Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

domingo, outubro 28, 2007

Trabalhador perde a mão

A mão é um dos principais instrumentos de trabalho do profissional. Perdê-la significa não só um grande trauma físico e psicológico como o fim inesperado da força de trabalho do empregado.

Porém, apesar da relevância, mais de um terço (34,2%) de todos os acidentes ocupacionais notificados no Brasil atinge as mãos, segundo as últimas estatísticas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Quase 10% deles são considerados traumáticos.


Foto – Mostra um equipamento de grande porte, com acesso livre nas partes móveis , sem nenhuma grade proteção e aviso de risco de acidente com equipamento em funcionamento.

Em 2004, 7.405 trabalhadores tiveram uma ou ambas as mãos amputadas; outros 2.378 sofreram lesão por esmagamento. Naquele ano, os acidentes mais comuns foram os ferimentos do punho e da mão (14%), as fraturas (7%) e os traumatismos (5,2%).

Os acidentes de trabalho envolvendo as mãos têm chamado a atenção pelos índices elevados. Nos dados oficiais, eles envolvem desde os traumáticos até aqueles denominados ferimentos menores e doenças ocupacionais.

Comentário:
Ao efetuar qualquer serviço de manutenção mecânica ou elétrica devemos sempre, primeiramente, parar a máquina e desligar a chave geral, a fim de garantir que nenhum outro funcionário ligará a máquina ou deixando a máquina/equipamento parado, porém energizado ou ligado, acarretando algum acidente.
No caso em questão, hipoteticamente podemos simular o cenário;
■ O equipamento não tinha proteção para limitar o acesso as partes móveis, com telas ou grades, lacradas com cadeado. A chave do cadeado deve estar com responsável pela operação do equipamento
■ Falta de treinamento do trabalhador, para certificar de que todas as situações de riscos de acidentes foram analisadas e eliminadas.
O que diz a norma:
1 - As máquinas e os equipamentos devem ter suas transmissões de força enclausuradas dentro de sua estrutura ou devidamente isoladas pôr anteparos adequados.
2 - Os materiais a serem empregados nos protetores devem ser suficientemente resistentes, de forma a oferecer proteção efetiva.
3 - Os protetores devem permanecer fixados, firmemente, à máquina, ao equipamento, piso ou a qualquer outra parte fixa, por meio de dispositivos que, em caso de necessidade, permitam sua retirada e recolocação imediatas.
4 - Os protetores removíveis só podem ser retirados para execução de limpeza, lubrificação, reparo e ajuste, ao fim das quais devem ser, obrigatoriamente, recolocados.

Também é importante colocar um aviso no equipamento, alertando, que o acesso ao local só é permitido com a máquina desligada. Risco de Acidente

posted by ACCA@3:43 PM

0 comments

sexta-feira, outubro 26, 2007

Explosão de carreta com 28 t de GLP


Uma carreta carregada com 28 t de gás de cozinha se envolveu no domingo, 14 de outubro de 2007, num acidente no km 381 da BR-101 Sul, na localidade de Capim Angola, na entrada de Iconha, próximo ao município de Rio Novo do Sul, no Espírito Santo.

Causa, vazamento e explosão
O acidente aconteceu por volta de 11h20, quando a carreta, carregando 28 toneladas de gás, vinha no sentido Rio de Janeiro–Vitória, por algum motivo, ficou descontrolado. A carroceria formou um L em relação ao cavalo mecânico e ficou atravessada na pista.
Um caminhão bitrem (articulado), carregado de adubo, vinha no sentido contrário e bateu contra o cilindro de gás, que foi arrancado da carreta. O veículo que levava o gás conseguiu parar cerca de 600 metros depois.

Começou um perigoso vazamento de gás que logo formou uma imensa fumaça branca. Um Peugeot 206, que ia para o Rio de Janeiro, bateu atrás do bitrem. Uma caminhonete e duas motos que iam no sentido Rio de Janeiro–Vitória, pararam na pista, poucos metros antes do acidente.

O gás vazou por dois minutos e em seguida explodiu. Uma bola de fogo de vários metros de altura praticamente engoliu tudo que havia em volta, todos os veículos, incluindo um caminhão Mercedes-Benz, que estava parado próximo fazendo reparos. Apenas a carreta que levava o gás escapou.

Vítimas
Três pessoas morreram no acidente, duas no local e uma após dar entrada no hospital de Cachoeiro. Entre elas estão um motociclista e o motorista da carreta bitrem. A pessoa que deu entrada no hospital de Cachoeiro. Outras oito pessoas sofreram ferimentos graves e foram socorridas para a Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim e hospitais da região.

Vitimas hospitalizadas
Morreu na manhã de segunda-feira, 15 de outubro, por volta de 7h15, no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da Santa Casa de Misericórdia, a quarta vítima fatal do acidente, João Daniel Rohr tinha 61 anos de idade. Ele estava na varanda de sua casa quando foi atingido pela explosão.

Morreu na tarde de quarta-feira, 17 de outubro, a quinta vítima da explosão, o militar Paulo da Silva Rocha Pereira, estava em uma moto no momento do acidente. Ele estava internado no CTI da Santa Casa de Cachoeiro.

Testemunha do acidente
Luiz Fernando Grain presenciou o momento do acidente. "Eu estava lá, indo pra Guarapari, a 50 metros do caminhão. Eu e minha esposa vimos o caminhão com o gás tombar e colidir com outro caminhão que vinha em sentido contrário. Só deu tempo de parar no acostamento e voltar na contramão. Instantes depois ouve a explosão do todo o gás liberado pelo caminhão, sendo que esse começou na casa à beira da estrada em meio à plantação de bananas. Minha esposa, apavorada, pediu para sairmos dali".


Atendimento de emergência
Devido à gravidade da ocorrência, dois carros do Corpo de Bombeiros de Cachoeiro de Itapemirim foram acionados imediatamente. Outros dois veículos e soldados de apoio foram enviados da Grande Vitória para Rio Novo do Sul. Diversos carros-pipa da região foram deslocados para a área do acidente. O Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) também foram acionados devido ao vazamento do combustível.

Rodovia interditada
A rodovia ficou totalmente interditada no trecho.

Controle do fogo
Sete horas após a colisão, os bombeiros ainda trabalhavam para controlar o fogo no tanque que transportava o gás.

Extensão dos danos
Com o vazamento do gás e explosão, duas casas localizadas a cerca de 500 m do local do acidente foram atingidas. A vegetação também foi incendiada. Aproximadamente quinze a vinte hectares da região próxima à rodovia foi atingida.

Cenário de horror para os moradores
Os moradores de Capim Angola tentam retomar a rotina. Eles começaram a voltar para casa. Já havia água e a energia estava sendo ligada novamente. Mas o cenário que eles encontraram era o de destruição. "Sentada na varanda eu tinha o prazer de olhar isso tudo verde. Agora só restaram as cinzas", lamenta a lavradora Tilda de Fátima dos Santos Martins.
Foto: Mostra os danos causados as pastagens e plantações, distante mais de 500 m do local do acidente
"Foi lavoura de café, coco, banana e toda a criação de galinha. Ainda não sei quanto perdi", ressalta o lavrador Nildo Luiz Martins.

Para o produtor José Valdino Hoffman esse calculo é fácil de fazer. "Ao todo o fogo queimou 20 hectares de pastagens e perdi 20 cabeças de gado.

Depois de vistoriar a área atingida pela explosão, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado (Idaf) estima que os danos causados pelo incêndio se estendam por uma área de 15 a 20 hectares (150.000 a 200.000 metros quadrados).

Causa provável e inquérito policial
O delegado informou ainda que já ouviu o depoimento de familiares das vítimas e que o tacógrafo da carreta está com uma equipe de peritos. Segundo ele, há indícios de que o motorista estava acima da velocidade. "O laudo da perícia vai trazer a dinâmica do acidente. Mas, pelos indícios, o motorista deve ser indiciado por homicídio culposo e lesão corporal culposa".

De acordo com o delegado de Rio Novo do Sul, Djalma Lemos, o boletim de ocorrência da Polícia Rodoviária Federal deverá ser entregue nos próximos dias, e só então, o motorista da carreta de gás, Valdeliso Telles Novaes deverá ser chamado para depor.Fonte: Gazeta Online – período de 14 a 20 de outubro de 2007

Informação adicional: Fonte: Gazeta Online - 05/05/2009
Indenização
Empresa é condenada em quase R$ 500 mil por explosão na BR 101
Além da transportadora, a seguradora da empresa também foi condenada pelos danos causados a uma família que morava às margens da rodovia.
Seis pessoas foram indenizadas no total de R$ 47 mil pelos danos causados à propriedade, enquanto cinco pessoas foram indenizadas em R$ 88 mil, cada, pela morte dos dois familiares.

