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sábado, maio 31, 2014

Cuidados que o motorista deve ter para dirigir com neblina

Preste atenção nestas dicas:

Em primeiro lugar, é importante manter uma velocidade constante, pois se você parar ou diminuir bruscamente o carro que vier atrás pode não lhe ver e colidir na traseira do seu veículo.

Lembre-se sempre, que não é só o seu campo visual que está reduzido, o dos outros condutores também, então, qualquer manobra que você for fazer avise para os outros motoristas com muita antecedência.

Os faróis de neblina devem ser acesos somente quando necessário. Se isto acontece de dia, quando se está claro, é melhor não ligá-los, pois eles refletem muito no carro da frente deixando a situação pior (isto também é recomendável no caso de dias chuvosos). Este equipamento serve muito mais para que outros veículos o vejam do que para melhorar sua visibilidade.

No caso da neblina, mais luz não implica em melhor visão. Quando você acende os faróis altos, nesta situação, você fica apenas enxergando uma parede branca, então deixe as luzes baixas e lembre-se que tudo parecerá mais longe do que realmente está.

Outro fator importante é não ligar o pisca-alerta (como muitos fazem). Se você vir um carro com este equipamento ligado nunca saberá se ele está quebrado/acidentado (parado) ou em movimento (você perde as referências de distância).

NEBLINA: SABENDO O QUE FAZER, NÃO TEM SEGREDO.
■Reduza a velocidade:
Mas não freie bruscamente.
Com a visibilidade reduzida,  outros motoristas podem não  enxergá-lo e acabar colidindo.
■Mantenha a distância
Fique a uma distância segura  do veículo que segue à frente.  Isto garante um tempo de reação maior quando necessário.
■Use farol baixo
A luz do farol alto reflete nas partículas de água  e atrapalha sua visão.  
Na neblina, farol baixo. Use a sinalização de solo  para se orientar.
■Evite mudar de faixa
Se houver realmente a necessidade de mudar   de faixa, faça-o com muita   atenção ao retrovisor   e use a seta.
■Limpe pára-brisa
Na neblina, não se esqueça de acionar o limpador  de pára-brisa, é importante  para melhorar a sua visibilidade.
■ Nunca ligue o pisca-alerta
O pisca-alerta foi criado para  sinalizar que o veículo está  parado. Nunca ligue-o com    o veículo em movimento.    Isso pode confundir o motorista    que vem atrás, fazendo-o frear  bruscamente, podendo causar    um engavetamento.
■Nunca pare na pista
.A estrada é uma via rápida. Nunca pare na pista e, quando houver  neblina, até o  acostamento deve ser evitado.  
Outros motoristas podem não vê-lo e colidir.  Se a visibilidade estiver muito prejudicada,   estacione em um lugar seguro até a neblina  melhorar. Mesmo diante de imprevistos, como um pneu furado ou um pequeno  acidente, nunca pare na estrada   para resolver ou para discutir com  outros motoristas. Fonte : Carsale – Dicas de segurança na estrada e  Motorpress Internacional 
Vídeo:

Comentário:  

O QUE DIZ A EPA, EM RELAÇÃO À NEBLINA
Obs: EPA (Environmental Protection Agency, ), Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos .
A  distância  aceitável de visibilidade é baseado no limite de velocidade e na característica da estrada (estrada separada por faixa ou estrada separada por canteiro central ou defensa). Os limites são obtidos através de uma fórmula que inclui o tempo de reação do indivíduo e a distancia percorrida pelo carro (tempo de reação para parar)

Tabela

Limite de velocidade
Visibilidade Mínima Aceitável VMA
20 km
8 m
25 km
15 m
30 km
23 m
40 km
33 m
50 km
44 m
55 km
56 m
65 km
71 m
70 km
86 m
80 km
103 m
90 km
121 m
100 km
163 m
Obs: Para estradas de mão única (separada por faixa de rolamento), o limite de visibilidade aceitável deverá ser dobrado, devido à colisão frontal. Um monitor de fumaça (equipamento de visibilidade) deverá monitorar a visibilidade em relação aos objetos de uma distância  aparente (estudo das condições de visibilidade). Fonte: Smoke management in prescribed burning-EPA

PROCEDIMENTOS PARA ATENUAÇÃO DAS SITUAÇÕES DE VISIBILIDADE
Considerando uma série de etapas para atenuar à redução da visibilidade quando a estrada está afetada pela neblina ou fumaça. As ações apresentadas em ordem decrescente de visibilidade, por exemplo à implementação da etapa 3, significa que as etapas 1 e 2 já foram executadas.
1 – Sinalizar a estrada, quando a visibilidade da estrada é o dobro ou menos da visibilidade mínima aceitável (VMA), por exemplo, a distancia visual (campo visual do motorista) é reduzida para 65 m e a velocidade indicada é de 40 km (pela tabela é de 33 m).
2 – Reduzir a velocidade limite indicada, quando a visibilidade é o valor de VMA ou menos, por exemplo a distancia visual é de  33m e a velocidade indicada é de 70 km (VMA, 86m), entretanto o limite de velocidade indicada deve ser reduzida para 40 km ou menos.
3 – Efetuar o comboio com carro líder (polícia), para tráfego parado por fechamento da estrada, quando a proporção  de visibilidade atual para o VMA é a metade ou inferior, por exemplo, a distância visual é de 15 m e o limite de velocidade indicada é de 40 km, mas pela tabela do VMA a distância é de 33 m. No sistema Anchieta-Imigrantes, a polícia rodoviária utiliza desse método há vários anos, quando a  distância visual está crítica.
4 – Quando a proporção da visibilidade atual para o VMA é inferior a 35 m, fechamento total da estrada (quando não existe comboio, com carro líder)
Fonte: Highway Minimum Acceptable Visibility

HISTÓRICO

18/08/2013 - Trinta e quatro veículos se envolveram em um acidente no Paraná. O engavetamento foi na BR 277, em São Luiz do Purunã, na região dos Campos Gerais, a 50 quilômetros de Curitiba. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a neblina na rodovia pode ter dificultado a visibilidade dos motoristas. A estrada ficou interditada nos dois sentidos durante quatro horas, causando um engarrafamento de 20 quilômetros, entre Curitiba e Ponta Grossa. Três pessoas ficaram feridas.

20/04/2013 - Um engavetamento na BR 290 em Eldorado do Sul, município vizinho a Porto Alegre, deixou pelo menos 36 feridos na manhã de sábado. A sequência de acidentes aconteceu na ponte do Jacuí, na divisa entre os municípios de Eldorado do Sul e Porto Alegre e envolveu 14 veículos.
De acordo com a Polícia Rodoviária, a forte neblina no local é a provável causa do engavetamento. A rodovia ficou parcialmente bloqueada por mais de três horas e o congestionamento chegou aos sete quilômetros.

15/11/2011 - Engavetamento na Imigrantes devido a forte neblina, envolve cerca de 50 carros. O acidente aconteceu por volta das 12h45, na altura do km 41, na Represa do Alvarenga, em São Bernardo do Campo, no sentido São Paulo.  
De acordo com os bombeiros, pelo menos 15 pessoas ficaram levemente feridas e outras duas morreram.

24/05/2008 - Cerca de 17 veículos, na maioria caminhões e carretas,sendo dois carros de passeio e uma viatura da Concessionária Via Oeste, envolveram-se em um engavetamento na madrugada de sábado (24/05), por volta das 4h21, no km 52 da rodovia Castelo Branco, sentido capital, na região de Araçariguama.
Treze pessoas ficaram feridas. O engavetamento aconteceu devido à forte neblina que
tomava conta da estrada no horário do acidente.

