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Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

domingo, maio 24, 2020

CORONAVÍRUS EM INSTALAÇÕES DE PROCESSAMENTO DE CARNE E AVES NOS EUA

Casos de COVID-19 entre trabalhadores dos EUA em 115 instalações de processamento de carne e aves foram registrados em 19 estados. Entre aproximadamente 130.000 trabalhadores dessas instalações, ocorreram 4.913 casos e 20 morte. 

OS FATORES QUE POTENCIALMENTE AFETAM O RISCO DE INFECÇÃO INCLUEM;
·    Dificuldades com o distanciamento físico;
·    Higiene no local de trabalho e
·    Condições de vida e transporte lotado.

QUAIS SÃO AS IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA DE SAÚDE PÚBLICA?
·    Melhorar as políticas de distanciamento físico,
·    Higiene das mãos,
·    Limpeza e desinfecção e  licença médica

·  informações  educacionais para os  trabalhadores podem ajudar a reduzir o COVID-19 nesses locais e preservar a função dessa indústria de infraestrutura crítica. Fonte: CDC- Centers for Disease Control and Prevention –  May 8, 2020  

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sexta-feira, maio 15, 2020

LEMBRANÇA: A EXPLOSÃO DA NEW LONDON SCHOOL

RESUMO:
Data 18 de março de 1937
Horário 15:05 - 15:20 CST
Localização New London, Texas
Causa Explosão de gás
Mortes- + 295
Vítimas não fatais - +300

A explosão da New London School ocorreu em 18 de março de 1937, quando um vazamento de gás natural causou uma explosão, destruindo a Escola London School de New London, Texas, uma comunidade no Condado de Rusk, anteriormente conhecida como "Londres". O desastre matou mais de 295 alunos e professores. A partir de 2017, o evento é o terceiro desastre mais mortal da história do Texas, depois do furacão de Galveston em 1900 e do desastre de 1947 na cidade de Texas.

CENÁRIO
Em meados da década de 1930, a Grande Depressão estava em pleno andamento, mas o distrito escolar de Londres era um dos mais ricos da América. A descoberta de petróleo de 1930 no condado de Rusk havia impulsionado a economia local e os gastos com educação cresceram com ela. Seu valor tributável em 1937 havia aumentado para US $ 20 milhões, com receita adicional observada em 15 poços de petróleo em propriedades distritais. A London School, uma grande estrutura de aço e concreto, foi construída em 1932 a um custo de US $ 1 milhão (aproximadamente US $ 18,7 milhões hoje) .  

A escola foi construída em terreno inclinado e um grande espaço fechado sob a estrutura. O conselho escolar anulou os planos do arquiteto original para um sistema de distribuição de caldeira e vapor, optando por instalar 72 aquecedores a gás em todo o edifício.

No início de 1937, o conselho escolar cancelou o contrato de gás natural e mandaram instalar uma linha de gás residual da Parade Gasoline Company para economizar dinheiro. Essa prática - embora não tenha sido explicitamente autorizada pelas empresas de petróleo locais - foi generalizada na área. O gás natural extraído com o óleo era considerado um resíduo e era queimado. Como não havia valor para o gás natural, as empresas de petróleo faziam “vista grossa”. Esse gás "cru" ou "úmido" variava em qualidade.

O gás natural não tratado é inodoro e incolor, portanto, é difícil detectar vazamentos e pode  passar  despercebido. O gás vazava da válvula da linha de resíduos e se acumulava  no interior do espaço fechado  ao longo de 77 m da fachada do edifício. Os alunos reclamavam de dores de cabeça há algum tempo, mas pouca atenção havia sido dada ao problema.

EXPLOSÃO
Era quinta-feira, 18 de março. As aulas de sexta-feira foram canceladas para permitir que os alunos participassem de uma competição escolar e atlética, numa cidade vizinha. Seguindo o cronograma normal da escola, os alunos do primeiro ao quarto ano foram dispensados  mais cedo. A reunião de Pais e Mestres estava sendo realizada no ginásio,  distante  aproximadamente 30 metros do edifício principal.

Aproximadamente 500 estudantes e 40 professores estavam no prédio principal, embora alguns afirmem que havia cerca de 694 alunos no prédio e no campus.
Às 15h17, um professor, "instrutor  de treinamento manual", ligou uma lixadeira elétrica. Acredita-se que a lixadeira tenha causado uma faísca que ignizou a mistura gás‑ar.

Relatos de testemunhas afirmam que as paredes da escola abalaram, o telhado foi levantado e depois caiu e a ala principal da estrutura desabou. No entanto, não houve incêndio após a explosão.

