Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

sexta-feira, março 08, 2024

PRÉDIO COM CARREGADOR PARA CARRO ELÉTRICO TERÁ QUE TER MAIS ÁGUA NA RESERVA E EXTRATOR DE FUMAÇA

O Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo prepara um conjunto de normas para instalação de pontos de recarga de carros elétricos. O parecer técnico está em fase final de elaboração e será posto em prática ao longo de 2024.

Segundo o porta-voz da corporação, capitão André Elias, haverá exigências;

1.     aumento da reserva técnica de água para controle de incêndios,

2.     instalação de sensores de calor nas garagens e

3.     sistema de extração mecânica da fumaça devido aos gases tóxicos gerados na queima.

A regra existente hoje é a norma NBR 17.019, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que determina o padrão das instalações elétricas. O que os Bombeiros estão desenvolvendo agora são exigências para mitigação dos riscos em edifícios residenciais e comerciais.

Embora casos de incêndio em carros elétricos sejam raros, a dificuldade em controlar as chamas preocupa. Segundo o NTSB (sigla em inglês para Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA), ocorrem, em média, 25,1 incêndios a cada 100 mil carros elétricos em circulação.

Esse número sobe para 1.529 a cada 100 mil no caso dos carros com motor a combustão, mas já há vasto conhecimento sobre o que fazer nessa possibilidade. "Os carros elétricos são uma tecnologia relativamente nova, muito recente no que diz respeito a incêndios", afirma o porta‑voz do Corpo de Bombeiros.

LIBERAÇÃO DE GASES NOCIVOS

De acordo com a Flex Company Treinamentos, escola técnica que oferece capacitação para manutenção e manuseio de veículos eletrificados, incêndios em baterias de íon-lítio podem produzir labaredas altas e intensas, sem a possibilidade de serem apagadas.

Outra dificuldade é a liberação de gases nocivos. "A reação em cadeia libera hidretos e ácido fluorídrico, extremamente tóxicos, e daí vem a necessidade de se ter maior cuidado com instalações em subsolos", diz o capitão.

FOGO

Em caso de fogo, o parecer técnico do Corpo de Bombeiros vai estabelecer o que deve ser feito. "As boas práticas no mundo dizem que o ideal é resfriar a bateria. Nesse caso, o indicado é jogar água", diz o capitão.

Elias explica que pode ser adicionado um aditivo surfactante, que reduz a tensão superficial do líquido, fazendo com que penetre melhor nas baterias e aumente a eficiência do procedimento.

“LEI DOS 30’

O processo, contudo, é longo. "Nesses casos, o Corpo de Bombeiros adota o que chamamos de ‘lei dos 30’. Resfriamos a bateria por 30 minutos após o fim do jet fire [jato de fogo] e a monitoramos por 30 horas", afirma o porta-voz da corporação. "Se não acontecer nada nesse período, o veículo é levado para o pátio e deixado isolado por 30 dias."

O capitão André Elias diz que estatísticas globais mostram que 13% dos veículos elétricos que pegaram fogo sofreram reignição das baterias em um intervalo de até 30 dias após a ocorrência. Ou seja, entraram em combustão espontânea.

O tempo necessário para o resfriamento é a razão de se aumentar significativamente a quantidade de água disponível para um eventual combate às chamas.

RESERVA TÉCNICA DE ÁGUA.

O porta-voz dos Bombeiros explica que, hoje, um prédio residencial com 2.500 metros quadrados de área construída –aproximadamente um condomínio de oito andares e quatro apartamentos de 70 m² por pavimento– precisa ter uma reserva técnica de 8.000 litros. Para se adequar à futura norma, o volume de água deverá ser de 40 mil litros nesse caso.

SENSORES DE CALOR

Já a instalação dos sensores de calor é necessária por não ser possível colocar detectores de fumaça nas garagens. Segundo o capitão, as emissões dos escapamentos de carros com motor a combustão podem gerar uma ativação desnecessária do equipamento.

PRÉDIOS ANTIGOS

O capitão André Elias afirma que, no caso de prédios antigos que não possam ser adaptados às novas normas, será necessário formar um comitê técnico para definir se será possível fazer a instalação de carregadores com segurança.

INSTRUÇÕES PARA GARANTIR A SEGURANÇA

O porta-voz diz que não é possível limitar a venda de carros ou interferir no uso desses veículos, mas haverá um conjunto de instruções para garantir a segurança.

O capitão acredita que as novas normas podem encarecer futuras edificações, mas isso só poderá ser calculado após a divulgação do parecer técnico.

Há também preocupação com ocorrências nas ruas. André Elias diz que representantes da corporação estiveram na Alemanha para entender quais são as práticas adotadas na Europa para controle do fogo em veículos elétricos.

O capitão afirma ainda que prefeituras de cidades que estão eletrificando o transporte público têm entrado em contato com os Bombeiros para troca de informações e treinamento. Uma das preocupações é o que fazer no caso de ônibus elétricos serem incendiados em atos de vandalismo. Fonte: Folha de São Paulo - 14.dez.2023  

 

Marcadores: , ,

posted by ACCA@5:51 PM

0 comments

segunda-feira, janeiro 15, 2024

ENTENDA POR QUE USO DE AR-CONDICIONADO SEM MANUTENÇÃO CAUSA INCÊNDIOS


O verão, com temperaturas chegando a recordes com as ondas de calor, faz aumentar o consumo de energia, e em boa parte o motivo está no uso de aparelho de ar-condicionado ou de ventiladores. 

O manuseio desses equipamentos, no entanto, exige cuidados para evitar incêndios que podem ser provocados pelo excesso de carga elétrica. Uma importante recomendação é verificar se o imóvel tem capacidade elétrica para suportar os equipamentos, principalmente o ar-condicionado, que consome mais energia.

O professor de Engenharia Elétrica do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) Edson Watanabe explica que nos imóveis de construções antigas a preocupação maior era com a iluminação e a preparação para receber poucos aparelhos, bem diferente da atualidade, em que cada vez mais aumenta a quantidade de eletrônicos em um mesmo imóvel, e que ainda exigem maior carga de energia. “Tem muitos lugares com microondas, air fryer, fogão de indução magnética. Quem vai aumentando estas cargas têm que tomar cuidado”, alertou .

