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quarta-feira, maio 31, 2023

METADE DOS MAIORES LAGOS DO MUNDO ESTÁ SECANDO, DIZ ESTUDO

Pesquisadores analisaram os 2 mil maiores lagos e reservatórios do planeta, usando dados de satélites de quase três décadas. Mais da metade perdeu água, devido principalmente à mudança climática e ao consumo humano.

Mais da metade dos maiores lagos e reservatórios do mundo está secando, devido principalmente à mudança climática e ao consumo humano de água, colocando em risco a futura segurança hídrica da humanidade, apontou um estudo na  quinta-feira (18/05).

Uma equipe internacional de pesquisadores, que inclui cientistas dos Estados Unidos, França e Arábia Saudita, revelou que algumas das fontes de água doce mais importantes do mundo perderam água a uma taxa cumulativa de cerca de 22 gigatoneladas por ano por quase três décadas.

"Os lagos estão com problemas em todo o mundo, e isso tem implicações em toda a parte", afirmou Balaji Rajagopalan, professor da Universidade do Colorado em Boulder e coautor do estudo publicado na revista científica Science.

"Realmente chamou nossa atenção que 25% da população mundial vive em uma bacia de lagos que está em tendência de declínio", acrescentou, o que significa que cerca de 2 bilhões de pessoas são afetadas pelo problema apontado no estudo.

Segundo Rajagopalan, ao contrário dos rios, que tendem a monopolizar a atenção científica, os lagos não são muito bem monitorados, apesar de sua importância crítica para a segurança hídrica.

Desastres ambientais de grande importância em volumosos corpos d'água – como o Mar Cáspio, entre a Europa e a Ásia, o Mar de Aral, na Ásia Central, e o lago Titicaca, na América do Sul – sinalizaram aos pesquisadores a existência de uma crise mais ampla.

QUASE 2 MIL LAGOS ANALISADOS

Para estudar a questão sistematicamente, a equipe analisou os 1.972 maiores lagos e reservatórios da Terra, usando observações de satélites de 1992 a 2020.

Os cientistas se concentraram em corpos maiores de água doce devido à melhor precisão dos satélites em maior escala, bem como à sua importância para os humanos e a vida selvagem.

O conjunto de dados dos pesquisadores casou imagens do Landsat, o programa mais antigo de observação da Terra, com a altura da superfície da água medida por altímetros de satélite, para determinar como o volume dos lagos variou ao longo de quase 30 anos.

O resultado: 53% dos lagos e reservatórios analisados tiveram um declínio no armazenamento de água. Durante todo o período estudado, foram perdidos 603 quilômetros cúbicos de água, o que equivale a 17 vezes o volume do Lago Mead, o maior reservatório dos Estados Unidos.

Os pesquisadores também investigaram o que impulsionou as tendências de seca. No caso dos lagos naturais, grande parte da perda de água foi atribuída à mudança climática, bem como ao consumo insustentável de água pelo homem.

O aumento das temperaturas devido à mudança climática leva à evaporação da água dos lagos, mas também pode diminuir o volume de chuvas em alguns lugares. "O sinal climático permeia todos os fatores", disse Rajagopalan.

SECA TAMBÉM EM REGIÕES ÚMIDAS

Um aspecto surpreendente do estudo foi relacionado ao argumento de muitos cientistas de que as regiões mais áridas do mundo tendem a ficar mais secas com a mudança climática, enquanto as áreas úmidas ficam mais úmidas. A pesquisa, contudo, constatou uma perda significativa de água mesmo em regiões úmidas do planeta.

"Isso não pode ser ignorado", destacou Fangfang Yao, principal autor do estudo.

Perda de água foi encontrada inclusive em lagos tropicais úmidos na Amazônia, bem como em lagos do Ártico, demonstrando uma tendência ainda mais ampla do que se previa.