A defesa das vítimas alegou à Justiça que o motorista da empresa transportava gás inflamável em velocidade superior à permitida no local, quando perdeu o controle e invadiu a contramão de direção, colidindo com outro caminhão de transporte.

A empresa de transportes, em contestação, alegou que o veículo de sua propriedade trafegava em velocidade compatível com o trecho, e que teria sido o caminhão da outra transportadora que invadiu a contramão, causando o acidente.

A empresa também alegou que o impacto teria ocasionado o desprendimento da carga de gás, que teria invadido e tombado na contramão. Em sua defesa, a transportadora afirmou que a carga se soltou por motivo de força maior, que os danos morais e materiais não foram comprovados, e que não teria fugido de suas responsabilidades, contratando uma empresa com a finalidade de amenizar os danos ao meio ambiente e à coletividade, ocasionados pelo acidente.

Para o magistrado da 2º Vara Cível e Comercial de Linhares, não restam dúvidas em relação à conduta imprudente do motorista da empresa de transporte. O laudo de Exame de Acidente de Trânsito elaborado pelo Departamento de Criminalística da Superintendência de Polícia Técnica-Científica da Polícia Civil é conclusivo nesse sentido.

Da mesma forma, o Laudo do perito nomeado pelo juízo da vara, assim como o depoimento de testemunhas que presenciaram o evento não deixam margem para dúvidas sobre a responsabilidade do motorista do caminhão.

O juiz destacou, em sua decisão, que a legislação civil atribui responsabilidade ao empregador ou comitente pela reparação civil decorrente de danos causados por seus empregados, serviçais ou prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir.

O magistrado destaca, ainda, que pela natureza da atividade desenvolvida pela requerida, e o risco dela decorrente, a sua responsabilização se daria independentemente de culpa, de acordo com o artigo 927 do Código Civil, pois o transporte de gás implica em risco aos direitos dos outros.

Comentário
Quando um vaso sob pressão contendo gases liquefeitos se rompe, o liquido jorra para o exterior, se vaporiza e sendo mais pesado que o ar, forma um colchão sobre o solo. Vaporizando-se, o GLP aumenta o seu volume em cerca de 250 vezes, e quando misturado com cerca de 3 a 4 por cento de ar, cria o efeito de uma bola de fogo na presença de uma fonte de ignição.

A vaporização de um liquido de­pende muito da temperatura do ambiente quando exposto no ar. Por exemplo, se o GLP líquido extravasa de um recipiente a 0o C, a vaporização será muito pequena; mas se a temperatura do ambiente é elevada, a vaporização ocorre muito rapidamente.

Felizmente o acidente no Espírito Santo ocorreu numa área não densamente habitada, não houve ruptura do tanque ou ficou envolvido em chamas, apenas houve vazamento/explosão do gás que dispersou no sentido lateral, margem da rodovia, em pastagens e plantações. Pela gravidade do acidente houve poucas vítimas, porém se a dispersão do gás tivesse ocorrido (depende do sentido do vento) na direção da rodovia o numero de mortes seria elevado, devido ao tráfego de veículos.

A explosão de nuvem de gás provoca a propagação de combustão, com aceleração e velocidade de chama alta, podendo gerar energia violenta com onda de choque. A onda de choque tem efeito destrutivo devido a sobrepressão.

Em 1978, na Espanha um caminhão-tanque carregado de gás liquefeito de petróleo (GLP) devido a vazamento, explodiu na rodovia, nas proximidades de um terreno de camping, matando 100 pessoas no local e cerca de 180 sofreram severas queimaduras.

Trecho transcrito do relatório: Annals of Burns and Fire Disasters , 1997
Outro aspecto é a prevenção de cargas perigosas. Explosões de tanques de GLP têm causado vários desastres em diferentes partes do mundo e uma análise dessa dinâmica tem conduzido para numerosas medidas no plano internacional para regulamentação de materiais altamente perigosos. Entretanto, os acidentes continuam ocorrer e a causa mais comum é a colisão.

Tem sido proposto que os caminhões tanques deveriam ser obrigados a seguir uma rota especial, todavia, se um acidente ocorresse, o meio ambiente circunvizinho sofreria considerável dano. É indispensável que todo país ou estado ou cidade tenha planos de emergência para esse tipos de desastres e que esses planos conduzam à melhoria do nível técnico em geral, à preparação logística e também à preparação da comunidade.

É extremamente importante que esses planos não permaneçam apenas no papel, mas sejam continuamente testados na prática, reforçados por cursos e atualização de informações, envolvendo especialistas, médicos, enfermeiros, organizações voluntárias, bombeiros, polícia e público em geral.

posted by ACCA@11:17 AM

1 comments

terça-feira, outubro 23, 2007

Fator Humano

De acordo com a psicologia, o medo protege a pessoa. Ele funciona como uma espécie de aviso para precavermos de perigos reais. O medo atua como regulador da inteligência que é estimulada no sentido da melhor escolha, visando evitar o fracasso do objetivo.

No caso de um acidente em que o trabalhador ultrapassa o limite da zona de segurança, com imprudência ou com autoconfiança ou avaliação inadequada da situação? O medo estaria presente nessa situação? Ou nesse caso, o medo do perigo é sempre muito menor do que o próprio perigo?

Por que algumas pessoas preferem obedecer ao sinal de pedestre para cruzar a rua com segurança e outras preferem cruzar a rua driblando os carros? Por que alguns pedestres são impacientes para esperar a mudança do sinal para atravessar a rua com segurança? No ambiente industrial é a mesma coisa, alguns trabalhadores preferem trabalhar com segurança, outros preferem driblar os riscos e perigos e outros são impacientes para utilizar os procedimentos de segurança, pois atrasam as etapas de serviços. O fator humano estará sempre presente na relação trabalho e execução.

Não podemos simplesmente não ter medo. Seria imprudência. Mas podemos desenvolver procedimentos para lidar com ele. Quais seriam os fatores humanos que estariam envolvidos com ele? Seriam o estresse bom e/ou mal, inteligência/educação, treinamento, condicionamento mental.

Estresse
O ser humano tem um dispositivo natural que, diante do perigo (real ou imaginário), faz aumentar a freqüência das ondas cerebrais para que todo o organismo fique em "estado de alerta", ou seja, pronto para "reagir". Esse "estado" é caracterizado pelo aumento dos batimentos cardíacos, respiração acelerada, tensão etc. E a isto chamamos "estresse".

Assim sendo, o estresse não é um mal; ele é só uma defesa do organismo contra diversos tipos de agressão, sejam elas físicas ou psicológicas. Além de não ser um mal, é o estresse que mantém a pessoa pronta para reagir ou fugir destas agressões. Ele só se torna um mal, quando perdemos a capacidade de controlá-lo e começamos a reagir de forma inadequada.

Inteligência
É perfeitamente aceitável afirmar-se que memória e inteligência são, em síntese, a mesma coisa. Afinal de contas, só conseguimos pensar sobre as coisas que temos guardadas na memória. Assim sendo, a qualidade e a quantidade das informações que temos armazenadas na memória são decisivas para a "realização do pensamento", ou seja, para fazer bem feito.

Se você deseja "fazer a coisa bem feita" deve, em primeiro lugar, armazenar adequadamente todas as informações pertinentes a este processo na sua memória de longo prazo. E isso se faz exercitando sistematicamente o procedimento (treinamento).

Treinamento
Quanto mais você treina a execução de um procedimento, mais esta informação se torna acessível na memória de longo prazo e é mais prontamente recuperável. É por isso que os atletas, músicos, trapezistas etc., precisam treinar exaustivamente. Por outro lado, é preciso lembrar que os procedimentos mal aprendidos e não treinados, são sempre dificílimos de serem recuperados quando precisamos deles.

O treinamento de qualquer procedimento é fundamental para a realização perfeita, porém, não é único fator da equação, ou seja, treinar, simplesmente, não basta. O treinamento sem o ambiente de tensão da situação, não surge o terrível bloqueio mental de tensão, onde decorrem as falhas. Lembramos do chavão do futebol; treino é treino e jogo é jogo. Mas no ambiente industrial devemos treinar e jogar simultaneamente, pois não há muita margem de erros.

Condicionamento mental
Todas as informações percebidas pelos sentidos são interpretadas pelo cérebro como verdades, de acordo com os padrões anteriormente registrados. Devemos criar procedimentos para que o cérebro possa aceitar estas informações como verdadeiras e passará a identificar todas as situações de riscos.

É exatamente neste princípio que se sustentam todos os programas de condicionamento mental. Além de deter conhecimentos específicos que o tornem "competente" para a realização de determinada tarefa e passar essa informação para o seu cérebro, insistentemente, até que ele "admita" e "armazene" esta informação no seu "arquivo de verdades" (como é importante treinamento e reciclagem).

