Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

sexta-feira, março 08, 2024

PRÉDIO COM CARREGADOR PARA CARRO ELÉTRICO TERÁ QUE TER MAIS ÁGUA NA RESERVA E EXTRATOR DE FUMAÇA

O Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo prepara um conjunto de normas para instalação de pontos de recarga de carros elétricos. O parecer técnico está em fase final de elaboração e será posto em prática ao longo de 2024.

Segundo o porta-voz da corporação, capitão André Elias, haverá exigências;

1.     aumento da reserva técnica de água para controle de incêndios,

2.     instalação de sensores de calor nas garagens e

3.     sistema de extração mecânica da fumaça devido aos gases tóxicos gerados na queima.

A regra existente hoje é a norma NBR 17.019, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que determina o padrão das instalações elétricas. O que os Bombeiros estão desenvolvendo agora são exigências para mitigação dos riscos em edifícios residenciais e comerciais.

Embora casos de incêndio em carros elétricos sejam raros, a dificuldade em controlar as chamas preocupa. Segundo o NTSB (sigla em inglês para Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA), ocorrem, em média, 25,1 incêndios a cada 100 mil carros elétricos em circulação.

Esse número sobe para 1.529 a cada 100 mil no caso dos carros com motor a combustão, mas já há vasto conhecimento sobre o que fazer nessa possibilidade. "Os carros elétricos são uma tecnologia relativamente nova, muito recente no que diz respeito a incêndios", afirma o porta‑voz do Corpo de Bombeiros.

LIBERAÇÃO DE GASES NOCIVOS

De acordo com a Flex Company Treinamentos, escola técnica que oferece capacitação para manutenção e manuseio de veículos eletrificados, incêndios em baterias de íon-lítio podem produzir labaredas altas e intensas, sem a possibilidade de serem apagadas.

Outra dificuldade é a liberação de gases nocivos. "A reação em cadeia libera hidretos e ácido fluorídrico, extremamente tóxicos, e daí vem a necessidade de se ter maior cuidado com instalações em subsolos", diz o capitão.

FOGO

Em caso de fogo, o parecer técnico do Corpo de Bombeiros vai estabelecer o que deve ser feito. "As boas práticas no mundo dizem que o ideal é resfriar a bateria. Nesse caso, o indicado é jogar água", diz o capitão.

Elias explica que pode ser adicionado um aditivo surfactante, que reduz a tensão superficial do líquido, fazendo com que penetre melhor nas baterias e aumente a eficiência do procedimento.

“LEI DOS 30’

O processo, contudo, é longo. "Nesses casos, o Corpo de Bombeiros adota o que chamamos de ‘lei dos 30’. Resfriamos a bateria por 30 minutos após o fim do jet fire [jato de fogo] e a monitoramos por 30 horas", afirma o porta-voz da corporação. "Se não acontecer nada nesse período, o veículo é levado para o pátio e deixado isolado por 30 dias."

O capitão André Elias diz que estatísticas globais mostram que 13% dos veículos elétricos que pegaram fogo sofreram reignição das baterias em um intervalo de até 30 dias após a ocorrência. Ou seja, entraram em combustão espontânea.

O tempo necessário para o resfriamento é a razão de se aumentar significativamente a quantidade de água disponível para um eventual combate às chamas.

RESERVA TÉCNICA DE ÁGUA.

O porta-voz dos Bombeiros explica que, hoje, um prédio residencial com 2.500 metros quadrados de área construída –aproximadamente um condomínio de oito andares e quatro apartamentos de 70 m² por pavimento– precisa ter uma reserva técnica de 8.000 litros. Para se adequar à futura norma, o volume de água deverá ser de 40 mil litros nesse caso.

SENSORES DE CALOR

Já a instalação dos sensores de calor é necessária por não ser possível colocar detectores de fumaça nas garagens. Segundo o capitão, as emissões dos escapamentos de carros com motor a combustão podem gerar uma ativação desnecessária do equipamento.

PRÉDIOS ANTIGOS

O capitão André Elias afirma que, no caso de prédios antigos que não possam ser adaptados às novas normas, será necessário formar um comitê técnico para definir se será possível fazer a instalação de carregadores com segurança.

INSTRUÇÕES PARA GARANTIR A SEGURANÇA

O porta-voz diz que não é possível limitar a venda de carros ou interferir no uso desses veículos, mas haverá um conjunto de instruções para garantir a segurança.

O capitão acredita que as novas normas podem encarecer futuras edificações, mas isso só poderá ser calculado após a divulgação do parecer técnico.

Há também preocupação com ocorrências nas ruas. André Elias diz que representantes da corporação estiveram na Alemanha para entender quais são as práticas adotadas na Europa para controle do fogo em veículos elétricos.

O capitão afirma ainda que prefeituras de cidades que estão eletrificando o transporte público têm entrado em contato com os Bombeiros para troca de informações e treinamento. Uma das preocupações é o que fazer no caso de ônibus elétricos serem incendiados em atos de vandalismo. Fonte: Folha de São Paulo - 14.dez.2023  

 

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quarta-feira, junho 21, 2023

PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS PROFISSIONAIS DOS TRABALHADORES DO SETOR DA LIMPEZA

Todos os locais de trabalho exigem limpeza. A indústria da  limpeza é um setor em grande expansão, uma vez que se trata  de um serviço cada vez mais solicitado. Apesar de algumas

empresas de limpeza atingirem grandes dimensões, o setor é  dominado por pequenas empresas.

A limpeza constitui uma tarefa essencial que, quando é bem  executada, pode reduzir não só os riscos para a segurança e saúde  dos trabalhadores como também os custos para a empresa, por

exemplo, prolongando a vida do equipamento e mobiliário do  local de trabalho e mantendo o pavimento em boas condições.  

Em algumas indústrias, como nas indústrias alimentícias, uma limpeza deficiente pode resultar no insucesso  da empresa.