A cientista Hilary Dugan, que estuda sistemas de água doce na Universidade de Wisconsin-Madison e não esteve envolvida no estudo, disse à agência de notícias AFP que a pesquisa avançou a compreensão científica da variabilidade do volume dos lagos, que é de "enorme importância".

É "único porque se concentra em lagos específicos e relata a quantidade de água como um volume", disse ela, acrescentando: "Mas é importante ter em mente que muitos suprimentos de água vêm de pequenos lagos e reservatórios", e pesquisas futuras também devem considerá-los.

Globalmente, os lagos e reservatórios de água doce armazenam 87% da água doce líquida do planeta, ressaltando a urgência de novas estratégias para consumo sustentável e mitigação climática.

"Se uma boa parte dos lagos de água doce está secando, você verá o impacto chegar até você de uma forma ou de outra. Se não agora, em um futuro não muito distante", alertou Rajagopalan. "Portanto, cabe a todos nós sermos bons administradores [desse recurso]." Fonte: Deutsche Welle – 19.05.2023


Comentário:

O mar de Aral foi um lago de água salgada, localizado na Ásia Central, entre as províncias de Aqtöbe e Qyzylorda (ao norte), e a região autônoma usbeque de Caracalpaquistão (ao sul). O nome (em português, mar das Ilhas) refere-se à grande quantidade de ilhas presentes em seu leito (mais de 1500). Este já foi o quarto maior lago do mundo com 68 000 km² de superfície e 1100 km³ de volume de água, mas tem encolhido gradualmente desde os anos 1960 após projetos de irrigação soviéticos terem desviado os rios que o alimentam. Em 2007 já havia se reduzido a apenas 10% de seu tamanho original, e em 2010 estava dividido em três porções menores, em avançado processo de desertificação.

A outrora próspera indústria pesqueira foi praticamente destruída, provocando desemprego e dificuldades económicas. A região também foi fortemente poluída, com graves problemas de saúde pública como consequência. O recuo do mar também já terá provocado uma mudança climática local com verões cada vez mais quentes e secos, e invernos mais frios e longos.

Está em curso uma iniciativa no Cazaquistão para salvar e recuperar o norte do mar de Aral. Como parte desta iniciativa, foi concluída uma barragem em 2005, e, em 2008, o nível da água já havia subido doze metros em comparação ao nível mais baixo, registrado em 2003. A salinidade caiu, e os peixes são encontrados em número suficiente para tornar a pesca viável. No entanto, as perspectivas para o mar remanescente do sul permanece sombria, tendo sido chamado de "um dos piores desastres ambientais do planeta. Fonte: Wikipédia - 16 de novembro de 2021.

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domingo, maio 28, 2023

COMO AS CHUVAS SE TRANSFORMAM EM ENCHENTES

Não há dúvida de que a água pode causar uma enorme destruição, como mostraram as recentes chuvas na Itália. Mas como um elemento tão pacífico consegue desenvolver uma força tão destruidora?

Como se fossem castelos de cartas, casas inteiras desabaram ou foram arrastadas por um enorme volume de água marrom nos últimos dias. Numa questão de minutos, as enchentes na Itália varreram carros como se fossem de brinquedo e transformaram porões em armadilhas mortais. Repetidas vezes, a natureza demonstra sua força avassaladora e nada nos resta a fazer.

Mas como a água pode exercer uma força tão poderosa? É exatamente esta pergunta que reponde Michael Dietze, da Seção de Geomorfologia do Helmholtz Center Potsdam, no site do Centro Alemão de Pesquisa em Geociências (GFZ).

UM METRO CÚBICO DE ÁGUA PESA UMA TONELADA

O primeiro a se ter em mente, diz Dietze, é que um metro cúbico de água pesa uma tonelada - um peso e tanto! Isso significa que "a água pode exercer uma pressão enorme sobre um objeto em seu caminho. E quando em movimento, a água é imensamente poderosa - tão poderosa que é capaz de varrer carros ou até mesmo contêineres que não estiverem ancorados no chão".

