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quarta-feira, dezembro 22, 2010

Navio atingido por ondas gigantes

O navio de cruzeiro "Clelia II" foi atingido por ondas que chegaram a sete metros e partiram vidros na ponte. A embarcação sofreu pane elétrica e esteve várias horas à deriva no mar.

Os problemas para o navio "Clelia II" começaram ao largo do Arquipélago das Ilhas Shetland do Sul, cerca de 120 quilômetros a Norte da Península Antártica, depois de uma forte onda ter atingido e quebrado a janela da ponte de estibordo e desencadeado um problema no circuito elétrico do navio, que causou interrupção temporária no sistema de comunicações e no radar, que afetou o desempenho de um dos motores.
O navio Clelia II deveria permanecer quatro dias na Antártica, mas regressou ao porto de Ushuaia devido ao acidente.

ALERTA DE EMERGÊNCIA
O alerta foi acionado após ter partido da Península Antártica com destino a Ushuaia, Argentina.
O navio estava a nordeste da Ilhas Shetland do Sul e 845 quilômetros de Ushuaia. O navio da National Geographic Explorer que estava na área, ajudou o navio "Clelia II", transferindo equipamento de comunicação VHF.

VÍTIMAS
Nenhum dos passageiros ficou ferido e apenas um tripulante sofreu ferimentos ligeiros.

TESTEMUNHAS
A viagem de volta foi lenta, apenas cinco nós, e em "condições climáticas muito difíceis", disse um passageiro, o aposentado U. S. Marinho Denis Smyth. "Eu sou um homem do mar, mas era muito difícil. Havia dias em que muitas pessoas estavam demasiado doentes para comer", disse Smyth à Associated Press por telefone de Ushuaia.
Ele disse que uma enorme onda quebrou o trilho do suporte do vidro da ponte, que causou a entrada de água e provocou um curto-circuito nos sistemas de radar e de comunicações. "Quando o navio balançou, várias pessoas foram jogadas para o ar na sala."
Smyth disse: "A única preocupação que tive foi quando o navio perdeu as comunicações. O navio navegava praticamente à cegas..."

CHEGADA A USHUAIA
Às 21 horas (horário local) de segunda-feira, 11 de outubro, chegou ao porto de Ushuaia, Argentina o navio Clélia II. O navio ingressou à Baía de Ushuaia com menos de 48 horas de atraso de acordo com o cronograma original.

TRIPULAÇÃO E PASSAGEIROS
Tripulação com 77 pessoas e 88 passageiros..

Fontes: El Diário del Fin del Mundo- 10/12/2010, La Tercera - 10/12/2010, Jornal de Noticias – Portugal - 10 Dezembro 2010

Vídeo:


DETALHES DO NAVIO
Tipo de Navios: Passageiro
Ano de construção: 1990
Comprimento x largura: 88 m X 15 m
Porte Bruto: 2420 t
Velocidade registrada (Max/media): 13 / 9.9 nós
Calado: 4.5 m
O Clelia II é um navio de luxo que foi revisado em 2009 para chegar a Antártica. Possui 50 suítes com vista para o mar que têm um valor que varia entre US$ 8.000 e US$ 15.000 para estadias de dez dias.

ESTREITO DE DRAKE
O estreito de Drake é um local da junção do oceano Atlântico com o Pacífico. Esse estreito é um local onde as frentes frias passam com uma intensidade muito grande. E uma após a outra, com um intervalo muito pequeno. Por isso é uma região sempre muito conturbada. Está sempre com o mar revolto.
O estreito de Drake cuja largura é de cerca de 650 km, constitui a distância mais curta entre a Antártica e as outras terras do mundo. Considera-se às vezes que a fronteira entre os oceanos Atlântico e Pacífico seja a distância mais curta entre o Cabo Horn e Snow Island (a 260 km ao norte da parte continental da Antártica). Antigamente, a fronteira era situada sobre o meridiano que passa no Cabo Horn. As duas fronteiras situam-se inteiramente no estreito e Drake.
O estreito de Drake comporta somente as pequenas ilhas Diego Ramirez como terra, situadas a cerca de 50 km ao sul do Cabo Horn. Não existem outras terras na mesma latitude que o estreito de Drake, o que permite à corrente que dá a volta na Antártica circular livremente (seu fluxo é de cerca de 600 vezes o do rio Amazonas). Wikipédia

