Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

sábado, julho 29, 2023

INCÊNDIO DE GRANDES PROPORÇÕES ATINGE CASAS NA ZONA SUL DE MANAUS


Por volta das 20h (horário local) de segunda-feira (17/12/2018), um incêndio de grandes proporções atingiu o bairro Educandos, na Zona Sul de Manaus, afetando cerca de 600 casas da região, segundo a Defesa Civil.

A REGIÃO

O fogo começou em uma área com dezenas de casas de madeira entre as ruas Inácio Guimarães e Nova e se propagou para residências de alvenaria, que dominam a região. A quantidade de veículos estacionados nas vias, o vento constante e a interrupção na distribuição de energia elétrica foram um agravante da ação.

O fogo atingiu casas localizadas na beira do Rio Negro. No local, as residências ficam grudadas umas às outras e sobem um barranco. As primeiras, localizadas bem perto do rio, são de palafitas. Conforme a subida do barranco, as casas ficam ainda maiores.  Um morador diz que fogo teria iniciado nas casas mais próximas do rio e veio de baixo para cima.

Uma explosão foi ouvida no local. Por volta das 22h. as chamas, então, começaram a se alastrar para outras ruas.

MORADORES AJUDAM

Nas ruas, centenas de pessoas tentavam salvar objetos e, ao mesmo tempo, auxiliar no combate ao fogo. A todo momento, os moradores carregam mangueiras do Corpo de Bombeiros para tentar aproximar os caminhões do fogo.

CORPO DE BOMBEIROS


Doze viaturas dos Bombeiros foram deslocadas para a área. A estimativa é que, ainda no início do controle do fogo, cerca de 100 mil litros de água já tinham sido empregados no trabalho.

Além do Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a Polícia Civil estiveram na área acompanhando o caso. O Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) montou o gabinete de gestão de crise, com representantes de órgãos estaduais, municipais e federais para auxiliar nas ações emergenciais interagências.

AÇÃO CONJUNTA DE ÓRGÃOS

A energia elétrica do local foi desligada pela Eletrobras Distribuição Amazonas por questões de segurança logo quando o incêndio passou a tomar maiores proporções. Enquanto isso, guinchos do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM) e do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) retiraram carros que estavam estacionados nas ruas atingidas pelo fogo.

CALAMIDADE PÚBLICA

O prefeito de Manaus, anunciou que assinará decreto de calamidade pública.

DIFICULDADE DE ACESSO

Durante o incêndio, o Corpo de Bombeiros enfrentou desafios para combater as chamas. Segundo o subcomandante da corporação, o reabastecimento das viaturas foi uma das principais dificuldades.

“Chegamos ao local dentro de cinco minutos do acionamento. Operamos em capacidade máxima, com viaturas, três ambulâncias de suporte e conseguimos impedir a propagação do fogo a outras residências. O principal problema é que muitos carros estavam estacionados nas ruas, e as viaturas - que são de grande porte - tiveram dificuldade de trafegar pelo local ”, contou.

CONTROLE DO INCÊNDIO

Após pouco mais de quatro horas de intensas chamas, o Corpo de Bombeiros conseguiu controlar o incêndio, por volta de 0h. O prefeito anunciou que vai assinar decreto de calamidade pública na cidade.

DEFESA CIVIL

A Defesa Civil do Estado do Amazonas considerou o incêndio que ocorreu na segunda-feira (17) no bairro Educandos, na Zona Sul de Manaus, o segundo maior do Estado. O pronunciamento ocorreu na manhã de terça-feira (18), na sede do Corpo de Bombeiros, no bairro Petrópolis.   

INQUÉRITO POLICIAL

A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar as causas do incêndio e que o Instituto de Criminalística será responsável pela perícia.

VÍTIMAS

A Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam) confirmou que 17 pessoas chegaram a ser atendidas em hospitais de Manaus. Uma mulher de 53 anos segue internada com quadro grave. Ela foi encaminhada ao Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto com edema agudo de pulmão e parada cardiorrespiratória. Ela chegou a sofrer uma parada cardiorrespiratória e está entubada.

