Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

quinta-feira, dezembro 28, 2023

AS PIORES CATÁSTROFES DE 2023

Recordes de calor em varias partes do mundo, seca histórica na Amazônia , enchentes na Europa. O ano de 2023 registrou eventos climáticos de proporções inéditas.

SECA HISTÓRICA NA AMAZONIA

Nos últimos meses do ano, a maior floresta tropical do mundo enfrentou a pior seca já registrada. Alguns cientistas temem que o bioma possa estar se aproximando do chamado ponto de não retorno, quando a Amazônia não será mais capaz de gerar chuvas, o que daria inicio a um processo de savanização. A floresta também foi atingida por uma série de incêndios florestais

ENCHENTES NO SUL DO BRASIL

Em setembro, fortes enchentes atingiram a região sul do Brasil. A passagem de um ciclone extratropical causou a pior tragédia natural do estado do Rio  Grande do Sul, onde quase 90  municípios registraram danos. As fortes chuvas deixaram dezenas de mortes e milhares de desabrigados, além de estradas bloqueadas , isolando comunidades inteiras durante dias.

Fatalidades - 47 mortos

Feridos -924

Desabrigados-4.794

Desalojados - 20.490 

Estimativa de danos - 1,3 bilhão de reais

LITORAL NORTE – SÃO PAULO

São Sebastião: em fevereiro, um temporal devastou São Sebastião, causando deslizamentos e alagamentos na cidade.

Vítimas – 65

Desalojados – 228

Desabrigados- 338

SÃO PAULO:

Novembro começou com um vendaval que derrubou árvores, provocou mortes e deixou mais de dois milhões de pessoas sem energia no estado.

Um dos impactos provocados pelas tempestades foi o apagão que afetou cerca de 1,4 milhão de endereços na cidade de São Paulo e na Região Metropolitana, após a queda de centenas de árvores sobre as fiações, além da derrubada de postes, transformadores e do rompimento de fios elétricos  A falta de luz durou quase uma semana em alguns locais, causando prejuízos bilionários para o comércio, a indústria e os moradores, que tiveram alimentos e remédios estragados. Fonte:  Wikipédia

VERÃO  O MAIS QUENTE JÁ REGISTRADO NO HEMISFERIO NORTE

O verão de 2023 no Hemisfério Norte foi de longe o mais quente já registrado, segundo a Organização de Meteorológica Mundial (OMN) e o programa Copernicus. As altas temperaturas causaram secas, inundações e incêndios florestais. O período entre janeiro  e agosto deste ano foi o segundo mais quente da história da região, atrás apenas de 2016.

GRÉCIA: MAIOR INCÊNDIO FLORESTAL DA UNIÃO EUROPÉIA

A Grécia sentiu os efeitos da forte onda de calor no verão europeu, na metade do ano, e enfrentou os maiores incêndios florestais já registrados no continente. Milhares de pessoas tiveram de ser retiradas das ilhas turísticas como Rodes, Corfu e Evia.

O país chegou a registrar mais de 600 focos de incêndio simultâneos com temperaturas que se aproximava de 50º C.

Data - 17 de julho de 2023 - Agosto de 2023

Área queimada- 159 227 hectares

Fatalidades - 5

Feridos - 148

INCÊNDIOS DE COSTA A COSTA NO CANADÁ 

Na metade do ano, incêndios florestais no Canadá se espalharam de costa leste para  oeste, queimando quase o dobro da área do recorde anterior. Segundo a World Weather Attribution (WWA), as mudanças climáticas ajudaram a criar um clima seco  e entre 20% a 50% mais a a propenso a incêndios, mais do que dobrando a probabilidade de incêndios extemos no leste do Canadá.

Área queimada – 4.300.000 hectares

ENCHENTES DO SÉCULO NO NORTE DA ITÁLIA


Em maio , a região de Emília Romagna; no norte da Itália, três tempestades  provocaram deslizamentos de terra e inundações consideradas as piores em um século.

Segundo pesquisadores, um período específico de chuva de 21 dias, único em 200 anos e com apenas 0,5% de probabilidade de acontecer anualmente, poderia ter ocorrido com ou sem mudanças climáticas.

Fatalidades- 15 pessoas

Desabrigados – 15 mil pessoas

Prejuízos– 8 bilhões de euros


SECAS NA FRANÇA


No primeiro semestre de 2023, a França atravessou uma das piores secas dos últimos anos. As autoridades adotaram medidas de emergência para economizar água. A região mais afetada foi o sul do país, onde algumas cidades chegou a ser proibido lavar carros ou encher piscinas durante semanas. O tempo seco contribuiu para a propagação de incêndios florestais.

