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quarta-feira, abril 26, 2023

CHOQUE ELÉTRICO MATA 2 BRASILEIROS POR DIA

'Fui pegar pipa e perdi braços e perna': choque elétrico mata 2 brasileiros por dia

Dois brasileiros morrem por dia, em média, por choques elétricos

Era fevereiro de 2020, Renato estava ajudando o pedreiro nas obras de ampliação do seu imóvel em São José do Rio Preto (SP), quando levou um choque elétrico ao retirar a última camada de concreto da máquina betoneira. Apesar do socorro, o rapaz de 27 anos acabou não resistindo.

Situação parecida aconteceu com Lucas, que durante um pré-carnaval, no centro de São Paulo, em 2018, tocou em um poste energizado e morreu após sofrer um choque elétrico.

"Até hoje a palavra choque me choca, pois é muito triste saber que seu filho saiu para se divertir e nunca mais voltou para casa por conta de um acidente que poderia ter sido evitado", diz Carla, mãe do jovem que morreu aos 22 anos.

Fios desencapados, uso constante de 'benjamins' ou 'Ts' por falta de tomadas elétricas, compra de equipamentos eletrônicos sem certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e manuseio incorreto da energia elétrica estão na lista das principais causas de acidentes envolvendo a eletricidade no Brasil.

 Dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) revela que em dez anos, 6.312 pessoas morreram por choque elétrico no país. Uma média de quase duas mortes por dia.

Para se ter uma ideia, apenas em 2022, 592 brasileiros morreram enquanto manuseavam um equipamento movido a eletricidade dentro de casa ou no trabalho.

"Apesar do número já ser alarmante, estimamos que esses dados são até três vezes maior, pois o levantamento que realizamos é com base em pesquisas na internet. Ou seja, muitas mortes são subnotificadas. Assim, se tivemos 592 mortes por choque elétrico no Brasil, em 2022, provavelmente, estamos falando de aproximadamente 1,8 mil mortes", estima Edson Martinho, diretor executivo da Abracopel.

Em média, 87% dos óbitos por choque elétrico no Brasil são de pessoas do gênero masculino e somente 13% de pessoas do gênero feminino.

Isso ocorre, principalmente, pelo fato de os trabalhadores que atuam direta e indiretamente com a eletricidade serem em sua maior parte do gênero masculino e por homens - mesmo aqueles sem a devida formação - serem maioria dos que tentam solucionar problemas dentro de casa envolvendo eletricidade.

No país, a região Nordeste é a que concentra a maior parte das mortes por choque elétrico. Em dez anos, a região registrou 2.631 óbitos nessa categoria, o que corresponde a 41,6% das mortes do país.

"Ainda estamos tentando descobrir e comprovar as motivações para que todos os anos tanta gente morra de choque elétrico no Nordeste. Mas o que a gente observa é que a fiscalização é pequena, o conhecimento sobre os riscos da eletricidade não é eficiente e muitas pessoas em busca de mão de obra mais barata contratam profissionais que não são capacitados. Isso tudo, infelizmente, acaba resultando em morte", aponta Martinho.

No ranking, a região Sudeste aparece na segunda posição (1.239 mortes), seguida pela região Sul (1.024 mortes), Centro-oeste (735 mortes) e Norte (683 mortes).

PERIGO PODE ESTAR DENTRO DE CASA

Estimativa da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) aponta que choques elétricos correspondem a cerca de 3% a 5% do total de acidentes por queimaduras registradas anualmente no Brasil

Grande parte das mortes por choque elétrico no Brasil acontece dentro de casa e envolve pessoas comuns que, ao manusear equipamentos simples, cometem erros e sofrem acidentes, segundo os especialistas.

As ocorrências geralmente são causadas pela energização acidental dos equipamentos elétricos que possuem envoltório metálico, falta de manutenção dos equipamentos e ausência de aterramento elétrico na residência.

"Acidentes com extensão e benjamins ou ‘Ts’ também são significativamente elevados. É necessário observar que estes equipamentos não são regulares e, por esse motivo, não fazem parte de qualquer controle de qualidade - desta forma, precisam ser evitados pelos usuários", alerta Edson.

Segundo o capitão André Elias, porta-voz do Corpo de Bombeiros de São Paulo, a falta de conhecimento sobre os perigos envolvendo a eletricidade é uma das principais barreiras no combate aos acidentes.

"Muita gente ignora os riscos envolvendo a eletricidade e acaba por realizar procedimentos que teriam que ser feitos por um profissional especializado. Só que o barato pode sair caro", falou o capitão.

Em casa, atitudes simples podem ser cruciais para evitar acidentes. É o caso, por exemplo, de nunca usar aparelhos elétricos em locais com água, ou com as mãos e os pés molhados.

"Algumas pessoas adquiriram o hábito de levar equipamentos elétricos para o banheiro, como celular e o rádio portátil, e isso também representa um risco, principalmente, quando você toca nele com as mãos molhadas e com ele carregando", orienta Martinho.

PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTE DE TRABALHO

Entre 2013 e 2022, 15% das mortes envolvendo eletricidade no país foram de pedreiros, instaladores ou pintores

Outra causa recorrente de acidentes envolvendo a eletricidade ocorre com pedreiros e instaladores de TV a cabo, telefonia, toldos e calhas.

Com eles, geralmente, os acidentes acontecem durante trabalho próximo à rede aérea de distribuição de energia.

Segundo Ricardo Sebba, médico do trabalho e membro da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), o choque elétrico está entre as quatro principais causas de acidente de trabalho no Brasil.

"Mesmo com as normas regulamentadoras atualizadas e abrangentes, ainda enfrentamos muito desrespeito à legislação vigente, que abre caminho para ocorrências de acidente de trabalho", assinala.

Sebba ressalta que, além da falta de conhecimento adequado, muitos acidentes de trabalho envolvendo eletricidade ocorrem por jornada de trabalho excessiva e falta de equipamentos de segurança.

"No Brasil, profissionais da construção civil, distribuição e geração de energia são os que mais sofrem acidentes envolvendo a eletricidade no local de trabalho. Instalações provisórias sem o cumprimento de regras básicas e adversidade dos locais de prestação de serviço contribuem para essa estatística", explica.

É o que revelam dados da Abracopel. Entre 2013 e 2022, 15% das mortes envolvendo eletricidade no país foram de pedreiros, instaladores ou pintores.

O levantamento aponta 513 óbitos de pedreiros ou ajudantes; 207 de instaladores de TV a cabo, telefonia, placas solares, toldos e calhas; e 199 de pintores ou ajudantes.

PIPA

'Fui pegar uma pipa e perdi os dois braços e uma perna'. Foi o simples ato de pegar uma pipa ao lado da rede elétrica que deixou Gleisson Rodrigues Batista sem os dois braços e a perna direita, quando ainda tinha 11 anos.

"Só lembro que sentia meu corpo duro e não conseguia falar com as pessoas ao meu redor. Nem abrir a boca eu conseguia", lembra.

O acidente que aconteceu na favela Cabana Pai Tomás, em Belo Horizonte (MG) há 29 anos não apenas mudou a vida dele, como também o alertou sobre os perigos da eletricidade.

"A gente, quando criança, não tem muita noção dos perigos. Na época, estava com meus primos e peguei uma barra de ferro para tirar a pipa enroscada dos fios. Levei uma descarga elétrica de 13,8 mil volts."

Acidentes como o de Gleisson, envolvendo crianças e adolescentes, são mais comuns do que se imagina. Levantamento feito com base em dados da Abracopel aponta que choques elétricos mataram 688 brasileiros entre zero e 15 anos nos últimos dez anos.

"Fora o tradicional acidente com pipa, temos muitos casos de acidente dentro de casa, quando a criança coloca objetos metálicos ou até a mão dentro da tomada. Ela não tem noção que aquilo é um perigo - por isso, a importância de os pais ficarem atentos", diz Martinho.

Conscientização sobre os perigos da eletricidade que, hoje, Gleisson aplica dentro de casa com os dois filhos.

"Eu não nasci deficiente, mas me tornei deficiente por conta de um choque elétrico. Por isso, sempre digo que todo cuidado com a eletricidade é importante", diz.

COMO O CHOQUE ELÉTRICO AGE NO CORPO HUMANO

Quando uma pessoa recebe um choque elétrico, várias são as lesões que ele pode causar no corpo da vítima. Por esse motivo, cada caso deve ser analisado individualmente por um médico.

"O choque elétrico pode causar uma variedade de lesões, que podem ir desde queimaduras leves até a morte", explica Marcus Vinicius Viana da Silva Barroso, presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ).

Entre as lesões mais comuns estão queimaduras na pele, geralmente na entrada e saída da corrente elétrica; fibrilação ventricular (uma condição em que o coração bate de forma descoordenada, o que pode levar à parada cardíaca e à morte); e até lesão muscular e no sistema nervoso central.

Estudos também mostram que vítimas de choque elétrico são mais suscetíveis a experimentar problemas psicológicos, como ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

"É importante lembrar que mesmo os choques elétricos aparentemente leves podem ter consequências graves e duradouras. Portanto, é fundamental seguir todas as precauções de segurança ao lidar com eletricidade e, quando sofrer um acidente, procurar ajuda", alerta Barroso.

O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE

Estimativa da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) aponta que choques elétricos correspondem a cerca de 3% a 5% do total de acidentes por queimaduras registradas anualmente no país. Contudo, quando analisado o número de óbitos, esse percentual sobe para 46%.

"Existe uma diferença no tratamento da queimadura tradicional com fogo e a envolvendo choque elétrico. As queimaduras elétricas geralmente são mais graves e profundas do que as queimaduras térmicas, pois a eletricidade pode causar danos mais profundos nos tecidos do corpo. Além disso, as queimaduras elétricas podem ser acompanhadas de outras lesões, como fraturas, lesões musculares e lesões neurológicas", explica Barroso, da SBQ.