PERIGOS COMUNS, RISCOS E REPERCUSSÕES PARA A SAÚDE

■ Risco de escorregar, tropeçar ou cair, em particular durante a  execução de trabalhos com água.

■ Risco de doenças músculo esquelético provocadas, por  exemplo, por movimentação manual ou tarefas repetitivas.

■ Exposição a substâncias perigosas contidas nos produtos de  limpeza.

■ Exposição a substâncias perigosas presentes no local de  limpeza, incluindo perigos biológicos, tais como bolores ou  resíduos biológicos humanos.

■ Riscos psicossociais como o estresse profissional, a violência e  a agressão psicológica conhecida por bullying.

■ Riscos provocados pelo equipamento de trabalho, tais como  choques eléctricos.

AS DOENÇAS PROFISSIONAIS MAIS COMUNS DETECTADAS NOS  TRABALHADORES DO SETOR DA LIMPEZA INCLUEM:

■ ferimentos provocados por escorregamento, tropeções e  quedas;

■ lesões músculo esqueléticos;

■ estresse profissional, ansiedade e alterações do sono;

■ doenças de pele, tais como dermatite de contacto e  eczema;

■ problemas respiratórios, nomeadamente asma; e

■ doenças cardiovasculares

AVALIAÇÃO DE RISCOS

O trabalho de limpeza raramente é considerado uma atividade  essencial no mundo empresarial. Este fato pode conduzir à falta  de consciência dos perigos e riscos associados ao processo e, por  conseguinte, à incapacidade de realizar uma avaliação de riscos  adequada e de adotar medidas preventivas.

A avaliação de riscos é a chave para uma boa segurança e saúde no trabalho. A prevenção eficaz pode ser alcançada através da seguinte abordagem em cinco etapas:

■ identificação dos perigos e das pessoas em risco;

■ avaliação e priorização dos riscos;

■ definição das medidas preventivas a adotar;

■ adoção das medidas;

■ acompanhamento e revisão, para garantir a eficácia das  medidas preventivas

.Nos casos em que os trabalhos de limpeza são realizados por  uma empresa externa, podem surgir dificuldades adicionais, uma  vez que o cliente e a empresa de limpeza necessitam de cooperar,  a fim de garantir que os riscos são identificados, eliminados ou  controlados.

 CONCLUSÕES

■ selecione o seu serviço de limpeza com base na qualidade  do serviço, e não no preço;

■ opte pela limpeza em horário diurno;

■ valorize os trabalhadores de limpeza e o seu trabalho — se  este for mal executado, poderá custar-lhe o negócio;

■ considere a limpeza como uma tarefa essencial, que pode  expor os trabalhadores a perigos e riscos específicos;

■ avalie os riscos para os trabalhadores de limpeza e adote  medidas preventivas;

■ partilhe informações sobre saúde e segurança com todas as  partes interessadas, que podem incluir o cliente, a empresa de limpeza, o proprietário do edifício e os próprios  trabalhadores.  Fonte: Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho

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segunda-feira, junho 05, 2023

SENSO DE VULNERABILIDADE – UM COMPONENTE DE SEGURANÇA MUITO IMPORTANTE

Uma pessoa que manipulava ácido sulfúrico,  caminhando pela área de processo, observou um operador que se preparava para desconectar uma mangueira de nitrogênio. 

O operador não estava usando Equipamento de Proteção Individual (EPI)  completo, requerido para a área, que incluía um  protetor facial. A pessoa parou, alertou para a  situação e o operador corrigiu a situação de boa  vontade. 

A primeira pessoa tinha apenas caminhado mais alguns passos quando ouviu um  “estouro” e um “silvo”, vindos da área de ácido sulfúrico. O operador estava encharcado de ácido sulfúrico e foi ajudado a ir para o chuveiro de  emergência mais próximo. Sem o operador saber, o ácido sulfúrico retornou através da mangueira de nitrogênio.

Quando ela foi desconectada, a pressão projetou ácido para a face e corpo do operador. O operador sofreu apenas pequenas queimaduras químicas no  pescoço, porque estava usando o EPI adequado.

Durante a investigação, verificou-se que a viseira do operador foi severamente corroída e tinha uma mancha no centro, no local atingido pelo ácido.

Sem a viseira colocada, o operador podia ter sofrido queimaduras graves e podia ter perdido a

visão de forma permanente.

Por que a primeira pessoa parou e relembrou ao operador sobre o uso do EPI completo? Foi o senso  de vulnerabilidade. O observador viu o potencial de  poder ter ácido na mangueira, mesmo sabendo que  ela DEVERIA conter apenas nitrogênio.

VOCÊ SABIA?

 O que significa um “senso de vulnerabilidade”? Significa que  todos na sua instalação:

• Entendem os perigos associados aos materiais e às condições de processo (pressão, temperatura, etc.) na área.

• Estão constantemente vigilantes aos sintomas de fraqueza que poderiam provocar um evento mais grave, mais tarde,  tal como um pequeno vazamento que poderia se tornar uma falha grave na tubulação.

• Permanecem vigilantes mesmo que a instalação tenha um bom desempenho em segurança

 Na nossa vida pessoal, o senso de vulnerabilidade é o que nos faz reduzir a velocidade do carro quando há mau tempo, ou ter mais cuidado quando usamos uma escada.

 Nós podemos perder nosso senso de vulnerabilidade quando estamos com pressa. Isso faz com que pulemos certos passos ou esqueçamos de usar os EPIs adequados.

 Novos empregados podem trazer o seu senso de vulnerabilidade de um trabalho ou empresa anteriores. Isso significa que talvez seja necessário ajudá-los a perceber os perigos do seu novo

trabalho.

 Manter um senso de vulnerabilidade é uma característica essencial de uma boa cultura de segurança de processo.

O QUE VOCÊ PODE FAZER?