Evidentemente, é muito difícil estabelecer um programa de condicionamento mental único para todas as pessoas. Cada indivíduo tem um tipo psicológico diferente, nível cultural diferente, emocional diferente, histórico diferente.
Todavia, há alguns pontos comuns a todos e que servem, pelo menos a princípio, como guia para estabelecer um programa de autocondicionamento.
Vejamos:
a) Estude detalhadamente todo o procedimento necessário ou o que precisa executar com precisão. Adquira o maior número de informações possíveis sobre o assunto. Quanto mais informações você tiver a respeito desse procedimento, maior será a confiança (análise do risco, procedimento de operação ou permissão de trabalho seguro). Essa confiança "minimiza o perigo" e, conseqüentemente, reduz os riscos de bloqueio mental por tensão.
b) Treine esse procedimento. Quanto mais treinar, mais facilidade terá para reproduzi-lo fielmente. Lembre-se que "o treinamento exaustivo acaba facilitando a repetição automática". Repare que você amarra o cadarço do sapato, pára quando o farol fica vermelho e digita no seu computador, sem jamais parar para pensar "como isso deve ser feito". Você "reproduz" estes procedimentos naturalmente, sem o menor esforço mental.

Fonte: Adaptação do artigo “Condicionamento Mental” do Projeto Saber

posted by ACCA@11:26 AM

0 comments

domingo, outubro 21, 2007

Comportamento perigoso

A seqüência de fotografias mostra o padrão utilizado pela maioria dos trabalhadores que executam serviços no telhado. Neste caso, é uma mulher que também não tem a visão de percepção de risco. Sem nenhum tipo de equipamento de segurança caminha pelo telhado para arrumar a antena de televisão.
1 – Sem nenhuma proteção a moradora caminha pelo telhado do prédio de quatro andares no bairro de Petrópolis, Porto Alegre.
2 – Ela arruma uma das antenas de televisão sobre o telhado
3 – E volta para casa

Fonte: Zero Hora – Porto Alegre, 29 de setembro de 2007

posted by ACCA@7:32 AM

0 comments

sexta-feira, outubro 19, 2007

Morando com o perigo da rede elétrica

O joão-de-barro (Furnarius rufus) é um dos pássaros mais populares das regiões sul, sudeste e centro-oeste do Brasil. É muito comum em paisagens abertas, como campos, pastagens, ao longo de rodovias e jardins. Caminha pelo chão, em busca de insetos, canta em dueto e vive, geralmente, em casais.

Local do ninho
E é junto que o casal constrói seu ninho, em formato de forno de barro, que pode ser facilmente identificado no alto de postes e árvores em regiões urbanas e campestres.


Risco no Poste de energia
É freqüente, durante a construção do ninho, um dos pássaros limpar o bico nos isoladores instalados nas cruzetas dos postes, o que provoca a morte do pássaro e o desligamento da rede de energia elétrica.

Interferência no sistema elétrico
No ano 2000, 12% dos desligamentos de energia ocorridos no Estado de Santa Catarina, foram resultado deste conflito.


Redução do problema
Para reduzir ao máximo a interferência sobre hábitos do joão-de-barro, a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) implantou nos postes de sua rede 190.000 afastadores de pássaros, que são pequenos dispositivos de fibra de vidro que dificultam a construção de ninhos junto aos isoladores e reduziram drasticamente o número de desligamentos de energia.

Estudo sobre o problema
O estudo foi realizado nos dias 8 e 9 de maio de 2002 em áreas rurais do Estado de Santa Catarina .
Para o censo foram utilizados dois automóveis que percorreram, com velocidade média de 40 km/h, várias estradas das regiões rurais, acompanhando as redes de alta tensão instaladas.

Durante os trabalhos de campo, foi verificado que os ninhos são construídos, preferencialmente, sobre a trave superior (cruzeta) dos postes trifásicos, sobre o topo dos postes monofásicos ou mesmo sobre os transformadores e isoladores de porcelana, causando riscos de descarga elétrica, via corpo do pássaro.

O risco é eminente para ninhos distanciados a menos de 26 cm da fase viva e alto para ninhos situados a menos de 19 cm, quando chegam a ser construídos encostados nos isoladores de porcelana, diminuindo o poder de isolamento do sistema, e acarretando em curtos‑circuitos, sobretudo em dias de chuva.

Foram percorridos ao todo 234,5 km de estradas e analisados 2.234 postes, o que equivale a 14 % dos postes de redes de alta tensão instalados nas regiões estudadas. Desse total, 1.368 postes continham ninhos em alguma parte de sua estrutura, o que correspondeu a 61,2% dos postes analisados. Nas 2.234 estruturas trifásicas analisadas foram contados 1.546 ninhos entre novos e antigos, em vários estágios de construção. Foram registradas estruturas contendo entre 1 e 6 ninhos.

Invenção do afastador
O afastador é uma invenção da Força e Luz Coronel Vivida Ltda (Forcel), concessionária de energia elétrica localizada no sudoeste do Paraná. O "afastador de João-de-barro", uma peça desenvolvida por engenheiros da própria empresa e fabricada a custos muito baixo, reduziu consideravelmente seus gastos com manutenção e reparos de emergência.
A invenção é feita em fibra de vidro, mede apenas 30 centímetros, tem design simples e utilitário e é construída em dois tamanhos (simples e duplo). Instalada próxima aos isoladores, ela obriga o pássaro a afastar a construção de seu ninho das linhas de transmissão e reduziu em 20% o desligamento de energia. A idéia nasceu a partir da observação dos hábitos do animal e da constatação de que seria possível a convivência sem que houvesse prejuízos entre o joão-de-barro e a rede de energia elétrica.

Fonte: Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) e Ibama-SC

posted by ACCA@5:31 PM

0 comments

quinta-feira, outubro 18, 2007

Jovens bebem cada vez mais cedo

Pesquisa realizada pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) revela que os jovens estão bebendo cada vez mais cedo. Adolescentes entre 14 e 17 anos dizem ter começado a beber, em média, aos 13 anos e nove meses, enquanto adultos entre 18 e 25 anos começaram com 15 anos e três meses.
Realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira traz um retrato de como o brasileiro se comporta com relação à bebida.
O resultado é fruto de 3.007 entrevistas realizadas em 143 cidades em todas as regiões do país entre novembro de 2005 e abril de 2006.
É o primeiro trabalho dessa dimensão, pois os dados oficiais eram baseados somente em projeções.

A pesquisa mostra;
■ 16% dos adolescentes entre 14 e 17 anos já consumiram bebidas alcoólicas em excesso - ou seja, cinco doses ou mais ao longo de um dia (uma "dose" equivale, mais ou menos, à quantidade de álcool em uma taça de 150ml de vinho ou a uma latinha de cerveja).
■ 21% da população masculina nessa faixa etária bebeu de forma abusiva no ano anterior.
■ entre meninas a proporção foi menor, mas não menos preocupante: 11%.
■ 35% dos adolescentes bebem pelo menos uma vez por ano, e 16%, em excesso.
■ 52% dos brasileiros com mais de 18 anos bebem pelo menos uma vez ao ano.

Idade inicial para consumo de bebida
Os dados comprovam ainda algo que especialistas alertam há tempos a idade com que adolescentes iniciam o consumo de bebida está caindo e a freqüência, aumentando;
■ o estudo mostra que entrevistados entre 14 e 17 anos iniciaram o consumo de bebida alcoólica aos 13,9 anos.
■ entre adultos jovens, com idade entre 18 e 24, o início foi aos 15,3 anos.

Mulheres com tendência aumentar
Entre 14 e 17 anos apontam também uma tendência de aumento de consumo entre as mulheres.
■ enquanto na população maior que 18 anos elas são 41% das pessoas que bebem regularmente, contra o índice masculino de 65%;
■ entre as pessoas com menos de 18 anos o índice dos meninos e meninas se aproxima: 34% e 31%.

Bebida mais consumida
A cerveja é a bebida alcoólica mais consumida pelos brasileiros. De acordo com a pesquisa, feita em parceria com a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), ela corresponde a 61% das doses ingeridas no país.

Problema da bebida alcoólica
O estudo mostra;
■ quase metade da população brasileira, 48%, não bebe. Mas a legião de abstêmios não reduz a dimensão do problema.
■ 28% dos adultos, o equivalente a 33 milhões de pessoas, apresentam um padrão de consumo excessivo.
“É um número muito expressivo. E indica quantas pessoas se expuseram a situações de risco ou enfrentaram problemas provocados pelo consumo de álcool em excesso”, constata a secretária-adjunta da Senad, Paulina Duarte.

