Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia
sexta-feira, setembro 27, 2019
TST-Trabalhador não pode ter adicional por insalubridade e periculosidade
RESUMO DA NOTÍCIA
·O TST (Tribunal Superior do Trabalho) decidiu que o
trabalhador não poderá acumular os adicionais por insalubridade e
periculosidade
·Quem tiver direito aos dois, terá de escolher um ou
outro
·A decisão deve resolver uma questão polêmica da
legislação trabalhista
O TST (Tribunal Superior do
Trabalho) vedou a possibilidade de acumulação dos adicionais por insalubridade
e periculosidade. Como a legislação já previa, o trabalhador deverá escolher
pelo mais benéfico para ele.
O julgamento, finalizado na
manhã de quinta-feira (26), foi por meio de recurso repetitivo, o que significa
que servirá de exemplo para todas as decisões em casos semelhantes. Para um
especialista ouvido pelo UOL, a decisão deverá resolver uma questão polêmica da
legislação trabalhista.
TRABALHADOR DEVE ESCOLHER UM
OU OUTRO
Os adicionais por
periculosidade e por insalubridade são diferentes e incidem de formas
distintas. A decisão do TST serve para quem teria direito aos dois.
PERICULOSIDADE:
Concedido aos profissionais
expostos a riscos de vida, como quem trabalha com explosivos ou segurança
pessoal e patrimonial. Corresponde a 30% do salário nominal (ou seja, do quanto
o empregado recebe)
INSALUBRIDADE:
Concedido a profissionais
expostos a agentes nocivos à saúde, como produtos químicos ou excesso de sol ou
barulho. Pode ser de 10%, 20% ou 40% (dependendo do grau de risco) do salário
mínimo vigente na região.
JULGAMENTO
No julgamento, o TST analisou
o caso de um ex-funcionário de uma companhia aérea que já recebia adicional por
insalubridade, por causa do barulho das turbinas dos aviões, e pediu também o
adicional por periculosidade, por lidar com produtos inflamáveis. Por sete
votos a seis, o TST negou o pedido.
"Agora, cabe ao
trabalhador escolher qual é melhor para ele. Ele tem de calcular. Se recebe um
salário mínimo, o de insalubridade pode ser maior. Mas se seu salário for muito
superior, o de periculosidade é mais vantajoso", disse o advogado
trabalhista Ivandick Rodrigues.
DECISÃO DEVE ACABAR COM
POLÊMICA
O Artigo 193 da CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho) já indicava que o empregado deveria
escolher um dos dois adicionais. Segundo Rodrigues, no entanto, esta questão
ainda causava polêmica.
"Geralmente se decidiu
pelo não acúmulo, com base na CLT, mas havia decisões divergentes, pois a lei
não fala que é proibido acumular, fala que é para optar", afirmou o
advogado. "Agora, essa decisão acabou com a polêmica: como foi julgado em
recurso repetitivo, ela está vinculada a todo o Poder Judiciário."
"Isso significa que
juízes de 1ª instância já acatarão este posicionamento. Para mudar, teria de ir
ao STF [Supremo Tribunal Federal", declarou. Fonte: UOL, em São
Paulo-26/09/2019
Redemoinhos de fogo se formam durante queimadas em Goiás
'Redemoinho de fogo' se forma durante queimada em fazenda em Goiás
Uma cena impressionante chamou a atenção de trabalhadores
rurais em uma fazenda às margens da GO-210, em Santa Helena de Goiás, região
sudoeste de estado. Durante uma queimada em um pasto, um grande
"redemoinho de fogo" se formou..
O fenômeno aconteceu na tarde de terça-feira (10). É
possível ver um caminhão-pipa próximo à labareda, que alcança vários metros de
altura. Uma grande cortina de fumaça também foi formada.
Em certo momento, há uma espécie de "explosão" na
base do redemoinho. Funcionários da própria fazenda conseguiram controlar o
fogo. Fonte: G1 GO-11/09/2019,
Novo 'redemoinho de fogo' é registrado em Santa Helena de Goiás
É a segunda vez que o fenômeno é registrado na cidade em
apenas dois dias. Um grande
"redemoinho de fogo" foi flagrado durante uma queimada na plantação
de cana de uma fazenda, em Santa Helena de Goiás, região sudoeste do estado. É
o segundo registro do fenômeno na cidade em apenas dois dias.
O redemoinho se forma
em uma lavoura próxima à GO-325, na quinta-feira, 12 de setembro.. É possível ver que parte do terreno está em
chamas, em meio a uma gigantesca cortina de fumaça. O fenômeno aconteceu na
quinta-feira, 12 de setembro.
