executando nenhuma ação para corrigir. Relate qualquer coisa que não pareça ou soe correta e faça o acompanhamento lembrando ao responsável para investigar.
■ Altere o seu percurso habitual quando caminha pela instalação fazendo inspeções de rotina a fim de obter uma visão diferente dos equipamentos por onde passa.

Você pode observar bastante apenas olhando. Lawrence Peter "Yogi" Berra (Baseball Hall of Fame catcher, 1925-2015)
Fonte: Process Safety Beacon December 2015

Comentário: Quando o errado parece certo ocorre a normalização do desvio. Na maioria das vezes o desvio normaliza e torna-se padrão.
Normalização do desvio foi um termo cunhado pela socióloga Diane Vaughan ao analisar o desastre do ônibus espacial Challenger. Vaughan observou que a causa raiz do desastre do Challenger estava ligada à decisão repetida das autoridades da NASA de lançar o ônibus espacial, apesar de uma perigosa falha de projeto relacionada aos anéis de vedação dos foguetes. Vaughan afirma que esse fenômeno ocorre quando as pessoas de uma organização se tornam tão insensíveis a uma prática irregular que esta passa a não parecer errada. A insensibilidade surge de forma insidiosa, às vezes ao longo de anos, pois os desastres não acontecem até que outros fatores críticos estejam alinhados. Fonte: When Doing Wrong Feels So Right: Normalization of Deviance

Qualquer trabalhador com conhecimento  é um agente de mudança em virtude de sua posição e conhecimento, ele atua como elemento responsável ou de contribuição na redução ou prevenção de acidentes.
Vantagens:
■Redução de condições inseguras, com a conseqüente diminuição de acidentes.
■Redução dos riscos de doenças funcionais
■Prevenção de quebras.
■Aumento da vida útil de máquinas, ferramentas e equipamentos.
■Padronização e melhoria de processos.
■Eliminação ou redução da poluição.
■Melhoria das relações interpessoais.
■Autodisciplina e incentivo à criatividade.
■Desenvolvimento do espírito de equipe.
■Melhoria da comunicação.
■Melhoria do aspecto visual dos ambientes.

■Construção de uma base sólida para qualidade em segurança

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sexta-feira, agosto 05, 2016

Segurança na construção civil

Apesar dos vídeos estarem focando somente na ação do trabalhador, ou seja, tudo depende de “100% da atenção pessoal”, traz princípios interessantes e atuais em SST na Construção Civil.

Os vídeos são relativos a : Soterramento, Queda e Choque elétrico

Soterramento

Queda

Choque elétrico

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quinta-feira, agosto 04, 2016

Chernobyl:Itália enfrenta invasão de javalis radioativos

Quase trinta anos após o desastre da usina de Chernobyl (Ucrânia), a maior tragédia radioativa da história continua a causar graves problemas na Europa e a deixar a população em alerta. Desta vez, o alarme foi soado em uma zona de caça livre no norte da Itália. Após um ano de pesquisas, o Instituto Zooprofilático Experimental de Piemonte, Ligúria e Valle d'Aosta – entidade ligada ao governo regional– divulgou a presença de traços de césio-137 acima dos limites permitidos pela União Europeia em dezenas de javalis encontrados na província piemontesa de Verbano-Cusio-Ossola, especialmente na pequena comunidade de Valsesia. A carne do javali seria consumida pelos caçadores.

O instituto começou a investigar a área com maior rigor em março de 2013, após a descoberta de 27 animais contaminados. Em pouco mais de um ano, foram analisados 1.441 porcos selvagens e a constatação foi a de que mais de 10% da população (166 javalis) apresentam índice de radioatividade superior a 600 becquerel/quilo, limite máximo permitido pela UE em animais selvagens. O becquerel é a unidade usada internacionalmente para mediação de radioatividade.

