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segunda-feira, outubro 30, 2023

SECA HISTÓRICA AGORA AFETA TODAS AS 62 CIDADES DO AMAZONAS

 
A seca histórica de 2023 agora afeta todas as 62 cidades do Amazonas. Segundo a Defesa Civil do Estado, a estiagem atinge diretamente mais de 600 mil pessoas.

Das 62 cidades que compõem o Amazonas, 60 estão em emergência, incluindo Manaus. Curso d'água que banha a capital, o Rio Negro, passa pela pior seca em 121 anos de medição.

Na quinta-feira (26), Apuí e Presidente Figueiredo, as únicas que permaneciam com o status de "normalidade" até então, decretaram situação de alerta e entraram para a lista de municípios afetados pela seca.

A previsão da Defesa Civil do Estado é que essas duas cidades passem a integrar a relação de municípios em emergência, nos próximos dias. As prefeituras dos dois municípios já entraram com o pedido junto ao órgão e, segundo a instituição, só estão cumprindo exigências burocráticas.

Para entrarem terem o pedido aceito, as prefeituras precisam comprovar, entre outras informações, o número de pessoas afetadas nas cidades.

A partir de dados coletados junto aos municípios, a Defesa Civil do Amazonas estima que 608 mil pessoas são afetadas pela estiagem até o momento. Essas pessoas pertencem a 152 mil famílias.

MANAUS

Em Manaus, a seca é a pior em 121 anos. A cota do Rio Negro na quinta-feira (26) está em 12,70m, a menor já registrada desde 1902, quando começaram as medições do volume do rio. O recorde de alta foi de 30,02 metros em 16 de junho de 2021.

O cenário coincide com o momento em que se intensifica o fenômeno El Niño, caracterizado pelo enfraquecimento dos ventos alísios (que sopram de leste para oeste) e pelo aquecimento anormal das águas superficiais da porção leste da região equatorial do Oceano Pacífico. Essas mudanças na interação entre a superfície oceânica e a baixa atmosfera ocorrem em intervalos de tempo que variam de três a sete anos e têm consequências no tempo e no clima em diferentes partes do planeta. Isso porque a dinâmica das massas de ar no Oceano Pacífico adota novos padrões de transporte de umidade, afetando a temperatura e a distribuição das chuvas.

Para o géografo Marcos Freitas, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), só o El Niño não explica a situação do Rio Negro. Segundo ele, há indícios de que a estiagem no Amazonas está relacionada com o aquecimento global do planeta. Isso porque as chuvas na região do rio são formadas sobretudo pelos deslocamentos de massas de ar provenientes não do Oceano Pacífico, mas do Atlântico.

SECA NO AMAZONAS

A seca tem afetado comunidades inteiras. Em Manaus, lagos secaram na área urbana e o Rio Negro se afastou da orla da cidade.

Em Parintins, a área rural da ilha é a mais afetada. De acordo com a Defesa Civil de Parintins, 32 comunidades estão em situação de difícil acesso ou em completo isolamento.

São Gabriel da Cachoeira é outra cidade que sofre com racionamento de energia, encarecimento de alimentos e desabastecimento.

FIM DA SECA

A estiagem já encerrou na calha do Rio Solimões, segundo o Serviço Geológico Brasileiro (SGB), antigo CPRM. Influenciado pelas águas do Rio Solimões, o Rio Negro depende da subida das águas no Peru e na tríplice fronteira, onde está situada a cidade de Tabatinga.

Com a retomada do processo de cheia no Rio Solimões, o Rio Negro reduziu o ritmo de descida em Manaus, nos últimos três dias e chegou a estabilizar entre quinta (26) e esta sexta-feira (27). Fontes: g1 AM - 27/10/2023 ; Agencia Brasil -26/10/2023

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quinta-feira, outubro 26, 2023

TRABALHADORES FICAM PENDURADOS A 140 METROS DE ALTURA EM ESTRUTURA NO TOPO DE PRÉDIO EM SP

 
Oito funcionários de uma obra ficaram pendurados a 140 metros de altura em uma estrutura metálica no topo de um prédio em construção, na Chácara Santo Antônio, na Zona Sul de São Paulo, na tarde de terça-feira (17). O caso ocorreu por volta das 16h.

A estrutura que caiu fazia uma conexão entre as duas torres de 33 andares que estão em construção e têm previsão de entrega para 2025.

RESGATE

Um dos operários não resistiu aos ferimentos e morreu, segundo os bombeiros. Os demais trabalhadores foram resgatados e um deles, que apresentava dores no corpo, foi encaminhado a um pronto-socorro da região.

Ao menos dez viaturas da corporação foram deslocadas para a ocorrência. O helicóptero Águia, da Polícia Militar, também foi acionado.

CREA - INVESTIGAÇÃO

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) afirmou que está apurando o caso e busca identificar os responsáveis técnicos pelo empreendimento.