Pedro Henrique Soubhia Sanches, cirurgião plástico da Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) do Hospital Padre Albino, em Catanduva (SP) — referência no interior de São Paulo em atendimento a vítimas de choque elétrico — ressalta que o primeiro ato ao socorrer uma vítima da eletricidade é o de desligar a energia elétrica.

"É importante que nunca a pessoa toque na vítima enquanto a fonte de eletricidade estiver ativa. Pois ela também corre risco de sofrer um choque elétrico", alerta.

Sanches ainda aponta que, normalmente, as pessoas acreditam que apenas o local de entrada e saída do choque elétrico pode apresentar lesões. Contudo, em muitos casos os danos da eletricidade estão invisíveis aos olhos das pessoas.

"Por isso, sempre é importante a pessoa fazer um acompanhamento médico, pois o choque elétrico pode causar uma série de lesões. A lesão que pode estar pequena por fora pode ser grave por dentro", recomenda.

QUANDO O BARATO PODE SAIR CARO

A maioria dos incêndios que acontecem no Brasil ocorrem devido a curtos-circuitos ocasionados, principalmente, por fios e cabos de baixa qualidade.

Ou seja, um simples carregador de celular pirata ou fios e cabos de baixa qualidade podem causar um incêndio em sua casa, segundo especialistas.

Um estudo realizado pela Associação Brasileira pela Qualidade dos Fios e Cabos Elétricos (Qualifio), em parceria com o Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não-Ferrosos do Estado de São Paulo (Sindicel) aponta que 70% dos fios e cabos elétricos ensaiados produzidos no Brasil estão irregulares.

"O que acontece é que muitas empresas fazem cabos que deveriam ter cobre e colocam alumínio cobreado, que é mais barato. Quando instalado na parede da residência, esse cabo vai virar uma bomba relógio. Isso porque a capa que deveria proteger de pegar fogo vai ajudar a propagar ainda mais o incêndio", explicou Ênio Rodrigues, diretor-executivo do Sindicel.

Conhecidos como 'cabos desbitolados', esses cabos de baixa qualidade, além de provocar risco de curto-circuito e concomitantemente incêndio, podem provocar aumento no consumo de energia elétrica.

"Os fios e cabos devem ser certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), porém, existem fabricantes que desrespeitam as normas, mesmo tendo o selo do Inmetro e, ainda por cima, produzem cabos desbitolados com custos menores, pois utilizam menos cobre que o exigido e muito mais PVC, o que acaba colocando em risco a segurança do consumidor", alerta Rodrigues.

INCÊNDIOS

Ao mesmo tempo, dados da Abracopel indicam que o número de incêndios provocados por curto-circuito cresceu assustadoramente nos últimos dez anos no Brasil: de 216, em 2013, para 874, em 2022. Um total de 5.315 incêndios de origem elétrica e 385 mortes.

ACIDENTES

"Os acidentes ocorrem geralmente em ambientes residenciais, seguido de comércio. Mas, historicamente, os acidentes com hospitais vêm aumentando nos últimos três anos, chegando a números significativos (52) em 2022. O aumento indiscriminado de equipamentos para o controle da pandemia de covid-19 sem uma avaliação da instalação elétrica de forma adequada pode ter sido o motivo desse aumento", diz Martinho.

CARREGADOR DE CELULAR

No caso do carregador de celular, além de risco de incêndio, ele também pode causar choque elétrico. Entre 2017 e 2022, 84 brasileiros morreram após receberem uma corrente elétrica do aparelho celular. "Via de regra, o carregador de celular funciona como uma boia de caixa d’água.

Quando ele atinge o nível máximo de bateria, ele para de enviar elétrons, tanto que você pode notar que, ao pegar a fonte, comumente ela está fria ao acabar de carregar e ficar conectada na tomada. No caso do carregador de má qualidade, não, ele continua mandando elétrons, podendo causar um sobreaquecimento", explica Martinho.

O QUE DIZ O INMETRO

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) disse, por meio de nota, que hoje existem 205 empresas que produzem fios, cabos e cordões flexíveis elétricos com registro ativo na entidade e que os consumidores devem adquirir os cabos no mercado formal.

"A consulta pode ser feita pelo site www.registro.inmetro.gov.br/consulta/. No site, também é possível ver a quantidade de empresas com registro suspenso ou inativo (o que pode acontecer por razões como problemas de documentação, falta de manutenção da certificação ou problema com o produto ofertado) e com registro inativo (quando o fornecedor quer parar de fornecer o produto, sendo algo reversível)."

Os Institutos de Pesos e Medidas (Ipem) são os órgãos delegados do Inmetro nos estados responsáveis pela fiscalização rotineira de fios e cabos. Segundo o órgão, práticas adotadas para coibir as irregularidades são a investigação prévia de estabelecimentos, a fim de identificar potenciais alvos de fiscalização, e a manutenção de contato próximo com associações e representantes setoriais.