Mas outros fatores também entram em jogo, incluindo a erosão. Superfícies degradadas, ainda que aparentemente estáveis, podem ser facilmente varridas pelas cheias.

No GFZ de Potsdam, os pesquisadores estudam exatamente como a água mobiliza sedimentos, como as ondas de inundação viajam e como as poderosas enchentes varrem as paisagens.

Chuvas fortes estão entre os perigos mais subestimados, adverte o Serviço Meteorológico Alemão (DWD), pois são difíceis de prever e raramente estão associadas a uma localização específica. Embora possam prever a região, os meteorologistas não são capazes de antecipar exatamente quando ou quanto choverá num determinado local.

Como resultado, fortes chuvas podem causar mais danos do que o esperado, mesmo em lugares que não estão situados em vales estreitos ou perto de grandes rios. "As fortes precipitações despejam uma quantidade tão grande de água no solo, muitas vezes já saturado pelas chuvas anteriores, que ele não é capaz de escoar mais nada", explica o geomorfólogo Dietze.

DIFERENTES TIPOS DE SOLO ABSORVEM A ÁGUA DE MANEIRA DIFERENTE


O volume de água não é o único fator. A composição do solo, ou melhor, sua capacidade de absorver, armazenar e escoar água, também desempenha um papel importante.

É aqui que entra em jogo o tamanho dos poros das partículas do solo. "Colóides" são partículas minúsculas medindo menos de 2 micrômetros de largura - pequenas demais para serem visíveis a olho nu. Mas em grandes quantidades, justamente por terem dimensões minúsculas, elas fornecem uma imensa área de superfície onde as moléculas de água podem se ligar.

Os solos argilosos e arenosos contêm muitos desses colóides, nos quais a chamada "água intersticial" é retida e não consegue escorrer. Tais solos contêm poucos poros e, portanto, uma vez devidamente saturados, podem reter mais água do que areia.

Os grãos de areia, por sua vez, são maiores, com bem mais poros grandes e cheios de ar e apenas um pequeno número de colóides. No solo arenoso, a água mal pode ser retida e acaba escoando rapidamente.

Outra questão crucial é a condição do solo antes da chuva. No caso de uma chuva repentina e forte após um período prolongado de seca, o solo não consegue absorver a água de uma só vez. O solo seco tem o que é chamado de "repelência à água", o que significa que, em vez de escoar, a água flui pela superfície. Resíduos vegetais também são um fator, pois liberam gorduras e substâncias cerosas durante condições secas.

A ÁGUA FORJA SEU PRÓPRIO CAMINHO

Quando o solo fica saturado após longos períodos de chuva, a água não tem outra escolha a não ser escorrer pela superfície até desaguar nos córregos e rios.

"Uma vez chegando lá, ela pode atingir velocidades muito altas", disse Dietze. Na estação de pesquisa ecológica da Universidade de Colônia, que fica às margens do rio Reno, por exemplo, a água flui normalmente a uma velocidade de 1 a 2 metros por segundo.

"Quanto maior a velocidade e a inclinação - especialmente em taludes e cumes - e quanto mais profundo o rio, mais força a água poderá captar no leito fluvial. Sua força é equivalente a vários quilos, o que é suficiente para varrer areia, pedras e até detritos", explicou Dietze.

ÁGUA E PARTÍCULAS: UMA COMBINAÇÃO FATAL

Mas isso, por si só, não é suficiente para arrasar casas e ruas. Por trás disso estão também as partículas que são carregadas junto com a água. Elas penetram no solo, nas ruas e nas paredes das casas, desenvolvendo um enorme poder de erosão.

"Uma vez que partes desses objetos começam a ser atacadas, o material por baixo é carregado mais facilmente", explicou Dietze, acrescentando que ruas e prédios em terreno não consolidado também podem ser danificados, facilitando a quebra de mais material.

