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segunda-feira, agosto 19, 2019

Canhão de Salmão, facilita migração de peixes nos EUA

Durante o período reprodutivo, cardumes de salmão nadam contra a corrente em busca de locais seguros para depositar seus ovos. O trajeto natural dos peixes ganhou novos obstáculos nos EUA com a construção de hidrelétricas transformando o percurso dos rios.
Para contornar este problema, uma empresa de tecnologia norte-americana desenvolveu um equipamento capaz de transportar rapidamente os animais com um sistema hidráulico baseado em tubos maleáveis que não causam dano às espécies.
O mecanismo é conhecido desde 2014 e substitui a tradicional "escada" colocada em rios que facilitam a migração dos peixes da família Salmonidae na América do Norte.

SISTEMA
O sistema desenvolvido pela Whooshh Innovations  funciona a partir da diferença de pressão entre o início e final do trajeto. A empresa explica que a entrada das tubulações funciona como um vácuo e, a partir do momento em que um peixe entra nela, ele é sugado pelo equipamento.
A estrutura recebe, em seu interior, uma lubrificação e é molhada para não causar danos aos animais que podem atingir uma velocidade de quase 40km/h. Em um dia, 50.000 peixes são transportados pelas tubulações.
O presidente da empresa que desenvolveu este sistema, garantiu   que o processo não estressa os peixes que já estão acostumados a saltar para fora da água durante a migração natural.
A versão original deste sistema dependia de interação humana. Funcionários introduziam os peixes nos encanamentos, um por um. Nesta versão atualizada, a companhia desenvolveu uma forma em que os peixes possam entrar sozinhos, seguindo a trajetória do cardume. Fonte: Por G1-13/08/2019




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sábado, maio 06, 2017

Lançado ao espaço satélite brasileiro que será usado para comunicações e defesa

Foi lançado há pouco ao espaço o primeiro satélite geoestacionário brasileiro para defesa e comunicações estratégicas. O lançamento, feito do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa.

A decolagem foi considerada perfeita pelo centro de controles da Arianespace na Guiana Francesa.

Depois do lançamento do foguete que leva o equipamento ao espaço, haverá um tempo de 28 minutos até a separação do satélite, que levará cerca de 10 dias para chegar à sua posição final.

Depois disso, serão feitos testes por 30 dias. Em meados de junho, o controle operacional do satélite já poderá ser feito pelas Forças Armadas. A banda utilizada para comunicações poderá ser usada a partir de setembro.

SATÉLITE
Com 5,8 toneladas e 5 metros de altura, o satélite brasileiro ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo todo o território brasileiro e o Oceano Atlântico. A capacidade de operação do satélite é de 18 anos.

O projeto é uma parceria entre os ministérios da Defesa e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e envolve investimentos de R$ 2,7 bilhões. O equipamento foi adquirido pela Telebras e será utilizado para comunicações estratégicas do governo e para ampliar a oferta de banda larga no país, especialmente em áreas remotas.

O satélite vai operar nas bandas X e Ka. A primeira é uma faixa de frequência destinada exclusivamente ao uso militar, correspondendo a 30% da capacidade total do satélite. Já a banda Ka será usada para comunicações estratégicas do governo e implementação do Plano Nacional de Banda Larga, especialmente em áreas remotas. Fonte: Agencia Brasil - 04/05/2017 

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quarta-feira, junho 15, 2016

Avião cargueiro da Embraer faz primeiro teste de voo

O avião, produzido pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), é o maior já desenvolvido no Brasil.

O voo durou uma hora e 19 minutos e tudo correu bem. O período de testes deve durar até o fim de 2016.

A partir daí, as aeronaves começarão a ser entregues à Força Aérea Brasileira (FAB) - serão 28 unidades em 12 anos.

O avião deverá substituir o C-130 Hércules em todas as suas missões, como transporte de tropas e de carga, lançamento de paraquedistas, busca e combate a incêndios. O aparelho é mais veloz que o Hércules, que atinge 671 quilômetros por hora (km/h). O modelo da Embraer chega a 870 km/h.

O KC-390 mede 35,20 metros, tem altura de 11,84 metros e envergadura de 30,05 metros. É um avião que permite abastecimento em pleno voo e pode transportar até 23 toneladas.

Ele pode transportar 80 soldados equipados, 64 paraquedistas ou 74 macas e uma equipe médica.

Como reabastecedor, o KC-390 será capaz de transferir combustível em voo para aviões e helicópteros.
Fonte: Agência Brasil -  04/02/2015



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quarta-feira, dezembro 02, 2015

EUA aprovam o primeiro salmão transgênico para consumo humano

A Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) aprovou na quinta-feira, 19 de novembro,  a produção, venda e consumo de um salmão geneticamente modificado para crescer na metade do tempo. É o primeiro animal transgênico destinado a servir de alimento no mundo.

CRESCIMENTO RÁPIDO
A empresa de biotecnologia norte-americana AquaBounty, criadora do salmão, aplaudiu em um comunicado a decisão do órgão regulador dos EUA. Seu peixe, batizado de AquAdvantage, é um salmão atlântico que recebeu o DNA do salmão real, uma espécie gigante do Oceano Pacífico. Graças a essa modificação, os peixes produzem mais hormônio de crescimento e podem alcançar em um ano e meio o tamanho típico dos três anos, que é o exigido pelo mercado. A empresa anunciou em 2010 a aprovação iminente de seu produto, o que ainda levou mais cinco anos em meio em meio a protestos de organizações antitransgênicas.

