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sexta-feira, janeiro 19, 2024

SENTADO OU DE PÉ? QUAL FORMA DE TRABALHAR É MELHOR PARA A SAÚDE

No dia a dia, muitos de nós passamos a maior parte do tempo sentados. Uma recente revisão
de pesquisas sobre o assunto reiterou o impacto negativo de passar longos períodos nessa 
posição.

Muitos locais de trabalho passaram a adotar mesas ajustáveis, que permitem sentar ou ficar em pé pressionando um botão ou alavanca, para evitar os efeitos nocivos de ficar sentado por muito tempo.

Mas é melhor ficar de pé e parado? Também há riscos de ficar parado nessa posição por muito tempo?

Abaixo, falamos sobre o que a pesquisa diz a respeito dos riscos de ficar em pé ou sentado demais e se realmente vale a pena investir — ou abandonar — uma mesa ajustável.

QUAIS OS RISCOS DE FICAR SENTADO POR MUITO TEMPO?

Pessoas que passam muito tempo sentadas têm maior risco de desenvolver doenças crônicas, como diabetes tipo 2, doenças cardíacas e alguns tipos de câncer, além de terem uma expectativa de vida mais curta.

Ficar sentado por muito tempo pode causar desconforto muscular e ósseo, especialmente no pescoço e nas costas.

Isto é ainda mais prejudicial à saúde em pessoas que praticam pouco exercício ou que não atingem os níveis recomendados de atividade física.

Ser fisicamente ativo é importante para neutralizar os riscos à saúde associados ao sedentarismo, mas pode não anular completamente os efeitos negativos de ficar sentado durante muitas horas do dia.

FICAR EM PÉ E PARADO

No entanto, ficar em pé e parado por muito tempo também pode ser prejudicial.

Longos períodos em pé pode piorar a saúde muscular e óssea, causar sintomas dos sistemas muscular e esquelético, como fadiga muscular, inchaço nas pernas, varizes, bem como dor e desconforto na região lombar e nas extremidades inferiores (quadris, joelhos, tornozelos e pés).

Estudos recentes recomendam limitar os períodos de pé a 40 minutos sem descanso.

Isso reduziria as chances de desenvolver dores musculares e articulares associadas à posição.

Essa estratégia se aplica principalmente às pessoas que já tiveram sintomas, mas também àquelas que nunca os tiveram.

Nem todas as pessoas que ficam em pé por longos períodos apresentarão sintomas musculoesqueléticos e haverá aqueles que serão mais resistentes aos efeitos de ficar em pé.

No entanto, mesmo que você faça uma pausa e tenha desenvolvido problemas relacionados, é provável que os sinta novamente quando se levantar.

Reduzir ou interromper o tempo sentado, ficando em pé ou em movimento, pode melhorar a circulação sanguínea, o metabolismo, a saúde cardíaca, a saúde mental e a expectativa de vida.

Estudos mostram que apenas deixar de ficar sentado por uma hora por dia leva ao emagrecimento da cintura e melhorias nos níveis de gordura e colesterol.

Os benefícios são ainda maiores quando a posição sentada é substituída por caminhadas ou atividades moderadas ou mais intensas.

Interromper períodos prolongados sentado com sessões de 2 minutos em pé a cada 20 minutos, ou 5 minutos a cada 30 minutos, pode melhorar os níveis de glicose, gordura e colesterol.

Outros estudos mostram que dividir os períodos de tempo com três minutos de caminhada rápida ou exercícios simples de resistência, como agachamentos a cada 30 minutos, também é eficaz.

Os governos e as instituições internacionais alertam para os riscos de ficar sentado por muito tempo.

MESAS AJUSTÁVEIS

Mesas ajustáveis ​​podem efetivamente reduzir o tempo que os trabalhadores passam sentados durante o dia.

Os usuários desses equipamentos ​​tendem a alternar entre as posições em pé e sentado, em vez de ficarem sentados por longos períodos.

No entanto, nem todos adquirem o novo hábito de trabalhar em pé. As mesas ajustáveis ​​por si só não são suficientes para mudar o comportamento.

Os trabalhadores e as empresas devem ter isto em mente ao formularem políticas de local de trabalho, ambientais e culturais, para garantir que as iniciativas de "sentar menos e se movimentar mais" sejam implementadas e mantidas.

Mesas ajustáveis ​​tendem a ocupar muito espaço e você pode obter melhores benefícios se movimentando

DEVO ABANDONAR MINHA MESA AJUSTÁVEL?

Se você é daqueles que já possui uma mesa ajustável, deve considerar vários fatores para continuar usando o equipamento ou não.

PENSE EM SEUS FATORES DE USO. VOCÊ USA SUA MESA PRINCIPALMENTE QUANDO ESTÁ EM PÉ OU SENTADO?

·    Tenha em mente o seu conforto. Ficar muito tempo em pé ou sentado causa algum tipo de desconforto ou cansaço? Nesse caso, pode ser necessário ajustar sua rotina de sentar e levantar ou incluir suportes adicionais, como um tapete para maior conforto ao ficar em pé ou um apoio para os pés ao se sentar, para evitar desconforto;

·    Verifique o quão ergonômica é sua mesa. Ela é adequada para trabalhar em pé e sentado? Uma secretária ergonomicamente adequada é essencial para que possa trabalhar com conforto e segurança, tanto no escritório como em casa;

·    Pense um pouco sobre suas necessidades de saúde. Interromper longos períodos sentado com períodos em pé pode aliviar o desconforto ou ajudar a melhorar sua saúde metabólica e cardíaca? Ficar em pé e se movimentar regularmente ao longo do dia proporcionará os mesmos benefícios, independentemente do tipo de mesa que você usar.

·    Se você já tiver uma doença ou sintomas musculoesqueléticos, procure orientação de um profissional de saúde ou pergunte ao seu empregador sobre como marcar uma consulta com um ergonomista. A orientação especializada pode ajudá-lo a tomar uma decisão sobre sua mesa.

Finalmente, considere os requisitos de custo e espaço para sua mesa ajustável. Se você não a usa muito na posição de pé, talvez ela esteja ocupando espaço e não dando retorno do investimento?

No final das contas, a decisão de manter ou descartar sua mesa ajustável dependerá do equilíbrio de todas essas considerações.

É importante que as empresas implementem planos que mantenham as pessoas ativas no escritório.

O MAIS IMPORTANTE É ESTAR ATIVO

Governos como o da Austrália ou agências de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomendam que os adultos limitem o número de horas que passam sentados.

Interromper e substituir o tempo sentado por atividades físicas de qualquer intensidade, mesmo leve, traz benefícios à saúde.

A OMS sugere ainda que os adultos "procurem fazer além dos níveis recomendados de atividade moderada a intensa" para reduzir os efeitos nocivos de ficar sentado.

Em outras palavras, ficar em pé, parado, não é suficiente para reduzir os danos de ficar sentado por muito tempo. Temos que nos sentar menos e nos movimentar mais. Fonte:  BBC Brasil – The Conversation 24.09.2023

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quinta-feira, setembro 29, 2022

CERCA DE 15% DOS TRABALHADORES NO MUNDO TÊM TRANSTORNOS MENTAIS

 A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que cerca de 15% dos trabalhadores adultos no mundo apresentam algum tipo de transtorno mental. A entidade, junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT), cobra ações concretas para abordar questões relacionadas à saúde mental e o mercado de trabalho.