INUNDAÇÕES MATAM  MILHARES NA LÍBIA

A tempestade Daniel gerou inundações  que causaram o rompimento de duas barragens  e mataram milhares de pessoas na Líbia no início de setembro. A cidade de Derna foi quase totalmente destruída. Os esforços humanitários internacionais foram prejudicados pela divisão política da Líbia, em meio à guerra civil que assola o país.

Fatalidades – 4.300 pessoas

Desaparecidos – 8.500 pessoas

Desabrigados – 40.000 pessoas

RECORDES DE CALOR NO SUL DA ÁSIA

Países do sul asiático como; Índia, Vietnã, Laos, Bangladesh e Miamar superaram recordes de calor em 2023. A Tailândia registrou temperaturas de 45º C pela primeira vez na história. Cientistas atribuem o calor extremo na região às mudanças climáticas. Fonte: UOL, em São Paulo - 29/12/2023; DW - Natureza e Meio Ambiente Global - 26 de dezembro de 2023

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terça-feira, dezembro 26, 2023

INCÊNDIO DE GRANDES PROPORÇÕES ATINGE DEPÓSITO DE EMBALAGENS EM CANOAS

 O Corpo de Bombeiros atendeu, na quarta-feira (6/12), por volta de 14 horas. um incêndio de grandes proporções em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O fogo atingiu um depósito de embalagens do Centro de Distribuição da Indústria de Plásticos HERC, onde estavam armazenados materiais de plástico e papelão na Rua Aurora, no bairro Marechal Rondon.

CORPO DE BOMBEIROS

Combatem o fogo há cerca de duas horas, quatro guarnições compostas por quatro caminhões de combate a incêndio e mais de 30 bombeiros. Dois caminhões-pipa da Corsan foram encaminhados ao local para prestar apoio. Os hidrantes também foram utilizados.

INTERRUPÇÃO DO TRÂNSITO

O trânsito de pessoas e veículos na região foi bloqueado para não prejudicar o trabalho das equipes. O vento no local manteve as chamas ativas e espalhou a fumaça.

EVACUAÇÃO

Cerca de 35 funcionários que estavam no centro de distribuição quando o incêndio começou saíram, assim como pessoas que se encontravam em estabelecimentos próximos.  

VIZINHANÇA

O local fica próximo do Colégio Leonardo Da Vinci, que precisou ser evacuado por questões de segurança. A prefeitura informou que 372 alunos foram levados para uma praça, onde estão seguros. A direção da escola divulgou que "todos os alunos e colaboradores foram retirados do local e estão em segurança". A escola permanecerá fechada na quinta-feira (7), aguardando a liberação de autoridades, de acordo com a direção.

VÍTIMAS

Não houve feridos, de acordo com os Bombeiros.

CONTROLE DO INCÊNDIO

Durante a tarde, o incêndio foi controlado pelos bombeiros. Pelo menos 200 mil litros de água, foram utilizados no combate ao incêndio.

TRABALHO DE  RESCALDO

Já dura quase dois dias o trabalho de rescaldo do Corpo de Bombeiros. O local segue interditado, com focos de fumaça espalhados.

Na manhã de sexta-feira (8), já não havia mais fumaça aparente do lado de fora do prédio. Dentro do local, os bombeiros trabalhavam com mangueiras para resfriar os produtos inflamáveis que foram consumidos pelo fogo.

Ainda estamos resfriando com água, pois está muito quente pra entrar com máquinas. Por isso a demora em concluir o trabalho , afirma o Corpo de Bombeiros.

Ainda não há previsão para a conclusão dos trabalhos e liberação do local. A tendência é de que a ação continue ao longo da tarde de sexta‑feira.

PREJUÍZOS

Prejuízo estimado supera R$ 20 milhões.

Fontes: GZH - 08/12/2023; g1 RS e RBS TV - 06/12/2023;

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segunda-feira, dezembro 18, 2023

RISCO DE INCÊNDIO E ADAPTAÇÃO DE CARREGADORES EM PRÉDIOS RESIDENCIAIS SÃO DESAFIOS PARA CARROS ELÉTRICOS

Ocorrem, em média, 25,1 incêndios a cada 100 mil carros elétricos em circulação, segundo dados divulgados pelos EUA

Carregar 50 litros de gasolina de um lado para o outro não parece ser algo seguro, mas é isso que ocorre com milhões de carros pelo mundo todos os dias. Visto por esse lado, os carros elétricos parecem ser ainda mais amistosos. Mas não é bem assim.