Fontes: G1 – 22 de agosto de 2007 e Folha de São Paulo - 23 de agosto de 2007

Comentário
Existe uma relação direta entre bebida e violência cuja estatística mostra o componente violento do álcool. Pessoas agressivas ficam estimuladas pela ação do álcool e potencializam comportamentos e atitudes violentas que podem resultar em violências; no ambiente familiar, entre pessoas nas ruas, no trabalho e no trânsito.
O consumo de bebidas alcoólicas, mesmo que não excessivo, é causa, direta ou indireta, de inúmeros acidentes de trânsito de que resultam milhares de vítimas, já que este é um depressor que prejudica a coordenação psicomotora, a capacidade de percepção e de estímulo em geral. ACCA

posted by ACCA@9:59 AM

0 comments

terça-feira, outubro 16, 2007

Mortes nas rodovias marcam o feriado prolongado

Um balanço divulgado na segunda-feira, 15 de outubro de 2007, pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) mostra que, durante o feriado de Nossa Senhora Aparecida;
■ Noventa e duas pessoas morreram nas estradas federais entre zero hora de quinta-feira e meia-noite de domingo.
■ Foram registrados 1.592 acidentes e 1.187 feridos.
Foto: Colisão frontal entre um Celta e uma carreta no km 20 da BR-392, Santa Catarina – as quatros pessoas do carro morreram. Imagina uma carreta comum, sem carga que pesa 15 toneladas e carregada pode pesar 27 toneladas, o máximo permitido por lei, colidir frontalmente com um veiculo leve, Celta, de 840 kg. A carreta rasga o carro como se fosse uma lata de sardinha. A foto mostra isso. Não sobrou nada do carro.
Estados com mais acidentes foram;
■ Minas Gerais (262),
■ Santa Catarina (193),
■ São Paulo (139),
■ Rio de Janeiro (132) e
■ Rio Grande do Sul (125).

Estados com maior número de mortos foram;
■ Minas Gerais (17),
■ Rio de Janeiro (09),
■ Espírito Santo (08)
■ e Goiás, Mato Grosso e Pernambuco (05).

Estados com maior número de feridos foram;
■ Minas Gerais (240),
■ Santa Catarina (157),
■ Paraná (89),
■ São Paulo (77) e
■ Bahia (59).

Acidentes com tendência elevada:
Esta é a sétima operação especial da PRF num ano atípico, onde a curva gráfica da violência no trânsito aponta para o alto.
■ Entre janeiro e setembro, já foram computados nos 61 mil quilômetros de estradas federais 88.888 acidentes, com 4.695 mortos e 53.834 feridos.
■ No mesmo período em 2006 foram registrados 79.540 acidentes, com 4.528 mortos e 48.151 feridos.

Crise aérea e viagem terrestre
Crise aérea e crescimento da frota fizeram o brasileiro pegar a estrada em 2007. Os dois fatores se somaram para agravar a já complicada situação da malha viária federal, onde a imprudência domina um cenário que produz mais de 100 mil acidentes por ano e deixa um rastro de destruição e morte.
Prejuízo com mortes nas rodovias federais
De acordo com cálculo baseado em estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), entre janeiro e setembro o prejuízo com mortes nas rodovias federais atingiu a casa de dois bilhões de reais.

Crescimento da frota de veículos
Segundo dados do Denatran, a frota brasileira cresceu quase 90% nos últimos doze anos e hoje passa de 48 milhões de veículos. A fabricação e o comércio de veículos batem recordes a cada mês, fazendo o setor rever suas projeções para cima.

De acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), agosto foi o melhor mês do setor nos últimos 10 anos, levando o Brasil a atingir a marca de dois milhões de unidades vendidas durante o ano. Mantidas as expectativas, 2007 deve fechar com quase 50 milhões de veículos emplacados, metade na região Sudeste. O aquecimento do setor automotivo coloca o Brasil em oitavo lugar no ranking mundial de fabricantes de veículos.

Educação e fiscalização
Para o Inspetor Alvarez Simões, Coordenador de Controle Operacional da Polícia Rodoviária Federal, é preciso agir em duas frentes: “A primeira, e mais importante, é a educação. Entretanto, não se consegue educar uma legião de motoristas a curto e médio prazo. É necessário fazer valer o mandamento do CTB no sentido de que a disciplina 'trânsito' seja aplicada nos diversos níveis de ensino. A segunda é a rigorosa fiscalização do trânsito, que passa pela questão do efetivo e orçamento condizentes com a realidade”, afirma.

Dados de acidentes de alguns Estados em relação as rodovias estaduais

São Paulo
De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, no total, foram registrados 1.043 acidentes em todo o Estado de São Paulo, que resultaram em 651 vítimas feridas e 30 vítimas fatais.
Foram lavradas 9.790 autuações por infrações de trânsito diversas, tendo sido recolhidos 512 veículos por irregularidades, além da apreensão de 219 Carteiras de Habilitação, 1.535 documentos de veículos e foram registrados 23 casos de embriaguez.

Rio de Janeiro
De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, nove pessoas morreram e 57 ficaram feridas num total de 132 acidentes.

Minas Gerais
Pelo menos 4 morreram e 115 ficaram feridas em 127 acidentes durante o feriado prolongado.

Bahia
A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) contabilizou um total de 31 acidentes, com 16 pessoas feridas e dois mortos.

Fonte: Departamento da Policia Federal – 15 de outubro de 2007, G1 – 16 de outubro de 2007

Comentário
As mortes registradas pela Policia Rodoviária Federal e Estadual são as mortes ocorridas nos locais dos acidentes. As vítimas com ferimentos graves que são levadas aos hospitais e morrem durante o internamento ou em recuperação por complicações pós-operatórios não são contabilizadas como mortes em decorrências de colisões. Portanto existe uma subnotificação em relação a quantidade de mortes.
Alguns dados interessantes sobre acidentes de trânsito no país;
■ Em oito anos foram registrados mais de 2,5 milhões de acidentes no Brasil, com 254 mil mortes, segundo a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego. Enquanto na guerra do Vietnã no período de 1961 a 1974, os Estados Unidos com 2.300.000 homens tiveram 46.370 mortes e 300.000 feridos.
■ O Sistema Único de Saúde (SUS) gasta mais de R$ 135 milhões por ano com atendimentos e internações de vítimas de acidente de trânsito no Brasil. O estudo foi revelado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Estudo realizado pelo Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP em 385 vítimas de trauma com diagnóstico de traumatismo crânio‑encefálico que foram admitidas no Instituto Central do HCFMUSP, mostraram;
■ 19,0% das vítimas morreram antes da alta hospitalar
■ 71% das vitimas sobreviveram

das vítimas sobreviventes, ao completar um ano, mostraram;
■ 63,9%, havia retornado à produtividade
■ 16,7% encontrava-se afastada das atividades que normalmente exercia (incapazes de trabalhar).
■ 19,4% das vítimas tinham alteração na ocupação principal, com limitações produtivas

Estudo das distribuições das lesões
■ 42% apresentaram lesões na região do tórax, membros/cintura pélvica, com lesões representadas por fraturas em membros superiores e inferiores/fratura pélvica e luxação de joelho.
■ 26 % apresentaram lesões na cabeça/pescoço
■ 23% outras partes do corpo
■ 9% apresentaram lesões na face, que pode estar relacionada ao não uso do cinto de segurança.

Enquanto elaborava esse artigo, o que acontece no trânsito;
■ a cada 57 segundos acontece um acidente de trânsito;
■ a cada 07 minutos acontece um atropelamento;
■ a cada 22 minutos, há uma morte em acidente de trânsito;
■ 75% dos acidentes são falhas humanas;
■ 60% dos feridos no trânsito ficam com lesões permanentes;
■ Em 70% dos casos de acidentes com mortes, o fator álcool estava presente, mesmo sem configurar embriaguez;

É um grito ou clamor silencioso, que passa desapercebido pelas autoridades públicas.Temos a nossa própria guerra silenciosa, mais de 35.000 mortes por ano e por alguns especialistas mais de 50.000 mortes por ano (incluindo as mortes de vítimas em estados graves em convalescenças). O transito brasileiro é uma fábrica de encomenda contínua de mortes, vítimas, seqüelas e sonhos perdidos. ACCA

posted by ACCA@6:53 PM

0 comments

sábado, outubro 13, 2007

Brasileiro usa protetor solar de modo errado

De acordo com os últimos estudos, do ano passado, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, mostram;
■ 70% dos brasileiros não usam protetor solar.
■ dos que usam, somente 25% o aplicam corretamente, afirma Marcus Maia, coordenador da campanha nacional de prevenção do câncer da pele da sociedade.

Preço caro do protetor
"São necessários 40 ml para uma pessoa de 70 kg a cada aplicação", diz. Assim, quem passar seis horas no sol deverá aplicar o protetor três vezes e gastará um tubo inteiro, já que a maioria costuma ter 120 ml. A explicação para tão pouco uso passa por questões financeiras, já que o preço dos produtos é considerado alto pelos consumidores, e chega à consistência dos cremes.

Câncer
O Instituto Nacional do Câncer calcula que 121 mil novos casos da doença surgem por ano e só 30% dos brasileiros usam protetor, diz a Sociedade Brasileira de Dermatologia.