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quinta-feira, abril 02, 2009

Mergulhador é atingido na cabeça por arpão na Ilha do Governador

Imagens da tomografia computadorizada

Um homem foi atingido na cabeça por um arpão ao mergulhar na Ilha do Governador, Rio de Janeiro. A vítima foi socorrida no Hospital de Saracuruna, na Baixada Fluminense. O acidente ocorreu na manhã de sábado, 28 de março de 2009.
A vítima chegou lúcido ao Hospital de Saracuruna, na Baixada Fluminense, onde foi operado.
A vítima, identificada como Emerson de Oliveira Abreu, passou por uma operação de alto risco, por conta do pedaço do arpão preso na sua cabeça.

Cirurgia
O mergulhador Emerson de Oliveira Abreu foi operado, continua lúcido, tem reflexos normais e passa bem. Seu estado de saúde é estável e não há risco de morte. Contudo, não há previsão de alta e ele deve permanecer na enfermaria do Hospital Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, por alguns dias. Os médicos acreditam que ele não deve ter sequelas graves. Foram cinco horas de cirurgia.
O caso surpreendeu até a equipe médica chefiada pelo neurocirurgião Flávio Falconetti. O diretor do hospital, o neurocirurgião Manoel Moreira, disse que Emerson teve sorte porque o arpão não atingiu partes nobres do cérebro. "Ele chegou aqui lúcido, sem déficit motor nenhum", contou. Transferido para a enfermaria, o mergulhador passou por mais exames e não apresentou sinal de lesão neurológica.
"Ele não perdeu a visão por um fio. A lança passou por trás do globo ocular, perto do nervo ótico. Há muito edema na região orbital, mas ele está enxergando. Vamos esperar que ele melhore para fazer um exame oftalmológico mais apurado. Segundo o médico, o arpão passou perto da artéria que vasculariza o cérebro, a carótida. Se ela fosse atingida, dificilmente Emerson sobreviveria”, disse Moreira. Ele está fazendo uso de antibióticos para evitar infecções e deve receber alta em até dez dias. Segundo o médico, deve levar uma vida normal.

Uma fisgada, uma forte queimação
Uma fisgada, uma forte queimação no rosto e um grande medo de morrer. Foi o que sentiu Emerson. Ele segue internado no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna (Baixada Fluminense).

O acidente
O arpão foi disparado em direção a um peixe, bateu em uma pedra, voltou e atingiu minha cabeça. Meu colega estava bem distante de mim. Eu creio que não tem possibilidade de ter sido o arpão dele. Senti muita dor quando saí da água. Queimava muito a minha face, disse Emerson na entrevista dada pelo mergulhador no hospital.

Emergência e Atendimento
"Foi tudo muito rápido. Disparei o arpão em direção a um peixe. Quando vi, o arpão bateu em uma pedra, voltou e atingiu minha cabeça, recorda Emerson. Na hora um amigo viu que eu tinha me ferido e me ajudou. Daí eu subi numa pedra e fui socorrido por uma embarcação de uns moradores da Ilha do Governador. Na hora, eu pensei até em tirar aquela flecha da cabeça. O pessoal que me deu uma assistência na hora disse 'não, rapaz, não faz isso'. Graças a Deus correu tudo bem” completou Emerson.
“Os moradores o levaram de carro até o Hospital Municipal Paulino Werneck, na Ilha do Governador, onde, no entanto, ele não pôde ser atendido por falta de infraestrutura. Fui encaminhado ao Hospital Estadual Adão Pereira Nunes (Saracuruna), em Duque de Caxias (RJ), por uma viatura do Grupamento de Socorro de Emergência (GSE) do Corpo de Bombeiros. Foi horrível. Eu estava muito nervoso. Tentava não me mexer, mas a viatura trepidava muito", recorda Emerson.

