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Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

segunda-feira, dezembro 18, 2023

RISCO DE INCÊNDIO E ADAPTAÇÃO DE CARREGADORES EM PRÉDIOS RESIDENCIAIS SÃO DESAFIOS PARA CARROS ELÉTRICOS

Ocorrem, em média, 25,1 incêndios a cada 100 mil carros elétricos em circulação, segundo dados divulgados pelos EUA

Carregar 50 litros de gasolina de um lado para o outro não parece ser algo seguro, mas é isso que ocorre com milhões de carros pelo mundo todos os dias. Visto por esse lado, os carros elétricos parecem ser ainda mais amistosos. Mas não é bem assim.

Vídeos em que motonetas ardem em garagens e Teslas acidentados queimam como fogos de artifício revelam um novo problema: a dificuldade em se controlar o fogo nas baterias.

"É relativamente mais difícil controlar as chamas pela composição química presente nas baterias de íon-lítio. Quando pegam fogo, podem produzir labaredas altas e intensas, sem a possibilidade de apagar", diz o corpo docente da Flex Company Treinamentos, escola técnica que oferece capacitação para manutenção e manuseio de veículos híbridos e elétricos.

Pela complexidade do tema, a instituição optou por criar um comitê de professores para responder às perguntas enviadas pela reportagem. Os especialistas disseram ainda que há o risco de, mesmo após a energia ser cortada, o fogo continuar por mais um longo tempo.

"Existem substâncias nas baterias com compostos químicos como o próprio lítio, que é um metal reativo e pode ocasionar queimaduras graves; o fósforo, que também é um elemento inflamável e que pode alimentar as chamas; e o cobalto, que pode liberar gases tóxicos em caso de incêndio."

As probabilidades mostram que não é caso para pânico, mas, sim, para prevenção. Segundo dados divulgados em 2022 pelo NTSB (sigla em inglês para Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA), ocorrem, em média, 25,1 incêndios a cada 100 mil carros elétricos em circulação. O número sobe para 1.529 a cada 100 mil no caso dos carros com motor a combustão.

Se o pior acontecer, a situação é especialmente preocupante em garagens, como alerta o arquiteto Paulo de Tarso Souza, que tem mais de 20 anos de experiência com edificações.

"Se há um incêndio dentro do estacionamento subterrâneo de um prédio, não há veículo de socorro que seja capaz de entrar", afirma. "É necessário que façam normas para garantir alguma proteção, e o subsolo é sempre mais complicado."

"O que deve preocupar arquitetos, engenheiros e construtores é a nossa capacidade de prever, prevenir e proteger os imóveis das más empresas", diz Souza, referindo-se a possíveis problemas de instalações ou adaptações envolvendo pontos de recarga.

Com a futura massificação dos carros elétricos e híbridos com tecnologia plug-in (que também podem ser recarregados por meio de tomadas), pode ser necessário mexer na rede de energia de edifícios que não foram preparados para isso.

O engenheiro eletricista Victorio da Cruz Amaral, especializado em projetos para condomínios, afirma que a instalação de uma estação de recarga deve respeitar a norma NBR 17.019 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

"Seguindo as normas, o risco é minimizado ao menor fator possível. Todo veículo elétrico já vem com suas respectivas proteções, e a estação de recarga também tem componentes que protegem todo o sistema", diz o especialista. "O trabalho bem executado não gera risco."

Amaral explica que uma estação de recarga de 7 kW (quilowatts) –como as encontradas em alguns shoppings– absorve uma potência inferior à registrada em um chuveiro elétrico (7,5 kW). "Em um edifício antigo, ninguém se preocupa se todos os moradores instalarem um chuveiro elétrico extra em seus apartamentos."

O engenheiro diz ainda que os plugues devem utilizar a infraestrutura elétrica de maior potência disponível no condomínio. "Cálculos de demanda energética devem ser feitos tanto individualmente como coletivamente, com isso sempre pode ser encontrada a solução mais adequada e segura para cada condomínio."

Thiago Castilha, diretor da empresa de carregadores E-Wolf, também afirma que, se todas as normas forem seguidas, não haverá risco. Entretanto, diz que serviços fora de padrão trazem problemas sérios.

"Há empresas de instalação derivando circuitos para os carregadores, o que pode ser muito perigoso, pois a corrente de recarga de um veículo elétrico pode chegar a até 32A (amperes) e não se sabe como está o circuito embutido na parede, por exemplo. Está sobrecarregado? Está com pontos quentes? Há emendas?"

Davi Bertoncello, CEO da Tupinambá Energia, diz que é necessário utilizar dispositivos de proteção, como o que interrompe o fornecimento em caso de fuga de corrente elétrica. "Sua principal função é proteger as pessoas de choques que podem ser causados por equipamentos conectados à rede elétrica."

O executivo cita ainda o equipamento que protege o sistema caso ocorra um pico de luz.

"Entre os erros mais comuns já observados em instalações, há a exposição indevida a intempéries, a falta de dispositivos de proteção contra choques elétricos, o uso de cabos subdimensionados e os terminais elétricos mal apertados, que podem resultar em mau contato e sobreaquecimento", diz Bertoncello, que menciona ainda as responsabilidades do eletricista.

"O profissional responsável pela instalação deve fornecer uma ART [Anotação de Responsabilidade Técnica] que descreva o serviço técnico a ser realizado, garantindo a conformidade do projeto elétrico e a tranquilidade do consumidor."

O executivo afirma que uma alternativa é a implementação de estações de recarga compartilhadas no condomínio, onde os usuários realizam e pagam suas recargas por meio de um aplicativo específico.

A advogada Tatiana Dratovsky Sister, sócia da área de contratos comerciais do escritório BMA, diz que, quando se trata de uma demanda individual para a instalação de um ponto de recarga em uma vaga demarcada, geralmente é o proprietário quem deve arcar com os custos.

"Mesmo nessa situação, o morador deve obter autorização prévia e expressa do síndico e do conselho do condomínio ou da assembleia."

Em relação à legislação, Tatiana diz que, até o momento, não há uma lei nacional sobre pontos de carregamento de carros elétricos em condomínios.

"Na cidade de São Paulo, no entanto, já está em vigor a lei municipal nº 17.336/2020, que torna obrigatória a previsão de postos de carregamento em todos os condomínios novos desde o projeto da edificação", diz a advogada.

"A lei também prevê a individualização da medição do consumo dos pontos de carregamento de uso comum, mas não especifica como a cobrança deve ser feita."

Mesmo se todas as especificações técnicas forem seguidas, ainda haverá o risco de incêndio por problema no veículo. Nesta semana, a Jaguar divulgou o recall do elétrico i-Pace, que pode apresentar superaquecimento. A solução do problema está na atualização do software, serviço que leva cerca de uma hora para ser concluído, segundo a marca.