NÃO HÁ NECESSIDADE RÓTULO DE TRANSGÊNICO
O órgão regulador dos EUA não exige que o salmão seja etiquetado como transgênico
A FDA não exige que o salmão AquAdvantage seja etiquetado como transgênico, já que “é tão seguro e nutritivo como o salmão atlântico não modificado geneticamente” e “não é materialmente diferente”. Na Europa, a empresa não pediu a aprovação de seu peixe, segundo informações de Josep Casacuberta, cientista do CSIC (Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha) e membro do grupo de transgênicos da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar. O salmão transgênico recebe o sinal verde depois de mais de 25 anos de exames.

RECEIO QUE O PEIXE ESCAPE PARA O MEIO AMBIENTE
Um dos principais argumentos dos críticos do AquAdvantage é o temor dos efeitos na natureza caso o peixe escape para o meio ambiente. A FDA afirma que as instalações nas quais o animal será criado – tanques em terra na ilha do Príncipe Eduardo (Canadá) e no Panamá – “dispõem de uma série de barreiras físicas múltiplas e repetidas para evitar que os ovos e os peixes escapem”. As instalações, explica a FDA, serão vigiadas com patrulhas com cachorros e rodeadas de arame farpado. Além disso, só serão produzidas fêmeas estéreis, segundo o órgão regulador, ainda que a técnica de esterilização não seja infalível.

O peixe transgênico aprovado na quinta-feira para consumo humano nos EUA tem um precedente em Cuba. Em 1999, cientistas do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia de Havana anunciaram que não detectaram “nenhum efeito em pessoas sãs voluntárias após consumirem tilápias (um grupo de peixes de origem africana) transgênicas  criadas em seu laboratório. Fonte:  @ZR, El País - 19 Nov 2015  

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domingo, novembro 16, 2014

Feito histórico o módulo Philae faz aterrissagem inédita em cometa

Após dez anos de viagem, o módulo Philae, da sonda Rosetta, tornou-se na quarta-feira (12) a primeira espaçonave a fazer um pouso suave num cometa.

DEZ ANOS E SETE HORAS
O pouso se deu às 13h35, sete horas depois que o veículo se desprendeu de sua nave-mãe, a Rosetta, e cerca de dez anos após a decolagem da Terra, realizada em 2004.
A confirmação do toque no solo do cometa Churyumov-Gerasimenko veio 28 minutos depois, tempo necessário para a mensagem se propagar no espaço até a Terra, para o alívio dos angustiados engenheiros e cientistas.
"É um grande passo para a civilização humana", disse Jean-Jacques Dordain, diretor-geral da ESA (Agência Espacial Europeia), enfatizando o pioneirismo da iniciativa.

ATERRISSAGEM NO COMETA
Vindo de uma altura de 22 km, quando se desprendeu da sonda rosetta, o módulo subiu 1 km depois de bater pela primeira vez no cometa. Esse primeiro pulo durou quase 2 horas. A segunda rebatida demorou poucos minutos, e foi muito menor.
O chefe do Departamento de Engenharia de Sistemas de terra da ESA, Juan Miró, disse à Agência Efe que se mantém a comunicação com a Philae e que está estável, e isso é o mais importante.
Agora também é preciso ver se o módulo recebe energia solar suficiente para continuar sua atividade.
Miró qualificou a aterrissagem de "muito boa", "perfeita do ponto de vista da trajetória". O pequeno laboratório, do tamanho de uma geladeira e com 100 quilos de peso, aterrissou sete horas depois sobre o cometa para estudar sua composição, porque os cometas são os corpos celestes mais antigos do Universo e se considera que puderam ter trazido a água e a vida para a Terra.
"O Philae passou a noite sobre o cometa e temos três boas notícias. A primeira é que está pousado sobre o núcleo do cometa. A segunda é que recebe energia: seus painéis solares estão ligados e permitem encarar o futuro. E a terceira é que estamos em contato permanente com o Philae, já que o robô emite e envia informações à Rosetta e depois à sonda, que está em órbita ao redor do cometa, as transmite à Terra", declarou Jean-Yves Le Gall, presidente do CNES, localizado no sul da França.
"O sinal de rádio funciona bem e estamos em contato direto com o Philae", completou.
Ao ser questionado sobre a ancoragem do robô na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko e o funcionamento do sistema de ancoragem que possui na parte inferior, Le Gall destacou que "o mais importante é que estamos bem posicionados. Depois veremos o que faremos com os 'arpões'. Estamos fazendo uma checagem do Philae. Estamos em contato, isto é o mais importante".
Os engenheiros ainda precisam descobrir o que levou o robô a falhar no lançamento do par de ganchos na superfície do cometa, desenvolvidos para evitar que se afaste do corpo celeste, que tem baixíssima gravidade.

MISSÃO DE PHILAE
A missão de Philae inclui perfurar a superfície do cometa e analisar amostras de marcadores de isótopos de água e moléculas complexas de carbono.
Segundo a teoria corrente, os cometas bombardearam a nascente Terra há 4,6 bilhões de anos, trazendo moléculas de carbono e a preciosa água, partes importantes da "caixa de ferramentas" fundamental para a vida no nosso planeta.
O módulo Philae tem bateria suficiente para realizar cerca de 60 horas de trabalho, mas pode continuar operando até março, com uma recarga solar.
O que quer que aconteça com sua carga, a Rosetta continuará a acompanhar o cometa, analisando-o com 11 instrumentos quando orbitar o Sol no ano que vem. A missão está prevista para terminar em dezembro de 2015.