Penetração do arpão no crânio
A parte externa do arpão foi cortada para que ele pudesse entrar na tomografia. Dos 70 cm de haste, 25% estava dentro do crânio. A lança entrou por cima do olho esquerdo e não atingiu nenhuma área crítica do cérebro.

Fonte: G1, 29 de março de 2009 e Estadão - 1 de abril de 2009

Comentário:
O acidente é inusitado, pois o mergulhador fica na posição frontal em relação ao alvo e o peixe fica lateralmente para ter maior área de alvo. O arpão é disparado e erra o alvo, bate numa pedra, ricocheteia e volta quase na posição perpendicular para o novo alvo, rosto do mergulhador.
Existem acidentes de arpão entre mergulhadores, quando nenhum deles, visualiza outro na hora do disparo ou não mantém distância segura.

Vídeo

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sexta-feira, janeiro 09, 2009

Earthrace bate recorde mundial de circunavegação movido a biodiesel

Foto ampliada
Às 13 h 42 min, horário local, sexta-feira, 27 de junho de 2008, Earthrace cruzou a linha final em Sagunto, Espanha quebrando o recorde mundial de velocidade de circunavegação do globo para um superbarco (Powerboat).

O Earthrace é o mais rápido dos barcos do tipo eco-barco (combustível ecológico), completou a circunavegação de 24.000 milhas náuticas em 60 dias, 23 horas e 49 minutos, batendo o recorde mundial anterior de 1998 do superbarco, Cable & Wireless, que cobriu o percurso em 74 dias, 23 horas e 52 minutos, em quase 14 dias.


Foto: Rota da circunavegação do globo


Construção
A construção da Earthrace iniciou-se em fevereiro de 2005, e 14 meses depois foi lançado em Henderson Creek, em Auckland, Nova Zelândia. Um total de 14.000 horas de trabalho foram gastos, acrescido de muito mais de milhares de horas de voluntários que ajudaram na construção. A estimativa de custo foi de 2 milhões de dólares.

A construção do Earthrace baseou‑se fortemente em cooperação de voluntários, e isso foi evidente em todo o processo de construção. Escolas locais, grupos ambientalistas, estudantes e profissionais altamente qualificados todos doaram generosamente seu tempo ao projeto.
Do mesmo modo, quase todos os hardwares e equipamentos em Earthrace foram doados ou patrocinados. Centenas de companhias de todo o mundo contribuíram na preparação do Earthrace.

Característica do Earthrace
O Earthrace foi projetado por Craig Loomes Design Group e construído por Calibre Boats, uma empresa especializada em embarcações de materiais compostos de alta tecnologia, da Nova Zelândia. A embarcação foi construída especialmente para bater o recorde de circunavegação do globo em barco a motor.
Ele é totalmente movido a biodiesel e com finalidade de demonstrar a eficiência dos biocombustíveis como fonte alternativa de combustível..
O superbarco foi projetado para ondas de até 15m (50 pés) e em mergulho subaquático (submergir) até 7 m (23ft). Acima de 7 m de mergulho subaquático o casco provavelmente implodirá. As condições mais adversas que a tripulação encontrou foram ondas de 12 m (40 ft) e ventos de 80 km, e o pára-brisa do superbarco foi coberto com 5 m de água, numa condição subaquática.
Um membro da tripulação descreveu a experiência como "a mais brutal coisa que tinha feito".

Tipo de casco
É um trimarã do tipo wavepiercing (penetra nas ondas, submergir). Tem três cascos deste tipo, o que significa que foi projetado para atravessar as ondas em vez de flutuar sobre elas. Também se denomina monocasco estabilizado.
Seu desenho permite que a embarcação navegue por mares turbulentos com maior velocidade do que as embarcações convencionais.
É construído com uma estrutura do tipo sanduíche com três camadas de fibra de carbono, Kevlar e fibra de vidro, e um núcleo de espuma Diab de 40 mm entre as camadas de fibra de carbono.
O pára brisa é formado por lâminas de vidro endurecida, com uma espessura de 17 mm. É composto por duas lâminas de vidro de 8 mm, coladas com uma resina especial que os torna extremamente resistente.