Vídeos em que motonetas ardem em garagens e Teslas acidentados queimam como fogos de artifício revelam um novo problema: a dificuldade em se controlar o fogo nas baterias.

"É relativamente mais difícil controlar as chamas pela composição química presente nas baterias de íon-lítio. Quando pegam fogo, podem produzir labaredas altas e intensas, sem a possibilidade de apagar", diz o corpo docente da Flex Company Treinamentos, escola técnica que oferece capacitação para manutenção e manuseio de veículos híbridos e elétricos.

Pela complexidade do tema, a instituição optou por criar um comitê de professores para responder às perguntas enviadas pela reportagem. Os especialistas disseram ainda que há o risco de, mesmo após a energia ser cortada, o fogo continuar por mais um longo tempo.

"Existem substâncias nas baterias com compostos químicos como o próprio lítio, que é um metal reativo e pode ocasionar queimaduras graves; o fósforo, que também é um elemento inflamável e que pode alimentar as chamas; e o cobalto, que pode liberar gases tóxicos em caso de incêndio."

As probabilidades mostram que não é caso para pânico, mas, sim, para prevenção. Segundo dados divulgados em 2022 pelo NTSB (sigla em inglês para Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA), ocorrem, em média, 25,1 incêndios a cada 100 mil carros elétricos em circulação. O número sobe para 1.529 a cada 100 mil no caso dos carros com motor a combustão.

Se o pior acontecer, a situação é especialmente preocupante em garagens, como alerta o arquiteto Paulo de Tarso Souza, que tem mais de 20 anos de experiência com edificações.

"Se há um incêndio dentro do estacionamento subterrâneo de um prédio, não há veículo de socorro que seja capaz de entrar", afirma. "É necessário que façam normas para garantir alguma proteção, e o subsolo é sempre mais complicado."

"O que deve preocupar arquitetos, engenheiros e construtores é a nossa capacidade de prever, prevenir e proteger os imóveis das más empresas", diz Souza, referindo-se a possíveis problemas de instalações ou adaptações envolvendo pontos de recarga.

Com a futura massificação dos carros elétricos e híbridos com tecnologia plug-in (que também podem ser recarregados por meio de tomadas), pode ser necessário mexer na rede de energia de edifícios que não foram preparados para isso.

O engenheiro eletricista Victorio da Cruz Amaral, especializado em projetos para condomínios, afirma que a instalação de uma estação de recarga deve respeitar a norma NBR 17.019 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

"Seguindo as normas, o risco é minimizado ao menor fator possível. Todo veículo elétrico já vem com suas respectivas proteções, e a estação de recarga também tem componentes que protegem todo o sistema", diz o especialista. "O trabalho bem executado não gera risco."

Amaral explica que uma estação de recarga de 7 kW (quilowatts) –como as encontradas em alguns shoppings– absorve uma potência inferior à registrada em um chuveiro elétrico (7,5 kW). "Em um edifício antigo, ninguém se preocupa se todos os moradores instalarem um chuveiro elétrico extra em seus apartamentos."

O engenheiro diz ainda que os plugues devem utilizar a infraestrutura elétrica de maior potência disponível no condomínio. "Cálculos de demanda energética devem ser feitos tanto individualmente como coletivamente, com isso sempre pode ser encontrada a solução mais adequada e segura para cada condomínio."

Thiago Castilha, diretor da empresa de carregadores E-Wolf, também afirma que, se todas as normas forem seguidas, não haverá risco. Entretanto, diz que serviços fora de padrão trazem problemas sérios.

"Há empresas de instalação derivando circuitos para os carregadores, o que pode ser muito perigoso, pois a corrente de recarga de um veículo elétrico pode chegar a até 32A (amperes) e não se sabe como está o circuito embutido na parede, por exemplo. Está sobrecarregado? Está com pontos quentes? Há emendas?"

Davi Bertoncello, CEO da Tupinambá Energia, diz que é necessário utilizar dispositivos de proteção, como o que interrompe o fornecimento em caso de fuga de corrente elétrica. "Sua principal função é proteger as pessoas de choques que podem ser causados por equipamentos conectados à rede elétrica."

