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quinta-feira, setembro 29, 2011

Melões contaminados causam mortes nos Estados Unidos

Um foco de listeriose matou 13 pessoas e infectou outras 72 nos Estados Unidos, segundo informou nesta quarta-feira (28) o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do país.

A doença é provocada por uma bactéria chamada Listeria monocytogenes. Esse micro-organismo foi encontrado em melões contaminados na fazenda Jensen Farms, localizada na cidade de Granada, no estado de Colorado.

Com sintomas parecidos com os de gripe, a listeriose pode causar dores musculares e febre. A doença é mais grave em grávidas - elas podem até perder o bebê ou a criança pode nascer com meningite. Segundo o CDC, idosos, recém-nascidos e adultos com as defesas do corpo enfraquecidas também são alvos mais fáceis para a infecção.

Quatro tipos diferentes da bactéria já foram detectados em até 18 dos 50 estados norte-americanos desde o início do surto, em 15 de agosto. Já as mortes aconteceram somente nos estados de Coloroado, Kansas, Maryland, Missouri, Nebraska, Novo México, Oklahoma e Texas.

A própria fazenda solicitou que seus produtos fossem recolhidos depois da agência que regula remédios e alimentos nos Estados Unidos (FDA) ter identificado a origem do foco.

O tipo de melão infectado é conhecido como Rocky Ford - nome de uma cidade no Colorado famosa por esta variedade da fruta. Mas as autoridades sanitárias do país alertam que a Listeria pode crescer em outros tipos de melões, guardados dentro ou fora da geladeira.

Fonte: G1 - 28 de setembro de 2011

Comentário:
Os perigos biológicos de frutas, como melão, são provenientes de várias fontes, tais como: matéria orgânica do solo, répteis, insetos, sistemas de irrigação, água poluída com material fecal, fertilizantes orgânicos não tratados e ainda, higiene do pessoal e dos equipamentos de colheita. O fato dos melões serem cultivados diretamente em contato com o solo faz com que os perigos biológicos sejam, inevitavelmente, os mesmos referentes aos microrganismos de onde estão sendo cultivados.

A microbiota destes frutos caracteriza-se pela presença de Pseudômonas spp, Erwinia herbicola e Enterobacter agglomerans, bactérias do ácido lático, como Leuconostoc mesenteroides, Lactobacillus spp e leveduras, e as do gênero Pseudomonas. Em relação aos patógenos os melões podem carrear do campo Salmonella, Shigella, Campylobacter, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Clostridium botulinum, Bacillus cereus, espécies de Vibrio, vírus da hepatite A e Norwalk, além de fungos como Cryptosporidium e Cyclospora.

A preocupação com a presença de patógenos nesses produtos é reforçada, uma vez que a maioria das vezes os melões são consumidos de forma “in natura”, em saladas e/ou minimamente processados.

CONTAMINAÇÃO NA PLANTA OU SEMENTE
A contaminação pode ter sua origem ainda na planta, através das sementes ou do ambiente durante o seu desenvolvimento. As sementes são fontes de patógenos como Bacillus cereus e Salmonella e outros fungos que podem causar doenças póscolheita. A maioria das contaminações ocorre no lado de fora ou na superfície das plantas, entretanto, em algumas frutas, os tecidos podem ser invadidos ainda em estágios iniciais de desenvolvimento dos frutos.

CONTAMINAÇÃO DO SOLO
O histórico do solo no qual são produzidas as frutas é um fator geralmente ignorado, mas não deve ser descuidado, pois algumas bactérias podem sobreviver em solos por meses ou anos. Por exemplo, Salmonella e Listeria monocytogenes poderiam sobreviver por meses em adubos provenientes de material de esgoto, humano ou animal aplicado em solos. Animais, insetos e pássaros, são potenciais fontes de contaminação, pois são carreadores de microrganismos patogênicos.

Os microrganismos patogênicos tais como Listeria monocytogenes, Salmonella, Clostridium botulinum e Escherichia coli são os mais associados com a agricultura constituindo perigos potenciais na cultura do melão.

LISTERIA
Listeria, devido a sua grande distribuição no ambiente, tem capacidade de sobreviver por longos períodos de tempo no solo ou em material de plantas, sobre condições adversas e também pode ser veiculada por meio de pássaros.

SALMONELLA
Salmonella é encontrada largamente no solo, água, esgoto, animais, humanos, equipamentos de processamento e outros produtos alimentícios. Seu habitat natural é o trato intestinal de animais que, em alguns casos são portadores assintomáticos. Salmonella não é normalmente associada com produtos frescos, mas pode ocorrer devido à contaminação por estercos animais ou pessoas
infectadas.

CLOSTRIDIUM BOTULLINUM
Clostridium botullinum é encontrado principalmente no solo e no caso de melões minimamente processados, este pode se constituir um perigo em potencial.

ESCHERICHIA COLI
A Escherichia coli está presente no trato de animais e homens e pode ser encontrada como contaminante do solo, água e plantas. Estes microrganismos geralmente não sobrevivem por muito tempo no solo e planta, portanto a sua presença sugere contaminação recente. Muitas estirpes deste microrganismo são habitantes naturais do trato intestinal humano e, geralmente, são inofensivos. Entretanto, outras estirpes como E. coli O157:H7, são capazes de causar doenças e morte no homem. Fezes e água não tratadas são as maiores fontes de contaminação deste microrganismo. Estudos relatam que esterco utilizado como fertilizante ou corretivo de solos é fonte potencial de E. coli 0157:H7 e Salmonella e que estes patógenos podem sobreviver em estercos bovinos por 42-49 dias a 37 0 C e por 49-56 dias a 22 0 C.

IRRIGAÇÃO
Os perigos biológicos para melão representados pela água de irrigação, são principalmente patógenos como Escherichia coli, Salmonella sp, Vibrio cholerae, Shigella sp, etc; assim como parasitas: Chyptosporidium parvum, Giardia lamblia, Cyscospora cayetanenses, etc; e os vírus Norwalk, Hepatitis A, Hepatitis E, Enterovirus, Rotavirus, etc.
Além dos patógenos, bactérias deterioradoras, leveduras e fungos, parasitas e vírus dominam a microflora de frutas frescas, como o melão, causando doenças infecciosas para o homem.

A presença e o número destes microrganismos dependem do tipo de produto, práticas agronômicas, área geográfica de produção e condições climáticas antes da colheita.

CONTAMINAÇÃO POR MANUSEIO
Nas etapas de colheita e pós-colheita a introdução do contato humano e mecânico tem tido maior impacto na segurança microbiológica de produtos frescos. Os perigos nestas etapas advêm da contaminação por manuseio pós - colheita, animais domésticos, esteiras transportadoras, superfícies da área de trabalho, água de lavagem, caixas e/ou monoblocos para embalagens, pallets e caminhões utilizados para o transporte.

HIGIENE PESSOAL, EQUIPAMENTOS
Os perigos associados a pessoal estão diretamente relacionados às práticas sanitárias de rotina das quais, na maioria das vezes, os funcionários não estão conscientes. Trabalhadores rurais têm sido relacionados como as principais fontes de contaminantes, associado a surtos de cólera com melões cortados. Aqui, patógenos como S. aureus, têm sido um dos mais preocupantes, embora outras bactérias como enterobacteriaceaes possam constituir perigos à saúde pública.