Os sobreviventes do edifício alegaram que os armários embutidos na parede foram atirados contra eles pela explosão, outros foram apanhados pela força da explosão e o gesso e a argamassa formaram uma névoa branca.

A força da explosão foi tão grande que um bloco de concreto de duas toneladas foi jogado para fora do prédio e esmagou um Chevrolet 1936 estacionado a 60 metros de distância.
Aqueles que saíram do prédio após a explosão estavam em estado de choque, desorientados,  alguns relatando que não sabiam o que fazer.

 A explosão foi o seu próprio alarme, teria sido ouvida a seis quilômetros da escola.  A resposta mais imediata foi dos pais presentes na reunião da Associação APM.. Em questão de minutos, os moradores da área começaram a chegar e começaram a cavar os escombros, muitos deles com as próprias mãos. Muitos sobreviventes também se uniram logo após resgatar outros sobreviventes e vítimas.

Trabalhadores  dos campos de petróleo foram liberados  e levaram equipamento de corte e equipamentos pesados necessários para  remoção dos escombros. Nem todos os edifícios do campus de 4 hectares foram destruídos.

RESGATE E RECUPERAÇÃO
O governador do Texas  enviou Texas Rangers, a patrulha rodoviária e a Guarda Nacional do Texas. Trinta médicos, 100 enfermeiras e 25 embalsamadores chegaram de Dallas.
As equipes de resgate trabalharam durante a noite e 17 horas depois, todo o local havia sido limpo.
Edifícios nas comunidades vizinhas foram convertidos em abrigos e necrotérios improvisados para abrigar o enorme número de corpos e tudo, desde carros familiares a caminhões de entrega, servidos como carros funerários e ambulâncias. 

VÍTIMAS
Das mais de 600 pessoas na escola, apenas cerca de 130 escaparam sem ferimentos graves.
As estimativas do número de mortos variam de 296 a 319, mas esse número pode ser muito maior, pois muitos dos residentes de Nova Londres na época eram trabalhadores temporários  em campos de petróleo, e não há como determinar quantos voluntários recolheram os corpos  nos dias seguintes ao desastre e as devolveram aos respectivos familiares para o enterro.
Das vítimas fatais , a maioria era do 5º ao 11º ano, pois os alunos mais novos eram educados em um prédio separado e a maioria já havia sido dispensado da escola. A maioria das vítimas da explosão está enterrada no cemitério de Pleasant Hill, perto de New London, com uma seção inteira sendo designada para as vítimas.

IDENTIFICAÇÃO
A maioria dos corpos foi queimado ou encontrado desfigurado. A maioria foi identificada por roupas ou itens pessoais.
Especialistas em impressões digitais foram trazidos para tirar impressões digitais de corpos que foram desfigurados pela explosão.

RESULTADO
As edificações restantes foram rapidamente convertidas  em várias salas de aula.
As aulas foram retomadas dez dias depois, com os alunos sobreviventes completando o ano letivo no ginásio. Uma nova escola foi concluída em 1939 na propriedade,   atrás da localização do prédio destruído. A escola permaneceu conhecida como Escola de Londres até 1965, quando o nome foi alterado para West Rusk High School.
Um processo foi instaurado na época contra o distrito escolar e a Parade Gasoline Company, mas o tribunal decidiu que nenhum dos dois poderia ser responsabilizado.

INVESTIGAÇÃO E LEGISLAÇÃO
Especialistas da Agência de Minas dos Estados Unidos concluíram que a conexão com a linha de gás residual estava com defeito.
A conexão permitiu que o gás vazasse para a escola e, como o gás natural é invisível e inodoro, o vazamento passou despercebido.
Acredita-se que o interruptor da lixadeira  tenha causado faísca que ignizou a mistura gás-ar.

MUDANÇA DA LEGISLAÇÃO
Para reduzir os danos de vazamentos futuros, o Legislativo do Texas começou a exigir, semanas depois da explosão, que tióis (mercaptanos) fossem adicionados ao gás natural.
O forte odor de muitos tióis torna os vazamentos rapidamente detectáveis. A prática rapidamente se espalhou pelo mundo.
Logo após o desastre, o Legislativo do Texas se reuniu em uma sessão de emergência e promulgou o Engineering Registration Act.
Havia pressão pública sobre o governo para regular a prática de engenharia devido à instalação defeituosa da conexão de gás natural na época. Fonte: Wikipedia, the free encyclopedia was last edited on 16 April 2020, at 22:32 (UTC).