A estimativa de ambas as organizações é que diagnósticos de depressão e ansiedade custam à economia global algo em torno de US$ 1 trilhão anualmente.

“Diretrizes globais da OMS sobre saúde mental no trabalho recomendam ações para enfrentar riscos como cargas de trabalho pesadas, comportamentos negativos e outros fatores que geram estresse no trabalho”, destacou a agência especializada em saúde.

Pela primeira vez, a OMS recomenda, por exemplo, treinamento gerencial para que se desenvolva a capacidade de prevenir ambientes de trabalho estressantes, além de habilitar gestores para responder a casos de trabalhadores com dificuldades no âmbito da saúde mental.

“O bullying e a violência psicológica [também conhecida como mobbing] são as principais queixas de assédio em local de trabalho com impacto negativo na saúde mental. Entretanto, discutir ou dar visibilidade à saúde mental permanece um tabu em ambientes de trabalho de todo o mundo”, alerta a instituição. Fonte: Agência Brasil – 28/09/2022

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sábado, abril 16, 2022

FERRERO FECHA FÁBRICA DE CHOCOLATE NA BÉLGICA APÓS SURTO DE SALMONELA

O Grupo Ferrero, dono da marca Kinder, ordenou na sexta-feira (8 de abril) a suspensão das atividades da fábrica de Arlon, na Bélgica, por precaução, após o surgimento de casos de salmonela entre crianças em vários países da Europa.

A informação foi confirmada pelos representantes da empresa, que será reaberta depois que receber autorização das autoridades sanitárias, com as quais colabora desde o início do caso.

No entanto, um comunicado da Agência Belga de Segurança Alimentar (Afsca) informa que a licença de produção da fábrica foi suspensa porque a Ferrero não forneceu informações suficientes para a investigação.

RECOLHIMENTO DOS PRODUTOS: A pouco mais de uma semana da Páscoa, a fabricante italiana teve que interromper temporariamente a produção de chocolates da marca Kinder em uma fábrica da Bélgica, devido a mais de 100 casos de salmonela em vários países da Europa.

A agência ordenou o recolhimento de todos os produtos da indústria, independentemente do lote e da data de fabricação. Entre eles estão os Kinder Surprise, Kinder Mini Eggs, Kinder Surprise Maxi e bombons que foram fabricados em Arlon.

A fábrica de Arlon só poderá reabrir quando todas as regras e requisitos de segurança alimentar forem atendidos, informou a Afsca.

O ministro da Agricultora belga, disse que a decisão foi tomada para "esclarecer a situação".

FALHA NA COMUNICAÇÃO: A Ferrero reconheceu "que houve ineficiências internas que criaram atrasos nos recalls e no compartilhamento de informações. Isso teve impacto na celeridade e eficácia das investigações".

Segundo a empresa italiana, no entanto, a decisão não afeta os "ovos de Páscoa Kinder GranSorpresa" disponíveis no mercado italiano, em todos os formatos e características, porque são produzidos diretamente na Itália", onde "não há ligação entre o consumo de produtos Kinder e casos confirmados de salmonela".

CAUSA: A Ferrero anunciou a salmonela havia sido detectada na fábrica em 15 de dezembro de 2021. Ela foi encontrada em uma peneira na saída de dois tanques de matéria-prima e os produtos feitos a partir deles foram retidos. O filtro foi substituído e os controles sobre o trabalho em andamento e os produtos acabados foram aumentados, disse a Ferrero.

OCORRÊNCIA DOS CASOS: No início da semana de abril, o surgimento de casos de salmonela entre crianças na Inglaterra e na Irlanda do Norte fez com que o Grupo Ferrero retirasse os ovinhos de chocolate das prateleiras dos mercados de diversos países.

Por precaução, a empresa chegou a fazer um recall dos produtos na Bélgica, Alemanha, Suécia e França. Na Itália, a retirada foi de alguns lotes do Kinder Schoko-Bons

A fábrica na Bélgica responde por cerca de 7% de todos os produtos da marca Kinder fabricados no mundo anualmente. Segundo a Ferrero, os produtos fabricados em Arlon não foram distribuídos no Brasil.

COMUNICADO DA EMPRESA: A Ferrero lamentou "profundamente o que aconteceu" e reforçou que "este evento toca o coração dos princípios" em que acredita e, portanto, tomará "todas as medidas necessárias para preservar a plena confiança" de seus consumidores.

"Pedimos sinceras desculpas a todos os nossos consumidores e parceiros de negócios e agradecemos às autoridades de segurança alimentar por seus valiosos conselhos", concluiu.

RECOLHIMENTO DOS PRODUTOS: O grupo italiano começou a recolher produtos infantis em vários países europeus. Lotes afetados foram distribuídos em países como França, Bélgica, Reino Unido, Alemanha, Suécia e Holanda. Os produtos infantis também foram recolhidos nos EUA, em Israel, na Austrália e na Argentina, como forma de precaução.

Esta semana, a agência de saúde da União Europeia informou que está investigando, em conjunto com a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar, dezenas de casos de salmonela relacionados ao consumo de chocolate em países da Europa. Posteriormente, os casos foram vinculados à fábrica de Arlon.

Segundo as autoridades, foram registrados ao menos 105 casos confirmados de salmonela e 29 casos suspeitos, a maioria deles em crianças com menos de dez anos.

NO BRASIL

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu em 14 de abril alerta, divulgado pela Rede Internacional de Autoridades de Segurança Alimentar (Infosan), sobre surto de Salmonella Typhimurium em chocolates da marca Kinder. De acordo com o aviso, o Brasil não está incluído na lista de países para os quais o produto foi distribuído.

Em nota, a agência informou na quinta-feira (14 de abril) que está monitorando as informações das autoridades na Europa sobre os casos de infecção pela Salmonella Typhimurium, associados ao consumo de chocolates da empresa Ferrero, fabricados na Bélgica e distribuídos para diferentes países.

“A Anvisa segue o monitoramento do caso junto à empresa e acompanha as informações veiculadas por outras autoridades internacionais”, destaca a nota.

MEDIDA PREVENTIVA: Como medida preventiva, a agência recomenda aos consumidores que tenham ou pretendam adquirir chocolates da marca Kinder, que verifiquem no rótulo os dados do fabricante do produto, especialmente de Arlon, na Belgium.

ANVISA PROÍBE IMPORTAÇÃO E VENDA DE CHOCOLATES KINDER DA BÉLGICA: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu, na noite de quinta-feira (14), resolução que proíbe a comercialização, distribuição, importação e uso de produtos da marca Kinder no Brasil. Segundo a agência, a medida vale para todos os produtos Ferreiro fabricados na Bélgica.