Os utensílios, equipamentos, meios de transportes (tratores e caminhões) e ainda os packing-houses constituem fontes potenciais destes perigos, assim planos de higiene e sanitização devem ser implementados para redução dos mesmos. A ausênciae/ou processo de sanitização ineficiente podem promover a formação de biofilmes (agregados microbianos que abrigam bactérias, leveduras e fungos) em equipamentos, utensílios e transporte requerido para colheita e pós-colheita de frutos. Fonte: Embrapa – Frutas – Perigos na Produção de Melões

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terça-feira, setembro 27, 2011

FAB voa para combater incêndios no DF

Um Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira iniciou neste sábado, 10 de setembro, uma série de missões de combate aos incêndios florestais que atingem o Distrito Federal. A Aeronave equipada com um sistema aéreo de combate ao fogo pode lançar 12 mil litros de água em uma área de 500 metros de extensão e 50 metros de largura. O trabalho inicial concentrou-se nos arredores do aeroporto de Brasília, onde a fumaça dos focos de incêndio poderiam atrapalhar o tráfego aéreo. "Além do aeroporto, nós também vamos atuar nas áreas críticas que os bombeiros indicarem", revela o Tenente Coronel Aviador Marco Aurélio de Oliveira, comandante do Primeiro Grupo de Transportes de Tropa (1ºGTT), e um dos pilotos das missões.

Para realizar corretamente a missão, a aeronave tem que sobrevoar a área do incêndio numa altitude de 50 metros e acionar o equipamento. O lançamento por meio de pressão dura poucos segundos e a própria inércia se encarrega de espalhar a água sobre o fogo. Após o lançamento a aeronave volta para Base Aérea, onde recebe um novo carregamento de água. O processo de recarga dura doze minutos se não for necessário reabastecer o combustível da aeronave.

A cidade de Brasília enfrenta uma série de incêndios florestais provocados pela estiagem de mais de 91 dias de duração e pela baixa umidade do ar. Segundo o Corpo de Bombeiros do DF, mais de 50 focos de incêndio foram identificados nos últimos dias e alguns deles atingiram grandes proporções. As áreas mais afetadas foram a região do aeroporto, o Jardim Botânico e a Floresta Nacional. Na manhã de sexta-feira o aeroporto teve de atuar por instrumentos por causa da baixa visibilidade provocada pela fumaça do incêndio.

"O apoio da FAB com essa aeronave C-130 é fundamental para evitarmos que os focos de incêndio se alastrem", afirma o Major Helon Florindo do Corpo de Bombeiros do DF. Segundo ele, o grande volume de água lançado pelo C-130 vai ajudar as equipes de terra a alcançarem pontos importantes dentro da mata. "O trabalho do avião não só combate as chamas, como também resfria a temperatura do incêndio e permite o avanço da equipe de solo. São ações que se complementam", revela o major Florindo.

O C-130 Hércules do 1ºGTT, sediado na Base Aérea dos Afonsos (RJ), chegou a Brasília na noite de sexta-feira e começou a fazer os voos de combate aos incendios logo ao nascer do sol deste sábado.

A operação de combate ao fogo não tem data para acabar. As condições meteorológicas continuam contribuindo com os incêndios, uma vez que as previsões não apontam para a possibilidade de chuva antes do dia 20 de setembro no Distrito Federal.

Fonte: Agência Força Aérea - 10 de setembro de 2011

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Comentário:
O Brasil já deveria ter uma esquadrilha ou frota de helicópteros e aviões especializados em combate a incêndios que possam ser utilizados em incêndios florestais ou em grandes desastres, como aconteceu no em Santa Catarina.
Não é desperdício, mas sim estratégico para o país defender o meio ambiente em questão de catástrofe ou minimizar sua perda.

As vantagens do combate aéreo em incêndios florestais;
■ataque rápido ao incêndio, para deter o seu avanço ou dificultar sua propagação em várias frentes
■combate ao incêndio em terrenos inacessíveis às equipes de terra
■ descarga de grandes quantidades de água ou de retardantes químicos sobre o incêndio e em curtos intervalos de tempo
■ mudança rápida de um incêndio a outro, extinguindo focos iniciais distantes entre si e protegendo homens e materiais
■ transporte de homens e equipamentos de combate terrestre.

Quais são os impactos de um incêndio florestal?
A avaliação total do impacto de um incêndio florestal considerando ss custos a longo prazo incluem;
■ impactos para as bacias hidrográficas, ecossistemas, infra-estrutura, empresas, indivíduos, e a economia local e nacional. Especificamente, esses custos incluem a perda da propriedade ( no Brasil não temos a gravidade dessas perdas como existem nos EUA),
■ o impacto pós-incêndio no meio ambiente, tais como;
■ inundações e erosão, qualidade do ar e da água
■ custos de saúde (admissões hospitalares de atendimento de emergência)
■ acidentes e mortes,
■ perda de receita (para residentes evacuados pelo fogo, parques, para as empresas locais)
■ infra-estrutura, paradas (como rodovias, aeroportos e ferrovias), e
■ uma série de ecossistema custos dos serviços que podem se estender para o futuro
■ custo de reabilitação da área queimada

Levando em consideração a estatística americana de incêndios florestais em relação a custos, podemos ter uma idéia dos valores envolvidos, tais como;
■Custos diretos - pessoal e equipamentos envolvidos no combate ao fogo direto, pessoal envolvido no apoio de gerenciamento de informações, danos aos equipamentos de combate ao fogo, perdas de propriedades, perdas de instalações de parques nacionais e/ou estaduais.
Os custos de reabilitação imediata de emergência são, por vezes considerada direta, uma vez que esses custos são incorridos nos dias, semanas e meses seguintes ao fogo e são claramente atribuíveis ao evento .
■Custos de reabilitação – Os custos de reabilitação são sob responsabilidade dos governos federal, estaduais e agências locais.
Custos de longo prazo de reabilitação, no entanto, são mais difíceis de medir, e despesas de reabilitação em curso não pode ser claramente conectado ao evento. Por exemplo, bacias hidrográficas podem levar muitos anos para se recuperar e requerem atividades de restauração significativa. Pós-fogo inclui inundações, eventos podem causar danos adicionais à paisagem já cicatrizada, e os impactos subseqüentes podem incluir um aumento de espécies invasoras e erosão.
■Custos indiretos – Depois que o fogo foi extinto e os esforços de reabilitação já começaram na
paisagem afetada, os custos indiretos continuam a acumular. Estes custos incluem as receitas fiscais perdidas em um número de atividades, como parques, vendas, e os impostos do município, bem como as receitas de negócios e perdas de propriedades que se acumulam a longo prazo. Por exemplo, propriedades que escapam de danos ao fogo ainda pode enfrentar quedas bruscas em valores enquanto a área se recupera.
■Custos adicionais- Além dos custos indiretos associados com fogo de longo prazo são os custos adicionais, muitas vezes chamado de "custos especiais".
Quando um bombeiro morre na linha de combate ao fogo, as famílias recebem um montante fixado para a sua perda; este número serve como referencia para o custo de vida perdida. Perda de vidas civis, problemas de saúde em curso para jovens, idosos e pessoas com sistema imunológico debilitado ou respiratório e mental, as necessidades de saúde também se enquadram nesta categoria, mas raramente são quantificadas. Além disso, a perda extensiva do ecossistema de serviços, alguns dos quais são inerentemente difíceis de quantificar; a estética e paisagístico de beleza, o valor da existência da vida selvagem , outros, podem ser incluídos, como danos arqueológicos, .