FALTA DE CAPACIDADE ELÉTRICA

Watanabe revelou que pediu a uma turma de alunos que verificasse se as instalações estavam corretas em suas casas, e a metade relatou problemas. “Quando um vai tomar banho outro não pode ligar o ar-condicionado, porque um vai derrubar o outro”, disse se referindo a falta de capacidade elétrica do imóvel para suportar uma carga maior de consumo ao mesmo tempo.

“A dica principal é contratar um profissional da elétrica para conferir se o quadro de energia da sua casa está compatível na dimensão, se suporta realmente o aumento de equipamentos como o ar-condicionado”, recomenda o porta-voz do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, major Fábio Contreiras.

O curto circuito que costuma ser vilão em alguns casos de incêndios, segundo o professor Edson Watanabe, é uma ocorrência rara e normalmente quando acontece os disjuntores costumam proteger o local desligando o sistema. “É raro isso não acontecer, ou seja, a proteção não funcionar. Curto circuito não é o problema, o que acontece é que em muitos lugares a instalação é antiga e foi feita em uma época em que o ar-condicionado era raro. Tinha previsão de ar‑condicionado em dois lugares, na sala e um quarto, o resto não tinha. Esse é o primeiro ponto. O outro é que o condutor, o fio, tem que ter capacidade de aguentar o aparelho de ar‑condicionado que é totalmente diferente de lâmpadas e mesmo os ventiladores, que em geral têm o consumo bem pequeno comparado ao ar-condicionado”, explicou.

MAL CONTATO

O longo período em que os aparelhos ficam desligados merece cuidados quando entram novamente em uso. De acordo com o professor Watanabe, no caso de ar-condicionado residencial de 12 mil BTU o consumo pode crescer 10 a 20 vezes na comparação com o ventilador. “O problema é que em alguns casos os fios não estão preparados para isso. Além disso, deixar por muito tempo  ligado na tomada é um risco,  sem o uso do aparelho”, alertou.

“Isso pode resultar em mal contato se só for utilizado no ano seguinte. O mau contato é muito ruim porque, em geral, não se nota. Quando tem o mal contato, a tomada começa a esquentar, em alguns casos derrete e pega fogo. Isso é bastante comum. O bom é tirar da tomada quando não está usando o aparelho”, recomendou, acrescentando que é importante também manter a limpeza da tomada.

Outra recomendação é não instalar o ponto elétrico próximo do chão e perto de materiais inflamáveis, o que também pode causar incêndios. “Está pedindo para pegar fogo. É melhor não ajudar”, ironizou, sugerindo ainda que a pessoa veja depois de uma hora de funcionamento do aparelho se a tomada está aquecendo.

“Se estiver quente chama um eletricista e pede para ele revisar o circuito. Se o disjuntor estiver desarmando sozinho, também tem problema. É bom conferir se o fio está na dimensão correta. Se não estiver, e ele pegar fogo, o prejuízo é muito grande”.

MANUTENÇÃO

Além de uma manutenção anual feita por um profissional especialista em ar-condicionado, o professor lembra que é bom também manter o filtro do aparelho limpo, mas nesse caso é por uma questão de saúde por causa do acúmulo de poeira. “Fica lá juntando poeira o ano inteiro e quando liga vai tudo para o espaço e para cima da gente”.

O professor Watanabe lembrou que os aparelhos mais modernos, “os inverter”, têm um sistema diferente. “É um pouco mais caro, mas em geral não têm pico de partida, são mais suaves, controlados eletronicamente e mais eficientes. Teoricamente são melhores”.

TOMADA BENJAMIN

Outro perigo destacado pelo porta-voz dos bombeiros é o de ligar vários aparelhos no adaptador de tomada benjamin ou em um filtro sem fusível. “Esses adaptadores não são legalizados, não são regulamentados. O único meio de usar vários equipamentos em uma mesma tomada é usando um filtro de linha, aprovado pelo Inmetro, com um fusível disjuntor, que em caso de sobrecarga vai desligar toda a energia. Se precisar ligar diversos equipamentos em uma mesma tomada por necessidade da sua casa é fundamental ter o filtro de linha e não usar improvisos como adaptador de tomada benjamin, por exemplo”, indicou.

Para o professor Watanabe, os riscos ocorrem por falta de conhecimento. “O bom seria que a população soubesse um pouquinho de eletricidade. As tomadas normais  de casa têm dois tipos. Uma delas tem 10 amperes. Se ligar um carregador de celular está muito abaixo de 1 ampere, mas se colocar mais de quatro ventiladores pode ser problema. O ar-condicionado não tem jeito. Tem que ser só ele e não ter nada pendurado com o ar-condicionado, que em geral é em 20 amperes”, disse.

Em mais uma recomendação para evitar acidentes, o major Contreiras destacou que ao comprar um equipamento é necessário observar a voltagem e a amperagem de cada um. Caso o imóvel não tenha a capacidade é preciso chamar o eletricista para fazer a conversão no quadro de energia. “É um ponto importante. Muitas vezes a pessoa quer colocar um equipamento de 20 amperes em uma tomada de 10. Isso pode dar sobrecarga e pode incendiar por não conseguir suportar a temperatura”, explicou.

CAUSAS ELÉTRICAS

O porta-voz do Corpo de Bombeiros informou que grande parte dos atendimentos feitos pelos bombeiros no país tem causas elétricas provocadas por sobrecarga, curto circuito por defeito no equipamento e contato imperfeito que ocorre nas tomadas que soltam faíscas. “Em contato com uma cortina, um lençol, uma cama isso pode se incendiar rapidamente. São as três causas mais comuns nos incêndios”, alertou.

