Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

segunda-feira, setembro 14, 2015

Conceitos Segurança Comportamental

DEFINIÇÕES

Gráfico- Estudo das proporções de acidentes/Incidentes – Insurance Company of North América – 1969

Os comportamentos são ações que podemos ver e medir. Se os comportamentos estão repetidos ou não depende de suas conseqüências. As ações com resultados positivos tendem a ser repetidas. As ações com resultados negativos tendem a ser evitadas.
O comportamento seguro deve conseqüentemente ser mostrado aos benefícios do rendimento. Estes benefícios reforçarão por sua vez as ações que as produziram. Nesta maneira, a segurança transforma-se um hábito .
Nos locais de trabalhos, os resultados positivos podem incluir; o reconhecimento da gerência, o respeito aos colegas de trabalho, as recompensas de segurança, e, em alguns casos,  programas de incentivo.
Estas são as respostas que incentivam, recompensam, e reforçam o comportamento seguro.

OBSERVADORES
As mudanças no comportamento começam com a observação. Observando trabalhadores executando um determinado trabalho ou utilizando uma determinada ferramenta, é possível identificar que etapas no processo que são seguras e quais envolvem o risco inseguro.
As observações podem então ser usadas para desenvolver check-list  para avaliação do desempenho de saúde e segurança. Os operadores de máquinas estão usando óculos de segurança e proteção auditiva ? Os trabalhadores utilizam cinto de proteção contra quedas?

REFORÇO  DO COMPORTAMENTO
Se através de seus grupos de observadores ou supervisores, é importante que os empregados sejam reconhecidos fazendo a coisa segura. Isto ajuda reforçar o comportamento desejado.
O reforço deve ser consistente e pessoal. Em alguma maneira, o comportamento seguro deve ser feito de valor para disseminar, não no general mas em termos imediatos. Na maioria dos casos isto equivale ao incentivo dos companheiros  dos trabalhadores e dos supervisores .

COMUNICADOS COM FALTA DE CLAREZA 
Para fazer a saúde e a segurança um hábito, a mensagem da gerência deve ser clara e consistente. O objetivo em reforçar o comportamento correto é para mudar ações. Isso não pode acontecer quando os trabalhadores recebem comunicados com falta de clareza
A gerência pode reivindicar ter um compromisso forte com a saúde e a segurança, por exemplo, mas fornece equipamento defeituoso ou de má qualidade  ou que obriga a um padrão de produção que não possa ser encontrada sem risco inseguro (risco não controlado) e cortar custos.
O compromisso total da gerência para saúde e segurança significa apoio assim como controle.

PARTICIPAÇÃO DO TRABALHADOR
A ação de identificar o comportamento correto, de determinar procedimentos apropriados, e de reforçar a saúde e a segurança no trabalho deve envolver os trabalhadores. O trabalhador acostumado com o trabalho pode ajudar para determinar como trabalhar com segurança e eficientemente.
Conduzindo observações ou revendo gravações (vídeo) feitas no trabalho, os trabalhadores podem ajudar para avaliar o que é certo e errado, para desenvolver, então, conseqüentemente procedimentos seguros e check-list.

O desenvolvimento deve
■ identificar as tarefas que envolvem lesões ou o potencial para ferimentos graves
■ determinar riscos potenciais
■ analisar como a tarefa é feita atualmente e que equipamento é usado
■ quebrar a tarefa para uma seqüência das etapas (engenharia de métodos)
■ criar uma lista de verificação que cobre as etapas
■ assegurar  que os procedimentos sejam realísticos e executáveis .

Envolver trabalhadores desde o início ajuda assegurar mais tarde o cumprimento de regras/ normas (compliance) . Também cria um sentido de "propriedade"   e fortalecimento na responsabilidade pessoal e no compromisso ao programa.

CONHECIMENTO X  COMO FAZER
Apenas porque sabemos como fazer trabalho com segurança não significa que o fazemos com segurança.
A diferença pode depender se o procedimento/norma (compliance) foi  imposto de cima ou gerado pelo pessoal de produção (fábrica). Quando os trabalhadores fornecem informações dos resultados do desempenho de saúde e segurança, reforçando ações positivas e corrigindo o negativo, as mudanças no comportamento podem ser mais duradouras e eficazes do que aquelas que resultam do treinamento ou o apenas o cumprimento de normas/procedimentos.

A instrução e a supervisão são citadas freqüentemente como métodos de melhoraria de segurança. Mas o comportamento seguro não pode durar mais do que o programa de treinamento e nem pode desaparecer quando o supervisor não está prestando atenção.
Alguns dos programas de comportamento seguro mais eficazes dependem dos grupos de observadores. A pessoas compartilham o mesmo local de trabalho e executa o mesmo trabalho pode ser uma influência poderosa em promover e em reforçar comportamentos seguros. Estas são pessoas que podem incentivar e treinar outras pessoas .


Programa de segurança comportamental

O gerenciamento de segurança é conseguido através de diversas abordagens ou de sistemas. Tradicionalmente, o foco na segurança estava na “engenharia de riscos” fora do ambiente do trabalho e através de inspeções das condições do local de trabalho.

A abordagem mais comumente utilizada, agora, é a aplicação de procedimentos de segurança.

O gerenciamento concentra muita atenção no “por que” os acidentes e lesões ocorrem e tenta evitar a sua repetição ou acidentes similares A atenção do gerenciamento aumenta à medida que o numero de acidentes aumenta. Porém, isto é uma resposta reativa (reage conforme a ocorrência).

Mais recentemente, a ênfase na segurança deslocou para os comportamentos e as atitudes dos empregados em todos os níveis da organização, assim chamada de segurança comportamental. Isto é uma resposta pró-ativa (é uma atitude positiva, que questiona o processo e sugere mudanças que levem a melhores resultados).

A segurança comportamental refere-se para uma abordagem para o gerenciamento de segurança que focaliza “os fatores pessoais” na segurança.
Trabalha na premissa que a maioria de acidentes são um resultado do comportamento inseguro dos empregados.
Esta abordagem deseja minimizar o comportamento inseguro e aumentar o comportamento seguro dos trabalhadores.

Atrás destas falsas premissas do complexo dinâmico do comportamento humano, atitude, crença  e sistema de valores, as ferramentas mais importantes que estão sendo usadas nesta abordagem são a observação, o feedback e o sistema de incentivo. Com isto o foco deve aumentar a motivação dos trabalhadores para  empenhar em trabalho seguro.

A segurança baseada  em “riscos” refere-se  as capacidade e habilidades do ser humano para identificar, avaliar e entender os riscos em seu ambiente de trabalho e ser competente para analisá los. 

Em qualquer situação de trabalho, haverá sempre um elemento de risco que tem de ser analisado. Como são analisados estes riscos, definimos a “competência de risco”.

O foco da abordagem da segurança comportamental à segurança é para aumentar o comportamento seguro, mas também a competência de trabalhadores para analisar aqueles riscos que são necessários.
As palavras chaves do programa são; segurança, mentalidade, conhecimento, competência de risco e equipe de segurança

 A abordagem do programa é revolucionaria para o comportamento. É aceito que a análise de risco é essencial e fundamental para fazer o trabalho e que nenhum local de trabalho, o trabalho jamais  será feito com “risco livre” (risco não controlado) .
Entretanto, o foco  deve ser os empregados para tornarem-se “competentes” para identificar e avaliar riscos e atuar adequadamente.

Vários pesquisadores  apontam que o “fator humano” é responsável por 72% a 91% dos acidentes industriais. Todos na empresa precisam mudar seu comportamento para que possam dar o exemplo conscientemente, de modo mais seguro.
Esta abordagem aponta  especificamente o ”fator de satisfação“  que é o resultado natural se as pessoas  perceberem que seus procedimentos e ambientes de trabalho sejam seguros.

