Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

domingo, dezembro 29, 2013

Usina de Belo Monte

O jornal Folha de São Paulo elaborou um estudo sobre a complexidade da construção da usina e do impacto ambiental e social do empreendimento. Vale a pena ler o estudo.
http://arte.folha.uol.com.br/especiais/2013/12/16/belo-monte/capitulo-5-historia.html

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quinta-feira, dezembro 26, 2013

Trabalhador chinês foi atingido por vários vergalhões

Zheng, um construtor de ponte, foi atingido por vários vergalhões em Taizhou, localizada na província de Zhejiang, leste da China. Ele estava trabalhando em uma nova ponte,  quando uma máquina rotativa carregada com várias barras de ferro apresentou defeito e disparou várias barras de ferro em alta velocidade e atingindo-o na região do tórax .
Ele foi levado às pressas ao hospital para que as barras fossem removidas. As barras tiveram que ser cortadas pelos bombeiros para que os médicos conseguissem manusear com mais precisão os objetos.

A cirurgia de remoção foi um sucesso, mas os médicos ainda não sabem se as lesões deixarão sequelas.Fonte: Mail Online- 12 June 2012

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sábado, dezembro 21, 2013

Jovem chinês teve a mão arrancada em acidente de trabalho

Foto: Chinês teve mão reimplantada junto ao tornozelo para órgão receber fluxo sanguíneo.
Após um mês com a mão junto ao tornozelo, chinês teve mão reimplantada no braço (Foto: HAP/Quircky China News/Rex  )

Médicos chineses obtiveram sucesso ao reimplantar a mão direita do jovem Xiao Wei, arrancada em um acidente de trabalho em novembro, segundo a agência Rex Features. O curioso é que, antes do reimplante, a mão ficou durante um mês ligada ao tornozelo do paciente para que continuasse recebendo fluxo sanguíneo.

Quando o paciente chegou ao hospital logo após o acidente, na cidade de Changde, província de Hunan, os médicos disseram que não conseguiriam salvar a mão. Mas encaminharam Xiao Wei a um hospital maior na cidade de Changsha, onde os médicos foram mais otimistas.

Lá, eles decidiram implantar o membro no tornozelo do paciente enquanto tratavam seus outros ferimentos, até terem condições de colocá-lo no lugar certo.
"Seu ferimento era grave. Além dos ferimentos de corte, o braço dele estava esmagado. Tivemos que limpar e tratar seus ferimentos antes de iniciarmos a cirurgia de reimplante da mão", disse um dos médicos à Rex Features.

Cerca de um mês depois do acidente, a equipe resolveu que ele já tinha se recuperado o suficiente para passar pela cirurgia de reimplante. De acordo com os médicos, ele terá de passar por vários outros procedimentos, mas eles estão esperançosos de que recuperará a função da mão.
Sobre o acidente, Wei disse: "Fiquei chocado e congelado no lugar até que colegas desligaram a máquina, recuperaram a minha mão e me levaram ao hospital". Fonte: G1-16/12/2013 

Comentário: Existe limite para ciência e tecnologia?

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quarta-feira, dezembro 18, 2013

Estudo culpa uso de pesticidas por queda na população de anfíbios

A queda significativa na população mundial de rãs e sapos pode ser atribuída, ao menos em parte, ao uso de pesticidas, alertaram os cientistas na Alemanha.

TESTES
Testes com fungicidas e inseticidas, quando usados nas proporções recomendadas, mataram 40% das rãs após sete dias e, em um caso, 100% dos anfíbios após apenas uma hora, afirmaram. Os experimentos, feitos com apenas um pequeno número de animais, foram realizados por uma equipe chefiada por Carsten Bruehl, da Universidade de Coblenz-Landau, na Alemanha.
Eles capturaram 150 exemplares jovens de rã comum da Europa (Rana temporaria) e os expuseram a sete produtos agrícolas, com o objetivo de reproduzir em laboratório as condições encontradas no campo.
As rãs foram mantidas em grandes contêineres, com solo cultivado com cevada. O produto químico foi espargido uma vez, em uma quantidade que os cientistas dizem ser igual àquela que cairia em uma área similar de uma lavoura. Foram aplicadas três tipos de doses durante o teste.