05/07/2002 - Pelo menos 14 pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas num engavetamento envolvendo cerca de vinte veículos na manhã desta sexta-feira na Rodovia Castelo, no quilômetro 82, na região de Sorocaba, interior do Estado de São Paulo.

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quarta-feira, maio 28, 2014

Técnica de segurança morre depois de cair de obra da fábrica da Fiat

A técnica em segurança do trabalho, GLA, 26 anos,  morreu na madrugada de sábado, 17 de maio, depois de ter caído de um prédio em construção da fábrica da Fiat, em Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco. A técnica despencou de uma altura de 15 metros no fim da tarde da sexta-feira, 16 de maio, enquanto trabalhava.

A técnica em segurança foi socorrida para o Memorial de Goiana, sendo depois transferida para o Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, centro do Recife, no início da noite. Ela chegou a ser submetida a uma cirurgia, mas acabou falecendo em consequência da gravidade dos ferimentos por volta da 1h deste sábado.

A jovem era funcionária da empresa Consórcio Construcap Walbridge (CCW) nas obras da fábrica da Fiat há cerca de dois anos. Segundo a família, testemunhas do acidente disseram que o cinto de segurança que ela usava estava folgado, o que pode ter causado a queda. A construtora informou que, a princípio, a obra não deve ser interrompida, a menos as autoridades solicitem a interrupção.

O corpo da jovem  está no HR, onde aguarda a presença de um parente de primeiro grau para ser liberado e levado ao Instituto de Medicina Legal (IML). A família da técnica de segurança, que estava em Goiana, já está a caminho.

Nota da empresa responsável pela obra:
O Consórcio Construcap Walbridge, construtor do polo automotivo de Goiana, confirma a ocorrência do óbito de GLA, técnica de segurança, ocorrido na madrugada deste sábado (17), em decorrência de acidente na véspera.
O consórcio acionou imediatamente seu plano de emergências, que atende a todas as normas, encaminhando a colaboradora ao Hospital HR em Recife, instituição de referência em traumas no Nordeste, no qual ela faleceu.
O consórcio está dando integral apoio à família da colaboradora e reitera que cumpre rigorosamente as normas de segurança e medicina do trabalho. As causas do acidente estão sendo apuradas. Fonte: JC Online- 17/05/2014

Comentário: Segundo informação do delegado responsável pelo inquérito, o acidente ocorreu  durante a mudança de posicionamento do cinto de segurança de um ponto para outro.
Obs: Pelo jeito o cinto não tinha talabarte duplo.

O QUE DIZ A NORMA, NR-35
a-O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o período de exposição ao risco de queda.
 b-O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as chances do trabalhador colidir com estrutura inferior.

MEDIDAS DE CONTROLE
De acordo com a agência Australiana de Segurança, (OHS) prescreve hierarquia de controles que devem ser usados para eliminar ou minimizar riscos para a saúde e segurança no local de trabalho.
A hierarquia de controles envolve:
1-eliminação do  risco - por exemplo, interromper a atividade, efetuar o serviço no solo (montagem), usar elevação de grua
2- minimizar o risco de:
a- substituir o sistema de trabalho (com algo mais seguro)
b- isolar o risco - por exemplo, introduzir e aplicar uma área de trabalho restrito
c-  introdução de controles de engenharia - por exemplo, grades de proteção ou andaimes
d- adoção de controles administrativos, tais como práticas de trabalho seguro - por exemplo, aviso de perigo, sinais (das pessoas que trabalham acima ', uso de pistola de prego") - e formação específica e de instruções de trabalho - por exemplo, para telhados frágeis.
e- usar equipamentos de proteção individual (EPI) - por exemplo, talabarte duplo, linha de vida, calçados, óculos de proteção.

VÍDEO

VÍDEO
Vídeo mostrando acessório de segurança para as pernas  para minimizar a síndrome da suspensão inerte.

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domingo, maio 25, 2014

A Saída- Planta de Emergência

Quantas vezes vocês viram plantas de emergência afixadas nas paredes, com uma rota assinalada como “rota de fuga principal”? Pensem nisso: O que é uma rota de fuga principal? Como pode alguém que faz um plano prever o tipo de emergência e o local onde ocorrerá essa situação de emergência? Existe uma rota de fuga “principal”? A reposta breve é não.
 Todas as rotas de fuga são rotas principais e os ocupantes deveriam conhecer a localização de todas as saídas.

As saídas de emergência são dimensionadas em função da população da edificação. Caso requer em geral duas saídas em lados opostos do edifício; se uma saída estiver bloqueada por um incêndio ou alguma outra razão, os ocupantes ainda terão uma saída do edifício.

SIMULADOS DE ABANDONO
A norma requer que os exercícios simulados de abandono e transferência sejam variados para simular uma emergência real. Se os ocupantes pensarem que existe uma rota principal e se o exercício simulado for realizado sempre da mesma forma utilizando a mesma rota, eles poderão desconhecer a existência das outras rotas de fuga e opções disponíveis numa emergência.

PLANTAS DE EMERGÊNCIA DEVEM SER SIMPLES
As plantas de emergência podem ser muito valiosas e deveriam ter várias características importantes. Acima de tudo, devem ser simples – lembrem, essas são ferramentas concebidas para ajudar as pessoas a saírem dos edifícios tão rapidamente como possível, não plantas que mostrem a localização de todas os elementos do edifício. Essas plantas deveriam incluir os principais elementos do edifício, como elevadores, para ajudar as pessoas a se orientarem. Mas a localização das válvulas de sprinklers, do equipamento de controle de fumaça ou outro equipamento de proteção contra incêndios não é importante para os ocupantes que querem saber apenas onde se encontram as saídas.

DIFICULDADE DE LOCALIZAÇÃO
Algumas pessoas podem se orientar olhando rapidamente para o mapa, enquanto outras podem ter dificuldades, motivo pelo qual as plantas devem incluir um indicador de localização do tipo “você está aqui” para ajudar as pessoas a se orientar rapidamente. As plantas podem incluir pontos de encontro para que os ocupantes saibam onde deveriam ir após terem abandonado o edifício. Os principais pontos de referência fora do edifício, como cruzamentos de ruas, podem ainda ajudar as pessoas a se orientar.
Quantas vezes você fiamos confuso olhando para uma planta de emergência afixada na parede até que finalmente entendeu que deveria estar de cabeça para baixo para a planta ser correta?
As plantas de emergência são certamente uma boa idéia, desde que mostrem clara e simplesmente aos ocupantes todas as opções disponíveis para o abandono do edifício. Numa emergência, a saída principal é aquela que pode levá-lo fora do edifício rapidamente e de forma segura.
Fonte: Adaptação do artigo da revista NFPA, A Saída - Chip Carson, P.E.
Para maiores detalhes consultar - NFPA 101, Código de Seguridad Humana.     

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quarta-feira, maio 21, 2014

Lembrança: Gás vaza, pára estrada e esvazia casas

O duto, que margeia a rodovia, foi perfurado por volta das 11h na altura do km 19,5, entre Osasco (SP) e Barueri, a menos de 20 km da capital paulista.
O acidente ocorreu na sexta-feira, 15 de Junho de 2001, quando funcionários da empresa Queiroz Galvão trabalhavam com um bate estaca no local, que perfurava no solo um dos pilares de sustentação para obra do Rodoanel Mário Covas. O serviço havia sido contratado pela Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A).
O funcionário Valdelins Brandão da Silva descreveu o acidente: "Foi igual a um terremoto. O chão tremeu e logo em seguida uma grande nuvem de gás branco tomou conta do lugar. Saímos desesperados tentando interromper a passagem de carros na estrada." Segundo ele, a nuvem de gás tinha 8 metros de altura. "Estou tremendo até agora, pensei na hora que alguém poderia acender um cigarro e tudo ir pelos ares."