DESABRIGADOS

As famílias desabrigadas estão alojadas em casas de familiares ou abrigos improvisados pela Prefeitura de Manaus

Com registro preliminar de 600 famílias, chega a 2,2 mil a estimativa de pessoas atingidas pelo incêndio. O cálculo é feito com base na média regional de pessoas por família e foi adotado pela Defesa Civil para contabilizar. A estimativa foi feito levando em consideração cinco pessoas, no patamar estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a quantidade de integrantes de uma família. Fontes: GI AM – 17 e 18 /12/2018;  A Crítica -17 e 19/12/2018

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quinta-feira, julho 27, 2023

AMAZÔNIA BRASILEIRA PERDEU 21 ÁRVORES POR SEGUNDO EM 2022

Com destruição de mais de 2 milhões de hectares, desmatamento no Brasil aumentou 22,3% no ano passado, aponta MapBiomas. Quilombos e terras indígenas seguem sendo as áreas mais bem preservadas.

Com a destruição de mais de 2 milhões de hectares de floresta no ano passado, o Brasil registrou um aumento de 22,3% nos índices de desmatamento em comparação com 2021. Só na região da Amazônia, o país perdeu 21 árvores a cada segundo.

Contrastando com esse quadro, territórios indígenas e quilombolas – alvos frequentes de disputas fundiárias e da cobiça de criminosos – seguem sendo as áreas mais bem preservadas do país, respondendo por 1,4% do total desmatado em 2022.

Já o agronegócio figura no outro extremo: com 95,7% de toda a área desmatada no ano passado, o setor figura mais uma vez como o principal vetor do desmatamento no país. Contudo, só uma parcela ínfima de propriedades rurais oficialmente cadastradas (1,1%) foi responsável por 84% do total destruído no período.

Os dados são do MapBiomas, uma iniciativa do Observatório do Clima que reúne acadêmicos, ONGs e empresas de tecnologia, e foram revelados  na segunda-feira (12/06). O grupo monitora o desmatamento em todos os biomas brasileiros desde 2019 a partir da análise de imagens de satélite.

DESMATAMENTO

Ainda segundo o relatório, foram reportados nesses quatro anos mais de 300 mil eventos de desmatamento, e o Brasil perdeu um total de 6,6 milhões de hectares – mais do que o território inteiro do estado do Rio de Janeiro (4,4 milhões de hectares) –, tendo 2022 sido o pior ano da série.

No ano passado, o grosso do desmatamento (90,1%) esteve concentrado nos biomas da Amazônia e do Cerrado. Pela metodologia do MapBiomas, a Mata Atlântica foi o único bioma que não registrou piora – dados da SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados no final de maio, contudo, apontam em direção contrária.

GARIMPO

O relatório divulgado nesta segunda aponta ainda o papel de outros setores no desmatamento, como o garimpo – que, apesar de responder por uma área ínfima (quase 6 mil hectares), tem alto impacto ambiental pela contaminação das águas e proliferação de doenças – e a geração de energia solar (1 mil hectare) e eólica (3,2 mil hectares).

Ainda segundo o MapBiomas, a fiscalização de Ibama e ICMBio não tem dado conta da devastação – até maio deste ano, as ações de autuação e embargo alcançaram apenas 2,4% dos alertas de desmatamento e 10,2% da área desmatada identificada entre 2019 e 2022. Fonte: Deutsche Welle – 12.06.2023 há 4 horas

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sábado, julho 08, 2023

MUNDO ELIMINOU 'UMA SUÍÇA' EM FLORESTAS EM 2022

O mundo perdeu o equivalente a uma área de floresta tropical do tamanho da Suíça em 2022, de acordo com uma nova pesquisa da Global Forest Watch, associação global que fornece dados e monitora florestas em tempo real no mundo.

