Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia
quinta-feira, maio 28, 2015
Carro explode após mulher acender cigarro e usar desodorante no DF
Uma mulher ficou ferida no sábado, 24 de janeiro, após uma
explosão ocorrida dentro de um carro em um estacionamento de uma quadra
residencial na Asa Norte, em Brasília.
USO DE DESODORANTE AEROSSOL
Segundo a Polícia Civil, a vítima, de 39 anos, relatou ter
usado um desodorante aerossol e depois ter acendido um cigarro, momento em que
houve a explosão. O acidente ocorreu por volta de 0h
SPRAY E CIGARRO ENCONTRADO NO CARRO
O Corpo de Bombeiros informou à polícia ter encontrado uma
ponta de cigarro dentro do carro e uma lata de spray. O pai da vítima relatou
que a mulher acionou dois frascos de aerossol e acendeu um cigarro.
DANOS NO CARRO
A polícia informou que o veículo ficou com as quatro portas
amassadas e abertas, parabrisa estilhaçado e o porta-malas aberto.
BARULHO MUITO ALTO
Estava em casa quando ouvi um barulho muito alto. Quando
olhei para fora da janela, o carro já estava muito amassado. De repente encheu
de gente ao redor do carro e os bombeiros chegaram, Lucas Silva, morador
Morador da 305 Norte, Lucas Silva disse ter se assustado com
o barulho da explosão. "Estava em casa quando ouvi um barulho muito alto.
Quando olhei para fora da janela, o carro já estava muito amassado", disse
ele. "De repente encheu de gente ao redor do carro e os bombeiros
chegaram."
"Ouvi a explosão de casa. Foi muito, muito alto
mesmo", disse uma moradora que não quis se identificar. "O vidro
quebrado ainda está na calçada. Os vizinhos comentaram que foi um morador do
bloco da frente quem entrou no carro e resgatou ela. O cabelo dela ficou todo
para cima."
HOSPITALIZAÇÃO
Segundo ocorrência registrada pelo Corpo de Bombeiros, a
pessoa que ligou para o 192 pedindo socorro informou que havia uma mulher
"toda queimada" e que ouviu um barulho de "estrondo" vindo
de um carro.
A mulher foi levada para o Hospital Regional da Asa Norte
(Hran). A maior parte das queimaduras
foi de primeiro grau e que em algumas partes foi de segundo grau. O estado dela
no momento do socorro era considerado estável e obteve alta no mesmo dia.
INQUÉRITO POLICIAL
O carro foi guinchado pela Policia Civil, que soliticou
perícia para o local. O caso será investigado pela 2ª DP.
PRODUTO INFLAMÁVEL
De acordo com o engenheiro químico e professor da
Universidade de Brasília (UnB), Celso Cavalcanti, alguns desodorantes têm em
sua composição o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), que é altamente inflamável.
O componente age empurrando o produto para fora do recipiente, por meio do
spray.
"Se você está fumando, tem uma fonte de ignição na
boca. Se vira o rosto para perto da axila e aperta o spray, o que você
efetivamente fez foi criar uma nuvem de gás inflamável. O cigarro iniciou a
combustão", disse.
"O GLP é mesmo que o gás de cozinha. Se você aperta um
spray de desodorante e acende um isqueiro na frente, você faz uma chama. Se
você levar o [recipiente] do desodorante direto ao fogo, provoca um incêndio
que daria até uma explosão. Se o desodorante tivesse explodido, ela poderia ter
perdido até o dedo", afirma.
"Por isso a importância das pessoas lerem os rótulos
para saberem o que alguns desodorantes possuem na sua composição química."
Fonte: @ZR, G1 DF-25/01/2015
Comentário:
Esse tipo de acidente acontece com todo spray que tem como
propelente substância inflamável Basicamente o aerossol é um sistema que
consiste em uma embalagem que permita ser pressurizada, onde temos no interior
desta embalagem uma mistura de um produto (desodorante, cabelos, tinta,
inseticida, lubrificante, etc.) e um gás propelente (isobutano, butano,
propano, di-metil éter, etc.). Essa mistura permanece no interior desta
embalagem, por meio de um dispositivo que chamamos de válvula. Ao pressionarmos
essa válvula, a mistura de produto e gás é liberada para a atmosfera sob a
forma de um spray com o nome técnico de aerossol (dispersão de partículas em um
meio). Não percebemos que estamos manuseando um produto que pode transformar-se
num lança-chamas ou uma pequena bomba incendiária ou num foguete, dependendo da
situação potencialmente perigosa no local (incêndio, calor, perfuração da lata,
etc.).
Cuidados:
■ Conteúdo sob pressão, o vasilhame mesmo vazio não deve ser
perfurado.
■ Não use ou guarde próximo ao calor da chama ou exposto ao
sol.
■ Nunca coloque esta embalagem no fogo direto ou
incinerador.
■ Guardar em lugar ventilado.
■ Desligue os aparelhos e ferramentas elétricas antes da
aplicação.
■ O calor pode provocar explosão.
■ Pode ser nocivo se ingerido. Se ingerido, não provoque
vômito.
■ Evitar inalação do produto.
■ Utilize em áreas bem ventilada.
■ Mantenha fora do alcance das crianças.
■ Não expor a temperatura superior a 50ºC.
■ Não aplicar perto de chama ou superfícies aquecidas.
O isobutano é um hidrocarboneto que nas condições ambientes
é um gás incolor, altamente inflamável e não tóxico. É considerado um gás
asfixiante simples.
Em caso de super-exposição ao produto, ele pode causar
asfixia e neste caso os sintomas são: náuseas, pressão na testa e nos olhos,
pode ainda causar perda de consciência e morte.
O butano é um hidrocarboneto que nas condições ambientes é
um gás incolor, altamente inflamável e não tóxico. É considerado um gás
asfixiante simples.
Em caso de super-exposição ao produto, ele pode causar
asfixia e neste caso os sintomas são: náuseas, pressão na testa e nos olhos,
pode ainda causar perda de consciência e morte.
O propano, é um hidrocarboneto que nas condições ambientes é
um gás incolor, inflamável, não tóxico e com odor característico de gás
natural.
Em caso de super exposição ao produto, ele pode causar
asfixia e neste caso os sintomas são: náuseas, e pressão na testa e nos olhos,
podendo ainda causar perda de consciência e morte
Funcionamento do aerossol
Um aerossol é basicamente a mistura de dois líquidos
guardados na mesma lata. Um deles é o produto em si, que pode ser creme de
barbear, desodorante, tinta ou inseticida. O outro é o chamado propelente, uma
substância capaz de impulsionar o produto para fora. Na maioria dos casos, o
propelente é um gás líquido. Um gás líquido? Na verdade, essa aparente
contradição é o segredo que faz o aerossol sair com a força de um jato cada vez
que acionamos o spray. Dentro da lata, a pressão é tão grande que o gás usado
como propelente fica comprimido e se transforma em líquido, misturando-se ao
produto. Enquanto o frasco está fechado, os dois ficam quietinhos lá dentro, mas
quando alguém aperta a válvula, começa uma revolução! A pressão dentro do
frasco diminui e uma parte do gás líquido propelente se expande com violência,
virando gás de verdade. Como seu volume fica grande demais para o frasco, ele
escapa com força total, levando parte do produto para fora.
Essa transformação também explica por que a lata fica
gelada. Quando chacoalhamos o frasco, as moléculas do gás liquefeito também se
agitam e isso faz com que parte delas arrume espaço dentro da própria lata para
se expandir. "Para que alguma substância consiga passar do estado líquido
para o gasoso, ela precisa consumir energia de algum lugar. No caso do
aerossol, a energia é tirada do calor da lata. Por isso, a temperatura dela
diminui", diz o físico Cláudio Furukawa, da Universidade de São Paulo
(USP). Hoje, quem protagoniza toda essa reação é o chamado GLP, sigla para gás
liquefeito de petróleo. Ele veio para substituir os CFCs, os perigosos
clorofluorcarbonos, usados nos sprays até a década de 80. Os CFCs faziam bem o
papel de propelentes, mas prejudicavam muito a camada de ozônio da Terra.
TEMPERATURA EVAPORADA
Substância que passa do estado líquido para o gasoso deixa a
lata do spray mais fria
1. Dentro de um frasco de aerossol existe algum creme,
desodorante ou tinta e uma substância chamada propelente, que é um gás
liquefeito (na forma líquida). Quando se aciona o spray, o conteúdo fica
exposto à pressão do ambiente, bem menor que a da lata. Parte das moléculas do
propelente se expande, passando para a forma gasosa e forçando a saída para
fora da lata junto com o produto
2. Após o jato de aerossol sair, dentro do frasco sobram
algumas moléculas do propelente em estado gasoso. Se a embalagem é agitada,
parte dessas moléculas se dilui no conteúdo líquido do frasco. Com isso,
aparece um espaço extra que algumas moléculas do propelente em estado líquido
aproveitam para ocupar. Essas moléculas líquidas se expandem e se transformam
em gás. Tal reação rouba calor do metal da lata, deixando-a gelada
SELO ESTRATÉGICO
Este dispositivo abre e fecha a válvula, liberando ou
preservando o conteúdo do spray. Quando o botão é apertado, as substâncias do
frasco entram em contato com a pressão ambiente através de uma pequena
abertura.