Dados técnicos
Comprimento: 24 m
Largura: 8,05 m
Calado (sem combustível): 1,0 m
Calado (carregado de combustível): 1,3 m Peso (sem combustível): 13 t
Peso (carregado de combustível): 23 t
Velocidade máxima: 40 nós
Autonomia (6 nós): 14.000 milhas náuticas
Autonomia (25 nós): 2.000 milhas náuticas
Capacidade de combustível: 11.500 litros
Tipo de combustível: Biodiesel ou diesel
N.º de tripulantes: 4
N.º de camas: 6
Motores: 2 Cummins Mercruiser QSC 540
Caixas de mudanças: ZF 305A (relação 1.4:1)

Chamar a atenção para o potencial de fontes alternativas de combustível
A circunavegação do Earthrace teve como objetivo também promover internacionalmente o desenvolvimento de combustíveis renováveis.
Depois desta viagem, o barco será usado para testar, em condições extremas, o programa de inovação e desenvolvimento de combustíveis sustentáveis de nova geração produzido pela SGC Energia, em particular os combustíveis resultantes de micro-algas e de óleo vegetais não alimentício e os resultantes da valorização energética dos resíduos urbanos.

Fotos ampliadas

Fontes: Earthrace, Calibre Boats, The Guardian e Mail Online



Comentário:
O Earthrace lembra muito a espaçonave futurística, USS Entreprise do filme Star Trek. O projeto é magnífico e a criatividade humana não tem limite.

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sexta-feira, dezembro 05, 2008

Salva-vidas resgatados por Salva-vidas


Em treinamento para salvar vidas no próximo verão, um grupo de bombeiros e policiais militares esteve perto de se tornar vítima do mar na quarta-feira, à tarde, 3 de dezembro de 2008. Parte da equipe que nadava na praia do Cassino, em Rio Grande, foi arrastada por uma correnteza e teve de ser resgatada do mar por embarcações. Todos se salvaram.

O grupo de 47 homens treinava na praia para atuar como salva-vidas. A equipe e o instrutor entraram na água por volta das 16h para a parte prática do exercício. Com flutuadores e bóias, eles nadavam. Após passarem à arrebentação, acabaram puxados por uma corrente marítima que os conduzia para dentro do mar. Do grupo, 17 conseguiram retornar a nado para a terra, saindo do mar por volta das 17h. Os outros 30 ficaram na água à espera de resgate.

Correnteza forte
Com nadadeiras e uma pequena bóia de plástico, os salva-vidas enfrentaram ondas de até três metros e nadaram mais de 500 metros, além da última das cinco linhas de arrebentação das ondas. Quando tentavam retornar, tiveram uma surpresa: davam braçadas, mas não saíam do lugar. Nadávamos e não saíamos do lugar. A sensação era de que eu era sempre o último do grupo — contou Vagner Gonzales, 28 anos, de Pelotas, explicando a sensação de desespero do momento em que estavam na água. A água estava muito violenta e começou a separar os homens. Uns têm mais velocidade do que os outros, então, resolvemos permanecer juntos, disse José Carlos Rodrigues Martins, 47 anos, de São Gabriel.

Ao ver colegas sem poder dar braçadas, os salva-vidas decidiram se dividir. A maioria ficou junto, boiando em grupos de oito, enquanto 17 retornavam, no braço, até a praia. Um dos que conseguiu nadar para a costa foi o soldado Anderson Arriens, 26 anos. Ele diz que se deixou levar em paralelo ao longo da praia e, quando a corrente perdeu força, nadou em diagonal.
O capitão Riomar dos Santos, 48 anos de idade e 21 como salva-vidas, foi um dos primeiros a chegar à praia. Veterano, acionou o pedido de socorro.

Uma corrente de retorno nos pegou e impedia nossa volta à costa. É exaustivo, se é ruim para a gente, imagina para um cidadão que não tem nossa forma física e nem está acostumado, descreve o capitão Ben-Hur Pereira da Silva, 37 anos, 20 como nadador experimentado.

