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segunda-feira, setembro 27, 2021

INCÊNDIO DE GRANDE PROPORÇÃO ATINGE PRÉDIO EM MILÃO

Um grande incêndio atinge no  domingo (29) um prédio de 15 andares na via Antonini, na periferia ao sul de Milão, e afeta praticamente toda a estrutura.

Cerca de 70 famílias vivem no edifício, de acordo com informações preliminares.

A estrutura, conhecida como Torre Moro, foi totalmente envolvida pelas chamas pouco depois das 17h30 (horário local). Uma alta coluna de fumaça pode ser vista por quilômetros de distância da área de Famagusta.

Segundo relatos, o fogo provavelmente se alastrou do último andar e  atingindo  outros apartamentos.

As equipes de bombeiros realizam operações de resgate no prédio e evacuaram as famílias. Atualmente, há centenas de pessoas nas ruas, incluindo residentes que conseguiram se salvar.  Não há vítimas

Segundo levantamento dos bombeiros, de um total de 58 apartamentos, 14 foram totalmente destruídos: a maior parte deles situados perto do apartamento do 15º andar,  local de origem  das chamas que provocaram o incêndio. Outros 20, por outro lado, sofreram danos bastante graves, enquanto há 24 que estão em bom estado.

A fachada da estrutura foi totalmente destruída pelas chamas, devido algumas explosões nos apartamentos.. A causa do incêndio ainda é desconhecida. Fontes: Ansa Brasil - 29 Ago 2021;  La Repubblica - 02 de setembro de 2021

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sábado, setembro 18, 2021

CELULARES PODEM INTERFERIR COM MARCAPASSOS E DESFIBRILADORES IMPLANTADOS

 Aparelhos eletrônicos usados no nosso dia a dia - incluindo telefones celulares - podem produzir campos magnéticos fortes o suficiente para interferir com aparelhos médicos implantados, ainda que o efeito possa ser definido como "de baixo risco" se os pacientes tomarem os cuidados adequados.

Esta foi a conclusão de um painel de especialistas reunidos pelo órgão de saúde norte-americano, a FDA (Food and Drug Administration).

Os pesquisadores mediram as variações na intensidade dos campos magnéticos e elétricos em distâncias variadas a partir dos modelos mais recentes de telefones celulares e relógios inteligentes.

Com base nos resultados, a entidade sugere que esses aparelhos eletrônicos sejam mantidos a pelo menos 15 cm de distância dos dispositivos implantados.

RISCO DOS CELULARES PARA OS IMPLANTES: Marcapassos implantáveis e desfibriladores-cardioversores fornecem pulsos elétricos que fazem com que as câmaras do coração se contraiam e bombeiem o sangue a uma taxa apropriada, salvando a vida de pacientes que sofrem de distúrbios do ritmo cardíaco.

Esses aparelhos contam com um "modo de segurança", também chamado de "modo magnético", no qual seu funcionamento é suspenso quando o paciente precisa passar por algum exame ou procedimento que gera uma forte interferência eletromagnética, para evitar que o aparelho faça medições imprecisas da frequência cardíaca e acabe fornecendo pulsos elétricos inadequados em resposta.

Esse modo de segurança é ativado por um ímã com uma força de aproximadamente 9 Mt (megatonelada), cerca de 200 vezes mais forte do que a força do campo magnético da Terra.

O problema é que o modo de segurança também pode ser disparado inadvertidamente por qualquer campo magnético estático com que o paciente entre em contato e que atinja uma força superior a cerca de 1 Mt (megatonelada), o que significa que o paciente simplesmente não contará com o funcionamento do aparelho, voltando a correr risco de vida por sua condição cardíaca original, antes do implante.

É por isso que os aparelhos eletrônicos modernos, cada vez com maior potência, geram preocupação entre médicos e pacientes. Ímãs de terras raras, por exemplo, como os de neodímio, capazes de gerar campos muito fortes, estão presentes por todo canto, de fones de ouvido a fechaduras de portas e alto-falantes de celulares.

QUAIS OS RISCOS DA RADIAÇÃO DOS CELULARES E COMO SE PROTEGER? Celulares podem interferir com marcapassos e desfibriladores implantados

O campo magnético gerado pelo celular pode ser maior do que o usado para desligar os implantes.