DURAÇÃO DA BATERIA DO PHILAE?
O módulo Philae está bem afixado e ativou seu instrumento de perfuração, informou na sexta-feira (14) a ESA (Agência Espacial Europeia).
Os engenheiros não têm certeza se a altura da sonda com relação ao chão permitirá que o solo seja efetivamente escavado pela perfuratriz, chamada de SD2, e amostras sejam encaminhadas para o laboratório interno. Os resultados só virão com o próximo contato entre o Philae e a Rosetta — que pode ou não acontecer.
Depende basicamente de as baterias durarem até lá. Nas últimas simulações de carga, a conta está no limite para que o módulo de pouso permaneça operacional até a Rosetta voltar a sobrevoá-lo para restabelecer contato.
As tentativas de mover o módulo e melhorar a quantidade de radiação solar que chega a seus painéis solares não tiveram resultado. O Philae realmente parece bem preso ao chão e cercado por rochas. Imagens subsequentes das câmeras ÇIVA mostraram que o veículo não se moveu desde que pousou ali, confirmando que ele está bem preso ao solo.
Depois da noite de hoje, provavelmente o Philae irá dormir, sem baterias para permanecer em operação. Existe a possibilidade que ele volte a despertar conforme o cometa se aproxime mais do Sol e o nível de energia que chega ao painel solar aumente.  

SEM CONTATO VISUAL
Em paralelo, a Rosetta segue procurando fazer contato visual com o Philae na superfície. Sua órbita foi alterada para obter as melhores imagens possíveis da região onde ele deve estar.
Esta missão já bateu baixas chances de sucesso antes, então ainda é cedo para dizer que é o fim. Mas, ao que parece, antes que o dia termine o Philae deve estar sem energia, encerrando suas transmissões.

A avaliação dos cientistas, contudo, é bastante positiva. Entre 80% e 90% dos dados que tinham de ser colhidos na missão primária do Philae foram efetivamente obtidos, segundo Stephan Ulamec, gerente do módulo de pouso na DLR (agência espacial alemã).

ROBÔ PHILAE TRANSMITE DADOS DE PERFURAÇÃO DE COMETA E FICA INATIVO
O robô Philae transmitiu durante a noite os dados da perfuração do cometa antes de entrar em modo inativo por falta de bateria, anunciou no sábado (15) o cientista Jean-Pierre Bibring.
"Recebemos tudo. Tudo aconteceu exatamente como estava previsto. Conseguimos, inclusive, fazer a rotação para otimizar a recepção da luz nos painéis solares", declarou Bibring em uma entrevista por telefone no centro de controle de Philae em Colonia, Alemanha.
"O Philae está em modo inativo. Todos os dados da primeira sequência científica foram baixados com êxito", anunciou a Agência Espacial Europeia (ESA) .
no Twitter. Philae, que chegou na quarta-feira ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, está a mais de 510 milhões de quilômetros da Terra.
Agora devem ser utilizadas as baterias solares, mas como o Philae pousou em uma zona escura deve ser mantido em modo repouso. "É muito importante que consiga sobreviver até que cheguem momentos melhores", completou Bibring.
Fontes: Folha de São Paulo e  G1-15/11/2014 09h35 - Atualizado em 15/11/2014 09h40

DADOS TÉCNICOS

SONDA ROSETTA
Em  12 de novembro de 2014, quarta-feira, pela primeira vez, uma sonda espacial pousou no núcleo de um cometa, a 500 milhões de km da Terra

MISSÃO AMBICIOSA
A sonda Rosetta, da Agência Espacial Europeia, quer estudar o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, que contém materiais restantes da formação do Sistema Solar, há 4,56 bilhões de anos. A pesquisa ajudará a entender a formação dos planetas e o surgimento da vida na Terra
Nome: Menção à Pedra de Rosetta, fragmento do Egito Antigo com inscritos que ajudaram a compreender os hieróglifos
Peso: 3 mil kg (o módulo Philae pesa 100 kg)
Custo da missão:  O custo total do projeto foi de € 1,2 bilhão (cerca de R$ 4,45 bilhões).

CALENDÁRIO DA MISSÃO
2/03/2004 – lançamento
4/03/2005- 1° sobrevoo da Terra
25/02/2007- Sobrevoo de Marte
13/11/2009- 3° sobrevoo da Terra
08/06/2011- Entra no estágio de hibernação
20/01/2014- Desperta do estágio de hibernação
Maio a Agosto de 2014- Manobras de aproximação do cometa
6/08/2014 - Liberação e pouso do módulo Philae
12/11/2014 a até dez de 2015 - Captação de dados enquanto cometa se aproxima do Sol

DESCENDO NO COMETA
A sonda Rosetta liberou o módulo Philae a 22,5 km de distância do núcleo do cometa

MÓDULO PHILAE
Tamanho: 1 m x 1 m x 1 m
Peso: 100 kg

O Cometa: 67P/Churyumov-Gerasimenko
Descoberta: 1969
Características: Pertence à família de cometas do planeta Júpiter. Tem núcleo congelado desde a formação do Sistema Solar

DESCIDA
1-Rosetta faz manobra de afastamento para receber dados do módulo
2-Procedimento de pouso durou cerca de 7h
3-Segundo a ESA, a sonda tocou o cometa às 14h03, hora de Brasília
4-Módulo terá 64 h de bateria para colher amostras do solo, fotografar e enviar os dados aos cientistas. Philae está equipada para recarregar com a luz solar, mas isso vai depender do local do pouso

EXPERIMENTOS:
Depois do pouso, a Philae vai perfurar o cometa para colher amostras, que serão analisadas remotamente. O robô vai fotografar o cometa e medir o núcleo. Os dados vão para a sonda e serão rebatidos para a Terra.
Fontes: Folha de São Paulo - 13 de novembro de 2014 ,  G1-15 e 16/11/2014 

Vídeo:

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quarta-feira, junho 25, 2014

Estrada que brilha no escuro é aberta na Holanda

ESTRADAS ILUMINADAS
Um trecho de uma estrada na Holanda recebeu uma pintura especial que brilha no escuro, com o objetivo de aumentar a segurança sem gastar eletricidade da rede.
A pintura contém um pó fotoluminescente que é carregado pela luz do Sol durante o dia e, lentamente, libera um brilho verde à noite, eliminando a necessidade de iluminação pública - na Europa, muitas estradas são iluminadas, como as ruas no Brasil.
O artista interativo Daan Roosegaarde se associou à empresa de engenharia civil holandesa Heijmans para implantar a ideia.
A tecnologia está sendo testada em um trecho de 500 m, e o lançamento oficial está previsto para o final deste mês.
É a primeira vez que as faixas que brilham são implantadas em uma estrada - estrada é a N329 em Oss, cerca de 100 quilômetros a sudeste de Amsterdã.