VAZAMENTO DE GÁS
O rompimento do poliduto (um tubo que transporta mais de um produto), de 35,5 centímetros de diâmetro, provocou o vazamento, em um primeiro momento, de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo, gás de cozinha), e, posteriormente, de gasolina pura.

ISOLAMENTO DA TUBULAÇÃO
Logo que o duto foi perfurado, a Petrobrás isolou uma parte de 6 km da tubulação, acionando válvulas à distância. Com a contenção, o gás e a gasolina que restavam no duto escaparam.

CONTAMINAÇÃO E RISCO DE EXPLOSÃO
Era possível sentir o cheiro forte do gás a 3 km de distância do local do acidente, após apenas duas horas do rompimento. O vento forte, na direção da capital e de Osasco, ajudou a espalhar as nuvens.
Devido ao risco de explosão, a Eletropaulo cortou a energia dos bairros próximos ao vazamento.
No início da noite, nos bairros Santa Cecília, em Osasco, e Mutinga (que engloba áreas de Barueri, Carapicuíba e Osasco), ainda existiam pontos com 100% de risco de haver explosão -com quantidade de gás no ar suficiente para provocar combustão.
Segundo a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), a gasolina que saiu da tubulação atingiu um córrego que deságua no rio Tietê.

EVACUAÇÃO DE MORADORES
Cerca de 2.000 pessoas que residem em quatro bairros, num raio de 2 km do acidente - Jardim Mutinga, Jardim Munhoz Júnior, Jardim Santa Cecília e Piratininga, na divisa com Osasco,  tiveram de ser removidas às pressas e passaram a madrugada fora de casa por causa do alto risco de explosão.
A Polícia Militar, a Defesa Civil e a Guarda Municipal de Barueri, juntos com cerca de 200 homens, evacuaram casas que estavam em um raio de até 500 metros do local do vazamento
A Petrobrás não tinha previsão de quando as famílias poderiam voltar para suas casas. Isso dependeria da limpeza do duto, que começou por volta das 17h30 de sexta-feira (15.06). Segundo a Defesa Civil do Estado, apenas 645 das 2.000 pessoas dos bairros Jardim Mutinga, em Barueri, e Jardim Santa Cecília, em Osasco, passaram a noite em 11 hotéis da capital e de Osasco (Grande São Paulo).
O restante passou a noite em casas de parentes ou amigos. Até às 12h de sábado (16.06.01), a Petrobrás não havia liberado a entrada dos moradores em suas casas. A previsão é que as famílias retornassem para o local depois das 15h.

INTERDIÇÃO DA ESTRADA
Os acessos para veículos foram fechados em um círculo imaginário de 6 km de largura. O Exército chegou a ficar de prontidão para ajudar na remoção das famílias.
O mesmo perigo obrigou a Polícia Rodoviária a desviar o tráfego da Castelo Branco para cidades da Grande São Paulo, causando congestionamentos. Em um dia normal, a rodovia recebe nesse trecho cerca de 100 mil veículos.
O tráfego na pista interior-capital da Castelo foi liberado algumas vezes, conforme variava a concentração de gás no ar. A outra pista estava interrompida.

VÍTIMAS
Segundo a Defesa Civil de Osasco, 22 pessoas passaram mal por causa do gás que vazou  da tubulação da Petrobrás em Barueri e foram encaminhadas ao pronto-socorro de Mutinga. Cinco delas ficaram em observação por mais tempo por apresentarem dor de cabeça e náusea.
Funcionários do pronto-socorro informaram que a maioria dos pacientes apresentava dificuldades para respirar. Eles foram medicados e liberados em seguida.
De acordo com Eudes Oliveira da Silva, coordenador de operação da Defesa Civil, os moradores estavam nervosos e corriam com seus pertences, mas a maioria deles acabava caindo por não conseguir respirar.
"O número de pessoas que passou mal é muito grande. Elas precisavam de máscaras de oxigênio para poder respirar", afirma.
Segundo Silva, a Defesa Civil organizou três pontos de deslocamento dos moradores da região. O trabalho dos bombeiros ficou mais difícil, afirma, porque tiveram que aumentar o cordão de isolamento no local, com a dispersão do gás por causa da lavagem da tubulação.
O GLP (gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha), que vazou da tubulação, é inflamável, explosivo, e pode levar à morte se for inalado em grandes concentrações, principalmente em ambientes fechados.

De acordo com o pneumologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Clystenes Odir Soares Silva, mesmo em concentrações menores, o GLP causa náusea, dor de cabeça e incômodo. "Doenças respiratórias como asma e bronquite podem ser agravadas se o gás for inalado. Uma grande quantidade de GLP leva a uma deficiência de oxigenação cerebral e pode matar."
O GLP é uma mistura de butano e propano, compostos formados por hidrogênio e carbono. A substância é líquida quando mantida dentro de botijões ou tubulações, mas torna-se gasosa em contato com a atmosfera.
"Na forma de gás, o GLP é facilmente dispersado. Isso tem um lado bom, porque evita grandes concentrações do gás, que pode explodir, mas faz com que a substância alcance lugares distantes", diz a química da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Araraquara Mary Rosa Santiago Silva.
Em concentrações menores, segundo a especialista, o gás tem menor risco de entrar em combustão, mas, em ambientes fechados, é asfixiante e pode explodir por qualquer faísca ou atrito.

INDENIZAÇÃO E RECLAMAÇÃO
Para atender às reclamações das famílias atingidas, a Dersa montou um posto de atendimento ao lado do terminal da Petrobrás. Cerca de 200 cadastros foram preenchidos, a maioria por parte de moradores que perderam comida ou que tiveram aparelhos eletrônicos danificados com o corte de energia elétrica.
De acordo com a Polícia Militar de Barueri e de Osasco, não foi confirmada nenhuma queixa em relação a saques durante o período em que as famílias foram removidas de suas casas.
Quanto aos pedidos de indenização, tanto o secretário dos Transportes como a Petrobrás afirmaram que só terão uma posição após a divulgação do relatório que apontará os responsáveis pelo acidente, a ser concluído em, no mínimo, 15 dias.

‘RISCO A VIZINHANÇA, SÓ FALTOU IGNIÇÃO PARA EXPLOSÃO, DIZ CETESB
Medição feita pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) apontou alto risco de explosão em galerias próximas ao duto que foi perfurado, segundo o gerente de operações de emergência da empresa, Edson Haddad.
"Em vários momentos, a concentração de gás estava altíssima em diversas áreas próximas. Bastava uma fonte de ignição para provocar um incêndio ou uma explosão. Foi uma sorte muito grande isso não ter ocorrido", disse.
As medições, feitas com explosímetros (equipamentos que medem a concentração de vapor inflamável no ambiente), serviram para orientar os bombeiros no trabalho de dispersão do gás com jatos de água.
Se houvesse qualquer faísca, poderia ter acontecido uma grande catástrofe. A explosão poderia romper a canalização e isso teria grandes proporções. À medida que o gás fosse se misturando
com o oxigênio, iria queimar", disse Rogério Cezar de Cerqueira Leite, físico, professor emérito da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
O gerente da Cetesb classificou o incidente como de "extrema gravidade" e disse que a companhia poderá autuar e multar a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), contratante da obra que provocou o acidente, e a construtora Queiroz Galvão, empreiteira que executava o serviço.