"Para a realização de quaisquer atividades e serviço, os profissionais e empresas contratados devem estar registradas no Crea-SP. Também é necessário que, para todos os serviços contratados, seja feito o registro de uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), definindo a participação técnica no empreendimento", explica o órgão.

NOTA DA CONSTRUTORA

Em nota, a construtora EZTEC, responsável pela obra, lamentou o acidente e informou que, "apesar de existirem os equipamentos de segurança e proteção, por uma fatalidade, um dos trabalhadores veio a óbito. O caso está sob apuração e, neste momento, o que se sabe é que houve um acidente na plataforma de trabalho e segurança. A empresa seguirá todas as recomendações das autoridades competentes". Fonte: g1 SP e TV Globo — 18/10/2023

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quinta-feira, outubro 19, 2023

TORNADO CAUSA DESTRUIÇÃO EM CASCAVEL (PR)

Na manhã da quarta-feira (4/10), um tornado de categoria F2, com ventos de até 250 km/h, atingiu a cidade de Cascavel, no oeste do Paraná, e causou diversos estragos em todas as regiões. Não houve feridos, mas muitas casas, escolas, postos de combustíveis e até um quartel do Exército foram danificados pelo fenômeno meteorológico.

O QUE ACONTECEU:

A MetSul Meteorologia informou que o tornado atingiu Cascavel por volta das 6h, e ocorreu em razão da associação de vendaval com forte tempestade no município. "Acompanhando a passagem desta tempestade, há múltiplas evidências de que houve a passagem de um tornado na área urbana do município do oeste paranaense. A severidade dos estragos que foi observada é consistente com tornado."

Os danos provocados no local são condizentes com um tornado no limite intermediário da categoria 1, com vento de 200 km/h ou mais. A escala de tornados vai até 5.

RASTRO DE DESTRUIÇÃO

O rastro de destruição, no dia seguinte ao tornado, ficou ainda mais  visível. A força do vento surpreendeu. A velocidade chegou a 180 km/h, destruiu casas, carros, derrubou barracões, muros, tombou um caminhão do Exército, provocou a queda de mais de 500 árvores. Moradias ficaram completamente destelhadas e escolas tiveram as atividades interrompidas  por causa dos danos.


O tornado tombou um caminhão de 18 toneladas no quartel do 15º Batalhão Logístico do Exército. O tornado ainda destelhou pavilhões do quartel, danificou o telhado do ginásio e derrubou diversos pés de eucalipto, além de postes. Telhas de zinco foram arrancadas pelo vento e lançadas a dezenas de metros de distância.

De acordo com a Defesa Civil, o tornado iniciou na região do bairro Santa Cruz e por onde passou, causou uma série de danos. Os bairros Parque São Paulo e Maria Luiza foram uns dos mais atingidos.

CONFIRMAÇÃO DA PASSAGEM DO TORNADO

No início da tarde de quarta-feira (4) o Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná) confirmou que o fenômeno climático que atingiu Cascavel e deixou um rastro de destruição de grandes proporções foi mesmo um tornado. “Com base nas evidências mostradas pelos registros de vídeo que recebemos de Cascavel, em especial registros feitos por sobrevôo de helicóptero nas partes atingidas da cidade, foi possível identificar que houve a ocorrência de um tornado na área sul de Cascavel”, afirma o Meteorologista e Coordenador de Operação do Simepar.

VENTOS ULTRAPASSARAM OS 180 KM/H

O tornado registrado em Cascavel foi classificado como F2 na escala Fujita. “Também com base nas evidências da destruição observada,  este tornado foi categorizado como um do tipo F2 pela escala Fujita, escala que vai de F0 até F5. Os ventos mais intensos podem atingir entre 180 até 250 km/h próximo do ponto de toque com o solo”, detalha o Meteorologista e Coordenador de Operação do Simepar.

ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA

O tornado durou cerca de 15 minutos. Logo após, as equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros iniciaram o trabalho de atendimento à população. Foram registradas quedas de árvores, destelhamentos, falta de energia elétrica e telefonia. O muro do cemitério central e placas também caíram após o tornado.

Foram realizados 200 atendimentos emergenciais, distribuídos 27 mil metros de lona às famílias e 340 atendimentos residenciais. Não houve nenhuma morte e apenas uma pessoa com ferimentos leves.

QUEDA DE ÁRVORES

Segundo estimativa da Secretaria de Meio Ambiente, cerca de 500 árvores caíram na cidade. Dessas, mais de 110 já foram removidas. Os trabalhos foram priorizados pelo nível de urgência e por árvores que estavam obstruindo vias.

FALTA DE ENERGIA

Segundo a Copel, 59 mil unidades consumidoras ficaram sem energia na cidade. A empresa, com mais de 400 profissionais trabalham para reestabelecer a energia. De acordo com a companhia, os ventos fortes e raios causaram danos graves à rede, como quebra de postes e a queda de árvores sobre os cabos.