"Uma condição de sobrecarga térmica do veículo, com a presença de chamas ou fumaça, poderá, por sua vez, levar a um incêndio na bateria de alta tensão, podendo se propagar para todo o veículo. Isso poderá resultar em risco de lesões graves nos ocupantes do veículo e/ou terceiros", diz o comunicado divulgado pela empresa.

Em casos como esse, a responsabilidade é da fabricante.

"As montadoras têm a responsabilidade de fazer um carro elétrico seguro, que saia da fábrica sem esse tipo de risco", diz Klaus Mello, gerente de engenharia da Ford nos Estados Unidos. Ele trabalhou no desenvolvimento das versões elétricas da picape F-150 e do Mustang Mach-E.

"O que pode acontecer são coisas como o usuário fazer alguma alteração no veículo ou ocorrer um acidente que está fora dos cenários que analisamos, mas cabe às empresas apresentar soluções."

Victor Cruz, fundador e CEO da Vela Bikes, também aponta o mau uso como uma das causas de incêndios de bicicletas elétricas que, recentemente, causaram preocupação nos EUA.

"Acompanhamos de perto os incêndios lá fora, principalmente em Nova York. Sabemos que a maioria dos casos está relacionada a dois principais fatores: modelos de baixo custo com economia no sistema de gerenciamento da bateria e serviços de baixa qualidade na expectativa de recuperar a vida de baterias antigas."

Segundo Cruz, as baterias das bikes da Vela têm formato cilíndrico e podem ser retiradas. A recarga pode ser feita dentro do apartamento, mas é preciso ter alguns cuidados.

"Utilizar carregadores não originais, de especificação inadequada, pode sobrecarregar a bateria e superaquecer as células. Se esse superaquecimento não for controlado, pode ocasionar a perda completa da bateria ou até mesmo um incêndio", diz o CEO.

"Normalmente os cuidados devem estar mais na parte do carregador, do conector e da bateria em si, mas não existem muitos cuidados na parte da rede elétrica, pois o carregador tem consumo baixo, similar ao de uma fonte de notebook."

Para o arquiteto Paulo de Tarso Souza, se há a possibilidade de ocorrer um incêndio, há também a obrigação de criar um protocolo adequado para instalações em prédios, acompanhado de normas padronizadas para combater o fogo em carros elétricos. Fonte: Folha de São Paulo - 1º.dez.2023

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quarta-feira, junho 21, 2023

PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS PROFISSIONAIS DOS TRABALHADORES DO SETOR DA LIMPEZA

Todos os locais de trabalho exigem limpeza. A indústria da  limpeza é um setor em grande expansão, uma vez que se trata  de um serviço cada vez mais solicitado. Apesar de algumas

empresas de limpeza atingirem grandes dimensões, o setor é  dominado por pequenas empresas.

A limpeza constitui uma tarefa essencial que, quando é bem  executada, pode reduzir não só os riscos para a segurança e saúde  dos trabalhadores como também os custos para a empresa, por

exemplo, prolongando a vida do equipamento e mobiliário do  local de trabalho e mantendo o pavimento em boas condições.  

Em algumas indústrias, como nas indústrias alimentícias, uma limpeza deficiente pode resultar no insucesso  da empresa.

PERIGOS COMUNS, RISCOS E REPERCUSSÕES PARA A SAÚDE

■ Risco de escorregar, tropeçar ou cair, em particular durante a  execução de trabalhos com água.

■ Risco de doenças músculo esquelético provocadas, por  exemplo, por movimentação manual ou tarefas repetitivas.

■ Exposição a substâncias perigosas contidas nos produtos de  limpeza.

■ Exposição a substâncias perigosas presentes no local de  limpeza, incluindo perigos biológicos, tais como bolores ou  resíduos biológicos humanos.

■ Riscos psicossociais como o estresse profissional, a violência e  a agressão psicológica conhecida por bullying.

■ Riscos provocados pelo equipamento de trabalho, tais como  choques eléctricos.

AS DOENÇAS PROFISSIONAIS MAIS COMUNS DETECTADAS NOS  TRABALHADORES DO SETOR DA LIMPEZA INCLUEM:

■ ferimentos provocados por escorregamento, tropeções e  quedas;

■ lesões músculo esqueléticos;

■ estresse profissional, ansiedade e alterações do sono;

■ doenças de pele, tais como dermatite de contacto e  eczema;

■ problemas respiratórios, nomeadamente asma; e

■ doenças cardiovasculares

AVALIAÇÃO DE RISCOS

O trabalho de limpeza raramente é considerado uma atividade  essencial no mundo empresarial. Este fato pode conduzir à falta  de consciência dos perigos e riscos associados ao processo e, por  conseguinte, à incapacidade de realizar uma avaliação de riscos  adequada e de adotar medidas preventivas.

A avaliação de riscos é a chave para uma boa segurança e saúde no trabalho. A prevenção eficaz pode ser alcançada através da seguinte abordagem em cinco etapas:

■ identificação dos perigos e das pessoas em risco;

■ avaliação e priorização dos riscos;

■ definição das medidas preventivas a adotar;

■ adoção das medidas;

■ acompanhamento e revisão, para garantir a eficácia das  medidas preventivas

.Nos casos em que os trabalhos de limpeza são realizados por  uma empresa externa, podem surgir dificuldades adicionais, uma  vez que o cliente e a empresa de limpeza necessitam de cooperar,  a fim de garantir que os riscos são identificados, eliminados ou  controlados.

 CONCLUSÕES

■ selecione o seu serviço de limpeza com base na qualidade  do serviço, e não no preço;

■ opte pela limpeza em horário diurno;

■ valorize os trabalhadores de limpeza e o seu trabalho — se  este for mal executado, poderá custar-lhe o negócio;

■ considere a limpeza como uma tarefa essencial, que pode  expor os trabalhadores a perigos e riscos específicos;

■ avalie os riscos para os trabalhadores de limpeza e adote  medidas preventivas;

■ partilhe informações sobre saúde e segurança com todas as  partes interessadas, que podem incluir o cliente, a empresa de limpeza, o proprietário do edifício e os próprios  trabalhadores.  Fonte: Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho

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segunda-feira, junho 05, 2023

SENSO DE VULNERABILIDADE – UM COMPONENTE DE SEGURANÇA MUITO IMPORTANTE

Uma pessoa que manipulava ácido sulfúrico,  caminhando pela área de processo, observou um operador que se preparava para desconectar uma mangueira de nitrogênio. 

O operador não estava usando Equipamento de Proteção Individual (EPI)  completo, requerido para a área, que incluía um  protetor facial. A pessoa parou, alertou para a  situação e o operador corrigiu a situação de boa  vontade. 

A primeira pessoa tinha apenas caminhado mais alguns passos quando ouviu um  “estouro” e um “silvo”, vindos da área de ácido sulfúrico. O operador estava encharcado de ácido sulfúrico e foi ajudado a ir para o chuveiro de  emergência mais próximo. Sem o operador saber, o ácido sulfúrico retornou através da mangueira de nitrogênio.

