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Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

segunda-feira, abril 29, 2024

BRASIL REGISTRA SEIS MILHÕES DE ACIDENTES DE TRABALHO DE 2012 A 2022

O Dia Nacional em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho é lembrado no domingo (28). Por este motivo, o mês de abril é lembrado como Abril Verde, em uma campanha do Ministério Público do Trabalho (MPT), com o lema Adoecimento também é acidente do trabalho – conhecer para prevenir.

A coordenadora nacional do MPT para Saúde dos Trabalhadores, Cirlene Zimmermann, explica que a iniciativa pretende explicar à sociedade a importância de comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social:

"Em termos previdenciários, trabalhistas e fiscais, tanto as doenças relacionadas ao trabalho quanto os acidentes típicos, traumáticos, eles são considerados acidentes do trabalho"

A coordenadora destaca que as doenças de trabalho mais comuns são;

·        As lesões ósseas musculares e

·        Lesão por esforço repetitivo, como tendinites e bursites.

TRANSTORNOS MENTAIS RELACIONADOS AO TRABALHO

Cirlene lembra ainda dos transtornos mentais relacionados ao trabalho. "Nós temos depressões, ansiedades relacionadas ao trabalho. Nós temos situações de estresses pós traumático. Por exemplo, um trabalhador pode ser esmagado por uma máquina, pode ser atropelado no ambiente de trabalho. E os colegas que estão naquele ambiente, visualizando aquela cena, muitas vezes ficam expostos também aos impactos psicológicos desta situação. Isso muitas vezes causa o estresse pós traumático e pode vir a se tornar uma doença com afastamento de outros trabalhadores."

OUTROS FATORES

·        Como assédios moral,

·        Sexual e

·        Eleitoral,

·        Além de jornadas diárias exaustivas, podem levar à doença mental.

Mas é comum que o próprio empregado resista a admitir o problema, por preconceito social ou constrangimento.

"Tem alguns setores específicos que foram estudados como, por exemplo, o setor de frigoríficos. Em um período de cinco anos foram concedidos cerca de 3,2 mil benefícios pelo INSS para trabalhadores reconhecidamente vítimas de adoecimento mental relacionado ao trabalho. No entanto, em apenas dois casos as empresas reconheceram que aquele adoecimento teve relação com o trabalho."

NOTIFICAÇÃO AO INSS

Por outro lado, as empresas quase não notificam o INSS sobre as doenças mentais relacionadas ao trabalho, segundo a coordenadora do MPT.

Quando o acidente de trabalho não é comunicado ao INSS, o empregado fica sem auxílio‑doença, e a sociedade é prejudicada.

"As políticas públicas de saúde do trabalhador somente conseguem ser definidas e implementadas a partir de dados. Se a notificação das doenças e dos acidentes não acontece, esses dados são precários e as políticas públicas ou não são implementadas ou são implementadas de forma ineficiente."

Para promover a saúde no ambiente de trabalho, a empresa precisa ouvir os empregados e atuar. Não apenas para protegê-los dos riscos.

"Muitas vezes as empresas priorizam o simples fornecimento de um EPI, de um equipamento de proteção individual. Por exemplo: para um risco de ruído, uma máquina que faz um grande ruído, e se fornece um protetor auricular. No entanto, a prioridade sempre deve ser por medidas que eliminem ou neutralizem ao máximo aquele risco. No caso específico da máquina, o enclausuramento da máquina poderia reduzir o ruído para níveis toleráveis."

Segundo o INSS, de 2012 a 2022 foram comunicados mais de 6 milhões de acidentes de trabalho, resultando em mais de 2 milhões de afastamentos e 25 mil mortes.

No mesmo período, os gastos com auxílios-doença, aposentadorias por invalidez, pensões por morte e auxílios acidente de trabalho chegaram a R$ 136 bilhões. Fonte: Agencia Brasil - Publicado em 28/04/2024

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domingo, abril 28, 2024

PNEUS: O ITEM POLUIDOR MENOS CONHECIDO DOS CARROS ELÉTRICOS

A venda de veículos elétricos disparou, e a indústria de pneus vem tentando inovar para atender às necessidades desses carros relativamente mais pesados. E ainda há outro problema a ser resolvido.

A cada rotação, pneus soltam pequenas partículas que contaminam o ar e o solo e chegam até os oceanos

Sendo o único ponto de contato do carro com o asfalto, os pneus muitas vezes têm sua importância menosprezada. Eles precisam aderir à pista com firmeza suficiente para que os carros acelerem, façam curvas e freiem sem derrapar, mas também precisam reduzir a resistência ao rolamento o suficiente para manter a eficiência do uso de combustível.