 Se observar um comportamento de risco, pare e pergunte à pessoa se ela está seguindo o procedimento correto. Você pode evitar que alguém se machuque com gravidade – ou pior.

 Se alguém o parar e perguntar como é que você está executando  uma determinada tarefa, não fique na defensiva. Apenas estão tentando mantê-lo seguro. Responda às perguntas com calma,

esteja aberto às sugestões de como executar a tarefa e agradeça pela preocupação com a sua segurança.

 Se a sua área tiver novos empregados, treine os sobre os perigos e procedimentos da unidade. Ajude a mantê-los seguros!

 Nunca pense, “Não pode acontecer aqui.” Porque pode!

 Fonte: Process Safety Beacon - Junho de 2023


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sexta-feira, fevereiro 24, 2023

O USO DE ELEVADORES POR BOMBEIROS

O uso de elevadores durante um incêndio exige o estabelecimento de procedimentos de operação específicos.

A logística da operação de combate a incêndio fica drasticamente facilitada quando os bombeiros utilizam os elevadores, de forma segura, para ter acesso aos andares mais altos de um edifício. Infelizmente, os elevadores geralmente param de funcionar ou funcionam de forma errática durante um incêndio, podendo deixar os bombeiros presos entre andares, em uma grave situação de risco.

Quando um elevador pára em um andar tomado pelo fogo, os bombeiros que estiverem dentro dele poderão ser expostos a um risco considerável. Por essa razão, alguns corpos de bombeiros proíbem o uso de elevadores em incêndios em prédios altos, ao passo que outros estabelecem regras para o seu uso como parte dos procedimentos de operação padrão (POPs). Ao preparar os procedimentos para elevadores, lembre-se dos seguintes fatores:

•Nunca use um elevador se não estiver convencido de que é seguro, e não use elevadores em incêndios nos pavimentos mais baixos.

•Um POP deve sempre especificar o pavimento a partir de qual um elevador pode ser utilizado.

•Nunca vá diretamente para o pavimento do incêndio. Sempre desça no mínimo dois pavimentos abaixo dele.

•Se disponíveis, utilize as portas corta-fogo e os elevadores de poços duplos (split-bank).

•A operação dos elevadores deve ser controlada exclusivamente pelos bombeiros.

•Controle todos os elevadores, quando houver mais de um.

•Nunca superlote os elevadores e sempre utilize EPIs, inclusive com equipamentos de respiração autônomos.

Ao utilizar um elevador, os bombeiros devem sempre portar ferramentas para arrombamento e devem pará-lo periodicamente para garantir que o equipamento responde aos controles. Devem também examinar os andares para verificar se há fumaça, fogo ou vítimas e para familiarizarem‑se com a distribuição física do andar.

Podemos aprender muito sobre elevadores durante o planejamento pré-incidente. Por exemplo, alguns prédios são divididos em zonas de incêndio ao passo que outros, como hospitais, deveriam ser construídos com separações à prova de fogo. Essas separações são importantes quando estivermos controlando o alastramento das chamas e fumaça e protegendo a exposição interna.

Em um hospital, por exemplo, é melhor deslocar os pacientes até uma zona protegida localizada no mesmo piso do que utilizar um elevador para tentar evacuar pacientes confinados ao leito. Se for necessário utilizar um elevador para deslocar os bombeiros ou evacuar vítimas, é mais seguro utilizarmos os elevadores separados do local de incêndio por duas ou mais portas corta‑fogo.

Além disso, alguns halls de elevadores assemelham-se a escadas à prova de fumaça. Não estão conectadas diretamente ao prédio principal, mas separadas por um espaço vazio. É geralmente seguro utilizar elevadores do tipo split-bank se o Comandante de Operações tiver certeza que o poço do elevador termina abaixo do andar do incêndio. Todas essas informações devem estar incluídas nos planos pré-incidente do corpo de bombeiros.

O Comandante de Operações deve realizar uma análise de risco x benefício antes de permitir que os bombeiros utilizem um elevador. Algumas questões a serem avaliadas são a altura e configuração do edifício, os equipamentos automáticos de extinção de incêndio e o risco de vida potencial. Os POPs dos elevadores devem estar sempre atualizados e todos os bombeiros devem estar plenamente familiarizados com os mesmos. Esses procedimentos devem também incluir métodos alternativos para transportar equipamentos até o andar do incêndio quando os elevadores não puderem ser usados.

Mito: Nunca use elevadores em um prédio em chamas.

Fato: Permitir ou não que os bombeiros utilizem elevadores durante um incêndio depende de vários fatores e faz parte da análise de risco x benefício feita pelo Comandante da Operação.

Fonte: Este artigo foi adaptado do livro Structural Fire Fighting, disponível pela NFPA através do site www.nfpa.org ou pelo fone (11) 3846-7194. O objetivo desse livro é preparar o oficial para assumir o controle das operações em incêndios estruturais, utilizando os recursos disponíveis de forma segura e eficiente.

NFPA Journal - Setembro/Novembro de 2001. Por Ben Klaene e Russ Sanders. Russ Senders serviu no Corpo de Bombeiros de Louisville, no estado americano de Kentucky por 29 anos, sendo que nos últimos nove anos ocupou o cargo de Comandante. 

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sexta-feira, agosto 19, 2022

JOHNSON’S VAI PARAR DE FABRICAR TALCO APÓS PROCESSO BILIONÁRIO: HÁ RISCOS NO USO DO PRODUTO?


A Johnson & Johnson (J&J) deixará de fabricar e comercializar pó de talco para bebês em todo o mundo a partir do próximo ano.

O anúncio ocorre mais de dois anos depois que a gigante da saúde encerrou as vendas do produto nos EUA.

A J&J enfrenta dezenas de milhares de processos de mulheres que alegam que seu pó de talco continha amianto e as levou a desenvolver câncer de ovário.

