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domingo, outubro 23, 2022

QUEDA DE RAIOS

 


Às primeiras horas da manhã de 16 de maio de 2012, uma trovoada passou por cima de uma fábrica que produzia polímeros acrílicos em Bristol, Pensilvânia. Raios atingiram a área de tanques de armazenagem. Em segundos, um tanque de acrilato de etila explodiu, a que se seguiu, alguns minutos depois, a explosão de um tanque de acrilato de butila. As explosões e os incêndios que se seguiram destruíram os dois tanques e levaram a uma parada prolongada da instalação. Havia duas pessoas na área de tancagem, em trabalho burocrático, durante a queda dos raios; mas felizmente não se feriram.

Você sabia?

1-As faíscas de eletricidade estática podem ocorrer sempre que exista fricção entre os materiais durante a movimentação de materiais, tais como numa transferência de produtos.

2-A ligação à terra e a equipotencialização elétrica podem ajudar a dissipar uma carga elétrica. Para funcionar, elas necessitam estar em boas condições, estar em bom contato com o recipiente de metal e conectado a um terra apropriado.

3-Um raio é uma centelha enorme que é gerada quando gotículas de água, pó, ou partículas de gelo se movem em redor de uma nuvem, gerando eletricidade estática.

4-Um raio pode atingir qualquer lugar – não é seguro trabalhar em áreas abertas durante uma tempestade elétrica.

5-Uma corrente elétrica pode viajar através de equipamento conectado e causar um incidente longe do local atingido pelo raio.

O que você pode fazer?

 1-Assegure-se de sempre ligar à terra e equipotencializar eletricamente contentores com produtos inflamáveis. Incluindo baldes, tambores, contentores, vagões tanques, caminhões tanques e tanques de armazenagem.

2-Certfique-se que os grampos de aterramento “mordam” o metal para assegurar um bom contato elétrico. Se um grampo “não morder o metal”, substitua o grampo.

3-Reporte se um ponto de ligação estiver pintado; a pintura impede um bom contato elétrico com o grampo de ligação à terra que é necessário para dissipar a eletricidade estática.

4-Reporte se verificar que um cabo de aterramento apresenta desgaste, corrosão, não estiver conectado, etc. Esse cabo de aterramento não conseguirá evitar a ignição de um contentor com produtos inflamáveis ou de um tanque de armazenagem, no caso de uma descarga atmosférica, ou outra descarga elétrica.

5-As descargas atmosféricas são imprevisíveis e podem danificar até um equipamento ligado à terra. Se estiver realizando uma transferência de produtos e chegar uma tempestade, pare a transferência e deixe a área até que tenha autorização para retomar as operações em segurança.  Fonte: Process Safety Beacon - Setembro de 2022 

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sábado, outubro 15, 2022

FUNCIONÁRIOS DE FRIGORÍFICO PASSAM MAL APÓS VAZAMENTO DE AMÔNIA EM GO

Trinta e três funcionários do frigorífico JBS passaram mal e precisaram de atendimento hospitalar após um vazamento de amônia na fábrica de Mozarlândia (GO), a cerca de 300 quilômetros de Goiânia.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Ana Cristina Romão, o incidente ocorreu por volta das 7h, segunda-feira, 10/10. Duas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram rapidamente enviadas para o local e, junto com uma terceira ambulância pertencente à própria empresa, conduziram os trabalhadores para o Hospital Municipal de Mozarlândia.

“Tínhamos três médicos e uma equipe de enfermeiros a postos”, disse Ana Cristina.

EFEITOS ADVERSOS À SAÚDE: De acordo com a secretária, os trabalhadores chegaram ao hospital reclamando de tontura, ânsia de vômito e, em muitos casos, dificuldade para respirar. Todos foram medicados e alguns funcionários precisaram de oxigênio suplementar.

“Houve uma crise de pânico e ansiedade inicial, mas, felizmente, não há, até o momento, registro de nenhum caso grave. E quase todos já receberam alta médica, tendo sido orientados a procurar ajuda médica caso sintam algo mais”, comentou a secretária municipal, acrescentando que servidores da vigilância sanitária municipal estão averiguando as condições do local.