Quando ela foi desconectada, a pressão projetou ácido para a face e corpo do operador. O operador sofreu apenas pequenas queimaduras químicas no  pescoço, porque estava usando o EPI adequado.

Durante a investigação, verificou-se que a viseira do operador foi severamente corroída e tinha uma mancha no centro, no local atingido pelo ácido.

Sem a viseira colocada, o operador podia ter sofrido queimaduras graves e podia ter perdido a

visão de forma permanente.

Por que a primeira pessoa parou e relembrou ao operador sobre o uso do EPI completo? Foi o senso  de vulnerabilidade. O observador viu o potencial de  poder ter ácido na mangueira, mesmo sabendo que  ela DEVERIA conter apenas nitrogênio.

VOCÊ SABIA?

 O que significa um “senso de vulnerabilidade”? Significa que  todos na sua instalação:

• Entendem os perigos associados aos materiais e às condições de processo (pressão, temperatura, etc.) na área.

• Estão constantemente vigilantes aos sintomas de fraqueza que poderiam provocar um evento mais grave, mais tarde,  tal como um pequeno vazamento que poderia se tornar uma falha grave na tubulação.

• Permanecem vigilantes mesmo que a instalação tenha um bom desempenho em segurança

 Na nossa vida pessoal, o senso de vulnerabilidade é o que nos faz reduzir a velocidade do carro quando há mau tempo, ou ter mais cuidado quando usamos uma escada.

 Nós podemos perder nosso senso de vulnerabilidade quando estamos com pressa. Isso faz com que pulemos certos passos ou esqueçamos de usar os EPIs adequados.

 Novos empregados podem trazer o seu senso de vulnerabilidade de um trabalho ou empresa anteriores. Isso significa que talvez seja necessário ajudá-los a perceber os perigos do seu novo

trabalho.

 Manter um senso de vulnerabilidade é uma característica essencial de uma boa cultura de segurança de processo.

O QUE VOCÊ PODE FAZER?

 Se observar um comportamento de risco, pare e pergunte à pessoa se ela está seguindo o procedimento correto. Você pode evitar que alguém se machuque com gravidade – ou pior.

 Se alguém o parar e perguntar como é que você está executando  uma determinada tarefa, não fique na defensiva. Apenas estão tentando mantê-lo seguro. Responda às perguntas com calma,

esteja aberto às sugestões de como executar a tarefa e agradeça pela preocupação com a sua segurança.

 Se a sua área tiver novos empregados, treine os sobre os perigos e procedimentos da unidade. Ajude a mantê-los seguros!

 Nunca pense, “Não pode acontecer aqui.” Porque pode!

 Fonte: Process Safety Beacon - Junho de 2023


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sexta-feira, fevereiro 24, 2023

O USO DE ELEVADORES POR BOMBEIROS

O uso de elevadores durante um incêndio exige o estabelecimento de procedimentos de operação específicos.

A logística da operação de combate a incêndio fica drasticamente facilitada quando os bombeiros utilizam os elevadores, de forma segura, para ter acesso aos andares mais altos de um edifício. Infelizmente, os elevadores geralmente param de funcionar ou funcionam de forma errática durante um incêndio, podendo deixar os bombeiros presos entre andares, em uma grave situação de risco.

Quando um elevador pára em um andar tomado pelo fogo, os bombeiros que estiverem dentro dele poderão ser expostos a um risco considerável. Por essa razão, alguns corpos de bombeiros proíbem o uso de elevadores em incêndios em prédios altos, ao passo que outros estabelecem regras para o seu uso como parte dos procedimentos de operação padrão (POPs). Ao preparar os procedimentos para elevadores, lembre-se dos seguintes fatores:

•Nunca use um elevador se não estiver convencido de que é seguro, e não use elevadores em incêndios nos pavimentos mais baixos.

•Um POP deve sempre especificar o pavimento a partir de qual um elevador pode ser utilizado.

•Nunca vá diretamente para o pavimento do incêndio. Sempre desça no mínimo dois pavimentos abaixo dele.

•Se disponíveis, utilize as portas corta-fogo e os elevadores de poços duplos (split-bank).

•A operação dos elevadores deve ser controlada exclusivamente pelos bombeiros.

•Controle todos os elevadores, quando houver mais de um.

•Nunca superlote os elevadores e sempre utilize EPIs, inclusive com equipamentos de respiração autônomos.

Ao utilizar um elevador, os bombeiros devem sempre portar ferramentas para arrombamento e devem pará-lo periodicamente para garantir que o equipamento responde aos controles. Devem também examinar os andares para verificar se há fumaça, fogo ou vítimas e para familiarizarem‑se com a distribuição física do andar.

Podemos aprender muito sobre elevadores durante o planejamento pré-incidente. Por exemplo, alguns prédios são divididos em zonas de incêndio ao passo que outros, como hospitais, deveriam ser construídos com separações à prova de fogo. Essas separações são importantes quando estivermos controlando o alastramento das chamas e fumaça e protegendo a exposição interna.

Em um hospital, por exemplo, é melhor deslocar os pacientes até uma zona protegida localizada no mesmo piso do que utilizar um elevador para tentar evacuar pacientes confinados ao leito. Se for necessário utilizar um elevador para deslocar os bombeiros ou evacuar vítimas, é mais seguro utilizarmos os elevadores separados do local de incêndio por duas ou mais portas corta‑fogo.

Além disso, alguns halls de elevadores assemelham-se a escadas à prova de fumaça. Não estão conectadas diretamente ao prédio principal, mas separadas por um espaço vazio. É geralmente seguro utilizar elevadores do tipo split-bank se o Comandante de Operações tiver certeza que o poço do elevador termina abaixo do andar do incêndio. Todas essas informações devem estar incluídas nos planos pré-incidente do corpo de bombeiros.

O Comandante de Operações deve realizar uma análise de risco x benefício antes de permitir que os bombeiros utilizem um elevador. Algumas questões a serem avaliadas são a altura e configuração do edifício, os equipamentos automáticos de extinção de incêndio e o risco de vida potencial. Os POPs dos elevadores devem estar sempre atualizados e todos os bombeiros devem estar plenamente familiarizados com os mesmos. Esses procedimentos devem também incluir métodos alternativos para transportar equipamentos até o andar do incêndio quando os elevadores não puderem ser usados.

Mito: Nunca use elevadores em um prédio em chamas.

Fato: Permitir ou não que os bombeiros utilizem elevadores durante um incêndio depende de vários fatores e faz parte da análise de risco x benefício feita pelo Comandante da Operação.

Fonte: Este artigo foi adaptado do livro Structural Fire Fighting, disponível pela NFPA através do site www.nfpa.org ou pelo fone (11) 3846-7194. O objetivo desse livro é preparar o oficial para assumir o controle das operações em incêndios estruturais, utilizando os recursos disponíveis de forma segura e eficiente.