Esse resultado mostra que a promessa de acabar com o desmatamento até 2030, feita na COP 26 por líderes mundiais, ainda está longe de ser cumprida.

Cerca de 11 campos de futebol de floresta foram perdidos a cada minuto — e o Brasil foi o país que registrou maior destruição.

Uma redução acentuada na perda de florestas na Indonésia, no entanto, mostra que é possível reverter essa tendência.

PACTO DE GLASGOW

Um dos momentos-chave na reunião do clima em 2021 foi quando mais de cem líderes mundiais assinaram o Pacto de Glasgow sobre florestas, segundo o qual se comprometeram a trabalhar coletivamente para "interromper e reverter a perda de florestas e a degradação da terra até 2030".

Os líderes de países que assinaram o documento representam, no total, 85% das florestas globais. Isso inclui o então presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que relaxou a aplicação das leis ambientais em nome de desenvolvimento na floresta amazônica.

O pacto de Glasgow foi firmado depois que um acordo anterior assinado em 2014 falhou em conter a perda implacável de árvores.

Agora, uma nova análise realizada pela Global Forest Watch mostra que a nova promessa feita em Glasgow também não está sendo cumprida.

EFEITOS PARA O AQUECIMENTO GLOBAL


A perda de florestas tropicais é vista como particularmente impactante para o aquecimento global e a perda da biodiversidade.

As florestas tropicais do Brasil, República Democrática do Congo e Indonésia possuem enormes quantidades de carbono armazenadas em suas árvores.

Desmatar ou queimar essas florestas mais antigas faz com que o carbono armazenado seja liberado na atmosfera, elevando as temperaturas em todo o mundo.

Além disso, sua existência regula o clima de outras formas — umidade, regime de chuvas, etc.

Essas florestas também são essenciais para manter a biodiversidade e os meios de subsistência de milhões de pessoas.

FLORESTAS PRIMÁRIAS

Cientistas alertam que essas funções — ou "serviços ecossistêmicos" — não podem ser facilmente substituídas pelo plantio de árvores em outro lugar, porque essas florestas se desenvolveram durante um longo período de tempo.

São florestas primárias, ou seja, que fazem parte do ecossistema há muitas eras, e têm características muito diferentes das florestas em locais que já foram desmatados pela atividade humana e depois reflorestados.

De acordo com os novos dados, coletados pela Universidade de Maryland, os trópicos perderam no ano passado 10% a mais de floresta primária do que em 2021, com pouco mais de 4 milhões de hectares (mais ou menos a área da Suíça, que é um pouco menor do que a do Estado do Rio de Janeiro) derrubados ou queimados no total. Isso liberou uma quantidade de dióxido de carbono equivalente às emissões anuais de combustível fóssil da Índia.

"A questão é: estamos no caminho para deter o desmatamento até 2030? E a resposta curta é um simples não", diz Rod Taylor, do World Resources Institute (WRI), que dirige o Global Forest Watch.

"Globalmente, estamos muito longe do ideal e seguindo na direção errada. Nossa análise mostra que o desmatamento global em 2022 foi mais de 1 milhão de hectares acima do nível necessário para atingir o desmatamento zero até 2030."

DESMATAMENTO DE FLORESTA TROPICAL PRIMÁRIA

O Brasil dominou o desmatamento de floresta tropical primária em 2022. No Estado do Amazonas, que abriga mais da metade das florestas intactas do Brasil, a taxa de desmatamento quase dobrou nos últimos três anos.

A Bolívia, um dos poucos países a não assinar a Declaração de Glasgow, também teve uma rápida aceleração das perdas florestais em 2022. A agricultura de commodities é o principal impulsionador, de acordo com os pesquisadores. A expansão da soja resultou em quase um milhão de hectares de desmatamento na Bolívia desde a virada do século.

Embora Gana, na África Ocidental, tenha apenas uma pequena quantidade de floresta primária restante, houve um aumento maciço de 71% no desmatamento em 2022, principalmente em áreas protegidas. Algumas dessas perdas estão próximas de fazendas de cacau.