NOTA DA EMPRESA: Em nota, a companhia informou que a situação foi rapidamente “normalizada”. “Uma vez constatado o vazamento de gás - que já foi contido, todos os protocolos de segurança da planta foram acionados e os colaboradores foram evacuados do local”, explicou a empresa, garantindo que as equipes técnicas responsáveis seguem acompanhando a situação e prestando o suporte necessário aos trabalhadores. Fonte: Agência Brasil – Publicado em 10/10/2022

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sexta-feira, outubro 07, 2022

VAZAMENTO DE AMÔNIA EM FRIGORÍFICO DEIXA FUNCIONÁRIOS INTOXICADOS

No início da tarde de terça-feira (4/10), houve vazamento de amônia na empresa de alimentos Ave Nova, localizada na avenida Nova York, no bairro Capelinha, em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte.

VÍTIMAS: 10 funcionários da empresa  foram intoxicados

ISOLAMENTO DO LOCAL

Os bombeiros informaram que local foi totalmente evacuado e cerca de cinco equipes dos militares atenderam a ocorrência, com a apoio do Samu e da Polícia Militar.

ATENDIMENTO: O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fez o atendimento de 10 vítimas, dois homens e oito mulheres, sendo uma delas gestante. Destas, cinco foram encaminhadas para a UPA Petrolândia, em Contagem, quatro foram encaminhadas para a UPA Teresópolis e a gestante foi para o Centro Materno -Infantil de Betim . O estado de saúde dela é estável. Outros cinco funcionários foram atendidos pelos bombeiros e liberados.

De acordo com os militares, as vítimas atendidas apresentaram sintomas como irritação das vias aéreas e pele, além de náuseas.

Os bombeiros avaliaram como intoxicação leve, mas se o tempo de exposição à substância fosse maior haveria risco de morte. Houve pânico na hora de evacuar o local.

VAZAMENTO:  Segundo o Corpo de Bombeiros, o vazamento da substância aconteceu por volta de 13h, no setor de máquinas, onde ficam tubulações de resfriamento.

INVESTIGAÇÃO: Em nota, a Prefeitura Municipal de Betim informou que uma equipe de vigilância ambiental do município fará uma investigação. Ainda de acordo com a prefeitura, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente notificou a empresa para apresentar a documentação de esclarecimento sobre o que aconteceu e a quantidade de produto que vazou.

ESCLARECIMENTO DA EMPRESA: Em nota, a Ave Nova disse que o vazamento aconteceu em um posto específico do parque de máquinas. O sistema estava com a manutenção preventiva em dia, e que os programas de segurança e monitoramento funcionaram. A empresa foi liberada pelo Corpo de Bombeiros a retomar as atividades. Fonte: g1 Minas — Belo Horizonte - 04/10/2022

Comentário:

O QUE É AMÔNIA E SEUS RISCOS À SAÚDE NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

 A utilização em grande escala da Amônia nos sistemas de refrigeração nas empresas de alimentação tem gerado grande preocupação para os profissionais de segurança do trabalho que atuam neste segmento. As grandes falhas das instalações de refrigeração utilizando amônia, na maioria das empresas, começam na fase dos projetos engenharia e as principais consequências são custos de correção e controle elevados. Atualmente a Amônia é muito utilizada por possuir as principais características desejáveis para um agente refrigerante, como por exemplo:

1-Produzir o máximo possível de refrigeração para um determinado volume de vapor;

2-Ter estabilidade química, sem tendência a se decompor, nas condições normais de funcionamento para temperatura e pressão atmosféricas;

3-Não apresentar efeito prejudicial sobre metais, lubrificantes e outros materiais utilizados nos demais componentes dos sistemas de refrigeração;

4-Não ser combustível ou explosivo nas condições normais de funcionamento;

5-Possuir um bom custo x benefício.

QUAIS OS PRINCIPAIS RISCOS À SAÚDE NAS INSTALAÇÕES DE AMÔNIA NAS INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS?

Temos riscos muito altos vinculados às atividades industriais do ramo alimentício que trabalham com Amônia em seus processos de refrigeração. Precisamos estar muito atentos, equipados e capacitados para tratar com este agente químico, portanto embasamos todo o trabalho com amônia (NH3) nas Normas Técnicas nacionais vigentes bem como nas normas europeias. De acordo com a Nota Técnica n° 03/DSST/SIT (Refrigeração Industrial por Amônia – Riscos, Segurança e Auditoria), “ os sistemas de refrigeração por amônia consistem de uma série de vasos e tubulações interconectados, que comprimem e bombeiam o refrigerante para um ou mais ambientes, com a finalidade de resfriá-los ou congelá-los a uma temperatura específica.” 