Para os fabricantes de pneus, criar o pneu perfeito — que equilibre desempenho e durabilidade — é uma tarefa interminável. Nos últimos anos, esse trabalho foi ainda mais complicado pelos veículos elétricos.

VEÍCULOS MAIS PESADOS

Devido às suas grandes baterias, esses veículos tendem a ser significativamente mais pesados do que seus equivalentes com motores de combustão interna. O e-Golf da Volkswagen, por exemplo, é cerca de 400 quilos mais pesado que o Golf VII movido a gasolina. Esse peso adicional recai sobre os pneus do carro, por isso os veículos elétricos precisam de pneus mais resistentes.

Os veículos elétricos também tendem a ter mais torque do que os com motor de combustão, fazendo com que seus pneus precisem ser capazes de transferir tração para a estrada em segundos.

Os principais fabricantes de pneus estão trabalhando para melhorar o design dos pneus e inovar com novas fórmulas químicas para atender às necessidades dos veículos elétricos. Algumas marcas introduziram produtos especificamente para uso em veículos movidos a bateria, enquanto outras dizem que adaptaram todos os seus pneus para um melhor desempenho tanto para veículos elétricos quanto para veículos com motor de combustão.

"Otimizamos nossa linha de produtos há muito tempo, especialmente em termos de vida útil, resistência ao rolamento e ruído de rolamento – fatores que são particularmente benéficos para veículos elétricos", disse um porta-voz da fabricante de pneus Continental.

COMO OS PNEUS CAUSAM POLUIÇÃO

Quando se fala no impacto ambiental dos carros, o foco tende a ser a poluição do ar pelo sistema de escape. Mas os pneus também contribuem. Eles se desgastam com o tempo – a cada rotação, soltam pequenas partículas. As menores vão para o ar, onde podem ser inaladas ou saem da estrada para se acomodar no solo próximo.

"O uso dos pneus é provavelmente o problema mais complicado de resolver nos veículos", disse Nick Molden, fundador e CEO da empresa britânica Emissions Analytics. "Com muitos outros tipos de poluição, é possível efetivamente retê-la usando algum tipo de filtro ou catalisador. Mas o pneu é um sistema aberto – você não pode encapsular um pneu."

A Emissions Analytics realiza testes independentes em carros, incluindo de sistemas de escape e emissões de pneus. A empresa compilou dados que confirmam que a poluição de partículas dos pneus superou significativamente a dos escapamentos.

De acordo com um relatório da Emissions Analytics, um único carro perde, em média, quatro quilos de peso de partículas de pneus por ano. Multiplicado por toda a frota global, isso equivale a seis milhões de toneladas de partículas de pneus anualmente.

"Medimos a quantidade de material sólido que sai do escapamento na estrada e fazemos o mesmo medindo a massa que é eliminada pelos pneus", explicou Molden. "A cada ano, a quantidade que vem do escapamento fica cada vez menor, e a quantidade que vem dos pneus está crescendo, porque os veículos estão ficando mais pesados."

Um estudo de caso publicado pela Emissions Analytics comparou as emissões dos pneus de um Tesla Model Y com um Kia Niro e descobriu que as emissões particulares pelo desgaste dos pneus do carro da Tesla eram 26% maiores.

PREJUÍZO AO MEIO AMBIENTE

A poluição por partículas de pneus tem dois impactos negativos primários na saúde ambiental. O próprio particulado é levado para os cursos d'água e foi considerado uma fonte significativa de microplástico oceânico. Além disso, os pneus contêm compostos orgânicos voláteis (COVs), que são perigosos para a saúde humana e reagem na atmosfera criando névoa seca.

PRODUTO QUÍMICO 6PPD

Um produto químico particularmente preocupante nos pneus é o 6PPD, usado para evitar que a borracha rache ou quebre. O 6PPD também é solúvel em água, por isso é levado para fora das estradas pela chuva e chega a rios e oceanos, onde tem sido associado à mortandade em massa de salmões e trutas. Estudos posteriores descobriram que o 6PPD é absorvido por plantas comestíveis como alface e que o composto pode ser encontrado na urina humana.

"É missão da indústria de pneus garantir uma viagem segura e confortável com tranquilidade e, portanto, a adição de 6PPD à borracha de pneus é hoje indispensável", disse a fabricante de pneus Bridgestone à DW.

O PROBLEMA TEM SOLUÇÃO?

