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Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

terça-feira, dezembro 27, 2016

Caminhão carregado de móveis é atingido por trem

Um caminhão carregado de móveis foi atingido por um trem, da América Latina Logística (ALL), no Parque Industrial em Arapongas. O Corpo de Bombeiros de Arapongas informou que o motorista atravessava a linha férrea pra entrar na BR-369 por volta das 13h50 da tarde de sexta-feira (23), quando ocorreu a colisão.
De acordo com testemunhas, um carro impedia a passagem do caminhão, que ficou parado sobre os trilhos.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o motorista conseguiu pular do caminhão antes da colisão. Ele foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade com ferimentos leves. Ainda segundo os Bombeiros, o homem sofreu escoriações provocadas, principalmente, por cacos de vidro.

O baú, onde estavam as chapas de madeira, foi arrastado pelo trem e ficou destruído. O trem arrastou o caminhão por uns 200 ou 300 metros do local do acidente. Fonte: G1 PR-23/12/2016 

Comentário: Trem não pode parar rapidamente. Um trem de carga médio com  90 a 120 vagões percorre 1,6 a 2 km  até parar.  Trem com velocidade de 90 km/h pode percorrer  1,60 km ou mais para parar,  após o maquinista acionar o freio de emergência. Um trem de passageiros com 8 carros, com velocidade de 130 km/h precisa de cerca de 1,6 km para parar.
Conforme disposto no inciso XII do art. 29 do Código de Trânsito Brasileiro, os veículos que se deslocam sobre trilhos terão preferência de passagem sobre os demais, respeitadas as normas de circulação.

Isto significa que é dever do motorista de veículo automotor aguardar o momento seguro para realizar a travessia da linha, e não esperar que o maquinista da locomotiva realize operação de frenagem ao avistar a invasão da sua via por outro agente.

Vídeo

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domingo, dezembro 25, 2016

Cigarro eletrônico explode com passageiro no ônibus

Um clarão de fogo ocorreu no ônibus na quarta-feira à tarde, Fresno, Califórnia, quando um homem de 53 anos pulou com um vaporizador na mão.

O motorista do ônibus alertou o passageiro sobre a proibição de fumar e ele colocou o dispositivo no bolso. Depois de alguns  minutos, ele decidiu  fumar. No momento de acionar o dispositivo a vítima entrou pânico com as chamas.

Em todo o país, incidentes de explosões de cigarros eletrônicos ocorrem sendo capturadas por câmera de vídeo, com queimaduras graves em suas vítimas. 

As baterias têm um envoltório e se rasgá‑lo torna a bateria muito instável, especialmente se a bateria estiver danificada ou amassada - basicamente é uma bomba de tempo.

Bombeiros de Fresno disseram que a bateria no interior do dispositivo foi queimada – dando‑lhes poucas pistas sobre a causa.

A vítima afirmou que sentiu o dispositivo esquentar - os especialistas disseram que é um sinal de que ele pode ter deixado seu  cigarro no bolso Muitos usuários são culpados disso.

Os novos modelos de e-cigarro  têm proteções que impedem o seu dispositivo de disparar. Evitar comprar os modelos antigos mecânicos que não têm fechamento. "Se ele disparar por 10 segundos em linha reta, ele vai parar de disparar e o dispositivo será desligado." Uma função simples que poderia acabar sendo um salva-vidas.A vítima sofreu ferimentos leves na mão e na coxa. Fonte: ABC30 - Quinta-feira, 22 de dezembro de 2016  


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terça-feira, dezembro 20, 2016

Riscos associados à indústria de GNL

À luz dos recentes empreendimentos de Gás Natural Liquefeito (GNL) implantados no Brasil, a discussão sobre os riscos associados à indústria de GNL torna-se de suma importância. Assim sendo, este trabalho tem como objetivo apresentar os riscos associados a operações industriais com GNL e compilar os principais incidentes registrados nesta indústria.

INTRODUÇÃO
A indústria de GNL atualmente encontra-se em franco desenvolvimento, tendo assumido papel de destaque no panorama energético mundial. Neste contexto, entre 2007 e 2009 foram implementados, pela Transportadora Associada de Gás S.A. – TAG, dois projetos de regaseificação de GNL no Brasil. A análise desses projetos permitiu a sinergia de diversas áreas da ANP, culminando com as autorizações de construção e de operação das instalações envolvidas. Desta forma, torna-se pertinente uma avaliação sobre os riscos associados à indústria de GNL, tendo como base os principais incidentes relatados mundialmente.

OS RISCOS INERENTES DO GNL
O GNL é obtido pelo processo de liquefação de gás natural após tratamento para a remoção de impurezas, tais como água, nitrogênio, dióxido de carbono, gás sulfídrico e outros componentes sulfurados. A remoção destes componentes é feita antes do processo de liquefação, uma vez que alguns podem congelar no ponto de orvalho do gás natural. As composições médias do gás natural e do GNL estão mostradas na Figura 1.


O GNL é estocado apenas sob refrigeração e não sob pressão. Correntemente encontra-se o produto sob pressurização o que implica a avaliação equivocada dos riscos a ele associados. Na verdade, a tecnologia correntemente empregada faz uso de armazenamento do produto à pressão atmosférica e à temperatura de aproximadamente -160oC.
Os vapores inflamáveis, liberados à medida que o GNL retorna à fase gasosa, só são capazes de criar uma atmosfera explosiva sob condições definidas. Para que os vapores sofram ignição, estes devem estar dentro do limite de inflamabilidade do material, neste caso, uma mistura primordialmente composta por metano. Assim sendo, para que haja a queima, a mistura metano/ar deve conter entre 5% e 15% de metano (Figura 2). Misturas mais concentradas em metano (acima de 15%) não sofrem ignição por falta de oxigênio, enquanto que aquelas com teor de metano abaixo de 5% não a sofrem for falta de combustível.

A situação de atmosfera excessivamente rica em material combustível ocorre no interior de tanques, onde a fase gasosa é composta quase que exclusivamente por metano. Nesta situação não há possibilidade de incêndios por falta de oxigênio. Entretanto, quando há vazamento de GNL em áreas ventiladas, os vapores produzidos se misturam com o ar, podendo dar origem a condições adequadas para incêndio, caso haja uma fonte externa de ignição. Contudo, os vapores rapidamente se dispersam no ar, reduzindo a concentração para valores abaixo de 5%, o que, novamente, inviabiliza a possibilidade de fogo. Assim sendo, a maior possibilidade de ignição ocorre em pontos onde há a possibilidade de estagnação ou em vazamentos em áreas confinadas.

Os riscos associados ao GNL decorrem de suas propriedades intrínsecas, ou seja, dos seus vapores inflamáveis, da baixa temperatura e da possibilidade de asfixia em vazamentos. Quanto aos possíveis riscos, têm-se (FOSS, M.M., 2003; FLYNN, T.M., 2005):

■ Explosão: Este fenômeno ocorre quando uma substância sofre reações muito rápidas, como ocorre na ignição, ou é liberada de forma descontrolada sob pressão. Devido ao GNL ser armazenado à pressão ambiente, a possibilidade de explosão é reduzida.
■ Nuvens de vapor: São formadas pela vaporização do GNL com dispersão na atmosfera. A nuvem só irá pegar fogo se entrar em contato com uma fonte de ignição enquanto dentro dos limites de inflamabilidade.
■ Congelamento: O contato com GNL leva ao congelamento e a queimaduras e, portanto, todo o pessoal envolvido deverá portar equipamento de proteção individual adequado.
■ Rollover: Fenômeno de convecção devido às diferenças de densidade do GNL. A movimentação poderá ocasionar vazamentos pelas PSVs e rachaduras nos tanques. Este evento pode ser facilmente evitado com a implementação de procedimentos operacionais adequados.
■ Asfixia: Se caracteriza como dificuldade respiratória com possível perda de consciência devido à falta de oxigênio. Pode ocorrer próximo ao local de vazamentos e em espaços confinados onde a pessoas ficariam expostas a concentrações excessivamente altas de vapor de GNL.