CONTRARIANDO A TENDÊNCIA

Embora o quadro geral não seja bom, há alguns resultados positivos que mostram que é possível conter o desmatamento.

A Indonésia reduziu sua perda de floresta tropical primária mais do que qualquer outro país nos últimos anos, desde que registrou um recorde histórico em 2016.

A análise sugere que isso se deve a ações governamentais e corporativas. Uma suspensão temporária relativa à extração de madeira em novas plantações de óleo de palma tornou-se permanente em 2019, enquanto os esforços para monitorar e limitar incêndios foram intensificados.

É uma história semelhante à da Malásia. Em ambos os países, as empresas de óleo de palma também parecem estar agindo, com cerca de 83% da capacidade de refino de óleo de palma operando agora sob comprometimentos de não desmatar e não drenar turfeiras.

Em relação ao Brasil, com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva se comprometendo a acabar com o desmatamento na Amazônia até 2030, analistas apontam que há uma esperança renovada de que as promessas feitas em Glasgow em 2021 possam ser cumpridas nos próximos anos.

Mas se o mundo quiser manter as temperaturas globais abaixo do limite crítico de 1,5°C, o tempo para agir nas florestas é realmente muito curto, dizem os pesquisadores.

“Há uma urgência em atingir o pico e o declínio no desmatamento, ainda mais urgente do que o pico e o declínio nas emissões de carbono”, diz Rod Taylor, do WRI. "Porque uma vez que você perde florestas, elas são muito mais difíceis de recuperar. Elas são uma espécie de ativos irrecuperáveis."

COMO É MEDIDO O DESMATAMENTO?

A perda de cobertura arbórea pode ser monitorada com relativa facilidade por meio da análise de imagens de satélite — embora às vezes haja incerteza sobre o ano exato em que as árvores foram perdidas.

Medir o desmatamento — que normalmente se refere à remoção permanente da cobertura florestal natural causada pelo homem — é mais difícil e complicado, porque nem toda perda de cobertura de árvores conta como desmatamento.

Por exemplo, perdas causadas por incêndios, doenças ou tempestades, bem como perdas em florestas de produção sustentável, normalmente não contam como desmatamento. Existem dificuldades com isso — por exemplo, alguns incêndios podem ter sido iniciados deliberadamente para limpar uma floresta, em vez de serem naturais.

Os cientistas tentam levar todos esses fatores em consideração para chegar a uma estimativa do desmatamento.

Os números mais recentes sugerem um aumento no desmatamento global (causado pelo homem) de cerca de 3,6% em 2022 em comparação a 2021 — a direção oposta ao que foi prometido em Glasgow.

Curiosamente, enquanto as perdas das florestas tropicais primárias particularmente importantes aumentaram quase 10% em 2022, a perda global de cobertura de árvores por todas as causas caiu quase 10%.

Mas os pesquisadores dizem que isso ocorreu porque as perdas por incêndios florestais caíram em 2022, principalmente na Rússia. Acredita-se que isso não faça parte de uma tendência de longo prazo.

De fato, as perdas de cobertura arbórea causadas por incêndios geralmente aumentaram nas últimas duas décadas, e espera-se que os incêndios se tornem mais comuns no futuro devido às mudanças climáticas e alterações na forma como a terra é usada. Fonte: BBC News – 03.07.2023


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quinta-feira, julho 06, 2023

TANQUE DE 3 TONELADAS CAI DE CAMINHÃO E ROLA POR RUA NO INTERIOR DE SP

Um tanque de quase três toneladas se desprendeu da carroceria de um caminhão e saiu rolando pela avenida João Francisco Leal, no bairro Jardim Promeca, em Várzea Paulista, no interior de São Paulo, na tarde de segunda-feira (3).

Ninguém ficou ferido, mas dois imóveis foram interditados.