INCÊNDIOS POR CAUSA ELÉTRICA

O major disse que em casos de incêndios por causa elétrica a principal recomendação é que a pessoa não tente apagar imediatamente com um copo ou com balde de água, por exemplo. “A gente sabe que a corrente elétrica passa muito pela água e a pessoa vai tomar um choque e pode até morrer. A primeira coisa a fazer é desligar a rede elétrica da casa para deixar de alimentar o fogo. Quando desliga o disjuntor ou a chave geral, onde quer que esteja, já ajuda a evitar que o incêndio ganhe proporção”, recomendou.

Se o imóvel tiver um extintor de incêndio, também pode ser usado para combater o fogo, desde que seja o equipamento apropriado. “Em geral no mercado são dois tipos de extintores que se usa. O de gás carbônico ou o que pó químico seco. São os dois que podem apagar um incêndio como esse, mas se não tem nada o mais importante é sair de casa, tirar as pessoas com segurança e chamar o Corpo de Bombeiros pelo número 193 para que a gente possa realmente fazer esse atendimento”, explica, destacando que caso a pessoa consiga afastar o aparelho eletrônico que está em chamas, como um ferro de passar, e levá-lo para fora de casa é importante para evitar a propagação do incêndio.

"Para fazer isso é importante também ter muito cuidado para não se expor ao fogo. Em geral é sempre recomendável chamar o Corpo de Bombeiros para fazer o combate e jamais usar água”, reforçou.

BATERIAS


Outro cuidado apontado pelo porta-voz do Corpo de Bombeiros é com equipamentos portáteis carregados por bateria. Geralmente, baterias extras de celular, de veículos novos, motos elétricas.

“Todas as baterias a base de íon de lítio, em situações de ondas de calor, são perigosas, porque esses equipamentos se forem expostos a altas temperaturas, por exemplo, dentro de um veículo trancado com muito sol em dia de muito calor, elas podem se danificar e em alguns casos mais extremos podem até se incendiar. A recomendação que a gente sempre dá é nunca deixar baterias e equipamentos específicos dentro de veículos fechados ou dentro de casa. Devem ficar sempre em locais ventilados, bem arejados, longe do sol também. Então muito cuidado com equipamentos elétricos em dias de muito calor. Apesar deles, estarem preparados para suportarem altas temperaturas é sempre bom ter a prevenção”, observou. Fonte: Agência Brasil - Rio de Janeiro - Publicado em 25/12/2023

Marcadores: ,

posted by ACCA@5:13 PM

0 comments

sábado, janeiro 06, 2024

BOMBEIROS AINDA NÃO SABEM COMO CONTROLAR INCÊNDIOS EM CARROS ELÉTRICOS

Incêndios em carros elétricos viraram um problema para socorristas e bombeiros. Autoridades norte-americanas começaram a cobrar mais empenho dos fabricantes para aumentar a proteção às pessoas que trabalham no atendimento a acidentes com veículos do tipo e, claro, os ocupantes desses veículos.

Segundo socorristas dos Estados Unidos, eles são preparados para apagar qualquer tipo de incêndio, mas com carros elétricos eles tendem a ser mais perigosos devido aos produtos químicos que compõem as baterias.

As baterias podem apresentar o que é chamado de "fuga térmica", que é quando elas entram em ciclo de superaquecimento e super pressurização, causando incêndios e às vezes até explosões.

Um acidente do tipo queimou um navio que transportava carros elétricos em julho deste ano. Mesmo depois que o incêndio da bateria de um veículo elétrico parecer estar extinto, a energia remanescente pode causar essas fugas, reiniciando o fogo e tornando esse tipo de chamas difíceis de serem controladas.

"Essas baterias são compostas por milhares de pequenas células de energia, e basta uma delas para reacender o fogo", disse Brian O'Connor, técnico-engenheiro de serviços da Associação Nacional de Proteção contra Incêndios dos EUA ao site Insider.

Para evitar esse tipo de incêndio, veja algumas dicas dadas pelo engenheiro no uso do carro elétrico:

·        Se o carro passar por uma inundação ou ficar sob água por um tempo, evite ligar o motor até que as baterias estejam bem secas.

·        Após uma batida, por menor que seja, sempre cheque o estado das baterias. Qualquer rompimento pode iniciar um incêndio.

·        Após um acidente, forneça o máximo de informações possíveis ao ligar para a emergência, como o tipo de bateria que o carro usa

"Pode haver fios de alta tensão que passam por diferentes partes do carro, as baterias podem estar localizadas em lugares diferentes. Todos esses dados ajudam a informar os socorristas sobre a melhor forma de combater o incêndio", disse O'Connor. Fonte: UOL - 15/11/2023 

Marcadores: ,

posted by ACCA@5:30 PM

0 comments

segunda-feira, dezembro 18, 2023

RISCO DE INCÊNDIO E ADAPTAÇÃO DE CARREGADORES EM PRÉDIOS RESIDENCIAIS SÃO DESAFIOS PARA CARROS ELÉTRICOS

Ocorrem, em média, 25,1 incêndios a cada 100 mil carros elétricos em circulação, segundo dados divulgados pelos EUA

Carregar 50 litros de gasolina de um lado para o outro não parece ser algo seguro, mas é isso que ocorre com milhões de carros pelo mundo todos os dias. Visto por esse lado, os carros elétricos parecem ser ainda mais amistosos. Mas não é bem assim.

Vídeos em que motonetas ardem em garagens e Teslas acidentados queimam como fogos de artifício revelam um novo problema: a dificuldade em se controlar o fogo nas baterias.

"É relativamente mais difícil controlar as chamas pela composição química presente nas baterias de íon-lítio. Quando pegam fogo, podem produzir labaredas altas e intensas, sem a possibilidade de apagar", diz o corpo docente da Flex Company Treinamentos, escola técnica que oferece capacitação para manutenção e manuseio de veículos híbridos e elétricos.

Pela complexidade do tema, a instituição optou por criar um comitê de professores para responder às perguntas enviadas pela reportagem. Os especialistas disseram ainda que há o risco de, mesmo após a energia ser cortada, o fogo continuar por mais um longo tempo.