"Fios, cabos e cordões elétricos estão entre os produtos que sempre estiveram no radar do Inmetro, sendo objeto de programas de monitoramento constante como, a 'Operação Energia Segura'. Cabe destacar que no ano de 2022, o Inmetro empreendeu 4.083 operações de fiscalização nas quais foram encontradas 14.773 unidades de fios e cabos irregulares. O índice de irregularidade, no ano, foi de 10,17%", diz o comunicado.

PROFISSIONAIS QUALIFICADOS

Além de comprar fios, cabos e produtos movidos a eletricidade no mercado formal, contratar profissionais qualificados e realizar manutenção periódica, especialistas ressaltam que a maioria dos acidentes internos nas edificações poderia ser evitado pela execução de um sistema de aterramento e o uso de dispositivos de proteção à fuga de corrente, como o Dispositivo Diferencial Residual (DR), que é obrigatório no Brasil.

DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL

O Dispositivo Diferencial Residual, popular DR, é um interruptor que desliga automaticamente a corrente elétrica quando identifica fuga ou vazamento de energia elétrica dos condutores do imóvel. Além de evitar choques elétricos, ele também evita curto-circuito.

Entretanto, segundo o estudo Raio-X das Instalações Elétricas Residenciais Brasileiras, feito pelo Instituto Brasileiro de Cobre (Procobre) e pela Abracopel, menos da metade do total de imóveis brasileiros contam com o DR.

"Sempre digo que o primeiro passo é as pessoas lembrarem que a eletricidade não é uma brincadeira. Ela requer sempre um profissional habilitado e atualizado. Porque o que se fazia na eletricidade há 15 anos não se faz mais", diz Martinho.

COMO EVITAR ACIDENTES COM ELETRICIDADE EM CASA

·  Chuveiro: nunca mude a chave (verão/inverno — fria/morna/quente) enquanto o chuveiro estiver ligado.

·  Água ou umidade: nunca use aparelhos elétricos em locais com água ou umidade, nem com as mãos ou os pés molhados. Além disso, não leve rádios ou equipamentos elétricos para o banho.

·  Trocar lâmpada: ao trocar uma lâmpada, certifique-se de que o interruptor esteja desligado e nunca toque na parte interna do bocal (soquete), segure só pelo vidro.

·  Eletrodomésticos: nunca deixe nenhum eletrodoméstico sobre a pia molhada (liquidificadores, batedeiras, espremedores), especialmente quando estiverem ligados na tomada.

·  Antenas: tome cuidado ao subir em telhados e manusear antenas ou placas solares. Verifique, principalmente, se os equipamentos não estão próximos da rede elétrica.

·    Limpeza: jamais use garfo, faca ou objeto metálico em aparelhos elétricos ligados. Somente limpe esses equipamentos após se certificar de que eles estão fora da tomada.

·    Árvores: tenha muito cuidado ao subir em árvores para colher frutos, ou efetuar podas. Se ela estiver próxima à rede elétrica existe risco de acidente.

·    Crianças: coloque sempre protetores nas tomadas e não deixe fios desencapados pela casa. Além disso, não permita que as crianças manuseiem sozinhas os aparelhos elétricos.

·        Manutenção: o ideal é revisar toda a fiação da sua casa a cada cinco anos. Lembre-se de que choque elétrico ao tocar no registro do chuveiro elétrico é indício que a rede elétrica da sua residência pode estar com problemas.

COMO SOCORRER UMA VÍTIMA DE CHOQUE ELÉTRICO

·    Desligar a energia: se possível, desligue a energia elétrica na fonte para evitar que a vítima sofra mais choques elétricos. É importante lembrar que nunca se deve tocar na vítima enquanto a fonte de eletricidade estiver ativa.

·   Verificar a respiração e a pulsação: verifique se a vítima está respirando e se tem pulso. Se a vítima não estiver respirando, é necessário iniciar a reanimação cardiopulmonar (RCP) imediatamente.

· Verificar as lesões: verifique se a vítima sofreu outras lesões além do choque elétrico, como queimaduras ou fraturas.

·   Não remover objetos presos: se houver objetos presos à vítima, como fios ou cabos elétricos, não tente removê-los, pois isso pode causar mais lesões.

·  Manter a vítima aquecida: cobrir a vítima com um cobertor pode ajudar a mantê-la aquecida e confortável enquanto aguarda a chegada da equipe de resgate.

·   Oferecer conforto e apoio: oferecer conforto e apoio emocional à vítima pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade.

·   É importante lembrar que, em caso de acidente envolvendo choque elétrico, a segurança é a prioridade. Nunca se aproxime da vítima se houver risco de choque elétrico. Certifique-se de que a área está segura antes de prestar ajuda.  Fonte: BBC News Brasil- 5 abril 2023

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segunda-feira, abril 17, 2023

MORADORES QUE VIVEM AO LADO DE PARQUES EÓLICOS RECLAMAM DE DANOS CAUSADOS ÀS COMUNIDADES

Os moradores de comunidades residentes no interior de parques eólicos, que convivem dia e noite com as torres que geram energia a partir vento, reclamam das dificuldades causadas pela poluição sonora provocada pela movimentação de seus geradores. A descrição é a de uma turbina de avião que nunca desliga.