PRINCIPAIS INCIDENTES REGISTRADOS
Em comparação a refinarias e plantas petroquímicas, a indústria de GNL tem um histórico excelente no que concerne a segurança das instalações. De acordo com H.H. West e M.S. Mannan, da Texas A&M University (FOSS, M.M., 2003):
“The worldwide LNG industry has compiled an enviable safety record based on diligent industry safety analysis and the development of appropriate industry safety regulations and standards”.
(A indústria mundial de GNL tem compilado um histórico de segurança invejável baseado em uma cuidadosa análise de segurança industrial e no desenvolvimento de normas e regulamentos adequados.)
De fato, o GNL tem sido movimentado por mar com segurança nos últimos 40 anos, nos quais foram realizadas mais de 45.000 viagens de navio e percorridas cerca de 100 milhões de milhas, sem que tenham sido registrados quaisquer acidentes graves ou problemas de segurança nos portos ou em alto mar.

De acordo com o U.S. Department of Energy, em 60 anos da indústria de GNL houve, mundialmente, apenas 8 incidentes em embarcações com vazamento do produto, e nenhum destes resultou em incêndio. Adicionalmente, ressalta-se que nenhum destes vazamentos ocorreu devido a colisões ou encalhe das embarcações.
Alguns dos principais acidentes registrados no mundo estão discutidos, de forma sucinta, a seguir (FOSS, M.M., 2003; FOSS, M.M., 2007; CH-IV International, 2003; CH-IV International, 2006):

a) Cleveland - Ohio, EUA, 1944
O acidente ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial em uma instalação de “peakshaving” da East Ohio Gas Company, construída em 1941. Esta planta operou sem acidentes até 1944, quando foi ampliada de modo a incluir um tanque maior.
Obs: Instalações de “peakshaving” são aquelas que incluem a liquefação de gás natural e armazenamento para posterior regaseificação do GNL produzido, com a finalidade de suprir as empresas distribuidoras de gás natural em períodos de picos de demanda.

Devido ao esforço de guerra, houve falta de ligas de aço com alto teor de níquel, material adequado para fabricação de peças e instalações para operação em baixas temperaturas.
As ligas com 9% de níquel, utilizadas para construção de tanques para armazenamento de GNL, foram substituídas ou outras com teor de níquel de aproximadamente 4%, que não apresentava as características necessárias a trabalhos em baixas temperaturas. Assim sendo, houve um vazamento de GNL com posterior propagação da nuvem de gás pelas ruas e penetração na rede de água pluvial. O gás natural confinado na rede sofreu ignição causando a morte de 128 pessoas na área residencial adjacente à planta.
A investigação do acidente foi conduzida pelo U.S. Bureau of Mines, que concluiu que o conceito de liquefazer o gás natural e armazenar GNL é válido, desde que observadas as
precauções apropriadas.

b) La Spezia, Italia, 1971
O evento ocorrido em La Spezia teve como fato marcante ser o primeiro caso documentado de “rollover” em uma planta de GNL. O incidente ocorreu após a descarga do navio metaneiro ESSO-Brega que estava fundiado no porto há aproximadamente um mês. Decorridas 18 horas da descarga, o tanque de GNL do Terminal sofreu um abrupto aumento de pressão, o que causou um vazamento de gás pelas válvulas de segurança e pelos vents por algumas horas. O teto do tanque foi levemente danificado, embora não tenha ocorrido ignição do produto vazado. Posteriormente, atribuiu-se o efeito à estratificação do GNL no tanque de armazenamento do terminal que provocou a movimentação repentina do conteúdo do tanque que ocasionou o súbito aumento de pressão. Este acidente serviu de parâmetro para a elaboração de procedimentos de
enchimento de tanques de acordo com as diferenças de temperatura e densidade entre o GNL armazenado no tanque e aquele da corrente sendo alimentada.

c) Staten Island - Nova York, EUA, 1973
O acidente de Staten Island ocorreu em uma instalação de “peakshaving” da Texas Eastern Transmission Company. O acidente não ocorreu devido ao GNL propriamente dito, mas sim a problemas durante manutenção de um tanque. Em 1972 operadores suspeitaram de vazamento no tanque e interromperam a operação. O tanque foi esvaziado e, durante os reparos, houve combustão do isolamento do tanque, o que ocasionou o deslocamento do teto deste. A queda do teto provocou a morte por esmagamento de 40 operários que trabalhavam no interior do tanque.
O New York Fire Department determinou que o acidente ocorreu claramente devido à
obra e não um acidente com GNL.

d) Cove Point - Maryland, EUA, 1979
Em outubro de 1979 houve um vazamento de GNL pelo selo de uma das bombas do terminal de importação Columbia Gas LNG Terminal. A nuvem de gás penetrou por um eletroduto e atingiu a subestação do terminal, causando explosão. O evento provocou a morte de um operador.

O National Transportation Safety Board dos EUA entendeu que o terminal foi projetado e
construído em conformidade com os regulamentos e códigos em vigor. Assim, em decorrência do acidente foram propostas alterações nos códigos de projetos que são atualmente utilizados por toda a indústria de GNL.

e) Skikda, Argélia, 2004
Em 19 de janeiro de 2004, houve vazamento do fluido refrigerante da unidade de liquefação de gás natural. O hidrocarboneto liberado formou uma nuvem que penetrou na caldeira da unidade, aumentando a quantidade de combustível para a queima. O aumento da quantidade de calor liberada provocou um aumento da pressão do sistema que excedeu a capacidade da válvula de segurança e levou ao rompimento da caldeira.
Esta instalação estava próxima o suficiente da área onde ocorria o vazamento para provocar a ignição da nuvem de vapor, que provocou uma bola de fogo matando 27 pessoas e deixando 72 feridos. Vale ressaltar que o acidente não envolveu vazamento de GNL ou incêndio por ele provocado. No evento, nenhum dos tanques de GNL foi danificado e ninguém fora do perímetro da planta sofreu ferimentos.
A U.S. Federal Energy Regulatory Commission (FERC) e o U.S. Department of Energy (DOE) atribuíram o acidente à existência de fonte de ignição próxima, falta de dispositivos de parada de emergência e a falta de detectores do sistema de fogo e gás.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com o acima exposto, depreende-se que a indústria do GNL tem um elevado nível de segurança, tendo evoluído significativamente com o aprendizado decorrente dos acidentes. Com exceção do acidente de Cleveland (1944), todos os ferimentos causados por GNL ocorreram dentro dos limites das instalações. Ressalta-se que, na bibliografia consultada, não há qualquer registro de fatalidades em embarcações de transporte e regaseificação de GNL.

Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis- Boletim Mensal de Gás Natural - Outubro de 2009  
Autores: Helio da Cunha Bisaggio, Engº Naval, Especialista em Regulação da ANP, MSc Engenharia Oceânica e doutorando na mesma área, pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia-COPPE da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
Luciana Rocha de Moura Estevão, Engª Química, Especialista em Regulação da ANP, MSc e DSc em Química Orgânica, na área de química de materiais, pelo Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Comentário: Recomendações da NFPA
A NFPA 59A, norma para a produção, armazenagem e manuseio de gás natural liquefeito (gnl)
O código principal da NFPA para todas as instalações de gás natural liquefeito é abrangente. O código estabelece os requisitos essenciais para todas as instalações que manuseiam, armazenam e produzem GNL. Entre outras coisas, o código fornece exigências para:
■ Localização e layout das instalações
■ Projeto e construção das instalações
■ Inspeção e manutenção das instalações
■ Proteção contra incêndio e segurança das instalações
■ Instrumentos, controles e eletricidade das instalações
■ Sistemas de transferência do GNL das instalações
■ Treinamento do pessoal envolvido com GNL
■ Projeto, construção, inspeção e instalação de operações de vaporização, tanques de armazenagem e sistemas e componentes de tubulações.

AS EXPLOSÕES DE NUVENS DE GÁS NATURAL
Têm o potencial de causar os incidentes mais destrutivos associados ao gás natural. Elas podem se formar quando ocorre um derrame ou um escape de GNL, causando a vaporização do líquido quando se mistura ao ar ambiente a temperaturas mais altas que seu ponto de ebulição de ‑260ºF (162oC). Os vapores frios de gás, inicialmente mais pesados que o ar, formam uma nuvem perto do solo que se eleva lentamente e se dissipa à medida que aquece. Caso uma fonte de ignição viável esteja presente quando a nuvem atinge um tamanho suficiente e uma concentração de 5-15 por cento no ar, esta pode incendiar-se e até explodir.

Uma explosão de GNL é uma ocorrência muito rara que requer um alinhamento quase perfeito de eventos, de acordo com Guy Colonna, diretor de Divisão da NFPA de Engenharia Industrial e Química, que passou parte dos anos 80 participando duma pesquisa que informou a maioria dos modelos informáticos de nuvens de vapor de GNL ainda em uso hoje. “É de fato realmente difícil fazer explodir o GNL – tentei muitas vezes em muitos diferentes cenários,” ele disse.

“Precisa ter a concentração correta, a quantidade certa de evaporação e uma ignição retardada e perfeitamente sincronizada.” Um cenário mais provável é um incêndio de poça de GNL, não uma grande explosão, disse ele.
Embora pouco provável, o perigo apresentado pelas nuvens de vapor não é tomado levianamente, particularmente quando se trata de localizar instalações.

Modelos informáticos sofisticados desenvolvidos pelo governo e pela indústria tentam demonstrar as consequências que uma liberação de vapor teria fora do local. Os modelos usam centenas de inputs – causas do escape de GNL, localização dos escapes, pressão dos tanques, taxa de liberação, ventos dominantes, temperaturas ambientes e muito mais – e registram aquilo que aconteceria em centenas de diferentes cenários.
Como se dispersaria o gás? Aonde iria? Quantas pessoas poderiam estar em perigo se houvesse uma explosão? Um projeto de 2009 da Fundação de Pesquisa para Proteção contra Incêndios (FPRF, da sigla em inglês) coletou todos os dados experimentais e criou uma base de dados de validação para melhorar os modelos de dispersão. Os modelos serviram de referência aos códigos da NFPA durante anos. Até agora ainda estão sendo aprimorados. Fonte:   NFPA journal latinoamericano- junho 2016

RISCOS A POPULAÇÃO CIRCUNVIZINHA
Os riscos para pessoas e objetos fora da área atingida pelo incêndio em poça, ou em nuvem, advém, primariamente, da radiação térmica emitida pelo incêndio. A depender da localização e orientação do indivíduo, tempo de exposição à radiação térmica (dose) e de outros efeitos mitigadores (roupa, suor, etc.), a pele exposta pode sofrer lesões (resposta) acima de um determinado valor da dose tolerável pelo ser humano, podendo ir de queimaduras de primeiro grau até as de segundo e terceiro graus (letais) (De Roos, 1992). E é por este motivo que existe preocupação com o GNL por parte do público e das autoridades reguladoras.

Outros tipos de impactos, danos e lesões também podem ocorrer em um acidente envolvendo GNL, podendo ser citados:
■ asfixia (metano é um gás asfixiante simples)
■ queimaduras criogênicas e fragilização estrutural,
■ incêndio em bola de fogo (fireball),
■detonações pelo aumento da turbulência e abrupto e gigantesco crescimento da velocidade de propagação da frente de chama em ambientes confinados de baixa porosidade

OS RISCOS PRINCIPAIS DO  GNL:
■ incêndio,
■ explosão confinada ou parcialmente confinada,
■ transição rápida de fase e efeitos relacionados à sua temperatura criogênica de armazenamento, como, por exemplo, queimadura criogênica, asfixia.

Comparado ao Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e ao etileno liquefeito, o GNL é menos perigoso devido à:
■ baixa densidade,
■ tendência de não formar nuvem inflamável de vapor nas condições ambientais,
■ ser relativamente alta sua energia mínima de ignição,  e
■ ter menor velocidade fundamental de combustão.
O GNL não é tóxico, e se evapora rapidamente; consequentemente, considerando um longo tempo de vazamento, são insignificantes os impactos ambientais de um derrame acidental, se não houver nenhuma ignição dos vapores formados.

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domingo, dezembro 18, 2016

Pescadores são convocados a capturar 80 mil trutas que fugiram do cativeiro

Um acidente causou a liberação de até 80 mil trutas-arco-íris criadas em cativeiro no mar na Dinamarca, levando ambientalistas a "convocar" pescadores para tentar capturar os peixes, que podem ameaçar espécies locais.

ACIDENTE
O acidente aconteceu quando um cargueiro atingiu uma fazenda de piscicultura nos fiordes de Horsens, na península de Jutland. Ambientalistas temem que os peixes, cada um pesando cerca de três quilos, atrapalhem a reprodução das espécies locais de trutas.

AJUDA
Soren Knabe, presidente do grupo ambientalista Vandpleje Fyn e membro da Associação de Pesca da Dinamarca, pediu que qualquer um com equipamento de pesca vá pescar.
Knabe explicou que agora é o pior momento possível para uma "invasão" de trutas-arco-íris em águas dinamarquesas. "As trutas marinhas estão indo para a corrente da (ilha de) Funen para desovar e ovos de truta marinha são a comida predileta da truta-arco-íris", contou o ambientalista, em referência à ilha ao sul da fazenda onde ocorreu o acidente.

IMPACTOS AMBIENTAIS
O cargueiro estava a caminho do porto de Kolding na terça-feira, 11 de outubro,  quando acertou a fazenda de piscicultura.
Jon Svendsen, pesquisador do Instituto Nacional de Recursos Aquáticos da Dinamarca, afirmou que as trutas-arco-íris que escaparam com o acidente podem ameaçar a reprodução da truta marinha ao devorar os ovos dela enquanto elas mesmas tentam desovar.
Para Svendsen, o acidente terá impacto ambiental imediato e o momento em que tudo aconteceu foi "muito infeliz".