Embora não tenha revelado precisamente o nível de radiação encontrado nos animais de Vasesia, Maria Caramelli, diretora do instituto, afirmou que as análises apresentaram traços de césio-137 "significativamente superiores" ao permitido pela comunidade europeia.

NUVEM RADIOATIVA
De acordo com a instituição, a contaminação dos javalis é consequência ainda da nuvem radioativa provocada pela explosão de Chernobyl em 1986. Nos dias decorrentes ao desastre, a nuvem se espalhou por dezenas de países da Europa. Na Itália, um mapeamento feito pelo CCR (Centro Comum de Pesquisa da União Europeia) constatou que as regiões mais afetadas foram Lombardia e Piemonte. Fortes chuvas atingiram essas áreas naquele período fazendo com que o césio penetrasse maciçamente no solo.

A nuvem tóxica, explica Maria Caramelli, passaram pelas regiões do norte do nosso país. Em Valsesia a precipitação radioativa foi particularmente intensa por causa da chuva que caiu nesse período. As carcaças de animais selvagens de outras áreas do Piemonte não revelaram contaminação

A atual propagação da substância radioativa entre a população de porcos selvagens, e não em outros animais, pode ser consequência dos hábitos alimentares dos javalis. Como eles se nutrem principalmente de raízes, escavam camadas profundas do solo em busca do alimento, expondo‑se assim à radiação. Além disso, as raízes são por si próprias grandes concentradoras de radiatividade. 

Após a descoberta, o Instituto Zooprofilático emitiu um alerta pedindo maior controle na zona de caça da província de Verbano-Cusio-Ossola. Atualmente, o Piemonte possui um plano de monitoramento da carne proveniente da caça na região. Porém, a fiscalização não atinge a totalidade dos animais abatidos em zonas selvagens antes de serem consumidos.

ÍNDICES SUBESTIMADOS
Para Massimo Bonfatti, coordenador na Itália do Projeto Humus, que trabalha com políticas de contenção de contaminação em áreas atingidas por radioatividade, a situação é ainda mais grave do que parece. Segundo o médico, dois fatores não estão sendo levados em consideração para avaliar precisamente o quadro. O primeiro deles seria a análise exclusiva de somente um isótopo radioativo.

"Um problema grave é que o índice de validação de contaminação na Europa é feito só com o césio-137, mas a nuvem que foi liberada por Chernobyl era cheia de outros elementos em proporções diversas. Não conseguimos nunca ter, por exemplo, o resultado da contaminação no norte da Itália por césio-134, que também pode causar sérios danos".
Além disso, segundo o coordenador, o valor permitido de radiação de 600 becquerel por quilo de carne é extremamente elevado. "É complicado, mas estamos trabalhando na elaboração de uma proposta de projeto de lei para baixar esse índice para 10 bq/kg"

MAIOR RIGOR
Ainda de acordo com Bonfatti, os danos causados à saúde humana por contaminação radioativa são gigantescos. "Nós sustentamos que a grande epidemia de câncer que existe no mundo é provavelmente consequência da radiação que foi liberada do pós-guerra até hoje no planeta. Além disso, estudos já revelaram que o césio-137 se liga às fibras do coração provocando o surgimento de graves patologias cardíacas. Fonte: UOL, em Roma 28/07/2014; La Repubblica - 19 giugno 2014

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terça-feira, agosto 02, 2016

Os lobos reconquistam Chernobyl

Lobo na zona de exclusão. 
Muito antes de os soviéticos erguerem a central de Chernobyl na década de 1970, os lobos, alces e javalis já percorriam os bosques e pradarias do que hoje é a zona de exclusão, onde não vivem pessoas desde que em 1986 se produziu o pior acidente nuclear da história. Três décadas depois daquilo, os animais ocuparam o vazio deixado pelas 116.000 pessoas removidas para sempre de um território de 4.200 quilômetros quadrados. Hoje, graças ao desaparecimento do ser humano, há mais mamíferos de grande porte  na zona do que antes da tragédia atômica.