Levando em consideração esses conceitos:
O custo de combate ao fogo varia de 5 % a 52% do custo total das perdas. Ou o custo total do incêndio varia de 2 a 30 vezes o custo do combate ao fogo..
Fonte: The True Cost of Wildfire in the Western U.S.

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sexta-feira, setembro 23, 2011

Produtor quase perde a perna em acidente com roçadeira

O que acredita ser uma falha no sistema de segurança de uma roçadeira costal, quase custou ao cafeicultor JS a perda de sua perna direita no dia 2 de março de 2010. Ele usava a roçadeira para cortar o capim sob pés de café, após uma desbrota na lavoura.

O produtor usava todos os equipamentos de segurança e estava sozinho na plantação, já que havia chovido muito e os trabalhadores contratados não foram trabalhar. "Quis adiantar a roçada em algumas ruas de café para que eles pudessem trabalhar no dia seguinte", explica.

ROÇADEIRA BATEU NUM TOCO
Foi quando a roçadeira bateu num toco de café. A lâmina quebrou e foi diretamente em direção à sua perna, cortando pele, nervos, veias, carne e o osso. "Senti uma pancada muito forte, vi o sangue saindo em grande quantidade. Se eu não estivesse de caneleira, teria ficado sem a perna.

ESTAVA SOZINHO
Caí, gritei e tentei chegar ao trator. Comecei a gritar por socorro de novo, pensei que morreria, porque não havia ninguém lá. Mas um rapaz da fazenda Itapuã - deve ser um anjo - voltou para pegar uma moto e me ouviu.

RESGATE
Uma verdadeira operação foi montada, com acionamento do escritório da Itapuã, do Corpo de Bombeiros e do hospital Alzira Velano, onde foi constatada fratura exposta da tíbia. JS passou por uma cirurgia na perna.

CIRURGIA E REPOUSO
Quinze dias depois, nova cirurgia para colocação de placa de platina e pinos para juntar as duas
partes da tíbia.
Ele conta que sentiu e ainda sente muitas dores e não consegue fazer nada sozinho; nem mesmo andar.
Está na casa de uma irmã, na cidade, pois não há como trabalhar. "Eu quero que a entrevista sirva de alerta para quem usa estas máquinas. Elas vêm com um sistema de proteção, mas que não serve de nada. Tanto que ela continua lá, intacta. Não serviu para evitar que a lâmina me atingisse. A proteção plástica nem foi tocada pela lâmina", explica.

EQUIPAMENTO PERIGOSO
Para o cafeicultor, a exemplo de roçadeiras de trator e outras máquinas, como furadeiras, por exemplo, a roçadeira costal deveria ter um sistema em que, "se a lâmina batesse em alguma coisa, o motor patinasse ou mesmo parasse.
Seria uma espécie de embreagem. Mas estas máquinas não têm este dispositivo. Então eu alerto
que elas podem machucar ou mesmo matar alguém", afirma.
JS afirma que é pequeno produtor, mora no campo com a esposa e cuida praticamente sozinho de 45 mil pés de café.
Quando precisa, contrata trabalhadores. "Quem usa estas roçadeiras são pequenos produtores e trabalhadores do campo ou da Prefeitura.
Nós ficamos expostos a esta máquina que não dá nenhuma segurança. Aliás, para mim, não é
uma máquina, mas sim uma arma.
Infelizmente não fui o primeiro e não serei o último O cafeicultor deverá ficar sem trabalhar por aproximadamente três meses.
"É difícil, porque a colheita está chegando e é preciso preparar a lavoura.
Minha roça está praticamente abandonada e eu não posso fazer nada, reclama. "Mas acho importante que as pessoas tomem conhecimento que estas máquinas podem machucar muito uma pessoa."

EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA
O professor da Faculdade de Agronomia da Unifenas, José Messias Miranda, explica que os equipamentos de segurança exigidos para a utilização de roçadeiras são bota com caneleira especial e óculos ou viseira à prova de choque, mas ele também recomenda o uso de um avental de couro para proteger o corpo.
Segundo ele, as máquinas possuem um dispositivo em que, ao encontrar uma alta resistência, o
motor trava. Por isso, não sabe exatamente o que pode ter acontecido com o cafeicultor JS. E informa que a qualidade da faca e a inspeção diária do ponto de engate são fundamentais para evitar acidentes. "Nós adaptamos a faca longa, mas o fabricante recomenda a faca de três pontos."
O professor afirma que já presenciou alguns acidentes com roçadeiras. "Num deles, o operador perdeu a visão de um olho, porque estava sem os óculos ou a viseira."

Fonte: Jornal dos Lagos – Alfenas, 31 de março de 2010

Comentário:
Quem lê o manual do fabricante? A maioria não lê as recomendações de segurança, cuidados que devem ter com o equipamento, procedimentos de cortes, etc. A velocidade de trabalho do disco ou faca de uma roçadeira dependendo do modelo varia de 7.000 a 9.000 rpm. Isso equivale a uma velocidade angular de 733 a 942 rad/s. Em termos de velocidade linear equivale a 673 a 865 km/h. A roçadeira pode decepar uma perna, como já ocorreu na região norte do país. É um equipamento extremamente perigoso se o operador não recebeu treinamento adequado. É vendido em qualquer tipo de loja de artigos rurais ou na internet. Isso é uma falha dos fabricantes que deveria exigir treinamento do operador, pois os manuais apenas recomendam cuidados no momento da operação desses equipamentos. A proteção de segurança da faca ou disco varia de tamanho de acordo com o fabricante.

Se a faca ou disco tem o diâmetro de 30 cm, a proteção deveria ultrapassar o segmento do diâmetro para evitar durante a ruptura da ferramenta projetar-se na perna ou no rosto do operador. A proteção de segurança deveria envolver muito mais a ferramenta de corte.
A vítima desse acidente tem razão é um equipamento perigoso e é vendido para qualquer pessoa e a proteção de segurança deveria ser muito maior. O equipamento é oferecido não apenas para empresas, mas também para os consumidores.

O QUE DIZ O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Na seção I - Proteção à Saúde e Segurança
ART. 10 - O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança.

O QUE DIZ A NORMA: NR-12 – SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
■ As máquinas e equipamentos que ofereçam risco de ruptura de suas partes, projeção de materiais, partículas ou substâncias, devem possuir proteções que garantam a saúde e a segurança dos trabalhadores.
1-As proteções devem ser projetadas e construídas de modo a atender aos seguintes requisitos de segurança:
a) cumprir suas funções apropriadamente durante a vida útil da máquina ou possibilitar a reposição de partes deterioradas ou danificadas;
b) ser constituídas de materiais resistentes e adequados à contenção de projeção de peças, materiais e partículas;
c) fixação firme e garantia de estabilidade e resistência mecânica compatíveis com os esforços requeridos;
d) não criar pontos de esmagamento ou agarramento com partes da máquina ou com outras proteções;
e) não possuir extremidades e arestas cortantes ou outras saliências perigosas;
f) resistir às condições ambientais do local onde estão instaladas;
g) impedir que possam ser burladas;
h) proporcionar condições de higiene e limpeza;
i) impedir o acesso à zona de perigo;
j) ter seus dispositivos de intertravamento protegidos adequadamente contra sujidade, poeiras e corrosão, se necessário;
k) ter ação positiva, ou seja, atuação de modo positivo; e
l) não acarretar riscos adicionais.