ALERTA- EXISTEM AMEAÇAS MAIORES PARA O AMBIENTE LOCAL
O pesquisador aprovou a convocação de pescadores para tentar capturar os peixes. Mas acrescentou que a ameaça não é duradoura, já que a truta-arco-íris não deve se estabelecer como população natural permanente na Dinamarca.
Ele alerta, no entanto, que existem ameaças maiores para o ambiente local: a extração de areia para construção, espécies invasoras, mudanças climáticas e as próprias fazendas de piscicultura que criam essas trutas.

"Fazendas de piscicultura são ameaças bem maiores para o ambiente marinho local, principalmente pela liberação de nutrientes no ambiente, que podem estar associados com a proliferação de algas e a subsequente hipóxia (queda nos níveis de oxigênio na água)", afirmou Svendsen. Fonte: BBC Brasil - quarta-feira, 12 de outubro de 2016 

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terça-feira, dezembro 13, 2016

Inspeção e teste de sistemas de proteção contra incêndios

Os sistemas de proteção de incêndio são um fator essencial na redução de perdas potencialmente elevadas, causadas por incêndios em qualquer propriedade. Evidências estatísticas da supressão de fogo por equipamentos de proteção contra incêndios, adequadamente projetados e mantidos, têm comprovado a eficácia desses sistemas. Infelizmente, perdas causadas por grandes  incêndios não controlados decorrentes do mau funcionamento de equipamentos de proteção continuam a ocorrer, em virtude de inspeções e testes insuficientes.

Alguns dos problemas recorrentes que continuamos a enfrentar, causados por deficiências em inspeções, incluem:
■ Fechamento não detectado de válvulas de controle de sistemas de sprinklers
■ Bombas de incêndio inoperantes
■ Reservatórios de abastecimento de água vazios
■ Mau funcionamento de equipamentos especiais de supressão
■ Portas corta-fogo inoperantes ou obstruídas
■ Sistemas de detecção inoperantes
■ Alarmes inoperantes
■ Válvulas de controle de sprinklers inoperantes

A direção/gerência de unidade/fábrica deverá adotar uma abordagem firme para estabelecer um programa de inspeções, testes e manutenção periódicos dos equipamentos de proteção contra incêndios, em um esforço de manter a confiabilidade operacional dos sistemas contra incêndios.

A direção deverá considerar programa documentado de inspeção da proteção contra incêndios, como parte das operações continuamente eficientes da unidade industrial. A alta direção deverá estabelecer uma política determinando um programa de auto inspeção em cada unidade.

Este documento fornece uma visão geral dos principais requisitos de inspeção, testes e manutenção. Para conhecer a íntegra dos requisitos, consultar as normas, Corpo de Bombeiros, ABNT e NFPA aplicáveis.
Cada empresa poderá adaptar esse documento conforme suas necessidades de segurança contra incêndio. O documento oferece uma visão geral das diversas inspeções que deverão ser executadas semanal, mensal, trimestral, semestral e anual.

PARTE A – PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO SEMANAL

1. Válvulas
Válvulas de controle de abastecimento de água para proteção contra incêndios Isto inclui todas as válvulas de controle do sistema de sprinklers, válvulas de controle de abastecimento de água e das bombas de incêndio, válvulas do sistema de tubo vertical e válvulas de controle seccional.
Se as válvulas individuais não forem travadas na posição abertas, nem providas de supervisão eletrônica, elas deverão passar por inspeções visuais semanais.

2. Bombas de incêndio
Para fins de documentação identificar cada bomba pelo número de série e sua localização.
a. Cada bomba deve ser ligada automaticamente por queda de pressão.
b. Bombas de incêndio com motores à combustão devem ser operadas por pelo menos 30  minutos por semana; bombas de incêndio com motores elétricos devem ser operadas por no mínimo 10 minutos por semana; bombas com turbinas a vapor devem ser operadas por no mínimo 5 minutos a cada semana.
c. As bombas de incêndio, a casa de bombas e as estruturas de sucção deverão passar por inspeções semanais e mensais, e deverão ser documentadas. 

3. Reservatório de abastecimento de água  
■Cada reservatório deverá ser identificado por sua localização ou número.
■Os  reservatórios deverão ser examinados visualmente para determinação de problemas de corrosão ou vazamentos.

4. Abastecimento público de água
Verificar se a rede pública de abastecimento está em pleno funcionamento. A maior preocupação é assegurar que todas as válvulas de controle do reservatório local estejam abertas e lacradas. Caso a confiabilidade do abastecimento local de água não seja confiável em virtude
de grandes flutuações de pressão, sejam elas sazonais ou periódicas, um manômetro de pressão estática deverá ser instalado no conjunto de válvula de retenção, no lado conectado ao reservatório da rede pública de abastecimento de água. Leituras de pressão anormalmente baixas deverão ser registradas no formulário de relatório, e essa condição deverá ser levada à atenção da concessionária de água ou do Corpo de Bombeiros, para que possa ser sanada.
Se as válvulas no reservatório local estiverem travadas na posição aberta, esta inspeção poderá ser feita mensalmente.

5. Sistemas de sprinklers, sistemas de aspersão de água
Inspecionar os medidores nos sistemas de tubulação seca, pré-ação e de dilúvio, para assegurar que as pressões de ar e água sejam corretas. Nos casos em que houver um alarme de supervisão de pressão baixa de ar conectado a um local constantemente assistido, esta inspeção poderá ser feita mensalmente.
Todos os problemas constatados durante a inspeção deverão ser anotados e corrigidos prontamente.

6. Sistemas de extinção especiais
Identificar todos os sistemas de extinção especiais pelo número do sistema e o risco contra o qual protegem.
■ Sistemas de extinção com dióxido de carbono – Verificar se o indicador de nível de líquido nos sistemas de baixa pressão mostra a quantidade mínima de agente no tanque.
■ Os sistemas de detecção de fagulhas e de detecção/supressão de fagulhas deverão passar por inspeção física das lentes e confirmação da ausência de obstruções. O sensor deverá ser verificado para se certificar de que não apresenta danos físicos.
Obs.: Em equipamentos “críticos para a produção”, o sistema de detecção de fagulhas deverá ser inspecionado diariamente.

7. Mangueiras
Nenhuma

8. Hidrantes, bocais de canhões monitores e redes de incêndio
As redes de proteção contra incêndios deverão ser inspecionadas semanalmente (ou com maior frequência) para verificar se o sistema esteja funcionando corretamente.

9. Portas corta-fogo, portas/janelas corta‑fogo de enrolar e dampers corta-fogo
■  Inspecionar visualmente se todas as portas corta‑fogo e portas/janelas corta‑fogo de enrolar estão funcionando e livres de obstruções (ou seja, se não existe armazenamento temporária obstruindo a passagem) que possam impedir o fechamento adequado da porta em caso de uma emergência de incêndio.
■ O revestimento metálico e todas as ferragens das portas corta-fogo deverão ser inspecionados, incluindo fechos e guias. Será necessário inspecionar os fusíveis de disparo para assegurar que  não tenham tinta ou outros materiais estranhos que poderiam retardar sua operação.

10. Extintores de incêndio portáteis
Nenhuma

11. Sistemas de detecção automática de incêndio, de detecção de gás e de alarme de incêndio
A inspeção e o teste semanais dos sistemas de detecção automática de incêndio, de alarme manual de incêndio e de detecção de gás deverão ser feitas de acordo com os requisitos das normas por pessoal qualificado.

12. Sistemas de Água Nebulizada
■ Testar semanalmente as bombas do sistema de água nebulizada.
■ Inspecionar o sistema de pressurização de ar quando não for supervisionado eletronicamente, e ligar o compressor.
■ Verificar visualmente se as válvulas estão travadas na posição aberta, caso não sejam supervisionadas eletronicamente.