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segunda-feira, maio 11, 2020

CHOQUES MATARAM MAIS DO QUE INCÊNDIOS EM 2019

Fale a verdade: você é adepto das gambiarras eletrônicas? Costuma usar o celular enquanto ele está recarregando na tomada? Pois saiba que o número de acidentes em decorrência de choques e incêndios de origem elétrica chegaram a 1.662 em 2019.
Os registros são da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), que divulgou no seu anuário estatístico de acidentes de origem elétrica ocorridos no ano passado no Brasil. Os choques foram os maiores responsáveis pelos acidentes envolvendo eletricidade. Seguido de incêndios por sobrecarga e descarga atmosférica:

·    909 acidentes com choques (56% do total): 212 não fatais e 697 mortes
·    656 incêndios por sobrecarga/curto-circuito (39%): 582 não fatais e 74 mortes
·    85 ocorreram por descargas atmosféricas (5%): 35 não fatais e 50 mortes

Analisando as fatalidades em decorrência de choques, adultos com idade entre 31 e 40 anos foram as principais vítimas (195 pessoas). Mas muitos bebês e crianças também acabaram morrendo diante da descarga elétrica. Ao todo, 42 com idades entre zero e dez anos.
Os números são preocupantes, mas Edson Martinho, engenheiro eletricista e diretor executivo da Abracopel, alerta que os dados divulgados são uma parcela dos acidentes no Brasil. As fatalidades devem ser ainda maiores, já que existem casos não são reportados e nem divulgados.
"As instalações elétricas no Brasil são caóticas, falta projeto elétrico, temos os aventureiros [que fazem as instalações sem a devida segurança]", afirmou o engenheiro eletricista. "Ter informações ainda é bem difícil. Antigamente, tinha uma média de 250 mortes por ano, mas sabíamos que era pouco. Hoje estamos em mais de 600. Estamos conseguindo ter mais dados e isso é importante para informar as pessoas. Mas não sei se teremos um dia o número real. Tem muitos acidentes que somem no meio do caminho", explicou.
O anuário estatístico utiliza registros de acidentes divulgados em veículos de comunicação brasileiros (a autenticidade é verificada por uma equipe da associação) e ocorrências fornecidas também por profissionais do setor elétrico que fazem parte da entidade.

ONDE É MAIS COMUM ACIDENTES COM CHOQUE?
A maioria dos casos contabilizados no levantamento aponta o ambiente doméstico como o lugar de maior perigo. O fio partido (que envolve acidentes com tomadas sem tampas, cabos sem isolamento etc.) é o principal culpado, mas os eletrodomésticos também têm apresentado perigo.

Confira os principais motivos pelos acidentes registrados em residências:
·    Fio partido em ambiente interno: 99 casos (85 mortes)
·    Eletrodoméstico: 57 casos (52 mortes)
·    Cerca eletrificada: 38 casos (36 mortes)
·    Extensão, Benjamin, tomadas: 28 casos (25 mortes)
·    Carregador de celular: 19 casos (15 mortes)
·    Varal energizado: 4 casos (4 mortes)

E OS INCÊNDIOS?
§As residências (casas, apartamentos, sítios/fazendas) também são os locais em que acidentes de origem elétrica acontecem com mais facilidade. Em 2019, foram 255 casos, com 25 mortes, de um total de 656 registros.
§Comércios (de pequenos a grande porte) foram os segundos no ranking, com 178 ocorrências e 10 mortes.
§Problemas nas instalações elétricas internas foram os grandes responsáveis, em 363 casos.
§Outros 119 aconteceram por conta de falhas em ventiladores e ar-condicionado. Incêndios provocados durante a recarga do celular somaram 15 (com duas mortes).

POR QUE TANTAS FATALIDADES?
A falta de conhecimento sobre os perigos da eletricidade é o ponto importante para tantas fatalidades envolvendo a eletricidade, segundo Martinho. Por isso, a conscientização é fundamental.
Mas não podemos esquecer que há muito descaso nas instalações da rede elétrica no Brasil. E isso é um problema já de muitos anos. Algumas são antigas demais e não atendem aos padrões mais recentes (como o uso da tomada de três pinos), outras não passam por manutenção preventiva e, há ainda, as redes feitas por profissionais sem formação, desatualizados.
Associado a isso, está a imprudência do uso de gambiarras elétricas como algo permanente em casas, empresas. A cultura do mais barato, sem critério, pode sair cara, ressalta o engenheiro eletricista.