RESULTADOS
A substância mais tóxica, segundo o estudo, foi o fungicida Headline, usada para evitar fungos em cultivos de soja e trigo. Na dose recomendada, ela matou todas as rãs usadas no teste no intervalo de uma hora. Apenas 5 rãs foram usadas em cada experimento e os animais foram usados cuidadosamente, obedecendo a critérios éticos.
Em cada experimento, apenas três rãs foram inicialmente expostas à substância e se elas sobrevivessem por 24 horas, as outras duas eram incluídas no experimento. Se as três morressem antes de 24 horas, as outras duas não eram inseridas.

RISCO DE EXTINÇÃO
Segundo a respeitada "Lista Vermelha" da biodiversidade ameaçada, 41% das espécies de rãs e sapos estão em risco de extinção. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que compila a lista, culpa a perda de habitat, a poluição, incêndios, as mudanças climáticas, doenças e a superexploração da terra.
Mas o novo estudo, publicado na revista "Scientific Reports", destacou que o dano colateral dos pesticidas não foi considerado. Segundo a pesquisa, os anfíbios são especialmente vulneráveis a estes produtos químicos porque sua pele é altamente permeável.
"A toxicidade demonstrada é alarmante e um efeito negativo em larga escala da exposição terrestre a pesticidas nas populações de anfíbios parece provável", alertou o artigo. Fonte:G1 - 25/01/2013 

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domingo, dezembro 15, 2013

Lembrança: Incêndio na casa de Shows Canecão

Um incêndio destruiu na madrugada de sábado, 24 de novembro de 2001, a casa de shows Canecão Mineiro, em Belo Horizonte.

CAUSA PROVÁVEL
A queima de uma cascata de fogos de artifício sobre o palco de shows, pouco antes de um grupo de pagode se apresentar.
No momento em que o grupo de pagode Armadilha iniciaria o seu show, por volta das 2 h, a cascata de fogos foi acesa. O isopor no teto usado para melhorar a acústica do galpão pegou fogo e as chamas se alastraram com facilidade pelos fios e pelas paredes revestidas de espuma, altamente inflamáveis.

PROIBIÇÃO DE FOGOS DE ARTIFÍCIO
O recurso cênico da chuva-de-prata (espetáculo pirotécnico) utilizado freqüentemente pelo grupo de pagode Armadilha, no interior da casa de show Canecão Mineiro, nunca foi contestado pelos proprietários do local. Mas o chefe do Setor de Engenharia do Instituto de Criminalística, Éder Mascarenhas, enfatiza que é proibida a utilização de fogos de artifício no interior de qualquer estabelecimento.

PROPAGAÇÃO DE INCÊNDIO
Instantes antes do começo do show da Banda Armadilha, pouco antes das 2 horas da madrugada, um funcionário da casa acendeu algumas piras de fogos de artifício conhecidos como “chuva-de-prata", que desciam do teto e iluminavam o galpão que estava com as luzes apagadas, para anunciar o show da Banda Armadilha. Foi quando os fogos lançaram labaredas no forro de madeira, isopor e plástico. Em menos de três minutos a tragédia estava consumada.
O pânico que tomou conta de mais de mil pessoas que estavam no interior do galpão. Enquanto as chamas avançavam pelo teto, partículas de plástico e isopor incandescentes caíam sobre as pessoas e incendiavam os cabelos e as roupas de homens e mulheres que pisavam uns sobre os outros, em busca de uma saída.
O escuro e a fumaça intoxicante, que tomaram conta do interior do prédio, só fizeram aumentar o terror. Em menos de cinco minutos, com a maioria das pessoas ainda em busca de refúgio, o que restou de parte do teto incendiado desabou sobre a multidão.A temperatura do fogo alcançou 600º graus centígrados na altura do telhado.

CANECÃO MINEIRO
O Canecão  Mineiro era um local de shows populares, com área construída de 2.400 m2 e com capacidade para 3.000 pessoas. Cerca de 1.500 pessoas estavam no local.