POLIDUTO PASSA POR ÁREAS POPULOSAS
Segundo o engenheiro Wong Loon, diretor da Petrobrás Transportes (Transpetro), a tubulação tem cinco metros de profundidade no ponto em que foi atingida. "Trata-se de um poliduto, uma tubulação que pode levar GLP, gasolina e óleo diesel". O duto, com 50 km de extensão e diâmetro de 14 polegadas, liga o terminal da Petrobrás que fica em Tamboré ao de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.
No momento do acidente, explicou Loon, estava sendo transportado o GLP, e em seguida já havia sido liberado um bombeamento de gasolina. Por terem diferentes densidades, os produtos não se misturam e seguem pelo mesmo cano.
Segundo a Petrobrás, o gás de cozinha que era transportado no duto é produzido na refinaria da estatal em Mauá, de onde vai para o centro de distribuição de São Caetano e depois para Barueri.

Por uma questão de diferença de densidades, quando o duto se rompeu, primeiro vazou gás e depois gasolina. O gás, por ser mais leve, tende a sair primeiro.
Uma central informatizada da Petrobrás, que acompanha o oleoduto, detectou o furo no mesmo instante, segundo o engenheiro. "Interrompemos o bombeamento de gasolina e fechamos duas válvulas de bloqueio." A medida isolou um trecho de 6 km de tubulação, no meio do qual estava o vazamento.
O duto passa por áreas metropolitanas, como região de favelas em Santo André (Grande ABC).
Passando por baixo de áreas populosas, o duto, se tivesse explodido e incendiado, poderia ter repetido a tragédia de Vila Socó, em Cubatão.

FALTA DE COORDENAÇÃO 
Petrobrás, Polícia Militar e prefeitura de Barueri não conseguiam entender-se sobre o que fazer com os desabrigados por conta do acidente. De acordo com a Defesa Civil do Estado e com o Corpo de Bombeiros, foram removidas cerca de 400 moradores, o que poderia resultar em um número total de 1.500 a 2 mil desalojados.
A Defesa Civil trabalhava com a hipótese de colocar os desabrigados em três escolas de Barueri. No entanto, os moradores da Favela Área Livre, que deveriam ser alojados no Ginásio de Esportes pela prefeitura, se recusavam a deixar o local do acidente.
Às 18 horas, o cheiro voltou a ficar muito forte no local. Famintos e nervosos, os moradores passavam mal. Várias ambulâncias foram utilizadas na remoção dessas pessoas para o PS de Osasco. .

CAUSA DO ACIDENTE
O desconhecimento do local exato onde ficava o duto também foi apontado pelo engenheiro da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/ A) Pedro da Silva, que fiscaliza a obra.
No lugar, estavam sendo cravadas estacas de perfil metálico para criar um suporte para a remoção de dois dutos da Petrobrás.
A obra era necessária para permitir a construção do Rodoanel no trecho e havia sido discutida com técnicos da Petrobrás. "Onde nós cravamos a estaca, não tínhamos consciência de que havia um duto", afirmou Silva.
O engenheiro disse que uma comissão formada por Dersa, Queiroz Galvão e Petrobrás discutirá as causas do acidente.

ESTIMATIVA DE VAZAMENTO DE GÁS E GASOLINA
A Petrobrás informou, que a perfuração do duto em Barueri (Grande SP), causou o vazamento de 150 toneladas de gás GLP. Isso equivale a mais de 11,5 mil botijões de gás de cozinha. Segundo a empresa, não há estimativas sobre a quantidade de gasolina que vazou, mas ela teria sido "insignificante".

PETROBRÁS DIZ DESCONHECER FALHA
"Desconheço falhas de cadastro (plantas do terreno), afirmou em Barueri (Grande São Paulo) Wong Loon, diretor da Transpetro (Petrobrás Transporte S.A.), sobre a hipótese de os mapas fornecidos pela empresa à Dersa não indicarem a presença do duto danificado”.
Loon afirmou que um fiscal da Petrobrás acompanhava as obras do Rodoanel, mas que não dá para dizer quem errou.
"Neste momento, não tenho uma explicação para o que houve. Estamos todos concentrados em uma operação de emergência."
COMISSÃO MISTA VAI INVESTIGAR VAZAMENTO
O secretário estadual dos Transportes, Michael Zeitlin, afirmou que vai formar uma comissão mista para identificar a causa do acidente. "É óbvio que houve um erro. Tanto a Dersa quanto a Petrobrás vão estudar de onde a falha partiu", afirmou Zeitlin, que esteve no local onde houve vazamento de gás na Rodovia Castelo Branco.

SINDICÂNCIA - A PETROBRÁS TRANSPORTE S.A.
A Transpetro (subsidiária da Petrobrás) responsável pelos gasodutos e oleodutos, vai abrir sindicância para apurar a responsabilidade pelo rompimento do duto de transporte de derivados de petróleo.
Wong Loon, diretor da Petrobrás Transportes (Transpetro) informou que o bate-estaca rompeu uma linha de 14 polegadas de diâmetro com 50 quilômetros de extensão, que traz gás liquefeito de petróleo (GLP), gasolina e óleo diesel de São Caetano para os tanques de armazenagem da Petrobrás em Barueri. "Durante cerca de três horas vazou o produto inicial (GLP) e depois, gasolina", disse. "O risco maior de explosão era quando escapava gás. Embora a gasolina também seja inflamável, o perigo de explosão é menor."
Loon explicou que "as válvulas localizadas a 6 quilômetros dos pontos de vazamento foram fechadas". Não há definição de quando o duto estará consertado.

LIMPEZA
Os técnicos e engenheiros da Dersa, da Petrobrás, da Queiroz Galvão, bombeiros e Defesa Civil trabalhavam para liberação do duto e para permitir o retorno das famílias retiradas do local .
Por volta das 12h de domingo, (17.06), a Petrobrás começou a limpar o duto internamente para eliminar os últimos bolsões de gás confinados.
Foi usado um equipamento conhecido como "pig", uma espécie de esponja que é impulsionada por um forte jato d'água, mecanismo que atravessa o tubo internamente. A operação demoraria meia hora e poderia provocar a interrupção da Castelo Branco.
Feito isso, a Queiroz Galvão e a Petrobrás tirariam a estaca que provocou a perfuração.
Por volta das 13h, a Petrobrás iria notificar as famílias que foram alojadas em dez hotéis em São Paulo e em Osasco.

INFRAÇÃO E MULTA
O valor da multa deve ser definido até segunda-feira (18.06). A maior punição possível para a Dersa e a Queiroz Galvão seria ter de pagar até R$ 98 mil cada uma.
A multa seria aplicada pelo vazamento de gás e pelo odor gerado na região, pela contaminação de um córrego e pelos riscos de incêndio e de explosão a que estiveram sujeitos os moradores.
Há também uma possibilidade de o incidente ser classificado pela Cetesb como "crime ambiental", o que aumentaria o valor da multa, de acordo com o gerente.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Ricardo Tripoli, classificou o acidente de muito grave e adiantou que a Cetesb deverá multar as empresas culpadas.

FALTA DE MAPEAMENTO DA INFRAESTRUTURA
"O episódio demonstrou, mais uma vez, a necessidade de mapear os sistemas localizados próximo de habitações e áreas de proteção ambiental", disse Tripoli. O alerta havia sido feito por ele há três semanas, quando houve vazamento num oleoduto da Petrobrás, no condomínio Tamboré.

Em qualquer um dos casos, a multa poderá ser aplicada pelo fato de a Dersa ser a contratante da obra e a construtora estar executando o serviço que acabou provocando o vazamento.