A eliminação gradual de veículos movidos a combustível fóssil é um aspecto urgentemente necessário para mitigar as mudanças climáticas. Mas se isso vier a piorar as emissões dos pneus, isso também é problemático.

"A solução óbvia é dirigir e vender menos carros", disse o ativista climático Tadzio Müller à DW. "A mudança para veículos elétricos visa nos convencer de que vai salvar o planeta, mas é claro que isso não é verdade, porque o problema sempre foi o crescimento capitalista", acrescenta.

Questionado se reduzir o uso geral do carro é a melhor solução para os impactos ambientais dos pneus, Molden disse à DW: "Sim, isso reduziria as emissões dos pneus. Mas, em termos de atividade econômica perdida, valeria a pena?"

"É melhor criar um mecanismo de mercado onde seja do interesse das empresas de pneus investir muito e apresentar as melhores formulações", disse Molden, acrescentando que atualmente há uma diferença de duas a três vezes em termos de toxicidade de COV entre certos pneus. Molden disse que, em geral, as principais marcas de pneus da Europa estão entre as melhores, enquanto as importações baratas tendem a ser as piores.

No nível individual, evitar acelerações rápidas e freagens bruscas pode reduzir o desgaste dos pneus. Também é aconselhável usar os pneus até o final de sua vida útil, pois os pneus novos liberam o dobro de partículas durante os primeiros dois mil quilômetros. Fonte: Deutsche Welle - 13/07/2023

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quarta-feira, abril 24, 2024

POR QUE MORTES DE IDOSOS POR QUEDAS QUASE DOBRARAM EM 10 ANOS NO BRASIL

 Dados do Ministério da Saúde revelam que esse tipo de acidente tem crescido de forma acelerada no país

Em 2013, 4.816 idosos morreram vítimas de queda da própria altura. Já em 2022, esse número saltou para 9.592 óbitos.

Considerada a terceira causa de mortalidade entre as pessoas com mais de 65 anos, as quedas mataram 70.516 idosos, entre 2013 e 2022, no país.

Os especialistas apontam três fatores para a alta incidência desses acidentes:

·        Maior expectativa de vida da população brasileira, que faz o número de idosos ser cada vez maior e consequentemente deste tipo de acidente;

·        Menor subnotificação da rede hospitalar de casos de queda da própria altura, o que facilita os registros deste tipo de acidente e, por consequência, aumenta o número de casos;

·        Falta de políticas públicas para a população idosa se locomover, favorecendo a ocorrência de quedas.

POR QUE CAÍMOS MAIS AO ENVELHECER?

Com envelhecimento natural, corpo humano vai perdendo massa e força muscular, favorecendo desequilíbrio

Apesar de tombos serem frequentes durante a vida, é após os 60 anos que eles podem se tornar mais comuns.

João Antonio Matheus Guimarães, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), explica que, com o envelhecimento natural, o corpo humano vai perdendo massa e força muscular, a chamada sarcopenia.

"Essa perda de massa muscular faz com que os idosos tenham uma tendência maior de desequilíbrio, o que acaba gerando a maior parte dos acidentes", aponta.

Contudo, não é apenas a perda de massa muscular que gera os acidentes.

"Ao mesmo tempo, quem tem mais de 60 anos, possui maior tendência de ter comorbidades, como alterações neurológicas, que podem, por exemplo, gerar uma tontura e uma consequente queda", diz Guimarães.

Foi o que aconteceu com Irene, de 66 anos, que, após um desmaio dentro de casa, sofreu uma queda que a obrigou a ficar semanas fazendo fisioterapia.

"Só me lembro que, como de costume, naquele dia, acordei e fui no quintal de casa. Foi quando do nada desmaiei", diz ela.

"Ao acordar, me vi toda ensanguentada no chão. Até hoje, não sei quanto tempo fiquei lá."

Socorrida pelo filho, Irene passou por uma bateria de exames que não apontaram gravidade nos ferimentos, mas acenderam o alerta na família.

"Depois do susto, a gente muda a rotina", conta a aposentada.

"Por ter diabete e fibromialgia (doença crônica caracterizada por dores fortes nas articulações, músculos e tendões), sei que não posso levantar da cama correndo ao acordar, como antes. Então, hoje, levanto, sento um pouco e só depois começo o meu dia."


OUTRAS COMORBIDADES

DOENÇAS NAS ARTICULAÇÕES

Também entra na lista de motivos que nos fazem cair mais ao envelhecer outras comorbidades corriqueiras do avanço da idade.