CORPO DE BOMBEIROS E DEFESA CIVIL

O comandante do Corpo de Bombeiros de Cascavel, disse que 12 guarnições do Corpo de Bombeiros estão atendendo a população. Mas, soma-se a isso, as equipes da Defesa Civil, do Meio Ambiente, da Guarda Municipal também, ou seja, no total mais de 20 equipes . As equipes estão percorrendo todas as áreas atingidas e fazendo os levantamentos dos estragos. Fontes: Sou Agro - 4 de outubro de 2023; Rádio Difusora - 6 de outubro de 2023

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segunda-feira, outubro 16, 2023

EXPLOSÃO EM CALDEIRA DE METALÚRGICA DEIXA AO MENOS 4 MORTOS EM CABREÚVA (SP


A caldeira de uma indústria metalúrgica explodiu na manhã de sexta-feira (1/09), em Cabreúva, interior de São Paulo, e atingiu dezenas de trabalhadores.

O barulho assustou os moradores da região, que disseram que a explosão foi sentida em um raio de cinco quilômetros.

O impacto da explosão, que causou estrondo e muita fumaça, destruiu a metalúrgica.

VÍTIMAS

Quatro vítimas fatais, sendo; uma das vítimas morreu no local, no momento da explosão, e as outras depois de socorridas.


De acordo com o boletim da administração municipal, divulgado por volta das 17h na sexta, ao menos 30 vítimas deram entrada na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) e na Santa Casa do município.
Das pessoas socorridas, sete estavam em estado grave e precisaram ser intubadas e transferidas para hospitais da região e da cidade de São Paulo.

ATENDIMENTO E RESGATE

Conforme o major do Corpo de Bombeiros, o proprietário do local informou que havia 33 pessoas no local no momento do acidente.

Inicialmente, 14 vítimas foram socorridas e levadas para a Santa Casa de Cabreúva, três delas em estado grave. Posteriormente, foram encaminhadas para outras unidades de saúde da região e na capital paulista.

Todas as unidades de saúde interromperam os atendimentos eletivos para que os profissionais ajudassem no socorro dos feridos. Profissionais da saúde das Unidades Básica de Saúde foram remanejados para os prontos-socorros.

Treze viaturas e dois helicópteros Águia dão suporte nas ações de resgate e atendimento

CAUSAS DA EXPLOSÃO

As causas do acidente ainda estão sendo investigadas.

IRREGULARIDADES NA EMPRESA

 A empresa  tinha um histórico de desconformidades em suas operações, incluindo problemas como falta de manutenção em seus equipamentos.

As informações são de Ubiratan Vieira, chefe de fiscalização da Divisão Regional de Fiscalização do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e da prefeitura da cidade.

Segundo o chefe de fiscalização as máquinas e equipamentos estavam sem a devida manutenção, quando foram fiscalizadas. Houve também problemas com relação às Comissão Interna de Acidentes de Trabalho (CIPA), que não funcionava contento. Ainda de acordo com a fiscalização, antes da explosão, já havia registros de uso de equipamento ultrapassado, além de falta de limpeza  no ambiente de trabalho, descuido com o setor elétrico e alguns extintores vencidos. A empresa havia sido fiscalizada juntamente com outras empresas vizinhas, e chegou a ser notificada. Agora, de acordo com o MTE, será autuada.

Segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado), a empresa teve a sua licença de operação negada por não atender às exigências do órgão durante o processo de licenciamento ambiental.

A empresa, afirmou a Cetesb, foi multada duas vezes, em 15 de agosto deste ano, por funcionamento irregular e ampliação. Uma terceira multa provocaria a interdição.

INTERDIÇÃO DO PRÉDIO

A prefeitura informou que o prédio foi totalmente interditado pela Defesa Civil. Além disso, confirmou também que a empresa não tinha o alvará de funcionamento. Em 2020, eles entraram com um pedido, mas foi negado por falta do Auto de Visto do Corpo de Bombeiros (AVCB).

HISTÓRICO DA EMPRESA

A empresa foi constituída em 20 de maio de 2020, com capital social de R$ 80 mil distribuídos para dois sócios, sendo um da cidade de Itu e outro da cidade Cabreúva.

De acordo com a Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), a Tex Tarugos atua no comércio atacadista de resíduos e sucatas metálicos, metalurgia de outros metais não-ferrosos, produção de alumínio em formas primárias e fundição de metais não-ferrosos. Fontes: TV TEM e g1 Sorocaba e Jundiaí -02/09/2023; Folha de São Paulo – 01 set.2023

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quinta-feira, outubro 12, 2023

MANAUS AMANHECE ENCOBERTA POR 'ONDA' DE FUMAÇA PELO SEGUNDO DIA CONSECUTIVO

Manaus segue encoberta por fumaça nesta quinta-feira (12). Esse é o segundo dia em que a fumaça toma conta da capital, reflexo das queimadas usadas de forma irregular por agropecuaristas.