NFPA Journal - Setembro/Novembro de 2001. Por Ben Klaene e Russ Sanders. Russ Senders serviu no Corpo de Bombeiros de Louisville, no estado americano de Kentucky por 29 anos, sendo que nos últimos nove anos ocupou o cargo de Comandante. 

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sexta-feira, julho 15, 2022

ACIDENTES OCULARES NO TRABALHO

PREVENIR É MELHOR DO QUE TRATAR

Muitos acidentes no trabalho são causados por falta de precauções: usar trajes Inapropriados, falta de óculos protetores e até iluminação ou ventilação inadequadas Além de prestar atenção nestes detalhes, procure sempre participar de treinamentos com sua equipe e prevenir acidentes ao seu redor

Olha por onde anda

As principais causas de acidentes oculares podem estar por perto. Elas são:

•Corpos estranhos

•Queimaduras por substâncias químicas

•Queimaduras físicas (irradiações)

•Traumas com objetos diversos

 Não vi o que me atingiu

Dependendo da causa, muita gente pode não sentir ou perceber o acidente imediatamente. Fique atento aos principais sintomas

•Dor

•Baixa da Visão

•Ardor

•Lacrimejamento

•Fotofobia

•Vermelhidão

•Secreção ocular

•Sensação de corpo estranho

E AGORA? O QUE EU FAÇO?

Mantenha a calma. Um acidente pode surgir quando menos se espera. Por isso, leia nossas dicas com atenção:

•Um corpo estranho é sentido ao piscar, com lacrimejamento, dor e vermelhidão do olho. Até que a pessoa seja examinada por um oftalmologista, os sintomas podem ser aliviados com lavagem do local com soro fisiológico Os •Solda elétrica pode ocasionar queimadura de superfície ocular quando não se usa óculos de proteção. Os sintomas aparecem algumas horas depois da exposição, com dor, lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, borramento e, até mesmo, perda irreversível da visão. Nestes casos, o paciente deve procurar um oftalmologista o quanto antes.

•Substancias químicas, quando atingem os olhos, levam a queimadura da superfície ocular e da face posterior das pálpebras, ocasionando dor, lacrimejamento. olho vermelho, sensação de areia nos olhos, borramento, manchas e, até mesmo, perda irreversível da visão. A conduta é lavar os olhos do paciente, abundantemente, com água filtrada, por cerca de 15 a 20 minutos, na tentativa de retirar qualquer- resíduo da substância química e o encaminhar ao oftalmologista.

•Quando há traumas por soco, batida, bolada, chamamos de trauma contuso, onde não há perfuração, mas pode ocorrer laceração de tecidos. Trauma contuso com diminuição da visão leva à suspeita de problemas como: descolamento e outras lesões da retina, hemorragia intraocular, deslocamento do cristalino ou de estruturas intraoculares.

•Objetos pontiagudos, com superfície cortante podem ocasionar trauma ocular com corte e perfuração do bulbo ocular. Nesse caso, o paciente deve ser encaminhado, imediatamente, a um pronto socorro oftalmológico.

ACIDENTES ACONTECEM.

Durante o trabalho, prestamos atenção em tantas coisas que, às vezes, esquecemos da nossa própria segurança.

Saiba como proteger seus olhos de imprevistos e o que fazer caso algo aconteça.

Equipamentos de proteção Individual (EPI) são essenciais.

Fonte: Hospital de Olhos Paulista

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segunda-feira, junho 20, 2022

PROTETOR DE OUVIDO CONTRA BARULHO: QUAIS OS BENEFÍCIOS E RISCOS DE USÁ-LO?

Dormir, estudar, trabalhar ou simplesmente descansar são períodos que exigem tranquilidade ou concentração, porém nem sempre estamos em um lugar silencioso. Neste caso, uma solução eficiente é o protetor de ouvido, que reduz os ruídos e assim ajuda no nosso foco, traz paz interior e ainda protege de um problema de audição sério: a surdez.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), uma exposição a um nível de ruído de 85 decibéis (medida da unidade da intensidade do som) durante 8 horas por dia é suficiente para causar perda de audição irreversível.

Além disso, existem outros prejuízos, como zumbidos, irritabilidade, dor de cabeça, alterações gastrointestinais, circulatórias, entre outras, que acabam comprometendo a qualidade de vida.


BARULHO NO TRABALHO E OS RISCOS

Na lista dos dez profissionais mais expostos a ruídos prejudiciais estão os operários, marceneiros, carpinteiros, técnicos de construção civil, mineiros, técnicos de som, DJs, músicos e jardineiros. Sendo os controladores de tráfego aéreo os mais expostos. Nas torres de controle, durante aterrissagens e decolagens, o barulho pode ser superior a 140 dB (sigla de decibéis).

Manoel de Nobrega, doutor e professor afiliado do departamento de otorrinolaringologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), afirma que a perda auditiva provocada pelo ruído é gradativa.

Isso quer dizer que a pessoa só percebe que está com dificuldades para ouvir quando o processo de surdez já está em estágio avançado. Para evitar que isso aconteça, é importante sempre estar atento ao nível de ruído e à utilização dos EPIs (equipamentos de proteção individual), de uso obrigatório em locais de trabalho que ultrapassam níveis saudáveis para a saúde auditiva.

Os riscos começam a aparecer dependendo de dois fatores principais em relação ao ruído: intensidade e tempo de exposição. Se o nível de ruído for maior que 50 decibéis e a exposição for necessária e frequente, como acontece com trabalhadores de metalurgia ou tecelagem, o uso de protetores auriculares é indispensável.


QUAIS OS BENEFÍCIOS DO PROTETOR AUDITIVO?

A maioria dos protetores reduzem o ruído de 20 a 30 dB.

Além disso:

Propiciam uma melhor noite de sono e relaxamento;

Ajudam em uma maior capacidade de concentração no estudo e no trabalho;

Evitam a perda auditiva ao longo do tempo;

Protegem de zumbido após ir a shows ou trabalhar em locais com ruídos fortes.


HÁ RISCOS EM USAR PROTETOR DE OUVIDO?

O protetor auricular pode desencadear alergia local em quem tem predisposição, agravar alguma doença que já esteja presente ou empurrar a cera de volta para o ouvido, causando um acúmulo, o que pode desencadear vários problemas incluindo perda auditiva temporária e zumbido.

Para limpar a cera, será preciso usar algo para amolecê-la ou removê-la com seu médico.

Existem riscos de infecções na orelha, embora possam ser causadas por conta do acúmulo de cera. As bactérias que crescem no protetor auricular também podem ser as responsáveis pelo problema. É importante ressaltar que as infecções causam dor e, se não tratadas adequadamente, podem ter complicações, como perda auditiva.


QUAIS CUIDADOS DEVO TER?

1) Nunca compartilhe o seu protetor auricular, seja qual for o modelo, com outra pessoa —são dispositivos de uso pessoal e individual.

2) Encaixe o protetor corretamente. Verifique qual a forma correta de uso, descrita na embalagem do produto ou conforme orientado pelo seu médico otorrinolaringologista.