MULTA APLICADA
A Cetesb multou a construtora Queiroz Galvão em R$ 98 mil pelo vazamento de gás e gasolina em Barueri.A empresa ainda pode recorrer.
A Petrobrás ainda não está livre de uma penalização. Técnicos da Cetesb farão durante a semana um relatório detalhado que pode apontar responsabilidades da estatal. Nesse caso, a empresa também seria multada, em um valor ainda a ser fixado.

MAPEAMENTO DO SOLO DESATUALIZADO
O secretário estadual dos Transportes, Michael Zeitlin, disse que a Queiroz Galvão tinha cadastro das tubulações e que, antes de começar as perfurações, fez uma prospecção eletromagnética dos tubos. Os mapas da tubulação nos subsolo tem 30 anos. Por isso, a Dersa e a secretaria acham que poderia haver uma curva na tubulação não indicada nos mapas, o que teria provocado o erro que levou a perfuração do duto.
Zeitlin disse que, para fazer a obra na área da Petrobrás, seria preciso a remoção dos dutos, que era a obra que estava sendo feita. Por esse trabalho, o governo do Estado pagou à estatal R$ 830 mil, o equivalente a ocupação da área pelo Rodoanel e a transposição dos tubos.

RELATÓRIO OFICIAL FINAL : LAUDO APONTA TRÊS RESPONSÁVEIS POR PERFURAÇÃO DE DUTO
A Petrobrás, por meio da subsidiária Transpetro, informou (sexta-feira, em 28.09.01) que não quer comentar um relatório oficial que aponta a empresa como uma das responsáveis pelo acidente com vazamento de gás em 15 de junho, durante serviços no Rodoanel Mário Covas, no km 20 da Rodovia Castelo Branco. As outras empresas responsabilizadas são a Queiroz Galvão, executora dos trabalhos, e a empresa Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), contratante da obra.
O relatório, de uma comissão de sindicância nomeada pela Dersa, diz que a estatal, por ser encarregada de dar prévia aprovação aos trabalhos, teve responsabilidade na liberação do serviço que causou o acidente, quando um bate-estaca furou um duto da Petrobrás, causando liberação de gás.
O relatório diz também que houve falha da Queiroz Galvão, que executou serviços em desacordo com o projeto. A construtora prometeu manifestar-se em nota oficial. A Dersa e o Consórcio Engevix, contratado para fiscalização, não tomaram providências para que o serviço seguisse o projeto.

CONSTRUTORA NEGA ERRO EM PERFURAÇÃO DE DUTO
A Construtora Queiroz Galvão divulgou (sexta-feira, em 28.09.01) nota à imprensa afirmando que os serviços que resultaram na perfuração de duto da Petrobrás no Rodoanel Mário Covas, no km 20 da Rodovia Castelo Branco, foram feitos sob orientação e fiscalização dos órgãos competentes - no caso as empresas Desenvolvimento Rodoviário (Dersa) e Petrobrás. A empresa negou-se a comentar o relatório da Dersa, que a responsabiliza.
Fonte: O Estado de São Paulo, Jornal da Tarde e Folha de São Paulo.

Comentário: Com a construção de gasoduto/oleoduto,  passando nos principais centros populosos do país,  região sul e sudeste,  e às vezes as tubulações margeando ao longo das principais rodovias do país, estamos descobrindo o lado negro desse tipo de energia que será utilizado com insumo da matriz energética brasileira (termoelétricas) e equipamentos industriais.
Nos países em que predomina como fonte energética produtos inflamáveis (gás, óleo) os acidentes ocorrem quase todos os anos, provocando  tragédias (mortes, contaminação, evacuação de população,etc).

As autoridades envolvidas com a defesa civil  não estão preparadas para atuar numa emergência  de desastre de grandes proporções, devido:
1. Falta de um mapa de riscos atualizado das linhas de tubulações que passam pelo Estado, que transportam produtos perigosos, 
2. Número insuficiente de hospitais especializados em queimaduras em locais estratégico (os hospitais devem ter um plano de emergência para atuar nesse tipo de desastre, pois poderá receber inúmeras vítimas simultaneamente). Os hospitais deverão ser classificados para receberem as vítimas conforme a gravidade, a fim de evitar que um paciente com ferimentos leves seja enviado para um hospital especializado.
3.  Número insuficiente de equipes de resgate com paramédicos para primeiros socorros.
4. O mais importante à falta  de um plano de emergência para desastre em geral (elaboração, preparação e treinamento), envolvendo as autoridades responsáveis e comunidades.

Linhas de dutos no Estado de São Paulo 

Dutos e Produtos Transportados:Petróleo e derivados
No Estado de São Paulo, são transportados petróleo ou óleo cru, os quais são recebidos pelo Terminal Marítimo de São Sebastião, da Petrobras, diretamente dos navios petroleiros e posteriormente bombeados para as refinarias da mesma companhia, localizadas em Cubatão, Paulínea e São José dos Campos. Depois de serem processados, há a distribuição de gasolina, diesel, nafta e, óleo combustível entre outros produtos, por entre as diversas bases da Petrobras e também de outras companhias envolvidas com o armazenamento e distribuição destes produtos, localizadas em todo o estado, formando uma extensa malha de dutos.

Gás Natural e GLP
Há também um outro complexo de dutos, destinados a transportar gás natural e gás liqüefeito do petróleo (GLP). Esta rede de dutos é administrada pela Petrobras, Comgas, Gás Brasiliano e gás natural.
O gás natural chega de forma canalizada, pela rede de distribuição de gasodutos da Comgas para São Paulo proveniente de três origens distintas: Bacia de Campos (RJ), pelo Gaspal - gasoduto Rio de Janeiro /São Paulo, da Bacia de Santos (SP) pelo Gasan - gasoduto Santos-SP, e também da Bolívia, vindo pelo Gasbol - gasoduto Brasil-Bolívia, gerenciados pela Transpetro. É distribuído para residências, estabelecimentos comerciais e industriais, entre outros, por intermédio de uma extensa rede de dutos, sob praticamente toda região da Grande São Paulo, passando principalmente em áreas de intensa concentração urbana. O gás natural veicular é distribuído pela Comgas para determinados postos de combustíveis, situados na região metropolitana de São Paulo, Campinas e Vale do Paraíba.O GLP é composto basicamente por propano e butano, gases altamente inflamáveis. É transportado e armazenado em butijões de diversos tamanhos e, recebe uma substância odorizante, mercaptana, a qual permite a percepção olfativa em caso de vazamento

Estimativas de linhas de dutos no Estado de São Paulo
Dutos Estaduais – 1.900 km
Dutos Interestaduais – 1.700km
Gasoduto Brasil-Bolivia – parte de São Paulo – 1.700 km
Comgas- mais de 3.700 km de rede
Os Estados Unidos, possuem 485 mil quilômetros de dutos. 

HISTÓRICO DE ACIDENTES

BRASIL
■15 de Junho de  2001          
Durante as obras de construção do complexo rodoviário Rodoanel Mário Covas, junto à Rodovia Castelo Branco, próximo ao km 20, um "bate-estacas" perfurou o gasoduto do Sistema da Petrobras, causando a liberação do produto em grande quantidade, o qual rapidamente se dispersou pelas imediações. Como conseqüência, foi necessário proceder a evacuação de duas mil pessoas, residentes nas proximidades, devido ao alto teor de explosividade presente no local.
■ 30 de maio de 2001
O oleoduto procedente da Base de Barueri, da Petrobras, sentido capital - interior, rompeu no interior de um condomínio de luxo, na região de Tamboré, prejudicando residências, atingindo ruas, galerias de águas pluviais e um córrego afluente do Rio Tietê. O condomínio precisou ser parcialmente interditado para as atividades de limpeza e moradores foram removidos. Uma ave, uma rolinha, morreu após ter caído em uma poça de óleo.
■25 de fevereiro de 1984 – Cubatão - SP
A explosão de um duto da Petrobrás em Cubatão (58 km de São Paulo) matou 93 pessoas na favela de Vila Socó. Vazaram 700 mil litros de gasolina de um duto da Petrobrás, devido à excessiva pressão de bombeamento, incendiando cerca de 500 barracos.
Investigações apontaram a possibilidade de haver mais de 500 vítimas, pois mais de 400 pessoas não foram encontradas.