USO TOTAL
É por um tubo, que tem sua abertura voltada para o fundo da
lata, que o conteúdo despressurizado corre e sai na forma de um jato de
aerossol. Essa simples arquitetura garante que todo o líquido seja usado por
completo
DOSE CERTA
Uma pequena bolinha flutua na lata, ajudando a misturar o
produto ao propelente. Assim, na hora em que a válvula é acionada, ambos saem
da lata numa proporção ideal. Não fosse assim, o jato teria gás demais e
produto de menos. Fonte: Mundo Estranho
Boas Práticas em programa de gestão de segurança e saúde no trabalho
Diretrizes básicas para elaboração de um programa de gestão
de segurança e saúde no trabalho, utilizando como ferramenta às “Boas Práticas”
Nota: “Boas Práticas” (Best Practice)
Técnica ou prática comprovadamente eficiente que uma empresa
pode adotar. Antes de adotar as “Boas Práticas”, a empresa deve avaliar sua
aplicabilidade e responder às seguintes questões: Quem tem adotado a referida
prática? Por que a prática funciona? O que é afetado por ela? Que resultados
ela trará para a empresa?
Saúde e segurança são os principais assuntos em liderança.
Num esforço para fornecer as diretrizes básicas de “Boas Práticas”
para líderes em indústria, governo, instituição de ensino superior, a ICSCA (Industry Cooperation on Standards
and Conformity Assessment, Indústria de Cooperação em Padrões e Avaliações de
Conformidade, Instituição da Austrália) desenvolveu os principais tópicos das
“Boas Práticas” industriais especificamente para alta gerência.
O documento descreve os elementos necessários essenciais para
uma gestão eficaz de segurança e saúde no trabalho. A conformidade com as “Boas
Práticas” neste documento não exclui das
obrigações legais (obedecer às normas vigentes do país) .
INTRODUÇÃO
Este documento se destina a alta gerência de qualquer
organização e proporciona as diretrizes para formulação de sua política
afirmativa para condução das medidas para gestão de saúde e segurança no
trabalho. Fornece uma abordagem eficiente
e concisa, que desenvolve em
relação a métodos e procedimentos e é praticado na industria em nível global.
Não incentiva ou
defende a certificação de terceiros, pois isto não garante a saúde e segurança
no local de trabalho, e nem a
certificação de terceiros desobriga das responsabilidades legais.
Protegendo a saúde e a segurança no local de trabalho é um
dever fundamental de todas as organizações e de seus funcionários. Este
objetivo compartilhado é mais facilmente alcançado se as organizações
estabelecerem uma abordagem estruturada para a identificação de riscos,
avaliação e o controle de riscos relativos ao trabalho.
A abordagem mais eficaz
é onde a organização vincula a mesma importância para obtenção de
padrões elevados de gestão de saúde e segurança no trabalho, como fazem para outros aspectos chaves de
suas atividades de negócios.
Muito das características de uma gestão eficiente de saúde e
segurança no trabalho são imperceptíveis daquelas práticas utilizadas para
obter qualidade e excelência empresarial. Sua incorporação em todos o sistema
de gestão é fundamental a fim de:
■Minimizar o risco para funcionários e outros;
■Melhorar o desempenho empresarial;
■Auxilia a organização
para estabelecer a imagem de uma organização responsável no mercado.
Esta abordagem para gestão de saúde e segurança no trabalho
não é nova, pois diversas organizações
tiveram sucesso protegendo a segurança e saúde do trabalhador utilizando
técnicas de gestão por décadas. A abordagem permite às organizações,
sistematicamente:
■identificar os riscos potenciais ou reais no trabalho;
■estabelecer objetivos mensuráveis para eliminar ou reduzir
aqueles riscos e controlar qualquer risco residual;
■implementar programas e procedimentos para alcançar os
objetivos;
medir e checar para
verificar o desempenho e a eficácia das medidas adotadas e para ■identificar as
possibilidades de melhoramento contínuo.
Este documento fornece orientação na abordagem para a gestão
de saúde e segurança no trabalho. As “Boas Práticas” são flexíveis, assim as
organizações podem integrar a abordagem com seus outros negócios e sistemas de
gestão. Cada organização deve desenvolver o detalhe de sua própria abordagem, estruturada para adaptar suas
necessidades.
Estas “Boas Práticas” são direcionadas para utilização de
qualquer organização (inclusive subcontratadas), pública ou privada,
independentemente do tamanho e da natureza de suas atividades, em qualquer
setor e em qualquer parte do mundo. Isto seria imaginado como um documento
“blindagem de segurança” que permite normas, leis, regulamentos, códigos e
outras diretrizes aplicáveis para serem
facilmente incorporados aos elementos
de “Boas Práticas”
industriais.
Estas “Boas Práticas” não pressupõem que as organizações
possuam sistemas de gestão certificadas (por exemplo. ISO 9001 ou 14001).
ELEMENTOS DE ABORDAGEM
Liderança e Comprometimento demonstrado pela Alta Gerência
Liderança.
Ativa, visível, direta e consistente da alta gerência são fundamentais para o sucesso da gestão de
saúde e segurança no trabalho.
A função da alta gerência inclui; definição da política, a
aprovação de objetivos, o fornecimento de recursos e revisando regularmente o
desempenho.
É particularmente importante a revisão gerencial; para
avaliar regularmente o desempenho da saúde e segurança, a adequação e eficácia
das medidas para a gestão de saúde e segurança no trabalho e para identificar
possibilidades de melhoria ;e particularmente importante. A alta gerência é
diretamente responsável por fornecer u, local de trabalho seguro e por promover
a cultura de segurança.
Política.
A alta gerência deve estabelecer uma política que inclui
compromissos para prevenir e reduzir os acidentes (lesões e danos à saúde) no local de trabalho, atuar de acordo com as exigências legais,
reconhecer a gestão de saúde e segurança no trabalho como parte integrante do desempenho de suas
atividades e continuamente melhorar o desempenho.
Esta política deve ser comunicada a todos os empregados e
executadas através de medidas adequadas.
Responsabilidade, autoridade e atribuições.
Responsabilidades, autoridades e atribuições para execução
das medidas de gestão de saúde e segurança devem ser claramente identificadas ,
documentadas e comunicadas a todos os membros da organização. Através das
funções de saúde e segurança podem (e devem) ser delegadas, a alta gerência é a
principal responsável pela gestão de saúde e segurança. É necessário definir as
responsabilidades dos funcionários em relação à sua própria segurança e a dos
demais com quem trabalham, em um contexto de medidas que forneçam-lhes
recursos, ferramentas, treinamento, capacidade e oportunidade para trabalhar
com segurança.
Comunicação e consulta.
A organização deve tomar medidas eficientes para permitir a
comunicação entre todos os níveis e funções, em função da saúde e segurança nos
resultados do trabalho e assim como, quando necessário o envolvimento e
consulta aos empregados. Os funcionários devem ter papéis adequados na
concepção e implementação dos programas de saúde e segurança.
PLANEJAMENTO
Análise e controle de riscos .
A organização deve implementar um procedimento para
identificação de riscos no local de
trabalho e no processo que representem riscos potencias ou reais de acidentes
ou danos à saúde .
Os riscos devem ser priorizados, para que possam ser
gerenciados e controlados de forma planejada. Na análise devem ser incluídos os
riscos aos visitantes e ao público, as emergências e o impacto de trabalho
pelas subcontratadas, embora permaneçam responsáveis pela segurança de seus
próprios funcionários. As medidas também devem ser feitas para providenciar recomendações e serviços de
especialistas, relevantes a natureza das atividades das organizações.
Controle de riscos na fase de planejamento.
O primeiro objetivo no controle dos riscos identificados nas
análises deve ser a sua eliminação já na fase de planejamento. A utilização
controles de hierarquia durante a fase de planejamento resultará na redução do
risco no local de trabalho. O objetivo é impedir a introdução de riscos no
local de trabalho, definindo exigências e trabalhando com fornecedores.
Treinamento, avisos e equipamento de proteção individual são a últimas opções e
são normalmente utilizados ara controlar risco residual.
Identificação de exigências legais e outros.
A organização deve tomar medidas eficazes para garantir a
identificação e utilização de exigências
legais atualizadas, contratuais e outras, aplicáveis à saúde e segurança
no trabalho. Estas exigências devem ser
transformadas em instruções práticas, de modo que o pessoal possa analisar o
seu comprometimento na conformidade (cumprimento das normas aplicáveis).
Estabelecimento de objetivos quantificáveis.