CUIDADOS QUE TODOS DEVEMOS TER:
§Não ao carregador de celular falso: Muitos aparelhos de segunda linha são vendidos a preços muito baixos no mercado, o que agrada o nosso bolso. Mas eles não têm as devidas certificações e garantias de segurança. Ele pode fornecer mais energia do que o necessário para o carregamento do celular, segundo os especialistas.
§Atenção ao cabo: o uso de um cabo original é sempre a melhor escolha. Mesmo assim, antes de conectá-lo na tomada é importante ver se ele não está danificado, se a fiação interna não está exposta. Se tiver, está na hora de comprar um cabo novo e não usar o antigo.
§Evite o uso excessivo de adaptadores e extensões: lembra da gambiarra elétrica com vários benjamins? Isso deve parar. Vários aparelhos ligados em um único adaptador de tomada e/ou filtro de linha também não é recomendado pelos especialistas. O risco de sobrecarga aumenta e até incêndios podem ocorrer.

Rede elétrica da casa em dia: é fundamental que a rede elétrica da sua casa tenha manutenção preventiva e seja avaliada por um especialista. Se ela é muito antiga e você nunca pensou nisso, procure logo um profissional de segurança para dar uma checada.
Já ouviu falar em DR? É o dispositivo de diferencial-residual. O nome é complicado, mas ele funciona como um interruptor que impede que correntes elétricas não detectadas pelo disjuntor continuem no sistema de energia. Ele é obrigatório há anos. Aproveite a visita do profissional que vai verificar a sua rede elétrica e peça para verificar se o DR está em dia.

Celular e água não combinam: a água (não pura) e eletrônicos não combinam. Ela funciona como um ótimo condutor de eletricidade. Evite usar o celular em ambientes com vapor de água, como no banheiro. Além da oxidação de componentes do telefone, o risco de curto-circuito, choque e incêndios após o contato com a água é real. Fonte: De Tilt, em São Paulo-04/03/2020 

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sexta-feira, maio 08, 2020

FRIGORÍFICOS NO SUL DO PAÍS TÊM SURTOS DE CORONAVÍRUS

A ação iniciou depois que a Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS) passou a receber notificações dos municípios que evidenciavam aumento de surtos da doença entre trabalhadores de indústrias de beneficiamento de carnes no estado, a partir do início de abril. Os focos de contaminação atingiram primeiro o frigorífico da JBS, em Passo Fundo, que tem em suas linhas de produção mais de 2,5 mil funcionários.

PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS
§falta de local de triagem adequado,
§aglomeração de funcionários durante a troca de turnos,
§não cumprimento do distanciamento seguro entre os funcionários, nas linhas de produção, refeitórios, pausas, refeitórios
§falta de comunicação de casos suspeitos para a vigilância epidemiológica e
§ausência de monitoramento dos funcionários

TRANSPORTES DE TRABALHADORES
Outra característica, é que os trabalhadores são transportados, em ônibus fornecido pela empresa, propício para disseminação para a Covid-19.
Assegurar que o transporte seja realizado com, no máximo, 50% da capacidade de passageiros sentados simultaneamente em ônibus fretados, garantindo-se que a circulação ocorra com janelas e/ou alçapão abertos e/ou quando equipado com ar condicionado que o sistema esteja no modo de recirculação de ar.

O Boletim epidemiológico publicado na quarta-feira (29 de abril) pela Secretaria Estadual da Saúde descreve a identificação de surtos de coronavírus em nove frigoríficos no Rio Grande do Sul. O documento tem um capítulo específico para o tema, detalhando a ocorrência de óbito de um trabalhador, acrescido de seis mortes secundárias, aquelas que acometem pessoas e familiares que tiveram contato com os contaminados, no caso, empregados de frigoríficos.
  
Frigorífico de Passo Fundo
2.410 trabalhadores expostos
284 sintomáticos de síndrome gripal
43 casos confirmados de covid-19
4 óbitos secundários
Frigorífico 2 de Garibaldi
1.127 trabalhadores expostos
52 sintomáticos de síndrome gripal
10 casos confirmados de covid-19

Frigorífico de Marau
3.000 trabalhadores expostos
18 sintomáticos de síndrome gripal
12 casos confirmados de covid-19
Frigorífico 1 de Lajeado
1.800 trabalhadores expostos
725 sintomáticos de síndrome gripal
35 casos confirmados de covid-19
Frigorífico 1 de Garibaldi
1.157 trabalhadores expostos
4 sintomáticos de síndrome gripal
3 casos confirmados de covid-19
1 óbito
Frigorífico 2 de Lajeado
2.347 trabalhadores expostos
466 sintomáticos de síndrome gripal
10 casos confirmados de covid-19
1 óbito secundário
Frigorífico de Carlos Barbosa
347 trabalhadores expostos
4 casos confirmados de covid-19