"Existem substâncias nas baterias com compostos químicos como o próprio lítio, que é um metal reativo e pode ocasionar queimaduras graves; o fósforo, que também é um elemento inflamável e que pode alimentar as chamas; e o cobalto, que pode liberar gases tóxicos em caso de incêndio."

As probabilidades mostram que não é caso para pânico, mas, sim, para prevenção. Segundo dados divulgados em 2022 pelo NTSB (sigla em inglês para Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA), ocorrem, em média, 25,1 incêndios a cada 100 mil carros elétricos em circulação. O número sobe para 1.529 a cada 100 mil no caso dos carros com motor a combustão.

Se o pior acontecer, a situação é especialmente preocupante em garagens, como alerta o arquiteto Paulo de Tarso Souza, que tem mais de 20 anos de experiência com edificações.

"Se há um incêndio dentro do estacionamento subterrâneo de um prédio, não há veículo de socorro que seja capaz de entrar", afirma. "É necessário que façam normas para garantir alguma proteção, e o subsolo é sempre mais complicado."

"O que deve preocupar arquitetos, engenheiros e construtores é a nossa capacidade de prever, prevenir e proteger os imóveis das más empresas", diz Souza, referindo-se a possíveis problemas de instalações ou adaptações envolvendo pontos de recarga.

Com a futura massificação dos carros elétricos e híbridos com tecnologia plug-in (que também podem ser recarregados por meio de tomadas), pode ser necessário mexer na rede de energia de edifícios que não foram preparados para isso.

O engenheiro eletricista Victorio da Cruz Amaral, especializado em projetos para condomínios, afirma que a instalação de uma estação de recarga deve respeitar a norma NBR 17.019 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

"Seguindo as normas, o risco é minimizado ao menor fator possível. Todo veículo elétrico já vem com suas respectivas proteções, e a estação de recarga também tem componentes que protegem todo o sistema", diz o especialista. "O trabalho bem executado não gera risco."

Amaral explica que uma estação de recarga de 7 kW (quilowatts) –como as encontradas em alguns shoppings– absorve uma potência inferior à registrada em um chuveiro elétrico (7,5 kW). "Em um edifício antigo, ninguém se preocupa se todos os moradores instalarem um chuveiro elétrico extra em seus apartamentos."

O engenheiro diz ainda que os plugues devem utilizar a infraestrutura elétrica de maior potência disponível no condomínio. "Cálculos de demanda energética devem ser feitos tanto individualmente como coletivamente, com isso sempre pode ser encontrada a solução mais adequada e segura para cada condomínio."

Thiago Castilha, diretor da empresa de carregadores E-Wolf, também afirma que, se todas as normas forem seguidas, não haverá risco. Entretanto, diz que serviços fora de padrão trazem problemas sérios.

"Há empresas de instalação derivando circuitos para os carregadores, o que pode ser muito perigoso, pois a corrente de recarga de um veículo elétrico pode chegar a até 32A (amperes) e não se sabe como está o circuito embutido na parede, por exemplo. Está sobrecarregado? Está com pontos quentes? Há emendas?"

Davi Bertoncello, CEO da Tupinambá Energia, diz que é necessário utilizar dispositivos de proteção, como o que interrompe o fornecimento em caso de fuga de corrente elétrica. "Sua principal função é proteger as pessoas de choques que podem ser causados por equipamentos conectados à rede elétrica."

O executivo cita ainda o equipamento que protege o sistema caso ocorra um pico de luz.

"Entre os erros mais comuns já observados em instalações, há a exposição indevida a intempéries, a falta de dispositivos de proteção contra choques elétricos, o uso de cabos subdimensionados e os terminais elétricos mal apertados, que podem resultar em mau contato e sobreaquecimento", diz Bertoncello, que menciona ainda as responsabilidades do eletricista.

"O profissional responsável pela instalação deve fornecer uma ART [Anotação de Responsabilidade Técnica] que descreva o serviço técnico a ser realizado, garantindo a conformidade do projeto elétrico e a tranquilidade do consumidor."

O executivo afirma que uma alternativa é a implementação de estações de recarga compartilhadas no condomínio, onde os usuários realizam e pagam suas recargas por meio de um aplicativo específico.

A advogada Tatiana Dratovsky Sister, sócia da área de contratos comerciais do escritório BMA, diz que, quando se trata de uma demanda individual para a instalação de um ponto de recarga em uma vaga demarcada, geralmente é o proprietário quem deve arcar com os custos.

"Mesmo nessa situação, o morador deve obter autorização prévia e expressa do síndico e do conselho do condomínio ou da assembleia."

Em relação à legislação, Tatiana diz que, até o momento, não há uma lei nacional sobre pontos de carregamento de carros elétricos em condomínios.

"Na cidade de São Paulo, no entanto, já está em vigor a lei municipal nº 17.336/2020, que torna obrigatória a previsão de postos de carregamento em todos os condomínios novos desde o projeto da edificação", diz a advogada.

"A lei também prevê a individualização da medição do consumo dos pontos de carregamento de uso comum, mas não especifica como a cobrança deve ser feita."

Mesmo se todas as especificações técnicas forem seguidas, ainda haverá o risco de incêndio por problema no veículo. Nesta semana, a Jaguar divulgou o recall do elétrico i-Pace, que pode apresentar superaquecimento. A solução do problema está na atualização do software, serviço que leva cerca de uma hora para ser concluído, segundo a marca.

"Uma condição de sobrecarga térmica do veículo, com a presença de chamas ou fumaça, poderá, por sua vez, levar a um incêndio na bateria de alta tensão, podendo se propagar para todo o veículo. Isso poderá resultar em risco de lesões graves nos ocupantes do veículo e/ou terceiros", diz o comunicado divulgado pela empresa.

Em casos como esse, a responsabilidade é da fabricante.

"As montadoras têm a responsabilidade de fazer um carro elétrico seguro, que saia da fábrica sem esse tipo de risco", diz Klaus Mello, gerente de engenharia da Ford nos Estados Unidos. Ele trabalhou no desenvolvimento das versões elétricas da picape F-150 e do Mustang Mach-E.