“Embora o Brasil não esteja entre os países de destino dos produtos, conforme noticiado pela Anvisa, a Agência considerou prudente publicar a medida preventiva com o objetivo de informar à sociedade e de evitar que o produto seja consumido ou trazido de fora do país por pessoas físicas ou importadoras”, informou a Anvisa no documento. Fontes: Deutsche Welle - 08/04/202; Agência Brasil - 14/04/2022; Agência Brasil – 15/04/2022

OBSERVAÇÃO:

A salmonela é provocada por bactérias e é a maior responsável por casos de intoxicação alimentar em todo o mundo.  A salmonelose é uma doença bacteriana que atinge o intestino e pode causar gastroenterite. Diarreia, cólicas estomacais e, às vezes, vômitos e febre estão entre os sintomas que se manifestam entre 12 e 72 horas após a ingestão de uma dose com alimento infectado por salmonela. Os sintomas geralmente duram de quatro a sete dias e a maioria das pessoas se recupera sem tratamento.

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segunda-feira, fevereiro 28, 2022

RELÓGIO BIOLÓGICO: SAIBA COMO CORAÇÃO PODE SER AFETADO POR TROCAS DO TURNO DE TRABALHO

Se você já trabalhou num emprego em que havia revezamento dos turnos, você sabe que os turnos noturnos podem deixá-lo tonto e letárgico. Mas você sabia que eles também podem ser prejudiciais ao seu coração?

Se você já trabalhou num emprego em que havia revezamento dos turnos, você sabe que os turnos noturnos podem deixá-lo tonto e letárgico. Mas você sabia que eles também podem ser prejudiciais ao seu coração?

Novos estudos mostram exatamente por que — e tem a ver com os "relógios biológicos" do cérebro e do coração.

BATIDAS REGULADAS: Uma pesquisa realizada pelo Laboratório de Biologia Molecular MRC, em Cambridge (Inglaterra), examinou o relógio biológico interno em cada célula do coração que altera o equilíbrio químico da célula ao longo do dia.

Seu corpo precisa que o coração trabalhe mais intensamente quando está ativo — e consegue isso fazendo com que o coração bata de forma mais acelerada.

"A forma como o coração bate é determinada por duas coisas: sinais vindos do cérebro e níveis de sódio e potássio dentro de cada célula do coração, o que provoca a batida", explicou à BBC John O'Neill, que liderou a pesquisa.

"Em pessoas saudáveis, esses relógios celulares estão sincronizados um com o outro", afirmou. O novo estudo, porém, identificou que, quando mudamos os turnos de trabalho, o cérebro adapta-se muito rapidamente, mas o relógio biológico que temos dentro de cada célula do coração fica para trás.

"Você tem alguns dias em que os sinais vindos do cérebro estão dessincronizados daquilo que o coração está esperando", acrescentou O'Neill. "E isso é o que acreditamos que deixe os trabalhadores que atuam em turnos variados mais vulneráveis quando estão trocando de horários de turnos."

Isso eleva o risco de vários problemas cardíacos, particularmente durante a transição entre turnos diurnos e noturnos, embora o turno de trabalho seja apenas um entre muitos fatores que podem causar problemas de coração, como idade, sexo, história familiar e dieta alimentar.


RISCOS À SAÚDE: "Há uma série de eventos cardíacos adversos", disse O'Neill. "Aquele mais assustador recebe o nome de 'morte cardíaca repentina', em que o coração simplesmente fica confuso e para de funcionar por um tempo. E, ao menos que você receba cuidado médico, isso pode provocar a morte."

A boa notícia é que esse cenário é muito raro. Estudos mostram que o trabalho em turnos, porém, aumenta o risco não apenas de problemas cardíacos, mas também transtornos digestivos, transtornos de humor e aumentos do risco de câncer em geral, em comparação com pessoas que trabalham apenas em turnos diurnos.

"A comparação que os epidemiologistas fazem é que uma perturbação do ritmo circadiano [variação nas funções biológicas] — por exemplo, se você fica trocando de turnos diurnos para noturnos — é o equivalente a fumar um pacote de cigarros por dia", diz O'Neill.

Esse risco foi reconhecido por alguns governos. Na Dinamarca, por exemplo, aqueles que trabalharam em turnos noturnos por mais de 20 anos e desenvolvem câncer têm direito a uma indenização.

Para que estejamos bem fisicamente e saudáveis, todos os nossos relógios biológicos precisam estar fortemente sincronizados um com o outro. Para fazer isso de forma eficaz, é melhor ter uma rotina diária que envolva dormir durante a noite e se alimentar e trabalhar durante o dia. Para milhões de trabalhadores, no entanto, essa opção não existe.

Entretanto, especialistas em sono dizem que podemos tomar várias medidas práticas para ajudar a minimizar o prejuízo causado pelos turnos noturnos.

COMO LIDAR?  "Como seres humanos, é fácil atrasarmos nossos relógios biológicos internos, assim como o relógio mestre no cérebro", diz Renata Riha, consultora em medicina respiratória e sono da Universidade de Edimburgo (Escócia).

Ela afirma que um cronograma de turnos deveria começar com turnos diurnos, aí passar para turnos terminando mais tarde, e finalmente, aos poucos, passar para turnos noturnos. Fazer turnos noturnos por um período mais longo, de pelo menos duas semanas, é preferível, por dar mais tempo para que seu corpo se ajuste.

"Leva cerca de uma semana para todos os relógios do corpo mudarem — o relógio mestre, que é responsável pela secreção de melatonina [o hormônio do sono], seguido pelos relógios em todos os outros órgãos do corpo", afirma Riha.

Ela também recomenda tirar uma curta soneca, de 20 a 30 minutos, durante um turno noturno.

Em média, um adulto precisa de sete a oito horas de sono por dia, mas nem todo tipo de sono é o mesmo. Dormir durante o dia pode, com frequência, ser um sono de mais baixa qualidade, privando o corpo de um descanso bastante necessário.

Riha diz que trabalhadores noturnos deveriam tentar dormir assim que chegam a suas casas. "Tente dormir num quarto quieto, frio e escuro. Você pode cobrir os olhos com uma máscara se você não tiver cortinas para bloquear a luz do dia. Você pode usar tampões no ouvido."

"Se seu quarto for quente, pense em formas de reduzir a temperatura, como usar um travesseiro frio ou um ventilador. Reduzir a temperatura faz seu corpo pensar que é hora de dormir."

ENGANANDO O CORPO: Exercício e uma dieta boa e equilibrada também podem ajudar, mas a chave é acertar o momento. Comer e se exercitar afetam os relógios diretamente por todo o corpo, por meio de mudanças no hormônio insulina e na temperatura do corpo, respectivamente.

Nós podemos enganar nossos corpos e fazer com que aceitem novos horários nos expondo à luz e tomando um "café da manhã" reforçado antes de começar seu turno noturno — e depois evitar comer e ficar exposto à luz durante o dia — sua nova "noite".

"Não existe comprimido que possamos tomar [ao menos por enquanto] que possa reiniciar do zero seu relógio biológico, mas se você está mudando de um turno diurno para um noturno, você apenas precisa mudar toda sua rotina durante o dia antes de começar o turno da noite — e manter-se nessa rotina alterada", diz O'Neill.

"Isso ajudará você a se adaptar mais rapidamente e evitar muitos efeitos indesejáveis."  Fonte: Serviço Mundial da BBC - 12 dezembro 2021

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terça-feira, janeiro 18, 2022

SÍNDROME DE BURNOUT É RECONHECIDA COMO FENÔMENO OCUPACIONAL PELA OMS

 A síndrome de Burnout passou a ser reconhecida como um fenômeno relacionado ao trabalho pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A assunção dessa condição passou a valer neste mês de janeiro, com a vigência da nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-11).