O talco para bebês é usado para prevenir assaduras e para usos cosméticos, inclusive como xampu seco.

O talco é extraído da terra e é encontrado em camadas próximas às do amianto, que é um material conhecido por causar câncer.

No fim de 2018, surgiram informações de que a Johnson & Johnson (J&J) sabia, há décadas, que o seu pó de talco continha asbesto, um mineral com composição e características semelhantes às do amianto e com efeitos nocivos para a saúde.

Desde então, a J&J enfrentou milhares de ações judiciais com a acusação de que teria contribuído para o desenvolvimento de câncer nos ovários em consumidoras do produto. A empresa nega e diz que, a cada ano, gasta milhões de dólares com esses casos.

"A nossa posição sobre a segurança do pó cosmético permanece inalterada. Apoiamos fortemente as décadas de análise científica por médicos especialistas em todo o mundo, confirmando que o pó de talco para bebês, da Johnson, é seguro, não contém asbesto e não causa câncer", disse a farmacêutica.

Em 2020, a J&J disse que deixaria de vender talco para bebês nos EUA e no Canadá porque a demanda havia caído após o que chamou de "desinformação" sobre a segurança do produto em meio a vários casos legais.

Na época, a empresa disse que continuaria a vender seu talco para bebês à base de talco no Reino Unido e no resto do mundo.

A empresa enfrenta ações judiciais de consumidores e seus sobreviventes que alegam que os produtos de talco da J&J causaram câncer devido à contaminação com amianto.

Em resposta a provas de contaminação por amianto apresentadas em tribunais, reportagens da mídia e legisladores dos EUA, a empresa negou repetidamente as alegações.

"Como parte de uma avaliação de portfólio mundial, tomamos a decisão comercial de fazer a transição para um portfólio de talco para bebês à base de amido de milho", afirmou em comunicado.

A empresa acrescentou que talco para bebês à base de amido de milho já é vendido em países ao redor do mundo.

O talco para bebês da Johnson é vendido há quase 130 anos e se tornou um dos símbolos da empresa.

POR QUE O AMIANTO OFERECE RISCOS À SAÚDE

O amianto é um mineral que está presente na natureza.

Uma variedade da substância, o amianto branco, é usada na indústria da construção civil nos países em desenvolvimento, mas é proibida na maioria dos países industrializados, devido aos riscos para a saúde.

O amianto é resistente ao calor e ao fogo. Além disso, o material é resistente e barato, por isso pode ser usado de diversas formas. Ele pode ser misturado ao cimento para fabricação de tetos e pisos. Também é utilizado em canos, tetos, freios de veículos, entre outros.

Fragmentos microscópicos de fibras de amianto são potencialmente perigosos quando inalados e podem provocar doenças respiratórias:

•Câncer de pulmão, que é o mais comum em pessoas expostas ao amianto;

•Mesotelioma, uma forma de câncer no peito que praticamente só ocorre em pessoas expostas ao amianto;

•Asbestose, uma doença que causa falta de ar e pode levar a problemas respiratórios mais graves.

O amianto branco, conhecido como crisótilo, é a única forma de amianto usada hoje. A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que a variação também é associada ao mesotelioma e outros tipos de câncer, mas seus produtores dizem que a substância é segura se manejada com cuidado.

Alguns especialistas afirmam que o amianto branco traz menos risco à saúde do que os amiantos azul e marrom, mas mesmo empresas que vendem a substância dizem que os trabalhadores devem evitar inalar o ar com o produto.

A substância é amplamente produzida e usada no Brasil, apesar de alguns esforços isolados para se bani-la. O Brasil é o terceiro maior produtor e exportador de amianto, que é vendido para países como Colômbia e México. O país também é o quinto maior consumidor do produto. Fonte: BBC Brasil - 12 agosto 2022

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domingo, dezembro 12, 2021

ADOLESCENTE SE AFOGA APÓS TER CABELO SUGADO POR RALO DE PISCINA

Uma adolescente de 13 anos, identificada como Maria Rita, se afogou ao ter o cabelo sugado pelo ralo da piscina em uma residência no Piauí.

O caso aconteceu na tarde de domingo (5 de dezembro) em Água Branca, a 97 km de Teresina. A jovem ficou dois minutos submersa e foi salva após ter o cabelo cortado com uma faca e foi retirada da piscina por pessoas que presenciaram o acidente. 

A mãe dela contou que o acidente ocorreu quando a filha brincava com algumas amigas na piscina.

“Ela mergulhou e o cabelo ficou preso no ralo. Ela manteve todo o controle, prendeu a respiração e começou a bater a perna para que alguém pudesse vê-la. Aí o pessoal foi até a água, tentaram soltar o cabelo dela, mas não conseguiram e tentaram desligar a energia da casa e não deu certo”, comentou a mãe.

Em seguida, uma das mulheres que estava na casa encontrou uma faca em um balcão próximo à piscina e a deu para outras pessoas para que elas pudessem cortar o cabelo da jovem e salvá-la. Foi feita uma massagem cardíaca e Maria Rita acordou.


A garota foi levada para um hospital em Água Branca e ficou em observação até por volta de 23h30. Na segunda-feira (6),  a mãe  levou a filha para fazer exames em Teresina. Maria Rita está bem e não precisou realizar mais procedimentos médicos. Fonte: G1 PI -09/12/2021  

Comentário: O ralo da piscina

Pesquisa efetuada nos EUA: Como as pessoas ficam presas

Cabelo – 40%

Parte dorsal do corpo – 40%

Membros – 14%

Nádegas – 2%

Dedos – 2%

Jóias e roupas - 2%

Para se manter limpa, toda piscina requer, essencialmente, bomba, mangueira, peneira, escova e ralo, além de outros acessórios. Porém, a fim de aumentar a segurança dos frequentadores, esses dispositivos muitas vezes necessitam de recursos a mais.