"O que pode acontecer são coisas como o usuário fazer alguma alteração no veículo ou ocorrer um acidente que está fora dos cenários que analisamos, mas cabe às empresas apresentar soluções."

Victor Cruz, fundador e CEO da Vela Bikes, também aponta o mau uso como uma das causas de incêndios de bicicletas elétricas que, recentemente, causaram preocupação nos EUA.

"Acompanhamos de perto os incêndios lá fora, principalmente em Nova York. Sabemos que a maioria dos casos está relacionada a dois principais fatores: modelos de baixo custo com economia no sistema de gerenciamento da bateria e serviços de baixa qualidade na expectativa de recuperar a vida de baterias antigas."

Segundo Cruz, as baterias das bikes da Vela têm formato cilíndrico e podem ser retiradas. A recarga pode ser feita dentro do apartamento, mas é preciso ter alguns cuidados.

"Utilizar carregadores não originais, de especificação inadequada, pode sobrecarregar a bateria e superaquecer as células. Se esse superaquecimento não for controlado, pode ocasionar a perda completa da bateria ou até mesmo um incêndio", diz o CEO.

"Normalmente os cuidados devem estar mais na parte do carregador, do conector e da bateria em si, mas não existem muitos cuidados na parte da rede elétrica, pois o carregador tem consumo baixo, similar ao de uma fonte de notebook."

Para o arquiteto Paulo de Tarso Souza, se há a possibilidade de ocorrer um incêndio, há também a obrigação de criar um protocolo adequado para instalações em prédios, acompanhado de normas padronizadas para combater o fogo em carros elétricos. Fonte: Folha de São Paulo - 1º.dez.2023

Marcadores: , ,

posted by ACCA@5:21 PM

0 comments

sexta-feira, setembro 01, 2023

INCÊNDIO ATINGE INDÚSTRIA QUÍMICA NA ZONA NORTE DE SP

Um incêndio de grandes proporções atingiu uma indústria química no Jaraguá, Zona Norte de São Paulo, na noite de terça-feira (22/08).

VÍTIMAS

Duas pessoas foram encaminhadas para atendimento médico após passarem mal com as chamas.

CORPO DE BOMBEIROS

Oito equipes iniciaram o combate ao incêndio na Rua Silvestro Palma, onde fica a empresa Basile Química Indústria e Comércio. Somado a outros batalhões, 25 viaturas foram acionadas, com 67 oficiais.

Os trabalhos só foram encerrados por volta das 13h de quarta-feira (23).


DANOS AO MEIO AMBIENTE

Em nota, a Cetesb informou foi constatado que as chamas ficaram concentradas na matéria‑prima armazenada, que são utilizadas nas indústrias de artefatos de borracha, látex, tintas e plásticos, e não atingiram os tanques com produtos químicos.

Os técnicos do setor de Atendimento a Emergências da CETESB acompanharam a remoção e limpeza da água residuária utilizada no combate ao fogo, sob responsabilidade de uma empresa especializada contratada pela própria indústria, e na investigação das galerias de águas pluviais e áreas externas da fábrica, para avaliar possíveis danos ao meio ambiente

A Basile Química opera regular, com licença de operação da CETESB válida até o final de dezembro.

Concluída a fase emergencial, a CETESB diz que irá avaliar as ações administrativas cabíveis contra a empresa e possíveis danos ao meio ambiente. Fonte: TV Globo e g1 SP — São Paulo - 22/08/2023  

OBS:

A Basile Química é líder na produção e distribuição de matérias-primas para as indústrias de artefatos de borracha, látex, tintas, plásticos, entre outras, com uma ampla linha de produtos dos melhores fornecedores em nível mundial e soluções inovadoras de fabricação própria, posicionadas entre as mais eficientes da indústria. 

Marcadores:

posted by ACCA@7:03 PM

0 comments

sábado, abril 08, 2023

COMO FUNCIONA A MANUTENÇÃO DE MANGUEIRAS DE INCÊNDIO

As mangueiras de incêndio são itens essenciais para qualquer estabelecimento que preza por segurança contra incêndio. Para que ela funcione corretamente é importante sempre ficar de olho nas normas ABNT NBR 11861 e ABNT NBR 12779, que regulamentam uma série de condições primordiais para a manutenção e cuidados com a mangueira, mantendo-a assim sempre apta a uso.

DEFINIÇÕES

As definições servem para garantir que a mangueira esteja em condições perfeitas para utilização de acordo com a norma. Pontos importantes:

● É importante que se faça a inspeção frequentemente, verificando visualmente se a mangueira se encontra em boas condições;

● Além disso, após sua utilização, um serviço de manutenção se faz necessário, mantendo-a preparada para futuras aplicações;

● Verificação do vinco, que é a dobra existente ao longo do comprimento da mangueira, especialmente criada para seu enrolamento em forma plana, gerando melhores acomodações;

● Verificação do esguicho que deve ser regulável, de acordo com a vazão, forma, direção e alcance do jato desejado e necessário para a operação;

● Aferir a qualidade da trama – conjunto de fios que dão reforço têxtil transversal à mangueira;

● Aferir a qualidade do urdume – conjunto de fios para reforço têxtil em sentido longitudinal;

● Também é importantíssimo garantir que todas as peças utilizadas na mangueira são originais e se encontram em bom estado, com garantias em ordem.

COMO REALIZAR A INSPEÇÃO

Antes da utilização da mangueira, deve-se garantir que a inspeção seja feita rigorosamente seguindo os passos abaixo:

1. Inspeção geral a cada três meses;

2. Ensaio hidrostático a cada 12 meses, e se recomenda uma frequência maior para mangueiras que estejam expostas a condições extremas de temperatura, umidade, piso abrasivo ou com produtos químicos e derivados de petróleo.

3. Manter registros históricos da vida útil da mangueira por meios de planilhas e fichas, com controle de datas de inspeção, manutenção e utilização.