No Brasil, não há ainda legislação para proteção UVA
A legislação brasileira não obriga os protetores solares a agirem contra os raios UVA (ultravioleta, fotoenvelhecimento celular). Quando o rótulo de um produto informa FPS 20 ou 30, por exemplo, ele está se referindo só à proteção contra os raios UVB ( ultravioleta, que causam queimaduras) , que são mais nocivos para a saúde. "O problema é que os raios UVA também são danosos e predispõem a pele ao surgimento do câncer", afirma Maurício Pupo, professor de pós-graduação de cosmetologia.

Segundo ele, muitos produtos informam que protegem contra os raios UVA, mas não dizem a quantidade da proteção. "Como a substância é cara, os fabricantes colocam o mínimo", diz. "Na Europa, por exemplo, a proteção UVA deve ser um terço da proteção UVB."

Padronização
Segundo informações da Anvisa, a agência ainda não exige essa ação porque não há uma padronização dos métodos sobre os testes para a comprovar a proteção UVA. Ainda está em discussão qual o mais efetivo. Mas só é permitido a divulgação da proteção UVA no rótulo se o fabricante comprovar que seu produto possui essa ação."

Fonte: Folha de São Paulo - 06 de outubro de 2007

Comentário:
Nos últimos, houve um aumento de 55% no número de benefícios concedidos por incapacidade provocada por esse tipo de câncer.
■ Em 2000, ocorreram 1.438 afastamentos por câncer da pele.
■ Em 2004, esse número saltou para 2.282, segundo dados do Ministério da Previdência Social. Ainda não foram compilados dados sobre o tipo de profissão com mais incidência do câncer ou o perfil dos trabalhadores doentes.
O câncer de pele é o que mais ocorre no País e vem crescendo à taxa de 8% ao ano. Cerca de 80% de rugas e manchas da pele são provocadas pelo sol e 70% dos brasileiros ainda não usam o filtro protetor solar.

Embora seja o tipo de tumor mais freqüente no país, responde por 25% de todos os casos, não há normas no Brasil que obriguem os empregadores a fornecer o filtro solar ou roupas que protejam os trabalhadores da radiação ultravioleta do sol.
Os agricultores, por trabalharem ao sol, são os mais prejudicados. Também estão expostos: os pescadores, os pecuaristas, os que trabalham com reflorestamento e outros.

Como fazer para evitar o câncer da pele?
A exposição prolongada e repetida da pele ao sol causa o envelhecimento cutâneo além de predispor a pele ao surgimento do câncer. Tomando-se certos cuidados, os efeitos danosos do sol podem ser atenuados. Aprenda a seguir como proteger sua pele da radiação solar.
■ use sempre um filtro solar com fator de proteção solar (FPS) igual ou superior a 15, aplicando-o generosamente pelo menos 20 minutos antes de se expor ao sol e sempre reaplicando-o após mergulhar ou transpiração excessiva.
■ use chapéus e barracas grossas, que bloqueiem ao máximo a passagem do sol. Mesmo assim use o filtro solar, pois parte da radiação ultravioleta reflete-se na areia atingindo a sua pele.
■ evite o sol no período entre 10 e 15 horas.
■ a grande maioria dos cânceres de pele localizam-se na face, proteja-a sempre. Não esqueça de proteger os lábios e orelhas, locais comumente afetados pela doença.
■ procure um dermatologista se existem manchas na sua pele que estão se modificando, formam "cascas" na superfície, sangram com facilidade, feridas que não cicatrizam ou lesões de crescimento progressivo.
■ faça uma visita anual ao dermatologista para avaliação de sua pele e tratamento de eventuais lesões pré-cancerosas. (Fonte: Dermatolgia.net)

posted by ACCA@9:04 PM

0 comments

sexta-feira, outubro 12, 2007

Centenas de crianças morrem por acidentes em São Paulo

Pesquisa realizada pelo Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em 10.351 casos de morte e outros 184.240 prontuários de internações de crianças ocorridos em 2005 mostrou os seguintes dados;
■ pelo menos 760 crianças de um a 14 anos morrem por ano no Estado de São Paulo vítimas de acidentes dentro de casa e na rua.
■ do total, 40% seriam mortes evitáveis, ou seja, ocorrem por distração dos pais ou da empregada, que cuida da criança.
■ quedas, queimaduras e intoxicações acidentais também são as maiores causas de internações entre jovens de 10 a 14 anos, com cerca de 38% dos atendimentos nos hospitais públicos paulistas.

"A pesquisa diz respeito aos óbitos em casa ou em ambientes como clubes e escolas, em que a criança está sob guarda de adultos", explica Ricardo Tardelli, diretor estadual de Saúde.

O levantamento também mostra que as causas de morte variam conforme a faixa etária:
■ entre bebês menores de um ano, a sufocação acidental (na maioria das vezes, regurgitação do leite) é a causa de morte mais freqüente e vitima 115 deles por ano.
■ de um a quatro anos, os afogamentos lideram: matam 61 crianças.
■ dos cinco ao nove anos, os atropelamentos são os principais vilões, matando 67 crianças.
■ os afogamentos voltam a ser a maior causa de morte entre as crianças de 10 a 14 anos: vitimam 115 delas por ano.

Por acidentes
■ o acidente que provoca mais mortes é o afogamento, que responde por 27,6% delas.
■ depois dos afogamentos, atropelamentos (25,7%) e outros acidentes de transportes (18,5%) foram os que mais causaram mortes.
■ entre as internações, as quedas foram apontadas como causa em 74,6% dos casos. "A criança pode ter desde traumatismo craniano até fratura de membros e rupturas de órgãos internos", aponta Tardelli.
■ atropelamentos (8,4%), que também registraram grande participação entre as mortes,
■ e queimaduras (5,7%) vêm listadas em seguida como causas mais freqüentes de internação de crianças entre 1 e 14 anos.

Mortes evitáveis
Para Ricardo Tardelli, diretor estadual de saúde, os dados causaram uma "triste surpresa". "É difícil imaginar que 300 crianças morram de causas evitáveis e que medidas simples poderiam coibir essas mortes”.

Campanha de prevenção de acidentes
Segundo ele, a partir desse levantamento, a secretaria pretende monitorar ano a ano a ocorrência desses acidentes e adotar políticas específicas de redução, como campanhas focadas em prevenção.
O diretor estadual de Saúde ressalta que os acidentes domésticos podem ser evitados com cuidados simples. Os pais precisam tentar se antecipar aos possíveis riscos e, ao mesmo tempo, não cercear em demasia os movimentos dos pequenos.
"O principal é ter atenção. A pessoa tem que entender onde estão as coisas perigosas e tentar se antecipar. Mas deve-se ficar atento porque esses acidentes são evitáveis. E tudo aquilo que é evitável e acontece gera ainda mais tristeza", diz.

Medidas simples para eliminar riscos presentes
■ Para evitar as quedas, por exemplo, que são responsáveis por 74,6% das internações infantis, a Secretaria de Estado da Saúde recomenda; aos pais que recolham brinquedos e outros objetos do chão, enxugar imediatamente piso molhado, coloquem portões de segurança nas escadas no caso de terem crianças pequenas em casa.
■ instalem dispositivos de segurança nas janelas e nunca deixar berço ou móveis perto delas.
■ para evitar queimaduras, as crianças não devem ter acesso a eletrodomésticos, fósforos ou isqueiros.
■ as intoxicações podem ser evitadas deixando-se medicamentos fora do alcance das crianças.
■ substâncias tóxicas devem ser mantidas em suas embalagens originais, para impedir que sejam confundidas com outras.

Outro estudo
Um outro estudo feito há três anos pela ONG Criança Segura e pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) em 23 escolas públicas e privadas de São Paulo mostrou;
■ que 78% de 2.269 crianças vítimas de acidentes se machucaram com adultos por perto.
■ a maioria das crianças avaliadas (55,3%) se machucou em casa.
■ outros 30%, na rua.
■ a escola foi palco de 9% dos casos.

Fonte:Folha de São Paulo e G1 - 30 de agosto de 2007

Comentário:
Dados de acidentes de crianças no Brasil, pesquisa realizada pela ONG Criança Segura

No ano de 2005, 5.842 crianças morreram vítimas de acidentes. Do total dessas mortes, 40% são crianças que morreram entre 0 e 14 anos vítimas de acidentes de trânsito, e em seguida estão as vítimas fatais de afogamento, com 26%.

Sobre hospitalizações, entre 0 e 14 anos, as quedas correspondem a 55% do total. Um outro dado surpreendente é a diferença entre os sexos, tanto nas internações quanto em mortalidade. São 3.766 meninos que morreram em acidentes contra 2.041 de meninas. Nas hospitalizações são 95.233 e 43.370 respectivamente.