A organização deve estabelecer objetivos quantificáveis na
saúde e segurança no trabalho para controlar, reduzir e, se possível, eliminar o potencial de riscos no local de
trabalho. Os indicadores chaves do desempenho devem ser identificados e monitorados para cada
objetivo.Os objetivos devem implementar a política de comprometimentos da
organização (isto é, prevenir, cumprir e melhorar), ser praticável e considerar outros objetivos
empresariais.
IMPLEMENTAÇÃO
Programas de saúde e segurança.
A organização deve desenvolver e implementar programas que
descrevam como, quando e por quem os
objetivos serão executados. Estes devem incluir programas adequados para
controlar e, se possível, eliminar os
riscos no local de trabalho. Uma liderança pró-ativa promoverá uma
vigorosa cultura de saúde e segurança e
um comportamento seguro no local de trabalho.
Gerenciar mudanças.
A organização deve levar em consideração a gestão de saúde e
segurança, quando projetando ou
modificando processos ou organizações, utilizando novos materiais,
ferramentas ou equipamentos, ou outras alterações. As mudanças devem ser
projetadas e implementadas para reduzir ou eliminar os riscos existentes e
prevenir novos riscos penetrando no local de trabalho.
Programas para as subcontratadas.
A organização deve avaliar as subcontratadas em relação a
sua competência em saúde e segurança,
ao treinamento e desempenho. Sempre que possível, as medidas tomadas em
relação à coordenação dos locais de trabalho devem ser compartilhadas com as
subcontratadas.
A implementação destas medidas não deve alterar a relação
legal entre a organização e as subcontratadas.
As próprias subcontratadas devem considerar as medidas de planejamento e
de implementação consistentes com estas “Boas Práticas”, dirigidas à saúde e segurança de seus
empregados e dos demais no mesmo local de trabalho.
Fornecedores de bens e serviços
As exigências de saúde e segurança devem ser incorporadas
aos procedimentos de fornecedores bens e serviços, visando controlar a fim de
controlar a introdução de novos riscos no local de trabalho. Estas exigências
devem ser incluídas nos contratos de fornecedores de máquinas, equipamentos,
instalações e subcontratadas.
Resposta à emergência.
A organização deve implementar procedimentos para
identificar e responder à emergência. Estes procedimentos devem ser testados
periodicamente e/ou avaliado para verificar a sua eficácia.
Instruções de trabalho.
A organização deve identificar os riscos associados às
operações, atividades e serviços do local de trabalho. Deve implementar medidas
para controlar essas atividades identificadas na avaliação de riscos, para
alcançar os objetivos da organização e prevenir acidentes e danos à saúde. É
preferível que estas medidas sejam incorporadas em outros
procedimentos/instruções de trabalho (p. ex. produção, qualidade, meio
ambiente).
Competência
Todos os empregados devem ser competentes, treinados e
equipados para cumprir suas responsabilidades e para executar as políticas e
procedimentos que são relevantes para seu trabalho relacionados à saúde e
segurança no trabalho. Uma exigência de treinamento mínimo é aquele requerido
por lei. Todos os empregados devem ter iniciativa própria no seu ambiente de
trabalho e regularmente seja informado dos riscos associados as suas
atividades. Também devem receber instruções, principalmente antes de iniciar o
trabalho, como realizar com segurança e de acordo com as normas seus trabalhos,
como prevenir e evitar acidentes e como responder às emergências. Empregados,
neste contexto incluem todos os níveis, supervisores e gerentes.
VERIFICAÇÃO E MELHORAMENTO CONTÍNUO
Monitoramento e medição.
A organização deve executar medidas eficazes para medir
regularmente o desempenho da saúde e segurança em relação aos objetivos. A
organização deve também verificar em intervalos regulares, que as medidas estabelecidas para a gestão de
saúde e segurança foram implementadas e são eficazes.
Avaliação da conformidade.
A organização deve efetuar medidas eficazes para avaliar
regularmente a conformidade com as
exigências legais de saúde e segurança no trabalho.
Verificação das medidas
A organização deve checar periodicamente o sistema de gestão
global para verificar que as medidas necessárias à gestão de saúde e segurança
estão no seu lugar e estão de fato sendo executadas conforme planejado.
Ação preventiva e corretiva
Quando forem observadas “não-conformidades” (utilizando-se
qualquer meio, inclusive monitoramento, medição ou checagem), as medidas
corretivas apropriadas devem ser tomadas para atenuar as suas conseqüências e
diminuir a probabilidade de sua repetição. Sempre que possível, as análises
devem ser feitas para determinar as causas da não-conformidade.
Melhoramento contínuo
Providencias serão feitas para o melhoramento contínuo das
medidas de gestão de saúde e segurança com base em lições aprendidas,
benchmarking e novas tecnologias. A investigação de acidentes, doenças e
situações de incidente, por profissionais competentes, devem conduzir a futura
redução de riscos e servir como base para o melhoramento contínuo em saúde e
segurança.
REVISÃO GERENCIAL
Revisão gerencial.
A alta gerência deve fazer revisões periódicas de desempenho
da gestão de saúde e segurança para verificar que o sistema global é adequado,
desempenhando de acordo com as expectativas e
identificando as possibilidades de melhoria. Esta revisão deve incluir
os resultados de monitoramentos e medições, as checagens, o status das ações
corretivas e as futuras alterações operacionais, legais ou outras, que possam
ser importantes para o desempenho da gestão de saúde e segurança. A revisão
gerencial permite também que a alta gerência comunique a gerência intermediária
e aos supervisores o seu comprometimento pessoal à saúde e segurança no
trabalho.
Documentação e registros.
As medidas necessárias para a execução eficaz da gestão de
saúde e segurança devem ser documentadas (por algum meio adequado, incluindo;
por escrito, por computador, por cartazes, etc.). Estes documentos devem ser
controlados para garantir que as publicações mais recentes, aprovadas e
corrigidas estão disponíveis em locais adequados para sua utilização. Os
procedimentos documentados não são sempre necessários para execução eficaz.
Entretanto, alguns procedimentos documentados podem ser exigidos por lei.
Conservação de registros.
A organização deve criar e manter registros necessários para
demonstrar que as medidas para gestão da saúde e segurança no trabalho
(incluindo documentação de desempenho) foram executadas. Em alguns casos, podem
ser necessários criar e manter registros
para fins legais.
CONCLUSÃO:
As ”Boas Práticas” são um processo pelos quais as
organizações;
■Reflete continuamente em suas práticas gerenciais e como
elas provocam impacto nas condições e resultados na segurança e saúde
ocupacional;
■Procura em detalhes, aprende com, o que outra faz, o que as
companhias com melhores desempenhos estão fazendo independente do tipo de
indústria em que esses melhores executores estão situados, e;
■Adapta as práticas de outras e melhorar continuamente suas
práticas e resultados com objetivos de ser a “melhor”.
Obter as ”Boas Práticas” exigem das organizações, melhorar
continuamente seus processos e assim;
■Identifica e analisa as práticas em sua própria organização
mais importante para o desempenho total;
■Compara estas práticas e desempenho com indústrias líderes
nacionais ou internacionais (benchmarking) e ajustar os objetivos
realísticos para seu desempenho futuro;
e
■Implementar novas ou
práticas melhoradas, adaptadas destas indústrias líderes, para encontrar
novos objetivos de desempenho
Um número comum de características surge, nem todas são
novas, dessas organizações submetidas às ”Boas Práticas” do mundo. Estas
características são;
■Maior comprometimento da liderança da alta organização;
■Uma estratégia preventiva em vez de reativa em segurança e
saúde ocupacional, integrando a excelência em segurança e saúde com
competitividade. Resultados, tais como; dia perdidos por acidentes são medidas
de longo prazo de sucesso ou falha de estratégia, o foco está em desenvolver e
manter o processo e sistemas necessários
para suportar resultados excelentes;
■Empregados autorizados com função em identificar
melhoramento contínuo em segurança e saúde ocupacional, apoiado pela
disposição da gerência para executar
essas medidas;
■Conhecimentos adquiridos em segurança e saúde
ocupacional são integradas em “acúmulo de conhecimento geral da empresa”
para serem disseminados (treinamento de empregados para adquirirem novas
habilidades ou tecnologias).
■Treinamento especifico em segurança e saúde ocupacional,
conhecimentos em problemas solucionados são desenvolvidos em empregados e;
■No sistema de gestão da empresa está incluído a segurança e
saúde ocupacional. Segurança e saúde
ocupacional não é mais um “obstáculo”, mas está integrado em todo o sistema gerencial da empresa desde
o planejamento a vendas.
Fonte:@ZR,
ICSCA: ICSCA (Industry Cooperation on Standards and Conformity Assessment) -
Industry Best Practice on Health & Safety at Work - June 2002
Nota explicativa
O que é avaliação da conformidade?
A avaliação da
conformidade consiste em atestar, que um produto, processo, serviço, ou pessoal,
atende aos requisitos de uma norma, especificação ou regulamento técnico
nacional ou internacional.
O que é Benchmarking?