VÍTIMAS
Segundo a Polícia Militar, os números oficiais de vítimas foram sete mortos e 340 feridos.

 ATENDIMENTO MÉDICO
Os dois principais prontos-socorros de Belo Horizonte, o hospital João XXIII, da rede estadual, e o Odilon Bherens, da rede municipal ficaram lotados com o atendimento às pessoas que estavam na casa noturna incendiada.

No João XXXIII, foram convocados 45 médicos para ajudar os plantonistas. Pacientes com ferimentos de menor gravidade foram colocados em macas improvisadas nos corredores, já que as áreas de atendimento ficaram lotadas. Foram atendidas 132 pessoas, e cerca de 67 continuavam internadas. As demais 28 vítimas foram transferidas para hospitais particulares.

Segundo a médica Beth Kophi, coordenadora do setor de emergência, o maior número de casos foi de pessoas com queimaduras e problemas de intoxicação por causa da fumaça. "Nós temos aqui dez pacientes em estado grave, sendo que quatro deles têm uma situação que pode ser considerada gravíssima", disse ela.
Muitas pessoas que chegaram ao hospital com problemas de intoxicação, mesmo aparentando boa condição respiratória após o atendimento, tiveram que ficar ao menos 12 horas em observação.

No Odilon Bherens, foram 122 entradas no hospital e mais 32 casos tratados em um lugar improvisado no Odilon. Os pacientes também foram atendidos nos corredores.
Segundo informou a coordenadora de plantão, a cirurgiã Paula Martins, foram atendidos pacientes com queimaduras de todos os tipos, desde leves até graves. Ela informou que a equipe que atende normalmente foi dobrada para conseguir atender todos os pacientes e desobstruir os corredores. 

Nos casos mais simples, foram feitas assepsia e curativos, retirado o tecido necrosado e receitada a medicação. Se o paciente estivesse estável, as pessoas iam sendo liberadas, com indicação de postos de saúde para dar prosseguimento ao tratamento.
Segundo Paula, mais de 50% das vítimas já haviam tido alta até o final da manhã de sábado, e as outras continuariam no Hospital, em observação, sendo que seis pessoas estavam internadas no setor de emergência, com queimaduras de 3º grau (quando são retiradas muitas camadas da pele), queimaduras graves (em grande porcentagem do corpo) e obstruções das vias respiratórias. 

Para o atendimento, foram mobilizados 11 clínicos, seis cirurgiões gerais, sendo um deles residente, cinco cirurgiões plásticos e um reforço de 12 auxiliares de enfermagem e três enfermeiros.

EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
A casa de shows Caneco Mineiro não atendia às condições mínimas de segurança. Os cinco extintores, apesar de estarem carregados, não estavam funcionando, segundo o Corpo de Bombeiros. Além disso, não havia saídas de emergência, portas corta-fogo e nem hidrantes.
Além da falta de estrutura contra incêndios, a tragédia foi causada pela obstrução da única saída existente no local. "A porta possuía quatro metros de largura. A partir dela se abriam duas rampas laterais, em forma de "s", que chegavam à outra porta. Só então as pessoas tinham acesso à área onde era realizado o show.
O Canecão Mineiro não tinha saída de emergência, o que poderia diminuir o número de vítimas. O comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel José Maria Gomes, disse que sinalização e saída de emergência, abertura compatível com o fluxo de pessoas e com a capacidade do local, são normas que devem estar previstas no projeto de prevenção contra incêndio, e ser elaborado pelo estabelecimento.

 SAÍDA DE EMERGÊNCIA
O Canecão Mineiro não tinha estrutura de emergência para funcionar como casa de shows, segundo o capitão Antônio Rocha, do Corpo de Bombeiros. "Não havia saídas de emergências e outros itens obrigatórios de segurança, como iluminação própria para esses casos e sinalizações de saídas", disse ele. .
Por isso, cada um tentou sair como pôde. Quando o fogo aumentou, a luz do galpão foi cortada, o que fez com que as pessoas tivessem que encontrar a saída no escuro. A única saída era um acesso com aproximadamente quatro metros de largura.