UMA VEZ CARREGADA, A FAIXA PODE BRILHAR POR ATÉ OITO HORAS.
"O governo está apagando a iluminação pública à noite para economizar dinheiro, a energia está se tornando muito mais importante do que poderíamos ter imaginado há 50 anos", disse Roosegaarde. "Este (projeto na) estrada é sobre segurança e com o foco em um mundo mais autossustentável e mais interativo."

INOVAÇÕES NAS ESTRADAS
A inovação nas estradas deve ser incentivada, disse o professor Pete Thomas, do Centro de Investigação de Segurança de Transportes da Universidade de Loughborough (Grã-Bretanha), mas novas tecnologias precisam ser testadas e sua eficácia em segurança precisa ser comparada com tecnologias já existentes.
"Colocar essa tecnologia em todas as estradas sem iluminação seria um grande investimento. Por isso, precisamos de provas concretas sobre como isso se compara com (a tecnologia) que já temos", disse ele.
Inicialmente, a equipe também tinha planos de desenvolver símbolos que apareceriam na estrada quando a temperatura externa chegasse a um determinado nível. A mistura de tinta sensível à temperatura seria usada para criar símbolos gigantes em formas de flocos de neve na pista para alertar os usuários de que a pista da estrada poderia estar congelada.
O trecho atual da estrada não inclui esta tecnologia sensível à temperatura.
O projeto ainda está em testes e espera-se que possa ser expandido internacionalmente ainda neste ano. A imprensa holandesa informou que a Heijmans está interessada em usar a tinta em outras estradas, mas que nenhum contrato havia sido negociado. Fonte: Inovação Tecnológica-com informações da BBC-15/04/2014

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sábado, dezembro 21, 2013

Jovem chinês teve a mão arrancada em acidente de trabalho

Foto: Chinês teve mão reimplantada junto ao tornozelo para órgão receber fluxo sanguíneo.
Após um mês com a mão junto ao tornozelo, chinês teve mão reimplantada no braço (Foto: HAP/Quircky China News/Rex  )

Médicos chineses obtiveram sucesso ao reimplantar a mão direita do jovem Xiao Wei, arrancada em um acidente de trabalho em novembro, segundo a agência Rex Features. O curioso é que, antes do reimplante, a mão ficou durante um mês ligada ao tornozelo do paciente para que continuasse recebendo fluxo sanguíneo.

Quando o paciente chegou ao hospital logo após o acidente, na cidade de Changde, província de Hunan, os médicos disseram que não conseguiriam salvar a mão. Mas encaminharam Xiao Wei a um hospital maior na cidade de Changsha, onde os médicos foram mais otimistas.

Lá, eles decidiram implantar o membro no tornozelo do paciente enquanto tratavam seus outros ferimentos, até terem condições de colocá-lo no lugar certo.
"Seu ferimento era grave. Além dos ferimentos de corte, o braço dele estava esmagado. Tivemos que limpar e tratar seus ferimentos antes de iniciarmos a cirurgia de reimplante da mão", disse um dos médicos à Rex Features.

Cerca de um mês depois do acidente, a equipe resolveu que ele já tinha se recuperado o suficiente para passar pela cirurgia de reimplante. De acordo com os médicos, ele terá de passar por vários outros procedimentos, mas eles estão esperançosos de que recuperará a função da mão.
Sobre o acidente, Wei disse: "Fiquei chocado e congelado no lugar até que colegas desligaram a máquina, recuperaram a minha mão e me levaram ao hospital". Fonte: G1-16/12/2013 

Comentário: Existe limite para ciência e tecnologia?

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terça-feira, novembro 13, 2012

Informação demais confunde memória


Teste monitorado com ressonância magnética mostrou como se dá o processo de "competição" entre lembranças. Cérebro se atrapalha ao gravar dois eventos ao mesmo tempo, conclui artigo publicado na revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences".

O excesso de informações confunde o cérebro e dificulta a memorização, comprovaram pesquisadores das universidades Stanford e Yale, nos EUA.
"Descobrimos que a concorrência entre lembranças resulta em memória pior", disse o psicólogo Brice Kuhl, pesquisador de Yale e principal autor do trabalho.
Diariamente e o tempo todo, o cérebro é exposto a toneladas de informações. Umas são mais lembradas do que outras.
"Embora saibamos que a competição entre memórias é uma parte fundamental da memorização, há poucas provas de como o processo acontece no cérebro", escrevem os autores.

ESTUDO
O estudo monitorou com ressonância magnética a atividade cerebral de voluntários, durante teste composto de várias rodadas.
No teste de memória, imagens e informações eram misturadas em placas e as pessoas deviam se lembrar do conteúdo separadamente.
Os pesquisadores descobriram que, quando a lembrança era clara, era como se a pessoa revivesse o momento em que a memória foi armazenada, com a ativação das mesmas áreas cerebrais.
Mas, quando as informações foram misturadas, o cérebro também se confundiu e tentou reproduzir duas memórias. A pessoa teve dificuldade de se lembrar com clareza do conteúdo.
"É como se a memória estivesse borrada. Pode-se dizer que quando tentamos guardar duas coisas, não guardamos nenhuma delas direito", afirma Cláudio da Cunha, pesquisador de neurociência e farmacologia da Universidade Federal do Paraná.