IMPACTOS

Os impactos são muitos. Além do barulho, as torres afetam também o meio ambiente, alteram a vegetação, destroem a flora e provocam a morte de animais. Na saúde humana, provocam um zumbido no ouvido, a depressão e o medo.

TORRE FICA A APENAS 160 METROS DA CASA

E todos esses transtornos estão acontecendo onde Roselma de Oliveira mora, em Caetés, em Pernambuco. Uma das torres fica a apenas 160 metros da casa onde mora com a família.

PROBLEMAS DE SAÚDE

"Problemas de alergia, problemas de audição, perdem a audição. E um dos piores, que eu acho que tem, é a depressão, a ansiedade. Crianças de 8 anos, 9, 5 e 6 anos, para dormirem, têm que ser à base de medicamentos, e a gente não dorme, a gente cochila e acorda com aquele barulho terrível", relatou Roselma.

Aliar a geração de energia com preservação ambiental e proteção social é o desafio. Ainda mais quando os dados mostram que, no Brasil, 44% da energia usada é renovável, seja hidrelétrica, solar ou eólica. Isso é mais do que quatro vezes o que usam os países ricos, que dependem, basicamente, de combustível fóssil.

DEVASTAÇÃO AMBIENTAL

Para Nevinha Valentim, do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental do Rio Grande do Norte, a chegada desses empreendimentos causa, de início, grande devastação ambiental. "Quando chega em larga escala, devastando dunas, manguezais. Quando tem um modo de agricultura de produção familiar, então isso é uma coisa devastadora", alerta.

DISCUSSÃO

O assunto foi tema de discussão em Brasília esta semana. Um grupo de afetados pelos aerogeradores esteve em reuniões com o governo federal. Apesar de reconhecer a importância desse tipo de matriz energética, eles querem fazer parte da discussão. O professor da Universidade Federal da Paraíba Iure Paiva resume o que seria o ideal.

"Esse diálogo. Essa abertura de possibilidade, de a gente fazer com que essas vozes sejam ouvidas, tenham uma repercussão, esse é um primeiro passo. O segundo, é a gente ter a ação do poder público na fiscalização e, em terceiro lugar, a gente adote um modelo de desenvolvimento, de segurança energética, que seja centrado nas pessoas e não apenas na atividade econômica", defende Paiva.

O grupo que esteve em Brasília participando dessas reuniões apresentou para o governo um panorama do cenário atual. Uma possibilidade é a instalação das chamadas eólicas offshore, de construção das torres de energia em alto-mar. Em março, a Petrobras assinou uma carta de intenções para analisar a viabilidade técnica de instalação das eólicas offshores em seis estados.

PARQUES EÓLICOS

Mais de 750 parques eólicos estão em operação no país, com mais de 10 mil torres geradoras. De acordo com o Global Wind Energy Council (GWEC), o Brasil ocupa a sétima posição no ranking mundial de geração eólica.  Fonte: UOL Notícias - 08/04/2023

Comentário

Os fatos pouco ou não divulgados sobre os geradores eólicos são: a) suas pás empregam petróleo na sua confecção; b) já há mortandade significativa registrada em aves que são atraídas por sua forma e barulho e feridas pelas pás; c) as mesmas produzem ruídos na faixa do infrassom, mortal para a vida marinha, altamente danoso para a vida animal terrestre e com impactos psicológicos importantes em seres humanos; d) as pás das turbinas produzem sombras e/ou reflexos móveis que são indesejáveis nas áreas residenciais; este problema é mais evidente em pontos de latitudes elevadas, onde o sol tem posição mais baixa no céu; e) as pás das turbinas podem refletir parte da radiação eletromagnética em uma direção, tal que a onda refletida interfere no sinal obtido, é praticamente impossível receber sinais de rádio, celulares e televisão nas suas proximidades. Celso Fernandes Araujos

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sábado, abril 15, 2023

HOMEM DORME EM TRILHOS DE TREM E É ACORDADO POR MAQUINISTA EM RECIFE


Um homem não identificado adormeceu nos trilhos da linha metroviária do Recife (PE) e precisou ser acordado pelo maquinista.

O que aconteceu:

O homem dormiu no ramal Cajueiro Seco-Curado, da Linha Diesel, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O caso ocorreu na manhã de sexta-feira (7).

Na gravação feita por câmeras de segurança, é possível ver o momento em que, ao perceber o indivíduo deitado nos trilhos, o maquinista para o trem. Ele conversa com a central de controle e diz suspeitar que o homem teria sido assassinado e colocado nos trilhos.

Posteriormente, o maquinista aciona o apito do trem e ele se mexe. Outro homem aparece com uma criança, vai até o indivíduo deitado, que se levanta e libera os trilhos para dar passagem ao trem.

Nas redes sociais, o coordenador técnico do metrô do Recife, Salvino Gomes, disse que o homem estaria bêbado e "ganhou uma nova vida" graças à atenção do maquinista.