Nesta manhã, nas Zonas Sul e Centro-Sul da capital, edifícios desapareceram e a visibilidade para os motoristas era ruim já nas primeiras horas do dia.

Desde a quarta-feira (11) uma 'onda' de fumaça cobre Manaus. A fumaça foi tanta que universidades tiveram que suspender as aulas presenciais.

A World Air Quality Index, uma plataforma acompanha os níveis de poluição no mundo, colocou a capital entre as piores cidades do planeta em poluição do ar por causa do nível de fumaça.

FUMAÇA VEM DA REGIÃO METROPOLITANA, DIZ IBAMA

Na noite da quarta-feira, o Superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo, disse que a 'onda de fumaça' que encobre Manaus está vindo dos municípios do Careiro e Autazes e é causada por agropecuaristas.

Ponte Rio Negro, em Manaus

Essa fumaça vem dessa região e é provocada pelo uso inadequado do fogo em áreas de agropecuária e que se estendem para áreas de vegetação. — Joel Araújo, superintendente do Ibama no Amazonas

Segundo o superintendente, há brigadistas tentando apagar as chamas. "O Ibama tem 45 brigadistas atuando em um grande incêndio ambiental, o maior da região, no município do Careiro, na tentativa de diminuir essa fumaça, que está sendo carregada de lá para a cidade de Manaus", disse o superintendente.

De acordo com as autoridades, o estado do Amazonas registrou 9 mil focos de incêndio entre setembro e outubro, o que fez com que o estado decretasse emergência ambiental.

Segundo o monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Autazes é o quarto município que mais registra queimadas em toda a Amazônia Legal no mês de outubro. Somente nos dez primeiros dias do mês a cidade registrou 236 focos de calor.

Autazes e Careiro, inclusive, estão localizadas na região da BR-319, que tem a sua revitalização cobrada por políticos do estado e é palco de discussão entre ambientalistas e pecuaristas. Fonte: g1 AM- 12/10/2023

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domingo, outubro 08, 2023

COM 55 CIDADES AFETADAS PELA SECA SEVERA, AM DECRETA EMERGÊNCIA

O governador do Amazonas decretou situação de emergência na sexta-feira (29), após 55 municípios do estado serem afetados pela seca severa que atinge os rios da região. O decreto tem duração de 180 dias e pode ser prorrogado.

Para enfrentar a estiagem, o governador também instalou um gabinete de crise.

O governador destacou os impactos da estiagem sobre a econômica, em virtude das cotas dos rios, que estão próximas de atingirem os menores índices já registrados.

"Tem muita gente já com dificuldade para ter acesso a alimentos, segurança alimentar, água potável e outros insumos que são importantes. Temos dificuldades porque é exatamente por esse rio que chegam os insumos, a matéria prima para a Zona Franca e também por onde saem os produtos acabados", completou.

ATUAL CENÁRIO

Segundo levantamento da Defesa Civil do Amazonas, divulgado na sexta-feira (29/09), 19 municípios das calhas do Alto Solimões, Baixo Solimões, Juruá, Médio Solimões e Purus estão em situação de emergência, afetando 174,7 mil pessoas; outras 36 cidades estão em alerta; e cinco em atenção.

A previsão é que, devido a influência do fenômeno El Niño, a estiagem afete mais de 50 municípios e 500 mil pessoas.

Conforme a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados e Contratados do Amazonas (Arsepam), 90% das 136 embarcações que atuam nas 116 linhas no estado operam com algum tipo de restrição, implicando no transporte de 50% da capacidade de cargas e apenas 45% do total de passageiros.

Dos 62 municípios, 59 dependem do transporte hidroviário. O Rio Negro atingiu 15,88m na  sexta. Fonte: g1 AM - 29/09/2023

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sábado, outubro 07, 2023

RIO NEGRO: VAZANTE HISTÓRICA DEIXA TRECHO DO RIO TOTALMENTE SECO EM MANAUS

Porto de Manaus

Na quinta-feira (5), o Rio Negro atingiu a cota de 14,90 metros e alcançou a marca de 9ª pior seca da história. As águas escuras que banham Manaus fazem parte de um dos afluentes do Rio Amazonas, maior bacia hidrográfica do mundo.

 Desde o dia 17 de junho, o Rio Negro vem descendo continuamente. No início, as águas baixavam uma média de 1 cm a 2 cm, por dia. Atualmente, o rio desce cerca de 10 cm a 20 cm, diariamente

No entanto, apesar do alerta do CRPM de que Manaus deve enfrentar uma seca severa, a estiagem deste ano deste ano ainda não alcançou as 13 maiores registradas pelo órgão.