O programa aponta a mentalidade dos empregados, atitudes e comportamentos. Acrescenta e contribui ao sistema de gerenciamento  de segurança na empresa. Tomando como exemplo, a segurança em estrada,  um sistema, tal como,  a Concessionária é direcionada ao projeto de estrada, sinalização de tráfego e regras de trânsito. O programa, por comparação, é sobre o comportamento e atitude dos motoristas,  o fator humano. Ambas as abordagens são necessárias se procurarmos ser eficazes na segurança       

EMPREGADOS COM "MENTALIDADE PRÓ-ATIVA":

■ desejará trabalhar com segurança (é motivado)
■ saberá como trabalhar com segurança (é habilidoso para fazer com segurança)
■ acreditará que é possível trabalhar com segurança (é convencido)
■ verá e julgará os riscos competentemente  (têm habilidades de analisar risco)

Modelo abaixo mostra as etapas para executar a competência do risco, do erro humano.

Fonte: @ZR,  Construction Safety Association of Ontario, 2002; SAFEmap, Austrália, 2004

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segunda-feira, junho 29, 2015

OSHA-As infrações de segurança mais citadas em 2014

1. PROTEÇÃO CONTRA QUEDA NA CONSTRUÇÃO- 8.241 INFRAÇÕES.
Esta seção da norma define as exigências para que os empregadores forneçam sistemas de proteção contra quedas. Toda proteção contra quedas exigida por esta seção devem estar em conformidade com os critérios estabelecidos pela norma. No nosso caso ver a norma NR-18  Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção; NR-18:12 e NR-18:13

2. COMUNICAÇÃO DE RISCO – 6.156 INFRAÇÕES
O objetivo desta seção é assegurar que os riscos de todas as substâncias químicas produzidas ou importadas são classificadas, e que as informações relativas aos riscos classificados é transmitida para empregadores e empregados. Os requisitos desta seção destinam-se a ser coerente com as disposições do Sistema Harmonizado Globalmente para a Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS).
A transmissão de informações deve ser realizada por meio de programas de comunicação de risco abrangentes, que devem incluir a rotulagem de contentores e outras formas de aviso, fichas de dados de segurança (Fispq) e treinamento de funcionários. No nosso caso ver a norma NR‑26 - Sinalização de Segurança

3. ANDAIMES NA CONSTRUÇÃO CIVIL – 5.423 INFRAÇÕES
Cada componente do andaime deve ser capaz de suportar , sem falha, o seu próprio peso e, pelo menos, quatro vezes a carga máxima prevista aplicado ou que lhe é transmitida.
No nosso caso, os andaimes devem ser dimensionados e construídos de modo a suportar, com segurança, as cargas de trabalho a que estarão sujeitos. No nosso caso ver a norma NR-18, NR‑18:15

4. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA- 3.879 INFRAÇÕES
No controle das doenças ocupacionais causadas pelo ar contaminado com poeiras nocivas, neblinas, fumos, névoas, gases, fumos, sprays, ou respirar vapores, o objetivo principal será o de evitar a contaminação atmosférica. Esta operação é realizada, na medida do possível, por medidas de controle de engenharia aceitas (por exemplo, gabinete ou confinamento da operação, ventilação geral e local, e substituição de materiais menos tóxicos). Quando os controles eficazes de engenharia não são viáveis, ou enquanto eles estão sendo instituídos, respiradores apropriados devem ser utilizados nos termos da presente secção da norma. No nosso caso, ver as normas NR-6 Equipamento de Proteção Individual - EPI, NR-9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, Fundacentro, Programa de Proteção Respiratória: Recomendações, Seleção e Uso de Respiradores

5. EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS MOTORIZADAS- 3.340 INFRAÇÕES
Esta seção contém os requisitos de segurança relativos à proteção contra incêndios, projeto, manutenção e uso de empilhadeiras, tratores, plataforma empilhadeiras, veículos motorizadas e manuais  e outros veículos industriais especializadas movidos por motores elétricos ou motores de combustão interna. Esta seção não se aplica;  a  ar comprimido ou gases comprimidos não inflamáveis para veículos industriais , para veículos agrícolas e veículos destinados principalmente para movimentação de terra ou terraplanagem. No nosso caso, ver a norma NR-12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

6.LOCKOUT / TAGOUT –BLOQUEIO E ETIQUETAGEM – 3.254 INFRAÇÕES
Esta norma abrange a reparação e manutenção de máquinas e equipamentos em que a energização repentina ou partida das máquinas ou equipamentos, ou liberação de energia armazenada, podem prejudicar os funcionários. Esta norma estabelece requisitos mínimos de desempenho para o controle desse tipo de energia perigosa. No nosso caso, ver NR10,  NR-12:113

7. ESCADAS NA CONSTRUÇÃO-3.311 INFRAÇÕES
Uma escada deve ser capaz de suportar  cargas sem falhas. Esta seção contém os requisitos de segurança; A escada manual deve ultrapassar em 1,00m (um metro) o piso superior; usar  escadas para os fins para os quais foram projetadas; a parte superior ou último degrau da escada não deve ser utilizado como um passo; retirar escadas com defeitos de serviço, e usar etiquetas alertando de “não usar”; escadas devem ser utilizadas somente em superfícies planas e estáveis protegidas para evitar deslocamento acidental. No nosso caso, ver a norma NR-18:12

8. FIAÇÃO ELÉTRICA- 3.452 INFRAÇÕES
Calhas metálicas, bandejas de cabos, fio terra, cabo elétrico, gabinetes, quadros, acessórios e outras partes metálicas que não transportam correntes que servem como condutores de aterramento, com ou sem a utilização de condutores de aterramento de equipamentos complementares, devem ser eficazmente ligados onde necessários para garantir a continuidade elétrica e capacidade para conduzir com segurança qualquer falha de corrente susceptível. Qualquer pintura, esmalte, ou revestimento  similar não condutor deverão ser removidos em fios, em pontos de contacto e em superfícies de contacto ou ser ligadas por meio de encaixes concebidos de modo a tornar desnecessária tais remoção. No nosso caso, ver a norma NR-10

9. PROTEÇÃO DE MÁQUINA – 2701 INFRAÇÕES
Tipos de proteção. Devem ser fornecidos um ou mais métodos de proteção de máquinas para proteger o operador e outros funcionários na área de máquina de riscos, tais como aqueles criados por ponto de operação, entrada de cilindros, peças girando, lançamento de chips e faíscas. Exemplos de métodos de proteção; barreiras de proteção,  dispositivos bimanuais de proteção, dispositivos de segurança eletrônicos, etc.
Requisitos gerais para proteção de máquinas. A proteção deve ser fixada em máquinas sempre que possível e garantido em outros lugares, se por qualquer razão na máquina não é possível. A proteção deve ser tal que não oferece risco de acidente. No nosso caso, ver a norma NR-12 Máquinas e Equipamentos

10. SISTEMAS ELÉTRICOS- INSTALAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO – 2.745 INFRAÇÕES
Equipamentos elétricos devem estar livres de riscos reconhecidos que são susceptíveis de causar morte ou danos físicos graves aos empregados. No nosso caso, ver a norma NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Fonte: @ZR, OSHA-U.S Department Labor

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segunda-feira, maio 25, 2015

Boas Práticas em programa de gestão de segurança e saúde no trabalho

Diretrizes básicas para elaboração de um programa de gestão de segurança e saúde no trabalho, utilizando como ferramenta às  “Boas Práticas”

Nota: “Boas Práticas” (Best Practice)
Técnica ou prática comprovadamente eficiente que uma empresa pode adotar. Antes de adotar as “Boas Práticas”, a empresa deve avaliar sua aplicabilidade e responder às seguintes questões: Quem tem adotado a referida prática? Por que a prática funciona? O que é afetado por ela? Que resultados ela trará para a empresa?