A síndrome é definida pela OMS como “resultante de um estresse crônico associado ao local de trabalho que não foi adequadamente administrado”.

Conforme a caracterização da entidade, há três dimensões que compõem a condição.

1.      A primeira delas é a sensação de exaustão ou falta de energia.

2.      A segunda são sentimentos de negativismo, cinismo ou distância em relação ao trabalho.

3.      A terceira é a sensação de ineficácia e falta de realização.

A OMS esclarece que a síndrome de Burnout se refere especificamente a um fenômeno diretamente vinculado às relações de trabalho e não pode ser aplicada em outras áreas ou contextos de vida dos indivíduos.

Segundo o advogado trabalhista Vinícius Cascone, no Brasil, o Ministério da Saúde reconhece desde 1999 a síndrome como condição relacionada ao trabalho.

RECONHECIMENTO DOS SINTOMAS: Caso um trabalhador reconheça os sintomas, deve buscar um médico para uma análise profissional. O médico avalia se o funcionário deve ou não ser afastado de suas funções. A empresa deve custear o pagamento caso o afastamento seja de até 15 dias.

Depois deste período, o empregado será submetido a uma perícia do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para que o órgão analise e, confirmando o diagnóstico, arque com o custeio do afastamento durante mais tempo. É preciso também abrir uma comunicação de acidente de trabalho.

Cascone explica que se o empregador não der o encaminhamento em caso de afastamento, o trabalhador pode buscar diretamente o INSS ou entrar com ação judicial caso ocorra uma negativa do órgão.

Para o psiquiatra e psicanalista João Salla diz perceber que medidas relativamente simples, como palestras, têm efeito positivo sobre os trabalhadores. Separar um momento para falar do assunto permite que aqueles que compartilham o mesmo ambiente de trabalho possam se identificar uns nos outros.

"O problema é que a pessoa não fala e o assunto costuma ser ignorado. Quando o funcionário é acometido pelo burnout, ele vai ser visto como um empregado ruim, mas ele é uma pessoa adoecida e é assim que ele tem que ser tratado."

Para João Marcio Souza, diretor-executivo da Talenses Executive, que trabalha com recrutamento e seleção de mão de obra, somente uma revisão mais profunda e, portanto, mais demorada, do modo como as empresas funcionam pode ter efeito sobre os casos de burnout.

"Antes de tudo é necessária uma mudança mais estrutural do capitalismo e da busca por lucro ou as pessoas continuam sofrendo diante do modelo de sucesso das organizações", diz.

"Estamos vivendo um excesso de presente, de realidade. As pessoas caem no estresse de correr atrás de metas, de crescimento. Já era um modelo agressivo e ainda vem uma pandemia", afirma o executivo.

Na avaliação de Souza, somente uma mudança de comportamento a partir do topo das empresas pode evitar que "se enxugue gelo". O psicanalista João Salla concorda: "a tônica de qualquer mudança [de políticas para um ambiente de trabalho mais humanizado] é que ela tem que ser de cima para baixo."

Com a nova classificação, o trabalhador que decidir buscar a Justiça do Trabalho em busca de reparação terá mais facilidade? Não necessariamente, segundo o advogado Matheus Cantarella Vieira, da área trabalhista do Mello e Torres Advogados, para quem o maior efeito da reclassificação é aumentar a atenção em relação à doença.

"De qualquer forma, na Justiça, como qualquer doença, é necessário demonstrar a culpa da empresa, que pode ser por não ter feito nada ou por ter feito algo específico", diz. "Nesse sentido, não ter metas abusivas, barrar jornadas longas, respeitar períodos de férias e permitir que a pessoa fique desconectada do trabalho são fatores de proteção."

Para o diretor-executivo da consultoria de marcas iN, Fábio Milnitzky, as organizações já sabiam da importância da saúde física como parte da própria produtividade de seus funcionários. "Agora é necessário que elas também compreendam a necessidade de se desenvolver um ambiente seguro, transparente, de escuta ativa, para que as trocas passem a fazer parte da natureza corporativa."

A nova CID em vigor desde o dia 1º também trouxe outras alterações, como a reorganização dos transtornos que fazem parte do espectro do autismo, e a reclassificação da transexualidade, que saiu dos distúrbios mentais, e agora está no índice de saúde sexual, sob o nome de "incongruência de gênero".

As empresas ou indivíduos interessados em levantar o potencial para o acometimento da síndrome de burnout podem usar adaptações da MBI (Maslach Burnout Inventory), uma escala criada pelo pesquisador que dá nome ao questionário.

É importante usar o teste apenas como uma referência, um parâmetro, o que não substitui uma avaliação médica ou psicológica. Ele não representa um diagnóstico, mas pode ajudar o trabalhador a refletir sobre o que está vivendo.

COMO USAR O QUESTIONÁRIO

Atribua uma pontuação de 0 a 5 para cada afirmação abaixo. Quando terminar, some os números.​​

Características psicofísicas em relação ao trabalho

1 Sinto-me esgotado(a) emocionalmente em relação ao meu trabalho

2 Sinto-me excessivamente exausto ao final da minha jornada de trabalho

3 Levanto-me cansado(a) e sem disposição para realizar o meu trabalho

3 Envolvo-me com facilidade nos problemas dos outros

4 Trato algumas pessoas como se fossem da minha família

5 Tenho que desprender grande esforço para realizar minhas tarefas laborais

6 Acredito que eu poderia fazer mais pelas pessoas assistidas por mim

7 Sinto que meu salário é desproporcional às funções que executo

8 Sinto que sou uma referência para as pessoas que lido diariamente

9 Sinto-me com pouca vitalidade, desanimado(a)

10 Não me sinto realizado(a) com o meu trabalho

11 Não sinto mais tanto amor pelo meu trabalho como antes

12 Não acredito mais naquilo que realizo profissionalmente

13 Sinto-me sem forças para conseguir algum resultado significante

14 Sinto que estou no emprego apenas por causa do salário

15 Tenho me sentido mais estressado(a) com as pessoas que atendo

16 Sinto-me responsável pelos problemas das pessoas que atendo

17 Sinto que as pessoas me culpam pelos seus problemas

18 Penso que não importa o que eu faça, nada vai mudar no meu trabalho

19 Sinto que não acredito mais na profissão que exerço

RESULTADOS:

De 0 a 20 pontos: nenhum indício de burnout

De 21 a 40 pontos: possibilidade de desenvolver burnout, procure trabalhar as recomendações de prevenção da síndrome.

De 41 a 60 pontos: fase inicial de burnout, procure ajuda profissional para debelar os sintomas e garantir, assim, a qualidade no seu desempenho profissional e a sua qualidade de vida.

De 61 a 80 pontos: burnout começa a se instalar. Procure ajuda profissional para prevenir o agravamento dos sintomas.

De 81 a 100 pontos: você pode estar em uma fase considerável de burnout, mas esse quadro é perfeitamente reversível. Procure o profissional competente de sua confiança e inicie o quanto antes o tratamento.  Fonte: questionário adaptado por Chafic Jbeili, a partir do Maslach Burnout Inventory

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou que o início da vigência da nova lista de doenças demandará atualização de normativos internos, o que ocorrerá “aos poucos”.