A amônia, com símbolo químico NH3, é constituída de um átomo de nitrogênio e três de hidrogênio, apresentando-se como gás à temperatura e pressão ambientes. Liquefaz-se sob pressão atmosférica a – 33,35 ºC..

PRINCIPAIS EFEITOS DA INALAÇÃO OU CONTATO COM AMÔNIA.

  O gás é um irritante poderoso das vias respiratórias, olhos e pele. Dependendo do tempo e do nível de exposição podem ocorrer efeitos que vão de irritações leves a severas lesões corporais A inalação pode causar dificuldades respiratórias, broncoespasmo, queimadura da mucosa nasal, faringe e laringe, dor no peito e edema pulmonar.

A ingestão causa náusea, vômitos e inchação nos lábios, boca e laringe. A amônia produz, em contato com a pele, dor, eritema e vesiculação.

Em altas concentrações, pode haver necrose dos tecidos e queimaduras profundas. O contato com os olhos em baixas concentrações (10 ppm) resulta em irritação ocular e lacrimejamento.

No caso de concentrações ainda mais altas, pode haver conjuntivite, erosão na córnea e cegueira temporária ou permanente. Reações tardias podem acontecer, como fibrose pulmonar, catarata e atrofia da retina. 

A amônia é um produto químico perigoso, corrosivo para a pele, olhos, vias aéreas superiores e pulmões. Caso seja inalada, pode causar tosse, chiado no peito, falta de ar, asfixiar e queimar as vias aéreas superiores. A amônia tem fórmula NH3 e é um gás muito tóxico.

Para evitar esses problemas , além da utilização de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), as boas práticas de segurança sugerem a instalação de sistemas de detecção de gás.

A NR36, (item 36.9.3.2) por exemplo, que é destinada a empresas frigoríficas que fazem o abate e processamento de carnes e derivados, regulamenta a utilização de detectores para a amônia, gás bastante utilizado nesses ambientes.

A utilização desses detectores permite que alertas ocorram em tempo hábil, evitando desastres e acidentes em função de possíveis vazamentos de amônia imperceptíveis aos trabalhadores.

RISCO DE EXPLOSÃO

 Os perigos da amônia não estão apenas no contato com o gás.

A amônia, quando em contato com o ar, onde sua concentração esteja entre 16% e 27%, pode transformar-se em um agente explosivo.

O mesmo acontece quando a amônia entra em contato com o flúor, cloro, bromo, iodo, óxido de prata e mercúrio.

COMO ESTES RISCOS PODEM SER EVITADOS?

Cumprindo as normas de Segurança e Saúde no trabalho vigentes;

1-Execução de projeto apropriado dos sistemas de refrigeração, orientado por normas e códigos de engenharia;

2-Esquemas de manutenção preventiva com uma inspeção visual em todos os pontos críticos – soldas, curvas, junções, selos mecânicos – ao menos a cada 3 meses;

3-Monitoramento e operação eficazes dos sistemas de refrigeração sendo que tanques e reservatórios devem passar por inspeção de SSMA completa, nos prazos máximos previstos na legislação nacional (NR-13), recomendando-se radiografia de soldas e testes de pressão.

4-Informações de segurança do processo;

5-Análise preliminar dos riscos existentes;

6-Procedimentos operacionais e de emergência devidamente descritos e divulgados aos trabalhadores envolvidos nas operações;

7-Capacitação técnica dos trabalhadores;

8-Mecanismos de gestão de mudanças;

9-Auditorias periódicas;

10-Investigação de incidentes.

NO CASO DE EMERGÊNCIA COM VAZAMENTOS QUAIS SÃO AS BOAS PRÁTICAS PARA O TRATAMENTO?

O uso de sistema de detecção de amônia fixo com instalação de detectores dentro da sala de máquinas e ambientes indústrias é recomendado para proteção do sistema de refrigeração industrial como um todo (operadores, colaboradores e maquinários). O IIAR (Instituto Internacional de Refrigeração por Amônia) recomenda ainda a instalação de caixa de controle do sistema de refrigeração de emergência, que desligue todos os equipamentos elétricos e acione a ventilação mecânica exaustora fixa ou portátil sempre que necessário. Através do monitoramento contínuo da concentração de amônia na sala de máquinas, quando atingidos determinados níveis, serão acionados alarmes para tomadas de ações do controle de proteção. 