"Graças a Deus e a atenção e competência do nosso maquinista que parou o trem e acordou o dorminhoco. Impressionante como as pessoas não têm noção do perigo quando bebem", escreveu Gomes.

O UOL procurou a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), mas não obteve retorno. Se a resposta for enviada, essa matéria será atualizada. Fonte: UOL, em São Paulo -07/04/2023


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sábado, abril 08, 2023

COMO FUNCIONA A MANUTENÇÃO DE MANGUEIRAS DE INCÊNDIO

As mangueiras de incêndio são itens essenciais para qualquer estabelecimento que preza por segurança contra incêndio. Para que ela funcione corretamente é importante sempre ficar de olho nas normas ABNT NBR 11861 e ABNT NBR 12779, que regulamentam uma série de condições primordiais para a manutenção e cuidados com a mangueira, mantendo-a assim sempre apta a uso.

DEFINIÇÕES

As definições servem para garantir que a mangueira esteja em condições perfeitas para utilização de acordo com a norma. Pontos importantes:

● É importante que se faça a inspeção frequentemente, verificando visualmente se a mangueira se encontra em boas condições;

● Além disso, após sua utilização, um serviço de manutenção se faz necessário, mantendo-a preparada para futuras aplicações;

● Verificação do vinco, que é a dobra existente ao longo do comprimento da mangueira, especialmente criada para seu enrolamento em forma plana, gerando melhores acomodações;

● Verificação do esguicho que deve ser regulável, de acordo com a vazão, forma, direção e alcance do jato desejado e necessário para a operação;

● Aferir a qualidade da trama – conjunto de fios que dão reforço têxtil transversal à mangueira;

● Aferir a qualidade do urdume – conjunto de fios para reforço têxtil em sentido longitudinal;

● Também é importantíssimo garantir que todas as peças utilizadas na mangueira são originais e se encontram em bom estado, com garantias em ordem.

COMO REALIZAR A INSPEÇÃO

Antes da utilização da mangueira, deve-se garantir que a inspeção seja feita rigorosamente seguindo os passos abaixo:

1. Inspeção geral a cada três meses;

2. Ensaio hidrostático a cada 12 meses, e se recomenda uma frequência maior para mangueiras que estejam expostas a condições extremas de temperatura, umidade, piso abrasivo ou com produtos químicos e derivados de petróleo.

3. Manter registros históricos da vida útil da mangueira por meios de planilhas e fichas, com controle de datas de inspeção, manutenção e utilização.

PRESERVAÇÃO

Quando armazenada, deve-se prestar atenção em alguns tópicos para a adequada preservação e cuidados com a mangueira. São estes:

● Cantos e objetos pontiagudos ao redor;

● Manobras agressivas com a mangueira;

● Fechamento súbito do registro;

● Exposição direta ao fogo ou superfícies quentes;

● Quedas e arraste;

● Evitar guardar a mangueira molhada;

● Evitar manter a mangueira conectada ao hidrante após a utilização.

POSSIBILIDADE DE FALHA

A mangueira contra incêndios é um objeto que não pode apresentar falhas no momento de sua utilização, isso porque ela é de suma importância para a preservação da vida/patrimônio. Caso alguma das seguintes falhas ocorra, é necessário encaminhar a mangueira imediatamente para a manutenção:

● Desgaste na parte têxtil e região do vinco;

● Desgaste por abrasão externa;

● Manchas/resíduos em sua exterioridade;

● Desprendimento de qualquer parte do revestimento;

● Deslize nas partes de montagem;

● Impedimento de acoplagem nas partes de montagem;

● Deformações por quedas, golpes ou arraste;

● Falta de vedação emborrachada;

● Ressecamento;

● Cortes.

LIMPEZA

A limpeza da mangueira deve ser realizada sempre que ela apresentar resíduos, mofos ou manchas na parte externa ou interna (visível). É possível realizar uma limpeza a seco, que parte da utilização de uma escova de cerdas não metálicas (longas e macias, que não arranhem a superfície têxtil), e o escovamento deve ser direcionado em forma cruzada, para que permaneça no sentido da trama e do urdume.

Caso seja necessário operar uma lavagem, é ideal que se utilize água potável e, no máximo, sabão neutro, sem o uso de nenhum produto químico ou abrasivos, que podem danificar e inutilizar a mangueira.

A secagem deve ser realizada tanto internamente quanto externamente após o uso ou limpeza, mantendo a mangueira na sombra (nunca no sol), em posição vertical.

ARMAZENAGEM

A mangueira que tenha passado em todos os testes de qualidade, definições e manutenção, estando pronta para o uso, deve ser armazenada em local seco, ventilado e segura da ação direta de raios solares ou ambientes com atmosferas agressivas. Fonte: Bucka 

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sexta-feira, abril 07, 2023

COMO SÃO REALIZADAS A MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO DA MANGUEIRA DE INCÊNDIO

Para que a mangueira de incêndio esteja sempre em boas condições e pronta para o combate, é necessário que sejam feitas manutenção e inspeção do equipamento frequentemente. É recomendado que a inspeção ocorra semestralmente e a manutenção, anualmente.