Na maior de todas, em 2010, o Rio Negro chegou a 13,63 metros, o menor índice já registrado desde então. Cinco anos antes, em 2005, o rio alcançou 14,75 metros.

Veja as maiores secas registadas até hoje pelo CPRM:

·        13,63m (2010);

·        13,64m (1963);

·        14,20m (1906);

·        14,34m (1997);

·        14,42m (1916);

·        14,54m (1926);

·        14,74m (1958);

·        14,75m (2005);

·        14,97m (1936);

·        15,03m (1998);

·        15,04m (1909);

·        15,06m (1995);

·        15,39m (1907).

FALTA DE TRABALHO, CAMINHOS MAIS LONGOS E DIFICULDADES DE LOGÍSTICA.

Onde antes era o Rio Negro, há uma grande faixa de
terra devido a seca
Esses são alguns dos relatos de quem depende do Porto de Manaus nesse período de seca, que afeta todo o Amazonas. Com um trecho do Rio Negro seco em frente a orla da capital amazonense, a seca vem afetando a vida das pessoas que trabalham e passam pelo local diariamente.

O Porto de Manaus é a porta de entrada e saída da capital amazonense por meio fluvial. No local, além de receber passageiros, os barcos transportam insumos da capital para os municípios do interior do estado.

Para realizar o trabalho de levar essas cargas até o barco, carregadores são contratados para realizar esse serviço. No entanto, com o Rio Negro cada vez mais seco, o trabalho não está mais sendo feito com frequência e tem afetado a vida dos trabalhadores. Há uma faixa de terra com mais de 600 metros de distância entre as embarcações e a via que dar acesso ao local.

O carregador Genivaldo Ferreira da Silva, que trabalha no Porto de Manaus na região do Educandos, conta que em época de cheia eles retiram as cargas das balsas que chegam e saem durante o dia todo. Entretanto, nesta seca, a balsa encalhou e não tem mais a rotatividade de antes. Trabalhando há 13 anos na função, ele revelou que nunca viu uma seca tão severa quanto essa.

"Está afetando para nós todos que trabalha aqui direto, nós estamos sem condições de trabalhar porque não tem movimento. O que tem é a balsa parada aí, o resto está tudo parado e com essa seca não sei como vai ficar. [...] . Essa foi a pior seca que eu já vi no Amazonas. Ela está afetando todos nós", disse o carregador.

AGRICULTORES E FEIRANTES AFETADOS

Os carregadores de carga não são os únicos afetados. Pescadores e agricultores que trazem insumos do interior do Amazonas, estão enfrentando uma intensa logística para chegar em Manaus e transportar seu material de venda.

O agricultor e pescador Berlamino Pereira é morador da Ilha da Marchantaria, em Iranduba, traz diariamente peixes, verduras e frutas para a capital amazonense em uma embarcação de porte médio. O material é vendido para feirantes da Feira Manaus Moderna.

Em época de cheia, consegue trazer uma carga grande. No entanto, na vazante deste ano, o número caiu pela metade pois precisa navegar em uma pequena embarcação.

"Antes a gente trazia 100 frutas, agora 50 melancias, porque a embarcação é pequena. Tanto a dificuldade para embarcar, para chegar na canoa porque é uma longa distância, quanto para trazer para cá. Peixes estão morrendo demais. Caiu quase 70% meu faturamento. Até água para os animais é ruim para carregar", contou o agricultor.

LONGOS PERCURSOS

Com a longa faixa de areia, em torno de 300 metros, que se formou em frente ao Porto de Manaus, os embarques para os barcos também estão sendo afetados.

Passageiros que precisam embarcar para sair de Manaus descrevem uma série de dificuldades para chegarem até o barco.

Além de lidar com a distância, os passageiros carregam bagagens pesadas até a embarcação, em uma caminhada de 8 minutos. A areia quente, devido as altas temperaturas que Manaus vem enfrentando, é outro problema. Se não tiver com o sapato adequado, a terra pode até causar queimaduras nos pés de quem passa por ali.

RIO NEGRO

Trecho do Rio Negro antes da seca de 2023. 
O trecho, por onde grandes embarcações trafegavam, se transformou em chão repleto de rachaduras. Agora, é possível fazer o trajeto a pé.

A típica coloração escura, uma das principais características do Rio Negro, também sumiu na área. No lugar, agora há um córrego, com uma cor barrenta.

O biológo Guillermo Estupiñán, que é especialista em recursos pesqueiros e paisagens aquáticas da Wildlife Conservation Society (WCS) Brasil, explicou que o Rio Negro perdeu a coloração nesse trecho por causa da vazante.

A cor escura do rio é atribuída à química da água, formada, em parte, pela decomposição de folhas que caem das árvores. Como o rio está distante da margem, e não entra em contato com as folhas, perde a cor escura.