O executivo cita ainda o equipamento que protege o sistema caso ocorra um pico de luz.

"Entre os erros mais comuns já observados em instalações, há a exposição indevida a intempéries, a falta de dispositivos de proteção contra choques elétricos, o uso de cabos subdimensionados e os terminais elétricos mal apertados, que podem resultar em mau contato e sobreaquecimento", diz Bertoncello, que menciona ainda as responsabilidades do eletricista.

"O profissional responsável pela instalação deve fornecer uma ART [Anotação de Responsabilidade Técnica] que descreva o serviço técnico a ser realizado, garantindo a conformidade do projeto elétrico e a tranquilidade do consumidor."

O executivo afirma que uma alternativa é a implementação de estações de recarga compartilhadas no condomínio, onde os usuários realizam e pagam suas recargas por meio de um aplicativo específico.

A advogada Tatiana Dratovsky Sister, sócia da área de contratos comerciais do escritório BMA, diz que, quando se trata de uma demanda individual para a instalação de um ponto de recarga em uma vaga demarcada, geralmente é o proprietário quem deve arcar com os custos.

"Mesmo nessa situação, o morador deve obter autorização prévia e expressa do síndico e do conselho do condomínio ou da assembleia."

Em relação à legislação, Tatiana diz que, até o momento, não há uma lei nacional sobre pontos de carregamento de carros elétricos em condomínios.

"Na cidade de São Paulo, no entanto, já está em vigor a lei municipal nº 17.336/2020, que torna obrigatória a previsão de postos de carregamento em todos os condomínios novos desde o projeto da edificação", diz a advogada.

"A lei também prevê a individualização da medição do consumo dos pontos de carregamento de uso comum, mas não especifica como a cobrança deve ser feita."

Mesmo se todas as especificações técnicas forem seguidas, ainda haverá o risco de incêndio por problema no veículo. Nesta semana, a Jaguar divulgou o recall do elétrico i-Pace, que pode apresentar superaquecimento. A solução do problema está na atualização do software, serviço que leva cerca de uma hora para ser concluído, segundo a marca.

"Uma condição de sobrecarga térmica do veículo, com a presença de chamas ou fumaça, poderá, por sua vez, levar a um incêndio na bateria de alta tensão, podendo se propagar para todo o veículo. Isso poderá resultar em risco de lesões graves nos ocupantes do veículo e/ou terceiros", diz o comunicado divulgado pela empresa.

Em casos como esse, a responsabilidade é da fabricante.

"As montadoras têm a responsabilidade de fazer um carro elétrico seguro, que saia da fábrica sem esse tipo de risco", diz Klaus Mello, gerente de engenharia da Ford nos Estados Unidos. Ele trabalhou no desenvolvimento das versões elétricas da picape F-150 e do Mustang Mach-E.

"O que pode acontecer são coisas como o usuário fazer alguma alteração no veículo ou ocorrer um acidente que está fora dos cenários que analisamos, mas cabe às empresas apresentar soluções."

Victor Cruz, fundador e CEO da Vela Bikes, também aponta o mau uso como uma das causas de incêndios de bicicletas elétricas que, recentemente, causaram preocupação nos EUA.

"Acompanhamos de perto os incêndios lá fora, principalmente em Nova York. Sabemos que a maioria dos casos está relacionada a dois principais fatores: modelos de baixo custo com economia no sistema de gerenciamento da bateria e serviços de baixa qualidade na expectativa de recuperar a vida de baterias antigas."

Segundo Cruz, as baterias das bikes da Vela têm formato cilíndrico e podem ser retiradas. A recarga pode ser feita dentro do apartamento, mas é preciso ter alguns cuidados.

"Utilizar carregadores não originais, de especificação inadequada, pode sobrecarregar a bateria e superaquecer as células. Se esse superaquecimento não for controlado, pode ocasionar a perda completa da bateria ou até mesmo um incêndio", diz o CEO.

"Normalmente os cuidados devem estar mais na parte do carregador, do conector e da bateria em si, mas não existem muitos cuidados na parte da rede elétrica, pois o carregador tem consumo baixo, similar ao de uma fonte de notebook."

Para o arquiteto Paulo de Tarso Souza, se há a possibilidade de ocorrer um incêndio, há também a obrigação de criar um protocolo adequado para instalações em prédios, acompanhado de normas padronizadas para combater o fogo em carros elétricos. Fonte: Folha de São Paulo - 1º.dez.2023

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quarta-feira, dezembro 13, 2023

LESÕES PROVOCADAS POR RAIOS

Uma lesão provocada por um raio ocorre depois de uma breve exposição a uma corrente elétrica de grande intensidade de descarga.