O tanque, diz a Defesa Civil, é utilizado para armazenar gás e, no momento do acidente, tinha apenas areia. O equipamento pesa quase três toneladas e era levado para manutenção.

Ao rolar pela via, o tanque quebrou um poste, bateu no muro de uma igreja e parou depois de atingir o muro e a parede de uma casa no final da avenida. Os dois imóveis foram interditados.

Devido ao acidente, parte da via ficou sem energia elétrica, e a concessionária trabalhou durante a tarde para restabelecer o fornecimento. Fonte: Folha de São Paulo - 4.jul.2023

Comentário

SAIBA QUAL A MANEIRA CORRETA DE FAZER A AMARRAÇÃO DE CARGAS

A amarração de carga é um procedimento fundamental para reforçar a segurança e qualidade do transporte. Sua principal função é garantir a fixação correta da carga na carroceria do caminhão, evitando deslocamentos indevidos que podem avariar os produtos ou, no pior dos casos, causar acidentes.

Na prática, a amarração nada mais é do que o procedimento de fixação da carga à carroceria do caminhão, mantendo-a estável e segura ao longo de toda a viagem.

Embora tenha um objetivo simples, a execução dessa tarefa requer muita atenção e cuidado por parte de motoristas e transportadoras, pois qualquer falha pode representar riscos à segurança e à integridade das mercadorias.

Quando os devidos cuidados e normas não são observados, a probabilidade de que a carga se movimente sobre a carroceria aumenta bastante. Em razão disso, avarias em embalagens, tombamento de produtos, desprendimento total da carga e até problemas mecânicos, decorrentes da má distribuição do peso na carroceria, são possíveis.

A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL À AMARRAÇÃO DE CARGA

Existem normas específicas para a execução correta do procedimento de amarração, as quais são obrigatórias em todo o território nacional.

Recentemente, entrou em vigor a Resolução nº 676/17, alterando a Resolução nº 552, do Contran e trazendo uma série de mudanças importantes em relação à amarração de carga. Conhecer e entender essas mudanças é primordial para um transporte seguro.

Veja a seguir o que mudou:

1-Proibição das cordas para amarração: embora as cordas ainda possam ser utilizadas nos transportes, agora elas só podem ser empregadas para fixar a lona que vai sobre a carga e não a carga em si;

2-Definição dos pontos de amarração: com a entrada em vigor da norma citada, fica proibida a fixação das amarras em peças de madeira ou de metal que, por sua vez, estejam fixadas às partes de madeira da carroceria;

3-Utilização de cintas têxteis e cabos de aço: com a proibição do uso de cordas na fixação da carga, passa a ser exigido o uso de cintas têxteis, cabos de aço e correntes que apresentem uma resistência mínima correspondente ao dobro do peso da carga;

4-Equipamentos como barras de contenção, malhas, trilhos e separadores de carga podem ser empregados como dispositivos adicionais de segurança, não sendo itens obrigatórios;

5-A amarração de cargas indivisíveis, como máquinas e grandes equipamentos, passam a requerer amarrações especiais. Para esse tipo de transporte, a Resolução nº 552 prevê a utilização mínima de quatro pontos de amarração, além da utilização de cintas têxteis, cabos de aço, correntes ou a combinação desses itens para o transporte;

6-Para o transporte de cargas secas, como grãos, se o material preencher toda a carroceria, a amarração deverá ser realizada externamente;

7-OS veículos que já estavam em circulação tiveram até o dia 1º de janeiro de 2018 para se adaptarem às regras. Ou seja, a Resolução em questão já está em vigor.

PRINCIPAIS TIPOS DE AMARRAÇÃO

Diferentemente do que muitos podem acreditar, a amarração de carga não é feita de qualquer forma. Na realidade, esse é um procedimento técnico, que deve ser adequadamente realizado, observados diversas variáveis físicas, como tamanho, peso, volume e formato da carga.