Organização e limpeza:
Durante a visita de inspeção semanal, toda a unidade deverá ser verificada quanto a problemas de organização e limpeza, bem como quanto ao controle de riscos comuns, como descuido ao fumar, trapos embebidos em óleo, líquidos inflamáveis armazenados incorretamente, armários de distribuição elétrica obstruídos, armazenamento de combustíveis em salas elétricas, etc. As falhas deverão ser registradas no relatório e corrigidas.

Comprometimentos:
Qualquer comprometimento da proteção contra incêndios constatado durante inspeções ou testes deverá ser imediatamente informado à gerência.

PARTE B – PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO MENSAL
Os requisitos de teste a seguir são adicionais àqueles a serem observados semanalmente.

1. Válvulas de controle
Isto inclui todas as válvulas de controle do sistema de sprinklers, válvulas de controle de abastecimento de água e das bombas de incêndio, válvulas do sistema de tubo vertical e válvulas de controle seccionais.
a. Todas as válvulas individuais deverão ser inspecionadas visualmente se estiverem lacradas.
Se as válvulas estiverem travadas abertas ou contarem com supervisão eletrônica, a inspeção poderá ser feita mensalmente.
b. Todas as válvulas deverão ser inspecionadas para verificar se estão “travadas” na posição aberta; o formulário de inspeção deverá ser assinalado de acordo.
c. Quando uma válvula de controle for encontrada destravada, ela deverá ser testada fisicamente, girando-a até a posição completamente aberta e executando-se um teste do dreno principal, geralmente a jusante da válvula, para verificar se está completamente aberta. A válvula deverá então ser travada. Deve-se lembrar de que todas as válvulas deverão ser lacradas se não tiverem uma trava.
d. Se uma válvula de controle for encontrada fechada, o motivo deverá ser determinado. Se nenhum problema for determinado, a válvula deverá ser aberta, um teste de dreno de deverá ser realizado e a válvula deverá ser travada. O motivo de a válvula estar fechada deverá ser investigado e comunicado a gerência.
OBS.: As chaves de válvula para caixas de registro de calçada deverão estar disponíveis em local acessível na unidade industrial.

2. Bombas de incêndio elétricas
Para fins de registro, identifique cada bomba por um número e/ou localização. As bombas de incêndio a diesel também deverão ser testadas semanalmente.
a. Todas as bombas deverão partir automaticamente caso ocorra uma queda de pressão.

1. As bombas de incêndio acionadas por motor de combustão interna deverão ser operadas por no mínimo 30 minutos a cada semana; as bombas elétricas por um mínimo de 10 minutos e as bombas a vapor por um mínimo de 5 minutos.

2. A pressão a vazão zero (pressão na saída, sem descarga de água) deverá ser registrada.
■ As bombas de incêndio, a casa de bombas as estruturas de sucção deverão passar por inspeções semanais e mensais deverão ser documentadas.

3. Reservatórios de abastecimento de água
■ Nos reservatórios não equipados com alarmes de nível de água o nível de água em cada um deverá ser verificado através do indicador de nível ou pelo transbordamento. Para reservatórios providos com alarmes de nível de água conectados a um local constantemente assistido, a inspeção do seu nível poderá ser feita trimestralmente.

4. Água da rede pública
Verifique se a rede pública de abastecimento está em pleno funcionamento. A maior preocupação é verificar que todas as válvulas de controle do reservatório local estejam abertas e travadas. Caso o nível de confiabilidade do abastecimento local de água não seja adequado em virtude de grandes flutuações de pressão, sejam elas sazonais ou periódicas, um manômetro de pressão estática deverá ser instalado no conjunto de válvula de retenção, no lado conectado ao reservatório da rede pública de abastecimento de água. Leituras de pressão anormalmente baixas deverão ser registradas no formulário de relatório, e essa condição deverá ser levada à atenção da concessionária de água ou do Corpo de Bombeiros, para que possa ser sanada.

5 Sistemas de sprinklers e sistemas de aspersão de água
a. Os sistemas de sprinklers com tubulação molhada deverão ser inspecionados para verificar se pressão adequada da água está sendo mantida nos sistemas.
b. Os manômetros de água e ar dos sistemas de tubulação seca, sistemas de pré-ação e sistemas de dilúvio deverão ser inspecionados mensalmente quando houver alarmes de supervisão da pressão do ar conectados a um local constantemente assistido.
Quando não houver alarmes da pressão do ar, a inspeção dos manômetros deverá ser semanal.
c. Os detectores dos sistemas de aspersão de água de ultra-alta velocidade deverão ser inspecionados mensalmente quanto a danos físicos e acúmulos de material nas lentes.

6. Sistemas de extinção especiais
a. Sistemas de extinção com dióxido de carbono
1. Inspecionar para assegurar que os cilindros de alta pressão estejam posicionados e corretamente presos.
2. Para o armazenamento a baixa pressão, deve-se inspecionar os seguintes elementos:
a. O manômetro deve indicar pressão normal
b. A válvula de bloqueio do tanque deve estar aberta e a válvula piloto de suprimento de pressão piloto deve estar aberta.
c. O indicador de nível do líquido deve ser observado. Se, a qualquer momento, um contêiner apresentar uma perda superior a 10%, ele deverá ser recarregado, a menos que os requisitos mínimos de gás ainda estejam sendo atendidos.
3. O armazenamento de dióxido de carbono deve estar conectado à tubulação de descarga e aos atuadores.
4. Todos os atuadores manuais devem estar instalados e os lacres de violação, intactos.
5. Os bocais devem estar conectados, corretamente alinhados e isentos de obstruções e de material estranho.
6 Os detectores devem estar instalados e isentos de materiais estranhos ou obstruções.
7 O painel de controle do sistema deve estar conectado e indicando condição “normal‑preparado”.
b. O acionamento dos sistemas de detecção/supressão de fagulhas deverá ser testado (com vazão) para assegurar que o sistema de aspersão esteja funcionando corretamente.

7. Mangueiras
Identificar a localização e a conexão de cada mangueira interna. Em cada conexão de mangueira interna, o bocal ajustável de aspersão deverá estar montado, e a mangueira deverá estar corretamente colocada no porta-mangueiras e conectada à tubulação de abastecimento. É importante determinar que todas as conexões das mangueiras estejam em pleno funcionamento, prontamente acessíveis e que as mangueiras e os bocais se encontrem em bom estado.

8. Hidrantes, bocais de canhões monitores e redes particulares de incêndio
Consultar as normas para verificar os requisitos necessários.

9. Portas corta-fogo, portas/janelas corta-fogo de enrolar e dâmpers corta-fogo
Consultar as normas para verificar os requisitos necessários

10. Extintores de incêndio portáteis
Extintores de incêndio portáteis e sobre rodas deverão ser inspecionados para assegurar que estejam acessíveis, corretamente posicionados e em boas condições de manutenção. Todos os extintores deverão estar adequadamente carregados e com etiquetas afixadas, indicando terem recebido manutenção no último ano.
Recomenda-se disponibilizar uma planta indicando a localização e o tipo das unidades, para garantir que todas elas sejam inspecionadas.

11. Sistemas de detecção automática de incêndio, de detecção de gás e de alarme de incêndio
A inspeção e o teste mensais dos sistemas de detecção automática de incêndio, de alarme manual de incêndio e de detecção de gás deverão ser feitas de acordo com os requisitos das normas por pessoal qualificado.