PÂNICO NO MOMENTO DO INCÊNDIO
Quando o fogo aumentou, a luz do galpão foi cortada, o que fez com que as pessoas tivessem que encontrar a saída no escuro. A única saída era um acesso com aproximadamente quatro metros de largura.

"Algumas pessoas tentavam escalar as paredes para alcançar o telhado. Não se enxergava nada por causa da falta de luz e da fumaça", diz o comerciário Aristides Silva, 24, que sofreu escoriações leves.
"Vi muita gente gritando, pedindo socorro e sem saber para onde correr. Foi um desespero total", disse Demilson Nunes, um dos integrantes da banda de pagode Nova Geração, que faria a última apresentação da noite.
Fábio Roberto Moreira, 25, internado com queimaduras e escoriações no hospital João 23, disse que o pânico foi geral dentro da casa noturna Caneco Mineiro. Além da fumaça e da escuridão, o material do teto que pegava fogo desabava sobre a cabeça do público. "Foi algo que nunca vi."

FUGA NO ESCURO
No rastro da destruição provocada pelo incêndio, a única rota de fuga possível para as pessoas encurraladas pelo fogo e pela fumaça era a escadaria, em ambiente escuro e sem luz.
Para chegar à portaria, elas tiveram que descer corredores de escada com 16 degraus e um metro e meio de largura. Depois, mais 17 degraus com largura de quatro metros. Vencida essa fase, atravessaram as cancelas e percorreram mais 12 metros, até chegarem à portaria, onde também houve aglomeração.
Algumas pessoas conseguiram sair pelo telhado, com a ajuda de uma escada de madeira encontrada no local.

RESGATE
O resgate de todas as vítimas do Canecão Mineiro demorou pelo menos duas horas. É que pelo menos 40 pessoas, segundo a Polícia Militar, arrancaram as telhas e conseguiram ir para o telhado, em uma outra parte do galpão onde as chamas não alcançaram. Como o socorro foi priorizado para as pessoas em estado grave, somente por volta das 4 horas da manhã (sábado)  é que os bombeiros conseguiram retirar todos que estavam no telhado.

 FALTA DE ALVARÁ
O Canecão Mineiro, não tinha a licença da prefeitura para funcionar, além da falta de um plano de segurança. A ausência do alvará foi confirmada pelo procurador-geral do município, Marco Antônio Teixeira.
O proprietário da casa de shows, Rubens Resende Martins, usava o alvará da antiga casa noturna que funcionava no mesmo local, o Trem Caipira, que foi expedido pela prefeitura em fevereiro de 2000,  o  Canecão funcionava havia sete meses.

Martins confirmou a falta do licenciamento. "Como o Trem Caipira era também uma casa de shows, eu pensei que o alvará continuasse valendo". Ele disse ainda que não tinha seguro, mas que fará "o possível para indenizar todas as vítimas".
Mesmo a concessão do alvará para o Trem Caipira não teve a fiscalização do Corpo de Bombeiros, que é competente para analisar o plano de segurança, verificar saídas de emergência e hidrantes, além de outros itens.
"Na época em que o alvará foi concedido, a lei não exigia a fiscalização do Corpo de Bombeiros. Essa mudança ocorreu em agosto de 2000, quando a lei municipal foi alterada", disse o procurador-geral do município.

INQUÉRITO POLICIAL
O resultado da perícia que apontará as irregularidades no funcionamento da casa noturna Canecão Mineiro, serão apresentados oficialmente a partir da conclusão do laudo técnico, previsto para 30 dias. Mas os peritos do Instituto de Criminalística, que trabalharam durante todo o final de semana no levantamento físico da casa de shows, constataram a evidência de falhas no sistema de prevenção de incêndios que poderia ter evitado a tragédia.
De acordo com o perito Gérson Campera, a casa noturna contava apenas com quatro extintores e nenhum hidrante para abastecer os equipamentos, nem sistema de sprinkler. Além disso, possuía apenas uma saída de emergência.