Conforme o órgão, o direito a benefícios associados ao afastamento temporário é garantindo a quem comprovar incapacidade de realizar o trabalho. Fonte: Agência Brasil - Brasília - Publicado em 16/01/2022 ; Folha  de São Paulo - 15.jan.2022

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sábado, setembro 18, 2021

CELULARES PODEM INTERFERIR COM MARCAPASSOS E DESFIBRILADORES IMPLANTADOS

 Aparelhos eletrônicos usados no nosso dia a dia - incluindo telefones celulares - podem produzir campos magnéticos fortes o suficiente para interferir com aparelhos médicos implantados, ainda que o efeito possa ser definido como "de baixo risco" se os pacientes tomarem os cuidados adequados.

Esta foi a conclusão de um painel de especialistas reunidos pelo órgão de saúde norte-americano, a FDA (Food and Drug Administration).

Os pesquisadores mediram as variações na intensidade dos campos magnéticos e elétricos em distâncias variadas a partir dos modelos mais recentes de telefones celulares e relógios inteligentes.

Com base nos resultados, a entidade sugere que esses aparelhos eletrônicos sejam mantidos a pelo menos 15 cm de distância dos dispositivos implantados.

RISCO DOS CELULARES PARA OS IMPLANTES: Marcapassos implantáveis e desfibriladores-cardioversores fornecem pulsos elétricos que fazem com que as câmaras do coração se contraiam e bombeiem o sangue a uma taxa apropriada, salvando a vida de pacientes que sofrem de distúrbios do ritmo cardíaco.

Esses aparelhos contam com um "modo de segurança", também chamado de "modo magnético", no qual seu funcionamento é suspenso quando o paciente precisa passar por algum exame ou procedimento que gera uma forte interferência eletromagnética, para evitar que o aparelho faça medições imprecisas da frequência cardíaca e acabe fornecendo pulsos elétricos inadequados em resposta.

Esse modo de segurança é ativado por um ímã com uma força de aproximadamente 9 Mt (megatonelada), cerca de 200 vezes mais forte do que a força do campo magnético da Terra.

O problema é que o modo de segurança também pode ser disparado inadvertidamente por qualquer campo magnético estático com que o paciente entre em contato e que atinja uma força superior a cerca de 1 Mt (megatonelada), o que significa que o paciente simplesmente não contará com o funcionamento do aparelho, voltando a correr risco de vida por sua condição cardíaca original, antes do implante.

É por isso que os aparelhos eletrônicos modernos, cada vez com maior potência, geram preocupação entre médicos e pacientes. Ímãs de terras raras, por exemplo, como os de neodímio, capazes de gerar campos muito fortes, estão presentes por todo canto, de fones de ouvido a fechaduras de portas e alto-falantes de celulares.

QUAIS OS RISCOS DA RADIAÇÃO DOS CELULARES E COMO SE PROTEGER? Celulares podem interferir com marcapassos e desfibriladores implantados

O campo magnético gerado pelo celular pode ser maior do que o usado para desligar os implantes.

MANTENHA CELULARES LONGE DOS IMPLANTES: A equipe avaliou a influência desses campos magnéticos colocando um iPhone 12 e um Apple Watch 6 a distâncias variáveis de um detector de campo magnético. Eles descobriram que, em proximidades de menos de 1 cm, o detector encontrou campos significativamente mais fortes do que 9 Mt (megatonelda)  - o que poderia facilmente acionar o modo de segurança inadvertidamente.

Essa força foi atenuada com o aumento da distância e caiu abaixo de 1Mt além de 2 cm.

A partir de seus resultados, os especialistas concluíram que esses aparelhos eletrônicos representam atualmente um risco baixo para pessoas com dispositivos médicos implantados, desde que os pacientes não os coloquem sobre o peito - no bolso da camisa, por exemplo.

Para o dia a dia, a recomendação final do painel de especialistas é que celulares e relógios inteligentes sejam mantidos a pelo menos 15 cm de distância de quaisquer dispositivos implantados. Fonte: Diário da Saúde-14/09/2021

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domingo, janeiro 03, 2021

MICROPLÁSTICO É ENCONTRADO NO TOPO DO MONTE EVEREST

 Pesquisadores descobriram a presença de microplásticos em amostras de neve recolhidas a mais de 8.000 metros de altitude no Monte Everest, revelou um estudo divulgado nesta sexta-feira (20/11). As partículas foram encontradas em 19 amostras coletas no alto da montanha, incluindo as recolhidas na região conhecida como "zona da morte" próxima ao topo.

As amostras revelaram quantidades substanciais de fibras de poliéster, acrílico, nylon e polipropileno – materiais muito utilizados em vestuário de exterior habitualmente usado pelos alpinistas, além de estarem presentes em tendas e cordas de escalada.

De acordo com os pesquisadores, os microplásticos, encontrados em amostras de neve recolhidas a 8.440 metros acima do nível do mar, podem ser fragmentos de artigos usados durante as expedições para alcançar o topo do Everest. No entanto, eles não descartam que esses poluentes tenham sido transportados de altitudes mais baixas pelos ventos fortes da região.

O estudo foi publicada na revista científica One Earth e liderado por pesquisadores da Universidade de Plymouth, em conjunto com outros cientistas do Reino Unido, Estados Unidos e Nepal. 

MICROPLÁSTICOS: "Os microplásticos são gerados por uma série de fontes e muitos aspetos da nossa vida cotidiana podem levar à entrada de microplásticos no ambiente. Nos últimos anos, temos encontrado microplásticos em amostras recolhidas em todo o planeta – desde o Ártico até aos nossos rios e mares profundos. Com isso em mente, encontrar microplásticos perto do topo Everest é um alerta oportuno de que precisamos fazer mais para proteger o nosso ambiente", afirmou Imogen Napper, autora principal do estudo.

As amostras foram recolhidas em abril e maio do ano passado no Everest e num riacho que passava pela montanha. As maiores quantidades de microplásticos foram encontradas nas amostras do Campo Base, de onde as expedições partem para o topo.

Diversos estudos já revelaram a presença de microplásticos em oceanos e rios, mas ainda há pouca pesquisa sobre a presença destes poluentes em geleiras.

"Não sabia o que esperar em termos de resultados, mas me surpreendeu realmente encontrar microplásticos em todas as amostras de neve que analisei. O Monte Everest é um lugar que sempre considerei remoto e primitivo. Saber que estamos poluindo perto do topo da montanha mais alta é um verdadeiro alerta", disse Napper.

Dos anos 1950 até hoje, também houve um aumento exponencial do uso de plástico no mundo, passando de 5 milhões de toneladas em 1950 para mais de 330 milhões de toneladas em 2020. Fonte: Deutsche Welle – 20.11.2020

CIENTISTAS ACHAM PELA PRIMEIRA VEZ PLÁSTICO EM ÓRGÃOS HUMANOS

Cientistas americanos detectaram pela primeira vez microplásticos e nanoplásticos em órgãos e tecidos humanos, de acordo com um estudo a se apresentado na segunda-feira (17/08) no congresso virtual de outono da Sociedade Americana de Química (ACS, na sigla em inglês).