A pesquisa ainda mostra que para cada faixa etária, prevalecem determinados tipos de acidentes, tanto para mortalidade como para as hospitalizações;
■ entre crianças de 10 a 14 anos, o afogamento fez em 2005, 601 vítimas fatais e
■ entre as crianças menores de 1 ano, a sufocação foi responsável por 586 vítimas.
■ nas hospitalizações, as quedas prevalecem como primeira causa em todas as faixas etárias,
sendo que em seguida, entre crianças de 5 a 9 anos, são os atropelamentos que levam aos hospitais.

A conclusão da pesquisa no âmbito nacional é semelhante aos resultados obtidos na pesquisa realizada no Estado de São Paulo.

posted by ACCA@6:58 PM

0 comments

quinta-feira, outubro 11, 2007

Raio provoca incêndio em tanques de usina de álcool

Um raio caiu por volta das 10h de sexta-feira, 28 de setembro de 2007, na Usina Ponte Preta (Comanche), localizada no município de Canitar, região oeste de São Paulo, a 356 quilômetros da capital, decorrente de uma forte chuva que desabou na região e atingiu três reservatórios de álcool com capacidade para 8.700 milhões de litros.

Descarga elétrica
A descarga elétrica atingiu um reservatório de 3 milhões de litros que entrou em combustão. Um funcionário disse que a tampa do tanque "voou" cerca de 5 metros de altura quando ocorreu a primeira explosão. Após o segundo estrondo, o fogo passou para outros dois tanques.

Chovia muito na região
Um funcionário da destilaria contou que havia pessoal da manutenção na usina no momento em que chovia e vários raios caíram. No desespero, os funcionários se refugiaram embaixo de árvores e foram orientados a ficar em local descampado e menos perigoso.

Combate ao fogo
As chamas chegaram a mais de 30 metros de altura e os bombeiros combateram o fogo resfriando os tanques para evitar novas explosões. Utilizaram espuma especial para álcool para abafamento do fogo e água para resfriamento

Corpo de Bombeiros
No total, 20 viaturas e 96 pessoas, entre bombeiros, policiais militares, integrantes de brigadas de incêndios de usinas da região e voluntários, foram mobilizadas para combater o fogo.
Outras usinas e empresas da região ajudaram com caminhões-pipa para transportar água até o local.

Controle do incêndio
Depois de 15 horas, quando todo o combustível armazenado foi queimado, bombeiros e voluntários conseguiram controlar por volta das 4 horas da madrugada de sábado, 29 de setembro, as chamas que atingiam os três reservatórios de álcool da usina.

Vítimas
Cerca de 11 pessoas ficaram feridas e uma vítima fatal desaparecida, sendo que duas ficaram gravemente feridas e foram transferidas para a Unidade de Queimados da Santa Casa de Marilia; os demais foram atendidos na Santa Casa de Ourinhos e algumas permaneceram internadas e outras foram liberadas.

Vítima fatal
Os bombeiros encontraram, às 19h15 de sexta-feira, 28 de setembro, o corpo do trabalhador Luciandre Pavor. O motorista estava desaparecido desde o início do incêndio. O corpo estava num caminhão que também pegou fogo. Ele estava fazendo o abastecimento do caminhão com álcool para ser levado para a distribuição, próximo a um dos tanques de combustível que explodiu.

Danos materiais
O fogo consumiu, 8 milhões de litros de álcool armazenado, três prédios administrativos e veículos que estavam estacionados no local.

Fontes: Diário da Divisa – Ourinhos, Globo Online, Jornal da Cidade - Bauru, Estadão, no período de 28 a 29 de setembro de 2007

Histórico de acidentes com raio

1 – Usina Carolo - Em 2 de outubro de 2001, um tanque com mais de 450 mil litros de álcool anidro da Usina Carolo, de Pontal, na região de Ribeirão Preto, explodiu. O incidente foi causado por um raio, que atingiu o tanque e explodiu por volta das 9h30. As chamas duraram por 21 horas, enquanto o álcool era consumido.
Vítimas - Morreram, dois funcionários da empresa SGS do Brasil Ltda., de São Paulo, que fazia medição de um tanque, quando a vareta de medição foi atingida pelo raio. Os dois corpos foram arremessados a uma distância de dez metros.

2 - Destilaria Pitangueiras - Em 14 de novembro de 1992 um incêndio provocado por um raio destruiu, um tanque de álcool da Destilaria Pitangueiras, em Pitangueiras, na região de Ribeirão Preto, com 4 milhões de litros de combustível. O fogo começou por volta das 21h, quando caía um temporal e um raio atingiu um dos oito reservatórios da destilaria.
Prejuízo estimado: US $ 900.000,00

3 – Usina Zanin – Em 12 de dezembro de 1989, incêndio provocado por um raio, às 22h 30min.
Os bombeiros resfriavam ininterrupta­mente os tanques de álcool próximos ao incendiado.
Corpo de Bombeiros : 30 caminhões tanques, 50 bombeiros do Corpo de Bombeiros de Araraquara, Ribeirão Preto e auxiliados por usineiros da região e técnicos da Copersucar.
Abastecimento: falta de água para os caminhões
Estimativa dos prejuízos: US $ 1.321.000,00

Comentário
Em geral as usinas de álcool estão localizadas em regiões isoladas com pouca infraestrutura, tais como; acesso deficiente (estrada), distante de cidades com mais recursos em Corpo de Bombeiros e principalmente em abastecimento de água.
Em contrapartida a própria usina não procura minimizar essas deficiências na logística de segurança de combate contra incêndio, aumentando a sua capacidade de fornecimento de água através de piscinas ou lagos localizados em pontos estratégicos em relação a área de tancagem. A usina poderia ter uma instalação rede de hidrantes (semi-fixo), com distribuição de pontos de hidrantes e canhões monitores em pontos estratégicos na área de tancagem, com registros de recalque para utilização dos bombeiros e estoque de extrato de formador espuma para álcool .

Riscos de raio
Por trabalhar a céu aberto, o trabalhador de usina está mais sujeito aos raios do que os moradores das cidades que, por ocasião das tempestades, podem abrigar-se.
Nesse caso a usina poderia utilizar informações meteorológicas de entidades especializadas em climatologia ou meteorologia para verificar o comportamento do clima (chuva, tempestade, ect) na região e assim as mortes poderiam ser evitadas ou consultar um site especializado em climatologia sobre informações do tempo na região.
A incidência de descargas atmosféricas no país (o Brasil é o país com maior incidência no mundo: cerca de 100 milhões de raios por ano) mata centenas de pessoas por ano.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE (que estuda os raios através Grupo de Eletricidade Atmosférica - ELAT), o fenômeno causa prejuízos de US$ 200 milhões ao Brasil. Os raios afetam linhas de transmissão de energia, telefonia, indústrias; causa incêndios florestais e mata pessoas e animais.

posted by ACCA@4:36 PM

1 comments

terça-feira, outubro 09, 2007

Trabalhador da construção civil

Em 21 de Setembro de 2007, estava na zona oeste, como é natural em São Paulo, o trânsito parado e chamou-me atenção um prédio em construção, onde um trabalhador na laje de uma sacada, sem proteção nenhuma em EPI e a própria laje sem guarda corpo ou muretas. Estava lá de costas, numa laje de máximo de 1 m de largura, no sétimo andar do prédio.

Eu fiquei imaginando o que se passa na mente de um trabalhador, trabalhando pelo menos a 21 metros de altura sem proteção nenhuma, é um daqueles especialistas de salto em ponto fixo (base jump) com pára-quedas ou é um pássaro alado com proteção de um anjo da guarda? Ou ele gosta de praticar um esporte radical infringindo todas as normas de segurança? Mas uma coisa é real, a situação está como exatamente o diabo gosta para acontecer o acidente. Falta aquela mão invisível que empurra a falha para o acidente.

A letra da música do Chico Buarque exprime o que realmente acontece na construção com um trabalhador; tropeçou no céu como se fosse um bêbado e flutuou no ar como se fosse um pássaro e se acabou no chão feito um pacote flácido. Agonizou no meio do passeio público.

O fator humano é o maior problema de qualquer atividade.
Entre as falhas humanas, podemos classificar algumas principais;
■ Deficiência de julgamento, erro de avaliação do trabalhador, ele julga que poder efetuar um serviço, sem adotar medidas de segurança.
■ Supervisão, quando a equipe de segurança de trabalho não adota procedimentos adequados para efetuar o serviço.
■ Planejamento, quando as etapas das medidas de segurança são inadequadas ou deficientes
■ Aspectos psicológicos e indisciplina no trabalho, inclui deficiências de aplicação de comandos, de instrução e de coordenação das medidas de segurança. Às vezes o trabalhador está apenas preocupado na execução do serviço. ACCA

posted by ACCA@5:14 PM

0 comments

domingo, outubro 07, 2007

Queimadas; Rondônia respira apenas monóxido de carbono

Nos últimos dias, quem mora em Rondônia têm enfrentado um verdadeiro caldeirão insuportável por conta da intensa fumaça das queimadas e do calor tórrido. Na manhã de 23 de agosto de 2007, a visibilidade horizontal em muitas cidades chegou a menor cota desde 2002.
Foto – Cidade de Vilhena, visibilidade às 8 h da manhã
A quantidade de focos de queimadas registradas nesses 22 dias de agosto, não reflete apenas em vastas áreas verdes e intactas viradas à pó. A intensa bruma, aquele "nevoeiro" formado a partir da fumaça expelida nos focos de incêndio e que, em conjunto com a total falta de ventos fortes - que dispersariam um pouco o aglomerado na atmosfera - fecha agora o céu de norte a sul trazendo sérios riscos de acidentes e levando muita gente para hospitais.