"Ele tem essa coloração por conta de processos químicos, por conta das folhas das árvores da floresta. Ao longo do seu curso, o rio acaba tendo várias colorações devido ao ambiente que é formado. [...] ele também sofre alteração na sua cor devido à concentração de água. Atualmente, por conta da seca, ele está perdendo vazão [volume]. Está dessa cor", disse o especialista.

De acordo com o especialista, o comportamento da seca deste ano indica que esta será a maior vazante da história, superando a de 2010, quando o Rio Negro baixou para 13,63 metros.

"Falta menos de 2 metros para que o rio alcance a maior seca registrada no Rio Negro. Considerando que ainda falta um mês para o rio secar e que as previsões são de chuvas não muito fortes esse ano, então a gente, pode sim, superar o recorde negativo da maior seca", afirmou o biológo.

Com a nascente na Colômbia, o Rio Negro tem um percurso 2.500 km de extensão e é a terceiro maior da Amazônia, em tamanho.

Além disso, é a segunda maior sub-bacia do Amazonas, com um pouco mais de 10% da drenagem da bacia do Amazonas. O primeiro é o Solimões.

Juntos, Rio Negro e Solimões, formam o fenômeno natural "Encontro das Águas", um dos principais atrativos turísticos do Amazonas.

Com uma fauna diversa, o Rio Negro é lar de mamíferos, aves, botos e mais de 1.100 espécies de peixes que compartilham o espaço com uma extensa flora.

"O Rio Negro abriga uma fauna e uma flora muito diversa, tanto por mamíferos, aves. Abriga muitas espécies ameaçadas, como as antas, onça, peixe-boi, os botos. A bacia do Rio Negro tem mais ou menos 1.100 espécies de peixes, o que torna ela a segunda bacia mais diversa em fauna. Isso se deve a grande variedade de ambientes, corredeiras, de praia, a própria água que muda", explicou o especialista da WSC Brasil.

Além disso, a bacia banha Manaus, a capital do Amazonas, e exerce um importante papel na navegação do estado.

"Em termos de locomoção é o mais importante para o estado, porque o transporte entre carga e passageiros ocorre entre as cidades.

No entanto, para o turismo do Amazonas a bacia ganha relevância. Muitos passeios turísticos na região metropolitana de Manaus envolvem o Rio Negro. Com a seca, o setor começa a ser afetado.

"O Rio Negro é muito importante para o turismo, então, isso sim vai acabar afetando muitas pessoas que dependem dessa atividade", disse Guillermo. Fontes: g1 AM - 05/10/2023; g1 AM-02/10/2023; g1 AM - 29/09/2023

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quinta-feira, outubro 05, 2023

RIO MADEIRA: SECA HISTÓRICA CAUSA DESLIGAMENTO DE UMA DAS MAIORES LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DO BRASIL

 

Uma das maiores linhas de transmissão de energia elétrica do Brasil, que liga as regiões Norte e Sudeste, foi desligada na quarta-feira (4), em Rondônia, devido à seca histórica do rio Madeira. A informação foi confirmada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

A linha de transmissão é conhecida como Linhão do Madeira e liga as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau à subestação de Araraquara (SP).

De acordo com o ONS, o desligamento da linha tem como objetivo priorizar o abastecimento nos estados do Acre e de Rondônia. Isso porque a hidrelétrica de Santo Antônio, uma das maiores do Brasil, foi desligada essa semana por causa da seca do rio Madeira.

HIDRELÉTRICA DE SANTO ANTÔNIO

Instalada no rio Madeira, a hidrelétrica de Santo Antônio é uma das maiores do Brasil, tem 50 turbinas gerando energia para várias regiões do Brasil, com potência instalada de 3.568 megawatts. Em 2022, a hidrelétrica ocupou a 4ª posição no ranking de geração de energia.

Segundo a hidrelétrica de Santo Antônio, a vazão de água que passa pela calha do rio para gerar energia está baixa por conta da seca histórica do rio Madeira, o que pode comprometer o funcionamento das turbinas. A hidrelétrica funciona em sistema de fio d'água, ou seja, mantém um reservatório pequeno e depende da vazão do rio para funcionar.

DESLIGAMENTO DA HIDRELÉTRICA

Com o desligamento da hidrelétrica de Santo Antônio, permaneceu em funcionamento a de Jirau, também instalada no rio Madeira. Na terça-feira (4), a Jirau Energia informou à Rede Amazônica que seguia operando normalmente.

“As turbinas da usina hidrelétrica Jirau foram projetadas para operar com uma queda líquida entre 10 e 20 m, e não visualizamos necessidade de paralisar a operação, considerando que a queda atual é 12,20 m”, informou em nota.

DESLIGAMENTO DA LINHA DE TRANSMISSÃO

Segundo o ONS, o desligamento da linha de transmissão que leva a energia de Jirau e Santo Antônio para o restante do país foi necessário para priorizar o abastecimento em Rondônia e Acre, já que apenas uma das hidrelétricas está em funcionamento. O ONS aponta que a retomada da operação do sistema é avaliada constantemente.