OUTROS PAÍSES
■30 de novembro de 2000 – Nigéria
Mais de 30 pessoas morreram na Nigéria em um incêndio provocado por um vazamento em um oleoduto em uma vila de pescadores próxima à cidade de Lagos - o maior centro comercial do país.
■19 de agosto de 2000 – Novo México - EUA
O oleoduto, que pertence à El Paso Energy Corp., explodiu formando uma enorme bola de fogo que atingiu 12 membros de duas famílias do Estado do Novo México que estavam acampando nas margens do rio Pecos. Entre os mortos estavam cinco crianças com menos de seis anos, incluindo dois gêmeos de 6 meses.
■10 de Julho de 2000 - Nigéria
A explosão de um oleoduto em uma localidade do sul da Nigéria provocou a morte de pelo menos 250 pessoas que estavam roubando gasolina.
■Março de 2000 - Nigéria
Pelo menos 50 pessoas morreram queimadas quando o petróleo que vazava de um oleoduto pegou fogo em Umuichiechi-Umingbede, pequena cidade na Nigéria. As vítimas estavam recolhendo o líquido em baldes quando houve o acidente. As autoridades ainda não determinaram as causas do início do fogo. Em 1998 mais de 700 pessoas morreram num incêndio de um oleoduto na Nigéria.
■Outubro de 1998 – Nigéria
Mais de mil pessoas morreram em outubro de 1998, muitas totalmente carbonizadas, quando as tubulações de onde roubavam gasolina na região de Jesse, sul da Nigéria, pegaram fogo.
■28 de setembro de 1993 – Terejias - Venezuela
Uma retroescavadeira, da Companhia  Telefônica, executava serviços de colocação de cabos de fibra óptica no local (rodovia Caracas)  e chocou-se contra a tubulação.
O acidente provocou um incêndio, cujas chamas chegaram a 50 m de altura.
Carros e ônibus que circulavam no local no momento do acidente, foram atingidos pelas chamas. Vítimas : 53 mortes e 60 feridos. Fontes: Cetesb, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo

Vídeo:
Uma nova análise de segurança de gasoduto e oleoduto  nos Estados Unidos revela um histórico preocupante de derramamentos, contaminação, ferimentos e mortes. 
Este vídeo  mostra no intervalo de tempo  incidentes em dutos  no período de 1986-2013, com dados públicos disponíveis a partir da agência Pipeline and Hazardous Materials Safety Administration (PHMSA), ligada ao Departamento dos Transportes, de atuação Federal, que fiscaliza as atividades de transportes e distribuição.
 Somente os incidentes classificados como " significativo" pela agência são mostrados no vídeo. Incidentes "significativos" incluem aquelas em que alguém foi hospitalizado ou morto, os danos totalizaram mais de US $ 50.000, mais de 5 barris de substâncias altamente voláteis ou 50 barris de outro líquido foram liberados, ou em que o líquido explodiu ou queimado.
De acordo com os dados, desde 1986, houve cerca de 8.000 incidentes ( quase 300 por ano , em média ), o que resultou em mais de 500 mortes (pontos vermelhos no vídeo ), mais de 2.300 feridos (pontos amarelos no vídeo ), e cerca de $ 7 bilhões em danos.

Desde 1986 os acidentes de dutos derramaram em média 76 mil barris por ano ou mais de 3 milhões de litros. Isto é equivalente a 200 barris por dia.

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domingo, maio 18, 2014

Mulher morre em colisão frontal depois de postar selfie no Facebook

A polícia disse que os amigos de Courtney Sanford compareceram ao local, depois que perceberam que suas atualizações de status coincidiram com o momento do acidente.

Uma mulher morreu em colisão frontal numa rodovia nos EUA segundos depois dela postar  selfies e atualizar seu status no Facebook, disse a polícia.

Às 08h33 na quinta-feira um post apareceu no status de Courtney Sanford Facebook que dizia: " A canção Happy  me faz tão feliz" Ás  08h34 a polícia foi chamada para atender o acidente.

Oficiais disseram a mulher  estava sozinha, quando o carro atravessou o canteiro central , bateu num caminhão de reciclagem e pegou fogo, obrigando o outro veículo sair da estrada.

Ela estava a caminho do trabalho ao longo da Interstate 85, na Carolina do Norte e a polícia disse que não encontrou nenhuma evidência de que bebida, drogas ou velocidade foram fatores na colisão.

O link para o Facebook só surgiu no final de semana quando seus amigos disseram à polícia que um número de suas mensagens on-line parecia vir no momento da ocorrência do acidente.

O porta-voz da polícia disse que a colisão mostra o que acontece quando você usa o celular e dirige.

O porta-voz disse ainda que a postagem e  atualização de status do  de segundos antes do acidente, evidencia que a partir de perfis de rede social, mostraram que ela também estava tirando fotos de si mesma, enquanto dirigia.

“Em questão de segundos, uma vida acabou apenas para que ela pudesse compartilhar com alguns amigos que estava feliz. Realmente não vale a pena”, disse o porta-voz.

É mais triste, é também um lembrete desagradável para todos ... você só tem que prestar atenção enquanto você está dirigindo.A polícia disse que o caminhão estava sendo conduzido por John Wallace Thompson, que saiu ileso. Fonte: The Independent - 27 de abril, 2014l

Comentário: 'Selfie' significa,  tirar foto de si mesma (auto-retrato), normalmente com um smartphone ou webcam, e que é colocada numa rede social.
Parece-me que existe um feitiço entre o celular e o ser humano? É uma atração fatal. É um vício ou  é uma droga eletrônica? O celular banaliza a vida.  O celular implantou a indústria de morte, aquela morte banal e alegre. O celular programa a morte daquele que o utiliza de modo inseguro. O triste dessa programação sempre leva alguém  que não tem nada a ver com o acontecimento.  Vivemos a era do entretenimento eletrônico dirigindo.

O QUE É DIREÇÃO DISTRAÍDA?
Direção distraída é qualquer atividade que poderia desviar a atenção de uma pessoa longe da tarefa principal de dirigir. Todas as distrações colocam em perigo; motorista, passageiro, e a segurança de  transeuntes.
Estes tipos de distrações incluem:
■Mensagem de texto
■Usando telefone celular ou smartphone
■Comer e beber
■Conversar com os passageiros
■Cuidar da aparência
■Leitura, incluindo mapas
■Usar sistema de navegação
■Assistir vídeo
■Ajustar rádio, CD player ou MP3 player

Mas, como a as  mensagens de texto requer atenção visual, manual, e cognitiva do  motorista é, de longe, a mais alarmante distração. A melhor maneira de acabar com a direção distraída é educar todos  os motoristas sobre o perigo o que representa. Neste texto,  você encontrará fatos e estatísticas que são extremamente  persuasivos. Se você ainda não acha que a direção distraída é um problema de segurança, por favor, preste atenção para aprender mais.
Compartilhe estes fatos com os outros. Juntos, podemos ajudar a salvar vidas.