"Essa combinação de material sendo arrastado com o poder de simplesmente carregar ainda mais material solto dá à água em rápido movimento o poder de causar danos enormes num curto espaço de tempo", acrescentou.

Ele enfatizou ainda que tais inundações podem se desenvolver em qualquer lugar onde ocorram chuvas fortes. Segundo Dietze, a precipitação extrema é especialmente perigosa em áreas altas e montanhosas, onde o eventual rompimento repentino de barragens pode causar o transbordamento de lagos inteiros, ou onde grandes quantidades de gelo derretido podem desencadear deslizamentos de terra e ondas de inundação nos vales logo abaixo.

AS INUNDAÇÕES PODEM SER PREVISTAS?

"Avisos meteorológicos podem ser derivados de previsões", disse Dietze. "Por exemplo, as previsões meteorológicas podem ser alimentadas em modelos hidrológicos, para poder fazer previsões sobre a probabilidade e o desenvolvimento de inundações."

Por outro lado, o processo de erosão é mais difícil de prever. Como tais eventos acontecem muito rapidamente, sua intensidade é difícil de medir com precisão.

Com a ajuda de imagens de satélite e, principalmente, de sismômetros, os pesquisadores passaram os últimos anos tentando acompanhar as ondas de inundação em tempo real e calcular sua intensidade. As pesquisas ainda se encontram nos estágios iniciais, enfatizou Dietze, mas têm um imenso potencial quando se trata de sistemas de alerta precoce de inundações. Fonte: Deutsche Welle – 22.05.2023  

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terça-feira, maio 23, 2023

ENCHENTES ALAGAM CIDADES E MATAM AO MENOS 11 NA ITÁLIA


 Governo local diz que choveu em 36 horas o equivalente a seis meses e estima prejuízo em bilhões de euros. Várias cidades estão inundadas nas províncias de Forlí-Cesena e Ravena.

Equipes de resgate continuam trabalhando na quinta-feira (18/05) por causa das graves inundações que devastaram localidades inteiras da região da Emilia-Romagna, no norte da Itália, e causaram prejuízos de bilhões de euros, segundo estimativa do governo local.

As autoridades locais disseram que choveu em 36 horas o equivalente a seis meses. "Nunca se tinha visto um fenômeno dessa magnitude no nosso país", declarou o presidente regional, Stefano Bonaccini.

Ao menos 11 pessoas morreram, segundo balanço desta quinta-feira. Entre elas estão pessoas que foram arrastadas pelas águas. O número de vítimas pode aumentar. Autoridades confirmaram que há 10 mil pessoas deslocadas.

Quarenta e duas cidades foram inundadas pelas águas, e centenas de estradas e rodovias foram destruídas. Mais de 20 rios transbordaram, e ocorreram mais de 280 deslizamentos de terra. As áreas mais afetadas estão nas cidades de Faença e Forlí e na área de Ravena.

Os prejuízos chegam a vários bilhões de euros, acrescentou Bonaccini. "Os danos foram muito maiores do que aqueles que esperávamos, mas felizmente emitimos um alerta vermelho 24 horas antes, caso contrário teria sido uma tragédia ainda mais dramática", disse o presidente regional.

"Os 30 milhões disponibilizados pelo governo são bem-vindos e agradeço que os disponibilizem de imediato, mas aqui estamos falando de bilhões de euros de prejuízos", declarou Bonaccini à emissora de televisão pública italiana RAI.

"Foi como um novo terremoto na véspera do catastrófico evento em Emilia-Romagna em 2012, cujo aniversário está prestes a acontecer. Cerca de 40 municípios foram inundados, estruturas destruídas, ferrovias interrompidas, estradas provinciais praticamente demolidas, e uma ponte desabou", descreveu Bonaccini.

Nas províncias de Forlí-Cesena e Ravena há cidades inteiras inundadas, situação que pode piorar nas próximas horas, já que o nível de quase todos os rios ainda está acima do limite de emergência.