"Diante da impossibilidade de manter as unidades geradoras do setor de 230kV da UHE Santo Antônio em operação, bem como a maioria das unidades geradoras do setor de 500kV, os sistemas do Complexo do Madeira foram desligados", confirmou o ONS.

Não há previsão de quando as operações da hidrelétrica de Santo Antônio serão retomadas.

BACIA DO RIO MADEIRA

"A bacia do rio Madeira encontra-se em uma condição hidrometeorológica bastante desfavorável. A UHE Santo Antônio foi paralisada devido ao fato de os níveis da usina estarem abaixo do nível mínimo necessário", informou o ONS.

O QUE DIZ O ONS?

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) confirmou a parada temporária das máquinas na Santo Antônio como "medida temporária e excepcional" em decorrência das "condições adversas hidrometeorológicas vivenciadas na Região Norte do país". Segundo o ONS, essas  condições inviabilizam a operação segura e eficiente da hidrelétrica.

Apesar disso, aponta que "o abastecimento de energia em todo país está garantido".

A nota esclarece que a hidrelétrica de Santo Antônio é uma usina de fio d'água, ou seja, mantém um reservatório pequeno e depende da vazão de água que passa pela calha do rio para gerar energia.

O Operador aponta que "permanecerá reavaliando a decisão e, assim que essa situação melhorar, retornará com o despacho da usina para o Sistema Interligado Nacional (SIN)".

O QUE É O LINHÃO DO MADEIRA?

Classificada como uma das maiores linhas de transmissão do Brasil, o Linhão do Madeira atravessa o Brasil de Norte a Sudeste. São mais de 2,3 mil quilômetros de extensão.

São aproximadamente 5 mil torres, que atravessam mais de 80 municípios. O investimento total do empreendimento foi previsto em R$ 3,2 bilhões.

A corrente de transmissão começou a operar em 2013 e liga as duas hidrelétricas instaladas no rio Madeira (de Santo Antônio e Jirau), em Rondônia, à região sudeste do país, mais especificamente na subestação de Araraquara 2 (SP).

SECA HISTÓRICA

Nas últimas semanas, a seca que atingiu o rio Madeira se tornou histórica. A Defesa Civil informou que registrou o nível de 1,43 metro. Depois disso, uma reunião foi realizada na “Sala de Crise”, entre integrantes de órgãos que monitoram as bacias do rios na Amazônia.

Atualmente Porto Velho está em estado de alerta. Caso o rio baixe para 1,22 metro, o município passa para estado de emergência.

Desde agosto, o nível do rio baixou rapidamente. Em menos de uma semana, entre o fim de agosto e início de setembro, o nível do Madeira recuou mais de um metro. Na época, a Defesa Civil já previa uma seca histórica. Fonte: g1 RO - 04/10/2023

Comentário:

O rio Madeira é um rio da bacia do rio Amazonas que banha os estados de Rondônia e do Amazonas. É um dos afluentes principais do rio Amazonas. Tem extensão total aproximada de 3.315 km, sendo o 17º maior do mundo em extensão.

CURSO

O rio Madeira nasce com o nome de rio Beni na Cordilheira dos Andes, Bolívia.  Ele desce das cordilheiras em direção ao norte recebendo então o rio Mamoré-Guaporé e tornando-se o rio Madeira - um rio de planície que traça a divisória entre Brasil e Bolívia.

O rio Madeira recebe este nome, pois no período de chuvas seu nível sobe e inunda grandes porções da planície florestal, trazendo troncos e restos de madeira da floresta.

O rio Mamoré ao encontrar-se pela margem esquerda o rio Beni e se juntar a ele, forma o rio Madeira. Da confluência, o Madeira faz a fronteira entre Brasil e Bolívia até o encontro deste rio com o rio Abunã. A partir daí, o rio segue em direção ao nordeste atravessando dezenas de corredeiras (provisórias) até chegar a Porto Velho, onde se iniciará a Hidrovia do Madeira.  

PERÍODOS: ESTAÇÃO SECA E CHUVOSA

Entre a estação chuvosa e a seca o rio varia bastante de profundidade. Na estação seca, as águas do rio, que fluem em direção ao Amazonas, formam praias (de água doce, naturalmente) ao longo de suas margens. Neste período, no seu leito pode ser avistada a grande quantidade de pedras que ajudam a formar as corredeiras periódicas.

Coincidente ou não com a estação chuvosa (dezembro a maio), ao mesmo tempo em que o rio enche com as águas das chuvas, em sentido contrário ao delta, é invadido pelas águas do Amazonas e sobe cerca de 17m , alagando todas as cachoeiras em seu leito até formar um espelho de água que tanto invade florestas como cobre as praias e toda a planície amazônica. Nesse momento, o rio Madeira deixa de ser um simples tributário do Rio Amazonas e se torna um canal de navegação dependente da "maré" desta confluência. Esse imenso remanso é responsável pela transferência de material sólido depositado junto as raízes da vegetação vindo a formar as grandes dunas. Fonte: Wikipédia - 24 de julho de 2023.