AS PRINCIPAIS CAUSAS DE VAZAMENTOS NESTES SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO SÃO:

1-Falhas nas válvulas de alívio, tanto mecânicas quanto por ajuste inadequado da pressão;

2-Abastecimento inadequado dos vasos comunicantes;

3-Danos provocados por impacto externo por equipamentos móveis, como empilhadeiras;

4-Corrosão externa, mais rápida em condições de grande calor e umidade, especialmente nas porções de baixa pressão do sistema;

5-Rachaduras internas de vasos que tendem a ocorrer próximas aos pontos de solda;

6-Aprisionamento de líquido nas tubulações, entre válvulas de fechamento;

7-Excesso de líquido no compressor;

8-Excesso de vibração no sistema, que pode levar a sua falência prematura.

O QUE FAZER DIANTE DE UMA EMERGÊNCIA COM VAZAMENTO DE AMÔNIA?

A partir da detecção do vazamento, através do sistema de detecção de Amônia instalado na indústria, as principais providências são as seguintes:

1-Acionar os membros da CIPA, Brigadistas e Operadores da sala de máquinas que devem ser treinados para possível evacuação do local e a utilização da vestimenta Nível A.

2-Comunicar o Corpo de Bombeiros e a Companhia Ambiental Estadual, do vazamento e as medidas de emergência tomadas para solução ou contingenciamento do mesmo.  Fonte: Connect

Arquivos

FISPQ Amônia

Nota Técnica / DSST n.º03/2004

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quarta-feira, outubro 05, 2022

INCÊNDIO EM CASA DE REPOUSO EM SÃO PAULO DEIXA SEIS MORTOS

 As chamas começaram durante a madrugada, no Lar da Vovó, no sábado, 10 de setembro, na zona leste. Segundo a Polícia Militar, os bombeiros só foram acionados por volta das 7h, quando já não havia mais fogo.

Pela proporção, um cômodo completamente consumido e outros com sinal de avanço de fumaça e de gases aquecidos, esse incêndio não se deu em curto espaço de tempo", afirmou Aaran Barbosa, capitão do Corpo de Bombeiros.

VÍTIMAS: No local foram localizadas oito vítimas, sendo seis mortas e duas feridas. Entre os mortos, um foi encontrado carbonizado e cinco em rigidez cadavérica. Dentre os mortos, cinco idosos que moravam no local e uma cuidadora. Duas mulheres que ficaram feridas sofreram com inalação de fumaça e foram socorridas ao Hospital Geral de São Mateus.

CAUSA PROVÁVEL: Curto-circuito

DEPOIMENTO DA TRAGÉDIA: "Era um quarto dos fundos, então, talvez, pra parte da frente da casa , os vizinhos não tenham percebido um sinal. E todas as pessoas que estavam na residência faleceram, inclusive a cuidadora que estava lá , tomando conta daqueles idosos. Então eu acredito que eles tenham sido pegos de surpresa, talvez estivessem dormindo e quando acordaram não tiveram tempo hábil de pedir socorro, principalmente por causa da fumaça", disse a delegada Juliana Barbosa Menezes.

DANOS MATERIAIS: A Defesa Civil constatou que o incêndio se concentrou em um dos cômodos, causando danos na laje, que apresenta abaulamento (expansão). Os demais cômodos não apresentaram danos estruturais.

INTERDIÇÃO: A casa de repouso foi interditada na segunda-feira  (12) pela Defesa Civil. Os técnicos precisam avaliar as condições do sobrado e saber se suas estruturas foram abaladas pelo fogo.

A medida foi tomada 'em virtude do risco existente na continuidade do uso do imóvel nas atuais condições, importando grave ameaça à integridade física de seus ocupantes, de seus vizinhos ou dos transeuntes'".

INQUÉRITO POLICIAL: A Polícia Civil investiga as causas e as eventuais responsabilidades pelo incêndio . Fontes: g1 SP e TV Globo — 10/09/2022 e 12/09/2022

Comentário

Entenda como o corpo reage à fumaça de um incêndio

Mais de 90% das vítimas morreram por intoxicação respiratória, segundo os bombeiros. Os médicos explicam o que a inalação de uma grande quantidade de fumaça provoca no corpo humano.

O ar entra pela boca ou nariz, passa pela traqueias, vai para os brônquios e chega aos alvéolos, que ficam no final do pulmão. É através dessas células que ocorrem as trocas gasosas: o oxigênio entra no sangue e o gás carbônico é retirado. Esse processo respiratório é muito rápido, dura menos de um segundo.