12. Sistemas de água nebulizada
a. Inspecionar o nível do tanque de reserva de água se não for provido por supervisão eletrônica.
b. Inspecionar níveis de recirculação de água do tanque de reserva de água se não for provido por supervisão eletrônica.
c. Inspecionar as pressões dos cilindros de gás comprimido quando não forem providos por supervisão eletrônica.
d. Garantir que a válvula de controle do cilindro se encontra na posição aberta.
e. Inspecionar a pressão do sistema do compressor de ar quando possuir supervisão eletrônica.
f. Inspecionar visualmente se as válvulas de controle estão bloqueadas na posição aberta ou supervisionadas eletronicamente.

PARTE C – PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO TRIMESTRAL
Os requisitos de teste a seguir são adicionais àqueles a serem observados semanalmente ou mensalmente.
1. Válvulas de controle de abastecimento de água para proteção contra incêndios
Consultar as normas para verificar os requisitos adicionais.

2. Bombas de incêndio
Consultar as normas para verificar os requisitos adicionais.

3. Reservatórios de abastecimento de água.
Nos reservatórios equipados com alarmes de nível de água que sejam conectados a um local constantemente assistido, o nível de água em cada um deverá ser verificado através do indicador de nível ou pelo transbordamento.
b. A parte externa do reservatório, sua estrutura de suporte, a fundação dos respiros e passarelas ou escadas, onde houver, deverão ser visualmente inspecionadas para identificação de sinais de danos, enfraquecimento ou oxidação.
O reservatório deverá estar livre de materiais armazenados, lixo, vegetação rasteira ou outros riscos de incêndio.

4. Abastecimento público de água
Consultar as normas verificar os requisitos adicionais.

5. Sistemas de sprinklers, sistemas de aspersão de água
a. Inspecionar todos os dispositivos de alarme de fluxo de água para confirmar que estejam isentos de danos físicos.
b. Testar os dispositivos mecânicos de fluxo de água (gongos hidráulicos).
c. Testar a água de escorva para a válvula de tubulação seca para confirmar o nível correto.
d. Realizar 1 (um) teste do dreno principal quando o suprimento único de água for equipado com um preventor de refluxo.

6. Sistemas de extinção especiais
 Os sistemas de prevenção contra explosões deverão ser inspecionados e testados por pessoal qualificado. Consultar as normas.

7. Mangueiras e tubulação
a. Inspecionar todos os dispositivos de alarme de fluxo de água para confirmar que estejam isentos de danos físicos.
b. Testar os dispositivos mecânicos de fluxo de água (gongos hidráulicos).

8. Hidrantes, bocais de canhões monitores e redes particulares de incêndio
a. As caixas para mangueiras deverão ser inspecionadas para determinar o funcionamento
adequado e se os equipamentos estão instalados e em boas condições.
b. As conexões do Corpo de Bombeiros deverão ser inspecionadas.

9. Portas corta-fogo, portas/janelas corta-fogo de enrolar e dampers corta-fogo
Consultar as normas para verificar os requisitos adicionais.

10. Extintores de incêndio portáteis
Consultar os requisitos mensais.

11. Sistemas de detecção automática de incêndio, de detecção de gás e de alarme de incêndio
A inspeção e o teste trimestrais dos sistemas de detecção automática de incêndio, de alarme manual de incêndio e de detecção de gás deverão ser feitas de acordo com as normas e por pessoal qualificado.

12. Sistemas de água nebulizada
a. Inspecionar a pressão da fonte de abastecimento de água.
b. Inspecionar o nível do tanque de armazenamento de água quando provido de supervisão.
c. Inspecionar o nível de água do cilindro de alta pressão.
d. Inspecionar os níveis de água do tanque de recirculação quando provido de supervisão eletrônica.
e. Inspecionar as pressões dos cilindros de gás comprimido quando forem providos por supervisão eletrônica.
f. Inspecionar toda tubulação associada às válvulas de alívio.

PARTE D – PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO SEMESTRAL
Os requisitos de teste a seguir são adicionais àqueles a serem observados;  semanal, mensal ou trimestralmente.
1. Válvulas de controle de abastecimento de água para proteção contra incêndios
Os alarmes de supervisão de violação das válvulas de abastecimento de água deverão ser testados.

2. Bombas de incêndio
Consultar as normas para verificar os requisitos adicionais.

3. Reservatórios de abastecimento de água  
Os alarmes de supervisão deverão ser testados. Isto deve incluir:
a. Alarmes de nível baixo de água.
b. Pressão baixa de ar nos tanques pressurizados.

4. Abastecimento público de água
Consultar os requisitos mensais.

5. Sistemas de sprinklers, sistemas de aspersão de água
Testar os dispositivos de fluxo de água do tipo palheta e pressostato.

6. Sistemas de extinção especiais
a. Os tanques de alta pressão de dióxido de carbono dos sistemas de extinção com este gás deverão ser pesados e a data do último teste hidrostático deverá ser registrada.
b. Os sistemas de extinção com agentes especiais deverão ser inspecionados e testados conforme os requisitos das normas por pessoal qualificado.
c. Os sistemas de extinção com pó químico seco deverão ser inspecionados e testados por pessoal qualificado.
d. Confirmar que o risco não tenha sido alterado.

7. Mangueiras e tubulação
Nenhuma

8. Hidrantes, bocais de canhões monitores e redes particulares de incêndio
Os bocais monitores deverão ser inspecionados para identificação de vazamentos, danos físicos e corrosão. Os reparos necessários deverão ser feitos.

9. Portas corta-fogo, portas/janelas corta-fogo de enrolar e dâmpers corta-fogo
Consultar as normas para verificar os requisitos nessários.

10. Extintores de incêndio portáteis
Consultar os requisitos mensais.

11. Sistemas de detecção automática e alarme manual de incêndio
A inspeção e o teste semestrais dos sistemas de detecção automática de incêndio, de alarme manual de incêndio e de detecção de gás deverão ser feitos de acordo com os requisitos das normas por pessoal qualificado.

12. Sistemas de água nebulizada
a. Inspecionar a quantidade de agente aditivo.
b. Teste pneumático da válvula solenoide da válvula mestre de alívio.

PARTE E – PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO ANUAL
Os requisitos de teste a seguir são adicionais àqueles a serem observados; semanal, mensal, trimestral e semestralmente.
1. Válvulas
Válvulas de controle de abastecimento de água para proteção contra incêndios
a. Todas as válvulas dos sistemas de proteção contra incêndio deverão ser fisicamente operadas, fechando cada válvula, reabrindo-a lentamente em seguida e fechando novamente um quarto de volta. A válvula deve ser então travada novamente e um teste de dreno deve ser executado para aquelas que controlarem colunas de sprinklers.
b. As válvulas de parafuso externo e castelo deverão ser lubrificadas anualmente.

2. Bombas de incêndio
a. O teste anual de desempenho das bombas de incêndio deverá incluir todas as bomba de incêndio e bombas de reforço.
b. Todos os alarmes de supervisão dos controladores das bombas deverão ser testados para condições como falta de energia e/ou se a chave principal do controlador foi desligada ou passada para a posição manual.
c. Testar os alarmes de problemas do controlador do acionamento por motor de combustão interna:
1. Falha no arranque
2. Excesso de rotação do motor
3. Pressão baixa do óleo
4. Temperatura elevada da água de resfriamento
5. Falha da bateria
OBS.: Consultar o Manual de Operação do fabricante do controlador para obter os métodos de teste do alarme.
d. A manutenção da bomba de incêndio deverá ser executada de acordo com os requisitos das normas, do fabricante da bomba e do fabricante do controlador da bomba.