É o caso de doenças nas articulações, que tendem a ficar mais frágeis.

Por isso, por exemplo, situações de artrose — causada pelo desgaste progressivo da cartilagem e inflamação da articulação — são corriqueiras após os 60 anos, sendo capazes de causar tropeços fatais e consequentes quedas.

OUTRA CAUSA QUE GERA MUITOS ACIDENTES

"Outra causa que gera muitos acidentes por queda é a osteoporose — doença que se caracteriza pela perda progressiva de massa óssea, tornando os ossos enfraquecidos", ressalta Lourenço Peixoto, médico ortopedista e chefe do Centro de Cirurgia do Quadril do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into).

"Hoje, já temos vários medicamentos que ajudam na fortificação óssea. Por isso, a importância de sempre ficar de olho nos sinais que seu corpo dá."

Problemas para enxergar de perto ou de longe e o próprio sistema nervoso mais debilitado com o acentuado índice de cabelos brancos também podem ser um indicativo de risco para ocorrência desse tipo de acidente.

MAIS IDADE, MAIOR RISCO


"O paciente mais idoso tende a levantar mais vezes à noite, por conta de urgência urinária e, muitas vezes, ele está sonolento", ressalta Guimarães. "Nesse levantar, muitas vezes ele sofre a queda."

Dados do Into apontam que quanto maior a idade, maior o risco de queda. Isso porque, entre os idosos com 80 anos ou mais, em média, 40% deles sofrem ao menos algum tipo de queda todos os anos.

O levantamento vai ao encontro da pesquisa liderada pela nutricionista Ilana Carla Gonçalves da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucurí (UFVJM) sobre a tendência de mortalidade por quedas em idosos no Brasil.

Ao analisar os óbitos de idosos brasileiros por queda, entre 2000 e 2019, a pesquisadora constatou que mais da metade das mortes foram de idosos com 80 anos ou mais.

No respectivo período, das 135.209 mortes de idosos por queda:

·        17,57% foram de idosos de 60 a 69 anos;

·        26,31% foram de idosos com 70 a 79 anos;

·        56,12% foram de idosos com 80 anos ou mais.

"Esse número de mortes já é um indicativo de alerta, a pergunta que fica é o que estamos fazendo para evitar esse tipo de acidente", ressalta a pesquisadora.

"Isso porque quando o idoso não morre, ele fica acamado e tem todo um processo de recuperação que é mais lento."

ENVELHECIMENTO POPULACIONAL

Na opinião de Gonçalves, é preciso que o Brasil repense seu modelo de organização das cidades para uma população que tende a ser cada vez mais idosa.

O Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que 10,9% do total de habitantes do país têm 65 anos ou mais – o maior percentual de idosos em relação ao total de habitantes desde que o primeiro recenseamento, de 1872.

"O envelhecimento populacional, não acompanhado dos devidos ajustes na infraestrutura e outras medidas que facilitem a mobilidade e promovam a qualidade de vida dessa população, pode contribuir para o aumento do número de óbitos em decorrência de queda da própria altura", diz Gonçalves.

"Vias públicas precárias, com calçadas quebradas e irregulares e iluminação insuficiente, aliadas aos fatores intrínsecos originados do processo de envelhecimento, compõem um cenário que conduz a mais episódios de quedas, aumentando as taxas de mortalidade por essa causa, o que merece atenção especial dos gestores e dos profissionais da saúde."

COMO EVITAR QUEDAS

Contudo, além de políticas públicas, especialistas, apontam para a necessidade de conscientização das famílias sobre os potenciais perigosos que os idosos correm na própria casa.

"É preciso que as pessoas compreendam que cair não é normal, e que existem atitudes que podem evitar esses acidentes", diz Isabela Oliveira Azevedo Trindade, fisioterapeuta da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

Entre as mudanças que podem diminuir os riscos de queda estão colocar interruptor próximo à cama, ter pisos com características antiderrapantes, evitar tapetes e instalar barras de apoio nos banheiros.

Ao mesmo tempo, Trindade defende mudanças na vida do idoso, como dar preferência por sapatos com antiderrapante e nunca andar só de meias.

"Junto com isso, há uma grande necessidade de também investir em exercício físico com o envelhecimento, porque a prática de atividade física diminui o risco de queda", afirma a fisioterapeuta.

Para quem já foi vítima de queda, ela ressalta que não adianta só o envolvimento da família na prevenção de acidentes. É necessário conscientizar o próprio idoso.