PRINCIPAIS FATOS E ESTATÍSTICAS
■O número de pessoas mortas em acidentes afetados por distração diminuiu ligeiramente de 3.360 em 2011 para 3.328 em 2012. Estima-se que 421 mil pessoas ficaram feridas em acidentes de trânsito envolvendo  motorista distraído, este foi um aumento de nove por cento em relação a 387 mil feridos em 2011.
■Em dezembro de 2012, 171,3 bilhões de mensagens de texto foram enviadas nos EUA a  cada mês.
■Dez por cento de todos os motoristas com idade inferior a 20 anos que envolveram em acidentes fatais foram relatadas como distração no momento do acidente. Essa faixa etária tem a maior proporção de motoristas que estavam distraídos.
■Motoristas com idade de  20 anos compõem  vinte e sete por cento dos motoristas distraídos em acidentes fatais. 
■A qualquer momento  do dia em todos os EUA, cerca de 660 mil motoristas estão usando telefones celulares ou manipulando aparelhos eletrônicos durante a condução, um número que tem se mantido estável desde 2010.
■Ocupando-se em sub-tarefas visual/manual (pegar um telefone, discagem e leitura de  mensagens de texto ), associado ao uso de telefones portáteis e outros dispositivos portáteis o risco de se envolver acidente aumentou três vezes.
■Cinco segundos é o tempo médio de seus olhos estão fora da estrada enquanto ocupa a leitura de mensagens de texto. Ao viajar  90 km/h, é o tempo suficiente para cobrir o comprimento de um campo de futebol com os olhos vendados.
■O uso de headset no celular não é tão seguro do que usar celular à mão. 
■ Um quarto dos adolescentes responde a uma mensagem de texto, uma ou mais a cada vez que dirige.
■ Vinte por cento dos adolescentes e 10 por cento dos pais admitem que continuam conversar/leitura de mensagem de texto enquanto dirigem. Fonte: Departamento de Transportes dos EUA – NHTSA

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quarta-feira, maio 14, 2014

Tome cuidado com oxigênio

Riscos de incêndio e explosão no uso de oxigênio

Este folheto fornece informações sobre os riscos de incêndio e explosão no uso de oxigênio. É para quem usa o gás oxigênio em cilindros.

RISCOS DE OXIGÊNIO
Gás oxigênio em cilindros é usado por muitas pessoas no trabalho e, por vezes, em casa.

É usado:
1-em soldagem, corte com maçarico e outros processos semelhantes;
2-para ajudar as pessoas com dificuldades respiratórias;
3-em câmaras hiperbáricas como tratamento médico;
4-em câmaras de descompressão para pessoas que trabalham em ar comprimido ou em mergulho em alto mar;
5-para a conservação de alimentos e embalagens;
6-em siderúrgicas e fábricas de produtos químicos.

O ar que respiramos contém cerca de 21 % de oxigênio. Sem oxigênio, morreríamos em questão de minutos. Pode ser difícil de acreditar, mas o oxigênio também pode ser perigoso. Os perigos são incêndio e explosão.

Oxigênio se comporta de modo diferente para o ar, o ar comprimido, nitrogênio e outros gases inertes. É muito reativo. O oxigênio puro  em alta pressão, tal como a partir de um cilindro, pode reagir violentamente com materiais comuns tais como o óleo e graxa. Outros materiais podem pegar fogo espontaneamente. Quase todos os materiais, incluindo têxteis, borracha e metais queimarão vigorosamente em oxigênio.

Mesmo um pequeno aumento no nível de oxigênio do ar para 24% pode criar uma situação perigosa. Torna se mais fácil começar um incêndio, que irá, em seguida, queimará mais quente e mais ferozmente do que no ar normal. Pode ser quase impossível de apagar o fogo. Uma válvula com vazamento ou mangueira em uma sala mal ventilada ou espaço confinado pode aumentar rapidamente a concentração de oxigênio a um nível perigoso.

As principais causas de incêndios e explosões ao usar oxigênio são:
1-enriquecimento de oxigênio do equipamento com vazamento;
2-uso de materiais não compatíveis com oxigênio;
3-uso de oxigênio no equipamento  que não foi projetado para o serviço de oxigênio;
4-operação incorreta ou descuidada do equipamento de oxigênio

A AVALIAÇÃO DE RISCO
Os empregadores são legalmente obrigados a avaliar os riscos no local de trabalho, e tomar todas as precauções possíveis para garantir a segurança dos trabalhadores e terceiros. Um exame cuidadoso dos riscos de uso de oxigênio deve ser incluído na avaliação do risco.

CUIDADO COM OXIGÊNIO ENRIQUECIDO
Oxigênio enriquecido é o termo frequentemente usado para descrever situações em que o nível de oxigênio é maior do que no ar. O oxigênio é incolor, inodoro e insípido. A presença de uma atmosfera de oxigênio enriquecido não pode ser facilmente detectada pelos sentidos humanos.

O principal perigo para as pessoas de uma atmosfera rica em oxigênio é que a roupa ou o cabelo pode facilmente pegar fogo, causando queimaduras graves ou até mesmo fatais. Por exemplo, as pessoas podem facilmente envolver suas roupas e camas em chamas por fumar durante o tratamento de oxigênio com dificuldades respiratórias.
Fumar deve ser proibido onde o oxigênio está sendo usado

Oxigênio enriquecimento é muitas vezes o resultado de:
1-vazamentos de mangueiras danificadas ou mal conservados, tubos e válvulas;
2-vazamentos de conexões de má qualidade;
3-abrir as válvulas deliberadamente ou acidentalmente;
4-não fechar as válvulas corretamente após o uso;
5-usando excesso de oxigênio em soldagem, corte por chama ou processo similar;
6-pouca ventilação onde o oxigênio está sendo usado.

Consequentemente, as principais formas de prevenir o enriquecimento de oxigênio são para manter o equipamento de oxigênio em boas condições e tomar cuidado ao usá-lo.
Uma boa ventilação também vai reduzir o risco de enriquecimento de oxigênio.
Oxigênio enriquecimento pode também resultar da má utilização de oxigênio.

Nunca utilize oxigênio para:
1-resfriamento ou refrescar o ar em espaços confinados;
2-elemento de limpeza para bancada, máquinas ou roupas.

Se houver suspeita de enriquecimento de oxigênio a partir de um vazamento de oxigênio, o suprimento de oxigênio deve ser desligado. Cigarros e chamas devem ser extintos. O local deve ser bem ventilado e a fonte do vazamento identificado e reparado. É possível que o oxigênio possa contaminar toda roupa na área. Se isto é suspeito, a roupa deve ser preferencialmenteremovida e levado para fora para arejar e ventilar.

ESPAÇOS CONFINADOS
Alguns dos incidentes mais graves de oxigênio relatados envolveram vazamentos de mangueiras danificadas em espaços confinados, onde as operações de corte e solda ocorreram. Vestuários de trabalhadores enriquecidos de oxigênio pegaram fogo, causando ferimentos graves ou fatais.
Os cilindros de gás não devem ser levados em espaços confinados; o gás pode ser alimentado usando mangueiras. As mangueiras devem ser removidas do espaço fechado , quando o trabalho estiver acabado ou suspenso , tal como no final de cada dia. Quando isto não for possível, as mangueiras devem ser desconectadas do abastecimento de gás do cilindro ou da válvula de distribuição.

Quando o risco de enriquecimento de oxigênio é alto, como em espaço confinado ou lugares com pouca ventilação, o uso de equipamentos de monitoramento de oxigênio é aconselhável.