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terça-feira, outubro 03, 2023

LEMBRANÇA - INCÊNDIO EM TANQUE DE ÁLCOOL

No momento do acidente, quatro funcionários da empresa realizavam serviços de manutenção  na tubulação alimentadora do tanque com o objetivo de aumentar e modificar os equipamentos do sistema de abastecimento e descarga do tanque, em setembro de 1989.

Os vapores do álcool, penetraram nas janelas do tubo pescador; seguindo pelo tubo alimentador (lado externo) e atingiram o local, onde os funcionários marcavam a tubulação com um marca­dor de aço inox, o qual, presume­‑se, provocou com o atrito, uma pequena faísca, dando início ao incêndio.

COMBATE AO INCÊNDIO

O Corpo de Bombeiros de Salvador e o Complexo Industrial de Aratu e 28 empresas do polo petroquímico de Camaçari que constituem o PAM (Plano de Auxilio Mútuo), ajudaram na extinção do fogo.

"Tivemos em nossa fábrica 150 brigadistas e bombeiros, 10 caminhões de incêndio, várias ambulâncias e 12 viaturas leves”, ressalta Manuel da Rocha. Foram utilizados seis mil litros de extrato de espuma para controlar o incêndio. O resfriamento do tanque foi executado, usando três guindaste e adaptando-os dispositivos de lançamento de espuma para atingir  a altura do tanque. Essa adaptação foi necessária devido a característica do tanque, com 13,5 m de altura e 10 m de diâmetro e armazenando  aproximadamente 700 .000 l de álcool.


CAUSA

De acordo com a investigação realizada, embora não se tenha confirmado a origem da fagulha, centelha ou faísca, concluiu-se que o que ocasionou a explosão na calota superior do tanque foi um “flash”, canalizado pela tubulação alimentado­ra. Segundo relatou o engenheiro de segurança da Tibras, as causas do acidente foram falha humana, por não ter havido problemas relacionados com o material, ou equipamentos.

Os fatores que causaram o acidente foram os seguintes:

1-Não utilização de um dispositivo de segurança (bloqueio), “raquete”, que funciona como um “tampão” (flange cego) na tubulação , evitando fluir qualquer gás ou líquido inflamável.

2-Falta de procedimento para Permissão de Trabalho.

RECOMENDAÇÕES

Após o incêndio foram adotadas as seguintes recomendações;

1-Implantação da "Permissão de Trabalho" e plano de emergência;

2-Construção de tanques de álcool conforme determina as normas vigentes;

3-Instalação de sistema fixo de espuma nos tanques .

4-Instalação de canhões monitores de espuma nos hidrantes e de uma carreta de 130 litros de extrato de espuma, em local próximos, com a finalidade de combater incêndio na bacia de retenção;

5-Instalação de bombas de recalque na rede de hidrantes, de forma a obter o aumento de pressão nas linhas e quantidade de água desejada, ou seja, vazão mínima de 900 lpm (litros por minuto) em dois jatos simultâneos e pressão de 10 a 12 kg/cm2.

Os guindastes devem ficar permanentemente de sobreaviso, e a sua lança pode ser­vir de defletor em lançamento de espuma.

PREJUÍZO

O incêndio envolveu a área de tratamento e secagem do TiO2 (dióxido de titânio), provocou perda total do tanque e cerca de 600 mil litros de álcool, resultando num prejuízo aproximado de US$ 600 mil. Não houve paralisação da produção  e o prejuízo foi coberto pelo seguro. Fonte: Revista Gerência de Riscos  - Janeiro/Fevereiro de 1990

Comentário:


A empresa aponta que a causa principal do acidente foi à falha humana, em  conseqüencia da não utilização de bloqueio de segurança (raquete) e falta de procedimento formal da utilização da permissão de trabalho (PT). Afinal foi a falha humana ou falta de visão estratégica da empresa em relação à gestão de segurança?

A gestão de segurança permite:

•Identificar os riscos potenciais ou reais no trabalho;

•Estabelecer objetivos mensuráveis para eliminar ou reduzir aqueles riscos e controlar qualquer risco residual;

•Implementar programas e procedimentos para alcançar os objetivos;

•Medir e checar  para verificar o desempenho e a eficácia das medidas adotadas e para identificar as possibilidades para melhoramento contínuo.

Toda indústria deve organizar e exercer um controle preventivo de incêndio e/ou explosão,  quando for executado trabalho que produz chama, calor, centelha. A permissão de trabalho (PT) estabelece;

•O que vai ser feito

•Como o equipamento foi bloqueado e etiquetado

•Que riscos estão presentes

•Que precauções devem ser tomadas

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