Saúde e segurança são os principais assuntos em liderança. Num esforço para fornecer  as  diretrizes básicas de “Boas  Práticas”  para líderes em indústria, governo, instituição de ensino superior,  a ICSCA (Industry Cooperation on Standards and Conformity Assessment, Indústria de Cooperação em Padrões e Avaliações de Conformidade, Instituição da Austrália) desenvolveu os principais tópicos das “Boas Práticas” industriais especificamente para alta gerência.
O documento descreve os elementos necessários essenciais para uma gestão eficaz de segurança e saúde no trabalho. A conformidade com as “Boas Práticas” neste documento não exclui  das obrigações legais (obedecer às normas vigentes do país) .

INTRODUÇÃO
Este documento se destina a alta gerência de qualquer organização e proporciona as diretrizes para formulação de sua política afirmativa para condução das medidas para gestão de saúde e segurança no trabalho. Fornece uma abordagem eficiente  e concisa,  que desenvolve em relação a métodos e procedimentos e é praticado na industria  em nível global.
Não incentiva  ou defende a certificação de terceiros, pois isto não garante a saúde e segurança no local de trabalho,  e nem a certificação de terceiros desobriga das responsabilidades legais.
Protegendo a saúde e a segurança no local de trabalho é um dever fundamental de todas as organizações e de seus funcionários. Este objetivo compartilhado é mais facilmente alcançado se as organizações estabelecerem uma abordagem estruturada para a identificação de riscos, avaliação e o controle de riscos relativos ao trabalho.

A abordagem mais eficaz  é onde a organização vincula a mesma importância para obtenção de padrões elevados de gestão de saúde e segurança no trabalho,  como fazem para outros aspectos chaves de suas atividades de negócios.

Muito das características de uma gestão eficiente de saúde e segurança no trabalho são imperceptíveis daquelas práticas utilizadas para obter qualidade e excelência empresarial. Sua incorporação em todos o sistema de gestão é fundamental a fim de:
■Minimizar o risco para funcionários e outros;
■Melhorar o desempenho empresarial;
■Auxilia a organização  para estabelecer a imagem de uma organização responsável no mercado.

Esta abordagem para gestão de saúde e segurança no trabalho não é nova, pois diversas organizações  tiveram sucesso protegendo a segurança e saúde do trabalhador utilizando técnicas de gestão por décadas. A abordagem permite às organizações, sistematicamente:
■identificar os riscos potenciais ou reais no trabalho;
■estabelecer objetivos mensuráveis para eliminar ou reduzir aqueles riscos e controlar qualquer risco residual;
■implementar programas e procedimentos para alcançar os objetivos;
medir e checar  para verificar o desempenho e a eficácia das medidas adotadas e para ■identificar as possibilidades de melhoramento contínuo.

Este documento fornece orientação na abordagem para a gestão de saúde e segurança no trabalho. As “Boas Práticas” são flexíveis, assim as organizações podem integrar a abordagem com seus outros negócios e sistemas de gestão. Cada organização deve desenvolver o detalhe de sua própria  abordagem, estruturada para adaptar suas necessidades.
Estas “Boas Práticas” são direcionadas para utilização de qualquer organização (inclusive subcontratadas), pública ou privada, independentemente do tamanho e da natureza de suas atividades, em qualquer setor e em qualquer parte do mundo. Isto seria imaginado como um documento “blindagem de segurança” que permite normas, leis, regulamentos, códigos e outras diretrizes aplicáveis  para serem facilmente incorporados aos elementos   de  “Boas Práticas” industriais. 

Estas “Boas Práticas” não pressupõem que as organizações possuam sistemas de gestão certificadas (por exemplo. ISO 9001 ou 14001).

ELEMENTOS DE ABORDAGEM

Liderança e Comprometimento demonstrado pela  Alta Gerência

Liderança.
Ativa, visível, direta e consistente da alta gerência  são fundamentais para o sucesso da gestão de saúde e segurança no trabalho.
A função da alta gerência inclui; definição da política, a aprovação de objetivos, o fornecimento de recursos e revisando regularmente o desempenho.
É particularmente importante a revisão gerencial; para avaliar regularmente o desempenho da saúde e segurança, a adequação e eficácia das medidas para a gestão de saúde e segurança no trabalho e para identificar possibilidades de melhoria ;e particularmente importante. A alta gerência é diretamente responsável por fornecer u, local de trabalho seguro e por promover a cultura de segurança.

Política.
A alta gerência deve estabelecer uma política que inclui compromissos para prevenir e reduzir os acidentes (lesões e danos à saúde)  no local de trabalho,  atuar de acordo com as exigências legais, reconhecer a gestão de saúde e segurança no trabalho como  parte integrante do desempenho de suas atividades e continuamente melhorar o desempenho.

Esta política deve ser comunicada a todos os empregados e executadas através de medidas adequadas.

Responsabilidade, autoridade e atribuições.
Responsabilidades, autoridades e atribuições para execução das medidas de gestão de saúde e segurança devem ser claramente identificadas , documentadas e comunicadas a todos os membros da organização. Através das funções de saúde e segurança podem (e devem) ser delegadas, a alta gerência é a principal responsável pela gestão de saúde e segurança. É necessário definir as responsabilidades dos funcionários em relação à sua própria segurança e a dos demais com quem trabalham, em um contexto de medidas que forneçam-lhes recursos, ferramentas, treinamento, capacidade e oportunidade para trabalhar com segurança.

Comunicação e consulta.
A organização deve tomar medidas eficientes para permitir a comunicação entre todos os níveis e funções, em função da saúde e segurança nos resultados do trabalho e assim como, quando necessário o envolvimento e consulta aos empregados. Os funcionários devem ter papéis adequados na concepção e implementação dos programas de saúde e segurança.

PLANEJAMENTO

Análise e controle de riscos .
A organização deve implementar um procedimento para identificação  de riscos no local de trabalho e no processo que representem riscos potencias ou reais de acidentes ou danos à saúde .  
Os riscos devem ser priorizados, para que possam ser gerenciados e controlados de forma planejada. Na análise devem ser incluídos os riscos aos visitantes e ao público, as emergências e o impacto de trabalho pelas subcontratadas, embora permaneçam responsáveis pela segurança de seus próprios funcionários. As medidas também devem ser feitas para  providenciar recomendações e serviços de especialistas, relevantes a natureza das atividades das organizações.

Controle de riscos na fase de planejamento.
O primeiro objetivo no controle dos riscos identificados nas análises deve ser a sua eliminação já na fase de planejamento. A utilização controles de hierarquia durante a fase de planejamento resultará na redução do risco no local de trabalho. O objetivo é impedir a introdução de riscos no local de trabalho, definindo exigências e trabalhando com fornecedores. Treinamento, avisos e equipamento de proteção individual são a últimas opções e são normalmente utilizados ara controlar risco residual.

Identificação de exigências legais e outros.
A organização deve tomar medidas eficazes para garantir a identificação e utilização de exigências  legais atualizadas, contratuais e outras, aplicáveis à saúde e segurança no trabalho. Estas exigências  devem ser transformadas em instruções práticas, de modo que o pessoal possa analisar o seu comprometimento na conformidade (cumprimento das normas aplicáveis).

Estabelecimento de objetivos quantificáveis.
A organização deve estabelecer objetivos quantificáveis na saúde e segurança no trabalho para controlar, reduzir e, se possível,  eliminar o potencial de riscos no local de trabalho. Os indicadores chaves do desempenho devem ser  identificados e monitorados para cada objetivo.Os objetivos devem implementar a política de comprometimentos da organização (isto é, prevenir, cumprir e melhorar),  ser praticável e considerar outros objetivos empresariais.