"A gente como idoso muitas vezes tem dificuldade para aceitar que não temos mais a agilidade de antes. Só fui aceitar depois do que aconteceu comigo, de ficar toda roxa e até quebrar o braço", diz Georgina, sobre o acidente que sofreu. "Mas, graças a Deus, foi somente isso, poderia ter sido pior."

CONFIRA ABAIXO UMA LISTA DE DICAS PARA ADOTAR EM CASA COM O OBJETIVO DE EVITAR QUEDAS:

NO QUARTO

·        Coloque lâmpada/lanterna e telefone perto da cama;

·        Os armários devem ter portas leves e maçanetas grandes para facilitar a abertura, assim como iluminação interna para ajudar na visualização dos pertences;

·        Dentro do armário, arrume as roupas em lugares de fácil acesso, evitando os locais mais altos;

·        Substitua lençóis e acolchoado por produtos feitos por materiais não escorregadios, como, por exemplo, algodão e lã;

·        Não deixe o chão do quarto bagunçado.

NA SALA E CORREDOR

·        Organize os móveis de maneira que tenha um caminho livre para passar;

·        Instale interruptores de luz na entrada das dependências para que não seja necessário andar no escuro;

·        Mantenha fios de telefone, elétricos e de ampliação fora das áreas de trânsito; nunca debaixo de tapetes;

·        Nas áreas livres, coloque tapetes com as duas faces adesivas ou com a parte debaixo não deslizante;

·        Não sente em cadeira ou sofás baixos, porque o grau de dificuldade exigido para se levantar é maior. Além disso, estes devem ser confortáveis e com braços;

NA COZINHA

·        Remova os tapetes que promovem escorregões;

·        Limpe imediatamente qualquer líquido, gordura ou comida que tenham sido derrubados no chão;

·        Armazene a comida, a louça e demais acessórios culinários em locais de fácil alcance;

·        As estantes devem estar bem presas à parede e ao chão para permitir o apoio quando necessário;

·        Não suba em cadeiras ou caixas para alcançar os armários que estão no alto;

NA ESCADA

·        Interruptores de luz devem estar instalados tanto na parte inferior quanto na parte superior da escada. Outra opção é instalar detectores de movimento que podem fornecer iluminação automaticamente;

·        Mantenha uma lanterna guardada em algum lugar próximo, em caso de falta de luz;

·        Remova os tapetes que estejam no início ou fim da escada;

·        No caso de carpete fixo, selecione aquele que tenha cor sólida (sem desenhos ou muitas formas) para que seja possível visualizar claramente as bordas dos degraus;

·        Coloque tiras adesivas antiderrapantes em cada borda dos degraus;

·        Instale corrimões por toda a extensão da escada, em ambos os lados. Eles devem estar em uma altura de 76 centímetros acima dos degraus.

NO BANHEIRO

·        Coloque um tapete antiderrapante ao lado da banheira ou do box para sua segurança na entrada e saída;

·        Instale barras de apoio nas paredes do banheiro;

·        Duchas móveis são mais adequadas;

·        Substitua as paredes de vidro do box por um material não deslizante;

·        Ao tomar banho, utilize uma cadeira de plástico firme com cerca de 40 centímetros, caso não consiga se abaixar até o chão ou se sinta instável. Fonte: Ministério da Saúde

Fonte: BBC Brasil - 2 janeiro 2024

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sexta-feira, abril 19, 2024

MENINA SOBE EM PRIVADA E MORRE APÓS PEDAÇO DO VASO SANITÁRIO QUEBRAR EM SC

Uma menina de 7 anos morreu após se cortar com o pedaço de um vaso sanitário em São Francisco do Sul (SC).

O QUE ACONTECEU

O vaso sanitário quebrou após Alana subir nele para mudar a temperatura do chuveiro. A informação foi dada pela família ao Corpo de Bombeiros de Santa Catarina. O caso foi registrado no sábado (16)

A menina foi encontrada desmaiada, com um corte na axila direita. Quando os bombeiros chegaram, ela já não apresentava sinais vitais.

Ela chegou a ser levada ao hospital, mas teve a morte constatada na unidade de saúde. "Estou sem chão. Deus cuide do meu anjo.", afirmou a mãe da menina. Fonte: UOL, em São Paulo - 18/03/2024

COMENTÁRIO

ENTENDA COMO PREVENIR ACIDENTES COM VASOS SANITÁRIOS

Muitas pessoas, ao usarem banheiros públicos ou locais com pouca higiene, acabam subindo no vaso sanitário para não encostar no assento. Até mesmo em casa, há relatos daqueles que se apoiam na estrutura para alcançar o chuveiro, um armário, ou mesmo para fazer limpeza na parte mais alta do banheiro. Contudo, o risco dessa prática é alto, e não são raros os casos de pessoas que se machucaram gravemente após a porcelana do vaso sanitário se quebrar.