RISCOS
Segundo os redemoinhos de fogo são bastante perigosos. Na
presença de um, o aconselhável é se afastar. A orientação é ficar a pelo menos
80, 100 metros. A ação dos bombeiros é de isolar a área e esperar o fogo se dissipar
sozinho. Fonte: G1 GO-13/09/2019
Terceiro redemoinho de fogo é visto em Goiás em menos de uma semana
Em quase uma semana, três redemoinhos de fogo foram
registrados em Goiás. O último deles ocorreu em Jandaia, na região Sul do
Estado, nesse último final de semana durante uma queimada em uma plantação de
cana-de-açúcar. As labaredas ganharam altitude e puderam ser vistas de longe, o
que assustou as pessoas que estavam próximas.
Apenas depois que o fogo se dissipou no canavial é que os
agricultores ficaram mais aliviados. "Esperamos que as coisas normalizem.
Porque toda família ficou muita assustada com a altura das labaredas”, contou
um deles . O Corpo de Bombeiros não foi acionado para combater as chamas.
MOTIVO
O meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia
(Inmet), Olívio Bahia, explica que o fenômeno ocorre basicamente por conta da
forte temperatura da superfície e da camada de ar pouco acima, o que faz a
pressão atmosférica baixar na região. Assim, uma grande diferença de pressão
ocorre entre as áreas próximas, gerando uma turbulência, o que leva esse ar
quente de forma rápida para o alto em forma de espiral. “E como próximo desse
redemoinho tem fogo, ele acaba aspirando o que tem ali por perto e elevando,
formando uma coluna de fogo”, relatou.
A recomendação é para que, ao se deparar com um evento como
esse, as pessoas se afastem. Por conta do tempo seco, há uma preocupação também
com as faíscas que esse tipo de redemoinho pode soltar em outras áreas. “São
novos pontos de ignição que podem provocar novos focos de incêndio”, disse o
meteorologista. Fonte: G1 GO - 16/09/2019
Vídeo
Comenta:
COMO
SE FORMA UM TORNADO DE FOGO
Tornado de fogo ou redemoinho de
fogo não são formados por condições atmosféricas
elevadas; eles são criados pelo ar quente e seco que sobe rapidamente do solo.
Nesse sentido, eles têm mais em comum com turbilhões normalmente se formam em
dias quentes e ensolarados, quando o solo aquece o ar próximo.
A FÍSICA DE UM TORNADO DE FOGO
À medida que o ar quente sobe do
solo, ele forma colunas verticais, ou "chaminés", até se tornar menos
denso, esfriar e depois se dissipar em altitudes mais altas. À medida que mais
ar quente é puxado para a coluna ascendente, ele começa a girar em um vórtice,
não muito diferente do vórtice que se forma quando a água escorre da banheira.
Esses vórtices são criados pelo
momento angular de fluidos (líquidos ou gases como o ar). O momento angular
determina que, à medida que um objeto se aproxima do centro de rotação, ele
acelera. Patinadores em figura demonstram isso quando puxam seus membros em
direção ao centro de seus corpos, o que os faz girar mais rápido.
Em um redemoinho de poeira, o ar
quente girando para cima em um vórtice, pega areia, sujeira, folhas e tudo o mais que
estiver no chão. Um tornado ou redemoinho de fogo, no entanto, pega brasas em
chamas, cinzas, gases quentes e detritos combustíveis, criando uma torre
aterradora de chamas que pode se estender por centenas de metros no ar.
UM TORNADO DE FOGO É PERIGOSO?
A maioria de tornado de fogo dura alguns minutos - razão pela qual raramente eles são capturados em vídeos. À
medida que o ar quente sobe e esfria, sua força diminui e qualquer combustível
que cria o tornado de fogo acabará se queimando.
No entanto, os incêndios podem
ser extremamente perigosos - as temperaturas podem chegar a 1.093 graus Celsius
em um tornado de fogo. Além disso, como
se movem rapidamente, eles podem deixar uma faixa de destruição por uma distância
considerável em apenas alguns segundos e propagar fogo por uma ampla área.
Até os especialistas às vezes se
surpreendem com a força destruidora de um redemoinho de fogo : em 2000, um redemoinho de fogo sob
observação de uma equipe do Departamento de Florestas e Proteção contra
Incêndios da Califórnia pulou uma faixa limpa de terreno, atingiu e levantou o
veiculo SUV , jogando contra o solo, ferindo
um membro da tripulação.