Benchmarking é um processo contínuo de comparação dos
produtos, serviços e práticas empresariais entre os mais fortes concorrentes ou
empresas reconhecidas como líderes. É um processo de pesquisa que permite
realizar comparações de processos e práticas "companhia-a-companhia"
para identificar o melhor do melhor e alcançar um nível de superioridade ou
vantagem competitiva.
Benchmarking surgiu como uma necessidade de informações e
desejo de aprender depressa, como corrigir um problema empresarial.
A competitividade mundial aumentou, acentuadamente nas
últimas décadas, obrigando as empresas a um contínuo aprimoramento de seus
processos, produtos e serviços, visando oferecer alta qualidade com baixo custo
e assumir uma posição de liderança no mercado onde atua. Na maioria das vezes o
aprimoramento exigido, sobretudo pelos clientes dos processos, produtos e
serviços, ultrapassa a capacidade das pessoas envolvidas, por estarem elas
presas aos seus próprios paradigmas.
Metais queimam mais rapidamente e atingem temperaturas mais
altas que outros materiais combustíveis.
IMAGINE ESTA SITUAÇÃO:
Você é chamado para atender a um alarme de incêndio em uma
oficina de usinagem. É um prédio pequeno, com aproximadamente 190 m² e algumas
máquinas para usinagem de peças de
Como já conhece prédios semelhantes, você supõe que este
também utiliza alguns solventes de limpeza inflamáveis que são provavelmente os
materiais mais perigosos estocados no local.O que você não sabe é que no prédio
funciona uma usinagem de peças de magnésio e titânio. Por suas características
de leveza e resistência, estes metais combustíveis (e outros) vêm sendo usados
cada vez mais na fabricação de produtos, como eletroportáteis, artigos
esportivos e aviões. Infelizmente, estes metais também representam um risco
considerável de incêndio.
COMPORTAMENTO DE ALGUNS METAIS
O magnésio e o titânio, junto com o alumínio, o lítio e o
zircônio, geralmente se comportam de forma diferente da maioria dos materiais
combustíveis em um incêndio, pois atingem temperaturas mais altas que a de
outros materiais combustíveis, e assim destroem prédios mais rapidamente que os
incêndios em temperatura mais baixa.
QUEIMAM RAPIDAMENTE
Além disso, eles queimam mais rápido, e se tentarmos
extinguir um incêndio destes metais com água podemos agravar a situação. Estes
metais podem reagir com a água e produzir hidrogênio, que pode entrar em
ignição e explodir. Além disto, metais em chamas que porventura entrem em
contato com materiais contendo água podem fazer com que estes liberem vapor sob
alta pressão.
NORMA PARA METAIS COMBUSTÍVEIS
Felizmente, o Comitê Técnico da NFPA para Metais
Combustíveis e Metais Pulverizados desenvolveu uma norma específica para
titânio, alumínio, lítio, magnésio e zircônio, que permitem que se determine o
risco de incêndio apresentado em operações com metais. Estas normas incluem;
■NFPA 480 - Standard for the Storage, Handling, and
Processing of Magnesium Solids and Powders (Norma para Armazenagem, Manuseio e
Processamento de Magnésio Sólido ou em Pó);
■NFPA 481 - Standard for the Production, Processing,
Handling, and Storage of Titanium (Norma para Produção, Processamento, Manuseio
e Estocagem de Titânio);
■NFPA 485 - Standard for the Storage, Handling, Processing,
and Use of Lithium Metal (Norma para Estocagem, Manuseio, Processamento e Uso
de Lítio Metálico)
■NFPA 651 - Standard for the Machining and Finishing of
Aluminum and the Production and Handling of Aluminum Powders (Norma para
Usinagem e Acabamento de Alumínio e para Produção e Manuseio de Pós de
Alumínio.
COMO AVALIAR OS RISCOS?
Para podermos avaliar o risco de incêndio em metais
combustíveis, necessitamos de informações específicas sobre processos e
instalações nas quais eles estão sendo usados e armazenados.
Ao inspecionarmos tais instalações, entretanto, é importante
identificarmos;
■o material e o processo que está sendo usado,
■a quantidade de material estocado no local,
■as fontes de ignição potenciais,
■o sistema de contenção e coleta dos pós de metal e
■se os funcionários estão familiarizados com os perigos do
metal.
Estas informações são
críticas no caso de um acidente.
FORMA E TAMANHO DO METAL
A forma como o metal é usado também é importante para
determinarmos seu potencial de queima e explosão. De modo geral, dizemos que
quanto menor o tamanho das partículas de um metal, tão mais reativo ele será.
Assim, os metais pulverizados podem ser altamente reativos e até mesmo
explosivos, enquanto que lingotes do mesmo metal geralmente não reagem com
fontes de ignição.
Quanto maior a relação entre a área superficial de um metal
e sua massa, tanto maior será o seu potencial de manter-se em queima após a
ignição. Este aumento na capacidade de manter a queima ocorre porque o metal
não consegue dissipar o calor para além de sua área superficial, e este
fenômeno aumenta quanto maior for a massa do metal em queima.
A Tabela 1 resume algumas características de reatividade do
Alumínio, Lítio, Magnésio, Titânio e o Zircônio e fornece informações que podem
ajudar a determinar o risco de incêndio presente e m operações com metais.
A Tabela 1 é baseada em informações encontradas nas normas
NFPA 480, NFPA 481, NFPA 485 e NFPA 651, que agora foram consolidadas na norma
NFPA 484 - Combustible Metals, Metal Powders, and Metal Dusts (Metais
Combustíveis, Metais Pulverizados e Poeiras de Metal).
Com isto, os usuários terão acesso a uma fonte de informação
unificada sobre prevenção de incêndios com metais, e também de combate a
incêndios e prevenção para todos os metais combustíveis e metais pulverizados.
Ela será publicada no final de 2002.
COMBUSTIBILIDADE DE OUTROS METAIS
Uma avaliação preliminar da combustibilidade de outros
metais pode ser feita ao se determinar se os mesmos são semelhantes aos metais
listados na tabela e também através da análise das suas características
físicas, tais como; temperatura de queima, reatividade, ponto de fusão e
energia de ignição.
AVALIAÇÃO DE RISCO
Se a avaliação de uma operação com metal mostrar a
existência de um risco de incêndio significativo, deve-se realizar uma análise
de proteção contra incêndio detalhada do local.
Tabela 1 –
Características de reatividade dos Metais
Metal
Agentes extintores
Reatividade com a água
Reatividade em atmosfera inerte
Reatividade com agentes extintores
Reatividade com o ar
Alumínio
Pó químico, areia, material granular inerte seco
Reage, produzindo calor e hidrogênio
Não reativo
Pode reagir com a água
Reage com o oxigênio atmosférico e produz calor
Lítio
Somente os agentes de extinção classe D aprovados
Potencialmente violenta. Pode formar hidrogênio, hidróxido de
lítio ou óxido de lítio
Gás argônio pode ser usado em material residual de incêndio
Pode reagir com espumas gasosas, halon ou dióxido de carbono
Reage com a água atmosférica e forma hidróxido de lítio ou óxido
de lítio.
Magnésio
Somente agentes de extinção classe D aprovados ou outros
materiais testados e de comprovada eficácia no combate a incêndios com
magnésio
Potencialmente violenta com magnésio fundido, podendo formar
vapor e hidrogênio
Não reage em atmosfera inerte, mas para quase todos os processos
com magnésio, uma atmosfera inerte não pode ser mantida.
Pode reagir com água, espuma gasosa, halon, dióxido de carbono,
areia e outros materiais que contenham SiO2
Reage com o oxigênio atmosférico e produz calor
Titânio
Agentes extintores classe D, cloreto de sódio ou outros
materiais adequados
Tetracloreto de Titânio pode formar ácido clorídrico gasoso
Reação exotérmica sem
oxigênio gerando temperaturas elevadas
Pode reagir violentamente com água, em temperaturas elevadas
Reage com oxigênio atmosférico e, se contaminados com óleo, pode
entrar em combustão espontânea
Zircônio
Somente os agentes extintores classe D aprovados ou outros
materiais testados e de comprovada eficácia no combate a incêndios com
zircônio
Tetracloreto de zircônio pode formar ácido clorídrico gasoso; o
zircônio fundido reage violentamente com a água.
Pode ser processado em um ambiente de hélio ou argônio
Água, espuma gasosa, halon, dióxido de carbono, areia e outros
materiais contendo SiO2
Reage prontamente com nitrogênio, dióxido de carbono e oxigênio
em temperaturas bem abaixo da temperatura de ignição
Fonte: @ZR, NFPA Journal - Março/Maio 2001 - Carl Rivkin
Um paisagista de 27 anos quase ficou cego após um prego de
7,5 cm atingir a região dos olhos, nos
Estados Unidos. O caso foi relatado no periódico científico “New England Journal
of Medicine” na quinta-feira, 14 de maio 2015. Isso aconteceu há dois anos, e o
homem não foi identificado.
A imagem ao lado não datada fornecida pelo New
England Journal of Medicine em 12 de maio de 2015 mostra uma tomografia
computadorizada com um prego no olho de um paciente. Os médicos do hospital de
Massachusetts, Boston, removeram um prego
de quase 7,5 cm, que foi arremessado no
olho de um paisagista de 27 anos de idade, acidentalmente por um cortador de grama.