Esse é o caso do ralo. Ele tem como função sugar a água para direcioná-la à bomba, de maneira que seja filtrada e retorne à piscina. Por isso, deve ser bem projetado, observando-se sua dimensão em relação ao volume do espaço, bem como à potência da bomba, ao método de filtragem e ao material do qual ele será feito.

Ainda que medida, a força de sucção que o ralo possui pode torná-lo capaz de provocar acidentes. Infelizmente, não é raro encontrar notícias de casos em que partes do corpo ou cabelo de frequentadores ficaram presos a esse dispositivo.

COMO EVITAR OS ACIDENTES COM O RALO DE FUNDO DA PISCINA

UTILIZAÇÃO DE RALOS ANTI‑TURBILHÃO: Também conhecidos como dispositivos anti‑turbilhão ou anti-hair, conseguem evitar, de forma     eficiente, que pessoas fiquem presas à sucção da piscina.

Eles fazem isso, pois conseguem dificultar muito que a superfície do corpo da pessoa consiga obstruir os orifícios por onde a água é puxada para a motobomba.

O ralo anti‑ turbilhão possui um desenho com orifícios que ultrapassam as duas dimensões do fundo da piscina e criam caminhos em três dimensões para que a água consiga seguir mesmo que alguém esteja deitado sobre o dispositivo.

É impossível negligenciar este ponto, seja pela importância do dispositivo, seja pelo seu preço desprezível quando comparado com o valor da piscina como um todo.

NUNCA DEIXE O RALO SEM A TAMPA DE PROTEÇÃO: Se o dispositivo anti‑turbilhão é uma espécie de tampa do ralo de fundo, algo que fica na sua parte superior, não se pode descuidar dessa tampa. Se ela estiver soltando, é preciso consertar imediatamente e a piscina não pode ser liberada para o uso enquanto ela não for reparada.

Um ralo de fundo só se comporta como tal se sua grade de proteção estiver em boas condições e no lugar correto. Caso contrário, o ralo pode ser comparado meramente com a ponta da tubulação de sucção que, dependendo da força da moto‑bomba, pode prender uma pessoa de forma tão intensa que mesmo um adulto seria incapaz de se soltar.

REALIZAR MANUTENÇÕES PERIÓDICAS: A realização de manutenção na piscina é algo inevitável. É preciso checar a presença de vazamentos, a integridade dos equipamentos e também a situação dos drenos da piscina. Se alguma coisa anormal for identificada, o profissional conseguirá fazer o reparo brevemente e isso pode, em última instância, salvar uma vida!

ORIENTAR SOBRE A OBSTRUÇÃO DOS RALOS DE FUNDO: É preciso que todos que farão uso dela estejam cientes do risco que o ralo de fundo representa. Ainda que a piscina conte com mais de um ralo de fundo, ainda que eles estejam equipados com dispositivos anti turbilhão, é preciso deixar todos, especialmente as crianças, cientes de que a sucção da moto‑bomba é um risco iminente e deve ser evitada. Mergulhar é perfeitamente tranquilo, mas a ideia de brincar com o ralo de fundo pode ser um risco evitável se houver  uma conversa com as crianças antes dos momentos de lazer na piscina. Independente disso, é de extrema importância manter adultos por perto enquanto as crianças usufruem da piscina.

USO DE DISPOSITIVOS ANTI‑SUCÇÃO: Dispositivos anti‑sucção são, essencialmente, botões que, quando acionados, interrompem o funcionamento da casa de máquinas em caso de emergência.  Pela simplicidade e facilidade de instalação, é um dispositivo essencial, especialmente para piscinas coletivas como aquelas de clubes, hotéis e condomínios. Fonte: Brasil Piscinas

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quarta-feira, abril 07, 2021

IDENTIFICAÇÃO DOS MATERIAIS NO SISTEMA DE SEGURANÇA DE PROCESSO


OS CONTENTORES DE PRODUTOS QUÍMICOS MUITAS VEZES TÊM ASPECTO SIMILAR

Um operador estava adicionando uma matéria-prima a partir de muitos tambores. Todos os tambores eram pretos com extremidades brancas e tinham rótulos azuis e brancos.

Após adicionar   vintes tambores, o operador verificou que um tambor tinha um nome diferente. O mesmo tambor preto e branco, o mesmo rótulo azul e branco. Era um material diferente do especificado. Em dúvida chamou o engenheiro e diss­­e­‑lhe não adicionar esse tambor e para isolá‑lo até que fosse determinada a forma correta para manipulá-lo.

O que poderia ter acontecido se ele tivesse adicionado aquele material às cegas? Não se sabe, mas no mínimo teria sido um grande problema de qualidade, que teria custado muito dinheiro à empresa e talvez uma perda da encomenda.

QUE SALVAGUARDAS FALHARAM?

§O fornecedor errou ao carregar os tambores nas paletes.

§A pessoa que recebeu o material no depósito da empresa também não identificou aquele tambor entre os muitos que foram recebi dos naquela remessa. Todos esses sistemas são baseados em pessoas que seguem seus procedimentos e prestam atenção ao que está sendo tratado.

Tal como nesse exemplo, muitas operações de manuseio de produtos químicos são altamente dependentes de pessoas que executam suas tarefas corretamente.

Muitos sistemas de segurança de processo dependem que os produtos químicos sejam corretamente identificados quando recebidos. A varredura eletrônica dos materiais recebidos pode melhorar a precisão dos produtos químicos recebidos, se eles forem corretamente rotulados pelo fornecedor.

VOCÊ  SABIA

§Os sistemas de recebimento de produtos químicos, sejam em contêineres ou a granel, são baseados em controles administrativos. As pessoas precisam seguir seus procedimentos e estar atentos aos detalhes o tempo todo. Um pequeno lapso de atenção pode resultar num evento sério.