INSPEÇÃO VISUAL DA MANGUEIRA DE INCÊNDIO

Após ter sido utilizada, o equipamento deve passar pela inspeção visual. Quando a mangueira é submetida à esse teste, ela não pode apresentar:

·        Desgaste por abrasão na parte externa do revestimento

·        Manchas e resíduos na superfície externa, originadas por contato com produtos químicos.

·        Desprendimento da parte externa

·        Deslizamento das uniões em relação ao equipamento

·        Dificuldades ao acoplar o engate (os flanges devem girar livre e suavemente)

·        Deformações nas uniões, sejam elas causadas por quedas, golpes, arraste ou quaisquer outros.

·  Ausência de vedação de borracha nos engates das uniões ou vedação com problemas (fendilhamento, ressecamento ou corte)

·        Ausência de identificação do fabricante.

Caso a mangueira tenha seu comprimento reduzido por qualquer procedimento de manutenção, ela dó deve voltar a ser utilizada caso essa redução tenha sido de no máximo 2% do comprimento inicial.

LIMPEZA E SECAGEM DA MANGUEIRA DE INCÊNDIO

Todos os resíduos devem ser removidos da superfície externa da mangueira, e caso a limpeza seja a seco, devem ser utilizadas escovas com cerdas que não sejam metálicas, e o escovamento deve ser feito no sentido da trama.

A mangueira deve ser usada sempre seca, e sua secagem deve ser feita à sombra, com a mangueira na vertical ou em um plano inclinado. Quando for utilizado equipamento para secagem forçada, a temperatura não deve ultrapassar os 50ºC.

PRESERVAÇÃO DA MANGUEIRA

·        Evite contato com superfícies pontiagudas

·    Evite manobras violentas, entrada repentina de bomba e fechamento abrupto dos esguichos e hidrantes que causam golpes de ariete na linha

·        Evite contato direto com o fogo

·        Não arraste a mangueira pelo piso, isso pode causar furos

·        Evite quedas de uniões

·        O contato com produtos químicos deve ser evitado

·        Não guarde a mangueira molhada e não permaneça com ela conectada ao hidrante ou registro

·        Não curve a mangueira na união enquanto a opera

·        A passagem de veículos sobre a mangueira deve ser evitada durante o uso.

·        Verificar se as caixas são boas para o acondicionamento da mangueira

·        A mangueira que for aprovada após a inspeção/manutenção para uso deve ser armazenada em local seco e ventilado.

A mangueira é um dos principais equipamentos no combate a incêndios, garanta que ela esteja sempre em bom estado. Fonte: Bucka 

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domingo, abril 02, 2023

CAMPO MAGNÉTICO DE MÁQUINA DE RESSONÂNCIA PUXOU ARMA DE ADVOGADO QUE MORREU APÓS SER BALEADO

O advogado Leandro Mathias que acompanhava a mãe durante a realização de exames de ressonância  magnética levou um tiro no abdômen pela pistola que carregava.

CAMPO MAGNÉTICO

Segundo o laboratório, havia assinado um termo com orientações para retirar objetos com metal por causa do campo magnético.

Segundo especialistas, o campo magnético do equipamento é capaz de levantar um carro grande e até um ônibus duplo.

Aparelhos de ressonância possuem regras rígidas que precisam ser seguidas à risca por atrair objetos metálicos. Há riscos de acidentes fatais

DISPARO

O disparo foi registrado no laboratório particular Cura, no Jardim Paulista. Logo que a máquina começou a funcionar, a arma foi puxada como se houvesse um imã. Assim que a pistola bateu no aparelho, houve o disparo, e Leandro foi atingido no abdômen. A arma estava carregada com 30 munições. Por pouco, o tiro não atingiu funcionários.

O filho estava na sala de espera e foi chamado na sala de exame, pois a mãe estava passando mal. Quando ele entrou na sala de exame, a arma que portava na cintura foi sugada pelo campo magnético da máquina e disparou quando ela  bateu na máquina, atingindo abdômen.

VÍTIMA

O advogado foi levado ao Hospital São Luiz, onde ficou internado por 21 dias. Em 6 de fevereiro,  ele não resistiu ao ferimento e morreu.

INVESTIGAÇÃO 

O caso é investigado pela polícia, que informou que Leandro tinha autorização para portar a arma e entrou na sala do exame com uma pistola 9 milímetros, pente extra e 30 munições.

De acordo com a polícia, Leandro tinha autorização para portar a arma e entrou na sala do exame com uma pistola 9 milímetros, pente extra e 30 munições.

VÍTIMA TINHA ASSINADO TERMO COM ORIENTAÇÕES

O laboratório informou que, antes de entrar no local, Leandro assinou um termo em que concordou com as orientações para acessar a área. Por ser um local com campo magnético, é necessária a retirada de objetos metálicos, mesmo como acompanhante.