1.   Cerca de 10% das pessoas que são atingidas por raios morrem, pois o coração para de bater e a respiração é interrompida.

2. Em algumas pessoas que sobrevivem a lesões graves provocadas por raios, é feito um eletrocardiograma para monitorar a frequência cardíaca e são necessários exames de sangue ou de diagnóstico por imagem.

3.   Assim que a pessoa for reanimada, as queimaduras e outras lesões são tratadas.

Um raio descarrega um impulso elétrico maciço numa fração de milissegundos. A corrente elétrica que atravessa o corpo gera calor, que queima e destrói os tecidos. As queimaduras podem afetar a pele e, às vezes, os tecidos internos. A breve duração da exposição, muitas vezes, limita o dano à camada exterior da pele. Além disso, um raio tem muito menos probabilidade de causar queimaduras internas do que lesões elétricas causadas por geração de eletricidade. No entanto, ele pode matar uma pessoa ao provocar um curto-circuito instantâneo do coração. Os raios também podem danificar o sistema nervoso, inclusive o cérebro, provocando convulsões, perda de consciência ou outras anormalidades.

Os raios são a segunda causa mais frequente de mortes relacionada a tempestades nos Estados Unidos, resultando em cerca de trinta mortes e várias centenas de lesões todos os anos. Algumas lesões resultam em incapacidade permanente.

Um raio tende a atingir objetos altos e isolados, como árvores, torres, abrigos, hastes de bandeira, arquibancadas de instalações desportivas e cercas. Num campo aberto, uma pessoa pode ser o objeto mais alto. Os objetos de metal e água não atraem raios, mas podem facilmente transmitir eletricidade quando são atingidos. A eletricidade proveniente de um raio pode se deslocar desde as linhas elétricas ou telefônicas externas até o equipamento elétrico ou as linhas de telefone no interior da casa.

UM RAIO PODE LESIONAR UMA PESSOA DE VÁRIAS FORMAS:

1.   O raio pode ferir a pessoa diretamente.

2.  A eletricidade de um raio pode atingir uma pessoa que está tocando ou perto de um objeto que tenha sido atingido.

3.   A corrente elétrica pode atingir uma pessoa através do solo.

4.   O choque pode arremessar uma pessoa, causando lesões por impacto.

SINTOMAS DE LESÕES POR RAIO

Depois que uma pessoa for atingida por um raio, o coração pode parar de bater (parada cardíaca) ou pode bater de forma anômala. Quando o coração para ou bate de forma anômala, muitas vezes a respiração para. O coração pode começar a bater de novo por si só, mas se a respiração não tiver reiniciado, o organismo fica sem oxigênio. A falta de oxigênio e, possivelmente, o dano causado no sistema nervoso podem fazer com que o coração deixe de bater novamente.

Uma lesão cerebral geralmente causa perda de consciência. Se o dano cerebral for grave, pode ocorrer coma. É normal que uma pessoa acorde, mas não se recorde do sucedido antes da lesão (amnésia). A pessoa pode ficar confusa, pensar lentamente e ter dificuldade para se concentrar e recordar os acontecimentos recentes. Podem ocorrer alterações de personalidade e elas podem ser permanentes.

É normal a perfuração dos tímpanos. Podem ocorrer muitas lesões oculares, inclusive cataratas. Muitas vezes, ambas as pernas ficam temporariamente paralisadas, azuis e dormentes (ceraunoparalisia). A pele pode não mostrar quaisquer marcas ou apresentar leves queimaduras, com um padrão emplumado e ramificado, as quais podem consistir em um acúmulo de minúsculas manchas puntiformes, como uma queimadura de cigarro, ou em estrias nas quais o suor se converteu em vapor. Pode haver o desenvolvimento de dormência, formigamento e fraqueza, pois os nervos que se ramificam da medula espinhal foram danificados (neuropatia periférica).

DIAGNÓSTICO DE LESÕES POR RAIO

As lesões provocadas por raios muitas vezes são testemunhadas, mas também pode haver suspeita de que ocorreram quando uma pessoa for encontrada inconsciente ou com amnésia ao ar livre durante ou mesmo após uma tempestade.