IMPLEMENTAÇÃO

Programas de saúde e segurança.
A organização deve desenvolver e implementar programas que descrevam como, quando e por quem os  objetivos serão executados. Estes devem incluir programas adequados para controlar e, se  possível, eliminar os riscos no local de trabalho. Uma liderança pró-ativa promoverá uma vigorosa   cultura de saúde e segurança e um comportamento seguro no local de trabalho.

Gerenciar mudanças.
A organização deve levar em consideração a gestão de saúde e segurança, quando projetando ou  modificando processos ou organizações, utilizando novos materiais, ferramentas ou equipamentos, ou outras alterações. As mudanças devem ser projetadas e implementadas para reduzir ou eliminar os riscos existentes e prevenir novos riscos penetrando no local de trabalho.

Programas para as subcontratadas.
A organização deve avaliar as subcontratadas em relação a sua competência em saúde e segurança,    ao treinamento e desempenho. Sempre que possível, as medidas tomadas em relação à coordenação dos locais de trabalho devem ser compartilhadas com as subcontratadas.
A implementação destas medidas não deve alterar a relação legal entre a organização e as subcontratadas.  As próprias subcontratadas devem considerar as medidas de planejamento e de implementação consistentes com estas “Boas Práticas”,  dirigidas à saúde e segurança de seus empregados e dos demais no mesmo local de trabalho.

Fornecedores de bens e serviços
As exigências de saúde e segurança devem ser incorporadas aos procedimentos de fornecedores bens e serviços, visando controlar a fim de controlar a introdução de novos riscos no local de trabalho. Estas exigências devem ser incluídas nos contratos de fornecedores de máquinas, equipamentos, instalações e subcontratadas.

Resposta à emergência.
A organização deve implementar procedimentos para identificar e responder à emergência. Estes procedimentos devem ser testados periodicamente e/ou avaliado para verificar a sua eficácia.

Instruções de trabalho.
A organização deve identificar os riscos associados às operações, atividades e serviços do local de trabalho. Deve implementar medidas para controlar essas atividades identificadas na avaliação de riscos, para alcançar os objetivos da organização e prevenir acidentes e danos à saúde. É preferível que estas medidas sejam incorporadas em outros procedimentos/instruções de trabalho (p. ex. produção, qualidade, meio ambiente).

Competência 
Todos os empregados devem ser competentes, treinados e equipados para cumprir suas responsabilidades e para executar as políticas e procedimentos que são relevantes para seu trabalho relacionados à saúde e segurança no trabalho. Uma exigência de treinamento mínimo é aquele requerido por lei. Todos os empregados devem ter iniciativa própria no seu ambiente de trabalho e regularmente seja informado dos riscos associados as suas atividades. Também devem receber instruções, principalmente antes de iniciar o trabalho, como realizar com segurança e de acordo com as normas seus trabalhos, como prevenir e evitar acidentes e como responder às emergências. Empregados, neste contexto incluem todos os níveis, supervisores e gerentes.

VERIFICAÇÃO E MELHORAMENTO CONTÍNUO

Monitoramento e medição.
A organização deve executar medidas eficazes para medir regularmente o desempenho da saúde e segurança em relação aos objetivos. A organização deve também verificar em intervalos regulares,  que as medidas estabelecidas para a gestão de saúde e segurança foram implementadas e são eficazes.

Avaliação da conformidade.
A organização deve efetuar medidas eficazes para avaliar regularmente a conformidade com as  exigências legais de saúde e segurança no trabalho.

Verificação das medidas 
A organização deve checar periodicamente o sistema de gestão global para verificar que as medidas necessárias à gestão de saúde e segurança estão no seu lugar e estão de fato sendo executadas  conforme planejado.

Ação preventiva e corretiva
Quando forem observadas “não-conformidades” (utilizando-se qualquer meio, inclusive monitoramento, medição ou checagem), as medidas corretivas apropriadas devem ser tomadas para atenuar as suas conseqüências e diminuir a probabilidade de sua repetição. Sempre que possível, as análises devem ser feitas para determinar as causas da não-conformidade.

Melhoramento contínuo
Providencias serão feitas para o melhoramento contínuo das medidas de gestão de saúde e segurança com base em lições aprendidas, benchmarking e novas tecnologias. A investigação de acidentes, doenças e situações de incidente, por profissionais competentes, devem conduzir a futura redução de riscos e servir como base para o melhoramento contínuo em saúde e segurança.

REVISÃO GERENCIAL

Revisão gerencial.
A alta gerência deve fazer revisões periódicas de desempenho da gestão de saúde e segurança para verificar que o sistema global é adequado, desempenhando de acordo com as expectativas e  identificando as possibilidades de melhoria. Esta revisão deve incluir os resultados de monitoramentos e medições, as checagens, o status das ações corretivas e as futuras alterações operacionais, legais ou outras, que possam ser importantes para o desempenho da gestão de saúde e segurança. A revisão gerencial permite também que a alta gerência comunique a gerência intermediária e aos supervisores o seu comprometimento pessoal à saúde e segurança no trabalho.

Documentação e registros.
As medidas necessárias para a execução eficaz da gestão de saúde e segurança devem ser documentadas (por algum meio adequado, incluindo; por escrito, por computador, por cartazes, etc.). Estes documentos devem ser controlados para garantir que as publicações mais recentes, aprovadas e corrigidas estão disponíveis em locais adequados para sua utilização. Os procedimentos documentados não são sempre necessários para execução eficaz. Entretanto, alguns procedimentos documentados podem ser exigidos por lei.

Conservação de registros.
A organização deve criar e manter registros necessários para demonstrar que as medidas para gestão da saúde e segurança no trabalho (incluindo documentação de desempenho) foram executadas. Em alguns casos, podem ser necessários criar e  manter registros para fins legais.

CONCLUSÃO:

As ”Boas Práticas” são um processo pelos quais as organizações;
■Reflete continuamente em suas práticas gerenciais e como elas provocam impacto nas condições e resultados na segurança e saúde ocupacional;
■Procura em detalhes, aprende com, o que outra faz, o que as companhias com melhores desempenhos estão fazendo independente do tipo de indústria  em que esses  melhores executores estão situados, e;
■Adapta as práticas de outras e melhorar continuamente suas práticas e resultados com objetivos de ser a “melhor”.

Obter as ”Boas Práticas” exigem das organizações, melhorar continuamente seus processos e assim;
■Identifica e analisa as práticas em sua própria organização mais importante para o desempenho total;
■Compara estas práticas e desempenho com indústrias líderes nacionais ou internacionais (benchmarking) e ajustar os objetivos realísticos  para seu desempenho futuro; e
■Implementar novas ou  práticas melhoradas, adaptadas destas indústrias líderes, para encontrar novos objetivos de desempenho

Um número comum de características surge, nem todas são novas,  dessas organizações  submetidas às ”Boas Práticas” do mundo. Estas características são; 
■Maior comprometimento da liderança da alta organização;
■Uma estratégia preventiva em vez de reativa em segurança e saúde ocupacional, integrando a excelência em segurança e saúde com competitividade. Resultados, tais como; dia perdidos por acidentes são medidas de longo prazo de sucesso ou falha de estratégia, o foco está em desenvolver e manter o processo e sistemas necessários  para suportar resultados excelentes;
■Empregados autorizados com função  em identificar  melhoramento contínuo em segurança e saúde ocupacional, apoiado pela disposição da  gerência para executar essas  medidas;
■Conhecimentos adquiridos em segurança e saúde ocupacional  são integradas em  “acúmulo de conhecimento geral da empresa” para serem disseminados (treinamento de empregados para adquirirem novas habilidades ou tecnologias).
■Treinamento especifico em segurança e saúde ocupacional, conhecimentos em problemas solucionados são desenvolvidos em empregados e;
■No sistema de gestão da empresa está incluído a segurança e saúde ocupacional.   Segurança e saúde ocupacional não é mais um “obstáculo”, mas está integrado  em todo o sistema gerencial da empresa desde o planejamento  a vendas.