As enchentes deixaram 34 mil residências sem eletricidade, 100 mil pessoas com problemas em seus telefones celulares e outras 10 mil com problemas nas linhas fixas. Fonte: Deutsche Welle - 18/05/2023



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quinta-feira, maio 18, 2023

TRENS DA LINHA 15 -PRATA EM SP BATERAM DE FRENTE


Acidente ocorreu entre as estações Sapopemba e Jardim Planalto por volta das 4h30, de madrugada,  fora da operação comercial.  A colisão foi frontal. Apenas os operadores estavam nos trens.

O acidente afetou a circulação da Linha 15 - Prata do Monotrilho. A linha transporta 115 mil passageiros por dia.

INVESTIGAÇÃO

Agora a gente precisa analisar e entender o porquê isso aconteceu", disse o gerente de operações do Metrô. O Metrô vai apurar as causas.

VÍTIMAS

O Metrô afirma que nenhum dos trabalhadores sofreu ferimentos graves, mas um deles reclamou de dores nos braços, foi encaminhado para avaliação médica.

"Os dois operadores saíram caminhando, não teve ferimentos graves. Como um estava reclamando de um pouco de dor no braço, achamos por bem encaminhar para o ambulatório", afirmou o gerente de operações do Metrô.

MINISTÉRIO PÚBLICO DE SÃO PAULO

O Ministério Público de São Paulo conduziu uma reunião na segunda-feira (3/04) com os responsáveis pela Linha 15 - Prata do Monotrilho sobre a responsabilidade do acidente.

Na reunião, o Metrô afirmou ao MP-SP que um dos condutores dos trens que bateram estava em movimento, de costas para a via e usando o celular. Três pessoas foram responsabilizadas e serão demitidas: aquele que estava no centro de comando e monitorava a circulação dos trens naquele momento e os dois condutores dos trens envolvidos no acidente.

REPAROS DE DANOS MATERIAIS  E INDENIZAÇÃO

Na reunião também foi feito um acordo amigável entre o consórcio responsável pela construção da via usada pela linha e o Ministério Público para reparar os danos já provocados sem que seja necessário entrar na Justiça para que as reparações sejam feitas. O acordo pode incluir um pagamento de indenização.

HISTÓRICO DA LINHA 15-PRATA

Só neste ano, cerca de um terço das falhas registradas nas seis linhas do Metrô de São Paulo foram na Linha 15-Prata, do Monotrilho. Ao todo, são 22. Fontes: g1 e TV Globo — São Paulo - 08/03/2023; TV Globo — São Paulo-03/04/2023

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domingo, maio 07, 2023

BRASIL GEROU 64 QUILOS DE RESÍDUOS PLÁSTICOS POR PESSOA EM 2022

Dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2022 mostram que a geração de resíduos plásticos nas cidades brasileiras foi de 13,7 milhões de toneladas em 2022, ou 64 quilos por pessoa no ano. A publicação, divulgada na terça (21/03), é elaborada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

De acordo com a pesquisa, o resíduo plástico é o tipo de poluente mais encontrado nos corpos hídricos do planeta: corresponde a 48,5% dos materiais que vazam para os mares.

“Os dados mais recentes mostram que cerca de 22 milhões de toneladas de plásticos vazam para o meio ambiente a cada ano em todo o mundo, e uma parte considerável desses materiais tem os oceanos como destino”, destaca o presidente da Abrelpe e presidente da International Solid Waste Association, Carlos Silva Filho.

No Brasil, segundo a Abrelpe, mais de 3 milhões de toneladas de resíduos sólidos vão parar nos rios e mares todos os anos, quantidade suficiente para cobrir mais de 7 mil campos de futebol. “A melhor solução para o problema do lixo no mar reside justamente no aperfeiçoamento dos sistemas e infraestruturas de limpeza urbana nas cidades, que deve ocorrer com programas permanentes de educação ambiental implementados em todas as camadas da população”, diz Silva Filho.