O QUE DIZ OS MANUAIS DOS FABRICANTES
■ O uso impróprio das lâminas pode resultar em sérios ferimentos. Utilize somente lâminas recomendadas pelo fabricante
Sempre utilize a lâmina apropriada para o trabalho como indicado no quadro ao lado:
Fio de Nylon - Grama e Acabamento
Faca ou lâmina 02 pontas ( tipo hélice )- (dependendo do fabricante, não é recomendada a utilização deste tipo de lâmina )
Faca ou lâmina de 3 e 4 pontas - Capim Alto
Lâmina circular – Arbustos
■Inspecione a lâmina antes da instalação e confira sua afiação. Lâminas “cegas” aumentam o risco de rebote.
■Descarte lâminas que apresentem rachaduras ou trincas (por menor que sejam).
Quando a lâmina (3 pontas) começar a ficar cega devido ao desgaste, inverta-a para continuar
trabalhando e gastar a lâmina por igual.
■Pequenas trincas ou rachaduras podem resultar em lascas de metal que com o alto giro se lançam como estilhaços em alta velocidade durante a operação.
■Estilhaços da lâmina podem ser arremessados em alta velocidade durante a operação caso esta
esteja quebrada. Inspecione as lâminas antes de cada operação e descarte-as caso apresentem rachaduras ou trincas. Não as utilize em hipótese alguma.
■A fixação incorreta ou não centralizada da lâmina pode resultar em vibração excessiva e conseqüente perda do controle do equipamento ou ainda no desprendimento e arremesso da lâmina.
Cuidados
■Evite cortar muito próximo ao solo ou tocá-lo com a lâmina de corte.
■Caso a lâmina bata em algum objeto, desligue imediatamente o motor, espere a lâmina parar de girar e verifique a presença de danos ou pequenas rachaduras / trincos.
■Não trabalhe com lâminas tortas, empenadas, desbalanceadas, trincadas / rachadas ou ainda adaptadas de outro equipamento ou fabricante.
■Se durante a operação ocorrer alguma trepidação repentina, pare imediatamente o equipamento e verifique se a lâmina está bem fixada.
■Caso a lâmina se prenda na madeira ou capim, não tente livrá-la acelerando o motor ou mexendo o equipamento, uma vez que forçará o equipamento e entortará a lâmina. Caso isto ocorra, desligue o motor e manualmente (com luvas de proteção) solte a lâmina de corte.
■ Rebote: Ocorre quando se toca algum objeto / material duro com a parte frontal do equipamento. Esta força fará com que o equipamento se mova abruptamente / violentamente para a direita. Este movimento é perigoso uma vez que o movimento é repentino e pode resultar na perda do controle do equipamento.
■ Não suspenda a lâmina acima da altura de seu joelho. Se muito alta, a lâmina poderá estar mais diretamente alinhada à sua face. Objetos arremessados poderão ferir sua face ou seus olhos.
■Não utilize lâminas fora da especificação ou adaptadas.
■Não bata a faca contra pedras, britas ou qualquer outro objeto que possa ser arremessado ou
danificar a lâmina de corte.
■Nunca trabalhe com o equipamento de maneira improvisada, faltando algum acessório ou danificado.
■ Caso a lâmina atinja algum objeto, pare imediatamente o equipamento e o inspecione. Nunca opere o equipamento quando este estiver danificado, do contrário poderá agravar ainda mais o dano ou causar algum acidente.
■Inspecione a área antes de operar sua roçadeira. Remova qualquer objeto que possa ser arremessado pela lâmina de corte.

CORTANDO COM LÂMINA
■ O corte de capim, usando-se fio de nylon ou lâmina de aço, se faz balançando a lâmina num arco plano horizontal. Em terrenos desconhecidos (onde não se consiga ver o que há embaixo da grama / capim) ou com pedras ou objetos que possam ser arremessados, o corte deve ser feito sempre da esquerda para a direita, mas nunca no sentido contrário, sob o risco da lâmina arremessar algum objeto contra o operador.

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terça-feira, setembro 20, 2011

Homem tem a garganta perfurada ao usar a roçadeira

Um acidente de trabalho fez com que uma pedra perfurasse o pescoço de MFS e se alojasse na traquéia da vítima. O fato aconteceu na tarde na quinta-feira, 15 de setembro, por volta das 14h, em Jateí, região sudoeste, 260 km da capital de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. .

O trabalhador estava às margens da estrada MS-376 operando uma roçadeira quando o acidente aconteceu. Segundo o Corpo de Bombeiros a pedra foi sugada pelo disco de corte da roçadeira e em seguida arremessada contra a vítima. O corte provocado pela perfuração era de aproximadamente 1 cm, mesma dimensão da pedra.

Quando a unidade de resgate dos bombeiros chegou ao local, a vítima já havia estancado o sangramento. Exames clínicos iniciais realizados pela guarnição, artérias e veias não foram atingidas e constaram que a vítima conseguia engolir e falar normalmente; sentia apenas certo desconforto.
Após assepsia no ferimento, o trabalhador foi encaminhado para o Hospital Santa Catarina, em Jateí, onde passará por exame de raios-x para localizar a pedra. Fonte: G1 MS-15 de setembro de 2011

Comentário: Muito provável o trabalhador não estava usando equipamentos de proteção individual, principalmente protetor facial e a roçadeira sem a proteção de lâmina.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PARA LIMPEZA COM ROÇADEIRA PORTÁTEIS:
a) calçado de segurança;
b) perneira de couro;
c) protetor auricular;
d) protetor facial;
e) óculos de segurança;
f) luva de vaqueta;

TRABALHADOR
■Receber treinamento para a função;
■Conhecer os riscos da tarefa;
■Treinamento em segurança e prevenção de acidentes e primeiros socorros;
■Treinamento em combate a princípios de incêndios.

RECOMENDAÇÕES NO USO DE ROÇADEIRA PORTÁTEIS
a) Antes de iniciar o serviço o operador deve verificar o local a ser roçado, avaliando se próximo não há pessoas ou veículos;
b) Percorrer o local onde ocorrerá a atividade para verificar, se não há abelhas ou outro tipo de obstáculo;
c) Ao notar a presença de pessoas ou veículos, pare a atividade imediatamente e informe para os mesmos se afastarem;
d) Fica terminantemente proibido deixar outra pessoa que não seja habilitada para esta função utilizar o equipamento;
e) Para a realização da atividade é necessário o uso de camisa manga longa, protetor solar, chapéu ou boné com aba protetora;
f) Na utilização de roçadeiras mecânicas manuais ou motorizadas ao redor de estacionamentos, escritórios, estradas onde tenha fluxo de veículo e funcionários trabalhando, fica obrigatório uso de tela protetora (biombo) no local a ser efetuada a roçada, o não cumprimento ocorrerá à paralisação do serviço imediatamente, sendo de responsabilidade a fiscalização, orientação e o cumprimento deste item do encarregado/ supervisor;
g) Só devem ser utilizadas roçadeiras que possuam dispositivos de proteção que impossibilitem o arremesso de materiais sólidos;
h) Somente será permitida a utilização de roçadeira mecânicas manuais que:
1) Utilizem para corte, fios de nylon (não pode ser lâmina de aço);
2) Possuam protetor de lâmina;
3) Não apresentem vazamentos de combustível;
4) Cabo de alimentação do equipamento não possua emendas e fissuras na capa protetora.