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA
Para a bióloga e neurocientista, Valéria Catelli Costa, pesquisadora da USP, o maior achado do trabalho foi mostrar como as memórias são codificadas no cérebro, formando "desenhos".
A facilidade ou dificuldade de se lembrar de um acontecimento depende de como essa codificação foi feita.
"Quanto mais você associa dados a um fato, mais fácil fica de você se lembrar, e melhor é a codificação."
Segundo os autores, a codificação é influenciada por memórias antigas e analogias com eventos diferentes.
"Pode ser uma influência negativa ou positiva. A memória de um número de telefone velho torna mais difícil aprender um novo número", exemplifica Kuhl.
Mas, também, um especialista em vinhos só é especialista porque se lembra de conhecimentos anteriores.
"Selecionamos memórias úteis. Guardamos o que é requisitado em tarefas", diz o neurologista Benito Damasceno, da Unicamp.
Para ele, o processo de competição é positivo, porque nos torna capaz de separar o que é importante."Com a seleção conseguimos consolidar um aprendizado e reviver um acontecimento."
O problema é que nem sempre essa seleção é consciente. Para o pesquisador americano, não existem memórias mais fortes do que outras. Então, não adianta muito se esforçar para lembrar a data do aniversário de casamento, por exemplo.
"Queremos pensar que as memórias emocionais ou afetivas são mais fortes, mas nem sempre isso é verdade."

Fonte:Folha de São Paulo - São Paulo, 22 de março de 2011 

Comentário: É um dado interessante que devemos preocupar-nos quando procuramos conscientizar trabalhadores nos aspectos de segurança, com excesso de informações, gráficos, fotos, etc.

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terça-feira, agosto 28, 2012

Robô Curiosity pousa em Marte

O jipe-robô Curiosity pousou na superfície de Marte por volta das 2h33 (horário de Brasília) de segunda-feira, 6 de agosto,segundo a agência espacial americana (Nasa). A aterrissagem ocorreu após uma viagem de 567 milhões de quilômetros e quase nove meses.
A missão, que investiu cerca de US$ 2,5 bilhões (mais de R$ 5 bilhões) no projeto que pretende saber se o planeta vermelho já reuniu condições favoráveis à vida, foi declarada completa e um sucesso 1 minuto depois.

A Nasa confirmou que a nave, de 1 tonelada, entrou na atmosfera do planeta a 20 mil km/h e pousou na Cratera Gale, ao sul do equador, após uma complexa manobra que se chamou de "sete minutos de terror'. Isso, porque a atmosfera marciana é bem menos densa que a da Terra, o que torna mais difícil frear uma nave lá do que aqui.

Como havia sido planejado, a cápsula abriu um gigantesco pára-quedas para frear a queda. A cerca de 20 metros do solo, um sistema baixou o Curiosity, que abriu suas seis rodas e iniciou a aventura em Marte.
O robô está equipado com ferramentas que podem, entre outras coisas, perfurar rochas e coletar amostras de materiais do solo para analisar a composição mineral local.

ESTRATÉGIAS DE DESCIDA
O Curiosity é maior e mais pesado que os jipes que a Nasa já mandou para Marte, razão pela qual exige uma nova estratégia de descida. Não bastaria usar apenas pára-quedas e retrofoguetes: desta vez, foi criado um novo mecanismo – um guindaste em que o robô desce, pendurado na nave Mars Science Laboratory, até tocar o solo.
"Sabemos que parece maluco", afirmou Adam Steltzner, do Laboratório de Propulsão de Jatos da Nasa (JPL, na sigla em inglês), líder da equipe que projetou o Curiosity. "Mas é, na verdade, o resultado de decisões cautelosas", completou.

Se qualquer parte do plano desse errado, o Curiosity se esborracharia no chão e a missão terminaria imediatamente. A Nasa só soube se o pouso foi ou não um sucesso 14 minutos após o ocorrido, porque esse é o tempo que o sinal levou para chegar à Terra.

MISSÃO
O veículo deve executar a primeira fase de sua missão em 1 ano, 10 meses e 2 semanas, mas a expectativa é de que continue suas pesquisas por cerca de uma década. Geradores de plutônio têm capacidade de fornecer calor e eletricidade à missão por pelo menos 14 anos. É um sistema de geração de energia diferente de outras missões que contaram com painéis para geração de energia solar.

Os estudos do robô começarão em uma montanha localizada no interior da Cratera Gale. O Curiosity vai subir a montanha e estudar as pedras ali sedimentadas ao longo de bilhões de anos. Indícios da presença de água no passado de Marte foram detectados em estudos anteriores, feitos a partir de imagens do local.

COMUNICAÇÃO
O sinal, aliás, não veio direto do veículo para a Terra. Ele foi rebatido pela sonda Odissey, que orbita o planeta vermelho desde 2001. Da perspectiva do Curiosity, a Terra está abaixo do horizonte, e a manobra foi a maneira que a Nasa encontrou para fazer o sinal chegar o mais rápido possível.

LOCAL DE POUSO
O local de pouso foi escolhido de acordo com o objetivo da missão. A Cratera Gale oferece um alvo seguro para a aterrissagem, com uma área de cerca de 140 km² – maior que o município de Niterói (RJ). Dali, o veículo está relativamente próximo ao Monte Sharp, onde sondas na órbita já visualizaram minerais que podem ter sido formados na água.

CURIOSITY E SEUS ANTECESSORES
Do tamanho de um carro, o novo robô é cinco vezes mais pesado que os jipes Spirit e Opportunity, precursores na exploração de Marte. Mesmo sem tripulação, ele chega a ser maior até que o jipe lunar que carregava dois astronautas por vez nas missões americanas Apollo, que exploraram a Lua nas décadas de 1960 e 1970.