PRESERVAÇÃO

Quando armazenada, deve-se prestar atenção em alguns tópicos para a adequada preservação e cuidados com a mangueira. São estes:

● Cantos e objetos pontiagudos ao redor;

● Manobras agressivas com a mangueira;

● Fechamento súbito do registro;

● Exposição direta ao fogo ou superfícies quentes;

● Quedas e arraste;

● Evitar guardar a mangueira molhada;

● Evitar manter a mangueira conectada ao hidrante após a utilização.

POSSIBILIDADE DE FALHA

A mangueira contra incêndios é um objeto que não pode apresentar falhas no momento de sua utilização, isso porque ela é de suma importância para a preservação da vida/patrimônio. Caso alguma das seguintes falhas ocorra, é necessário encaminhar a mangueira imediatamente para a manutenção:

● Desgaste na parte têxtil e região do vinco;

● Desgaste por abrasão externa;

● Manchas/resíduos em sua exterioridade;

● Desprendimento de qualquer parte do revestimento;

● Deslize nas partes de montagem;

● Impedimento de acoplagem nas partes de montagem;

● Deformações por quedas, golpes ou arraste;

● Falta de vedação emborrachada;

● Ressecamento;

● Cortes.

LIMPEZA

A limpeza da mangueira deve ser realizada sempre que ela apresentar resíduos, mofos ou manchas na parte externa ou interna (visível). É possível realizar uma limpeza a seco, que parte da utilização de uma escova de cerdas não metálicas (longas e macias, que não arranhem a superfície têxtil), e o escovamento deve ser direcionado em forma cruzada, para que permaneça no sentido da trama e do urdume.

Caso seja necessário operar uma lavagem, é ideal que se utilize água potável e, no máximo, sabão neutro, sem o uso de nenhum produto químico ou abrasivos, que podem danificar e inutilizar a mangueira.

A secagem deve ser realizada tanto internamente quanto externamente após o uso ou limpeza, mantendo a mangueira na sombra (nunca no sol), em posição vertical.

ARMAZENAGEM

A mangueira que tenha passado em todos os testes de qualidade, definições e manutenção, estando pronta para o uso, deve ser armazenada em local seco, ventilado e segura da ação direta de raios solares ou ambientes com atmosferas agressivas. Fonte: Bucka 

Marcadores: , ,

posted by ACCA@6:28 PM

0 comments

sexta-feira, abril 07, 2023

COMO SÃO REALIZADAS A MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO DA MANGUEIRA DE INCÊNDIO

Para que a mangueira de incêndio esteja sempre em boas condições e pronta para o combate, é necessário que sejam feitas manutenção e inspeção do equipamento frequentemente. É recomendado que a inspeção ocorra semestralmente e a manutenção, anualmente.

INSPEÇÃO VISUAL DA MANGUEIRA DE INCÊNDIO

Após ter sido utilizada, o equipamento deve passar pela inspeção visual. Quando a mangueira é submetida à esse teste, ela não pode apresentar:

·        Desgaste por abrasão na parte externa do revestimento

·        Manchas e resíduos na superfície externa, originadas por contato com produtos químicos.

·        Desprendimento da parte externa

·        Deslizamento das uniões em relação ao equipamento

·        Dificuldades ao acoplar o engate (os flanges devem girar livre e suavemente)

·        Deformações nas uniões, sejam elas causadas por quedas, golpes, arraste ou quaisquer outros.

·  Ausência de vedação de borracha nos engates das uniões ou vedação com problemas (fendilhamento, ressecamento ou corte)

·        Ausência de identificação do fabricante.

Caso a mangueira tenha seu comprimento reduzido por qualquer procedimento de manutenção, ela dó deve voltar a ser utilizada caso essa redução tenha sido de no máximo 2% do comprimento inicial.

LIMPEZA E SECAGEM DA MANGUEIRA DE INCÊNDIO

Todos os resíduos devem ser removidos da superfície externa da mangueira, e caso a limpeza seja a seco, devem ser utilizadas escovas com cerdas que não sejam metálicas, e o escovamento deve ser feito no sentido da trama.

A mangueira deve ser usada sempre seca, e sua secagem deve ser feita à sombra, com a mangueira na vertical ou em um plano inclinado. Quando for utilizado equipamento para secagem forçada, a temperatura não deve ultrapassar os 50ºC.

PRESERVAÇÃO DA MANGUEIRA

·        Evite contato com superfícies pontiagudas

·    Evite manobras violentas, entrada repentina de bomba e fechamento abrupto dos esguichos e hidrantes que causam golpes de ariete na linha

·        Evite contato direto com o fogo

·        Não arraste a mangueira pelo piso, isso pode causar furos

·        Evite quedas de uniões

·        O contato com produtos químicos deve ser evitado

·        Não guarde a mangueira molhada e não permaneça com ela conectada ao hidrante ou registro

·        Não curve a mangueira na união enquanto a opera

·        A passagem de veículos sobre a mangueira deve ser evitada durante o uso.

·        Verificar se as caixas são boas para o acondicionamento da mangueira

·        A mangueira que for aprovada após a inspeção/manutenção para uso deve ser armazenada em local seco e ventilado.

A mangueira é um dos principais equipamentos no combate a incêndios, garanta que ela esteja sempre em bom estado. Fonte: Bucka 

Marcadores: , ,

posted by ACCA@7:00 PM

0 comments

terça-feira, janeiro 03, 2023

CINCO MORTOS E 37 FERIDOS EM INCÊNDIO EM TÚNEL NA COREIA DO SUL

Cinco pessoas morreram e dezenas ficaram feridas depois de um acidente envolvendo ônibus e caminhão causou um grande incêndio em um túnel de via expressa nos arredores de Seul, informou o corpo de bombeiros .

O incêndio começou quando um ônibus colidiu com um caminhão por volta das 13h50 (horário local) no túnel da via expressa em Gwacheon, disse um bombeiro do corpo de bombeiros de Gwacheon.

Imagens da mídia local mostraram labaredas e nuvens de fumaça subindo do túnel, enquanto centenas de bombeiros lutavam para controlar o incêndio.

O túnel elevado, projetado para proteger os edifícios ao redor do barulho da estrada, foi rapidamente envolvido pelas chamas, mostraram imagens da mídia local.