Pesquisadores da Universidade do Arizona, nos EUA, encontraram o material em todas as 47 amostras de pulmões, fígado, fígado, baço e rins que examinaram. Eles consideram a descoberta preocupante, ainda que falte informação sobre os efeitos dessas partículas para a saúde humana.

Eles obtiveram as mostras de um banco de tecidos criado para estudar doenças neurodegenerativas. O método analítico que desenvolveram permitiu que eles identificassem dezenas de tipos de plástico nos tecidos humanos, incluindo policarbonato (PC), tereftalato de polietileno (PET), usado em garrafas plásticas, e polietileno (PE), usado para sacos plásticos.

Já o bisfenol A (BPA), o composto utilizado na fabricação de plástico e que ainda é usado em recipientes para alimentos, apesar das preocupações com os danos que causa à saúde, foi encontrado em todas as 47 amostras.

Pesquisas em animais têm associado a exposição a microplásticos e nanoplásticos a infertilidade, inflamações e câncer, mas os resultados para a saúde de pessoas ainda são pouco conhecidos.

A ACS lembra, num documento sobre a investigação, que a ingestão de partículas de plástico por animais e seres humanos tem consequências ainda desconhecidas para a saúde.

"Pode encontrar-se plástico contaminando o ambiente em praticamente todos os locais do globo, e em poucas décadas deixamos de ver o plástico como algo muito benéfico para o considerarmos uma ameaça", diz Charles Rolsky também autor do estudo.

PLÁSTICO NO CORPO HUMANO:  "Há provas de que o plástico está entrando no nosso corpo, mas muito poucos estudos o procuram nele. E neste momento não sabemos se este plástico é apenas um incômodo ou se representa um perigo para a saúde humana", adiantou o pesquisador. 

Vários estudos já mostraram como os microplásticos podem entrar na cadeia alimentar humana. No ano retrasado, uma pesquisa revelou que esse material foi encontrado em quase todas as marcas de água engarrafada. Também naquele mesmo ano, cientistas encontraram o material em fezes humanas.

"Nunca queremos ser alarmistas, mas é preocupante que estes materiais  não biodegradáveis presentes em todos os lugares possam entrar e acumular-se nos tecidos humanos, porque não conhecemos os possíveis efeitos sobre a saúde", adverte Varun Kelkar, outro autor do estudo.

"Assim que tivermos uma ideia melhor do que está nos tecidos, podemos realizar estudos epidemiológicos para avaliar os resultados de saúde humana", disse ele. "Dessa forma, podemos começar a entender os riscos potenciais à saúde, se existirem."

Os cientistas definem microplástico como um fragmento de plástico com menos de cinco milímetros de diâmetro. Os nanoplásticos são ainda menores, com diâmetros inferiores a 0,001 milímetro.

Estudos já mostraram que os plásticos podem passar através do trato intestinal dos humanos, mas os dois investigadores se debruçaram em descobrir se há partículas que se acumulam nos órgãos humanos.

Os investigadores acreditam que o estudo é o primeiro que examina a existência de partículas de plástico em órgãos de pessoas com um histórico conhecido de exposição ambiental.

Os doadores de tecidos forneceram informações detalhadas sobre o seu estilo de vida, dieta e exposições ocupacionais, o que pode ajudar a encontrar potenciais fontes e vias de exposição a micro e nanoplásticos, dizem os cientistas. Fonte: Deutsche Welle-17.08.2020

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quinta-feira, junho 25, 2020

JUIZ SUSPENDE ATIVIDADES DE FRIGORÍFICO QUE TEM 193 FUNCIONÁRIOS COM COVID

A Justiça do Trabalho do Paraná determinou  a suspensão de todas as atividades presenciais do frigorífico Avenorte Avícola, em Cianorte, por 14 dias.

SURTO DE CORONAVÍRUS
O juiz Rodrigo da Costa Clazer acatou uma ação movida pelo MPT (Ministério Público do Trabalho), que identificou um surto do novo coronavírus no local. Na decisão, o magistrado ressalta que o frigorífico tem 193 funcionários comprovadamente contaminados — "mais do que o montante do próprio município".
Na decisão, o juiz do Trabalho Rodrigo da Costa Clazer pontua que, em 22 dias, de 19 de maio a 9 de junho, 193 trabalhadores tiveram diagnóstico positivo para a Covid-19, “mais do que o próprio município”.
 “Se o número de contaminados está aumentando vertiginosamente somente entre os empregados da empresa, é porque o ambiente laboral está contribuindo decisivamente para a eclosão da doença. Por isso, ao que tudo indica, a doença se proliferou na empresa, causando um surto de COVID-19, de tal modo que, frise-se, não determinar a suspensão de todas as atividades é colocar em jogo, com risco real, o direito à saúde e vida de todos os empregados e terceirizados, que soma mais de 3.000 pessoas”, destaca em um trecho da decisão.

AFASTAMENTO DAS FUNÇOES
Também foi fixado que todos os trabalhadores com diagnóstico positivo para Covid-19, e aqueles funcionários que tiveram contato direto com o infectado, sejam afastados das funções para garantir o isolamento. A empresa deverá levar em consideração os funcionários que tenham tido contato com o infectado que trabalhem em um raio mínimo de 1,5 metro.

O QUE DIZ A EMPRESA?
A empresa Avenorte informou que está cumprindo todas as determinações dos órgãos competentes, relacionados ao combate à Covid-19, e tem adotado todos os cuidados necessários para manter a integridade e saúde dos colaboradores e terceirizados.
Conforme a empresa ainda, o frigorífico está manejando os meios judiciais disponíveis para evitar a paralisação das atividades.

MULTA
Caso o frigorífico continue funcionando, foi fixada uma multa diária de R$ 500 por trabalhador que comparecer ao trabalho. 

TESTES PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS
O juiz também determinou que todos os funcionários do frigorífico devem realizar testes para coronavírus seguindo as normas técnicas. Fonte: UOL e G1 - , em São Paulo-22/06/2020  

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terça-feira, junho 23, 2020

FECHADO MAIOR FRIGORÍFICO DA ALEMANHA DEVIDO A COVID-19

O frigorífico Tönnies, no estado alemão da Renânia do Norte-Vestfália, foi fechado por 14 dias, neste sábado (20/06), depois que 1.029 de seus empregados apresentaram resultado positivo nos exames de covid-19. No total, já se registraram 3.127 casos da doença no maior estabelecimento do gênero na Alemanha.
Na sexta-feira se decidira que todos os 6.500 empregados da fábrica em Rheda-Wiedenbrück deveriam entrar em quarentena, juntamente com seus corresidentes.
Segundo o conselheiro estadual do município de Gütersloh, Sven-Georg Adenauer, o Tönnies não foi capaz de fornecer os endereços de todos os seus empregados, e a confiança na firma é "igual a zero". O governador Armin Laschet declarou tratar-se do maior surto no estado, até agora, e não adotar exclui medidas de isolamento de âmbito regional.
Os casos de coronavírus em frigoríficos alemães vêm gerando debate tanto sobre as condições de trabalho nos estabelecimentos como sobre a qualidade da carne produzida. O governo alemão quer impor regras mais rígidas ao setor, sindicatos criticam a terceirização do abate pelas empresas. Fonte: Deutsche Welle-20.06.2020

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quarta-feira, junho 03, 2020

MPT: 1/3 DOS CASOS DE CORONAVÍRUS NO RS SÃO DE EMPREGADOS DE FRIGORÍFICOS

Os trabalhadores de frigoríficos correspondem a 34% do total de casos oficiais de coronavírus no Rio Grande do Sul. Ao todo, 3.201 funcionários de 24 unidades, localizadas em 18 municípios, testaram positivo para a doença, segundo levantamento do Ministério Público do Trabalho (MPT-RS). No estado foram registrados até ontem 9.332 casos oficiais e 224 mortes.
Segundo a procuradora do MPT Priscila Dibi Schvarcz, os 28 municípios do estado com maior índice de casos por 100 mil habitantes são sedes de frigoríficos ou abrigam moradia de trabalhadores do setor. Na lista constam 13 empresas, entre elas a BRF, dona da Sabia e da Perdigão, e JBS, da Friboi.