FALTA DE FISCALIZAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS
O Corpo de Bombeiros garante que, para fiscalizar os cerca de quatro mil estabelecimentos comerciais de BH, precisaria usar todo o seu efetivo de 3,5 mil homens em atividade no Estado, por um período ininterrupto de um ano. Os peritos confirmaram que o Canecão Mineiro não oferecia a mínima segurança quando um incêndio provocou a morte de sete pessoas e ferimentos em mais de 300. A Prefeitura alega que, somente no ano passado, a legislação passou a exigir projeto de prevenção e combate a incêndio para a liberação de alvarás.

JUSTIÇA
A Defensoria Pública de Minas Gerais fará um mutirão para atender os feridos e familiares das sete pessoas que morreram na tragédia do “Canecão Mineiro". Será o primeiro passo para a ação que será impetrada na Justiça pelos defensores públicos para cobrar dos proprietários do Canecão uma indenização por danos morais, materiais ou estéticos. A Defensoria Pública estuda a possibilidade ainda de cobrar a indenização da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Nesse caso, vai depender da apuração do Ministério Público de quem é a responsabilidade pela tragédia.

FALTAM EQUIPAMENTOS AOS BOMBEIROS
Na avaliação de oficiais do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMG), a tragédia ocorrida no Canecão Mineiro, na madrugada de sábado, pode ser considerada pequena, face às deficiências que a corporação apresenta em todo o Estado. Faltam equipamentos, veículos, escadas e efetivo suficiente para atender a uma grande demanda ou a uma tragédia de grande porte. O comando da corporação admite que existe essa precariedade, mas alega que está sendo preparado um concurso público para a contratação de 300 bombeiros, e que há projetos para aquisição de equipamentos e uma licitação para compra de viaturas. Para se ter idéia, a idade média da frota de veículos é de 12 anos.

O presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, major Domingos Sávio de Mendonça, aponta que em Belo Horizonte há apenas uma auto-escada, de 44 metros, e nove postos, sendo que um fica à disposição do Aeroporto da Pampulha. “Tem que haver postos mais próximos. Além disso, se houver mais de um incidente na capital ao mesmo tempo não há como atender.
O oficial observa que pelas determinações da Organização das Nações Unidas (ONU) é necessário um bombeiro para cada mil habitantes. Em Minas, o efetivo é de 3600 homens, enquanto o necessário seria 17 mil.
Um outro oficial, que não quis se identificar, afirmou que as escadas disponíveis no Estado só alcançam um prédio de 13 andares. “Se o prédio for maior não dá para salvar as vítimas", disse.

CONCLUSÃO DO INQUÉRITO INDICIA 16 POR INCÊNDIO NO CANECÃO
A Polícia Civil de Belo Horizonte indiciou 16 pessoas, entre elas, os músicos da Banda Armadilha por serem apontados como responsáveis pela apresentação de fogos pirotécnicos, os proprietários da Casa de Show, secretários e fiscais da prefeitura, um oficial da PM e um detetive da própria polícia, pelos crimes de homicídio culposo e lesões corporais no inquérito que investigou o incêndio na casa noturna Canecão Mineiro.

O relatório final aponta ainda que, além da morte de sete pessoas, o incêndio causou ferimentos em mais de 360 freqüentadores.

Baseado nos depoimentos e investigações feitos na fase de confecção do inquérito, na Delegacia de Vigilância Geral, o delegado Carlos Antônio dos Santos revelou, no relatório, que, em muitos depoimentos prestados, sobretudo por funcionários públicos municipais, ficou evidenciada a omissão do poder público, que concorreu indiretamente para a ocorrência do incêndio.

Segundo detalhes do relatório do inquérito, em todos os depoimentos prestados pelos funcionários da PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) existem alegações de inexistência de fiscalização na casa noturna.
Mas o ex-secretário municipal de Atividades Urbanas, Délcio Antônio Duarte, foi especialmente citado pelo fato de ter recebido, muito antes da ocorrência do incêndio no Canecão Mineiro, o ofício de número 6.061/2000, oriundo do Grupo de Prevenção e Vistoria do Corpo de Bombeiros Militar, no qual existiam informações sobre irregularidades no sistema de prevenção e combate a incêndios do galpão onde funcionava a casa noturna.