“Estava tudo escrito e esclarecido, tanto é que ele guardou todos os objetos no armário e, infelizmente, o único objeto que ele não guardou foi a arma que ele portava”, contou o diretor-médico do laboratório Cura.


FORÇA DO APARELHO

A médica Paula Arantes, neuro-radiologista do Hospital das Clínicas, explica que, mesmo quando não está acontecendo um exame, o campo magnético dos aparelhos de ressonância atua de maneira poderosa.

“O (equipamento) de 1,5 tesla (de fluxo magnético) consegue levantar um carro grande. O de 3 tesla consegue levantar um ônibus duplo." Cada equipamento fica dentro de uma gaiola, que tem uma espessura enorme, de material com esse campo magnético. Para isso, a gente tem distâncias e riscos diferentes à medida que vai se aproximando do aparelho", explica Paula. Fonte: g1 SP e TV Globo — 07/02/2023 

COMENTÁRIO: 

ACIDENTES EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Muitos acidentes estão relatados na literatura e vão desde  ferimentos causados por pequenos objetos ferromagnéticos levados inadvertidamente para dentro da sala do magneto, passando por queimaduras causadas por equipamentos não apropriados para RM e até mortes em pacientes portadores de clipes de aneurisma e marcapassos.

Em um período de 10 anos, a base de dados da FDA (do inglês, Food and Drugs Administration) catalogou um total de 389 incidentes em instalações de RM nos EUA, porém sabe-se que os dados são subestimados, pois em um levantamento de 01 de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2017 realizado pelo Pennsylvania Patient Safety Authority um total de 1.108 eventos foi computado. Esses eventos vão desde erros no preenchimento de formulários de metais até acidentes que causaram algum dano.

ALGUNS RELATOS DE ACIDENTES DIVULGADOS

1. Queimadura por eletrodos não compatíveis com a ressonância magnética (1991)

Em 1991, na revista Anesthesiology, Bashein e Syrov, do Departamento de Anestesiologia da Universidade de  Washington, relataram duas queimaduras provocadas por sensores de oximetria posicionados nos dedos de pacientes que foram submetidos a exames de RM. Os sensores de oximetria não eram próprios para o ambiente de RM.

2. Michael Colombini: a Morte de um Menino que fez a Comunidade de Ressonância Magnética Revisar seus Procedimentos de Segurança – 2001

Um acidente grave e relativamente recente fez com que a parte de segurança em RM fosse revisada mundialmente e novas medidas fossem sugeridas. Em julho de 2001, um menino de seis anos de idade chamado Michael Colombini foi atingido por um cilindro ferromagnético de oxigênio (não seguro para RM) enquanto era preparado na mesa do equipamento de RM para realizar um exame com anestesia, dentro da sala do Westchester Medical Center in Valhalla, Nova York

3. Queimadura por Eletrodos

Compatíveis com a Ressonância Magnética: 2003

Em 2003, Kugel et al.14 relataram a formação de um arco elétrico (faísca) e fogo na camisa de um paciente, na região dos eletrodos, quando eram adquiridas imagens sagitais ponderadas em T1, resultando em queimaduras de segundo e terceiro grau em um paciente adulto sedado que realizava RM de coluna lombar. Os eletrodos e o monitor multiparamétrico eram todos compatíveis com o ambiente de RM

4. Nova Zelândia: Trauma no Olho e Fratura na Órbita – 2014

Após iniciar um exame de RM de crânio, um canivete que permanecia no bolso do paciente foi atraído pelo magneto e acabou se chocando fortemente com seu olho e causando uma fratura na órbita. A instituição não realizava a troca completa de roupa dos pacientes como rotina16

5. Armas de Policiais

Militares Atraídas pelo Magneto: 2015

Na madrugada do dia 21 de agosto de 2015, houve a suspeita de arrombamento e invasão de uma clínica na cidade de Florianópolis, Santa Catarina. Eles entraram no local para fazer a vistoria com as armas em punho e adentraram na sala de exames. A arma do primeiro PM foi atraída e ficou presa na parte frontal. Ao chamar o seu colega e o outro entrar na sala e tentar contornar o equipamento, a segunda arma ficou presa na parte posterior18.

O fabricante teve de ser chamado para reduzir o campo magnético de forma controlada e permitir a retirada segura do armamento

6. Morte na Índia Causada por mais um Cilindro de Oxigênio Levado para Dentro da Sala de Exames:

No dia 29 de janeiro de 2018, Rajesh Maru, 32 anos, que acompanhava um parente que estava prestes a realizar seu exame de RM foi solicitado por um membro da equipe do Nair Hospital, em Mumbai, a levar um cilindro de oxigênio para dentro da sala. Esse funcionário do hospital disse que o equipamento estava desligado. O cilindro foi fortemente atraído e colidiu com o magneto, liberando uma grande quantidade de oxigênio líquido na direção do rosto de Rajesh, o que teria causado um pneumotórax e levado o jovem à morte. Fonte: Revista Brasileira de Física Médica. 2019;13(1):76-91

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