NUNCA UTILIZE MATERIAIS INCOMPATÍVEIS COM O OXIGÊNIO
Alguns materiais reagem de forma explosiva, se eles entram em contato com oxigênio puro sob alta pressão. Outros materiais podem pegar fogo espontaneamente. Esses materiais são incompatíveis com o oxigênio.

Equipamento concebido para serviços de oxigênio é feita a partir de materiais e componentes que foram testados e comprovados para ser compatível, e são seguros para o efeito.
As razões para um projeto particular e escolha do material nem sempre são óbvias. O uso de materiais ou componentes substitutos, que parecem ser semelhantes, mas não se provou ser oxigênio compatível, é extremamente perigoso e tem causado muitos acidentes.

VOCÊ PRECISA TOMAR CUIDADO AO SUBSTITUIR:

JUNTAS E GAXETAS
Há centenas de diferentes tipos de borracha e elastômero, e a maioria não é compatível com o oxigênio.

COMPONENTES METÁLICOS
Muitos metais e ligas não são adequados para utilização com o oxigênio.

REGULADORES DE PRESSÃO
Você deve garantir que a classificação de pressão do regulador não é menor do que a pressão de alimentação do cilindro cheio. Reguladores de pressão para equipamentos de solda a gás e para gases medicinais devem cumprir as normas vigentes. Em caso de dúvida, verifique com o fornecedor ou fabricante.

MANGUEIRAS DE OXIGÊNIO
A mangueira flexível de oxigênio usado para soldar, etc., devem cumprir as normas vigentes.

LUBRIFICANTES
Como regra geral, os lubrificantes devem ser evitados.  Apenas os lubrificantes que são feitos para o serviço de oxigênio, e são especificadas pelo fornecedor do equipamento, deve ser utilizado.

FITA
A fita deve ser evitada. Apenas fita que é marcado como sendo adequados para o serviço de oxigênio, e é especificado pelo fornecedor do equipamento, deve ser utilizado.

OUTROS COMPONENTES
Em alguns casos, os materiais podem parecer ser compatíveis, mas a forma e configuração dos componentes podem ser importantes para minimizar o risco de incêndio. Somente os componentes aprovados pelo fabricante deve ser usado quando a manutenção de equipamento de oxigênio.

Você deve sempre garantir que os sistemas de oxigênio de alta pressão são projetados, construídos, instalados por pessoas competentes, que têm conhecimento especializado sobre o assunto. Todos os aparelhos e equipamentos de oxigênio devem estar devidamente identificados com o nome do gás e da pressão de trabalho seguro.

NUNCA UTILIZE OXIGÊNIO EM EQUIPAMENTO QUE NÃO FOI CONCEBIDO PARA ISSO
Muitos acidentes graves foram causados pela utilização de oxigênio em vez de outros gases, como o ar, ar comprimido ou nitrogênio. O oxigênio pode reagir explosivamente com óleos e graxas.
As pessoas têm sido feridas ou mesmo mortas quando bombas, motores, pneus e equipamentos sob pressão foram destroçadas pela explosão. O oxigênio também pode causar a outros materiais para inflamar-se espontaneamente. O incêndio resultante pode causar danos ao equipamento e ferimentos às pessoas.

Você nunca deve usar oxigênio para:
1-acionamento ferramentas pneumáticas;
2-enchimento de pneus de veículos;
3-pressurização e sistemas de purga;
4-substituindo o ar ou um gás inerte;
5-arranque dos motores diesel.

O oxigênio não deve ser introduzido em qualquer equipamento a menos que ele foi projetado para o serviço de oxigênio por pessoas competentes, com conhecimento especializado.

TOME CUIDADO COM CILINDROS DE OXIGÊNIO E EQUIPAMENTOS
Se os cilindros de oxigênio e equipamentos são utilizados de forma inadequada ou incorretamente, poderá ocorrer um incêndio. Todos os usuários do oxigênio devem conhecer e compreender os perigos, e deve receber treinamento no uso do equipamento de oxigênio.
Há uma série de precauções a seguir ao usar equipamento de oxigênio.
CILINDROS DE OXIGÊNIO
Você deve sempre:
1-lidar com cilindros de oxigênio com cuidado. Utilize um carrinho construído de propósito para movê-los;
2-manter os cilindros acorrentados ou apertados para evitar que caiam sobre;
3-armazenar cilindros de oxigênio quando não estiver em uso em uma área de armazenamento bem ventilada, longe de materiais combustíveis e separadas de cilindros de gás inflamável.

EQUIPAMENTO DE OXIGÊNIO
 Você deve sempre:
1-abrir a válvula lentamente. Abertura rápida, particularmente das válvulas dos cilindros, pode resultar em velocidades altas momentaneamente de oxigênio. Quaisquer partículas vão ser empurradas por meio do sistema muito rapidamente, causando calor por atrito. Em alternativa, se o sistema for fim de linha, tais como, um regulador de pressão, é ligado a um cilindro de oxigênio, o calor pode ser gerado por meio de compressão do oxigênio. Ambos os casos podem provocar um incêndio;
2-garantir que a pressão do parafuso de ajuste do regulador de pressão está totalmente desenrolada, a fim de que a válvula de descarga do regulador seja fechada antes de abrir a válvula de cilindro de oxigênio, especialmente quando se abre a válvula de cilindro, pela primeira vez depois de trocar os cilindros;
3-garantir que as válvulas dos cilindros estão fechadas e a canalização fornecimento isolada, sempre que o trabalho estiver parado. Não tente cortar o fornecimento de oxigênio apertando ou torcendo a mangueira flexível quando se muda de equipamentos, por exemplo, maçaricos;
4- manter as mangueiras e outros equipamentos em boas condições. Os testes de vazamento podem ser realizados facilmente usando um spray  específico ou solução líquida que é certificado para uso em sistemas de oxigênio. Sabão ou líquidos que podem conter gorduras não devem ser usados.

LIMPEZA
Você deve sempre:
1- manter o equipamento de oxigênio limpo. A contaminação por partículas, poeira, areia, óleos, graxas ou detritos na atmosfera geral é um risco potencial de incêndio. O equipamento portátil é particularmente suscetível à contaminação, e as precauções devem ser tomadas para mantê-lo limpo;
2- usar as mãos ou luvas limpas ao montar equipamento de oxigênio, por exemplo, ligar o regulador de pressão, fazer conexões;
3-usar roupa limpa adequada, livre de óleo e contaminantes facilmente combustíveis.

PRECAUÇÕES GERAIS
Você deve sempre:
1-garantir que a ventilação é adequada;
2-Verifique se os extintores de incêndio estão em boas condições e pronto para uso;
3-verifique se as rotas de fuga são claras.

RESUMO DAS RECOMENDAÇÕES
1-Esteja ciente dos perigos de oxigênio em caso de dúvida, pergunte.
2-Prevenir enriquecimento de oxigênio, garantindo que o equipamento é estanque e em bom estado de funcionamento.
3- Verifique se a ventilação é adequada.
4-Usar sempre os cilindros de oxigênio e equipamentos com cuidado e corretamente.
5-Válvulas dos cilindros de oxigênio sempre abrir devagar.
6-Não fume onde o oxigênio está sendo usado.
7- Nunca use peças de reposição que não tenham sido especificamente aprovadas para o serviço de oxigênio.
8- Nunca utilize equipamento de oxigênio acima das pressões certificadas pelo fabricante.
9-Nunca use óleo ou graxa para lubrificar o equipamento de oxigênio.
10- Nunca utilize oxigênio em equipamento que não é projetado para o serviço de oxigênio.
Fonte: HSE - Health and Safety Executive 

Vídeo: Prevenção de riscos – Gases comprimidos

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