A BRF registrou casos positivos de coronavírus em funcionários nas cidades de Marau, Lajeado e Serafina Corrêa, de acordo com o MPT. A JBS tem casos da doença nas unidades de Passo Fundo, Três Passos, Seberi, Trindade do Sul, Caxias e Garibaldi.
A BRF afirmou que, desde o início da pandemia, adota uma série de práticas de proteção dos funcionários, incluindo a testagem nas unidades. A JBS disse que "adotou um rigoroso protocolo de prevenção, seguindo todas as recomendações dos órgãos de saúde e também do protocolo dos Ministérios da Saúde, Agricultura e Economia".

TESTAGEM EM MASSA NOS FRIGORÍFICOS
Entre os principais fatores que auxiliam a propagação do vírus nos frigoríficos, conforme a procuradora, estão a grande quantidade de trabalhadores em uma mesma área, o transporte dos trabalhadores e a falta ou pouca renovação do ar.
O MPT chegou ao total de 3.201 casos positivos de coronavírus após realizar uma testagem em massa nas unidades.
 Os dados diferem dos divulgados pelo governo estadual no último boletim da Secretaria Estadual da Saúde, na sexta-feira (26), no qual constam apenas informações de "surtos de síndrome gripal em empresas". No balanço do governo estadual, foram identificados 842 funcionários contaminados em 23 frigoríficos de 17 municípios.

ATÉ 500 CONTAMINADOS POR UNIDADE
A procuradora afirmou que o MPT encontrou até 500 trabalhadores contaminados por unidade. "Nós temos muitos trabalhadores assintomáticos [que não apresentam sintomas]. Então não sei qual o delay [atraso] dessa informação, porque o boletim [epidemiológico do governo do Estado] é muito diferente do que acontece na prática", disse.

PRISCILA DEFENDEU;
· Que as empresas implementem rotinas de testagem periódica,
·Rastreamento e de triagem dos trabalhadores com sintomas para que o número de casos de coronavírus seja reduzido.
· Além disso, enfatizou a importância de o sistema nacional de notificação de casos de coronavírus informar o local de trabalho dos contaminados.

"É inadmissível que esse sistema de notificação de casos de covid-19 não abra espaço para identificação do local de trabalho das pessoas, porque esse é um dado epidemiológico muito relevante. Não há como fazer epidemiologia sem saber onde a pessoa passa a maior parte do seu dia, que é no ambiente de trabalho", disse.

DONA DA SADIA DIZ QUE SEGUE PRÁTICAS DE PROTEÇÃO
Em nota, BRF informou que foi a primeira do setor a assinar voluntariamente um compromisso junto ao MPT, em nível nacional, que endossa práticas de proteção aos colaboradores que já vinha adotando.
"Desde o início da pandemia, a BRF vem implementando uma série de ações protetivas em todas as suas operações, contando com um Comitê Permanente de Acompanhamento Multidisciplinar, composto por executivos e especialistas, como o infectologista Esper Kallas, além da consultoria do Hospital Israelita Albert Einstein", disse a empresa.

ENTRE AS MEDIDAS PROTETIVAS, A COMPANHIA INFORMOU;
·Tem utilizado testagem em suas unidades,
·Uso obrigatório de máscaras e demais EPIs, recomendados para proteção contra a covid-19, distanciamento mínimo entre funcionários,
· Afastamento de colaboradores com sintomas gripais ou casos suspeitos,
·  Busca ativa de potencial contaminação,
·Reforço de higienização em diversas áreas e nos veículos de transporte, vacinação contra gripe e atendimento médico 24 horas, sete dias por semana.
· Além disso, quando surgem sintomas suspeitos, a empresa não espera a aplicação do teste rápido para fazer o RT-PCR [um tipo de teste], de forma a reduzir risco de contaminação.

DONA DA FRIBOI AFIRMA QUE SEGUE PROTOCOLO DE AUTORIDADES
Também em nota, a JBS informou que, desde o início da pandemia, "tem se pautado pelo absoluto foco na saúde, segurança e proteção dos seus mais de 130 mil colaboradores". A empresa disse que vem atuando em conjunto com as autoridades públicas no enfrentamento à covid-19 e que "adotou um rigoroso protocolo de prevenção seguindo todas as recomendações dos órgãos de saúde e também do protocolo dos Ministérios da Saúde, Agricultura e Economia".
A dona da Friboi informou ainda que conta com a consultoria clínica de especialistas do Hospital Albert Einstein e de médicos infectologistas que orientaram a empresa na definição das ações implantadas em suas unidades.

 ENTRE AS AÇÕES ADOTADAS ESTÃO;
O  afastamento de todos os colaboradores do grupo de risco e também os que tenham indicação médica,
· Monitoramento integral de 100% dos colaboradores,
·Medição de temperatura antes do acesso às unidade,
·Ampliação da frota de transporte e demarcação de assentos garantindo distanciamento seguro entre os passageiros, entre outros.

A JBS esclareceu ainda que, de acordo com esse protocolo, em caso de teste positivo de covid-19 em uma unidade, "cumpre com todas as medidas previstas, afastando os colaboradores conforme indicação médica e monitorando 100% da equipe da planta. Também é realizada a desinfecção adicional e geral da unidade". Fonte: UOL, em Porto Alegre-02/06/2020 

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domingo, maio 24, 2020

CORONAVÍRUS EM INSTALAÇÕES DE PROCESSAMENTO DE CARNE E AVES NOS EUA

Casos de COVID-19 entre trabalhadores dos EUA em 115 instalações de processamento de carne e aves foram registrados em 19 estados. Entre aproximadamente 130.000 trabalhadores dessas instalações, ocorreram 4.913 casos e 20 morte. 

OS FATORES QUE POTENCIALMENTE AFETAM O RISCO DE INFECÇÃO INCLUEM;
·    Dificuldades com o distanciamento físico;
·    Higiene no local de trabalho e
·    Condições de vida e transporte lotado.