§Os seres humanos cometem erros apesar de estarem focados com atenção na tarefa que está sendo executada. Mesmo pessoal altamente treinado, como pilotos e astronautas estão apenas 99% corretos.

§Algumas empresas usam o “princípio dos quatro olhos”. Isso significa ter outra pessoa observando o procedimento ou a operação para verificar se estes estão sendo seguidos completamente. Já ocorreram muitos incidentes quando materiais a granel foram bombeados para tanques erra- dos com consequências graves. Alguns dos impactos foram transborda- mentos ou derramamentos. Outros erros resultaram em reações, liberações tóxicas fatais, contaminação de tanques e prejuízos econômicos.

§Muitos containers têm a mesma aparência – tambores, IBCs e vagões tanque. Isso torna a rotulagem adequada muito crítica.

§Muitos eventos de carga/descarga de produtos a granel foram causados pelo uso do equipamento incorreto – mangueiras de materiais inadequados ou usando a empilhadeira errada para mover contêineres de produtos a granel como Containers Intermediários (IBCs) para líquidos e Containers Intermediários Flexíveis (FIBCs ou big-bags) para sólidos.

O QUE VOCÊ PODE FAZER?     

§Siga sempre o procedimento para manuseio de materiais a granel ou em contêineres, seja usando os contêineres de materiais como cliente ou enchendo-os como fornecedor. Se houver erros no procedimento, identifique-os e entregue ao seu supervisor para correção.

§Use apenas equipamento aprovado para a transferência de produtos químicos, estejam eles em container ou a granel.

§Preste atenção especial aos rótulos, tanto aqueles colocados no container pelo vendedor como aqueles que foram aplicados para uso interno. Mesmo recipientes muito pequenos, como amostras de laboratório, precisam estar adequadamente rotulados.

§Fornecimentos a granel têm diferentes tipos de rotulagem, ao recebê-los verifique o conteúdo ante do descarregamento. Algumas empresas retiram amostras para análise laboratorial para verificar o conteúdo versus documentação. Quando enviar contêineres a granel verifique se toda a documentação está completa e correta.. Fonte: Process Safety Beacon – Material identification – the first link in process safety system - January 2021

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terça-feira, outubro 06, 2020

RISCOS DE DESINFETANTES PARA AS MÃOS, EM CASA E NO TRABALHO

Queimaduras causadas por fogo devido
à ignição do desinfetante para as
mãos

Um funcionário usou um desinfetante para as mãos à base de álcool, de acordo com as recomendações atuais para a higiene pessoal devido à COVID-19.

Após a aplicação, mas antes que o desinfetante líquido evaporasse completamente, ele tocou numa superfície metálica onde o acúmulo de energia estática criou uma fonte de ignição. Ocorreu a ignição do desinfetante, resultando numa chama quase invisível nas  mãos.  Ele  conseguiu extinguir as chamas, mas ficou com queimaduras de 1o e 2o graus.

Você sabia?

§Alguns desinfetantes para as mãos são à base de álcool e são inflamáveis, com pontos de ignição de 16,6 a 26,7°C (62 a 80°F). Uma vez acima do ponto de ignição, os vapores necessitam apenas de uma fonte de ignição para começar a queimar.

§Muitas soluções de desinfetante para as mãos possuem Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQ) que lista os riscos e precauções, incluindo o ponto de ignição.

§As mãos molhadas com desinfetante à base de álcool podem entrar em ignição com uma faísca de eletricidade estática ou qualquer outra fonte de ignição. As pessoas podem carregar uma quantidade de eletricidade estática grande o suficiente para provocar a ignição de materiais inflamáveis.

§O álcool queima com uma chama azul clara que é difícil de se ver. A água pode extinguir rapidamente um pequeno incêndio com álcool.

§Alguns desinfetantes para as mãos contêm metanol ou álcool metílico, que é inflamável e tóxico. Não os use na pele!

§Ao usar loções ou desinfetantes à base de álcool, deixe--os secar completamente antes de executar outras tarefas que possam provocar a sua ignição.

§Leia a FISPQ de todos os produtos com os quais você lida, mesmo aqueles que aparentam ser inofensivos.

§Armazene os desinfetantes para as mãos à base de álcool de acordo com a FISPQ e longe de fontes de luz e calor, que podem aumentar a sua inflamabilidade e reduzir a sua eficácia.

§Compartilhe essas informações com a sua família e amigos para que eles não sofram um acidente semelhante. Fonte: Process Safety Beacon – Setembro 2020



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sexta-feira, agosto 14, 2020

GASES PERIGOSOS NOS ESPAÇOS CONFINADOS

Nos diversos ambientes, muitos deles existentes no subsolo, como galerias, esgotos, os porões nas edificações, tanques etc., pela natureza de seus projetos e finalidades, ou pela falta de medidas de segurança em alguns, estão sujeitos à presença de agentes contaminantes, gases e vapores inflamáveis.
Por essa razão, antes de se iniciar qualquer operação torna-se necessária a adoção de medidas adequadas para a eliminação dos perigos existentes. Os procedimentos previstos para permitir o ingresso e o trabalho de pessoas autorizadas nesses ambientes estão explicitados na Norma Regulamentadora NR-33 - SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS, Última modificação: Portaria SEPRT 915, de 30/07/2019.