Ajuda e resgate
Para auxiliar no resgate, foram mobilizados três botes do Grupamento de Fuzileiros Navais do Rio Grande, da Marinha, uma lancha da praticagem da Barra e os bombeiros do Cassino. O salvamento terminou por volta das 19h. Os homens resgatados passaram por uma avaliação no momento em que chegavam à terra. Para aquecer o corpo, recebiam cobertores.

Hospitalizados
Cinco tiveram de ser levados para o hospital com suspeita de hipotermia. Como passaram quase três horas no mar, eles sofreram queda da temperatura corporal e foram levados ao hospital. Até às 23h, os cinco permaneciam no Pronto Socorro da Santa Casa sem previsão de serem liberados.
A hipotermia ocorre quando o corpo enfrenta baixas temperaturas ambientes por tempo prolongado, o que ocorreu no caso dos salva-vidas porque o mar estava frio.

Salva-Vidas experientes
O instrutor, capitão Riomar dos Santos, explica que, como o grupo era formado por salva-vidas experientes e que estavam com equipamentos, não havia risco de afogamento.
A nossa preocupação é que logo ficaria escuro e seria difícil localizar o grupo. Eles poderiam morrer de hipotermia, diz o capitão, que conseguiu voltar nadando para a beira da praia.
Coordenador de treinamento da Operação Golfinho do Litoral Sul, o major Adilomar Silva explica que, em busca do melhor treinamento, são escolhidos propositalmente dias em que mar esteja mais agitado. A idéia é simular uma situação de veraneio. Infelizmente, a corrente traiçoeira arrastou o grupo para dentro. Fica a experiência, disse.

Como estava o mar
Segundo o relato dos salva-vidas, o mar estava revolto. A corrente arrastava as pessoas para longe da costa O vento sul era, com rajadas, de 50 km/h, considerado forte.

Alerta para os ventos
Um alerta da praticagem da Barra (órgão que controla a entrada das embarcações na barra de Rio Grande), de terça-feira, já avisava sobre a força dos ventos no litoral sul. Por isso, a barra ficou fechada desde as 19h40min de terça-feira até às 15h30min de quarta-feira. Neste intervalo de tempo, embarcações não entraram nem saíram pelo canal.

Fontes: Zero Hora – 04 de Dezembro de 2008 e Jornal Agora - Rio Grande, 05 de Dezembro de 2008

Comentário:
Esse acidente é interessante mostra que qualquer tipo de treinamento em cenário próximo ao real deverá ter uma equipe de prontidão para qualquer tipo de imprevisto, tais como; acidente, indisposição de pessoal, etc. A auto‑suficiência ou a impetuosidade do tipo de treinamento ou desconhecimento do local, em que os lideres acham que controlam todas as variáveis que concorrem para o acidente, é quando acontece o desastre.
Conhecendo o inimigo: Em 400 a.C o general chinês Sun Tzu escreveu um livro sobre “A arte da guerra” e um dos tópicos do livro ele disse "Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada batalha vencida você sofrerá uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas...". Ele quis dizer; que a falta de planejamento, falta de conhecimento do cenário ou do local, falta de conhecimentos dos riscos presentes no cenário, tudo isso concorrem para a derrota ou desastre.
No caso do grupo de salva-vidas, concorreram várias falhas durante o treinamento, tais como;
■ Falta de uma equipe de emergência para eventual acidente
■ Falta de bote inflável ou barco no local do treinamento
■ Única informação correta da região de treinamento, que não foi levada em conta, no sentido de precaução durante o treinamento: Alerta da praticagem da Barra (órgão que controla a entrada das embarcações na barra de Rio Grande), avisava sobre a força dos ventos no litoral sul. Por isso, a barra ficou fechada desde as 19h40min de terça-feira até às 15h30min de quarta-feira. Neste intervalo de tempo, embarcações não entraram nem saíram pelo canal.
Eles erraram ao entrar na água gelada, quando havia alerta de ondas grandes e ventos de até 50 km/h?
As falhas humanas são as principais causas dos acidentes, tais como;
■ deficiência de julgamento,
■ de supervisão e planejamento,
■ aspectos psicológicos e
■ indisciplina
Na maioria das vezes a pessoa com muita experiência subestima os riscos latentes.