PROCEDIMENTOS PARA ABASTECIMENTO DE ROÇADEIRAS A COMBUSTÍVEL
1) Não deixe o combustível cair no escapamento ou motor quente;
2) Reabasteça em áreas ventiladas;
3) Recoloque a tampa do tanque e enxugue o excesso de combustível;
4) Não fume durante o reabastecimento.
5) Para armazenamento e abastecimento do combustível utilizar galão anti-explosão

RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA
■Em dias de muito calor, não use o equipamento por tempo prolongado.
■Não fume quando estiver trabalhando com a roçadeira
■Seja extremamente cuidadoso ao trabalhar em terrenos acidentado e em dias de chuva.
■Mantenha o protetor da lâmina corretamente fixado, nunca trabalhar sem o protetor.
■Afaste-o, mas não o retire da máquina.
■Assegure-se de que não há pessoas, ou animais a menos de 15 metros de distância.
■Se a lâmina entrar em contato com algum objeto duro pare o motor e verifique se ocorreu quebra ou trinca na lâmina.
■Tenha muito cuidado quando operar a máquina em terreno com cercas de tela de arame ou perto de fio elétrico.

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domingo, setembro 18, 2011

País proíbe bisfenol A em mamadeiras

Substância é suspeita de imitar a ação de hormônio feminino e causar puberdade precoce e obesidade
Fabricantes têm 90 dias para tirar produtos do mercado; não há provas conclusivas dos riscos para a saúde

A partir de 2012, Anvisa quer impedir que a substância - suspeita de causar câncer, diabete e infertilidade - seja ingerida por bebês, os mais sensíveis aos efeitos danosos

A partir de 1.º de janeiro de 2012, as mamadeiras vendidas no Brasil não poderão ter a substância bisfenol A (BPA), suspeita de causar problemas como câncer, diabete e infertilidade. Com a medida, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer proteger bebês de 0 a 12 meses, considerados mais sensíveis.

A resolução, que deve ser publicada hoje no Diário Oficial da União, deixa de fora outros utensílio de plástico usados por crianças pequenas, como copos, pratos e colheres. E não foram incluídas latas de leite em pó, cujo revestimento interno tem BPA.

"Nenhum país adotou a proibição para latas, pois ainda não há um substituto para o verniz usado em seu revestimento", explica Denise Resende, gerente-geral de alimentos da Anvisa. No caso das mamadeiras, há opções de produtos sem BPA. "Além disso, as mamadeiras podem ser usadas para aquecer o leite, o que aumenta a liberação do BPA para o alimento", diz. Segundo ela, a retirada da substância em outros produtos está em discussão com os países do Mercosul.

O BPA está em produto feito de policarbonato, um plástico rígido e transparente, e simula no organismo a ação do hormônio estrogênio, podendo causar desequilíbrio no sistema endócrino. Estudos em animais mostram inúmeros efeitos prejudiciais, mas os resultados em humano são inconclusivos.

Não se sabe até que ponto a substância migra do plástico para o alimento e se, nas quantidades permitidas por lei, ela é prejudicial. Especialistas concordam que a gestação e os primeiros dois anos são os períodos de maior vulnerabilidade, pois os bebês estão em rápido desenvolvimento, têm pouca massa e mais dificuldade para metabolizar tóxicos. "Claro que o ideal era tomar medidas para proteger todas as faixas etárias, mas considero esse passo inicial importante", diz Tania Bachega, coordenadora de uma campanha contra o BPA promovida pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Em abril, a Justiça determinou à Anvisa que criasse norma para obrigar os fabricantes a informar no rótulo dos produtos a presença de BPA. Mas a agência reverteu a decisão em liminar. O processo está em andamento.

"Essa orientação no rótulo não acrescenta nada ao consumidor e não minimiza o risco", afirma Denise. Diante das evidências de risco, a agência optou por adotar a medida restritiva. O BPA também foi proibido em alguns países da União Europeia, Canadá, China, Malásia, Costa Rica e 11 Estados americanos.

COMO REDUZIR A EXPOSIÇÃO
■ Geralmente o bisfenol A está presente em plásticos rígidos e transparentes. Alguns produtos têm um número na parte debaixo que indica sua composição. Aqueles com os números 3 e 7 podem conter a substância.
■ Enlatados: Não consuma enlatados quando a embalagem estiver amassada ou a data de validade, vencida.
■ Plástico: Não aqueça ou congele alimentos em embalagens plásticas. Evite armazenar comida em plástico, mesmo em temperatura ambiente, e usar potes arranhados.
■ Utensílios: Substitua aqueles que entram em contato com alimentos pelos de vidro, metal ou madeira

Fonte: Estadão - 16 de setembro de 2011

Artigos publicados sobre o assunto

Comentário:
De acordo com o toxicologista da Universidade Federal Fluminense Luiz Quirino, o bisfenol A é um desregulador endócrino, tendo participação em problemas de tireoide e obesidade. É muito perigoso à fertilidade humana, e sua ingestão pode, a longo prazo, alterar os cromossomos.
Nos EUA, o Instituto Nacional de Ciências para a Saúde e Meio Ambiente aumenta a lista de alertas sobre a substância, vinculando sua presença a mudanças de comportamento, diabetes, câncer, asma e doenças cardíacas. E os efeitos do BPA ainda seriam transmitidos aos filhos de pessoas contaminadas.

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quinta-feira, setembro 15, 2011

Inseto em lanche do McDonald’s gera indenização

Uma mulher deverá receber R$ 3,6 mil de indenização, por danos morais após encontrar um inseto em um lanche do McDonald’s. A decisão é da 1ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) que manteve a indenização determinada pela 3ª Vara Cível da Penha.

De acordo com os autos, a mulher contou que, em dezembro de 2003, ligou na rede de fast food e pediu para entregarem o lanche. Quando o pedido chegou ela começou a comer, mas, em seguida, encontrou um inseto.

Na época, ela disse que estava grávida de oito meses e ficou muito abalada achando que poderia ter feito mal a seu bebê. Pelo transtorno emocional, teve o parto antecipado em 30 dias.

A autora da ação pediu indenização a título de danos morais no valor de R$ 15,5 mil, bem como ressarcimento do cheque pago pelo lanche no valor de R$ 37, a título de danos materiais.

O juiz Paulo Roberto Fadigas César, da 3ª Vara Cível do Fórum Regional da Penha, julgou a ação parcialmente procedente para condenar a empresa ao pagamento da indenização de R$ 3,6 mil, corrigidos e acrescidos de juros legais a contar da data do fato. De acordo com texto da sentença, “não se exige que o inseto tenha causado algum dano à autora, bastando apenas o risco, que é, neste caso, anormal”.

A empresa apelou da sentença alegando insuficiência de provas e excessiva indenização. O relator do processo, desembargador Claudio Godoy, entendeu que o evento narrado foi suficientemente comprovado.

“Tem-se notória a responsabilidade do fornecedor, evidenciado o defeito de prestabilidade, de adequação, quando não o de segurança à saúde do consumidor. O dano moral consequente à ingestão ou mesmo ao risco de que isto se desse por mulher então em fase final de gravidez é também evidente, tendo sido arbitrado já em quantia moderada, assim sem merecer qualquer reparo”, concluiu.

Os desembargadores Luiz Antonio de Godoy e De Santi Ribeiro também participaram do julgamento e acompanharam o voto do relator, negando provimento ao recurso.