OS PERIGOS
A mistura de contaminantes perigosos são muito comuns. Dentro de um mesmo ambiente podem-se encontrar, ao mesmo tempo, riscos respiratórios, explosões, incêndios etc. Portanto, as atmosferas ali encontradas podem ser inflamáveis, tóxicas ou asfixiantes.
Entre os contaminantes perigosos existentes no ar incluem-se os seguintes:
• Gases Combustíveis, como o gás liquefeito de petróleo, gás natural, acetileno etc;
• Vapores de combustíveis e solventes líquidos: nafta, gasolina, querosene e outros hidrocarbonetos;
• Gases provenientes da fermentação de material orgânico: metano, dióxido de carbono, hidrogênio, gás sulfídrico;
• Gases de combustão: dióxido de carbono e o monóxido de carbono liberados pelos escapamentos dos veículos automotores;
• Gases e substâncias voláteis existentes nos sistemas de drenagem industrial;
• Gases decorrentes de incêndios e explosões;

EXPLOSÕES
Não há duvidas de que todos nós estamos bem conscientes dos perigos das explosões provenientes da existência de gases e vapores combustíveis. É muito importante se ter em conta que esses gases são combustíveis numa progressão de seu volume na mistura com o ar a partir de um ponto denominado Limite Inferior de Explosividade – LIE. A mistura é explosiva até alcançar outro ponto, o Limite Superior de Explosividade – LSE, acima do qual não há mais ar suficiente para gerar a combustão.
A composição da mistura gás/ar que se situa entre o LIE e o LSE varia de acordo com o gás. Os que têm uma faixa muito ampla entre o LIE e o LSE, como o hidrogênio, 4% e 75%, são os mais perigosos.
Já que os explosímetros não estabelecem nenhuma diferença entre os gases monitorados, as precauções aqui descritas são aplicadas a todos os gases e vapores inflamáveis.

TOXICIDADE
Os gases tóxicos, alguns dos quais sem nenhum odor, podem trazer consequências fatais ao trabalhador, mesmo em baixas concentrações.

O monóxido de carbono – CO - por exemplo, pode ser letal a ¹/10 de 1% e perigoso a ¹/50 de 1%, devido ao acúmulo no corpo quando o trabalhador está exposto de maneira contínua.
Alguns gases, como o gás sulfídrico – H2S -, geram efeito paralisante no sentido do olfato ao penetrar no organismo. Isto faz com que níveis fatais de sua concentração passem despercebidos por causa da total “ausência” de odor. Portanto, a única precaução segura está na adoção de métodos de medição.

ASFIXIA
A presença de gases e vapores asfixiantes pode provocar a deficiência de oxigênio. A atmosfera normal contém próximo de 21% de oxigênio. Em que pese os reflexos negativos sentidos na coordenação motora e no raciocínio, podemos considerar que 16% de oxigênio é a concentração mínima necessária para sustentar a vida, a OSHA estabeleceu 19,5% como limite mínimo e máximo  23,5%.
Obs:  No Brasil, o percentual de oxigênio aceitável em espaços confinados é de  19,5%< % O2 < 23,0 %

Apesar de haver gases mais leves do que o ar, há uma grande quantidade de outros que são mais pesados, como o gás liquefeito de petróleo, o propano e outros hidrocarbonetos. Estes gases permanecem em certas depressões do solo para em seguida fluir para diferentes pontos baixos, sejam galerias, porões etc. onde criam situações de perigo.
Outros gases gerados pela decomposição de vegetais ou resíduos animais podem chegar igualmente a esses ambientes. Esses gases têm geralmente alto teor de dióxido de carbono, pouco oxigênio e quantidades variadas de metano e provocam a queda de oxigênio.
A deficiência de oxigênio também pode ser provocada pela absorção preferencial do oxigênio pelos sedimentos terrestres, pela oxidação de metais em áreas úmidas e fechadas. Atividades como as inertizações também provocam a queda de oxigênio. A presença do nitrogênio gera a queda do oxigênio por diluição.
As situações de perigo geradas pela deficiência de oxigênio podem ser detectadas pelas medições. O instrumento que quantifica o oxigênio é o oxímetro.

PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA
Todo trabalhador deve:
•Conhecer os gases que ocasionalmente possam estar presentes em sua área;
•Receber treinamento para operar detectores de gás;
•Submeter-se a provas de que está apto a fazer medições com precisão.
•Trabalhar com instrumentos e lanternas intrinsecamente seguras.

INSPEÇÕES
Convém que cada empresa leve a cabo inspeções e avaliações em seus espaços confinados como forma de exercer um rígido controle de seus riscos, muitos representados por gases e vapores inflamáveis e tóxicos. O cadastramento dos espaços confinados é determinação da NR 33, e isto inclui o conhecimento da configuração e os riscos específicos de cada um deles. O conhecimento da situação facilita em muito a aplicação dos procedimentos de entrada e trabalho quando se fizerem necessários, naturalmente dentro de obediência irrestrita às determinações da Norma.

OS ACIDENTES MAIS COMUNS
•Devido às condições atmosféricas internas;
•Explosão ou incêndio;
•Eletrocussão;
•Soterramento;
•Engolfamento;
•Afogamento;
•Queda;
•Ruído
•Vibração
•Radiação
Os acidentes típicos decorrem dos trabalhos de inspeção, reparos ou substituição de peças, limpeza, pintura, solda, corte, instalação de equipamentos como bombas, motores transformadores, cabos elétricos e telefônicos no subsolo etc. Até mesmo nas operações de resgate e salvamento, ocasionados pelas características de determinados ambientes e de circunstâncias que vão desde o estado emocional ao espírito de solidariedade.

TREINAMENTO
Para eliminar ou reduzir a ocorrência de acidentes nos espaços confinados a NR 33 preconiza a obrigatoriedade da capacitação dos trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente com os espaços confinados, sobre seus direitos, deveres, riscos e medidas de controle.
Fonte: Racco Brasil


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domingo, junho 21, 2020

COZINHANDO COM SEGURANÇA

Cozinhar reúne família e amigos, proporciona   diversão, criatividade e pode ser relaxante.

MAS VOCÊ SABIA QUE OS INCÊNDIOS NA COZINHA SÃO A CAUSA NÚMERO UM DE INCÊNDIOS E FERIMENTOS EM CASA?

Seguindo algumas dicas de segurança, você pode evitar esses incêndios.