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segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Banhista é atingido por Marlim Azul


Donizete Pereira foi atingido no joelho, na tarde de sábado, 2 de fevereiro de 2008, por um peixe marlim azul de 1,90 m de comprimento e 40 quilos, no litoral do Paraná, Matinhos.
O peixe de grande porte que, normalmente, é encontrado em alto mar, estava próximo da orla (o banhista estava com água na altura do peito) e ao cair na água depois de um salto, cravou o bico no joelho do banhista. Ele lutou com o peixe, segurando-o, para não ser arrastado.
Ele foi socorrido por guarda-vidas, que fizeram os primeiros procedimentos para imobilizar a perna e conter a hemorragia ainda na areia.
O homem foi encaminhado para um Pronto Socorro da cidade. Ele passou por um procedimento cirúrgico para retirar parte do bico do peixe ( 10 cm) que ficou cravado no joelho e passa bem.

Foto: mostra o tamanho do bico de um marlim-azul

De acordo com pessoas que testemunharam o episódio, o peixe dava pulos muito altos e precisou ser imobilizado por três homens para que não atingisse mais nenhum banhista.

Recuperação da vítima
Donizete Pereira, recebeu alta quarta-feira (06 de janeiro) do Hospital do Trabalhador, em Curitiba. Ele recupera-se do susto e do ferimento no joelho em sua casa, na capital paranaense. “O joelho ainda está um pouco inchado, afinal o bico do marlim atravessou minha perna”, diz. “Mas ainda continuo surpreso. Estava no mar com água pelo pescoço. Nessa profundidade, jamais imaginaria que se tratava de um peixe daquele tamanho”, completa.
A vítima disse que se salvou sozinho do ataque do peixe. “Os pescadores ficam querendo bancar os heróis, mas eu tive que me desvencilhar sem ajuda de nenhum deles”, diz.
Seu irmão, também comerciante, Carlito Pereira, que ajudou no resgate de Donizete e ficou com o marlim, conta que guardou para si cerca de dez quilos da carne do peixe e distribuiu os 32 quilos restantes para parentes e amigos. “Dei dois quilos para o Donizete. A cabeça e o rabo do bicho, eu salguei e vou deixar secar para depois mandar empalhar. É o meu troféu”, diz. Donizete agradeceu o presente do irmão, mas não vai querer experimentar a carne do peixe que o feriu.

Fonte: Folha de Londrina e Gazeta do Povo; 4 e 7 de fevereiro de 2008

Comentário:
Marlim Azul

Foto: Mostra o maior peixe pescado no mundo, Espírito Santo, 4,62m de comprimento e 2,48 de diâmentro, 636 Kg.
Peixe oceânico que habita as águas azuis, limpas e quentes. Costuma nadar sozinho e é encontrado com mais freqüência nas regiões de Vitória , Guarapari, Salvador, Ilhéus, Cabo Frio e Ilhabela. Os maiores exemplares podem pesar mais de 650 kg, medir 4m de comprimento. Sua captura exige materiais pesados com o linhas de até 130 lb, varas e carretilhas com capacidade para mais de 700m de linha. Como iscas naturais, são preferidas os Farnangaios e Sororocas. Entre as artificiais as melhores são as lulas.
É o peixe mais cobiçado da pesca oceânica, veloz, briguento, com seu dorso azul-cobalto e seu bico assustador, o Marlim Azul virou símbolo de tudo que o mar tem de desafio, mistérios e aventura. Também conhecido por agulhão e agulhão-azul, e de família dos Istiophoridae, é chamado cientificamente Makaira nigricans Lacépède, 1802, o nome Marlim Azul deriva-se do Inglês Blue Marlin.(Paulo Amorim).

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