QUAIS SÃO AS IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA DE SAÚDE PÚBLICA?
·    Melhorar as políticas de distanciamento físico,
·    Higiene das mãos,
·    Limpeza e desinfecção e  licença médica

·  informações  educacionais para os  trabalhadores podem ajudar a reduzir o COVID-19 nesses locais e preservar a função dessa indústria de infraestrutura crítica. Fonte: CDC- Centers for Disease Control and Prevention –  May 8, 2020  

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sexta-feira, maio 08, 2020

FRIGORÍFICOS NO SUL DO PAÍS TÊM SURTOS DE CORONAVÍRUS

A ação iniciou depois que a Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS) passou a receber notificações dos municípios que evidenciavam aumento de surtos da doença entre trabalhadores de indústrias de beneficiamento de carnes no estado, a partir do início de abril. Os focos de contaminação atingiram primeiro o frigorífico da JBS, em Passo Fundo, que tem em suas linhas de produção mais de 2,5 mil funcionários.

PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS
§falta de local de triagem adequado,
§aglomeração de funcionários durante a troca de turnos,
§não cumprimento do distanciamento seguro entre os funcionários, nas linhas de produção, refeitórios, pausas, refeitórios
§falta de comunicação de casos suspeitos para a vigilância epidemiológica e
§ausência de monitoramento dos funcionários

TRANSPORTES DE TRABALHADORES
Outra característica, é que os trabalhadores são transportados, em ônibus fornecido pela empresa, propício para disseminação para a Covid-19.
Assegurar que o transporte seja realizado com, no máximo, 50% da capacidade de passageiros sentados simultaneamente em ônibus fretados, garantindo-se que a circulação ocorra com janelas e/ou alçapão abertos e/ou quando equipado com ar condicionado que o sistema esteja no modo de recirculação de ar.

O Boletim epidemiológico publicado na quarta-feira (29 de abril) pela Secretaria Estadual da Saúde descreve a identificação de surtos de coronavírus em nove frigoríficos no Rio Grande do Sul. O documento tem um capítulo específico para o tema, detalhando a ocorrência de óbito de um trabalhador, acrescido de seis mortes secundárias, aquelas que acometem pessoas e familiares que tiveram contato com os contaminados, no caso, empregados de frigoríficos.
  
Frigorífico de Passo Fundo
2.410 trabalhadores expostos
284 sintomáticos de síndrome gripal
43 casos confirmados de covid-19
4 óbitos secundários
Frigorífico 2 de Garibaldi
1.127 trabalhadores expostos
52 sintomáticos de síndrome gripal
10 casos confirmados de covid-19

Frigorífico de Marau
3.000 trabalhadores expostos
18 sintomáticos de síndrome gripal
12 casos confirmados de covid-19
Frigorífico 1 de Lajeado
1.800 trabalhadores expostos
725 sintomáticos de síndrome gripal
35 casos confirmados de covid-19
Frigorífico 1 de Garibaldi
1.157 trabalhadores expostos
4 sintomáticos de síndrome gripal
3 casos confirmados de covid-19
1 óbito
Frigorífico 2 de Lajeado
2.347 trabalhadores expostos
466 sintomáticos de síndrome gripal
10 casos confirmados de covid-19
1 óbito secundário
Frigorífico de Carlos Barbosa
347 trabalhadores expostos
4 casos confirmados de covid-19

Frigorífico de Encantado
1.757 trabalhadores expostos
4 sintomáticos de síndrome gripal
4 casos confirmados de covid-19
Frigorífico de Tapejara
2.400 trabalhadores expostos
17 sintomáticos de síndrome gripal
3 casos confirmados de covid-19
1 óbito secundário
Total
16.345 trabalhadores expostos
1.570 sintomáticos de síndrome gripal
124 casos confirmados de covid-19
1 óbito
6 óbitos secundários

MEDIDAS PREVENTIVAS
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul prepara uma série de medidas preventivas para serem adotadas pela indústria após o surgimento de focos de contaminação em frigoríficos gaúchos. Segundo a pasta, o documento está sendo elaborado em parceria com o setor de proteína animal e deve ser divulgado nos próximos dias.  

Entre as recomendações previstas, estão:
§reforço na higiene dos ambientes,
§escalas entre funcionários,
§uso correto e distribuição de equipamentos de proteção individual (EPIs), e outras normas gerais e específicas para a produção industrial.

A chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, alertou que as medidas devem levar em conta que “esse vírus tem um alto poder de transmissibilidade. Cada pessoa infectada, se não for feito nada, pode contaminar cerca de 10 outras pessoas”. O documento será publicado nos próximos dias, contendo recomendações gerais para todas as indústrias no estado, independentemente da área e do porte. “Queremos que as empresas detectem previamente e nos notifiquem oportunamente quando surgir algum caso suspeito de coronavírus dentro do seu âmbito. Um caso em uma empresa tem potencial de transmissão para outros municípios e outras regiões”, explicou o coordenador do Centro de Operações de Emergência (COE) da vigilância estadual, Marcelo Vallandro.

MEDIDAS TOMADAS PELO ESTADO
Edição extra do Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul, publicado na quarta-feira (29 de abril ), trouxe a Portaria nº 283, da Secretaria da Saúde (SES), que determina a adoção de medidas de prevenção e controle da Covid-19 nas indústrias do Rio Grande do Sul.
As ações contidas no documento foram debatidas com Ministério Público do Trabalho e representantes do setor de carnes e derivados, um dos mais atingidos por surtos da doença, segundo a Secretaria.
O objetivo, de acordo com a secretária da Saúde, Arita Bergmann, é conter possíveis transmissões em espaços industriais em tempo oportuno e evitar que o coronavírus se espalhe nesses ambientes, onde geralmente muitas pessoas trabalham em locais fechados.

ADEQUAR AS NORMAS E PLANO DE CONTINGÊNCIA
Indústrias de qualquer área ou porte deverão se adequar às normas. Cada empresa deve criar seu próprio Plano de Contingência para prevenção, monitoramento e controle do coronavírus, que, de acordo com o texto, “contemple no mínimo adequação estrutural, fluxo e processo de trabalho, identificação de forma sistemática o monitoramento de saúde dos trabalhadores, podendo ser solicitado a qualquer tempo pelos órgãos de fiscalização”.

AÇÕES PREVISTAS NA PORTARIA:
§Distanciamento mínimo entre cada funcionário com recomendação de uso de barreiras físicas entre eles;
§Uso de equipamentos de proteção individual (EPIs);
§Escalas e turnos de trabalho para evitar aglomerações na entra e saída dos expedientes;
§Oportunizar trabalho remoto aos trabalhadores em grupos de risco;
§Realizar busca ativa diária de pessoas com sintomas compatíveis com Covid-19;
§Garantir o imediato afastamento dos trabalhadores com síndrome gripal e notificar esses casos imediatamente à Vigilância em Saúde do município;
§Adotar ações educativas de divulgação e informação sobre as medidas de prevenção à Covid‑19;
§Disponibilizar sabonete líquido, toalha de papel e álcool em gel 70% em diversos locais da empresa;
§Higienizar os ambientes e objetos com frequência;
§Garantir a renovação do ar nos diferentes ambientes da indústria.
O descumprimento das determinações da Portaria constitui infração sanitária, sujeitando o infrator a processo administrativo sanitário, sem prejuízo de outras sanções cabíveis
Fontes: Globo Rural - 29 ABR 2020, G1 RS -03/05/2020, GauchaZH RBS - 29/04/2020, Noticias Agricolas -30/04/2020 

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