Má visibilidade
Em 23 de agosto, quinta-feira, começou com muita fumaça em praticamente todo o território rondoniense. A cidade de Vilhena às 5 horas registrava no aeroporto Brigadeiro Camarão, apenas 500 metros de visibilidade horizontal. Pouco depois das 8 horas, a qualidade tinha melhorado estando com visibilidade em torno de 1600 metros, mas mesmo assim, considerada como muito baixa, principalmente, para a aviação.

Esse valor de apenas 500 metros de visibilidade horizontal na cidade de Vilhena - em nossos registros arquivados e os do aeroporto Brigadeiro Camarão - não era registrado desde setembro de 2002. Na ocasião, o ano foi um dos mais poluídos pela fumaça das queimadas em Rondônia, com registro de apenas 350 metros de visibilidade horizontal na Cidade Clima.

Na região central, o dia também começou com muita fumaça. Entre Cacoal, Ji-Paraná e Jaru, a visibilidade observada chegou a 800 metros logo nas primeiras horas do dia. Alguns trechos da rodovia BR-364 chegaram a ser interrompidos pela Policia Rodoviária Federal devido a total falta de visão conjugada com os focos de incêndios em suas margens.

Na capital Porto Velho, o aeroporto Governador Jorge Teixeira registrou às 8 horas, apenas 1200 metros de visibilidade horizontal e em Guajará-Mirim, também foi registrado um valor muito baixo, cerca de 2000 metros.

Focos de queimadas – falta de fiscalização
Somente nas últimas 24 horas, mais de 150 focos de queimadas foram detectados pelos satélites no Estado de Rondônia. A atual política de controle, fiscalização e prevenção já não têm mais valia nesse lugar. O interessante é que todos os anos as queimadas fogem de controle em Rondônia, mas na atual situação, o estado é de emergência, não só pela intensa bruma ou a quantidade de focos registrados, mas sim o local onde está pegando fogo.

Focos intensos foram detectados na Reserva Biológica do Guaporé, no município de São Francisco do Guaporé, na fronteira com a Bolívia, no Parque Nacional do Pacaás Novos, que fica no município de Guajará-Mirim e na Reserva Biológica do Jaru, em Ji-Paraná.

Todas as áreas são de preservação protegidas por leis federais, mas que na atual circunstância dos focos já registrados, em nada mais adianta se o governo está ou não atuante na fiscalização.

Fonte: Click Rondônia - 23 de agosto de 2007
Comentário:
Quanto maior a proximidade da queimada, geralmente é maior o seu efeito à saúde. Mas a direção e a intensidade das correntes aéreas têm muita influência sobre a dispersão dos poluentes atmosféricos e sobre as áreas afetadas pela pluma oriunda do fogo. Se os ventos predominantes dirigirem-se para áreas urbanas ou áreas densamente povoadas, um número maior de pessoas estarão sujeitas aos efeitos dos contaminantes aéreos.

Queimada é uma combustão incompleta ao ar livre, e depende do tipo de matéria vegetal que está sendo queimada, de sua densidade, umidade etc., além de condições ambientais, em especial a velocidade do vento.
Por ser uma combustão incompleta, as emissões resultantes constituem-se inicialmente em monóxido de carbono (CO) e matéria particulada (fuligem), além de cinza de granulometria variada. Resultam também dessa combustão compostos orgânicos simples e complexos representados pelos hidrocarbonetos (HC), entre outros compostos orgânicos voláteis e semivoláteis, como matéria orgânica policíclica – hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, dioxinas e furanos, compostos de grande interesse em termos de saúde pública, pelas características de alta toxicidade de vários deles.
Como nas queimadas a combustão se processa com a participação do ar atmosférico, há também emissões de óxidos de nitrogênio (NOx), em especial o óxido nítrico (NO) e o dióxido de nitrogênio (NO2), formados pelo processo térmico e pela oxidação do nitrogênio presente no vegetal.

Efeitos à saúde humana
A literatura especializada indica que os principais efeitos à saúde humana da poluição atmosférica são problemas oftálmicos, doenças dermatológicas, gastro-intestinais, cardiovasculares e pulmonares, além de alguns tipos de câncer. Efeitos sobre o sistema nervoso também podem ocorrer após exposição a altos níveis de monóxido de carbono no ar.

Meio ambiente
Além disso, efeitos indiretos podem ser apontados em decorrência de alterações climáticas provocadas pela poluição do ar. Um aumento na temperatura do ar tem impactos na distribuição da flora e da fauna e, conseqüentemente, influencia a distribuição de doenças transmitidas por vetores.
Fonte: Helena Ribeiro e João Vicente de Assunção

posted by ACCA@5:29 PM

0 comments

Pintor se intoxica e passa mal em caixa d'água


No início da tarde de terça-feira, 02 de outubro de 2007, um jovem de 18 anos, George Marcos dos Santos, pintava o interior da caixa d'água de um dos edifícios do condomínio foi intoxicado com a tinta e, não fosse a ajuda de um colega, poderia ter morrido.
O Corpo de Bombeiros foi chamado para salvamento no condomínio residencial da Zona Norte de Londrina.

Causa
De acordo com o soldado Guerreiro, dos bombeiros, George Marcos dos Santos pintava com tinta a óleo a parede interna da caixa de abastecimento de água de um dos prédios centrais do condomínio, quando avisou a um colega de trabalho que não se sentia bem. O outro pintor ainda teria tentado retirá-lo de dentro do compartimento, mas não conseguiu porque Santos já estaria bastante desorientado. ''Ele foi intoxicado com a própria tinta e quando o colega foi tentar alcançá-lo já não conseguiu porque ele estava com falta de oxigênio'', citou o socorrista.

Resgate
Equipado com uma máscara de oxigênio, o bombeiro desceu até onde estava o pintor e fez o primeiro atendimento para retirá-lo de dentro da caixa d’água, onde a temperatura também era bastante alta. ''Se ele estivesse sozinho poderia ter morrido intoxicado'', comentou o soldado, afirmando que pintor trabalhava apenas com um cinto de segurança e não dispunha de nenhum equipamento que impedisse a intoxicação. O pintor recebeu oxigênio numa viatura dos Bombeiros e foi liberado no local.

Equipamento de segurança
O operário, segundo os bombeiros, não usava todos os equipamentos de proteção individual (EPIs).

Empresa prestadora de serviço
Um funcionário da empreiteira contratada para realizar o serviço no condomínio disse que esta seria a primeira vez que Santos trabalhava na função.

Fonte: Folha de Londrina - 3 de outubro de 2007

Comentário:
Muito provável o trabalhador não recebeu o treinamento adequado conforme a norma que trata de Espaços Confinados.
Veja o cenário do incidente:
■ caixa d’água elevada, conforme foto;
■ temperatura elevada no interior da caixa d’água,
■ falta de ventilação adequada e emanações de vapores da aplicação da tinta à óleo.
E o trabalhador efetuando o serviço no local sem sistema de ventilação para renovação contínua do ar ou máscara autônoma de oxigênio ou equipamentos de linha de ar mandado. As condições estavam ótimas para o acidente, mas ele teve sorte, pois tinha um colega trabalhando por perto e chamou os bombeiros.

O que é Espaço Confinado
Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. De acordo com a definição da Norma Regulamentadora nº 33 (NR-33), que trata de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados.