3. Reservatório de abastecimento de água
a. Deverão ser inspecionadas quanto a rachaduras ou vazamentos.
b. As superfícies externas pintadas ou isoladas deverão ser inspecionadas quanto a sinais de deterioração.

4. Abastecimento público de água
Conduzir a inspeção e teste preventivo.

5. Sistemas de sprinklers, sistemas de aspersão de água
a. Testes do dreno principal deverão ser realizados em todos os sistemas de sprinklers e de aspersão de água. Documentar os resultados do teste.
b. As válvulas de dilúvio deverão passar anualmente por um teste de disparo com vazão plena. Nas instalações em que o sistema de dilúvio não puder ser testado sem a parada total de equipamentos ou processos (desenergização de equipamentos elétricos), o teste deverá ser realizado na próxima parada geral da fábrica. O intervalo máximo entre testes de disparo pleno não deverá exceder 3 anos.
c. Os bocais dos sistemas de aspersão deverão ser inspecionados visualmente quanto à orientação correta e vazão adequada durante os testes anuais com vazão plena. Nas instalações em que a válvula de dilúvio não puder passar pelo teste de disparo sem a parada de equipamentos (desenergização de equipamentos elétricos), o teste deverá ser realizado na próxima parada geral da fábrica. O intervalo máximo entre testes de disparo pleno não deverá
exceder 3 anos.
d. Os filtros cestos do sistema deverão ser removidos e inspecionados visualmente. Peças corroídas ou danificadas deverão ser substituídas antes de se recolocar os filtros em serviço.
e. Os sistemas de aspersão de água de velocidade ultra-alta deverão passar por testes operacionais completos, incluindo o tempo de resposta.
f. Os sistemas de sprinklers de espuma, incluindo os sistemas dosadores, deverão passar por testes operacionais anuais conforme os requisitos das normas.
g. Amostras do concentrado de espuma deverão ser enviadas ao fabricante ou a outro laboratório de ensaios autorizado e submetidas a testes de qualidade.
h. Amostras de agentes umectantes deverão ser enviadas ao fabricante ou a outro laboratório de ensaios autorizado e submetidas a testes de qualidade.

6. Sistemas de extinção especiais
a. Sistemas de extinção com dióxido de carbono
1. Verificar e testar a operação do sistema de dióxido de carbono.
2. Confirmar que não tenham ocorrido alterações no tamanho, tipo ou configuração de perigos ou do sistema.
3. Verificar e testar o funcionamento correto de todos os atrasos.
4. Verificar e testar a operação e o funcionamento corretos de todos os alarmes sonoros.
5. Verificar e testar a operação e o funcionamento corretos de todos os sinais visíveis.
6. Verificar se todos os sinais de advertência estão instalados e visíveis, em conformidade com os requisitos das normas.
7. Assegurar o funcionamento correto dos alarmes pré-descarga para alertar o pessoal a evacuar a área ou não entrar nela.
8. Verificar e testar todos os detectores usando os métodos especificados nas normas.

9. Hidrantes, bocais de canhões monitores e redes particulares de incêndio
a. Os hidrantes deverão ser completamente abertos e enxaguados, as roscas das mangueiras lubrificadas com grafite e as tampas de hidrantes faltantes deverão ser repostas.
b. Os canhões monitores deverão ser abertos completamente. Os canhões monitores deverão
oscilar e ser movimentados em sua faixa completa de operação para assegurar as condições operacionais apropriadas.
c. Os hidrantes e canhões monitores deverão ser completamente lubrificados.
d. Os filtros cestos de linha principais deverão ser removidos e inspecionados. Peças corroídas ou danificadas deverão ser substituídas antes de se recolocar os filtros em serviço.

9. Portas corta-fogo, portas/janelas corta-fogo de enrolar e dâmpers corta-fogo
a. O teste das portas corta-fogo deverá ser conduzido para cada fechamento automático das portas, erguendo-se fisicamente os contrapesos, desconectando-se ou cortando-se os fusíveis de
disparo e/ou testando-se os mecanismos automáticos de detecção e liberação. Este teste costuma ser chamado de teste de queda ou ativação.
b. Os dampers corta-fogo deverão ser inspecionados 1(um) ano após a instalação, de acordo com os requisitos das normas. Posteriormente, os testes dos dampers corta-fogo deverão ser realizados a cada 4 (quatro) anos.

10. Extintores de incêndio portáteis
Os extintores de incêndio portáteis deverão passar por manutenção anual, realizada por pessoal autorizado. Uma etiqueta deverá ser afixada em cada unidade, indicando a data da manutenção anual e a data do próximo teste hidrostático requerido.

11. Sistemas de detecção automática de incêndio, de detecção de gás e de alarme de incêndio
A inspeção e o teste anuais dos sistemas de detecção automática de incêndio e de notificação, dos sistemas de alarme manual de incêndio e dos sistemas de detecção de gás deverão ser feitas de acordo com os requisitos das normas, por pessoal qualificado.

12. Sistemas de água nebulizada
a. Inspecionar o suprimento de água com relação a pressão, vazão e duração.
b. Drenar o tanque de armazenamento de água, inspecionar seu interior e recarregá-lo.
c. Inspecionar a qualidade da água do tanque.
d. Inspecionar cilindro de armazenamento de água (alta pressão) sob pressão em descarga.
e. Teste da qualidade do agente aditivo.
f. Teste do agente aditivo (teste de descarga completa).
g. Teste do alarme de nível baixo de água no tanque de recirculação.
h. Inspecionar qualidade da água, dreno, descarga e recarga do tanque de recirculação.
i. Teste de operação da boia do tanque de recirculação.
j. Inspecionar a capacidade e o nível de pressão dos cilindros de gás comprimido.
k. Teste de qualidade do gás do cilindro de gás comprimido (teor de umidade e pressão do gás).
l. Teste do sistema de ar comprimido para verificação da umidade.
m. Teste completo de capacidade e duração do sistema do compressor de ar.
n. Realizar testes anuais de vazão das bombas e bombas reservas.
o. Realizar teste manual de liberação das válvulas pneumáticas mestres.
p. Teste de operação das válvulas pneumáticas escravas.
q. Teste de operação (liga/desliga) das válvulas pneumáticas dos cilindros.
r. Teste de bloqueio do sistema de desligamento da ventilação.
s. Teste de bloqueio do sistema de combustível, lubrificação e/ou fechamento do fluido hidráulico.