O Corpo de Bombeiros informou ainda, nesse ofício, que havia notificado, por duas vezes, o comerciante Rubens Resende Martins, sem que ele corrigisse as irregularidades. Isso, segundo o Corpo de Bombeiros, era o suficiente para que a casa noturna fosse interditada.
Fontes: Hoje em Dia, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo no período de 25 de novembro a 29 de dezembro de 2001

Comentário: O cenário é o mesmo o que ocorreu na Boate Kiss em 2013. As características são semelhantes: fogos de artifícios, materiais combustíveis, falta de segurança.
Infelizmente não aprendemos com as tragédias. Os acidentes se repetem após um ciclo de anos e as  lições são esquecidas.
O incêndio na boate Kiss foi um acidente que matou 242 pessoas e feriu 116 outras em uma discoteca da cidade de Santa Maria, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul. O incêndio ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 e foi causado por fogos de artifícios (sputnik) por um integrante de uma banda que se apresentava na casa noturna. A imprudência e as más condições de segurança ocasionaram a tragédia.
No Brasil, após uma grande tragédia, indagamos: O que houve de errado? E nunca preocupamos com a prevenção. O que pode dar errado?
Passado algum tempo, voltamos à rotina das deficiências dos órgãos competentes, isto é, o ciclo dos quatro F’s;
■Falta de recursos dos órgãos responsáveis,
■Falta de fiscalização,
■Falta de aplicação das normas de segurança e
■Falta de prevenção.

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quarta-feira, dezembro 11, 2013

Vídeos de segurança

OS VÍDEOS  DA SÉRIE "NAPO”
Os vídeos abordam  questões de segurança no trabalho, tais como; os perigos e riscos no trabalho, bem como a necessidade de avaliar os riscos e de agir com base nos resultados para tornar os locais de trabalho mais seguros e saudáveis.
As narrativas  têm valor educativo, suscitam questões e estimulam o debate, apresentando muitas vezes soluções ou indicações práticas.

VÍDEOS DO SESI- SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA
Uma série de vídeos designados Projeto Série 100% Seguro. Envolvem vários temas (100). Vale a pena assistir.
http://www.youtube.com/playlist?list=PL4_wpZsopCJL_-4z3hsUPsJ0eyBcM07ML

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segunda-feira, dezembro 09, 2013

CPTM pára circulação de trens após passageiros passar sob vagão na Luz

A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) precisou interromper a circulação de trens na tarde de quinta-feira, 05 de dezembro, após um grupo de passageiros pular nos trilhos e passar por baixo de um trem parado na estação da Luz, no centro de São Paulo.

A empresa disse que a ação "prejudicou milhares de usuários que estavam nas plataformas de embarque, pois foi necessário interromper a circulação por motivo de segurança até que todos saíssem da via."

Segundo o blog "Diário da CPTM", que publicou uma imagem do ocorrido, as pessoas passaram por baixo do trem porque estavam na plataforma 1, e o sistema de som da estação informou que a próxima partida ocorreria na plataforma 2. Para não dar a volta, se arriscaram nos trilhos.

Em nota, a companhia informou que "repudia a atitude" dos usuários. Segundo a companhia, o local possui escadas rolantes e outros acessos para transferência para as plataformas.

Segundo o Diário da CPTM, os passageiros estavam na plataforma 1 e entraram na via ao ouvir o aviso sonoro de que o trem partiria da plataforma 2.
A CPTM informou que "repudia a atitude de alguns usuários que, na tarde desta quinta-feira, 5, colocaram em risco a própria vida ao atravessar a via férrea por baixo de um trem parado em uma das plataformas da Estação da Luz".
Segundo a empresa, a estação tem escadas rolantes e várias escadas fixas que dão acesso à transferência subterrânea às plataformas.
"A ação inconsequente prejudicou milhares de usuários que estavam nas plataformas de embarque, pois foi necessário interromper a circulação por motivo de segurança até que todos os usuários saíssem da via", informou a CPTM em nota. Fonte: Folha de São Paulo e Diário da CPTM, - 6 de dezembro de 2013

Comentário: O que podemos imaginar esses passageiros atuando como trabalhadores? Esses passageiros ignoram os riscos, não seguem as regras, etc.

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