O Curiosity é tão grande porque traz dentro de si um laboratório inteiro. Os instrumentos científicos incluem uma carga 15 vezes maior do que a levada por seus antecessores.
A missão está programada para durar um ano marciano, mas isso não quer dizer muita coisa. Quando o Spirit e o Opportunity chegaram ao planeta, em 2004, tinham como missão apenas três meses de explorações. O Opportunity é usado até hoje, e o Spirit só foi inutilizado porque perdeu contato com a Terra, em 2010.

Os primeiros objetos feitos pelo homem a pousarem em solo marciano foram as sondas Viking 1 e 2, lançadas pela Nasa em 1975 – a chegada foi em 1976. Em 1997, o Mars Pathfinder levou os EUA de volta ao planeta vermelho e inaugurou a era dos jipes, seguida pelo Spirit, pelo Opportunity e, agora, pelo Curiosity. A União Soviética também tentou lançar veículos para lá, mas não obteve sucesso.
Do G1, com agências internacionais -06/08/2012 02h37 - Atualizado em 06/08/2012 10h38

DADOS TÉCNICOS DA MISSÃO
Avaliar o potencial de Marte para abrigar vida no presente e no passado
Descrever a geologia e analisar a composição da superfície
Investigar o papel da água na evolução do planeta e determinar o estado atual do ciclo da água em Marte
Detectar o nível de radiação na superfície
Peso: 899  kg
Custo: US$ 2,5 bilhões

ROBÔ CURIOSITY UTILIZA LASER EM ROCHA DE MARTE
 Antes dar início a sua primeira missão de prospecção em Marte, o robô Curiosity utilizou no domingo, 19 de agosto,  pela primeira vez seu raio laser para destruir uma rocha do tamanho de um punho e testar a funcionalidade do aparato.
Segundo a Nasa, o Curiosity utilizou o laser da chamada ChemCam na rocha N165, apelidada como "Coroação". Neste teste, o robô Curiosity disparou 30 vezes seu laser por um período de 10 segundos.
O objetivo era aquecer a rocha até um ponto que suas moléculas se transformassem em uma bola de fogo (um plasma ionizado, brilhante) para que o telescópio e os três espectrômetros do Curiosity pudessem analisar os elementos que compõe a mesma.

Com esta primeira prova, a equipe queria comprovar como funciona o instrumento e também fazer algumas práticas de disparo, mas, ao mesmo tempo, o teste também seria usado para estudar se houve alguma mudança na composição da rocha à medida que os disparos eram feitos.

O diretor adjunto do projeto cientista da ChemCam, Sylvestre Maurice, do Instituto de Pesquisa Astrofísica e dos Planetas (IRAP) em Toulouse (França), também fez questão de ressaltar a nitidez dos sinais recebidos.

Imagem divulgada pela Nasa nesta segunda-feira (27) mostra o Monte Sharp, destino final do robô Curiosity, que se encontra em Marte. As partes mais baixas do monte formam uma sucessão de estratos tão espessos como os do Grand Canyon, nos EUA. A principal diferença é que os estratos do Grand Canyon são expostos ao longo de um grande vale, enquanto os estratos do Monte Sharp são expostos ao longo dos flancos de uma grande montanha. A foto, que mostra a diversidade de cores do monte, foi tirada pelo Curiosity 

"É surpreendente que os dados (recebidos) são inclusive melhor dos que tinham recebido antes, durante as provas na Terra", indicou Maurice, que espera grandes descobrimentos na missão do Curiosity. "Podemos esperar grandes descobrimentos científicos investigando os milhares de alvos da ChemCam nos próximos dois anos", assegurou o cientista.

CURIOSITY REALIZA PRIMEIRO PERCURSO E DEIXA "MARCAS" EM MARTE
O robô explorador Curiosity na quarta-feira, 22 de agosto, iniciou os seus primeiros passos em Marte e já deixou "marcas" sobre a superfície do Planeta Vermelho, após um percurso de aproximadamente 4,5 metros, indicaram os engenheiros da Nasa (Agência Espacial Americana).
O Curiosity enviou centenas de fotografias em preto e branco e coloridas que proporcionaram a visão de Marte mais nítida conhecida até agora.

A missão está funcionando extremamente bem, descreveu Peter Theisenger, diretor da missão em entrevista coletiva no Laboratório de Propulsão, em Pasadena, na Califórnia (EUA).

O equipamento andou aproximadamente 4,5 metros esta madrugada e fez vários giros entre 90 e 180 graus sobre a superfície de Marte conforme esperado, confirmou Theisenger. Para as manobras, o explorador precisou de cerca de 16 minutos, e enviou, em seguida, novas fotografias em preto e branco.

Fontes: G1 - 06/08/2012; UOL Noticias - 19/08/2012; UOL Ciência - 22/08/2012
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terça-feira, junho 19, 2012

Manter a mente ocupada cansa o cérebro

Uma hora da tarde. DB, 40 anos, faz malabarismos com três telas. Ela escuta algumas músicas no iPod, depois escreve um rápido e-mail no seu iPhone e, por fim, volta sua atenção para uma TV de alta definição em mais um dia na academia. Enquanto realiza essas tarefas múltiplas simultâneas (multitarefas), ela também exercita as pernas em um aparelho. Em academias de ginástica e outros lugares, as pessoas usam cada vez mais seus telefones e outros aparelhos eletrônicos para adiantar o trabalho - e como antídotos contra o tédio.

CÉREBRO PERMANENTE OCUPADO
Os celulares, que nos últimos anos se tornaram computadores com conexões de alta velocidade com a internet, permitem reduzir o tédio dos exercícios, da fila no supermercado, dos sinais de trânsito, ou se intrometem nas conversas do jantar. A tecnologia traz diversão - e produtividade - às menores janelas de tempo. Mas os cientistas apontam para um negligenciado efeito colateral: quando as pessoas mantêm seus cérebros ocupados, elas estão deixando de lado um tempo ocioso que poderia ser usado para melhor aprender e lembrar as informações, ou ter novas ideias.