Um grupo internacional de biólogos tem trabalhado na zona, sobrevoando a área e realizando contagem de animais, para saber como a radiação afetou essas populações, essencialmente na Reserva Radioecológica de Polésia, criada pela Belarus na região mais afetada pelo material radioativo. Partiam de três hipóteses: que haveria menos animais nas zonas mais contaminadas, que haveria menos mamíferos de grande porte na Polésia do que em reservas não contaminadas e que depois do acidente se notaria um declínio da densidade de mamíferos ao longo do tempo. As três hipóteses estavam equivocadas: os animais se desenvolvem por toda a reserva, à margem dos indicadores de contaminação, e cada vez são em número maior, também em comparação com outras regiões.

 “Nosso trabalho mostra que, apesar dos possíveis efeitos da radiação em animais individuais, não se pode detectar um efeito sobre as populações de mamíferos’, explica Jim Smith, líder do estudo. E acrescenta: “Este é um exemplo notável dos efeitos da presença humana e o uso do entorno: seu desaparecimento na zona de Chernobyl permitiu que os animais prosperassem”. Segundo os dados publicados em Current Biology, a quantidade e densidade de grandes mamíferos é semelhante na Polésia e outras reservas não contaminadas da região. Em alguns casos, a ausência de humanos fez com que disparassem: há sete vezes mais lobos do que em reservas próximas e mais alces do que o normal, com javalis, corças e cervos em níveis semelhantes.

ZONA MORTA
Um alce nada na reserva de Polésia
A chamada “zona morta” tem mais fauna que nunca e os cientistas veem uma resposta clara: “É simplesmente por não haver presença humana”, responde Smith, da Universidade de Portsmouth. “Embora tenha havido um pouco de caça regulada de lobos para controlar seu número, a pressão humana em outras reservas naturais é maior, e por isso temos maior presença de lobos em Chernobyl”, resume.
Só no entorno do que agora é a reserva de Polésia viviam cerca de 22.000 pessoas e os pesquisadores estão convencidos de que agora o número de animais ali é mais elevado do que na época do acidente. Outros cientistas disseram que até o urso pardo, que desapareceu da região há um século, voltou. Mas em relação às aves, por exemplo, foi detectado um efeito negativo nas populações.
Depois de analisar dados históricos, os pesquisadores concluem que não houve nenhum declínio nos anos posteriores à tragédia, apenas nos seis primeiros meses depois do incêndio do reator, nos quais os altíssimos níveis de radiação afetaram a saúde e a reprodução. “Mas não em longo prazo”, diz o estudo, que se concentra exclusivamente nas tendências das populações e não nas afecções específicas que poderiam afetar cada animal. Os cientistas lembram em seu trabalho que já em meados dos anos noventa foi publicado outro estudo sobre pequenos mamíferos (doninhas, ratos, musaranhos, etc.) com a mesma conclusão: sua presença foi mantida, apesar da radiação.
Este é um exemplo notável de como afeta a presença humana: seu desaparecimento na região de Chernobyl permitiu que os animais prosperassem

ANIMAIS COM ALTOS NÍVEIS DE EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO

Javalis correm na frente de construções abandonadas.
Ainda hoje, quase trinta anos depois, os animais em lugares tão distantes da usina como a Alemanha e a Noruega continuam apresentando altos níveis de exposição à radiação em seus organismos, o que originou políticas para evitar o consumo de carne de caça e acompanhar de perto sua condição. Os autores desse trabalho estudam agora os possíveis efeitos reprodutivos e genéticos da radiação nos peixes de lagos contaminados por Chernobyl, inclusive no tanque de refrigeração da usina. “Embora acreditemos que a radiação não afeta as populações de animais, estamos interessados em efeitos mais sutis sobre os indivíduos”, esclarece Smith. Fonte: El País - 5 OCT 2015 

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