CAUSA
Ele estava aparando a grama com cortador de grama quando um
prego foi lançado pelo cortador atingindo-o na região do olho direito. Ele teve
dor intensa e persistente no olho, que se tornou insuportável com tentativas de
abrir o olho ou movê-lo. Ocorreu uma hemorragia, mas parou espontaneamente. Ele
não perdeu a consciência. Ele chamou o
serviço de emergência médica.
EXAME PRELIMINAR
No exame, o prego apareceu alojado no centro do globo
direito, e houve um leve sangramento. Os sinais vitais e o restante do exame,
incluindo a avaliação da acuidade visual no olho esquerdo e um exame
neurológico periférico foram normais. Os olhos estavam enfaixados com gaze, e
o paciente foi transportado de
ambulância ao setor de emergência do
Hospital Geral de Massachusetts de Boston, chegando aproximadamente 20 minutos após ocorrido a
lesão.
REMOÇÃO DO PREGO
Quando você olha para ele, tudo o que você vê é a cabeça do
prego em seu olho direito, disse o neurocirurgião Dr. Wael Asaad. Os médicos não poderia avaliar a penetração do prego ou o seu caminho, por isso usaram um
novo tipo de scanner CT (tomografia computadorizada) para obter imagens
detalhadas.
Quase alcançou à ponta do outro olho e o cérebro. Foi um
prego muito comprido, disse o radiologista Dr. Rajiv Grupta.
A boa notícia: Não houve penetração no globo ocular, mas foi
para um lado.
A má notícia: Alojou em uma das principais artérias que
fornecem sangue para a cabeça, e outra artéria que serve o outro olho.
A ponta do prego era como o dedo na represa. Estávamos
preocupados, se puxássemos haveria
sangramento - um jato de sangue poderia afetar o outro olho ou o cérebro, ou
mesmo ser fatal, disse Asaad.
Os médicos elaboraram um plano em caso de uma artéria
rompida e tinha de ser reparado: Um cirurgião estava pronto para operar através
da cabeça. Um segundo cirurgião estava pronto para operar através do pescoço.
Como estes dois estavam perto, um terceiro cirurgião puxou com cuidado o prego.
Eles esperaram vários minutos. Nenhum grande sangramento
ocorreu. Eles pararam de sedar e o paciente acordou. Depois de aplicar vacina antitetânica e prescrever antibióticos
preventivos, para cinco dias, ele recebeu alta do hospital.
Foto: Modelo de cortador de grama
VISÃO NORMAL
Um check‑up oito semanas mais tarde mostrou que sua visão
voltou ao normal. Se o prego penetrasse
mais um milímetro, ele provavelmente teria tido grandes danos, disseram
os médicos.
USO DE EPI
Tão dramático como foi, pregos que penetram no crânio não
são tão incomuns como pensamos,
geralmente acontece com acidentes com pistola de prego, explica Asaad.
A lição é clara: Usar sempre
óculos de proteção para operar máquinas ou ferramentas, mesmo em
atividades consideradas mais simples, como a
jardinagem.
Fontes: @ZR
- Yahoo News, New England Journal of Medicine, May 14, 2015 Comentário:
1. Óculos de proteção
2. Protetor auricular
3. Roupa justa
4. Sapato de segurança antiderrapante
5. Calça jeans comprida
1-CUIDADOS PARA OPERAÇÃO
SEGURA
- Leia atentamente o manual do
equipamento e siga as instruções antes de utilizá-lo
CUIDADO PERIGO
A utilização imprópria do
equipamento, assim como a não observância das normas de segurança descritas
neste manual, podem por em risco o operador causando sérios ferimentos.
- Não permita que pessoas não
habilitadas ou não qualificadas operem ou reparem o equipamento.
- Familiarize-se com todos os
comandos e controles do equipamento e
com o uso apropriado do mesmo.
- Utilize óculos e luvas de
proteção, protetores auriculares e sapatos antiderrapantes quando operar o equipamento.
1.1- EQUIPAMENTOS DE
SEGURANÇA
Antes de colocar o
equipamento em funcionamento vista-se de forma adequada para o trabalho. Não
permita a presença de outras pessoas ou animais em um raio de 15 (quinze)
metros ao redor do equipamento. Caso seja necessária a presença de alguma pessoa,
esta também deverá estar vestida de modo adequado incluindo os equipamentos de
segurança.
Condições Físicas :
O operador não deverá
trabalhar quando se encontrar:
- cansado ou doente.
- sob efeito de medicamentos.
- sob o efeito de álcool ou
drogas.
1.2- ÓCULOS DE PROTEÇÃO
O operador deve usar os
óculos de proteção não somente para proteger a vista contra qualquer objeto
arremessado pela lâmina de corte, como também para evitar inflamação dos olhos
causada pela poeira, pólen e sementes que possam entrar em contato com eles.
Óculos de grau podem ser
utilizados por baixo dos óculos de proteção. As pessoas que se localizem dentro
da área de perigo, também devem usar os óculos de proteção
1.3- LUVAS DE PROTEÇÃO
Devem ser do tipo antiderrapante,
que além de permitir que o operador segure firmemente o equipamento, também
reduzem a transmissão da vibração do motor p/ o operador
1.4- PROTETORES AURICULARES
A exposição prolongada a
ruídos pode causar danos permanentes ao sistema auditivo.
Protetores Auriculares
Utilize protetores
auriculares sempre que operar o equipamento.
1.5- ROUPAS DE PROTEÇÃO
- Não vista “short” ou
bermuda.
- Não use gravata, laço ou
jóia.
- Os sapatos deverão ser do
tipo antiderrapante.
- Não use sapato aberto
(sandália) ou chinelo.
- Não trabalhe com os pés
descalços.
Obs: Cuidado com cabelo comprido, nunca deve trabalhar solto, mas preso a uma
altura superior à do ombro.
Um menino de 3 anos sobreviveu após cair do terceiro andar
de um prédio e atingir um carro antes de chegar ao chão em Kunming City, na
China.
O acidente aconteceu na última quinta-feira (12). Imagens
divulgadas pela China Central Television (CCTV), feitas por câmeras de
segurança, mostram o menino batendo no carro estacionado antes de cair no chão.
Em seguida, ele se levanta, parece um pouco desequilibrado, mas sai andando.
Assista.
O dono do carro, que mora no segundo andar do prédio, disse
ter ouvido um barulho e olhado pela janela de seu apartamento. Ele foi
verificar a câmera de segurança para saber se algo tinha ocorrido, e viu que o
menino que morava no terceiro andar havia caído em seu carro.
Os avós do menino estavam em casa ocupados com tarefas
domésticas e não viram o menino cair. Os pais da criança chegaram em casa mais
tarde e levaram o menino ao hospital. Ele teve apenas arranhões. @ZR-Fonte: G1, em São Paulo-16/02/2015
Vídeo:
Garoto morre após ser atingido por mesa em loja na Zona Oeste de SP
.
Um menino de cinco anos morreu na quarta-feira, 6 de maio, após ser atingido
por uma mesa dentro de uma loja da Lapa, na Zona Oeste de São Paulo. O móvel
caiu sobre o tórax do garoto após ele se apoiar para pegar pães de queijo.
Segundo as informações que estão no boletim de ocorrência,
Leonardo estava com a mãe e a avó na loja da Herbalife esperando pelos produtos
que ela tinha comprado. Durante esse período, a criança tentou pegar os pães
que estavam sobre o móvel. O aparador, que não estava fixado à parede, caiu
sobre ele.
Quando os peritos chegaram, o móvel já tinha sido colocado
de volta na posição original. Os investigadores concluíram que houve
negligência da gerência da loja e vai investigar o caso como homicídio culposo,
quando não há intenção de matar.
Em nota, a Herbalife disse que prestou imediatamente todo suporte
necessário à criança. Também disse que está apoiando a família e colaborando
com as investigações. Fonte: @ZR-G1 São Paulo-06/05/2015
Comentário: Comentário: A criança é "Indiana Jones" em busca de aventura e
perigo, portanto os pais deverão estar atentos, pois o menor descuido será fatal.
A vítima trabalhava em uma empresa de manutenção em uma
grande cidade na Colômbia. Quando ele empurrava o andaime de estrutura metálica
móvel (tipo torre), para outro local,
ele não notou a fiação elétrica aérea e o andaime tocou na fiação e
resultou na sua eletrocussão. Ele morreu instantaneamente em frente de muitas
pessoas. Fonte: Ogrish - November 06, 2005
Alerta sobre risco de acidentes com rede elétrica
A escalada de acidentes decorrentes do contato inadequado com
a rede alcança níveis preocupantes. Nos últimos a CPFL registrou pelo menos um
acidente elétrico grave por mês tendo terceiros como vítimas. Do total, 60% dos
acidentes resultaram em lesões corporais graves e 40% em fatais. A maioria dos
casos foi motivada pela imprudência e negligência das pessoas no trato com a
rede elétrica.