MANTENHA CELULARES LONGE DOS IMPLANTES: A equipe avaliou a influência desses campos magnéticos colocando um iPhone 12 e um Apple Watch 6 a distâncias variáveis de um detector de campo magnético. Eles descobriram que, em proximidades de menos de 1 cm, o detector encontrou campos significativamente mais fortes do que 9 Mt (megatonelda)  - o que poderia facilmente acionar o modo de segurança inadvertidamente.

Essa força foi atenuada com o aumento da distância e caiu abaixo de 1Mt além de 2 cm.

A partir de seus resultados, os especialistas concluíram que esses aparelhos eletrônicos representam atualmente um risco baixo para pessoas com dispositivos médicos implantados, desde que os pacientes não os coloquem sobre o peito - no bolso da camisa, por exemplo.

Para o dia a dia, a recomendação final do painel de especialistas é que celulares e relógios inteligentes sejam mantidos a pelo menos 15 cm de distância de quaisquer dispositivos implantados. Fonte: Diário da Saúde-14/09/2021

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quinta-feira, setembro 09, 2021

A GESTÃO DOS NANOMATERIAIS NO LOCAL DE TRABALHO


Os nanomateriais são partículas minúsculas, invisíveis ao olho humano. Ainda assim estão  presentes no nosso dia-a-dia, em produtos como os alimentos, os cosméticos, os produtos eletrônicos e os medicamentos. 

Alguns nanomateriais são naturais, outros são produtos derivados de atividades humanas ou são fabricados para fins específicos. Apesar de os nanomateriais possuírem muitas propriedades benéficas, os riscos dos mesmos para a saúde ainda são muito desconhecidos. Sendo assim, é importante gerir com especial precaução estes materiais durante o decorrer das investigações.

O QUE SÃO OS NANOMATERIAIS?

Em termos gerais, as organizações definem como nanomateriais os materiais que contêm partículas com uma ou mais dimensões externas na gama de tamanhos compreendidos entre 1 e 100 nanômetros (nm).   .

Até 10 000 vezes menores do que um cabelo humano, os nanomateriais são  no que diz respeito às dimensões, comparáveis aos átomos ou moléculas, indo buscar o nome às suas estruturas diminutas (um nanômetro equivale a 10–9 de um metro). Não só devido às suas dimensões diminutas, mas também devido a outras características físicas ou químicas que incluem, entre outras, o seu formato e área de superfície, os nanomateriais diferem, em termos de propriedades, dos mesmos materiais utilizados em maior escala.

Devido a estas diferenças, os nanomateriais oferecem novas oportunidades interessantes em áreas como a engenharia, a tecnologia da informação e da comunicação, a medicina e a farmácia, para referir apenas algumas. Contudo, essas mesmas características que conferem propriedades únicas aos nanomateriais também são responsáveis pelos seus efeitos na saúde humana e no ambiente.

ONDE PODEMOS ENCONTRAR OS NANOMATERIAIS?

Os nanomateriais estão naturalmente presentes nas emissões vulcânicas, ou podem ser produtos derivados da atividade humana como, por exemplo, gases de escape dos motores diesel ou fumo de tabaco.  Mas aqueles que suscitam maior interesse são os nanomateriais fabricados. Esses já se encontram presentes num amplo leque de produtos e aplicações.

Alguns desses nanomateriais são já usados há décadas, tais como a sílica sintética amorfa, em concreto, pneus e produtos alimentares. Outros só há pouco tempo foram descobertos, tais como o dióxido de nanotitânio, usado como agente bloqueador de raios UV em tintas ou protetores solares; a nanoprata, usada como agente antibacteriano em aplicações têxteis e medicinais; ou os nanotubos de carbono, frequentemente utilizados pela sua resistência mecânica e leveza, e pelas suas propriedades de dissipação do calor e de condutividade elétrica em aplicações como a eletrotecnia, o armazenamento de energia, as estruturas de aeronaves espaciais e veículos e o fabrico de equipamento desportivo. Estamos a assistir a um contínuo e rápido desenvolvimento de novas gerações de nanomateriais, o qual deverá ser acompanhado pelo crescimento do mercado para estes produtos.