Fonte:@ZR, ICSCA: ICSCA (Industry Cooperation on Standards and Conformity Assessment) - Industry Best Practice on Health & Safety at Work -  June 2002

Nota explicativa
O que é avaliação da conformidade?
 A avaliação da conformidade consiste em atestar, que um produto, processo, serviço, ou pessoal, atende aos requisitos de uma norma, especificação ou regulamento técnico nacional ou internacional.
 O que é Benchmarking?
Benchmarking é um processo contínuo de comparação dos produtos, serviços e práticas empresariais entre os mais fortes concorrentes ou empresas reconhecidas como líderes. É um processo de pesquisa que permite realizar comparações de processos e práticas "companhia-a-companhia" para identificar o melhor do melhor e alcançar um nível de superioridade ou vantagem competitiva.
Benchmarking surgiu como uma necessidade de informações e desejo de aprender depressa, como corrigir um problema empresarial.

A competitividade mundial aumentou, acentuadamente nas últimas décadas, obrigando as empresas a um contínuo aprimoramento de seus processos, produtos e serviços, visando oferecer alta qualidade com baixo custo e assumir uma posição de liderança no mercado onde atua. Na maioria das vezes o aprimoramento exigido, sobretudo pelos clientes dos processos, produtos e serviços, ultrapassa a capacidade das pessoas envolvidas, por estarem elas presas aos seus próprios paradigmas.

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sexta-feira, agosto 08, 2014

Passageiro prende a perna na plataforma, na estação de trem

Um homem teve que ser libertado  após a perna ficar preso no vão entre trem e plataforma na estação de Perth, Austrália. A perna do passageiro ficou presa na estação de Stirling, às 08:50 (horário local), 6 de agosto,  causando  atraso no trem.

Nicolas Taylor disse que ele e outros passageiros saíram do trem e tentaram libertar o homem, empurrando o vagão para longe da plataforma. O trem moveu sua suspensão suficiente para que o homem conseguisse sair da situação complicada.

“Ele não teve ferimento, saiu  caminhando  bem. Ele parecia estar um pouco envergonhado, porque onde ele caiu estava exatamente escrito, “cuidado com o vão". A equipe de segurança da Transperth coordenou o acidente muito bem, levou apenas 10 minutos. Eles fizeram um trabalho realmente bom, assumiram o controle e executaram bem. Quando eu vi o acidente, pensei que ia demorar”, disse Taylor.

O porta-voz Transperth David Hynes disse; que o pessoal de segurança da estação alertou o operador do trem para que não deixasse a estação. Nossa equipe estava a poucos metros do passageiro, quando isso aconteceu e foi atendido imediatamente. Depois de garantir que o trem ficaria parado, eles organizaram para que os passageiros descessem e coordenou esforços junto com os passageiros para inclinar o vagão a partir da plataforma para que o homem pudesse ser resgatado.

O homem foi libertado de forma segura e atendido pelo serviço de emergência. Entendemos que ele não estava gravemente ferido, porque ele ficou na estação e embarcou em um  trem mais tarde com destino a cidade. Apesar da estação cumprir as mais recentes normas de acessibilidade em termos de espaço (vão) entre a plataforma e o trem, de alguma forma, sua perna caiu no vão, disse Hynes.

Hynes também agradeceu aos passageiros envolvidos no resgate. Ouvimos falar muito sobre o mau comportamento no transporte público. É realmente muito bom quando algo assim acontece e as pessoas trabalham em conjunto para ajudar um passageiro. Perth Now - August 06, 2014

Comentário: Para refletir:
■ Atividades de gestão de riscos faz parte do cotidiano de todos os indivíduos, de forma explícita ou tácita.
■ A gestão de riscos é um processo de melhoria contínua:
■ É impossível eliminar todas as possibilidades de riscos. Procuramos reduzir o risco a níveis aceitáveis
■ Os acidentes acontecem. O importante é termos em mente que acidentes fazem parte do mundo e sempre acontecerão.
■ Em tudo o que fazemos há uma dose de risco: seja no trabalho, em casa consertando alguma coisa, brincando, praticando esporte ou mesmo caminhando pelas ruas da cidade.
■ O risco de acontecer um acidente é muito real. Não se trata de saber se ele vai acontecer, mas sim quando.
■ O enfoque de um programa de prevenção de riscos deve ser muito mais abrangente do que a própria norma estabelece ou apresenta ser. Como se disse, “os riscos são ocultos e as normas são transparentes”.  

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terça-feira, agosto 05, 2014

Por que housekeeping?

Prevenção de Acidentes
Manter sua área de trabalho limpa é a coisa mais importante que você pode fazer para prevenir acidentes no trabalho.
A definição básica de um acidente: uma ocorrência evitável.

Por que housekeeping? Principalmente é conhecido por todos - que evita acidente.
A verdade é; deslizamentos, quedas, cortes e arranhões são muitas vezes resultados de uma má limpeza (housekeeping).
E o mais assustador estatisticamente é que escorregar e queda  ocupa a segunda posição de acidentes fatais nos Estados Unidos na faixa etária de 45 a 75 anos de idade
Muitas vezes os riscos são propositadamente negligenciados devido; “que não é o meu trabalho" ou "eu não fiz” ou “não é comigo” - deixar para alguém corrigi-lo.

Quando ocorre um acidente,  acarreta consequências  ou CUSTOS


Housekeeping ou a sua falta leva a consequências graves para uma organização (grande ou pequena)

A partir de um acidente resultante devido a má limpeza pode levar a um efeito dominó em relação a CUSTOS.
O termo Custos é usado para definir um evento adverso ou consequência e podemos ver  como resultado a má limpeza
1.Lesões;
2. Ações de autoridade legal (Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)/ Ministério Público do Trabalho (MPT),  ação civil por violação de negligência / dever de vigilância)
3. Perda de infraestrutura, por exemplo, incêndio devido à inadequada "má arrumação" de armazenagem de combustíveis,
4. Atrito com trabalhadores devido à perda de confiança na organização para manter o local seguro
5. Percepção dos  clientes e das autoridades públicas no desempenho de segurança da empresa
6. Perda financeira por perda de negócios, lesões, custos legais, multas, etc.

ACIDENTES
"Os benefícios  ou auxílios ou seguros são úteis, mas os pagamentos de compensação não pode restaurar uma vida, mão, olho ou perna. O dinheiro é um conforto frio por tais perdas

LESÕES 
Uma limpeza deficiente pode ser  causa de acidentes, tais como:
■ tropeçar em objetos soltos no chão, escadas e plataformas, sendo atingidos por objetos em queda, deslizando sobre superfícies oleosas, molhadas ou sujas,
■ golpear ou cair, itens mal empilhados ou material colocado inadequadamente, corte, punção,
ou escoriações da pele das mãos ou outras partes do corpo em projeção; pregos, arames ou correias  

LEGAL
"É péssimo um dos nossos trabalhadores acidentar-se e agora estamos sendo multado por deixá-lo com lesão”.
■ Ações de autoridade (Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)/ Ministério Público do Trabalho (MPT),  ação civil por violação de negligência / dever de vigilância)
■ Acusações criminais, podem ser apresentadas contra a empresa; A responsabilidade civil ambiental (artigo 225 responsabilidade objetiva), responsabilidade civil por danos à saúde do trabalhador, (artigo 927 do Código Civil, responsabilidade objetiva), Código Civil, (responsabilidade objetiva e solidária),
■ As citações, multas, aplicadas pelo Ministério do Trabalho
■ Local de trabalho pode ser interditado
■ Trabalhadores feridos pode entrar ação civil, dano moral, por negligência / falta de segurança

INFRAESTRUTURA
O acesso ao extintor e mangueira  foi bloqueado por material.
A perda de infraestrutura, por exemplo, incêndio devido à inadequada "má arrumação" armazenagem de combustíveis.
■ As áreas de trabalho, corredores, passagens, escadas, e equipamentos não limpos ou arrumados,  materiais soltos, lixo, sucatas, etc
■ Bloqueio de corredores, saídas de incêndio, equipamento de emergência ou  alarme com equipamento ou material.
■ Acúmulo de lixo; combustíveis e de resíduos, como papel, madeira, papelão, etc
■ A prática lamentável de estoque em excesso de inflamáveis e combustíveis. Deveria ser mantida no mínimo, para consumo de um dia.
■ Atraso na limpeza de vazamento/derramamento, como graxa, óleo ou água.  A demora na limpeza pode resultar em acidentes.