Fonte: Adaptação – AIG - Global Property Loss Prevention Engineering

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sexta-feira, dezembro 09, 2016

Bebê cai do trocador e é salvo por irmão

Um menino de nove anos salvou seu irmão de apenas onze meses de uma queda perigosa. A mãe se distraiu por alguns segundos enquanto colocava os cinco filhos para dormir.
O bebê, que ficou sozinho em cima do trocador, começou a se mexer e caiu. Um dos irmãos foi muito rápido e segurou o irmãozinho momentos antes de ele bater a cabeça no chão.
A mãe resolveu compartilhar o vídeo para alertar outros pais que poucos segundos de distração podem ser muito perigosos. Fonte: O Estado de S.Paulo -18/11/2016 


















1-A mãe coloca o bebê no trocador de fraldas
2-Por um instante ela deixa o bebê sozinho e fica de costas
3-O bebê começa a movimentar-se
4-O bebê cai do trocador
5-O irmão de 9 anos consegue segurar o bebê ainda no ar


Artigo publicado
Vídeo flagra bebê que foge do berço
https://zonaderisco.blogspot.com.br/2011/10/video-flagra-bebe-que-foge-do-berco.html

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terça-feira, dezembro 06, 2016

Mexilhão-dourado invade o Nordeste

Mexilhões-dourados na usina Sobradinho (BA) 
que entopem tubulações e motivaram paradas
O Nordeste brasileiro ganhou mais um inimigo no acesso a água potável: o mexilhão-dourado, molusco asiático do tamanho de uma moeda, que entope tubulações e invade máquinas de usinas hidrelétricas.
Há um ano e meio, moluscos de 5 cm têm se espalhado pelo rio São Francisco, onde estão as usinas de Sobradinho (BA) e Luiz Gonzaga (PE).
Pesquisadores estimam que na área de Sobradinho a população de mexilhão-dourado esteja em 40% do máximo de 200 mil indivíduos por metro quadrado, mais do que isso ele pára de se reproduzir por falta de alimento.
A menos de 50 km da usina, há dezenas de tubulações que levam água às cidades Juazeiro, Remanso e Casa Nova (BA), à pernambucana Petrolina e a sistemas de irrigação para agricultura.
As prefeituras informaram que o molusco ainda não afetou a rede, mas que nos últimos cinco meses foram reforçadas as vistorias para detecção do animal.

ALERTA
Um alerta emitido no final do ano passado por pesquisadores informava que "a presença destes organismos nestes locais é grave, pois afetará a captação de água".
"É extremamente urgente que estas localidades comecem a ser monitoradas", segundo o documento do Cbei (Centro de Bioengenharia de Espécies Invasoras de Hidrelétricas), que estuda a espécie desde que ela chegou ao Brasil, em 1998.
Em Porto Alegre, o abastecimento foi afetado pelo molusco em 2000, com entupimento em tubulações que captavam água na margem esquerda do lago Guaíba. A situação só foi normalizada após dois anos.
Com presença até então restrita a bacias do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o mexilhão-dourado foi visto no São Francisco em 2015.
O primeiro registro do pequeno molusco no Brasil se deu em 1998. Ele chegou à América do Sul em navios cargueiros vindos da Ásia, sua região de origem.

RIO SÃO FRANCISCO
Já no São Francisco, os pesquisadores dizem que, provavelmente, foi trazido pelo "peixamento", o deslocamento de peixes em tanques de um rio para o outro. "Essa é a hipótese mais provável", disse o pesquisador Fabiano Silva, do Cbei.

UHE SOBRADINHO
Em Sobradinho, o mexilhão invadiu, entre o final de 2015 e o início deste ano, os adutores de turbinas das seis unidades geradoras de energia, suscitando paradas obrigatórias de dois dias a cada três meses para limpeza.
"Estamos aprendendo a conviver com o molusco, já que erradicá-lo, como temos visto em outros locais, é muito difícil", diz o diretor de operações João Henrique de Araújo Franklin, da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco).
Na usina de Itaipu (PR), em 2001, o molusco também causou entupimento de maquinário. O problema só foi amenizado em 2010, após a implantação de um programa de monitoramento.

TRANSPOSIÇÃO
Outro temor é com a transposição do rio São Francisco, pois o molusco foi visto também "em quantidade considerável" no eixo norte do canal, nas proximidades da cidade de Cabrobó (PE), a cerca de 100 km de Sobradinho.
O projeto prevê levar água a 12 milhões de pessoas em 390 municípios de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Em nota, o Ministério da Integração Nacional diz monitorar flora e fauna locais.
"As equipes identificaram a presença de mexilhões-dourados no rio São Francisco e no canal de aproximação", diz a nota, "mas os organismos não afetam ainda as estruturas do projeto nem a qualidade da água."

Mexilhão-dourado
Nome científico: Limnoperna fortunei

Origem: Bacia do rio Yang Tsé, China

O que é: Uma espécie aquática de molusco que compete por espaço e nutrientes com outros organismos nativos

Tamanho e população
Mede até 5 cm, mas com 0,5 cm já é capaz de se reproduzir, atingindo populações de até 200 mil mexilhões por m². Em um ano, eles podem se dispersar por um raio de até 240 km

Fonte: Folha de São Paulo - 03/12/2016  

Comentário

O QUE É MEXILHÃO DOURADO?
mexilhão-dourado em tubulação
O mexilhão dourado é um molusco de água doce que vive naturalmente nos rios da China e do Sudoeste da Ásia. Foi introduzido acidentalmente na América do Sul há mais de 10 anos por meio da água de lastro de navios mercantes descarregada nos portos argentinos no rio da Prata. Hoje, o mexilhão já está espalhado por muitos rios tanto do Brasil como da Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. No Brasil, o primeiro registro ocorreu no Rio Grande do Sul, em 1999. Atualmente o mexilhão está presente em grandes densidades nos rios Guaíba, Paraguai e Paraná, e mesmo na região do Pantanal.

PORQUE ELE CAUSA PROBLEMAS?
É uma espécie invasora, com grande capacidade de incrustação, com rápida taxa de crescimento e grande força reprodutiva.
Em alguns locais podem ser encontradas concentrações de mais de 40 mil mexilhões por metro quadrado. Sem inimigos naturais, sua presença nos ecossistemas brasileiros vem provocando importantes danos ambientais e econômicos.

COMO SE ESPALHA EM UMA REGIÃO?
Mexilhões dourados se proliferam em
estruturas metálicas submersas da usina de Itaipu
Depois de introduzido em uma determinada região, o mexilhão pode ser transportado, de forma adulta ou em larvas, involuntariamente, de diversas maneiras, para outros locais.
A navegação e o transporte de barcos por rodovias têm sido os maiores agentes da dispersão do mexilhão dourado.
Ele pode ser levado a muitos lugares por meio de água; casco e equipamentos das embarcações; equipamentos de pesca e iscas, e transporte de peixes e plantas.





QUE PROBLEMAS JÁ FORAM IDENTIFICADOS NO BRASIL?
Os principais problemas identificados estão relacionados à saúde humana, à economia e aos ecossistemas. São eles:
■ obstrução de tubulações de captação de água
■ obstrução de filtros e sistemas industriais e de usinas hidrelétricas
■ danos a motores e embarcações
■ alterações nas rotinas de pesca tradicionais da população
■ alteração nos ecossistemas aquáticos

COMO SE PODE COLABORAR NA PREVENÇÃO?
Antes de um barco ser transportado, deve-se ter o cuidado de:
■ retirar toda e qualquer vegetação encontrada dentro e fora do barco ou do reboque;
■ lavar o casco, viveiros e outras partes do barco e do reboque com solução de água sanitária a 5% (misturar um litro de água sanitária a 20 litros de água)
■ esvaziar o reservatório de água de consumo do barco
■ não reutilizar as iscas
■ não reutilizar equipamentos e apetrechos de pesca sem antes lavá-los corretamente
■ não deixar a água da lavagem escorrer para galerias de drenagem ou outros corpos d'água
■ não devolver ao rio nenhum resíduo resultante da operação de limpeza do barco. Coloque os resíduos sempre em terra. Fonte: CESP-Companhia Energética de São Paulo

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posted by ACCA@8:25 PM

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