A decisão é da última terça-feira(6 de setembro). Número do processo: Apelação 9165915-41.2006.8.26.0000

Fonte: Ultima Instância – 12 de setembro de 2011

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terça-feira, setembro 13, 2011

Trabalhador morre esmagado por rolo compressor

O trabalhador que fiscalizava as obras de duplicação da avenida Maestro Lisboa, em Fortaleza, Ceará, morreu após ser esmagado por um rolo compactador de pneus no início da tarde de quinta feira, 11 de agosto.

O trabalhador EFM, 50, trabalhava na obra como fiscal de obras, quando outro trabalhador que conduzia o rolo compactador engatou a marcha à ré e acabou atropelando a vítima. O trabalhador morreu no local, sem tempo de ser socorrido.

Foto – Rolo Compactador semelhante

TESTEMUNHAS
Quem estava por perto, conta que EFM, fazia a medição do asfalto recém-colocado. Não teria ouvido a aproximação da máquina. Acabou surpreendido pelo rolo compactador.
O homem morreu na hora, sem qualquer chance de atendimento médico. “Mas ele ainda gritou. Acho que foi assim que a máquina começou a passar por cima. Não pegou tudo, não. Só o lado direito e o rosto”, disse uma moradora de frente ao lugar onde tudo aconteceu. “Foi horrível”, disse.

USO DE CELULAR
Um aparelho celular foi encontrado ao lado do corpo, o que levantou a suspeita de que a vítima estivesse distraída falando ao celular e não percebeu quando o operador engatou a marcha-ré.

OPERADOR DA MÁQUINA
O operador da máquina, identificado como AJF teve de ser encaminhado ao 35º Distrito Policial, no bairro Curió. Ele será indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
Segundo a escrivã do 35º DP, o tratorista tinha habilitação regular e estava com a documentação completa para operar o equipamento. “Foi uma fatalidade. A vítima e o operador eram amigos, inclusive”, disse a escrivã.

DECLARAÇÃO DA CONSTRUTORA
Em nota, a Construtora Marquise disse lamentar o acidente com o trabalhador da Soli Construções LTDA., empresa subcontratada para executar o serviço de recapeamento asfáltico da CE-025. “A empresa esclarece que está acompanhando todas as medidas adotadas pela Soli para garantir o total apoio aos familiares e a correta apuração das causas do acidente”.
Também em nota, a Soli garantiu assistência aos familiares e assegurou “que sempre busca em todas as suas obras o cumprimento de todas as normas de segurança”. E informou que “está sendo montada uma comissão técnica para apurar os fatos”.

Fonte: O Povo – 12 de agosto de 2011

Comentário:
Ao atender o celular em locais que exigem atenção (ouvido e visão), o trabalhador está usando a audição e não prestando atenção a área, potencialmente perigosa. O cérebro não consegue processar informações simultaneamente, calcular ações e prestar atenção no controle visual. As reações ficam mais lentas e isso propicia a ocorrência de acidentes.
A audição é decodificada em uma área no cérebro e a visão, em outra. O cérebro faz duas coisas quando deveria fazer uma só. O celular tocando desvia a atenção do local de trabalho, movimentação de equipamentos e dá início ao procedimento de risco: a primeira ação do trabalhador quando o aparelho toca é procurá-lo ou durante a ligação o campo de visão fica restrito ao celular . Para atender, será necessário o uso de uma das mãos. Se for colocado no ouvido, haverá restrição do campo visual. As condições para o acidente estão presentes.

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quinta-feira, setembro 08, 2011

Estudo acha plástico em mar do Polo Norte


A grua do navio levanta e despeja no convés uma rede em formato de cone. A oceanógrafa inglesa Clare Miller, porém, sabe o que procura ali --e não são peixes. Ela logo esvazia a ponta da rede dentro de um balde, revelando algas, plâncton e... plástico.

Em apenas uma hora dentro d'água, a rede de Miller coletou pedaços minúsculos de plástico e nylon numa das regiões mais remotas do oceano: o mar de Barents, a noroeste do arquipélago de Svalbard, Noruega, a menos de 1.300 km do polo Norte.

A coleta, feita a bordo do navio Arctic Sunrise, do Greenpeace, comprova pela primeira vez algo de que já se desconfiava: o Ártico também está contaminado por lixo.

A descoberta é preliminar: foram apenas quatro amostras coletadas, que ainda serão analisadas num laboratório em Exeter, Reino Unido.

Mas a mera existência de plástico nas águas supostamente límpidas do Ártico é motivo de preocupação.

"Ninguém sabia o que encontraríamos. O local onde lançamos a rede é uma região selvagem, sem nenhum assentamento humano por perto", disse Miller, mestranda em oceanografia na Universidade de Southampton.

O lixo é difícil de ver a olho nu. Ele é composto, em sua maior parte, de pedacinhos de plástico bastante degradados pelo Sol, que ficam em suspensão na água.

Os restos são tão pequenos que precisam ser capturados com uma rede especial, feita para coletar plâncton (animais e algas microscópicas).

Segundo Miller, o tamanho dos pedaços de lixo e a ausência de outros indicadores de poluição, como bolas de piche, sugerem que o plástico é "importado", chegando ao mar de Barents trazido por correntes marinhas como a do Golfo, que sai do Atlântico tropical e banha a Europa.

"Não me surpreenderia se encontrássemos no Ártico condições tão ruins quanto em outras partes, por causa das correntes", afirma Frida Bergtsson, do Greenpeace.

Pólo Norte Norte Plastificado
Partículas de plástico chegam ao oceano Ártico
1-Onde fica: Restos foram achados no mar Barents, a 1.3000 km do pólo Norte

O que são:
Pedaços de plástico e nylon já degradados pela luz solar, difíceis de enxergar a olho nu (só são detectados com rede para capturar plâncton, os organismos pequenos e flutuantes do mar).

Os perigos:
Lixo pode matar animais engasgados e ter papel similar ao de hormônios sexuais, atrapalhando reprodução dos bichos.

LIXO GENERALIZADO
O lixo marinho invisível é um problema global. A ONG mantém uma base de dados de plástico coletado por seus navios em dez outras regiões do planeta. Todas revelam alguma contaminação.

De longe a pior situação é a do norte do Pacífico, que abriga a famosa "grande mancha de lixo".

É uma zona que pode chegar a 15 milhões de km2 (quase o dobro do território do Brasil) na qual a água concentra uma grande quantidade de plástico trazido da Ásia e da América do Norte, mantida ali por correntes em giro.

No mar, o lixo é engolido por animais marinhos e entra na cadeia alimentar --quando não os mata.

RESTO DE REDES

A presença de restos de redes de pesca de nylon nas amostras coletadas por Miller também é típica da contaminação por plástico.

Segundo Bengtsson, o problema é tão disseminado que o governo norueguês freta periodicamente barcos de pesca para buscar equipamento descartado no mar.

Em 2008, um mapeamento publicado na revista "Science" por cientistas americanos mostrou que 100% dos oceanos sofrem algum tipo de impacto humano. Uma das zonas mais degradadas é justamente o mar do Norte, vizinho de baixo do Ártico.

Fonte: Folha.com - 06 de setembro de 2011

Comentário:
O planeta Terra pede socorro. A natureza é interessante, ela sinaliza que algo está errado, avisa e depois provoca o desastre. A natureza não tem objetivo, mas segue suas próprias leis para a catástrofe.