Frigorífico de Encantado
1.757 trabalhadores expostos
4 sintomáticos de síndrome gripal
4 casos confirmados de covid-19
Frigorífico de Tapejara
2.400 trabalhadores expostos
17 sintomáticos de síndrome gripal
3 casos confirmados de covid-19
1 óbito secundário
Total
16.345 trabalhadores expostos
1.570 sintomáticos de síndrome gripal
124 casos confirmados de covid-19
1 óbito
6 óbitos secundários

MEDIDAS PREVENTIVAS
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul prepara uma série de medidas preventivas para serem adotadas pela indústria após o surgimento de focos de contaminação em frigoríficos gaúchos. Segundo a pasta, o documento está sendo elaborado em parceria com o setor de proteína animal e deve ser divulgado nos próximos dias.  

Entre as recomendações previstas, estão:
§reforço na higiene dos ambientes,
§escalas entre funcionários,
§uso correto e distribuição de equipamentos de proteção individual (EPIs), e outras normas gerais e específicas para a produção industrial.

A chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, alertou que as medidas devem levar em conta que “esse vírus tem um alto poder de transmissibilidade. Cada pessoa infectada, se não for feito nada, pode contaminar cerca de 10 outras pessoas”. O documento será publicado nos próximos dias, contendo recomendações gerais para todas as indústrias no estado, independentemente da área e do porte. “Queremos que as empresas detectem previamente e nos notifiquem oportunamente quando surgir algum caso suspeito de coronavírus dentro do seu âmbito. Um caso em uma empresa tem potencial de transmissão para outros municípios e outras regiões”, explicou o coordenador do Centro de Operações de Emergência (COE) da vigilância estadual, Marcelo Vallandro.

MEDIDAS TOMADAS PELO ESTADO
Edição extra do Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul, publicado na quarta-feira (29 de abril ), trouxe a Portaria nº 283, da Secretaria da Saúde (SES), que determina a adoção de medidas de prevenção e controle da Covid-19 nas indústrias do Rio Grande do Sul.
As ações contidas no documento foram debatidas com Ministério Público do Trabalho e representantes do setor de carnes e derivados, um dos mais atingidos por surtos da doença, segundo a Secretaria.
O objetivo, de acordo com a secretária da Saúde, Arita Bergmann, é conter possíveis transmissões em espaços industriais em tempo oportuno e evitar que o coronavírus se espalhe nesses ambientes, onde geralmente muitas pessoas trabalham em locais fechados.

ADEQUAR AS NORMAS E PLANO DE CONTINGÊNCIA
Indústrias de qualquer área ou porte deverão se adequar às normas. Cada empresa deve criar seu próprio Plano de Contingência para prevenção, monitoramento e controle do coronavírus, que, de acordo com o texto, “contemple no mínimo adequação estrutural, fluxo e processo de trabalho, identificação de forma sistemática o monitoramento de saúde dos trabalhadores, podendo ser solicitado a qualquer tempo pelos órgãos de fiscalização”.

AÇÕES PREVISTAS NA PORTARIA:
§Distanciamento mínimo entre cada funcionário com recomendação de uso de barreiras físicas entre eles;
§Uso de equipamentos de proteção individual (EPIs);
§Escalas e turnos de trabalho para evitar aglomerações na entra e saída dos expedientes;
§Oportunizar trabalho remoto aos trabalhadores em grupos de risco;
§Realizar busca ativa diária de pessoas com sintomas compatíveis com Covid-19;
§Garantir o imediato afastamento dos trabalhadores com síndrome gripal e notificar esses casos imediatamente à Vigilância em Saúde do município;
§Adotar ações educativas de divulgação e informação sobre as medidas de prevenção à Covid‑19;
§Disponibilizar sabonete líquido, toalha de papel e álcool em gel 70% em diversos locais da empresa;
§Higienizar os ambientes e objetos com frequência;
§Garantir a renovação do ar nos diferentes ambientes da indústria.
O descumprimento das determinações da Portaria constitui infração sanitária, sujeitando o infrator a processo administrativo sanitário, sem prejuízo de outras sanções cabíveis
Fontes: Globo Rural - 29 ABR 2020, G1 RS -03/05/2020, GauchaZH RBS - 29/04/2020, Noticias Agricolas -30/04/2020 

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