Corpo de bombeiros

Os bombeiros controlaram as chamas. Estamos fazendo busca no interior do túnel a procura de mais vítimas", acrescentou o oficial.

Vítimas

Inicialmente disseram que haviam 6 vítimas, mas as autoridades revisaram o número de mortos para cinco, com 37 feridos.

Alguns dos feridos sofreram queimaduras, enquanto o restante está sendo tratado por inalação de fumaça. Fonte: Channel New Asia- 29 Dec 2022 04:09PM

Marcadores: ,

posted by ACCA@8:00 AM

0 comments

quarta-feira, outubro 05, 2022

INCÊNDIO EM CASA DE REPOUSO EM SÃO PAULO DEIXA SEIS MORTOS

 As chamas começaram durante a madrugada, no Lar da Vovó, no sábado, 10 de setembro, na zona leste. Segundo a Polícia Militar, os bombeiros só foram acionados por volta das 7h, quando já não havia mais fogo.

Pela proporção, um cômodo completamente consumido e outros com sinal de avanço de fumaça e de gases aquecidos, esse incêndio não se deu em curto espaço de tempo", afirmou Aaran Barbosa, capitão do Corpo de Bombeiros.

VÍTIMAS: No local foram localizadas oito vítimas, sendo seis mortas e duas feridas. Entre os mortos, um foi encontrado carbonizado e cinco em rigidez cadavérica. Dentre os mortos, cinco idosos que moravam no local e uma cuidadora. Duas mulheres que ficaram feridas sofreram com inalação de fumaça e foram socorridas ao Hospital Geral de São Mateus.

CAUSA PROVÁVEL: Curto-circuito

DEPOIMENTO DA TRAGÉDIA: "Era um quarto dos fundos, então, talvez, pra parte da frente da casa , os vizinhos não tenham percebido um sinal. E todas as pessoas que estavam na residência faleceram, inclusive a cuidadora que estava lá , tomando conta daqueles idosos. Então eu acredito que eles tenham sido pegos de surpresa, talvez estivessem dormindo e quando acordaram não tiveram tempo hábil de pedir socorro, principalmente por causa da fumaça", disse a delegada Juliana Barbosa Menezes.

DANOS MATERIAIS: A Defesa Civil constatou que o incêndio se concentrou em um dos cômodos, causando danos na laje, que apresenta abaulamento (expansão). Os demais cômodos não apresentaram danos estruturais.

INTERDIÇÃO: A casa de repouso foi interditada na segunda-feira  (12) pela Defesa Civil. Os técnicos precisam avaliar as condições do sobrado e saber se suas estruturas foram abaladas pelo fogo.

A medida foi tomada 'em virtude do risco existente na continuidade do uso do imóvel nas atuais condições, importando grave ameaça à integridade física de seus ocupantes, de seus vizinhos ou dos transeuntes'".

INQUÉRITO POLICIAL: A Polícia Civil investiga as causas e as eventuais responsabilidades pelo incêndio . Fontes: g1 SP e TV Globo — 10/09/2022 e 12/09/2022

Comentário

Entenda como o corpo reage à fumaça de um incêndio

Mais de 90% das vítimas morreram por intoxicação respiratória, segundo os bombeiros. Os médicos explicam o que a inalação de uma grande quantidade de fumaça provoca no corpo humano.

O ar entra pela boca ou nariz, passa pela traqueias, vai para os brônquios e chega aos alvéolos, que ficam no final do pulmão. É através dessas células que ocorrem as trocas gasosas: o oxigênio entra no sangue e o gás carbônico é retirado. Esse processo respiratório é muito rápido, dura menos de um segundo.

Quando inalamos fumaça, ela faz o mesmo caminho do oxigênio e demora o mesmo tempo para chegar aos pulmões. A primeira reação do nosso corpo é combater essas substâncias tóxicas. As células de defesa começam a liberar enzimas, só que elas atacam as próprias células do pulmão, onde estão as substâncias tóxicas. A parede do alvéolo se rompe e, onde deveria haver ar, passa a haver sangue. A consequência disso é que não entra mais oxigênio e a pessoa morre.

“Dificilmente alguém resistiria mais do que alguns minutos. Três, quatro, cinco minutos já deve gerar uma asfixia, dependendo da quantidade e da temperatura da fumaça já pode ser suficiente para a pessoa perder o sentido e vir a falecer”, explica Carlos Carvalho, diretor da divisão de pneumologia do Incor.

Os médicos de São Paulo dizem que, além do fator tóxico, outro agravante é o calor. A fumaça quente aumenta os danos nas vias respiratórias. Eles dizem que os sobreviventes que não foram hospitalizados devem ficar atentos com os sinais de irritação. Essas pessoas podem desenvolver, em até cinco dias, doenças perigosas como a bronquiolite e a pneumonia.

“O pulmão demora dias, talvez semanas, para poder sair desse quadro respiratório. A fase aguda demora de uma a três semanas para o organismo se recuperar. Enquanto isso, o organismo precisa ser ventilado muitas vezes de forma artificial na terapia intensiva”, acrescenta Carlos Carvalho. Fonte: G1 - 27/01/2013  

Marcadores:

posted by ACCA@5:39 PM

0 comments

domingo, setembro 18, 2022

GRANDE INCÊNDIO ATINGE ARRANHA-CÉU EM CHANGSHA, CENTRO DA CHINA

Um incêndio envolveu um arranha-céu na cidade de Changsha, no centro da China. O incêndio começou em um prédio de 42 andares que abriga um escritório da empresa estatal de telecomunicações China Telecom, segundo a emissora estatal CCTV.

Imagens postadas nas mídias sociais mostraram chamas densas subindo ao lado do prédio de 42 andares, enquanto funcionários de escritório corriam para evacuar o prédio.

Um lado inteiro do arranha-céu parecia estar envolto em chamas. Em outro vídeo, dezenas de pessoas podem ser vistas fugindo do local enquanto destroços em chamas caiam dos andares superiores do arranha-céu.