3) Se o protetor for lavável, preste sempre atenção na higienização. Lave o dispositivo com sabão neutro e seque na sombra. No caso de protetores tipo concha, deve-se evitar imersão em água. Apenas um pano úmido com sabão neutro é o suficiente.

4) Utilizar apenas no próprio ambiente de trabalho se for o caso. As empresas devem oferecer locais de armazenamento adequado para todos os EPIs.

5) Para a colocação e retirada, as mãos devem estar limpas. Brincos e acessórios nas orelhas também não são indicados, pois podem danificar ou atrapalhar o uso dessa proteção.


De acordo com Roberto Angeli, membro da diretoria da ABORL-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial), trabalhadores que fazem uso correto dos protetores de ouvido devem, periodicamente, realizar exame de audiometria com a finalidade de detectar precocemente algum dano à audição.

Quem tem inflamação crônica nos ouvidos ou fez cirurgia em alguns dos ouvidos pode necessitar de protetores diferentes com o objetivo de prevenir a entrada de água dentro do canal auditivo que, neste caso, deve ser avaliado individualmente por um otorrinolaringologista.


QUAIS OS TIPOS DE PROTETORES AURICULARES QUE EXISTEM?

Priscilla Gambarra, fonoaudióloga especialista em audiologia e mestre em modelos de decisão em saúde e profissional do Hospital Universitário Lauro Wanderley, de João Pessoa, orienta que é importante verificar se o acessório possui certificação de aprovação que garante a eficiência e qualidade do produto, uma vez que o foco é a saúde.

Confira abaixo os diversos tipos de protetores auriculares que permitem níveis de proteção diferentes contra ruídos:


PROTETOR AURICULAR TIPO CONCHA (ABAFADOR)


Esses tipos de protetores têm um ótimo desempenho em faixas de frequência médias para agudas e protegem a orelha por completo. O professor de otorrinolaringologia da Unifesp recomenda o uso para trabalhadores que estão expostos durante longos períodos a barulhos intensos.

A estrutura é deste equipamento é forrada com uma espuma ou material isolante próprio que serve para abafar os ruídos indesejados e diminuir os níveis prejudiciais. As espumas podem ser trocadas, usando o kit de reposição de cada modelo para que seja obtido o melhor resultado na atenuação e vedação do protetor. O arco ajustável envolve a parte superior da cabeça para garantir maior resistência e é possível manipulá-los com luvas.

PROTETOR AURICULAR PLUG DE SILICONE

Por serem moldáveis, eliminam o problema do tamanho do protetor. Essas "massinhas" feitas de silicone ou cera são fáceis de colocar, basta rolar entre os dedos para amaciar um pouco e colocar no ouvido pressionando levemente para se moldar ao formato da orelha, e assim tampar a entrada do ouvido. Como são maleáveis, é mais fácil conseguir um encaixe perfeito.

Os protetores moldáveis no geral têm um nível de redução de ruído menor que os protetores de espuma. Os modelos de silicone podem ser lavados, o que dá mais tempo de vida útil ao produto. E devem ser manipulados com as mãos limpas e sem luvas.

PROTETOR AURICULAR DE ESPUMA


Protetores de espuma no geral são feitos para se encaixar em qualquer orelha e são descartáveis.

É possível diminuir o tamanho enquanto são manipulados em formato cilíndrico antes de usá-los. De proteção mais leve, são bastante populares e mais utilizados em situações triviais e por curtos períodos.

Esse modelo é considerado bastante confortável por causa da base plana e do topo arredondado, e só pode ser manipulado com as mãos limpas e sem luvas.

PROTETOR AURICULAR TIPO POLÍMERO


Esse tipo não muda de forma, por isso tem um formato de cone com três camadas com diferentes diâmetros. São eficientes para abafar ruídos e reduzir a exposição dos trabalhadores aos sons indesejados da atividade laboral. As vantagens incluem pode ser higienizado (lavado) e reutilizado, além de permitir o transporte na própria caixa plástica (embalagem). A manipulação apenas deve ser com as mãos limpas e sem luvas.  

Fonte: UOL 15/06/2022; Roberto Angeli, otorrinolaringologista e membro da diretoria da ABORL-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial); Cláudio Ikino, especialista em otorrinolaringologia pela AMB (Associação Médica Brasileira) e professor associado na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina); Priscilla Gambarra, fonoaudióloga especialista em audiologia e mestre em modelos de decisão em saúde, profissional do Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa e do Complexo Pediátrico Arlinda Marques; e Manoel de Nóbrega, médico especialista em otorrinolaringologia, doutor e professor afiliado do departamento de otorrinolaringologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

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domingo, maio 15, 2022

HOMEM MORRE AO ENTRAR EM TANQUE DE CERVEJA VAZIO EM SC

Um homem de 32 anos morreu ao entrar em um tanque de cerveja de uma empresa em Lauro Müller (SC) na tarde de sexta-feira (13/05). A vítima tentava buscar um saco de lúpulo que teria caído no fundo do tanque vazio.

Os colegas da vítima informaram que o homem desceu a escada para entrar no tanque de cerveja vazio.

O Corpo de Bombeiros Militar foi chamado ao local por volta das 16h45 e precisou usar equipamentos de proteção respiratória para entrar no tanque e resgatar o homem. A estrutura tem quatro metros de profundidade e pouca circulação de oxigênio.

A vítima, que não teve a identidade revelada, foi encontrada desmaiada e em parada cardiorrespiratória. Os socorristas tentaram manobras de ressuscitação e o homem chegou a ser levado à Fundação Hospitalar Santa Otília, em Orleans, cidade vizinha a Lauro Müller. Segundo os socorristas, ele não resistiu e morreu no hospital.

TANQUE

O recipiente tem profundidade de cerca de 4 metros e pouca circulação de oxigênio. Um colega do homem chegou a tentar entrar no tanque para socorrê-lo. Porém, ao perceber a dificuldade para respirar, desistiu.

PRODUÇÃO DE CERVEJA

Os tanques de cerveja são utilizados para fermentar e maturar a cerveja. Geralmente, eles são feitos de aço em forma cilíndrica e vertical e podem chegar a 22 metros de Um homem de 32 anos morreu ao entrar em um tanque de cerveja de uma empresa em Lauro Müller (SC) na tarde de sexta-feira (13/05). A vítima tentava buscar um saco de lúpulo que teria caído no fundo do tanque vazio.

Os colegas da vítima informaram que o homem desceu a escada para entrar no tanque de cerveja vazio.

O Corpo de Bombeiros Militar foi chamado ao local por volta das 16h45 e precisou usar equipamentos de proteção respiratória para entrar no tanque e resgatar o homem. A estrutura tem quatro metros de profundidade e pouca circulação de oxigênio.