A explicação para isso está no fato de que o material do qual são feitas as peças, a porcelana, não suportar peso excessivo.

Contudo, é importante ressaltar que esse conceito de “peso excessivo” é variável, uma vez que a estrutura do vaso sanitário é construída para suportar o peso humano, de até 250 kg distribuído em suas bordas [segundo as diretrizes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)]. Dessa forma, quando uma pessoa fica em pé sobre a peça - mesmo que tenha 70 quilos, por exemplo - seu peso se concentra em apenas um local, fazendo com que a louça, muitas vezes, não resista e quebre.

Quando a porcelana se quebra, suas “pontas” tornam-se altamente cortantes, podendo perfurar órgãos e artérias importantes do corpo, levando à morte, ou causando danos irreversíveis à vítima.  

COMO EVITAR ACIDENTES

O Corpo de Bombeiros recomenda em relação ao uso do vaso sanitário é que ele foi projetado para suportar o peso do seu corpo distribuído, ou seja, devidamente sentado. Quando a pessoa sobe para ficar ali naquela posição de cócoras, agachada em cima do vaso sanitário, ela coloca todo o peso numa única extremidade para subir em cima dele, é onde ele costuma quebrar, e a louça, ela corta e corta muito, e isso em um ambiente altamente contaminado, que pode provocar lesões sérias, atingir artérias, hemorragia arterial, podendo evoluir para casos mais graves como o óbito, por exemplo. Fonte: O Popular - 13 de fevereiro de 2024

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quinta-feira, abril 18, 2024

ACIDENTES DE TRABALHO EM 2022

 Dados divulgados pelo MTE em 2023 revelam que, em 2022, o número total de acidentes de trabalho no Brasil foi de 612,9 mil, o que resulta na média de 69 acidentes por hora ou 1,15 acidente por minuto. No ano passado, do total de acidentes, 2.538 resultaram em mortes de trabalhadores e quase 19 mil incapacitações permanentes. No caso dos trabalhadores formais incapacitados, esses recebem o benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Em 2013, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) alertou que o mundo perde 4% do Produto Interno Bruto (PIB) em decorrência de acidentes e doenças do trabalho. 

No Brasil, com base no PIB do ano de 2022, a estimativa apresentada pelo MTE é de que os prejuízos gerados pelos acidentes de trabalho podem ter alcançado a cifra de R$ 396 bilhões, com custos e perdas para empregados, empresas, poder público e a sociedade em geral.  Fonte: Agência Brasil – Brasília - Publicado em 18/04/2024

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quarta-feira, abril 10, 2024

EXPLOSÃO EM SILO DA COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL C.VALE, EM PALOTINA (PR)

 

Uma explosão em um silo da cooperativa agroindustrial C.Vale, em Palotina (PR), a 595 km de Curitiba, deixou pelo menos dois mortos, duas pessoas feridas em estado grave e nove desaparecidos no final da tarde de quarta-feira (26/07).  

A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros.

O QUE ACONTECEU:

A explosão ocorreu em um túnel de transporte de grãos, por volta das 16h50, mas a causa ainda não foi identificada, segundo a C.Vale informou em comunicado. A cooperativa ressaltou que a "prioridade" agora é a "integridade dos colaboradores atingidos e seus familiares".

O silo estava sendo usado para armazenar milho e fica a nove quilômetros do centro de Palotina, numa área com vários silos. A explosão teria ocorrido em um túnel de transporte e, segundo os bombeiros, também destruiu parcialmente outros dois silos.

Funcionários da cooperativa estavam fazendo a manutenção na estrutura quando ocorreu a explosão, cuja causa ainda não foi identificada.

Por volta das 20h, os bombeiros ainda não haviam conseguido entrar no silo destruído. Como ele ameaçava ruir, primeiro foi necessário fazer o escoramento da estrutura, para ingressar com segurança e procurar os desaparecidos.

DANOS A CIRCUNVIZINHANÇAS

Há relatos de que o estrondo foi ouvido a quilômetros de distância e chegou a provocar a quebra de vidros de janelas de imóveis que ficam em bairros próximos ao local

EXPLOSÕES EM CADEIA


O Corpo de Bombeiros detalhou que houve ao menos cinco explosões em sequência em um silo de secagem de grãos da cooperativa. Segundo a corporação, as explosões começaram por volta das 16h50.