Temos de fazer a nossa parte para proteger o planeta Terra: É possível reduzir o desperdício de lixo ou seu impacto em três fases: os 3 R´s – Reduzir, Reutilizar e Reciclar
Se fizermos nossa parte é um passo importante para proteger o planeta Terra
Devemos sempre pensar nos três erres: Reduzir, Reutilizar e Reciclar.
■Reduzir o desperdício
■Reutilizar sempre que for possível antes de jogar fora e
■Reciclar os materiais.

TEMPO QUE SEU LIXO LEVA PARA SE DEGRADAR
Vidro – até 1 milhão de anos
Linha de nylon – 600 anos
Fralda descartável – 450 anos
Garrafa de plástico – 450 anos
Lata de alumínio – 200 anos
Plástico – 100 anos
Metal – 100 anos
Isopor – 80 anos
Copo de plástico – 50 anos
Saco plástico – 35 anos
Corda -30 anos
Madeira pintada -3 anos
Filtro de cigarro – 5 anos
Chiclete – 5 anos
Papel – 3 a 6 meses

ALGUMAS DICAS DE COMO REDUZIR
■Aproveite as duas faces das folhas de papel, tanto na escrita, quanto para impressão e fotocópias.
■Faça apenas o número necessário de fotocópias.
■Adote coadores, guardanapos e toalhas de pano.
■Revise textos na tela do computador antes de imprimi-los.
■Use envelopes só quando necessário.
■ Recuse folhetos de propaganda que não forem de seu interesse.
■Faça assinatura comunitária de jornais e revistas.
■Compre a granel hortifrutigranjeiros, grãos e produtos de limpeza nas feiras e sacolões.
■Substitua descartáveis como copos, talheres, canudos e isqueiros por similares duráveis.
■Aproveite talos e folhas de verduras, cascas de frutas.
■Diminua o desperdício de alimentos e evite embalagens supérfluas, sofisticadas ou de difícil (isopor, caixas tipo longa vida) ou nenhuma (celofane, papel aluminizado) reciclagem no Brasil.

ALGUMAS DICAS DE COMO REUTILIZAR
■Reaproveite envelopes, cartolinas e folhas de papel com verso livre para rascunho ou para imprimir documentos a serem enviados por fax.
■Utilize frascos e potes para outros fins.
■Reaproveite sobras de materiais de construção.
■ Antes de descartar tente consertar os utensílios e aparelhos com sapateiros, costureiros, técnicos e restauradores ou transforme-os em outros produtos e doe-os a quem precisa.

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domingo, setembro 04, 2011

Riscos: Pedestres distraídos com celulares, Ipod´s

Numa época em que pedestres andam cada vez mais imersos nos sons de seus iPods e celulares, alguns políticos e autoridades dizem que essas distrações podem favorecer atropelamentos e acidentes de trânsito nas grandes cidades.

Por isso, cinco Estados americanos estão promovendo leis que coíbem o uso de aparelhos sonoros por pedestres. A cidade de Filadélfia, porém, tomou uma iniciativa diferente.

Dez policiais patrulham a cidade de bicicleta, param os pedestres que estão "plugados" em seus aparelhos sonoros e oferecem um conselho: fiquem mais atentos. A polícia afirma que a campanha pública é mais útil do que leis, pois considera impraticável impedir que as pessoas usassem seus aparelhos favoritos nas ruas da cidade.

Mulher fala ao celular em rua da cidade da Filadélfia (Foto: BBC)Em Sydney, na Austrália – onde o fenômeno da imersão em aparelhos sonoros é chamada de "iPod oblivion" –, as autoridades também fizeram uma campanha contra o uso de iPods nas ruas, mostrando pedestres atropelados ao lado de seus gadgets.

Para quem não abre mão da música enquanto caminha ou pedala, a tecnologia oferece esperança. As montadoras de automóveis começam a desenvolver carros que param automaticamente ao detectar a presença de pedestres ou ciclistas.

Enquanto isso, críticos das novas leis e campanhas argumentam que as distrações visuais e sonoras sempre existiram nas ruas das cidades grandes. Os iPods e celulares seriam, portanto, apenas os produtos mais recentes a disputar a atenção de nossos cérebros.

Fonte: G1 - 01/09/2011

Comentário: Como o celular e outros dispositivos eletrônicos  provocam distrações em motoristas e  podem provocar colisões e mortes e para os pedestres as conseqüências são mais graves. Ontem  estava circulando com o carro e cruzando uma rua em São Paulo, vi um pedestre com Ipod totalmente distraído, escutando música, cruzando a rua sem olhar par os lados, diminui a velocidade do carro e buzinei e disse: Leva o Ipod junto com o caixão. 

Vídeo:
O vídeo mostra o indice de crescimento de vítimas, pedestres, devido ao uso de Ipod, celular.

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quinta-feira, setembro 01, 2011

Fogo na mata provoca incêndios em fábricas

Por volta das 11h30, do domingo, 28 de agosto, um incêndio de grandes proporções na mata atingiu algumas empresas instaladas no Distrito Industrial 2 na cidade de Bauru, São Paulo.
Segundo informações da Defesa Civil duas das empresas foram devastadas pelo fogo e outra foi atingida parcialmente. O perigo maior, porém, foi a proximidade com uma distribuidora de gás, localizada em frente a empresa de recicláveis, completamente destruída.

INÍCIO DO FOGO:
A alta temperatura, o tempo seco e o vento contribuíram para o alastramento do fogo. As condições de temperatura e umidade no local eram propícias: temperatura: 31°C. e umidade relativa do ar de 27% .
As informações são de que o fogo iniciou na mata durante a manhã e por conta da alta temperatura, da baixa umidade do ar e do vento, se espalhou rapidamente e chegou às empresas atingidas.
Seguranças de uma indústria próxima, disseram que avistaram a fumaça no mato, bem distante das empresas. Chamamos o Corpo de Bombeiros às 10h50, mas ninguém atendia. Conseguimos falar às 11h28, mas eles demoraram a chegar e o fogo já estava se alastrando, afirmou um deles, mostrando o registro das ligações em seu aparelho celular.

COMBATE AO FOGO
Participaram dos trabalhos de combate ao fogo, o Corpo de Bombeiros com 11 viaturas com as respectivas equipes, a Polícia Militar (PM), Defesa Civil, Secretaria Municipal de Obras, Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma),
Departamento de Água e Esgoto (DAE) e a empresa Duratex, de Agudos, que enviou caminhão-pipa. O helicóptero Águia da PM fez o combate aéreo.
Gastamos pelo menos 500 mil litros de água e 50 homens somente do Corpo de Bombeiros foram empenhados para apagar as chamas, informou o tenente da corporação, Felipe Fernandes Koffler. Os trabalhos duraram ao menos 8 horas até que as equipes conseguissem controlar todo o fogo.

PREJUÍZOS E PROPAGAÇÃO DO FOGO
A Reciclar ocupa uma área de aproximadamente 14 mil metros quadrados e cerca de 1,5 mil toneladas de material reciclável, principalmente plástico e papel, foram queimados.
“Não calculamos o prejuízo porque ainda tem material para ser retirado do galpão. Um engenheiro fará uma avaliação do prédio. Não temos seguro. É muito triste porque é o trabalho de sete anos da empresa, lamentou Gilson Guilhermo Molica Rojo, proprietário da Reciclar.