São exemplos de irregularidades:
• Redes e linhas de distribuição, tanto da Concessionária
como particulares, que tenham as distâncias mínimas (estabelecidas em normas
técnicas da empresa) invadidas por edificações em construção ou em reforma,
pintura e limpeza, localizadas próximas, sobre ou sob estas redes;
• Instalações que, por estarem próximas ou desrespeitando as
distâncias mínimas de segurança, oferecem riscos de acidentes de origem
elétrica: marquises, sacadas, platibandas, placas e painéis, luminosos,
andaimes fixos e móveis, plataformas de proteção e contenção, escadas, cordas
de segurança.
Operações próximas à rede elétrica
Indivíduos que exercem atividades profissionais mais
propensas ao contato com a rede elétrica, como pintores, instaladores de antena
e outdoor, pedreiros, podadores de árvores e calheiros, devem ficar atentos às
normas básicas de segurança:
Na área rural
• Nas áreas rurais deverá ser sempre respeitada a faixa de
segurança sob as linhas aéreas de energia elétrica . Esta faixa é, de um modo
em geral, de dez metros de largura ou cinco de cada lado do eixo da linha.
• Edificações, placas e painéis também não devem invadir a
faixa de segurança.
Na construção civil
• Antes de construir ou executar reformas em prédios e
outras instalações, próximas da rede elétrica, deve ser verificado se não há
situações perigosas por perto. Encostar ou aproximar andaimes, escadas, barras
de ferro ou outros materiais nos fios elétricos pode ser mortal . Em situações
que podem oferecer riscos, deve ser sempre consultada a Concessionária para
verificar se é possível desligar temporariamente a rede ou isolá-la com
materiais especiais.
• Vale lembrar: é expressamente proibido a construção de
currais, depósitos, açudes e piscinas dentro da faixa de segurança definida
para linhas aéreas instaladas em localidades rurais.
Na instalação de letreiros e placas
• Respeitar sempre distâncias seguras da rede elétrica, não
permitindo que letreiros, placas e lambris fiquem encostados na mesma.
Na instalação de antenas de TV
• Quando houver rede elétrica nas proximidades, a instalação
de antena deve ser efetuada por profissional qualificado e experiente.
• Nunca instale a antena próxima a pára-raios, nem
interligue o cabo da antena aos condutores elétricos do mesmo.
• Jamais arremesse o cabo utilizado para ligações de antenas
sobre a rede elétrica, mesmo que este seja encapado, pois a capacidade de
isolamento do cabo não é suficiente para evitar a passagem da eletricidade
existente nas redes elétricas.
• Marquises de edifícios comerciais ou residências, jamais
devem servir para instalação de antenas devido à proximidade das redes
elétricas. Fonte: @ZR- CPFL - Comunicação Empresarial
■Xanxerê, município do Estado de Santa Catarina, distante
500 km da capital. Localiza-se a oeste do Estado, estando a uma altitude de 800 metros. Sua
população estimada em 2014 é de 47.679 habitantes.
Possui uma área de 377,55 km². Com um PIB estimado de 991 milhões
de reais (2012).
O orçamento da Prefeitura para o exercício de 2015 é estimado
em R$ 87 milhões.
■Ponte Serrada, município do Estado de Santa Catarina,
distante 493 km da capital. Localiza-se a oeste, do Estado, estando a uma
altitude de 1067 metros. Sua população estimada em 2014 é de 11.405 habitantes.
Possui uma área de 569,81 km². Com um PIB estimado de 158 milhões de reais
(2012). O orçamento da Prefeitura para o exercício de 2015 é estimado em R$ 33 milhões.
Tornado
Os municípios de Xanxerê e Ponte Serrada localizados no
Oeste de Santa Catarina foram atingidos por dois tornados no final da tarde de segunda-feira, 20 de
abril de 2015.
RASTRO DE DESTRUIÇÃO
XANXERÊ
Horário e duração - 15h durou entre 5 a 10 minutos
Bairros ou pessoas atingidas- 2,5 mil casas atingidas, 10
mil pessoas afetadas.
O que ficou destruído- As ruas de Xanxerê foram tomadas por fios das redes elétrica e
telefônica. Árvores caíram no pátio das casas. O chão está repleto de telhas
quebradas e zinco retorcido. 65 mil casas ficaram sem luz na região. O telhado
do Ginásio Municipal Ivo Sguissardi ficou todo retorcido. Havia crianças no
local, mas ninguém ficou ferido. Entre os bairros mais atingidos estão
Pinheiros, Primo Tacca, Bortolon, Esportes, São Jorge e Collato.
Vítimas- Duas mortes e 120 pessoas ficaram feridas
Infraestrutura – A cidade de Xanxerê está sem energia, água,
combustível e internet. Corpo de Bombeiros acredita que situação não será
normalizada antes de 48 horas.
PONTE SERRADA
Horário e duração - 16h e durou menos 5 minutos
Bairros ou pessoas foram atingidos- O tornado começou no
Centro da cidade de Ponte Serrada e se deslocou por dois bairros, Cohab e
Industrial, onde tiveram maior número de ocorrências. A diferença que não
atingiram áreas tão populosas, como ocorreu em Xanxerê.
O que ficou destruído- Sete bairros foram atingidos e cerca
de 200 casas foram afetadas com algum tipo de dano, a maioria destelhamento.
Vítimas- Oito feridos
leves, a maioria com cortes pelo corpo.
Outras informações básicas- O hospital Santa Luzia na cidade
também foi atingido pelo destelhamento. De acordo com o Corpo de Bombeiros a
situação, aparentemente, não é caótica como em Xanxerê, pelo fato de Ponte
Serrada ser uma região menos populosa e a área atingida não ser urbana.
DEFESA CIVIL
Em Xanxerê e Ponte Serrada, foram seis coordenadores
regionais que organizaram as ações emergenciais que tiveram início já nas
primeiras horas, após o evento. Além desses, forças de segurança, como polícias
militar, civil, exército, bombeiros, saúde pública estadual e municipal,
secretarias municipais de Xanxerê, instituições que compõe o Grupo de Ações
Coordenadas – Grac.
DOAÇÕES, TRIAGEM E ENTREGA DE MATERIAIS DOADOS.
O Parque de Exposições foi transformado em central de
doações, triagem e entrega de materiais doados. No Centro de Referência em
Assistência Social é feito o cadastramento e atualização de dados para os
atingidos pelo tornado. No ginásio do Colégio Costa e Silva, outra equipe faz a
separação de kit de mantimentos que são entregues pelo Corpo de Bombeiros e
assistência social.
Clubes de serviço, entidades e voluntários de outros
municípios fazem o trabalho de apoio, preparando refeições ou entregando lanches
para os trabalhadores que estão na reconstrução dos bairros atingidos. Pessoas
ligadas a igrejas também participam dos trabalhos.
POPULAÇÃO MOBILIZADA
A cidade de Xanxerê se mobilizou para atender às vitimas do
tornado. Muitos moradores estão distribuindo alimentos e auxiliando parentes e
amigos a retirar objetos de escombros. Padarias da cidade também estão
distribuindo comida.
AJUDA FEDERAL
O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occh garantiu
apoio do governo federal para reconstrução do município e anunciou o envio de
200 militares que devem auxiliar nas
ações de reconstrução. Os primeiros 100 desembarcaram no final da tarde de
terça-feira, para ajudar na força-tarefa de recuperação da cidade, busca por
vítimas e deslocamento das famílias, com ônibus
e caminhões do Exército à disposição.
Os militares farão atendimento aos atingidos, deslocamento
de pessoas e distribuição de kits de
auxílio humanitário, contendo materiais de higiene e alimentos.
ABASTECIMENTO
Aos poucos, a rotina das duas cidades começa a se
normalizar. Carregamentos de doações chegam diariamente de várias regiões, para
ajudar os atingidos. Equipes do Exército auxiliam na reconstrução.
TESTEMUNHA DO TORNADO
“Na hora, tu não acredita que saiu vivo. Na verdade, só
pensa que vai morrer”, diz Pedro Antunes da Silva, que estava dirigindo quando
teve o carro sugado pelo tornado.
“Dei de cara com o
tornado. Parei o carro e foi onde ele jogou para cima e foi rodopiando. Eu
girava de ponta cabeça, para baixo, girava de volta e voltava de novo. Eu não
lembro quantas giradas ele deu. Quando perdia força, batia no chão”, relembra o
moleiro Pedro Antunes.
O morador de Xanxerê conta que sentiu várias pancadas e
conseguiu sair ileso. “Fiquei grudado no volante, por isso não aconteceu nada.
O cinto me segurou e eu também não me assustei de me soltar”, detalha.
O carro teve todos os vidros quebrados e não anda. Para
voltar a circular, será necessário, além de manutenções no motor, trocar o
teto, as quatro portas, para-lamas e os vidros. A parte interna do carro também
ficou com muita lama.