PESSOA
A maioria dos trabalhadores sabe da nossa deficiência de segurança.
Atrito com trabalhadores devido à perda de confiança na organização para manter o local seguro
Princípio básico:
■Ninguém gosta de se ferir
■Empregados saudáveis são empregados mais produtivos

PERCEPÇÃO
Se você não pode manter o seu trabalhador ou sua empresa segura, como você pode garantir que você pode fazer o mesmo para os  produtos?
Um cliente potencial ou existente pensaria "Se você não pode manter o seu trabalhador ou sua empresa segura, como você pode garantir que você pode fazer o mesmo para os  produtos" inseguros sujeitos a acidentes na instalação.
Mais e mais clientes concentram-se na administração da contratada e como eles se comportam na Gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente (GSSM);
Eles fariam auditorias anuais e as questões-chave são:
■ (GSSM); indicadores de acidentes (tempo perdido, casos de primeiros socorros e etc)
■ Condições das instalações inseguras  

CUSTOS FINANCEIROS
A consequência  visível da má gestão de housekeeping  é apenas a ponta do iceberg.
A perda financeira;  perda de negócios, lesões, custos legais, multas ...

A Teoria do iceberg bem conhecida;
Custos Diretos
■ Custos Médicos (incluindo plano de saúde do  trabalhador)
■ Pagamento de Indenizações

Custos Indiretos
■ Tempo Perdido (por trabalhador e supervisor)
■ atrasos no cronograma
■ Treinamento de novos funcionários
■ Reparos de limpeza / equipamentos
■ Honorários advocatícios
■ Multas
■ Perda de potencial cliente / negócios de publicidade negativa e etc

LEGAL
O que diz a lei?
“redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança”.
Os requisitos legais
Cabe às empresas:
■cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
■ instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;
A empresa deve  na medida do possível, proteger a segurança e a saúde dos  trabalhadores que trabalham  no local de trabalho,  assim como todos os que podem ser afetados pelo trabalho.

Deveres incluem:
■ Manter as instalações de trabalho seguras e organizadas para os trabalhadores;
■ Garantir a segurança em máquinas, equipamentos, instalações, substâncias e processos de trabalho no local de trabalho. Fonte: Katoen Natie

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segunda-feira, janeiro 27, 2014

Avaliação de Riscos

A segurança e a saúde dos trabalhadores são protegidas pelo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, baseada na avaliação e na gestão dos riscos.
Esse  programa visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais

Mas para que seja possível efetuar uma avaliação eficaz dos riscos no local de trabalho, todos os responsáveis devem conhecer bem as normas regulamentadoras, os conceitos, o processo de avaliação dos riscos e as funções que competem aos principais agentes que participam no processo.

O processo de avaliação de riscos embora esteja dividido em mais ou menos etapas, os princípios de orientações são os mesmos (consultar a NR-9).

O QUE É AVALIAÇÃO DE RISCOS?
A avaliação de riscos é o processo de avaliação dos riscos para a segurança e a saúde dos trabalhadores decorrentes de perigos no local de trabalho.

È, pois, uma análise sistemática de todos os aspectos do trabalho, que identifica:
■ aquilo que é susceptível de causar lesões ou danos;
■ a possibilidade de os perigos serem eliminados e, se tal não for o caso;
■ as medidas de prevenção ou proteção que existem, ou deveriam existir, para controlar os riscos.

NÃO ESQUEÇA:
■ um perigo pode ser qualquer coisa (material ou equipamento de trabalho, métodos ou práticas de trabalho) com potencial para causar danos;
■ um risco é a probabilidade, alta ou baixa, de alguém sofrer lesões ou danos devido a esse perigo.

COMO AVALIAR OS RISCOS
Os princípios orientadores que devem ser tidos em consideração no processo de avaliação de riscos podem ser divididos em cinco etapas.

Etapa 1 — Identificação dos perigos e dos trabalhadores em risco
Análise dos aspectos do trabalho que podem causar danos e identificação dos trabalhadores que podem estar expostos ao perigo.

Etapa 2 — Avaliação e priorização dos riscos
Apreciação dos riscos existentes (gravidade e probabilidade dos mesmos, etc.) e classificação desses riscos por ordem de importância. É essencial definir a prioridade do trabalho a realizar para eliminar ou evitar os riscos.

Etapa 3 — Decisão sobre medidas preventivas
Identificação das medidas adequadas de eliminação ou controlo dos riscos.

Etapa 4 — Adoção de medidas
Aplicação das medidas preventivas e de proteção, através da elaboração de um plano de prioridades (provavelmente não será possível resolver imediatamente todos os problemas) e especificando a quem compete fazer o quê e quando, prazos de execução das tarefas e meios afetados à aplicação das medidas.

Etapa 5 — Acompanhamento e revisão
A avaliação deve ser revista a intervalos regulares, para assegurar que se mantenha atualizada. Deve ainda ser revista sempre que se verifiquem na organização mudanças relevantes, ou na sequência dos resultados de uma investigação sobre um acidente ou um quase acidente.

O EMPREGADOR TEM O DEVER:
a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;
b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos;
c) informar aos trabalhadores:
c.1) os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;
c.2) os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
c.3) os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos;
c.4) os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.
d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;
e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho.

CABE AO EMPREGADO:
a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;
b) usar o EPI fornecido pelo empregador;
c) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras - NR;
d) colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras - NR;

PENALIDADES
■Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento do disposto no item anterior.
 ■O não-cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho acarretará  ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente.

RECURSOS DE APOIO À AVALIAÇÃO DE RISCOS
A empresa poderá utilizar recursos externos (consultores, empresas) para efetuar determinadas avaliações, por exemplo; avaliação de ruído, insalubridade, incêndio, explosão, etc.  Estão disponíveis no mercado especialistas que podem prestar apoio à empresa na realização de determinada avaliação de riscos.  

CONTRATANTES/FORNECEDORES
Sempre que trabalhadores de diferentes empresas trabalhem no mesmo local de trabalho, será  necessário o compartilhamento de informações sobre os riscos e as medidas destinadas a fazer face a esses riscos. Criar o Manual de Saúde, Segurança e Meio Ambiente para Contratadas.
Fonte: Adaptação  de Avaliação de Riscos da Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho para as Normas Regulamentadoras.

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segunda-feira, abril 01, 2013

Gerenciamento de Crises

Clareza nas informações à população ajuda a recuperar a imagem de companhias com problemas

Prevenir uma crise na empresa é quase impossível, mas tomar a dianteira da situação e antecipar-se às críticas com transparência de informações podem ser a diferença fundamental entre a empresa sair da crise com um grande prejuízo ou com a imagem fortalecida diante dos consumidores.

Crises nas organizações são como visitas indesejáveis, que chegam à sua casa inesperadamente, antes que você tenha tempo de evitar que aconteçam. Todas as atividades que envolvem pessoas estão sujeitas a crises. Cedo ou tarde elas ocorrem, mas há maneiras de minimizá-las (eventualmente até evitá-las), através do gerenciamento de crises. Essa função reside quase totalmente no campo da comunicação corporativa e deve ser administrada com o apoio de especialistas. Tal como gripe, pior que crise é crise mal curada e por curandeiros.