Com os papéis e pedaços do telhado do barracão da Reciclar em chamas levados pelo vento, logo a empresa Ecirtec começou a ser atingida também pelo fogo. Os proprietários do estabelecimento tomaram conhecimento do fato porque o alarme de segurança começou a soar.
“Quando o alarme tocou, a empresa de segurança nos ligou informando sobre o incêndio, afirmou Rodrigo de Oliveira Manzano, um dos proprietários da Ecirtec.

A empresa, com uma área de 4,2 mil metros quadrados, trabalha com produção de equipamentos industriais e, para isso, utiliza maquinário de alto valor. As máquinas não foram queimadas porque os proprietários chegaram a tempo. “Chegamos e começamos a retirar algumas máquinas. Quando vimos que o telhado de zinco começou a ficar vermelho, começamos a jogar água com a mangueira de incêndio para resfriar, mas a água do reservatório acabou bem rápido. Se tivessem mais hidrantes aqui, com certeza o fogo não teria atingido à proporção que tomou, disse o proprietário. O madeiramento do telhado ficou escuro, e o ar condicionado próximo ao muro em que pegou fogo derreteu parcialmente.
Por conta da água que foi jogada no telhado, as máquinas podem estar danificadas ou totalmente perdidas, ainda não calculamos esse tipo de dano. Temos seguro e vamos acionar a seguradora, afirmou o proprietário. .

A última empresa a ser atingida pelo incêndio no Distrito Industrial 2 foi a Diversiplast, que trabalha com moldes e plásticos injetados. Os dois galpões dispostos em uma área de 2 mil metros quadrados foram atingidos e o proprietário Mário Rubens Gomes calcula prejuízo de aproximadamente R$ 500 mil.

FALTA DE ESTRUTURA NO DISTRITO INDUSTRIAL
A Diversiplast fica entre dois terrenos onde a mata não pode ser desmatada, de acordo com a Lei do Cerrado. No entanto, se o terreno estivesse devidamente limpo e aceirado, o incêndio não teria atingido a empresa.
“Eu procurei a Cetesb e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) e não pude mexer na área para fazer aceiro por se tratar de área de preservação de acordo com a Lei do Cerrado. Eu até entendo, mas o mato está muito alto, muito próximo à minha propriedade e foi o fogo do mato que atingiu a minha fábrica”, criticou o proprietário.

SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
Não existe rede de hidrante pública nos três Distritos Industriais de Bauru. Não há um critério que define como as empresas devem ser posicionadas nos Distritos Industriais, apesar dos diversos graus de periculosidade por conta de acidentes, incêndios, explosões e contaminação.
Para o coordenador da Defesa Civil de Bauru, o mais importante nesses casos é que a empresa invista em segurança. O que importa é isso, investir em segurança. Ter extintores, hidrantes e seguro. Assim, com certeza, o incêndio pode ter menor proporção.

Fonte: Jornal da Cidade de Bauru, 29 a 30 de agosto de 2011

Comentário: Geralmente as empresas se preocupam com os riscos internos, isto é, riscos gerados pelas suas atividades operacionais, esquecendo dos riscos externos nos entornos de suas empresas, tais como; árvores, matas, rios, riachos, incêndios em matas, inundações, etc.
Quais são os riscos externos que podem afetar a empresa? As empresas estão preparadas com planos de emergência diante de eventos externos adversos?
Muitas empresas estão se instalando em cidades e estados onde o auxilio de emergência pública é deficiente ou nem existe na região instalada. As empresas esquecem de aumentar sua capacidade de segurança contra incêndio e de emergência visando assegurar flexibilidade de enfrentar condições adversas.

É considerado um grande incêndio em empresas, quando 30% de seu patrimônio é afetado e as conseqüências serão:
■32% das empresas não retornam a sua atividade
■19% desaparecem durante os três anos seguintes
■49% conseguem manter-se, com grandes sacrifícios, pela perda de mercado momentaneamente

ORIENTAÇÕES DE FATORES EXTERNOS QUE PODEM AFETAR E AJUDAR AS EMPRESAS

1. CONDIÇÕES CLIMÁTICAS NA REGIÃO
(Se possível, usar observações e registros dos últimos 20 anos.)
1 1. Como é classificado o clima na região?
■ Quais as temperaturas máximas e mínimas atuais e quais as médias das máximas e mínimas?
■ Qual o mês mais quente e o mais frio?; Quais as condições extremas de umidade relativa do ar, para quais temperaturas e ocorrendo em que meses?

1. 2. Como se define o regime anual de chuvas no local?
■ Quais as precipitações máximas já registradas em 24 horas e no intervalo de 1 hora?
■ Qual a média de dias chuvosos no ano?
■ É freqüente a queda de granizo?
■ Há ocorrência de nevadas na região?

1. 3. A região está sujeita a vendavais?
■ Qual o regime dos ventos no local? -
■ Qual a direção dominante e a velocidade máxima dos ventos no local?
■ Há ocorrência de furacões, tornado, vendavais?

1.4. A região está sujeita a enchentes, inundações?
■ Há rios, córregos, sujeitos a transbordamentos?
■ A topografia propicia a alagamento, desmoronamento?
■ Qual a variação máxima do nível d’água no decorrer do ano?
■ Qual a época de cheias, de secas e suas cotas máximas e mínimas?
■ Qual a variação máxima de maré?

2. CONDIÇÕES DE VIZINHANÇA
■ Existem atividades agrícolas, pecuárias, matas, árvores nos terrenos confrontantes? (Verificar ■ Existe Corpo de Bombeiros na localidade? (analisar o projeto de segurança contra incêndio);
■ A qual distância do local?; Qual o tempo médio estimado para a chegada dos bombeiros?; Seus equipamentos são modernos?
■ Existe rede de hidrantes públicos nas proximidades do terreno? A pressão na rede é assegurada permanentemente?
■ Quais os recursos médicos da região? (podem incluir no dimensionamento no ambulatório da indústria); Há hospital público completo?; Há pronto-socorro?

3. DISPONIBILIDADE DE ÁGUA
■ Quais as possibilidades da rede pública para o suprimento das necessidades de água?(incluir dimensionamento das reservas próprias e na busca de fonte alternativa para o suprimento); Qual a vazão disponível? ; Qual a vazão mínima garantida? ; Qual a pressão do fornecimento?; ■ Há interrupções freqüentes no fornecimento? São interrupções por período longo, de mais de um dia?

CONHEÇA OS RISCOS DO SEU VIZINHO
Conheça os riscos do seu vizinho. Essa simples declaração fornece a regra de um jogo para minimizar os riscos externos de suas instalações.
Existem dois tipos mais freqüentes de perdas ocasionadas por incêndios externos:
■Incêndios de mercadorias estocadas em pátios ou ao ar livre
■Incêndios originados por vegetação próxima ou por acumulo de lixo combustível. O artigo publicado o incêndio foi provocado em vegetação externa

Conhecendo os vizinhos e seus processos, você pode fornecer proteção adequada para sua empresa contra riscos da vizinhança.

Certifique-se que as seguintes condições existam:
■Você conhece seus vizinhos e suas instalações?
■Sua empresa está adequadamente protegida contra riscos externos?
■Não há riscos especiais externos sem proteção ou há proteção/isolamento adequado para riscos especiais?■Não há riscos externos por crescimento de vegetação ou acúmulo de lixo?
■ A propriedade vizinha está protegida?

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