Na prática, existem diferentes amarrações. Cada uma delas tem suas características e é mais indicada para determinados tipos de carga. A seguir, conheça algumas delas:

FIXAÇÃO ENVOLVENTE (TIE-DOWN)

Nesse tipo de amarração, aumenta-se o torque nos cabos e cintas, fazendo com que a carga seja forçada contra o piso da carroceria. Dessa forma, o atrito do objeto com o piso aumenta e ele fica mais resistente ao deslizamento

FIXAÇÃO DIRETA EM CONTENEDORES ESPECÍFICOS

A carga é retida com a própria estrutura da carroceria. É o que acontece com tanques e carrocerias basculantes, por exemplo. Quando se diz que os contenedores são específicos, é pelo fato de serem fabricados para atenderem a necessidades determinadas.

FIXAÇÃO DIRETA COM O USO DE BLOQUEADORES

Essa é uma modalidade de amarração bastante comum na prática. Nela, a fixação da carga é feita diretamente na carroceria do veículo, seja no painel dianteiro ou traseiro, seja pelas grades laterais.

FIXAÇÃO DIRETA COM DISPOSITIVOS DE FIXAÇÃO

Esse o tipo de amarração fixa a carga na estrutura do caminhão ou na sua carroceria a partir do uso de ganchos fixados no chassi com cintas, cabos de aço, catracas ou outros dispositivos semelhantes.

Esse tipo de amarração é muito utilizado para a fixação de máquinas e blocos de materiais pesados. É importante destacar que a carroceria do veículo precisa estar preparada para esse tipo de amarração, já que os pontos de apoio precisam suportar uma alta carga.

TRÊS CUIDADOS IMPORTANTES

Como dito, a amarração de carga não está associada apenas à qualidade dos transportes, mas principalmente à segurança dessa atividade. Assim, erros ou negligência no procedimento representam sérios riscos à carga, ao motorista e aos demais condutores nas rodovias.

Por essa razão, é essencial agir preventivamente, adotando algumas medidas para tornar a amarração de carga ainda mais segura. A seguir, listamos três  dicas que podem ajudar.  

1. CONHEÇA OS TIPOS DE AMARRAÇÃO

O primeiro cuidado a se tomar para fazer uma boa amarração de carga é conhecer bem os diferentes tipos existentes. Esse é um ponto importante, já que um mesmo caminhão pode transportar mercadorias com características diferentes de peso, tamanho e fragilidade, por exemplo, exigindo amarrações específicas para cada situação.

Desse modo, motoristas e empresas de transporte devem ter um bom domínio sobre as amarrações, afinal, é responsabilidade deles garantir a segurança e a integridade da carga durante todo o processo de transporte.

2. UTILIZE OS EQUIPAMENTOS ADEQUADOS

A amarração de carga realizada atualmente é bastante diferente daquela feita no passado. Hoje, tanto as carrocerias dos caminhões quanto os equipamentos utilizados na amarração estão mais modernos, conferindo agilidade e segurança ao processo.

Nesse sentido, outra dica é sempre buscar equipamentos adequados para cada tipo de amarração. Aqui, é importante que haja uma preocupação não apenas com a utilização de dispositivos próprios — como cintas, ganchos, grampos etc. —, mas também com a procedência e a qualidade deles.

3. ATENTE-SE AO MODELO DA CARROCERIA

Além dos quesitos já citados, é muito importante se atentar ao fato de que cada tipo de carroceria demandará a fixação da carga de uma maneira diferente. Vale lembrar, por exemplo, que existem carrocerias que não contam com fixadores laterais para ganchos ou não apresentam a rigidez necessária para amarrar determinadas cargas. Nesses casos, a fixação poderá ser feita diretamente no chassi, utilizando-se dos equipamentos adequados.

A amarração de carga é um procedimento com implicações legais, diretamente ligado à segurança dos transportes. Nesse sentido, estar atendo às normas e cumpri-las com rigor é dever de motoristas e transportadoras.  Fonte: WLM – 06/01/2020

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