O capitão Guilherme Rodrigues, do Corpo de Bombeiros, detalhou que o ambiente onde ocorreu a primeira explosão é bem fechado e com bastante pó, com partículas inflamáveis que, em contato com qualquer fagulha, podem provocar explosões em série.

"Essas partículas pegam fogo com facilidade. Essa primeira explosão faz com que outras partículas em estruturas metálicas também sofram o mesmo efeito."

Conforme o oficial, oito pessoas estavam no local da primeira explosão. As outras acabaram destruindo quatro barracões no entorno, onde trabalhavam mais vítimas.

CORPO DE BOMBEIROS

Os bombeiros disseram que foram acionados por volta das 17h, quando foram até o local. Uma força-tarefa com 11 viaturas, mais de 35 socorristas e cães de Palotina, Cascavel e Toledo foi mobilizada para ajudar a conter as chamas e socorrer os feridos.

VÍTIMAS

Oito pessoas morreram, onze ficaram feridas e uma está desaparecida. Por volta da 1h30 de quinta-feira (27), os bombeiros informaram que um trabalhador foi resgatado com vida.

Na quinta‑feira (27/07/2023) , 10 pessoas estavam em estado grave, mas com a oitava morte, passam a ser nove os feridos gravemente. Uma pessoa está desaparecida, segundo Defesa Civil.

Todos os feridos foram encaminhados para hospitais da região.  

Oito pessoas morreram e 11 ficaram feridas no acidente. As vítimas são sete haitianos e um brasileiro, segundo os bombeiros. Segundo a Secretaria de Saúde (Sesa), 9 pessoas estão em estado grave.  

RESGATE

O capitão Rodrigues, do Corpo de Bombeiros, explicou que parte das vítimas estavam em um túnel que interliga os armazéns do silo na hora das explosões.

"As vítimas estavam no subsolo, nesse túnel, e a estrutura veio abaixo por conta da explosão. Estamos trabalhando o mais rápido possível no resgate. É uma corrida contra o tempo." O oficial detalhou, também, onde dois corpos estavam. "Provavelmente elas foram atingidas pela onda de choque que se propaga no momento da explosão e acabaram morrendo [...] Um dos corpos estava à frente do armazém, onde era realizado o serviço, e outra vítima estava atrás", afirmou.

RESGATE DE DESAPARECIDOS

Um trabalhador que estava entre os desaparecidos foi resgatado com vida após oito horas de buscas, na madrugada de quinta-feira (27). O homem foi socorrido em estado grave e levado para um hospital de Cascavel.

O trabalhador socorrido durante a madrugada  é haitiano e sofreu queimaduras pelo corpo, segundo os bombeiros. Ele foi o primeiro a ser resgatado entre os funcionários que estão desaparecidos.

CAUSA PROVÁVEL

De acordo com o major Tiago Zajac, a explosão ocorreu no interior do túnel de um dos silos da cooperativa. Na sequência, se estendeu a outros três tuneis interligados.

O major explica que o período atual é de colheita da safra de milho, e que esses armazéns recebem o produto e o estoca até a secagem, para então ser processado.

O major acrescenta que as causas da explosão serão investigadas pelos peritos da polícia científica. Ele, no entanto, antecipou algumas das hipóteses sobre quais substâncias presentes no local poderiam ter servido de combustível para a explosão.

“A compactação da massa de milho pode produzir gás por conta da fermentação. É também possível que a explosão tenha sido causada pela poeira do milho, que também pode gerar uma atmosfera explosiva”, disse o major. “Esses riscos tornam imprescindível a limpeza rotineira desses tuneis”, acrescentou.

O QUE DIZ A EMPRESA

A C.Vale se pronunciou por meio de nota e disse que está colaborando com as forças de segurança.  

"A C.Vale comunica aos seus associados e comunidade em geral que nesta quarta‑feira, 26 de julho, às 16h50, um sinistro de grandes proporções atingiu nossa unidade central de recebimentos de grãos em Palotina, oeste do Paraná, devido a causas ainda não identificadas.

No momento, a prioridade está centrada na mobilização de todos os esforços e recursos necessários à preservação da integridade dos colaboradores atingidos pelo incidente e apoio aos familiares das possíveis vítimas atingidas.

No momento, todas as equipes de segurança da cooperativa estão ativas colaborando com autoridades públicas envolvidas, visando minimizar efeitos desse lamentável evento.