A vítima, que não teve a identidade revelada, foi encontrada desmaiada e em parada cardiorrespiratória. Os socorristas tentaram manobras de ressuscitação e o homem chegou a ser levado à Fundação Hospitalar Santa Otília, em Orleans, cidade vizinha a Lauro Müller. Segundo os socorristas, ele não resistiu e morreu no hospital.

TANQUE

O recipiente tem profundidade de cerca de 4 metros e pouca cir altura. Já o lúpulo é um dos ingredientes da cerveja sendo responsável pelo amargor.  Fontes: g1 SC - 13/05/2022; Yahoo Notícias - 14 de maio de 2022

 Comentário: Como prevenir?

O trabalhador necessita ser adequadamente informado dos fatores de riscos existentes no espaço confinado e principalmente compreender a natureza desses riscos e como enfrentá-los. Deve conhecer bem a razão para usar os equipamentos de proteção individual, dos procedimentos de comunicação com o observador (vigia) e do sistema de resgate em caso de alguma anormalidade. Trabalhadores sem boas condições físicas e psíquicas não devem trabalhar nos ambientes confinados.

Medidas de emergência e resgate

O empregador deve elaborar e implantar procedimentos de emergência e resgate adequado aos espaços confinados incluindo, no mínimo:

1- Identificação dos riscos potenciais através da Análise Preliminar de Riscos - APR;

2- Descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem executadas em caso de emergência;

3-Utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de emergência, resgate e primeiros socorros;

4-Designação de pessoal responsável pela execução das medidas de resgate e primeiros socorros para cada serviço a ser realizado;

5-Exercício anual em técnicas de resgate e primeiros socorros em espaços confinados simulados.

MATERIAL DE CONSULTA

NR-33 - Espaço Confinado

Guia Técnico da NR33

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quinta-feira, fevereiro 10, 2022

ROBÔ SOBE PELAS PAREDES PARA PINTAR OU LIMPAR


Engenheiros da Universidade de Warwick, no Reino Unido, acreditam que os robôs podem ajudar a reduzir acidentes de trabalho e aumentar a produtividade na construção civil.

Para isso, eles estão construindo robôs que podem subir por paredes irregulares, para tarefas de inspeção, manutenção e pintura - ou limpeza de pinturas indesejadas.

Para que o robô consiga se segurar nas mais diversas superfícies, a equipe escolheu um sistema de ventosas, que garante adesão nos mais diversos tipos de paredes.

Na verdade, o maior desafio encontrado pela equipe não está na adesão propriamente dita, mas na interferência eletromagnética, que pode fazer com que os sistemas do robô parem de funcionar.

A equipe testou o robô em uma câmara de compatibilidade eletromagnética, usando ainda amplificadores para simular ruídos encontrados no dia a dia ou em um canteiro de obras.

Com isto, eles conseguiram detectar os diversos tipos de interferência e emissões indesejadas, fazendo os ajustes necessários

Mercado: O robô já está sendo colocado no mercado por meio de uma empresa emergente, a HausBots, que já conseguiu o primeiro cliente.

"Trabalhamos incansavelmente nos últimos 3 anos para fazer o HausBot e estamos incrivelmente empolgados por vender nosso primeiro para uma empresa em Cingapura. Esperamos que este seja o primeiro de muitos que também ajude a reduzir o número de acidentes de trabalho," disse Jack Crone, agora executivo da empresa. Fonte: Site Inovação Tecnológica - 07/02/2022

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terça-feira, janeiro 04, 2022

METADE DAS CIDADES BRASILEIRAS NÃO MAPEIA ÁREAS DE RISCO DE INUNDAÇÃO

Em 2020, apenas 1.332 dos 4.107 municípios brasileiros cujas prefeituras forneceram ao Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) dados sobre os serviços locais de drenagem e manejo das águas das chuvas contavam com mapeamento das áreas de risco de inundação em zonas urbanas. A informação consta no diagnóstico que o Ministério do Desenvolvimento Regional apresentou.

“Ao menos 2.775 [cidades brasileiras] não possuem mapeamento das suas áreas de risco de inundações. E fica muito difícil promovermos políticas públicas, melhorias, quando não há planejamento, quando não conhecemos a realidade dos municípios”, enfatizou o diretor substituto do Departamento de Cooperação Técnica da Secretaria Nacional de Saneamento, do Ministério do Desenvolvimento Regional, ao apresentar os dados gerais do SNIS.

FALTA DE GESTÃO DE RISCOS: A plataforma também aponta que apenas 1.184 dos 4.107 municípios abrangidos na pesquisa anual realizavam o monitoramento de dados hidrológicos (enxurradas, alagamentos e inundações), considerado um importante instrumento da gestão de riscos. Além disso, apenas 620 das cidades do universo amostral contavam com sistemas de alerta de riscos hidrológicos capazes de antecipar a ocorrência de eventos.

 “[Com isso] Ficamos mais suscetíveis a situações como as que estão ocorrendo na Bahia”, acrescentou Silva, referindo-se aos danos causados pelas chuvas intensas que atingiram o estado nordestino, provocando, além de dezenas de  12 mortes, enchentes, alagamentos, deslizamentos, danos à infraestrutura rodoviária e a interrupção do fornecimento de energia elétrica e de água, principalmente na região sul do estado. Além da Bahia, Minas Gerais também foi fortemente afetada por recentes tempestades.

INFRAESTRUTURA DEFICIENTE: “Claro que há outros fatores envolvidos, mas são aspectos que precisam ser avaliados previamente para pelo menos minimizarmos os riscos”, continuou o diretor substituto. “Uma parte destes impactos [registrados em todo o país] decorrem da falta de drenagem, da pouca infraestrutura de que as cidades dispõem para suprir as necessidades.”

MAPEAMENTO DE ÁREAS  RISCOS DE INUNDAÇÃO: Na publicação em que traça um diagnóstico parcial sobre os serviços de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, o Ministério do Desenvolvimento Regional aponta, sem nomear quais, que, em 2020, só 23 das 26 capitais estaduais e mais o Distrito Federal tinham mapeadas suas áreas de risco de inundação. As quatro capitais que não dispunham do levantamento ficam na Região Norte – e, entre elas, está Porto Velho (RO), que não compartilhou informações.

O texto também destaca que a legislação brasileira define que os serviços públicos de saneamento básico devem ter “a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços”, prática ainda incipiente quando se trata dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. De acordo com dados do SNIS, apenas 24 municípios (ou 0,6% dos 4.107 participantes) cobram pelos serviços. Destes, em apenas 12 há taxa específica para drenagem.

Das 4.083 cidades onde não há cobrança, 1.996 (48,9%) utilizam recursos do orçamento geral; 184 (4,5%) utilizam outras fontes de recursos, 148 (3,6%) utilizam outras fontes associadas ao orçamento geral do município e 1.755 (43,0%) não contam com fonte de custeio da prestação dos serviços.