Qual a empresa, em sã consciência, que se pode considerar à prova de acidentes;
■intoxicações, chantagens, sabotagens, atos criminosos,
■desastres, incêndios, inundações, fraudes,
■denúncias, processos judiciais, violações de produtos,
■defeitos de fabricação operações de "recall",
■impactos de nova regulamentação ou greves, só para mencionar as situações mais óbvias?

Por isso, gerenciamento de crises, dadas as graves implicações, deve receber das empresas que atuam no Brasil o mesmo tratamento prioritário que seus pares no exterior dedicam ao tema. E um dos diferenciais indispensáveis para que as organizações brasileiras se equiparem plenamente às internacionais, principalmente em tempos de globalização. Esta, aliás, é a fórmula inteligente para garantir o investimento feito em uma marca e sua reputação que, embora intangíveis, são os principais patrimônios de uma corporação.

PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE CRISES – CUSTO BARATO
E muitíssimo mais barato desenvolver um programa de gerenciamento de crises do que administrar uma situação fora de controle. Num incidente real, tanto a direção quanto os talentos da empresa têm suas atenções desviadas para a eliminação do problema e a restauração da normalidade. E, para felicidade da concorrência, são obrigados a abandonar temporariamente a operação, até o controle da crise.
Agora, pense no enorme preço pago pela empresa após um desastre, em termos de prejuízos financeiros, imagem, recursos, credibilidade, oportunidades. Vale a pena? Claro que não.

O gerenciamento de crises classicamente se divide em duas etapas:
■ a prevenção e
■ a administração, quando e se vier a ocorrer.

O processo de prevenção inclui;
■ avaliação de riscos,
■ revisão de pontos fracos da operação e
■ identificação de problemas potenciais e das vulnerabilidades da organização.

As crises geralmente dão sinais de que vão ocorrer. Por isso, a avaliação e a correção dos "calcanhares-de-aquiles" corporativos podem até evitar que aconteçam. As corporações mais bem-sucedidas são as que levam em conta os piores cenários. Para isso, preparam-se, com tempo e recursos, para enfrentá-los.

Treinamento e testes periódicos, com simulações, completam a estratégia. Por exemplo: é preciso saber identificar que uma crise está ocorrendo e determinar as ações enquanto ainda há tempo para isso. Diante de um incidente de fato, algumas organizações preferem varrê-lo para baixo do tapete. Deixam de corrigi-lo quando ainda está em proporções restritas e administráveis.

No processo de gerenciamento de crises, talvez o cuidado mais importante seja a manutenção de canais de comunicação com todos os públicos: empregados, clientes, autoridades, imprensa. Esse diálogo não pode ser inaugurado em tempos de crise, pois credibilidade não é uma conquista instantânea. O diálogo deve ser aberto e constante, pois, quando a organização se vê diante de uma crise, precisa contar com um amplo programa de relacionamento que garanta o conhecimento e a compreensão dos pontos de vista da empresa por todos os públicos.

Além de divulgar informações confirmadas em tempo hábil, é indispensável manter as autoridades informadas e coordenar esforços para evitar visões e versões conflitantes sobre o problema. O ideal é transmitir uma única mensagem, que tranqüilize o público através da sensação de perfeita integração e harmonia em relação às ações tomadas. E fazer com que as informações relevantes sobre a correção dos problemas sejam compartilhadas com todos.

Se ainda restam dúvidas sobre as claras vantagens de um programa de crise, podemos enumerar vários problemas que envolvem um produto adulterado ou prejudica a imagem da empresa, tais como;
1-Qual o futuro do produto adulterado?
2-Quanto se gastou e vai perder-se em pesquisa e desenvolvimento, marketing, posicionamento de marca, reputação e prestígio?
3-Até que ponto a própria marca/empresa, não irá pagar um preço até injusto pelo incidente?

Infelizmente, não é fácil responder a essas questões. Uma coisa é certa: um bom programa de gerenciamento de crise, se não puder eliminar, consegue minimizar significativamente o problema. Há inúmeros exemplos, em todos os campos de negócios, inclusive no Brasil, que provam claramente isso. Fonte: O Estado de São Paulo e Gazeta Mercantil

CASOS QUE MAIS CHAMARAM A ATENÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA

JOHNSON & JOHNSON
TYLENOL
Data: Março de 1982
Fabricante: Johnson & Johnson
Causa: A empresa foi aos jornais americanos e informar que o analgésico.Tylenol  havia sido adulterado por estranhos. À introdução de cianureto nas cápsulas de Tylenol causou a morte de sete pessoas em Chicago.

Estratégia adotada pela empresa
O presidente da empresa nomeou imediatamente um responsável para gerenciar esta crise. Especialistas foram enviados ao local do acidente (Chicago) para investigar o caso e recolher informações. Formação de uma equipe para gerenciar a crise.
Numa ação rápida, a companhia retirou todo o produto do mercado, o que provocou um prejuízo de US$100 milhões.  .

Posições que foram adotadas pela empresa Johnson & Johnson, durante o acidente e que fizeram que recuperasse o produto em dois anos e reconquistando a confiança do consumidor:

1-Funcionamento eficiente da estrutura de gerenciamento de crise, formado pela alta cúpula da empresa.
2-As informações não poderão ser filtradas ou escondidas (da gerência para executivo).
3-A responsabilidade da crise foi comandada pelo executivo
4-Evitar informações errôneas ou boatos ao consumidor e internamente (funcionários). Administração de informação da crise. Responder prontamente a todo questionamento, fornecendo a informações ao consumidor. As informações devem fluir da alta gerência aos níveis mais baixos, sem interrupções. Um centro de informações foi criado, para receber as informações de hospitais, centros médicos, etc e utilizaram a mídia para divulgar o andamento do acidente para o consumidor.
5-Clareza da responsabilidade empresarial. A Johnson & Johnson assumiu a responsabilidade da retirada do produto momentaneamente, mesmo sabendo dos elevados prejuízos que iriam resultar. Porém indiretamente transmitiu ao consumidor que assumiu a responsabilidade de protegê-lo quanto a novos casos. Esta atitude transmitiu confiança ao consumidor (fixação da imagem da empresa através da responsabilidade).
6-Execução de medidas preventivas para evitar ocorrência de novos acidentes
7-Apesar do controle, quatro anos mais tarde, a empresa foi envolvida em outro acidente com o mesmo produto. A partir desse problema, a empresa suspendeu a fabricação do medicamento em cápsula.

CARNE DE HAMBURGER
Fabricante : Jack in the Box
Data: Janeiro de 1993
Causa:
Intoxicação por carne moída, provocando a morte de 02 pessoas e mais de 400 foram internadas. Foi constatado que a temperatura e o tempo de preparo da carne de hambúrguer, não estava de acordo com as normas de higiene.

Posições incorretas que foram adotadas pela empresa Jack in the Box, durante o acidente e que provocou queda no faturamento e a perda de confiança do consumidor:

1-Caso foi definido pela empresa como específico de uma determinada área. O acidente alastrou-se por outros Estados.
2-A diretoria informou que o produto era produzido de acordo com as normas sanitárias.
3-A empresa não suspendeu temporariamente o produto
4-A empresa perdeu confiança dos consumidores, houve queda de 30% do faturamento da empresa.
5-A empresa transferiu a responsabilidade para o fornecedor da carne. Houve troca de informações (acusações) entre as empresas.

Decisão incorreta
1-Falta de um plano estratégico
2-Falta de controle da crise pela diretoria
3-Falta de informações aos consumidores

DEPÓSITO DE PEÇAS DA HONDA
Local:  Alemanha
Depósito que fornecia peças para os carros Honda para toda Europa
Área construída: 34.000 m2
Prejuízo: US $ 91.743.119,00
Conteúdo: 10.000.000 peças de 160.000 tipos.