Em 1926, um
incêndio provocado por um raio que atingiu um tanque de óleo numa fazenda, ^na Califórnia, ardeu por cinco dias e resultou uma série de
tornado de fogo, que percorreu em
direção a leste, atingiu uma casa,
levantando-a no ar e carregando-a através de um campo até cair, destruindo a
casa e matando duas pessoas. Fonte:
Whirling Flames: How Fire Tornadoes Work, By Marc Lallanilla May 16, 2014
Planet Earth
Colisão entre trem com carga e caminhão em ferrovia em MT
Um caminhão-tanque provocou uma explosão, na manhã de sábado,
14 de setembro, ao se chocar com o trem carregado de milho em trecho da
ferrovia, na zona rural de Alto Taquari, a 509 km de Cuiabá.
ACIDENTE
O acidente foi no cruzamento de uma estrada com a linha
férrea, num trecho que liga o terminal de Alto Araguaia ao Porto de Santos.
Assim que os dois veículos se chocaram, houve uma explosão, pois o caminhão
transportava combustível e pertence a uma usina de álcool da região.
O CAMINHÃO NÃO PAROU NO CRUZAMENTO
A concessionária que administra a linha férrea informou, em
nota, que o caminhão não parou para cruzar a ferrovia no momento em que o trem
se aproximava. O maquinista acionou os procedimentos de emergência, mas não
conseguiu frear a tempo por conta do tamanho e peso da composição.
VÍTIMA
Não houve. Apesar do susto e dos estragos, o motorista do
caminhão saiu ileso do acidente. Ele foi atendido no local e depois liberado.
CONTROLE DO FOGO
O fogo foi controlado horas depois por uma equipe de
brigadistas de uma usina de etanol na região.
LIBERAÇÃO DO TRECHO FERROVIÁRIO
À tarde, funcionários da concessionária que administra a
linha férrea trabalharam no local do acidente pra liberar o trecho por onde
escoada grande parte das produções agrícolas das regiões norte e centro do
país.
G1 MT - TV Centro América-14/09/2019
Comentário: Trem não pode parar rapidamente. Um trem de
carga médio com 90 a 120 vagões percorre
1,6 a 2 km até parar. Trem com velocidade de 90 km/h pode
percorrer 1,60 km ou mais para
parar, após o maquinista acionar o freio
de emergência. Um trem de passageiros com 8 carros, com velocidade de 130 km/h
precisa de cerca de 1,6 km para parar.
Atualmente não é obrigatório usar capacete na condução do
patinete elétrico em São Paulo. Mas o bom senso recomenda seu emprego.
A rejeição à obrigatoriedade do uso, lembra a reação observada em 1977 quando da
introdução do cinto de segurança nos automóveis. Todos o recusavam, mas hoje
não se imagina uma pessoa no carro sem usá-lo.
O Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas da FMUSP
já atende os acidentados com esta minimotoneta.
Pode-se esperar, além de fraturas, eventuais traumas
cranianos em condutores de patinetes sem capacete.
Nos EUA, nos dois anos após a introdução do patinete (2017 e
2018), lesões de usuários já eram relatadas. Tarek K. Tivoli e cientistas da
Universidade da Califórnia, em Los Angeles, mostram na revista Jama Open que em
249 pacientes atendidos em duas emergências de hospitais,
■ 40,2% sofreram trauma craniano;
■ 31,7% fraturas e
■ 27,7% contusões, entorses ou
lacerações.
A maioria dos pacientes (94%) recebeu alta da emergência,
■mas 15 foram hospitalizados, dos quais dois, com graves
lesões, foram para a UTI.
■apenas dez dos acidentados usavam capacete.
Traumas cerebrais
podem provocar problemas motores, síndrome neurocognitiva ou cefaleias crônicas
e irritabilidade permanente.
Dependendo da violência do acidente, um capacete certamente
minimiza as consequências. Fonte: Folha de São Paulo - 7.jun.2019, Julio Abramczyk, médico
Patinetes elétricos causam 20 acidentes a cada 100 mil viagens,
conclui estudo
Diante da proliferação do aparelho, o departamento de saúde
pública e transporte de Austin, Texas em
parceria com o Centro de Controle e Prevenção dos Estados Unidos realizaram uma
pesquisa para tentar entender lesões e acidentes causados pelos patinetes
elétricos, assim com sua incidência, uma vez que no país, 38,5 milhões de
corridas foram realizadas em 2018.