Assim que todas as variáveis forem identificadas e apuradas as repercussões geradas pelo incidente, nova nota de esclarecimento será emitida pela equipe de gerenciamento de crise instalada nessa oportunidade".

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO INVESTIGARÁ  A COOPERATIVA

O Ministério Público do Trabalho de Cascavel (MPT) abriu um inquérito civil para investigar eventuais responsabilidades na série de explosões que resultou em mortes na cooperativa C. Vale, em Palotina, no oeste do Paraná.

Conforme o órgão, a investigação vai tentar descobrir se houve irregularidade por parte da empresa na hora do incidente. "O MPT investigará aspectos relacionados à regularidade dos trabalhadores vitimados pela explosão no silo", diz a nota.

DANOS MATERIAIS NA VIZINHANÇA

Cerca de 200 imóveis foram danificados informou o secretário de administração do município Lucas Pedron na segunda-feira (31).

"Todas com pequenos danos, nenhum dano grave que necessite de mobilização. [...] A C.Vale está trabalhando primordialmente para o ressarcimento desses danos e atendimento as vítimas", afirmou o secretário. Entre os danos, estão portas, vidraças e telhados que foram atingidos por destroços ou mesmo pelo tremor causado pelas múltiplas explosões registradas.

VÍTIMAS – BALANÇO FINAL

A tragédia na cooperativa completou um mês no sábado (26/08). A série de explosões registradas no dia 26 de julho em um silo de grãos provocou a morte de dez pessoas e deixou outras dez gravemente feridas.

LAUDO DIVULGADO PELO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

 O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) concluiu que a explosão que atingiu o silo de secagem de grãos da cooperativa agroindustrial C. Vale, em Palotina (PR), em 26 de julho de 2023, foi causada pelo excesso de poeira de grãos em suspensão e depositada em diversos pontos da unidade. O acidente causou a morte de dez trabalhadores e deixou outros dez feridos.

De acordo com a nota divulgada pelo MTE;

·        a poeira de grãos estava no ar,

·    também, concentrada no chão, nas paredes e máquinas, dentro dos túneis subterrâneos das esteiras transportadoras de grãos.

O laudo explica que a poeira pode se tornar um combustível, quando somada à presença de oxigênio e associada a uma fonte de ignição (combustão), que teria lavado à explosão na empresa.

No documento, o Ministério do Trabalho e Emprego expõe situações que poderiam ter iniciado o acidente na cooperativa paranaense;

·        como um curto nas instalações elétricas precárias,

·        aquecimento por fricção dos roletes das esteiras transportadoras de grãos,

·        faíscas em motores ou outro fator a ser identificado pela perícia técnica.

OUTRAS IRREGULARIDADES

Os cinco auditores-fiscais da Inspeção do Trabalho detectaram outras irregularidades no local;

·        como trabalhadores avulsos que não possuíam capacitação adequada para o trabalho em espaços confinados;

·        falta de supervisão suficiente;

·        excesso de jornada;

·        falta de descanso semanal;

·        vestimentas inadequadas para a área de trabalho;

·        ingresso de trabalhadores nos túneis em funcionamento sem a devida parada do sistema;

·        sistemas de transporte por correias sem monitoramento de temperatura e desalinhados;

·        pressão por prazos (safra com alta demanda);

·        instalações elétricas inadequadas.

Durante a investigação, os auditores-fiscais identificaram outras questões de descumprimento de itens de gestão da cooperativa;

·        como a ineficácia dos sistemas de controle para retirada da poeira em suspensão,

·        não havia procedimento suficiente de limpeza da poeira depositada nos túneis;

·        e a empresa não tinha uma gestão adequada dos seus espaços confinados.

Uma norma do ministério define como espaços confinados aqueles que não são projetados para ocupação humana contínua; que possuem meios limitados de entrada e saída; e onde existe atmosfera perigosa, por exemplo, com a possibilidade de explosão.

A equipe de fiscalização lavrou 26 autos de infração, ainda em fase de recurso por parte da empresa.

Fontes: g1 PR e RPC Cascavel - 26/08/2023; g1 PR-29/07/2023; RPC Cascavel e g1-27/07/2023; Agência Brasil – 27/07/2023; g1 PR e RPC - 27/07/2023; g1 PR e RPC Cascavel - 26/07/2023;  UOL, em São Paulo-26/07/2023; Agência Brasil – Brasília - Publicado em 20/03/2024

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posted by ACCA@6:41 PM

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