O moleiro seguia por uma estrada de Xanxerê quando se
deparou com o tornado. No local onde o carro teria sido sugado e onde o carro
“saiu” do tornado há marcas, além de pedaços de vidro e do farol.
Próximo ao local, algumas árvores tiveram os galhos
arrancados. Pedro conta que, quando conseguiu sair do carro, só pensou na
família e nos filhos.
Susto
Uma semana após o tornado, Pedro ainda está assustado. “Ele
não consegue dormir bem à noite e não consegue chorar”, detalha a esposa, Marli
Lurdes Vaz.
Apesar de ainda assustado, o moleiro está aliviado. “Estou
vivo, não me machuquei. A gente vai tocar a vida. Carro a gente compra de novo,
fazer o quê”, finaliza.
CLASSIFICAÇÃO DO TORNADO
Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os
ventos que formaram o tornado podem ter variado de 100 km/h até 330 km/h por
volta das 15h, horário do fenômeno.
A escala de classificação de tornados começa em 65 km/h e
chega a mais de 500 km/h. O F0 é o mais fraco e o F5 é considerado o mais
forte. “Pelas características dos estragos e pela intensidade dos ventos, este
deve ficar entre F2 e F3”, disse Mamedes Luiz Melo, meteorologista do Inmet
Brasília.
VÍTIMAS
FATAIS: 02
Atualização:
■O menino Gabriel da Luz Sutil, de 8 anos, morreu na segunda-feira,
04 de maio, duas semanas após um tornado atingir a casa onde ele morava com a
família, em Xanxerê, no oeste catarinense. Ele estava internado na UTI do
Hospital Regional do Oeste, em Chapecó, em estado gravíssimo.
■Morreu na tarde de quarta-feira, 6 de maio, a quarta vítima
do tornado que atingiu Xanxerê, no Oeste catarinense, no mês passado. A dona de
casa Lurdes Lima de Oliveira, de 63 anos, estava internada na UTI do Hospital
Regional do Oeste, em Chapecó, depois que a casa dela desabou..
Total de vítimas fatais: 04
FERIDOS
De acordo com a PM em Xanxerê, pelo menos 74 pessoas deram
entrada somente no Hospital São Paulo, em Xanxerê. Outras dezenas de feridos
foram levados a hospitais da região.
Segundo a assessoria de imprensa do hospital, duas crianças
foram transferidas em estado grave para o Hospital Regional de Chapecó ainda na
noite desta segunda (20).
O Hospital Regional do Oeste, em Chapecó, informou na tarde
desta terça-feira que cinco vítimas do tornado estão internadas no Hospital -
entre elas um menino de nome Gabriel, que está na UTI. Ele é o filho de um dos
homens que morreram em Xanxerê.
Em Xanxerê, 11 pessoas seguiam hospitalizadas até a tarde
desta terça-feira - 11 na internação e 7 na emergência. Nenhuma delas está em
estado grave, segundo o Hospital São Paulo. Os demais pacientes que deram entrada
no hospital foram liberados após receberem atendimento.
FERIDOS GRAVES
Nove dias depois do tornado que atingiu Xanxerê e Ponte Serrada, cinco feridos seguem
internados.
Os casos mais graves são de Gabriel da Luz Sutil, 8 anos, e
de Lourdes Lima de Oliveira, 63 anos, que estão na UTI do Hospital Regional do
Oeste, em Chapecó.
Gabriel teve traumatismo craniano com a queda da residência
onde morava no bairro Tacca. Seu pai, o motorista Alcimar Sutil, 31 anos,
morreu tentando proteger o filho com o corpo. A irmã Ana, de cinco meses, e a
avó Ivanir Ferreira da Luz, também foram hospitalizadas, mas passam bem. Lourdes
está em coma induzido.
As outras três vítimas estão no Hospital São Paulo, em
Xanxerê, mas não correm risco de morte. Valêncio de Camargo, 27 anos,
trabalhava na obra de um supermercado, no Bairro Bortolon, quando parte da
estrutura caiu sobre uma de suas pernas. Ela não chegou a ser amputada, mas ele
teve que segurá-la para ir ao hospital.
Outra vítima é Claudemir Machado, que trabalhava na mesma
obra e teve um pé amputado. Também está internada uma mulher que estava na rua,
próximo ao Ginásio Ivo Sguissardi, e teve vários ferimentos com os destroços
levados pelo vento. Ela não teve o nome divulgado a pedido da família.
BALANÇO GERAL
Xanxerê
Ponte Serrada
Velocidade dos ventos – 250 km/h
Velocidade dos ventos-250 km/h
Horário – 15 h
Horário – 16 h
Duração – 5 a 10 min
Duração – menos de 5 min
Pessoas afetadas – 10 mil
Pessoas afetadas – 800
Casas atingidas – 2.500
Casas atingidas – 200
Feridos - 120
Feridos – 8
Mortes – 2
Mortes - 0
DESABRIGADOS
Em Xanxerê, 4.275 pessoas ficaram desalojadas e 539,
desabrigadas após os fortes ventos. Houve duas mortes e 97 feridos, segundo a
Defesa Civil estadual.
Foram 2.178 casas atingidas, sendo 1.583 com danos apenas
nos telhados, 360 parcialmente danificadas e 235 totalmente destruídas. Em
relação às empresas, 38 tiveram prejuízos.
Ponte Serrada não registrou mortes. Houve 27 feridos, 1.050
desalojados e 77 desabrigados. Foram 180 casas com danos nos telhados, 148
parcialmente danificadas e 24 totalmente destruídas. Outras 31 empresas e uma
edificação pública foram afetadas. Ao todo, mais de sete mil pessoas foram
afetadas.
INFRAESTRUTURA
ELETRICIDADE
O tornado derrubou mais de 300 postes na cidade de Xanxerê,
de acordo com a concessionária Iguaçu Energia. Torres de transmissão de energia
também caíram. Às 15h de terça-feira, 100% das 34 mil unidades consumidoras da
cidade permaneciam sem energia. No total, mais de 53 mil unidades consumidoras
seguiam sem abastecimento em 14 cidades do Oeste.
A previsão, de acordo com a Iguaçu Energia e com a Centrais
Elétricas de Santa Catarina (Celesc), é de que a luz comece a ser restabelecida
até o fim da tarde de terça-feira (21).
Equipes trabalham na reconstrução de um trecho do sistema.
Os municípios também
ficaram sem abastecimento de água devido a falta de energia elétrica.
TORRES DE TRANSMISSÃO
No cálculo dos prejuízos, 15 estruturas foram derrubadas
pela força dos ventos em cinco linhas de transmissão diferentes. O impacto
provocou a interrupção do fornecimento de energia elétrica para 29 municípios
atendidos pela Celesc na região Oeste que foi, gradativamente, sendo
restabelecido desde a noite da segunda-feira. No final da tarde do dia
seguinte, cerca de 26h após o incidente, 97,5 % do sistema estava energizado
por meio de circuitos principais ou alternativos.
A partir da SE Xanxerê partem oito linhas de transmissão,
que abastecem diversas subestações. Destas, foram registradas a queda ou
inclinação de estruturas (torres metálicas ou de concreto) em cinco:
■ Duas na linha de transmissão 138 kV Xanxerê com Chapecó
Dois,
■ Três na linha de transmissão 69 kV Xanxerê com Chapecó,
■ Duas na linha de transmissão 69 kV Xanxerê com Seara
■ Quatro na linha de transmissão 69 kV Xanxerê com Faxinal
dos Guedes
■ Três torres na linha de transmissão 138 kV Xanxerê Ponte
Serrada
RESTABELECIMENTO DE ENERGIA
Na tarde de
quarta-feira, 22 de abril, praticamente 48horas após a passagem do
tornado a Celesc finalizou os serviços de recomposição do sistema atingido pelo
fenômeno.
Às 15h54min, segundo dados do Centro de Operação e Controle,
foi religada a linha de transmissão que conecta a Subestação Seara à Subestação
Xanxerê, reestabelecendo o sistema elétrico de 69.kV do oeste de Santa
Catarina, que volta a operar em sua condição original.
A reconstrução da linha era a última etapa dos trabalhos de
reconstrução do sistema da Empresa afetado pelo tornado.
Mais de 100 profissionais das equipes de emergência,
manutenção, construção e operação estiveram envolvidos no processo. Equipes de
Chapecó, Concórdia, Joaçaba, Blumenau,
Lages e Florianópolis, com o apoio de empresas terceirizadas e empregados da
Eletrosul, revezaram-se na operação de reconstrução do sistema.
DEFESA CIVIL, SITUAÇÃO EM 26 DE ABRIL – BALANÇO GERAL
Foram encontrados por moradores da cidade de Lindóia do Sul,
distante 100 km, notas fiscais e pedaços
de madeira, isopor, amianto, PVC, entre outros materiais. Uma receita médica
encontrada no canavial do agricultor Valter Canton ganhou destaque. A
estimativa é de que o papel com assinatura do médico e timbre da Secretaria de
Saúde de Xanxerê, com data de nove de abril. Estava um pouco molhada, mas a
gente deixou secar e conseguiu ler o que estava escrito, conta a mulher do
agricultor, Salete Bertol Canton.