A crise se iniciou após o incêndio, devido à interrupção de fornecimento de peças para a produção de automóveis Honda na Europa.

Medidas adotadas após o incêndio, pelo presidente da empresa.
1-Atendimento aos clientes (fornecedores)
2-Garantia de fornecimento de peças (foi alugado um depósito,  para atender os fornecedores).
3-Garantia de empregos aos funcionários
4-Construção imediata de um novo depósito (o depósito foi construído em 11 meses)
5-Controle de informações e divulgação, junto à mídia.
6-Atitude empresarial, honesta diante da crise.

Conselho do Presidente
1-Não se  deve  economizar  despesas  para  equipamentos  de  segurança ( hidrantes, sprinklers e detetores). E nunca predizer " Na minha empresa nunca ocorrerá tal acidente".
2-Simplificação do plano de gerenciamento de crise

Lições apreendidas após um incêndio
1-Acidentes ocorrem quando menos se esperam
2-Acidentes sempre causam prejuízos maiores do que imaginados
3-Não existe proteção perfeita contra acidentes
4-Importância do treinamento do dia a dia
5-Custo para segurança deve englobar ou considerar a conscientização sob a responsabilidade social da empresa junto à comunidade (empregados, famílias) e clientes (fornecedores e consumidores).

Lição de acidentes
A diretoria deve buscar a verdade do acidente sem punir as pessoas envolvidas (responsabilidades) para que assim, possa obter sempre informações corretas (tenha um canal de informação correta e ágil).

MELBRÁS
A empresa teve prejuízo de US$1 milhão em 1991, quando foi interditada por cinco dias a produção e comercialização das balas Van MelIe, na época, suspeita de estar  contaminada com cocaína. A população de Jundiaí (SP) chegou a pedir o fechamento da fábrica. O Centro de Vigilância Sanitária da Secretária de Estado da Saúde, depois de analisar a matéria-prima do produto, liberou a fabricação do confeito.
Nestlé
No início de 92, um chantagista ligou para a companhia suíça ameaçando envenenar seus produtos, iogurte Chambourcy, achocolatado Nescau e Farinha Láctea , no Brasil. A empresa denunciou o caso as autoridades e à população e perdeu vendas em torno de US$30 milhões. O caso foi resolvido, com a prisão do chantagista.

EXXON
Multada em US$ 5 bilhões por um júri em Anchorage, no Alaska (EUA), em 94, por ter provocado danos ambientais por causa do vazamento de óleo de um de seus petroleiros, a Exxon Corp.  aqui no Brasil controla a subsidiária Esso, conseguiu refazer-se logo. Pelas leis naquele Estado, a multa poderia ter chegado a US$15 bilhões. Após o julgamento, as ações da empresa voltaram a subir  imediatamente.

UNION CARBIDE
O vazamento de 25 toneladas de gás isocianato de metila da fábrica da empresa em Bhopal, na Índia, em dezembro de 1984, provocou a morte de  2,5 mil pessoas. A  tragédia lhe custou US$  300 milhões em perdas com a desvalorização de suas ações nas bolsas, além da indenização aos familiares das vítimas. A companhia contratou especialistas em administração de crises para tentar explicar por que ocorreu o acidente, ainda hoje lembrado como um dos piores da indústria química.

GINI
Acusada de ter palmitos que provocaram botulismo em consumidores, a Gini perdeu US$4 milhões no início do ano passado. Seus produtos foram  devolvidos pelas redes de  supermercados e outros comerciantes. Nada foi provado até hoje. A empresa, no entanto, reformulou sua embalagem e retornou ao mercado.

TAM
Em outubro de 96, uma aeronave Fokker 100 demorou apenas 65 segundos para manchar a imagem de vencedora da companhia do comandante Rolim Amaro. Problemas mecânicos com o avião provocaram um dos maiores acidentes da viação aérea brasileira, matando 99 pessoas que partiam do Aeroporto de Congonhas (SP) para o Rio de Janeiro. No ano seguinte, a TAM foi eleita a melhor empresa do ano pela publicação Melhores e Maiores, da revista Exame, sob protestos dos parentes das vítimas.

SCHERING
Em Junho de 1998, o laboratório Schering do Brasil, que produziu pílulas de farinha na embalagem de anticoncepcionais, é um bom exemplo de como a demora na comunicação com o público pode ser danosa. Depois da denúncia, a empresa ficou 15 dias com a produção paralisada..
A empresa teve que desembolsar mais de US$ 1 milhão em poucos dias para colocar no ar uma campanha de emergência de esclarecimento público, veiculada em todo País.
Cerca de 200 mulheres em todo o Brasil entraram com ações contra o laboratório por gravidez indesejada enquanto faziam uso do medicamento. Fonte: O Estado de São Paulo e Gazeta Mercantil

COMO RECUPERAR A CONFIANÇA DO PÚBLICO

Veja o que os especialistas em gerenciamento de crises recomendam quando uma empresa enfrenta problemas:

1-FAÇA
Saiba que rapidez é crucial. "Aja rapidamente" com precisão", diz Rich Biewitt, superintendente  da Rowan and Blewitt, divisão de gerenciamento de crises da Shandwick International. "Se você não tem uma resposta ou solução para o problema, é melhor afirmar aos consumidores que a empresa está procurando por uma."
1A-NÃO FAÇA
Não esconda o que você sabe. Estar um passo atrás quando surgem evidências de falhas não apenas prejudica sua credibilidade como também obstrui sua capacidade de controlar a crise. "Você tem de jogar limpo", diz Víctor Kamber, diretor-presidente da The Kamber Group. "Muito freqüentemente, a equipe de relações públicas e a empresa se escondem debaixo da mesa e esperam que os problemas desapareçam."

2-FAÇA
Mostre aos consumidores e funcionários que você dá prioridade ao interesse deles acima de tudo. Uma empresa precisa "parecer que quer ajudar as vitimas da crise, primeiro, deixando por último os interesses corporativos", diz Larry Kamer, diretor administrativo da GCI Group, divisão da Grey Global Group.
2A-NÃO FAÇA
Não envolva-se nos detalhes do dia-a-dia da administração da empresa: faça da crise a prioridade número 1 da companhia. "Você precisa reunir uma boa equipe que deixe tudo de lado para cuidar exclusivamente da crise", diz Mark Braverman, executivo da CMG Associates Inc. "Você precisa de uma central de guerra."

3-FAÇA
Tenha uma visão de longo prazo. O grande recall do medicamento Tylenol feito pela Johnson & Johnson é visto com  freqüência como um modelo exemplar de como  é possível recuperar a confiança do consumidor fazendo alguns sacrifícios no curto prazo. "O recall  não apenas demonstra responsabilidade como também remove literalmente o problema se de fato o produto tem defeito ou está sob suspeita", diz Harold Burson, fundador da Burson-Marsteller.
3A-NÃO FAÇA
Não esqueça que a recuperação da imagem se resume em uma coisa - a percepção do público. Mesmo que você não tenha feito nada de errado mas os consumidores acreditam que você tenha, o que importa é a visão deles. "Na batalha entre a percepção e a realidade, a percepção sempre ganha", diz Steven Fink, superintendente da Lexicon Communications Group. Não acho que a Firestone entenda isso.

4-FAÇA
Reúna o máximo de aliados possível, incluindo "especialistas, cientistas, autoridades do governo, consumidores, líderes comunitários e órgãos de defesa do consumidor”, afirma Burson. "Aliados ajudam a criar uma impressão positiva sobre a empresa."

4A-Não faça
Não economize esforços em mostrar que está levando o problema a sério. Uma empresa deveria fazer o que for necessário para mostrar que ela considera a crise tão séria que está  desembolsando grandes quantias para resolvê-la", diz Dana L. Clay, da Everett Clay Associates

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