“Este é um aspecto que precisa ser discutido. Precisamos avançar neste aspecto da cobrança, pois [o valor investido] é muita coisa para ser bancada com os recursos escassos das cidades. Especialmente quando falamos das cidades pequenas, com população abaixo de 20 mil habitantes”, concluiu Silva. Fonte: Agência Brasil - Brasília - Publicado em 17/12/2021

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sábado, setembro 18, 2021

CELULARES PODEM INTERFERIR COM MARCAPASSOS E DESFIBRILADORES IMPLANTADOS

 Aparelhos eletrônicos usados no nosso dia a dia - incluindo telefones celulares - podem produzir campos magnéticos fortes o suficiente para interferir com aparelhos médicos implantados, ainda que o efeito possa ser definido como "de baixo risco" se os pacientes tomarem os cuidados adequados.

Esta foi a conclusão de um painel de especialistas reunidos pelo órgão de saúde norte-americano, a FDA (Food and Drug Administration).

Os pesquisadores mediram as variações na intensidade dos campos magnéticos e elétricos em distâncias variadas a partir dos modelos mais recentes de telefones celulares e relógios inteligentes.

Com base nos resultados, a entidade sugere que esses aparelhos eletrônicos sejam mantidos a pelo menos 15 cm de distância dos dispositivos implantados.

RISCO DOS CELULARES PARA OS IMPLANTES: Marcapassos implantáveis e desfibriladores-cardioversores fornecem pulsos elétricos que fazem com que as câmaras do coração se contraiam e bombeiem o sangue a uma taxa apropriada, salvando a vida de pacientes que sofrem de distúrbios do ritmo cardíaco.

Esses aparelhos contam com um "modo de segurança", também chamado de "modo magnético", no qual seu funcionamento é suspenso quando o paciente precisa passar por algum exame ou procedimento que gera uma forte interferência eletromagnética, para evitar que o aparelho faça medições imprecisas da frequência cardíaca e acabe fornecendo pulsos elétricos inadequados em resposta.

Esse modo de segurança é ativado por um ímã com uma força de aproximadamente 9 Mt (megatonelada), cerca de 200 vezes mais forte do que a força do campo magnético da Terra.

O problema é que o modo de segurança também pode ser disparado inadvertidamente por qualquer campo magnético estático com que o paciente entre em contato e que atinja uma força superior a cerca de 1 Mt (megatonelada), o que significa que o paciente simplesmente não contará com o funcionamento do aparelho, voltando a correr risco de vida por sua condição cardíaca original, antes do implante.

É por isso que os aparelhos eletrônicos modernos, cada vez com maior potência, geram preocupação entre médicos e pacientes. Ímãs de terras raras, por exemplo, como os de neodímio, capazes de gerar campos muito fortes, estão presentes por todo canto, de fones de ouvido a fechaduras de portas e alto-falantes de celulares.

QUAIS OS RISCOS DA RADIAÇÃO DOS CELULARES E COMO SE PROTEGER? Celulares podem interferir com marcapassos e desfibriladores implantados

O campo magnético gerado pelo celular pode ser maior do que o usado para desligar os implantes.

MANTENHA CELULARES LONGE DOS IMPLANTES: A equipe avaliou a influência desses campos magnéticos colocando um iPhone 12 e um Apple Watch 6 a distâncias variáveis de um detector de campo magnético. Eles descobriram que, em proximidades de menos de 1 cm, o detector encontrou campos significativamente mais fortes do que 9 Mt (megatonelda)  - o que poderia facilmente acionar o modo de segurança inadvertidamente.

Essa força foi atenuada com o aumento da distância e caiu abaixo de 1Mt além de 2 cm.

A partir de seus resultados, os especialistas concluíram que esses aparelhos eletrônicos representam atualmente um risco baixo para pessoas com dispositivos médicos implantados, desde que os pacientes não os coloquem sobre o peito - no bolso da camisa, por exemplo.

Para o dia a dia, a recomendação final do painel de especialistas é que celulares e relógios inteligentes sejam mantidos a pelo menos 15 cm de distância de quaisquer dispositivos implantados. Fonte: Diário da Saúde-14/09/2021

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quinta-feira, setembro 09, 2021

A GESTÃO DOS NANOMATERIAIS NO LOCAL DE TRABALHO


Os nanomateriais são partículas minúsculas, invisíveis ao olho humano. Ainda assim estão  presentes no nosso dia-a-dia, em produtos como os alimentos, os cosméticos, os produtos eletrônicos e os medicamentos. 

Alguns nanomateriais são naturais, outros são produtos derivados de atividades humanas ou são fabricados para fins específicos. Apesar de os nanomateriais possuírem muitas propriedades benéficas, os riscos dos mesmos para a saúde ainda são muito desconhecidos. Sendo assim, é importante gerir com especial precaução estes materiais durante o decorrer das investigações.

O QUE SÃO OS NANOMATERIAIS?

Em termos gerais, as organizações definem como nanomateriais os materiais que contêm partículas com uma ou mais dimensões externas na gama de tamanhos compreendidos entre 1 e 100 nanômetros (nm).   .

Até 10 000 vezes menores do que um cabelo humano, os nanomateriais são  no que diz respeito às dimensões, comparáveis aos átomos ou moléculas, indo buscar o nome às suas estruturas diminutas (um nanômetro equivale a 10–9 de um metro). Não só devido às suas dimensões diminutas, mas também devido a outras características físicas ou químicas que incluem, entre outras, o seu formato e área de superfície, os nanomateriais diferem, em termos de propriedades, dos mesmos materiais utilizados em maior escala.

Devido a estas diferenças, os nanomateriais oferecem novas oportunidades interessantes em áreas como a engenharia, a tecnologia da informação e da comunicação, a medicina e a farmácia, para referir apenas algumas. Contudo, essas mesmas características que conferem propriedades únicas aos nanomateriais também são responsáveis pelos seus efeitos na saúde humana e no ambiente.

ONDE PODEMOS ENCONTRAR OS NANOMATERIAIS?

Os nanomateriais estão naturalmente presentes nas emissões vulcânicas, ou podem ser produtos derivados da atividade humana como, por exemplo, gases de escape dos motores diesel ou fumo de tabaco.  Mas aqueles que suscitam maior interesse são os nanomateriais fabricados. Esses já se encontram presentes num amplo leque de produtos e aplicações.

Alguns desses nanomateriais são já usados há décadas, tais como a sílica sintética amorfa, em concreto, pneus e produtos alimentares. Outros só há pouco tempo foram descobertos, tais como o dióxido de nanotitânio, usado como agente bloqueador de raios UV em tintas ou protetores solares; a nanoprata, usada como agente antibacteriano em aplicações têxteis e medicinais; ou os nanotubos de carbono, frequentemente utilizados pela sua resistência mecânica e leveza, e pelas suas propriedades de dissipação do calor e de condutividade elétrica em aplicações como a eletrotecnia, o armazenamento de energia, as estruturas de aeronaves espaciais e veículos e o fabrico de equipamento desportivo. Estamos a assistir a um contínuo e rápido desenvolvimento de novas gerações de nanomateriais, o qual deverá ser acompanhado pelo crescimento do mercado para estes produtos.