Além da receita, na mesma propriedade foi encontrado
material em PVC com dois cerca de metros de comprimento por 10 centímetros de
largura e uma folha de zinco com mais de dois metros. O lugar onde a lâmina
estava retorcida também chamou a atenção dos agricultores: em cima de um pé de
eucalipto.
O rastro do tornado foi deixado em pelo menos mais oito
comunidades de Lindóia do Sul. Pedaços de isopor, material de forração em PVC e
papeis, como notas fiscais e receitas médica e pedaços de fibras de caixas
d'água atingiram terras em Linha Joana, Sertãozinho, Santo Isidoro, Linha
Alegre, Acídio e Cotovelo. Na localidade de Mimosa foi encontrada uma placa de
"vende-se" com um telefone de Xanxerê. Em Linha Acordi, notas fiscais
de uma empresa também de Xanxerê.
PREJUIZOS
Conforme os relatórios, em Xanxerê, os prejuízos econômicos
referentes às casas alcançam R$ 49. 597.184,00. Nas empresas, os danos superam
R$ 45,3 milhões. As edificações públicas tiveram perdas de R$ 9,7 milhões.
Para Ponte Serrada, o prejuízo foi de pouco mais de R$ 8,1
milhões em casas e empresas e R$ 885 mil para edificações públicas.
SANTA CATARINA NÃO TEM
EQUIPAMENTOS E CAPACIDADE PARA MONITORAR FENÔMENOS NO ESTADO
Santa Catarina ainda não tem condições de se defender
adequadamente dos desastres naturais que atingem o Estado. Se na região do Vale
do Itajaí, que já sofreu com grandes enchentes, há um plano de contingência
melhor estruturado e uma população melhor informada sobre como agir nessas
situações, no restante do território estadual ainda faltam equipamentos e
informação para garantir o menor dano possível diante de eventos da natureza
(inundação, tornados, et).
O secretário da Defesa Civil de Santa Catarina, Milton
Hobus, reconhece que ainda faltam recursos ao Estado, mas ressalta que esse
processo não ocorre de forma rápida. É preciso tempo para investir em
equipamentos e treinar equipes para operar esses sistemas de monitoramentos e
defesas.
— Não, não temos equipamentos para cobrir todo o Estado.
Estamos no início do trabalho. Primeiro que não temos todas as informações
centralizadas e tratadas. Não temos uma cobertura suficiente de radares e nem
conhecimento para saber tratar todas essas informações. É algo que vai
acontecer passo a passo. O importante é que existe planejamento e cada mês
colhemos melhores resultados — avalia o secretário.
É necessário dar atenção ao treinamento de equipes e educar,
instruir a população. Antes de pensar em equipamentos, é preciso informação em
todos os segmentos. Informar e educar os envolvidos para agir nesses trabalhos.
Precisamos ter um centro de estudos para esses fenômenos, pessoas treinadas
para operar os instrumentos de pesquisa e principalmente, educar a população.
Para então pensar em equipamentos — explica a professora e pesquisadora de
meteorologia Márcia Fuentes, do Instituto Federal de Santa Catarina.
O que aconteceu em Xanxerê
1-As imagens de satélite
mostram sobre a região, uma nuvem cúmulo‑nimbo, que pode alcançar 25 km de
altura.
1A-Caracteriza-se por ter
o topo mais gelado do que a base. A diferença de temperatura provoca ventos
muito fortes no interior
2-A cúmulo-nimbo se
caracteriza por ter o topo mais gelado
do que a base. A diferença de temperatura provoca ventos muito fortes no
interior. Aviões, por exemplo, ao se depararem com elas, são obrigados a
sobrevoá-las
3-Ela deu origem a um tornado. Uma rajada de vento escapou
da nuvem e atingiu o solo com grande velocidade
3A-O ar quente no interior do tornado tem uma tendência
natural de levantar e criar uma forte corrente para cima, enquanto o frio
desce.
LEVANTAMENTO DA UFSC
APONTA PELO MENOS 77 TORNADOS ENTRE 1976 E 2009
Santa Catarina é uma região favorável à formação de nuvens
cúmulo-nimbo, as que permitem a ocorrência de grandes tempestades e podem
resultar em tornados. O Estado está em uma área englobada pelo Sistema de Baixa
Pressão do Chaco, localizado no Sul do Brasil junto às fronteiras da Argentina
e Paraguai, que funciona como um berçário de grandes nuvens e após nascerem,
elas rumam em direção a Santa Catarina.
Por isso, não é incomum a ocorrência de tornados no Estado,
embora eles muitas vezes sejam classificados como tempestades ou outros
fenômenos. Em levantamento realizado pelo Centro Universitário de Estudos e
Pesquisas Sobre Desastres (CEPED/UFSC), somente entre 1976 a 2009 foram
registrados ao menos 77 tornados em Santa Catarina.
1948 - Canoinhas
A região Norte foi atingida por um tornado em 16 de maio, na
localidade de Valinhos, interior do município de Canoinhas. Nos cálculos
daquela época, estima-se que a velocidade do vento chegou a 300 km/h, causando
a morte de 23 pessoas e de vários animais.
2003 - Painel
Menos de cinco minutos foram o suficiente para que quase
todas as casas de Painel, na Serra Catarinense, fossem destelhadas. Os ventos
de 130 km/h que atingiram a cidade também danificaram fios de telefone e rede
elétrica. Mesmo com nenhuma pessoa ferida pelo tornado, o prefeito à época,
Aldo Tadeu Vieira Waltrick, decretou situação de emergência.
2005 - Criciúma
Criciúma atingida por dois tornados em menos de um dia. Os
ventos de 115 km/h atingiram em cheio duas ruas da Grande Santa Luzia e
destelharam totalmente as casas, quebrou árvores e rompeu fios da rede
elétrica. Pequenos incêndios, originados de curtos-circuitos também afetaram a
cidade. O segundo tornado atingiu o Distrito de Rio Maina que afetou uma subestação
de Celesc deixando milhares sem energia. Uma morte foi registrada.
2008 - Correia Pinto
O município de 15 mil habitantes da Serra foi quase todo
destruído devido a ventos de 80 km/h que duraram 10 minutos. Casas e escolas
foram destelhadas e árvores arrancadas desde a raiz ficaram no meio da rua.
Cinco famílias ficaram desabrigadas, mas felizmente nenhuma vítima foi
registrada durante o tornado.
2009 - Guaraciaba
No feriado de 7 de setembro, Guaraciaba, no Extremo-Oeste,
teve casas arremessadas a até 50 metros de distância e grande parte da
infraestrutura urbana da cidade, de 10 mil habitantes, arrasada. Os ventos
foram estimados próximos dos 200 km/h.
2012 - Ponte Alta
O tornado destruiu a cidade de Ponte Alta, na Serra, no dia
2 de dezembro. O fenômeno ficou na categoria F3 (forte, com ventos de 254 a 331
km/h) na Escala Fujita, utilizada para medir a intensidade de tornados
avaliando-os pelos danos causados.
Toda a área urbana de Ponte Alta foi castigada, e
praticamente todos os cinco mil moradores foram afetados. Os prejuízos passaram
dos R$ 30 milhões e a prefeitura decretou estado de calamidade pública. A
cidade já havia sido atingida por tornado em 2009, mas não com tamanha
intensidade.
2013 - São Joaquim
Em 11 de dezembro, a Serra foi atingida por uma série de
fenômenos meteorológicos, como microexplosão e tornado. Moradores da região
registraram o momento:
Para especialistas, os tornados devem ter ficado entre as
categorias F0 (considerado leve, com ventos de 64 a 116 km/h conforme a Escala
Fujita) e F1 (moderado, de 117 a 180 km/h).
2014 - Urubici
Acredita-se que um tornado da categoria F0 tenha atingido
Urubici em 30 de outubro. Os danos pela cidade foram leves, como destelhamentos
e quedas de árvores.
Fontes: G1 Santa Catarina -21 a 26 de abril de 2015, Diário
Catarinense, 21 de abril de 2015, Defesa Civil de Santa Catarina, 28 de abril
de 2015, Gazeta do Povo, 2 de maio de 2015-05-05
Comentário
Os danos do tornado em Xanxerê equivalem a 10,60% do valor do PIB ou ultrapassa o
valor do orçamento da cidade (120, 69%). Podemos considerar a perda econômica
muito grave e a recuperação econômica da cidade demorará no mínimo 1 ano.
Os danos do tornado em Ponte Serrado equivalem
a 5,7% do valor do PIB ou 27% do valor do orçamento da cidade. Podemos
considerar a perda econômica moderada e a recuperação econômica da cidade
demorará no mínimo 6 meses.
A passagem de tornados pelas cidades de Xanxerê e Ponte Serrada
demonstraram as dificuldades do Estado e da população para lidar com desastres
naturais. A ausência de treinamento e plano de contingência são os principais
problemas. Vídeo