“Cozinhe com cuidado”
• Esteja em alerta! Se você tem sono ou consumiu  álcool, não use o fogão..
• Fique na cozinha enquanto estiver fritando, fervendo, grelhando ou grelhando alimentos. Se você sair da cozinha por um curto período de tempo, desligue o fogão.
• Se estiver fervendo, assando ou assando alimentos, verifique-os regularmente, permaneça em casa enquanto os alimentos cozinham e use um temporizador para lembrar que você está cozinhando.
• Guarde tudo o que possa pegar fogo - luvas de forno, utensílios de madeira, embalagens de alimentos, toalhas ou cortinas - longe do fogão.

SE VOCÊ TEM UM PEQUENO FOGO DE COZIMENTO (BANHA OU GORDURA) E DECIDE COMBATER O FOGO ...
• No fogão, abafe as chamas deslizando uma tampa sobre a panela e desligando o queimador. Deixe a panela coberta até esfriar completamente.
• Em caso de incêndio no forno, desligue o fogo e mantenha a porta fechada.

SE VOCÊ TEM ALGUMA DÚVIDA SOBRE COMO COMBATER UM PEQUENO INCÊNDIO ...
• Apenas saia! Ao sair, feche a porta atrás de você para ajudar a conter o fogo.
• Ligue para os bombeiros e fique fora de  casa.

COZINHANDO E CRIANÇAS
Tenha uma “zona livre de crianças” de pelo menos (1 metro) ao redor do fogão e áreas onde comida ou bebida quente é preparada ou transportada.

FATOS
• A principal causa de incêndios na cozinha é o cozimento desacompanhado ou  desatenção.
• A maioria dos incêndios  na  cozinha em casa envolve o fogão.
Fonte: National Fire Protection Association -Education

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sábado, junho 20, 2020

INCÊNDIOS EM COZINHAS RESIDENCIAIS

Os Corpos Bombeiros dos EUA responderam em  média 173.200 incêndios  em residências por ano no período 2013-2017, em atividades culinárias, ou em  média de 470 incêndios na cozinha doméstica por dia.

ESSES INCÊNDIOS CAUSARAM;
·    em média de 550 mortes  e 5.020 relataram ferimentos;
·    US $ 1,2 bilhões em danos diretos à propriedade por ano.
Os incêndios domésticos causados pela atividade culinária atingeam o pico no Dia de Ação de Graças e no Natal.

EQUIPAMENTOS
Fornos ou cooktops (tipo de fogão, basicamente as partes das bocas ou queimadores)  estavam envolvidos;
·    62% dos incêndios caseiros relatados,
·    89% nas mortes por incêndio em cozinhas e
·    79% em ferimentos causados por incêndio.

INCÊNDIOS, VÍTIMAS, PERDAS MATERIAIS
·    As famílias que usam fogões elétricos têm um risco maior incêndio e perdas materiais do que aquelas que usam fogões a gás.
·    Cozinhar sem supervisão era a principal causa de incêndios e vítimas na cozinha.
·    O vestuário foi a primeira peça a incendiar se em menos de 1% desses incêndios, mas as ignições levaram 14% das mortes por incêndio na cozinha..
·    Quase um terço (30%) das pessoas mortas por incêndios na cozinha dormiam no momento. Mais da metade (53%) dos ferimentos não fatais ocorreu quando as pessoas tentaram controlar o fogo.

Atividades  que causaram danos em incêndio em cozinha
Mortes
Feridos
Dormindo
30%
Controle de incêndio
53%
Escapando
26%
Escapando
15%
Incapaz de agir
13%
Atividade não classificada
8%
Controle de incêndio
11%
Dormindo
8%
Atividade não classificada
7%
Voltando à vizinhança do fogo
8%
Voltando à vizinhança do fogo
6%
Incapaz de agir
3%
Ato irracional
4%
Tentativa de resgate
3%
Tentativa de resgate
3%
Ato irracional
2%

Principais fatores em incêndio de cozinha residencial
Incêndio
%
Mortes

Equipamento desacompanhado
31%
Equipamento desacompanhado
40%
Material abandonado ou descartado
10%
Fonte de calor muito perto de combustíveis
18%
Fonte de calor muito perto de combustíveis
9%
Material abandonado ou descartado de forma inadequada
12%
Uso inadequado de material
9%
Involuntariamente ligado ou não desligado
8%
Falha na limpeza
8%
Tipo de material contribuiu para a ignição
5%
Involuntariamente ligado ou não desligado
7%
Uso indevido do tipo de material
4%
  
Um terço das vítimas fatais de incêndio culinário e dois terços dos feridos não fatais estavam na área de origem quando o incêndio começou.
Esses dados sublinham que alguns tipos de cozimento, como fritar e grelhar, precisam de atenção contínua. Ao cozinhar, assar ou assar, os cozinheiros devem ficar em casa e verificar regularmente.

Não é de surpreender que dois terços (66%) dos incêndios caseiros começaram com a ignição de materiais de cozinha, incluindo alimentos. Óleo de cozinha, gordura, banha  e substâncias relacionadas foram incendiados pela primeira vez em metade (52%) dos incêndios domésticos que começaram com materiais de cozinha. Quase dois terços (65%) das mortes e três quartos das lesões  (76%) e danos diretos à propriedade (77%) associados a material de cozinha ou ignição de alimentos resultaram desses incêndios com óleo ou graxa.

As taxas de morte e lesões por 1.000 incêndios são mais altas para incêndios em alimentos ou em materiais de cozinha que começaram com a ignição de óleo ou gordura do que em outros tipos de alimentos ou amido. A frequência e o aumento do risco de incêndios com óleo e gordura  indicam uma necessidade de maior conscientização do consumidor sobre como lidar com esses incêndios. As chamas de um pequeno incêndio de graxa podem ser abafadas deslizando uma tampa sobre a panela e desligando o queimador. A panela deve ser mantida coberta até esfriar completamente.

Fonte: NFPA's "Home Cooking Fires", November 2019


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