Quando inalamos fumaça, ela faz o mesmo caminho do oxigênio e demora o mesmo tempo para chegar aos pulmões. A primeira reação do nosso corpo é combater essas substâncias tóxicas. As células de defesa começam a liberar enzimas, só que elas atacam as próprias células do pulmão, onde estão as substâncias tóxicas. A parede do alvéolo se rompe e, onde deveria haver ar, passa a haver sangue. A consequência disso é que não entra mais oxigênio e a pessoa morre.

“Dificilmente alguém resistiria mais do que alguns minutos. Três, quatro, cinco minutos já deve gerar uma asfixia, dependendo da quantidade e da temperatura da fumaça já pode ser suficiente para a pessoa perder o sentido e vir a falecer”, explica Carlos Carvalho, diretor da divisão de pneumologia do Incor.

Os médicos de São Paulo dizem que, além do fator tóxico, outro agravante é o calor. A fumaça quente aumenta os danos nas vias respiratórias. Eles dizem que os sobreviventes que não foram hospitalizados devem ficar atentos com os sinais de irritação. Essas pessoas podem desenvolver, em até cinco dias, doenças perigosas como a bronquiolite e a pneumonia.

“O pulmão demora dias, talvez semanas, para poder sair desse quadro respiratório. A fase aguda demora de uma a três semanas para o organismo se recuperar. Enquanto isso, o organismo precisa ser ventilado muitas vezes de forma artificial na terapia intensiva”, acrescenta Carlos Carvalho. Fonte: G1 - 27/01/2013  

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domingo, outubro 02, 2022

MAIS DE 200 BALEIAS ENCALHAM NA AUSTRÁLIA


"Um grupo de aproximadamente 230 baleias encalhou perto do porto de Macquarie", afirmou o Departamento de Recursos Naturais e Meio Ambiente do estado da Tasmânia. "Parece que metade dos animais estão vivos", acrescentou.

As imagens aéreas mostram uma cena devastadora de dezenas de cetáceos espalhados ao longo de um trecho de praia onde a água gelada encontra a areia.

Moradores jogaram cobertores nas sobreviventes e usaram baldes de água para mantê-las com vida, enquanto outras tentavam libertar-se, sem sucesso. Na mesma área, muitas estavam mortas.

As autoridades anunciaram que especialistas em conservação marinha e funcionários com equipamentos de resgate de baleias estavam a caminho do local.

Eles tentarão devolver à água aquelas que estão suficientemente fortes para sobreviver e, provavelmente, devem rebocar os animais mortos para o mar para evitar atrair tubarões à região.

Há quase dois anos, a mesma região foi cenário de outro encalhe em massa, com quase 500 baleias-piloto, das quais apenas 100 sobreviveram. As causas dos encalhes em massa não são completamente compreendidas.

Cientistas sugerem que podem ser provocados por grupos que desviam de sua rota depois que se alimentam muito perto da costa. As baleias-piloto são muito sociáveis e costumam seguir os companheiros de grupo que entram em situações de perigo.

Às vezes acontece quando baleias idosas, doentes ou feridas nadam até a costa e outras integrantes do grupo as seguem, em uma tentativa de responder aos sinais de socorro da baleia que ficou encalhada.

Outras ficam confusas e acreditam estar em mar aberto quando ouvem sonares de alta frequência, quando na verdade estão em praias íngremes, como acontece no caso das baleias encalhadas na Tasmânia.

Esta semana também foram encontrados 14 cachalotes machos jovens mortos, encalhados em uma praia remota em King Island, na costa norte da Tasmânia.

A morte dos cetáceos pode ser um caso de "desventura", afirmou o biólogo da vida selvagem Kris Carlyon, da agência ambiental do governo, ao jornal local Mercury.

"A causa mais comum para estes eventos é uma desventura, podem ter ido buscar comida perto da costa, podem ter encontrado alimento e possivelmente ficaram presas na maré baixa", explicou Carlyon. "Esta é a teoria no momento", acrescentou.

A Nova Zelândia também registra encalhes com relativa frequência. No país, quase 300 animais são encontrados encalhados por ano em média, de acordo com os números oficiais. Não é incomum observar grupos de 20 a 50 baleias-piloto encalhadas em uma praia.

Mas os números podem alcançar centenas, como em 2017, quando cerca de 700 baleias ficaram encalhadas. Fonte: Folha de São Paulo - 21.set.2022

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