PESQUISA NA UNIVERSIDADE
Na Universidade da Califórnia em São Francisco, pesquisadores descobriram que, quando os ratos são submetidos a uma experiência nova, como explorar um ambiente desconhecido, seus cérebros criam novos padrões de atividade. Mas só quando fazem um intervalo na exploração é que eles processam esses padrões para criar uma memória persistente da experiência. Os cientistas acreditam que o mesmo vale para os seres humanos.

TEMPO OCIOSO É IMPORTANTE PARA O CÉREBRO
- O tempo ocioso permite ao cérebro revisar a experiência, solidificá-la e transformá-la em memórias de longo prazo - diz Loren Frank, professor assistente do Departamento de Fisiologia da universidade. Segundo ele, o cérebro constantemente estimulado "impede este processo de aprendizagem".

BOMBARDEIO DE INFORMAÇÕES
Já na Universidade de Michigan, estudo revelou que as pessoas aprendem melhor se, depois de uma aula, forem dar uma caminhada num bosque ao invés de irem andar em um ambiente urbano agitado, sugerindo que o bombardeio de informações deixa o cérebro fatigado. Realizar tarefas simultâneas, como ver um vídeo no celular enquanto espera no ponto de ônibus, pode, na verdade, estar forçando a mente.

- As pessoas pensam que estão relaxando, mas na verdade estão é cansando seu cérebro - comenta Marc Berman, neurocientista da Universidade de Michigan.

Fonte: The New York Times - Globo Online – 24 de agosto de 2010 

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domingo, março 18, 2012

Cérebro das pessoas não consegue gerenciar várias tarefas ao mesmo tempo

A mente humana não foi feita para lidar com mais de duas tarefas ao mesmo tempo, de acordo com um novo estudo. Os cientistas descobriram que quando o cérebro tem que lidar com dois problemas simultaneamente, uma função é coordenada pelo lado direito e a outra pelo lado esquerdo. Esta divisão pode explicar porque muitas vezes temos mais facilidade para escolher entre duas opções, em vez de três ou mais. E, ao contrário da cultura popular, mulheres também não são mais eficientes do que homens no gerenciamento de várias tarefas simultâneas.

"Descobrimos que a atividade cerebral dos humanos foi feita para exercer até duas funções ao mesmo tempo"

O estudo, coordenado pelos médicos Sylvain Charron e Etienne Koechlin, do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisas Médicas, em Paris, na França, foi feito com 32 voluntários. Os participantes passaram por ressonâncias magnéticas enquanto tinham que responder a perguntas e montar quebra-cabeças. O foco da pesquisa foi no córtex frontal, a parte cerebral que fica logo acima dos olhos. Esta região, que é dividida em duas partes, está ligada à busca de recompensas durante a execução de tarefas. É possível ler o resultado na íntegra nesta edição da revista "Science".

- Descobrimos que a atividade cerebral dos humanos foi feita para exercer até duas funções ao mesmo tempo. Isto significa que no dia a dia conseguimos gerenciar até dois problemas simultaneamente, mas quando entra uma terceira ficamos com problemas - diz Koechlin.

O esforço físico de fazer três ou mais coisas ao mesmo tempo atrapalha o raciocínio humano, acreditam os pesquisadores. Por isso, para ser eficiente, nada de fazer mil coisas ao mesmo tempo.

Fonte: Globo Online - 16/04/2010 

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quinta-feira, março 15, 2012

Mão: Cinco dedos, uma ferramenta unificada

1- Primeiro quirodáctilo, polegar.
2- Segundo quirodáctilo, indicador.
3- Terceiro quirodáctilo, dedo médio.
4- Quarto quirodáctilo, dedo anelar
5 - Quinto quirodáctilo, dedo mínimo, dedinho ou mindinho.

Nossos dedos podem parecer tão rápidos e hábeis que você pensaria que eles têm planos e vontades próprias. Mas, como os cientistas que estudam a mão humana comprovaram recentemente, a aparência de independência digital é ilusória.


Não apenas os dedos anular e mínimo são unidos por um tendão comum, como medições de padrões de ativação neuromuscular mostram que todos os dedos, incluindo os que têm maior autonomia estrutural -o polegar e o indicador- estão profundamente atentos a cada flexão e tremor dos dedos vizinhos.

"Mesmo quando você pensa que está movendo apenas um dedo", disse Marc H. Schieber, um professor de neurologia e neurobiologia na Universidade de Rochester em Nova York, "você está controlando toda a mão".

Um pianista? "As pessoas tendem a pensar que estão apertando uma tecla de cada vez, por isso precisam movimentar um dedo de cada vez para tocar aquela tecla", disse. "Mas, na realidade, todos os dedos estão em movimento o tempo todo."

Um digitador? Para cada toque na tecla existe um movimento de cada dedo. "Alguns dos movimentos são para pressionar a tecla", disse o doutor Schieber, "outros para levantar os dedos e afastá-los da tecla, outros para mantê-los distantes".

Precisa de prova? Mantenha a palma da sua mão virada para cima, com os dedos afastados e experimente dobrar o dedo mínimo sem dobrar as juntas de qualquer outro dedo. Conseguiu?

O cérebro também trata as mãos como ferramentas unificadas. Os cientistas demonstraram que nossas mãos começam a assumir a configuração necessária assim que o cérebro inicia uma atividade. Se estamos pegando uma garrafa de água, a mão assume a forma de garra aberta.

Ao pegar uma caneta, o polegar, o indicador e o dedo médio formam uma pinça, enquanto o dedo anular e o mínimo (que seguram objetos maiores) se dobram para não atrapalhar.