ELETROCARDIOGRAMA

No hospital, pode ser feito um eletrocardiograma (ECG) se a lesão for grave (por exemplo, se uma pessoa desmaiou e puder ter sofrido uma parada cardíaca temporária). O ECG, quando terminado, determina se o coração está batendo normalmente. Por vezes, análises de sangue ou exames de diagnóstico por imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou imagem por ressonância magnética (RM), são necessários.

PREVENÇÃO DE LESÕES POR RAIO

Durante a época de tempestades, é muito importante ouvir notícias sobre a meteorologia, sobretudo no caso de organizadores de atividades ao ar livre, pois pode ser útil para decidir o cancelamento de qualquer atividade ao ar livre e planejar a detecção de qualquer urgência que possa ocorrer.

LOCAL ABERTO

A presença de ventos intensos, chuva e nuvens pode indicar que a tempestade é iminente. Quando o trovão é ouvido, os observadores já estão em perigo e devem procurar um refúgio seguro, tal como um grande edifício habitável ou um veículo de metal completamente fechado (por exemplo, um automóvel, camionete ou caminhão) com os vidros fechados. Não é seguro um refúgio em locais abertos e pequenos. Não é seguro retomar as atividades ao ar livre até 30 minutos depois do último trovão ou de ter visto o último relâmpago.

LOCAL FECHADO

Para prevenir lesões provocadas por raios quando se está dentro de casa, deve-se evitar contato com encanamentos ou cabos elétricos ou usar qualquer dispositivo ligado a fios, incluindo telefone, computador, console de jogos de vídeo ou fones de ouvido ligados por cabo a um sistema de som. A segurança aumenta mantendo-se distância de janelas e portas e desligando todos os dispositivos das tomadas antes de a tempestade chegar. Telefones celulares, tablets, laptops e leitores de música são seguros quando usados apenas ​​com energia de baterias, pois elas não atraem raios.

PROGNÓSTICO DE LESÕES POR RAIO

Cerca de 10% das pessoas com lesões provocadas por raios morrem. A única causa de morte é parada cardíaca e respiratória no momento da lesão. As pessoas cujos batimentos cardíacos e a respiração retornam sobrevivem. Se a memória relativa a acontecimentos recentes estiver deteriorada ou se o pensamento for lento, a pessoa pode sofrer de uma lesão cerebral permanente. Geralmente, a ceraunoparalisia passa depois de algumas horas, embora a pessoa pode ocasionalmente ficar fraca ou entorpecida. Pessoas com lesões do nervo muitas vezes têm problemas de longo prazo, incluindo dor crônica, dificuldades para dormir e disfunção erétil.

TRATAMENTO DE LESÕES POR RAIO

REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR SE NECESSÁRIA

Uma pessoa que tenha sido atingida por um raio não retém eletricidade, de modo que não há perigo em proporcionar-lhe os primeiros socorros. Pessoas sem batimentos cardíacos e que não estiverem respirando precisam de reanimação cardiopulmonar (RCP) imediatamente, incluindo compressões do tórax e respiração artificial. Se houver um desfibrilador externo automatizado disponível, deve ser usado Uma pessoa que volta a ter pulso, mas continua a não respirar, precisa de respiração artificial contínua, pois os músculos respiratórios podem manter‑se paralisados depois que os batimentos cardíacos voltam. A assistência médica de emergência deve ser chamada. Muitas pessoas atingidas por um raio têm boa saúde geral e o mais provável é que se recuperem, se submetidas rapidamente à RCP.

As queimaduras e outras lesões são tratadas de acordo com a necessidade. Se a reanimação não tiver êxito nos primeiros 20 minutos, é provável que não o tenha, pelo que os esforços de reanimação devem ser parados. Fonte: MSD Manuais -  Daniel P. Runde , MD, MME, University of Iowa Hospitals and Clinics

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segunda-feira, dezembro 11, 2023

CINCO CRIANÇAS FICAM FERIDAS APÓS QUEDA DE RAIO EM NOVA FRIBURGO, NO RJ

 Cinco crianças que estavam embaixo de uma árvore ficaram feridas depois que o local foi  

atingido por um raio na tarde de terça-feira (5 de dezembro) no bairro Cordeira, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro.