Segundo a Abrelpe, cerca de 80% do total de resíduos encontrados nos mares são oriundos de atividades humanas desenvolvidas no continente, seja no litoral ou em regiões onde correm rios que deságuam em ambientes marinhos. Fonte: Agência Brasil- Publicado em 22/03/2023 . 

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segunda-feira, maio 01, 2023

PIZZA FLAMBADA PROVOCA INCÊNDIO QUE DEIXA DOIS MORTOS E 12 FERIDOS EM MADRI

David e Ruth escolheram sexta-feira, dia 21, para comemorar o aniversário dela de 21 anos no restaurante. Por volta das 23h 45, eles viram um garçom passar com um “prato flamejante”, e um maçarico na outra mão. Poucos segundos depois, o restaurante Burro Canaglia, na praça Manuel Becerra, em Madri, estava em chamas. 

As primeiras investigações sugerem que este prato tocou na decoração do local e pegou fogo a toda velocidade.

Devido a ferocidade das chamas,  provocou duas mortes e 12 feridos, dos quais oito seguem internados.

De acordo com as normas municipais vigentes, existem sérias restrições quanto ao uso de material inflamável em tetos e paredes. Fontes municipais asseguram ao jornal que o local tinha "licença em ordem" e que os elementos decorativos devem cumprir o que está incluído no código técnico de edificações e na portaria de proteção contra incêndios. "O que aconteceu tem que ser investigado", acrescentam.

Especificamente, a portaria estabelece que os tetos e paredes de "corredores protegidos" devem ter "materiais combustíveis não inflamáveis". É definido como rota protegida que leva “a um espaço exterior seguro ou a um setor de risco zero”. Neste caso, a única saída era pela porta principal, pois existia uma porta antiga de emergência que estava lacrada.

O prefeito de Madri garantiu que está sendo investigado se o restaurante cumpriu com todos requisitos técnicos. Mas pode confirmar  que pelo tamanho e número de mesas, não era obrigatório que tivesse uma saída de emergência. Também garantiu que havia no local 30 pessoas , entre clientes e funcionários.

As instalações foram inauguradas em janeiro de 2022, são franqueadas do grupo sevilhano Burro Canaglia.








A origem do fogo não sabe,  se foi uma das pizzas ou uma das sobremesas especiais que possuem elementos de fogo.

Nas redes sociais do grupo é possível ver vários vídeos e fotografias da pizza Inferno Carnívora, que é servida em chamas que são acesas com maçarico, o que vai ao encontro dos depoimentos de testemunhas.

Houve muita sorte devido à proximidade do quartel dos bombeiros", situado a apenas algumas centenas de metros do restaurante, o que permitiu "que o incêndio fosse apagado em menos de dez minutos a partir do primeiro aviso. As pessoas correram" para o quartel para relatar o incêndio, disse Carlos Marín, chefe do corpo de bombeiros de Madri.

Às 23h01, quando foi feito o primeiro chamado de alerta, os bombeiros já faziam o resgate das vítimas. Às 23h10, o chefe da operação anunciou que o incêndio havia sido extinto. Nesses 10 minutos ocorreu a tragédia. Os dois mortos são um trabalhador de 25 anos e um cliente de 42 anos que estava perto da porta, conforme explicou o chefe de plantão do Samur, e destacou que os serviços de emergência tivessem demorado um pouco mais, o incêndio teria significado "a morte de todas as pessoas que estavam lá dentro.

Alguns transeuntes até tentaram quebrar as janelas do restaurante para facilitar a saída das pessoas, mas a  fumaça densa impossibilitou a permanência nas proximidades sem  equipamento adequado.

A Polícia Nacional abriu uma investigação para apurar os fatos. Fonte: El País - Madrid - 22 abr 2023

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