Imagens postadas nas redes sociais mostraram bombeiros jogando jatos de água na fachada enegrecida da estrutura de 218 metros de altura em uma corrida para apagar o fogo.

CONTROLE DO INCÊNDIO: A China Telecom disse em um comunicado nas mídias sociais: “Por volta das 16h30 (horário local) de hoje, o incêndio em nossa torre de comunicações nº 2 em Changsha foi extinto. “Nenhuma vítima foi descoberta ainda e as comunicações não foram interrompidas.”










CORPO DE BOMBEIROS: Cerca de 280 bombeiros e 36 viaturas pesadas de combate a incêndios, mobilizados de 17 postos da cidade e província, intervieram no local da catástrofe, segundo o comando local dos bombeiros.

O edifício de 218 metros, concluído em 2000, está localizado perto de um grande anel viário, de acordo com a CCTV.

A cidade de Changsha,,  a capital da província de Hunan, tem uma população de cerca de 10 milhões.

Fontes: The Guardian - Fri 16 Sep 2022; BBC News-Friday, 16 set . 22



Marcadores:

posted by ACCA@4:50 PM

0 comments

quarta-feira, novembro 03, 2021

INCÊNDIO DE GRANDE PROPORÇÃO EM INDÚSTRIA QUÍMICA EM BARUERI

Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo começou por volta das 11h no imóvel de uma indústria química, que atuam com reciclagem de plástico, e avançou para a fábrica de outra empresa.

VAZAMENTO DE ÁLCOOL: A Companhia foi acionada pelo Corpo de Bombeiros às 13h05. Duas equipes da CETESB, da Agência Ambiental de Osasco e do Setor de Atendimento a Emergências, foram ao  local, mas não conseguiram se aproximar da zona do incêndio por causa do calor intenso emitido pelas chamas.

Em nota, a Cetesb informou que "não foi detectado em rede de água ou esgoto nenhum produto químico, que pudesse caracterizar uma situação de risco. ".

Na sexta-feira (27), técnicos da Companhia irão retornar ao local para acompanhar o trabalho de remoção dos entulhos e vistoriar se ficou alguma embalagem de produto químico intacta.

FUMAÇA: Diversas pessoas procuraram atendimento nos postos de saúde da região com sintomas de intoxicação.  O major Marcos Palumbo, porta-voz dos Bombeiros, disse que os bombeiros estão orientando as pessoas que residem ou trabalhem no bairro que fechem as janelas e fiquem distantes da área para evitar inalar a fumaça, que é tóxica.

EVACUAÇÃO DE MORADORES: Cerca de 41 idosos de um asilo que ficava nas proximidades do incêndio terão que passar a noite em um abrigo improvisado numa Igreja Batista.

Vários moradores e funcionários de indústrias ao redor do local tiveram de deixar a área durante  a tarde devido ao risco de explosões, além da fumaça tóxica que continuava se alastrando.

Dez escolas próximas ao local do incêndio, nove municipais e uma estadual, suspenderam  as aulas para segurança dos alunos e funcionários.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tambor voando

ENERGIA ELÉTRICA: O fornecimento de energia foi interrompido.

DANOS MATERIAIS: Carros que estavam estacionados na via também foram atingidos. Nove edificações foram atingidas, entre elas, duas residências

VÍTIMAS:  Quatro vítimas fatais. Os bombeiros encontraram quatro corpos carbonizados durante a chamada fase de rescaldo, sendo um deles um bebê.  .

Segundo a Prefeitura de Barueri, oito pessoas foram socorridas com vida. Duas mulheres, com 39 a 45 anos, estão internadas em estado grave no Hospital Municipal de Barueri com queimaduras em 80% do corpo. Outras 6 foram socorridas no Pronto-Socorro Central: 4 com intoxicação por fumaça e 2 por queimaduras leves.

Veio a óbito uma das duas pessoas feridas gravemente  com queimaduras em 80% do corpo.

CORPO DE BOMBEIROS: 57 bombeiros em 18 viaturas atuaram para conter as chamas. Ninguém ficou ferido. Por volta das 14h20, já tinha sido controlado.

EMPRESA: A  Araguaya Química informou que possui todas as licenças exigidas e está prestando esclarecimentos para as autoridades.

PERÍCIA: A perícia deve ser realizada, assim que o local for liberado pelo Corpo de Bombeiros, para determinar a origem do incêndio. Fontes: G1 SP-26/08/2021; Jornal de Barueri - 27 de agosto de 2021

Marcadores:

posted by ACCA@5:58 PM

0 comments

segunda-feira, setembro 27, 2021

INCÊNDIO DE GRANDE PROPORÇÃO ATINGE PRÉDIO EM MILÃO

Um grande incêndio atinge no  domingo (29) um prédio de 15 andares na via Antonini, na periferia ao sul de Milão, e afeta praticamente toda a estrutura.

Cerca de 70 famílias vivem no edifício, de acordo com informações preliminares.

A estrutura, conhecida como Torre Moro, foi totalmente envolvida pelas chamas pouco depois das 17h30 (horário local). Uma alta coluna de fumaça pode ser vista por quilômetros de distância da área de Famagusta.

Segundo relatos, o fogo provavelmente se alastrou do último andar e  atingindo  outros apartamentos.

As equipes de bombeiros realizam operações de resgate no prédio e evacuaram as famílias. Atualmente, há centenas de pessoas nas ruas, incluindo residentes que conseguiram se salvar.  Não há vítimas

Segundo levantamento dos bombeiros, de um total de 58 apartamentos, 14 foram totalmente destruídos: a maior parte deles situados perto do apartamento do 15º andar,  local de origem  das chamas que provocaram o incêndio. Outros 20, por outro lado, sofreram danos bastante graves, enquanto há 24 que estão em bom estado.

A fachada da estrutura foi totalmente destruída pelas chamas, devido algumas explosões nos apartamentos.. A causa do incêndio ainda é desconhecida. Fontes: Ansa Brasil - 29 Ago 2021;  La Repubblica - 02 de setembro de 2021

Marcadores:

posted by ACCA@4:56 PM

0 comments