Quatro meninas e um menino estavam em baixo da árvore, lendo a Bíblia. "O raio caiu atingindo a árvore, com isso deu grande clarão e um forte estrondo. Chamas de fogo subiram pela raiz da árvore e queimaram parte do corpo das crianças, a roupa e a Bíblia que estava com elas", disse uma das pessoas que estava no local. A árvore fica entre à Escola Padre Rafael e a Unidade Básica de Saúde do bairro. Elas sofreram queimaduras de primeiro grau e estão estáveis, segundo o hospital

ATENDIMENTO

A Prefeitura de Nova Friburgo informou que os funcionários da UBS fizeram os primeiros atendimentos e, depois, a ambulância da Secretaria de Saúde e os Bombeiros realizaram o resgate, levando as crianças para o Hospital Municipal Raul Sertã.

Os funcionários da escola acompanharam todo o atendimento e acionaram responsáveis para que seguissem com as crianças até o hospital, onde foram imediatamente atendidas.

HOSPITALIZAÇÃO

De acordo com o boletim médico, divulgado pelo Hospital Municipal Raul Sertã, as crianças estão estáveis, passando por diversos exames e apresentam queimaduras de primeiro grau nas pernas, braços e mãos.

O avô de uma das crianças, uma menina de 8 anos, disse que a neta saiu do local com as mãos no ouvido, se queixando que não estava conseguindo ouvir mais.

Equipe de serviço social e psicologia do Hospital Municipal Raul Sertã estão prestando a assistência às crianças e familiares. Fonte: g1 — Nova Friburgo - 05/12/2023

 Comentário:

Para evitar acidentes com relâmpagos as seguintes regras de proteção pessoal, listadas abaixo, devem ser seguidas:

1. Se possível, não saia para a rua ou não permaneça na rua durante as tempestades, a não ser que seja absolutamente necessário. Nestes casos, procure abrigo nos seguintes lugares:

■ Carros não conversíveis, ônibus ou outros veículos metálicos não conversíveis;

■ Em moradias ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raios;

■ Em abrigos subterrâneos, tais como metrôs ou túneis, em grandes construções com estruturas metálicas, ou em barcos ou navios metálicos fechados.

2. Se estiver dentro de casa, evite:

■ Usar telefone com fio ou celular ligado a rede elétrica (utilize telefones sem fio);

■ Ficar próximo de tomadas e canos, janelas e portas metálicas;

■ Tocar em qualquer equipamento elétrico ligado a rede elétrica.

3. Se estiver na rua, evite:

■ Segurar objetos metálicos longos, tais como varas de pesca e tripés;

■ Empinar pipas e aeromodelos com fio;

■ Andar a cavalo;

4. Se possível, evite os seguintes lugares que possam oferecer pouca ou nenhuma proteção contra raios:

■ Pequenas construções não protegidas, tais como celeiros, tendas ou barracos;

■ Veículos sem capota, tais como tratores, motocicletas ou bicicletas;

■ Estacionar próximo a árvores ou linhas de energia elétrica.

5. Se possível, evite também certos locais que são extremamente perigosos durante uma tempestade, tais como:

■ Topos de morros ou cordilheiras;

■ Topos de prédios;

■ Áreas abertas, campos de futebol ou golfe;

■ Estacionamentos abertos e quadras de tênis;

■ Proximidade de cercas de arame, varais metálicos, linhas aéreas e trilhos;

■ Proximidade de árvores isoladas;

■ Estruturas altas, tais como torres, linhas telefônicas e linhas de energia elétrica.

6. Se você estiver em um local sem um abrigo próximo e sentir que seus pêlos estão arrepiados, ou que sua pele começou a coçar, fique atento, já que isto pode indicar a proximidade de um raio que está prestes a cair. Neste caso, ajoelhe-se e curve-se para frente, colocando suas mãos nos joelhos e sua cabeça entre eles. Não fique deitado.  Fonte: INPE/ELAT - Grupo de Eletricidade Atmosférica

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quarta-feira, dezembro 06, 2023

QUANDO O PARANÁ VIROU UM INFERNO.

 Há exatamente 60 anos, o Paraná ardia em chamas. Uma série de incêndios florestais entre os meses de agosto e setembro de 1963 causou uma tragédia histórica

Os meses de agosto e setembro são meses de fortes estiagem no Paraná e o estado vinha passando por um período bem seco. Ainda era inverno, a temperaturas ficaram baixas e os campos do Paraná estavam secos em razão das fortes geadas daquele ano. Como era de costume, os lavradores faziam pequenas queimadas para limpar o terreno. Com os fortes ventos, não demorou muito para o fogo avançar sem controle. Essa combinação de fatores foi o estopim para o fogo se alastrar pelo interior do Paraná.