QUE PREOCUPAÇÕES DE SAÚDE E SEGURANÇA ESTÃO ASSOCIADAS AOS NANOMATERIAIS?

Os riscos para a saúde são uma preocupação significativa da utilização dos nanomateriais. O Comité Científico dos Riscos para a Saúde Emergentes e Recentemente Identificados (SCENIHR)  descobriu que alguns nanomateriais fabricados implicavam riscos concretos para a saúde. No entanto, nem todos os nanomateriais têm necessariamente um efeito tóxico, sendo necessária uma abordagem caso a caso à medida que a investigação prossegue.

Os efeitos dos nanomateriais que suscitam maior preocupação ocorrem nos pulmões e incluem, entre outros, inflamação e lesões nos tecidos, aparecimento de fibroses e tumores. O sistema cardiovascular também pode ser afetado. Alguns tipos de nanotubos de carbono podem ter os mesmos efeitos que o amianto. Além dos pulmões, descobriu-se que os nanomateriais podem afetar também outros órgãos e tecidos, incluindo o fígado, os rins, o coração, o cérebro, os ossos e os tecidos moles.

Devido às suas dimensões diminutas e à sua grande área de superfície, as nanopartículas em pó podem apresentar risco de explosão, ao contrário do que acontecem com os respetivos materiais mais grossos.

DE QUE FORMA OCORRE A EXPOSIÇÃO AOS NANOMATERIAIS NO LOCAL DE TRABALHO?

A exposição dos trabalhadores aos nanomateriais pode ocorrer na fase de produção. Contudo, ao longo das diversas fases da cadeia de abastecimento, muitos mais trabalhadores podem ser expostos sem sequer saberem que estão em contato com nanomateriais; consequentemente, é pouco provável que as medidas que estão a ser tomadas para prevenir a exposição sejam suficientes.

A exposição pode ocorrer numa série de contextos profissionais em que os nanomateriais são utilizados, tratados ou processados, existindo o risco de inalação, nos casos em que se trate de partículas suspensas no ar, ou de contato com a pele. A exposição pode ocorrer, por exemplo, desde o domínio dos cuidados de saúde ou dos trabalhos de laboratório, aos trabalhos de manutenção ou construção.

GESTÃO DE RISCOS DOS NANOMATERIAIS NO LOCAL DE TRABALHO

A legislação europeia relativa à proteção dos trabalhadores aplica-se aos nanomateriais, mas não se refere explicitamente aos mesmos. 

Isso significa que cabe às entidades empregadoras avaliar e gerir os riscos dos nanomateriais no local de trabalho. Se a utilização e produção de nanomateriais não puder ser eliminada ou substituída por materiais e processos menos perigosos, a exposição dos trabalhadores deve ser minimizada através da adoção de medidas preventivas e hierarquizadas, estabelecendo-se a seguinte ordem de prioridades:

·        Medidas técnicas de controle dos riscos na fonte;

·        Medidas organizacionais;

·        Utilização de equipamento de proteção individual, como último recurso.

Apesar das muitas incertezas, existem também muitas preocupações sobre os riscos dos nanomateriais para a saúde e a segurança. Como tal, os empregadores devem, juntamente com os trabalhadores, estabelecer medidas de prevenção baseadas numa gestão preventiva  dos riscos.

A identificação dos nanomateriais, das suas fontes de emissão e dos níveis de exposição pode não ser tarefa fácil. Contudo, estão disponíveis orientações e ferramentas para ajudar a gerir os riscos dos nanomateriais no local de trabalho.

Leia as recomendações mais específicas da EU-OSHA sobre a gestão dos riscos associados aos nanomateriais no setor da saúde e nos trabalhos de manutenção. Outras organizações também publicaram informações úteis sobre a utilização dos nanomateriais, por exemplo, na construção   e no mobiliário , ou na investigação e desenvolvimento .

Descubra que outras medidas de gestão de nanomateriais foram adotadas por outras empresas através  de boas práticas  relativas a uma gestão eficiente de nanomateriais no local de trabalho. Fonte: Agência Europeia  para a Segurança e Saúde no Trabalho  – set/2021

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