O polegar é o que diferencia nossas mãos das de outros primatas. Não por serem opostos, mas sim excepcionalmente longos, fortes e flexíveis.

"Isso nos permite beliscar com força um objeto, em um grau muito maior que o de um chimpanzé", disse Stephen J. Lycett, antropólogo da Universidade de Kent (Inglaterra).

Um beliscão forte é poderoso e preciso, disse William D. Hopkins, do Centro Nacional de Pesquisa de Primatas Yerkes, em Atlanta (EUA). Segundo ele, os seres humanos são muito melhores em utilizar um martelo para abrir uma noz e, quando a noz está aberta, somos melhores para retirar a poupa beliscando.

"Quando perdemos um polegar, perdemos a metade ou mais da funcionalidade da mão", disse Lynette Jones, especialista em mão no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. É por isso que as pessoas que perdem um polegar muitas vezes optam por ter outro dedo ou um dedão do pé (hálux) transplantado em seu lugar.

O dedo trabalhador paga um preço por sua utilidade. Nos EUA, segundo o doutor Steven J. McCabe, último presidente da Associação Americana de Cirurgia da Mão, quase todo mundo acaba com artrite na base do polegar no fim da meia-idade.

A mão humana é um pegador de ferramentas e um descobridor de fatos, tão cheia de sensores que foi comparada à fóvea da retina, a parte do olho com a maior concentração de receptores de luz. A pele sem pêlos de cada mão contém 17 mil receptores, terminações nervosas especializadas que podem detectar mínimas vibrações, mudanças de pressão, saltos microscópicos, o toque de uma perna de mosquito.

"Se você quiser descobrir texturas, distinguir seda de poliéster, toque com as mãos", disse.

As mãos também são ricas em ossos: os 27 ossos da mão e do pulso representam a maior concentração de ossos interligados do corpo, disse o doutor McCabe. Além disso, as proporções entre os ossos nos dedos fora o polegar se conformam em muitas pessoas com a sequência de Fibonacci, uma relação numérica vista em outras formas espiraladas da natureza, como as conchas de alguns moluscos, a corola do girassol e o furacão. Se você agitar os dedos em uma cascata, disse o doutor McCabe, "poderá ver a curva espiral em ação".

Como e quando ganhamos nossas mãos continua sendo um campo animado de pesquisa e debate. Jonathan Kingdon, da Universidade de Cambridge, afirmou que há cerca de 7 a 9 milhões de anos, muito antes que nos tornássemos bípedes, nossas mãos distinguiam nossos ancestrais dos macacos, permitindo que os pré-hominídeos coletassem frutos com aptidão e perícia.

Em um relatório de 2010 publicado na revista "Evolution", pesquisadores da Universidade de Calgary (Canadá) afirmaram que a bipedestação veio primeiro e que as mudanças no pé e nos artelhos humanos necessárias para sustentar uma posição ereta nos deram nossas proporções características dos dedos.

Mais recentemente, o doutor Lycett e Alastair Key sugeriram na publicação "The Journal of Archaeological Science" que nossas mãos provavelmente fazem parte de uma curva evolucionária genética-cultural. Por esse argumento, enquanto nossos ancestrais começaram a mexer com as primeiras ferramentas de pedra, os utensílios se tornaram uma força seletiva, favorecendo os indivíduos cujas mãos conseguiam usá-las com maior eficiência.

Nossas mãos continuam evoluindo e têm espaço para melhorar. Se pelo menos conseguíssemos perder a artrite no polegar.

Fonte: Folha de São Paulo - The New York Times - 12 de março de 2012

Comentário: Dados de acidentes relativos as mãos e punhos da Previdência Social de 2009
No ano de 2009, dentre os 50 códigos de CID com maior incidência nos acidentes de trabalho, os de maior participação foram;
■ ferimento do punho e da mão - 10,6% do total,
■ fratura ao nível do punho ou da mão - 6,5% do total
■ e dorsalgia - 6,4% do total.

As partes do corpo com maior incidência de acidentes de motivo típico foram;
■ dedo -30,7%,
■ mão (exceto punho ou dedos) - 8,8%

Total de acidentes registrados em 2009- 723.452
Ferimento do punho e da mão- 76.627
Fratura ao nível do punho e da mão - 46.966

Partes do corpo
■ Mão (Exceto Punho ou Dedos) - 40.371
■ Dedo - 133.321
Obs: Em termos absolutos as mãos e dedos possuem a maior incidência de acidentes: 173.692, equivalente a 24% do total de acidentes.

Segundo estudos de especialistas o tempo médio de tratamento é de 55 dias.

No Brasil é difícil avaliar esses dados devido a subnotificação e o trabalho informal (28% da população economicamente ativa)
■ Se levarmos em conta apenas o trabalho formal, o trabalhador com carteira assinada, teremos ; 1.407.600 acidentes
■ Incluindo o trabalhador informal (sem carteira assinada0, teremos: 2.346.000 acidentes

Obs: O índice absoluto de acidentes de trabalho em função da população economicamnte ativa com carteira assinada no Brasil é muito menor do que nos EUA. Nos EUA existe por parte do governo uma política de prevenção de acidentes e aqui apenas fiscalização.

Com esses dados poderemos ter uma estimativa real dos acidentes com as mãos
■ Trabalhador com carteira assinada: 469.200 acidentes
■ Incluindo o trabalhador informal: 782.000

Vídeo:
É interessante, pois mostra uma série de situações de riscos das mãos desde atividade industrial e escritório. A principal mensagem do vídeo a mão não é uma ferramenta. Utilize a ferramenta adequada para cada tipo de serviço. Proteja as mãos. Faça exercícios com as mãos para evitar dores crônicas. Utilize luvas adequadas para cada tipo de serviço. Não coloque sua mão entre objetos em movimento.

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