INÍCIO DOS INCÊNDIOS

Os incêndios começaram a atingir os municípios de Ortigueira, Tibagi, Arapoti, Jaguariaíva até Sengés.

As regiões do Paraná que mais sofreram com a tragédia foram as cidades de Ortigueira, Curiúva, Tibagi, Sapopema, Arapoti, Cândido de Abreu, Barbosa Ferraz, Telêmaco Borba, Reserva, Ivaiporã, Roncador, Palmital, Pitanga, Piraí do Sul, Castro, Ponta Grossa, Faxinal, Campo Mourão e Inajá.

IMPACTOS

As chamas se estenderam a Sengés e Jaguariaíva, o que provocou a perda de, pelo menos, 15 milhões de araucárias na região, sem contar os danos irreversíveis causados à floresta que abriga essa importante espécie ameaçada de extinção. O relatório do governo estadual da época apontou que o município de Ortigueira teve 90% da área queimada.

Mais de 70% das reservas florestais das Indústrias Klabin de Papel e Celulose, cultivadas em uma fazenda de Tibagi, se perderam. Só nesse local, 200 milhões de araucárias foram destruídas. As perdas em todo o Paraná foram, na época, calculadas em 200 milhões de cruzeiros.

Ao todo, 128 cidades das Regiões Norte, Central e dos Campos Gerais foram afetadas. Dois milhões de hectares foram completamente devastados ao longo de dois meses. "Foram 20 mil hectares de plantações, 500 mil de florestas nativas e 1,5 milhão de campos e matas secundárias", relata o pesquisador Antônio Carlos Batista, professor de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná.

Aproximadamente 8 mil imóveis, entre casas, galpões e silos, foram queimados . Cerca de 5,7 mil famílias – a grande maioria formada por trabalhadores rurais – ficaram desabrigadas. Tratores, equipamentos agrícolas e incontáveis veículos foram atingidos pelo incêndio.

Milhares de animais foram mortos, entre animais silvestres e animais de criação. Os prejuízos foram enormes, devastando lavouras inteiras, reflorestamentos, muitas fazendas e vilas. Ao todo o incêndio atingiu 128 municípios paranaenses. Principalmente municípios da região do norte pioneiro e campos gerais, além de alguns municípios da região central e norte do estado.

As perdas em todo o estado eram calculadas em 200 milhões de cruzeiros. O Paraná essencialmente agrícola na época, viu sua atividade econômica parar.

AJUDA

A ajuda para combater os incêndios veio de outros estados, com a oferta de helicópteros e aviões. Cerca de quatro mil membros do Exército, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros tentavam evitar um cenário ainda pior – se é que isso ainda parecia possível. Também foram enviados ao Paraná medicamentos, ferramentas agrícolas, roupas e alimentos de diversos países, como Estados Unidos, Itália, Japão, China e Suíça.

CONTROLE DO INCÊNDIO

Foi somente com a volta da chuva,  o incêndio foi controlado.

ESTADO DE CALAMIDADE

Em 28 de agosto de 1963, o governo do Paraná decretou “Estado de Calamidade Pública”. O fato foi motivado pela destruição provocada pelos incêndios e pelos problemas sociais trazidos com ele, como o alto índice de desabrigados e desempregados. A atividade agrícola na época ficou, praticamente, parada em todo o Paraná.

DA TRAGÉDIA À PREVENÇÃO

O incêndio de 1963 ficou conhecido como o maior do país. Sobre o Paraná, após a tragédia de 1963, a segunda maior devastação por fogo foi em 1999, quando 6.610 focos devastaram 126.864 hectares, segundo dados do Corpo de Bombeiros divulgados pela Coordenadoria Estadual da Defesa Civil.

Desde o registro da tragédia de 1963, o Paraná passou a se preocupar com a prevenção e o combate a incêndios florestais, inserindo, a partir de 1967, um curso voltado para esse tipo de ação no Corpo de Bombeiros e investindo em treinamentos para os membros da corporação. Desde 1998, o estado conta com um Plano Estadual de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais – Mata Viva , que articula órgãos públicos, empresas da iniciativa privada, mídia e segmentos organizados da sociedade para prevenir e combater os incêndios florestais. Fontes: Wikipédia - 7 de setembro de 2023; Gazeta do Povo - 28/08/2019; Gazeta do Povo - 09/08/2013  

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