O estudo abrangeu o período entre 5 de setembro de 2018 até
30 de novembro do mesmo ano, e identificou um total de 271 pessoas que sofreram
algum acidente com patinete elétrico. Durante o período de três meses, os
aparelhos foram usados por 182,333 horas e rodaram 1,434 milhões de
quilômetros. Com estes números, o estudo calculou que a cada 100 mil viagens
acontecem cerca de 20 acidentes com patinetes elétricos.
ACIDENTES GRAVES
Mais da metade dos acidentes no período foram “graves”,
segundo o estudo. As definições de grave foram em acidentes onde ocorreu fraturas
(84% dos casos deste grupo de
acidentes); lesões em nervos, tendões e ligamentos (45%); sangramentos em
grandes quantidades (5%) e danos nos órgãos (1%). Importante notar que podem
ocorrer mais de um efeito colateral nos acidentes.
LOCAL DE ACIDENTE
Outro ponto levantado pela pesquisa é o local onde
aconteceram as ocorrências:
■55% aconteceram na rua,
■33% foram na calçada.
■acidentes com carros e motos foram responsáveis por 16% dos
casos, mesmo que apenas 10% dos motoristas dos patinetes tenham colidido com os
veículos.
■10% tiveram problemas com o meio fio enquanto
■7% foram “pegos de surpresa” por objetos estáticos, como um
poste de luz ou bueiro.
USO DE CAPACETE
O estudo concluiu que a maioria dos efeitos dos acidentes
poderiam ter sido evitados caso o motorista do patinete elétrico estivesse
usando capacete. Fonte: Isto é dinheiro - 09/05/19
OUTRO ESTUDO
Acidente com patinete elétrico pode causar lesão grave, diz estudo
Um estudo publicado recentemente no periódico científico
JAMA Network Open mostrou que no período de um ano, no mínimo 249 pessoas
chegaram à emergência de dois hospitais na Carolina do Sul, nos Estados Unidos,
após terem sofrido acidente com patinetes elétricos. As lesões incluíam;
■hematomas, fraturas, contusões e até lesões na cabeça, com
hemorragias cerebrais.
“PERFIL” DOS ACIDENTES E ACIDENTADOS
O objetivo do estudo foi analisar o padrão dos acidentes com
patinete elétrico. Os resultados mostraram que a maioria das pessoas machucadas
estava dirigindo.
■ a maior parte caiu da patinete.
■mas 11% colidiram em algo e
■ 8,8% foram atingidas por um carro ou outro veículo.
No entanto, alguns pedestres também se lesionaram: 21
pessoas foram atingidas por uma patinete ou caíram ao esbarrar em um que estava
estacionado na calçada ou ainda se machucaram ao tentar levantá-la do chão.
LESÕES
■Cerca de 40% dos pacientes sofreram ferimentos na cabeça e
muitos deles foram sérios, incluindo cinco sangramentos cerebrais e uma
concussão. As fichas dos pacientes não traziam muitos detalhes sobre como estavam
usando o veículo.
■ De acordo com os relatórios médicos, doze pacientes
mostravam sinais de embriaguez e apenas dez deles, o que corresponde a 4,4%
usavam capacete. Fonte: Veja - 30 jan 2019
ACIDENTES DIVERSOS
■08/09/2019 -Um acidente com um patinete elétrica matou
Roberto Pinto Batista Jr., em Belo Horizonte. O engenheiro bateu a cabeça em um
bloco de concreto ao cair.. Este é o primeiro incidente fatal envolvendo
patinetes no Brasil.
■12/07/2019 - Emily Hartridge foi vítima do primeiro
acidente fatal envolvendo este tipo de veículo registrado no Reino Unido. A
personalidade do YouTube e apresentadora de TV, Emily Hartridge, 35, morreu vítima de um acidente envolvendo um patinete
elétrico e um caminhão em Battersea, sul de Londres. Hartrigde não resistiu aos
ferimentos e morreu no local. Ela é a primeira vítima fatal com esse tipo de
veículo no Reino Unido.
■10/06/2019-Um homem de 25 anos que circulava em patinete
elétrico morreu ao bater contra com caminhão em Paris. O jovem, que segundo uma
das fontes não respeitou a prioridade à direita, chegou a ser levado para o
hospital, mas não resistiu aos ferimentos, informaram os bombeiros.
■08/05/2019- Vitória, ES. Uma jovem de 19 anos, se
acidentou por volta das 10h, quando
andava pela avenida que estava fechada para carros na ocasião por conta do
feriado. Ela andava de patinete pela primeira vez quando