QUE PREOCUPAÇÕES DE SAÚDE E SEGURANÇA ESTÃO ASSOCIADAS AOS NANOMATERIAIS?

Os riscos para a saúde são uma preocupação significativa da utilização dos nanomateriais. O Comité Científico dos Riscos para a Saúde Emergentes e Recentemente Identificados (SCENIHR)  descobriu que alguns nanomateriais fabricados implicavam riscos concretos para a saúde. No entanto, nem todos os nanomateriais têm necessariamente um efeito tóxico, sendo necessária uma abordagem caso a caso à medida que a investigação prossegue.

Os efeitos dos nanomateriais que suscitam maior preocupação ocorrem nos pulmões e incluem, entre outros, inflamação e lesões nos tecidos, aparecimento de fibroses e tumores. O sistema cardiovascular também pode ser afetado. Alguns tipos de nanotubos de carbono podem ter os mesmos efeitos que o amianto. Além dos pulmões, descobriu-se que os nanomateriais podem afetar também outros órgãos e tecidos, incluindo o fígado, os rins, o coração, o cérebro, os ossos e os tecidos moles.

Devido às suas dimensões diminutas e à sua grande área de superfície, as nanopartículas em pó podem apresentar risco de explosão, ao contrário do que acontecem com os respetivos materiais mais grossos.

DE QUE FORMA OCORRE A EXPOSIÇÃO AOS NANOMATERIAIS NO LOCAL DE TRABALHO?

A exposição dos trabalhadores aos nanomateriais pode ocorrer na fase de produção. Contudo, ao longo das diversas fases da cadeia de abastecimento, muitos mais trabalhadores podem ser expostos sem sequer saberem que estão em contato com nanomateriais; consequentemente, é pouco provável que as medidas que estão a ser tomadas para prevenir a exposição sejam suficientes.

A exposição pode ocorrer numa série de contextos profissionais em que os nanomateriais são utilizados, tratados ou processados, existindo o risco de inalação, nos casos em que se trate de partículas suspensas no ar, ou de contato com a pele. A exposição pode ocorrer, por exemplo, desde o domínio dos cuidados de saúde ou dos trabalhos de laboratório, aos trabalhos de manutenção ou construção.

GESTÃO DE RISCOS DOS NANOMATERIAIS NO LOCAL DE TRABALHO

A legislação europeia relativa à proteção dos trabalhadores aplica-se aos nanomateriais, mas não se refere explicitamente aos mesmos. 

Isso significa que cabe às entidades empregadoras avaliar e gerir os riscos dos nanomateriais no local de trabalho. Se a utilização e produção de nanomateriais não puder ser eliminada ou substituída por materiais e processos menos perigosos, a exposição dos trabalhadores deve ser minimizada através da adoção de medidas preventivas e hierarquizadas, estabelecendo-se a seguinte ordem de prioridades:

·        Medidas técnicas de controle dos riscos na fonte;

·        Medidas organizacionais;

·        Utilização de equipamento de proteção individual, como último recurso.

Apesar das muitas incertezas, existem também muitas preocupações sobre os riscos dos nanomateriais para a saúde e a segurança. Como tal, os empregadores devem, juntamente com os trabalhadores, estabelecer medidas de prevenção baseadas numa gestão preventiva  dos riscos.

A identificação dos nanomateriais, das suas fontes de emissão e dos níveis de exposição pode não ser tarefa fácil. Contudo, estão disponíveis orientações e ferramentas para ajudar a gerir os riscos dos nanomateriais no local de trabalho.

Leia as recomendações mais específicas da EU-OSHA sobre a gestão dos riscos associados aos nanomateriais no setor da saúde e nos trabalhos de manutenção. Outras organizações também publicaram informações úteis sobre a utilização dos nanomateriais, por exemplo, na construção   e no mobiliário , ou na investigação e desenvolvimento .

Descubra que outras medidas de gestão de nanomateriais foram adotadas por outras empresas através  de boas práticas  relativas a uma gestão eficiente de nanomateriais no local de trabalho. Fonte: Agência Europeia  para a Segurança e Saúde no Trabalho  – set/2021

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domingo, agosto 22, 2021

OS PERIGOS DAS POEIRAS COMBUSTÍVEIS ESTÃO EM TODO LUGAR

O US Chemical Safety Board (CSB) compilou dados de 105 explosões de poeiras de 2006 a 2017. O CSB não revisou todos os incidentes desse intervalo de tempo. Os dados do CSB foram categorizados em diversos tipos de indústrias.

O diagrama do CSB mostra que as explosões de poeiras combustíveis ocorrem em  uitos tipos de indústrias e operações. Embora a indústria química detenha uma pequena  ração das explosões estudadas, a manipulação de sólidos pode ocorrer em qualquer parte do  luxo do produto, desde o recebimento da matéria-prima até o produto final.

VOCÊ SABIA

Existem cinco pré-requisitos para uma explosão de poeira ocorrer:

1. Uma poeira combustível,

2. A poeira está em suspensão,

3. Um oxidante,

4. A poeira está confinada e

5. Uma fonte de ignição.

•Poeiras combustíveis estão presentes em muitas indústrias ou áreas de uma fábrica. Elas podem ocorrer onde menos se espera, como em áreas de utilidades ou no tratamento de resíduos. As áreas sem vigilância podem acumular poeiras combustíveis que não são visíveis.

•Os coletores de poeira são frequentemente fontes de explosões de poeiras. Eles aprisionam as partículas menores, que têm um maior potencial de explosão. Eles são normalmente equipados com um painel de alívio de explosão para aliviar a sobrepressão.

•As atividades de manutenção ou fabricação podem conter poeiras metálicas  combustíveis presentes nas operações de rebarbamento ou de polimento.

Algumas estratégias para prevenção de explosões de poeiras são:

1.Não deixar acumular poeira..

2.Reduzir a poeira na origem com sistemas eficazes de coleta de poeira.

3.Identificar e eliminar potenciais fontes de ignição.

O QUE VOCÊ PODE FAZER?

•Siga os requisitos de housekeeping da sua empresa ou unidade, mas se você observar o acúmulo de poeiras, comunique ao seu supervisor.

•Ao trabalhar perto de coletores de poeiras, observe onde está localizado o painel de alívio e evite ficar próximo, se possível. O painel de alívio deve estar identificado apropriadamente.

• As áreas ao redor dos painéis de alívio devem estar livres de obstruções, tais como tubulações ou conduites. Outros materiais não devem ser armazenados na zona de alívio.

•Se manipular sólidos na sua área, compreenda as suas propriedades e siga as recomendações da Ficha de Informação de Produtos Químicos (FISPQ ) e os seus procedimentos.

•Se observar uma liberação de poeiras do seu equipamento, reporte-a ao seu supervisor. Fonte: Process Safety Beacon – June 2021

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