Os problemas dos Espaços Confinados
■ Baixa ocorrência;
■ Acidentes Fatais;
■ Quase sempre fatais;
■ Diversidade de riscos envolvidos;

Os acidentes fatais ou não fatais envolvendo ambientes confinados revelaram dados alarmantes:
■ Em 100% dos casos o ambiente não foi analisado;
■ Em 95% dos casos não havia um plano de resgate;
■ Em 85% dos casos não havia programa de treinamento para a entrada em espaços confinados (permissão de acesso);
■ Em 65% dos casos os executantes não sabiam sequer de que se tratava de um espaço confinado;
■ Em 60% dos casos fatais, ocorreram mais de uma morte vitimando pessoas que tentavam resgatar colegas;

Principais riscos em espaços confinados;
■ Deficiência/enriquecimento de oxigênio
■ Incêndio ou explosão
■ Toxicidade e
■ Afogamento em líquidos ou partículas sólidas em suspensão (poeiras)

Nos USA a agência de segurança do trabalho possui um programa de segurança específica para empresas média e pequena, onde elas solicitam suas inscrições e recebem treinamento para implementação do programa de segurança. Nesse período a agência não aplica nenhum tipo de sanção. A agência procura disseminar a política de segurança através de palestras, treinamento, cooperação entre as entidades representativas, aqui no Brasil, a nossa mentalidade é inquisitorial, isto é, investigar o cumprimento das normas e punir. ACCA

posted by ACCA@2:06 AM

0 comments

quinta-feira, outubro 04, 2007

O mar mais sujo do mundo

Mediterrâneo tem a maior concentração de hidrocarbonetos e resíduos plásticos de todos os mares do planeta. A maior parte da poluição que chega às águas procede de atividades realizadas em terra

O mar Mediterrâneo é o mais poluído do mundo, segundo vários relatórios feitos por organizações ecológicas nos últimos anos. Em suas águas é tão fácil ver resíduos plásticos quanto restos de hidrocarbonetos, procedentes principalmente de terra firme. As associações ecológicas alertam para os prejuízos dessa poluição, que pode ter repercussões na saúde humana. As áreas do Mediterrâneo com mais resíduos coincidem com os grandes portos. É o que ocorre na Espanha, por exemplo, nos de Algeciras e Barcelona. As complexas soluções para esse problema dependem de responsabilidades dispersas entre os governos de vários países.

Sujeira na água
Quem se banhar hoje em dia numa praia mediterrânea tem grande probabilidade de encontrar lixo na água. Na realidade poderia haver 33 unidades de resíduos por metro quadrado de água. É a média da sujeira nas costas espanholas, segundo um relatório sobre o estado dos mares do mundo publicado pelo Greenpeace. Além disso, há outra contaminação que não se vê: até 10 gramas de hidrocarbonetos por litro, segundo um estudo da Oceana. O mar Mediterrâneo é o mais sujo do mundo.
Dejetos ilegais, descuidos humanos, causas naturais e transporte maciço de mercadorias fazem com que quase tudo o que é vivo no "Mare Nostrum" corra perigo de se contaminar ou mesmo de desaparecer.

A bordo do navio Rainbow Warrior, os ativistas da organização Greenpeace estão percorrendo há dois meses esse mar e denunciando os riscos que ele sofre. O responsável pela campanha de oceanos da organização ecológica, Sebastián Losada, explica que basta olhar enquanto se navega para ver lixo. E se a pessoa mergulhar até o fundo poderia contemplar a maior quantidade de resíduos por quilômetro quadrado nos leitos oceânicos de todo o planeta: 1.935.

Plásticos predominam
No último relatório do Greenpeace fala-se sobretudo nos danos causados pelos plásticos. Ele faz uma compilação bibliográfica de diversos estudos publicados nos últimos 15 anos. São heterogêneos e não é fácil tirar muitas conclusões. Mas uma está clara: o Mediterrâneo é o líder indiscutível em sujeira mundial.
Os plásticos são "o lixo mais comum e os responsáveis pela maior parte dos problemas que sofrem os animais e as aves marinhas", afirma o documento. Representam 75% dos resíduos nas praias. Não é difícil tropeçar com algum deles ao nadar, segundo se deduz dos dados apresentados pelo Greenpeace. Estes revelam que há 33,2 unidades flutuando por metro quadrado; desde as minúsculas até sacolas ou garrafas maiores. Em alto mar, os grandes restos de plástico são mais raros, mas podem chegar a 35 unidades por quilômetro quadrado. As zonas mais sujas são Espanha, Itália e França.

Resíduos líquidos industriais
Tão preocupantes quanto os resíduos sólidos são os líquidos. "Os dejetos rotineiros são muito mais perigosos que as grandes catástrofes", afirma o diretor de projetos de pesquisa da Oceana, Ricardo Aguilar. A cada ano são despejados ilegalmente no Mediterrâneo 400 mil toneladas de hidrocarbonetos, segundo os estudos da organização.

Portos contaminam o ambiente
As áreas mais contaminadas coincidem com os grandes portos. É o que ocorre na Espanha com os de Algeciras e Barcelona. Nos lugares mais críticos podem-se encontrar até 10 gramas dessas substâncias por litro de água. Segundo Aguilar, isso provoca o desaparecimento dos organismos delicados. Os mais resistentes são contaminados e podem ser muito prejudiciais ao ser humano. "Em algumas regiões dos EUA, as crianças e as mulheres grávidas estão sendo alertados para não consumirem determinadas espécies."

Poluição dos navios
Esse tipo de poluição tem várias explicações. No Mediterrâneo navegam 30% dos navios mercantis de todo o mundo e 20% dos petroleiros, o que representa 12 mil navios por ano. Deles vem parte da sujeira. Mas a UE afirma que a grande maioria (80%) procede de diversas atividades em terra firme.

Poluição de rios e sistema de drenagem pluvial
As fontes de poluição mais diretas são os rios e os sistemas de drenagem pluvial, que transportam o lixo das zonas urbanas do interior e o despejam no mar. Além disso, ao redor do Mediterrâneo vivem cerca de 150 milhões de pessoas e chegam por ano 200 milhões de visitantes. O turismo litorâneo e as águas residuais são outras duas grandes fontes de poluição.
As soluções para os problemas são tão variadas quanto difíceis de implementar. Sebastián Losada, do Greenpeace, diz que vão desde "uma diminuição do consumo até um trabalho educativo e pedagógico adequado".

Legislação e fiscalização
A reforma da legislação que afeta esse assunto é outra grande batalha das associações ecológicas. A Oceana fez pressão durante anos para conseguir que sejam considerados criminosos os derramamentos de combustíveis nos mares. Mas isso não basta. Na opinião de Aguilar é necessário reforçar as medidas de controle dos navios que transitam pelo mar.

O problema, na opinião de Joandomènec Ros, catedrático de ecologia na Universidade de Barcelona, é que "ninguém quer saber que o peixe e o marisco que comemos têm poluentes, que tudo o que usamos em terra termina no mar e que a solução não está no final do processo, mas no início".

Fonte: UOL Mídia Global - 25 de julho de 2007

posted by ACCA@12:54 AM

0 comments

terça-feira, outubro 02, 2007

Descarga elétrica mata cinegrafista

O acidente aconteceu na manhã sexta-feira, 28 de setembro, por volta das 6 h 30 min, quando a equipe da emissora aguardava para entrar ao vivo no programa "Vanguarda TV Bom Dia" em uma reportagem em frente ao Pronto-Socorro de Taubaté.
Foto: técnico analisa local onde cinegrafista morreu, por uma descarga elétrica segundos antes de entrar no ar
A equipe estava em frente ao pronto-socorro municipal e a reportagem seria feita com a médica Ana Cláudia Gonçalves Contreira, quando ocorreu a descarga elétrica de quase 7.000 volts. A médica prestou os primeiros atendimentos ao cinegrafista. O repórter Marcelo Hespana e o auxiliar técnico Felipe Bezerra também foram atingidos pelo choque.

Vítimas
"Todas as manobras de ressuscitação foram feitas, mas não deu tempo de salvar o cinegrafista Hélio Rodrigues Santos, da TV Vanguarda, Rodrigues", afirmou o diretor de saúde. O cinegrafista sofreu queimaduras no tórax e parada respiratória.
O repórter Marcelo Hespaña e o auxiliar-técnico Felipe Bezerra, que também estavam no local no momento do acidente, passam bem.

Causa provável
A UMJ (Unidade Móvel de Jornalismo) da emissora teria parado sob a rede elétrica e a antena de transmissão do carro teria ficado muito perto dos cabos de alta tensão.
A energia teria sido captada pela antena, passando pelo carro e cabeamentos até chegar à câmera operada por Rodrigues.
Para os peritos da polícia, fios de alta tensão da rede elétrica podem ter funcionado como um campo magnético, gerando uma descarga no satélite do link (equipamento que permite transmitir imagens ao vivo em reportagens). Os fios em postes da rua e a parábola da antena (que pode ter servido como fio terra da descarga) estariam a menos de 60cm de distância.

Fonte: Folha Online, Vale Paraibano e Tododia – 29 de setembro de 2007

Comentário:
Muito provável a descarga elétrica foi provocada por indução eletromagnética. A antena de transmissão da unidade móvel é direcional, concentrando-se ondas eletromagnéticas para transmissão e por descuido do operador aproximou-se dos cabos de alta tensão que também produz um campo eletromagnético, provocando a descarga elétrica.
As concessionárias recomendam verificar se não há situações perigosas por perto da fiação, tais como; encostar ou aproximar andaimes metálicos, escadas, barras de ferro ou outros objetos nos fios elétricos podem ser mortal.

posted by ACCA@9:19 PM

0 comments