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segunda-feira, outubro 29, 2012

Por que as crianças estão em risco


Quedas e engasgamento são os principais responsáveis pelos acidentes e mortes relacionados com brinquedos.

Engasgamento é a causa mais comum de mortes e o principal culpado deste quadro são as bexigas/balões de látex.

Brinquedos de locomoção, principalmente bicicletas, estão associados a mais acidentes que qualquer outro grupo de brinquedos.

Acidentes fatais podem ocorrer quando a criança é atingida por um veículo automotor ou quando a criança vai em direção a piscina, lago, riachos, etc. A maioria dos acidentes com brinquedos dirigíveis ocorrem quando as crianças caem dos brinquedos.

60% dos acidentes relacionados a brinquedos e 75% das mortes acontecem com crianças de até 4 anos.

Crianças de até 3 anos são mais propensas a sofrerem engasgamento do que as maiores pois têm tendência a colocar pequenas coisas na boca e por causa do pequeno tamanho de suas vias aéreas. No entanto, crianças mais velhas também correm risco de engasgamento com as bexigas.

A maioria dos acidentes relacionados a brinquedos não são fatais. Aproximadamente 98% das crianças que sofrem algum tipo de acidentes com brinquedos são tratadas e recebem altas.

PROTEGENDO SUA FAMÍLIA
A orientação é um importante fator para manter as crianças seguras de acidentes com brinquedos. Envolver-se com a brincadeira de seu filho, ao invés de orientar à distância, lhe dá a oportunidade de você tomar conta com mais cuidado. As crianças adoram quando os pais participam em seus jogos. Brincar é uma forma de você aprender mais sobre o seu filho, ensiná‑lo importantes lições, além da diversão enquanto o mantém seguro.

DICAS DE SEGURANÇA
Quando selecionar os brinquedos, considere a idade, o interesse e o nível de habilidade da criança. Procure por qualidade do modelo e construção e siga as recomendações do fabricante de segurança e idade.

Inspecione os brinquedos regularmente em procura de danos e potenciais riscos tais como pontas afiadas. Conserte o brinquedo imediatamente ou mantenha-o fora do alcance da criança.

Evite utilizar balões de látex/bexiga. Se realmente precisar utilizá-los, guarde-os fora do alcance das crianças. Não permita que crianças encham bexigas. Após o uso, esvazie as bexigas e descarte-as juntamente com eventuais pedaços.

Evite brinquedos com pontas e bordas afiadas, brinquedos que produzem sons altos e que apresentem projéteis (tais como dardos, flechas, etc)

Brinquedos com correntes, tiras e cordas com mais de 15 cm podem não intencionalmente estrangular crianças e devem ser evitados.

Brinquedos elétricos podem causar queimaduras. Evite brinquedos com elementos de aquecimento – baterias, tomadas elétricas – para crianças com menos de 8 anos.

Certifique-se que brinquedos sejam usados em ambientes seguros. Brinquedos dirigidos pela criança não devem ser usados próximos a escadas, tráfego, piscina, lago, etc.

Ensine as crianças a guardar seus brinquedos após a brincadeira. Um local seguro para guardar previne quedas e outros acidentes. Brinquedos para crianças maiores podem ser perigosos para os menores e devem ser guardados separadamente.

Use presentes (bicicletas, patins, scooters, skates) como oportunidade para ensinar as crianças sobre segurança na diversão. Como parte de seu presente dê a seu filho os equipamentos de segurança necessários, tais como capacete, joelheira, cotoveleira, luvas, buzinas, entre outros. Fonte: Safe Kids Brasil 

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sexta-feira, janeiro 23, 2009

Menina morre engasgada com uma bolinha de gude


Geovana, cinco anos, brincava no quintal de sua casa, no Residencial Dourados, cidade de Franca, São Paulo, quando foi até a cozinha, onde sua mãe fazia comida e teria mostrado para ela que havia algo em sua garganta.

A mãe chamou os familiares e tentou, sem sucesso, tirar o objeto da garganta da menina que foi levada para a UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim Aeroporto, Franca, São Paulo.

No local, recebeu os primeiros socorros e foi encaminhada para o Pronto-Socorro Infantil. "Tentaram de tudo, mas não conseguiram retirar (o objeto). Segundo minha mulher, ela já saiu de casa com a boca roxa", disse o pai de Geovana.

No trajeto, enfermeiros conseguiram tirar o objeto da garganta da menina, mas era tarde e Geovana já chegou ao PS praticamente morta. "Foram feitas as manobras de ressuscitação. Tentamos em torno de 40 minutos, mas sem sucesso", disse o pediatra Roberval, que atendeu a criança.

Enquanto médicos e enfermeiros tentavam reanimar a vítima, familiares chegavam ao Pronto-Socorro em busca de informações. A criança morreu à noite, 19 de janeiro de 2009, de parada cardiorrespiratória depois de se engasgar com uma bola de gude.

Ao saber da morte, a mãe se desesperou e, inconformada, chorava, chegando a desmaiar e ser atendida na própria unidade de saúde.

Famíla e enterro
Geovana tinha dois irmãos, um menino de oito anos e uma menina de três meses e o sepultamento será realizado na quarta-feira.

Procedimento correto
Segundo José Victor Nonino, pediatra e diretor da Beneficência de Ribeirão, o procedimento imediato prestado pelos parentes das vítimas foi equivocado. Ele disse, porém, que, mesmo com a ação correta, a menina ainda poderia morrer.
"O procedimento certo seria colocá-la com a cabeça para baixo, sem movimentos bruscos, para não agravar o quadro. Depois, levá-la imediatamente ao hospital", disse. Segundo Nonino, a bolinha deve ter se fixado na glote e causado asfixia.

Fonte: Comércio da Franca - 20 de janeiro de 2009

Comentário:
A nossa casa pode se tornar uma grande armadilha para acidentes com crianças, jovens, idosos, etc. A casa transmite uma falsa sensação de segurança.

Estatísticas de acidentes dos Estados Unidos indicam que acidentes fatais domésticos são mais freqüentes do que imaginamos.
■ quedas - 28%
■ queimaduras - 19%
■ envenenamento - 17%
■ choques - 14%
■ asfixia - 6%
■ outros - 16%

Sociedade Brasileira de Pediatria: Acidentes mais comuns de acordo com faixa etária
■ 0 - 6 meses - Afogamento, ingestão de corpo estranho, intoxicações, queimaduras, quedas, sufocações e engasgos.
■ 7 - 12 meses - Afogamento, aspirações e ingestões de corpos estranhos, choques elétricos, intoxicações, quedas, queimaduras.
■ 1- 3 anos - Afogamento, choque elétrico, corpos estranhos, intoxicações, picadas venenosas, quedas e colisões, queimaduras.
■ 3 - 7 anos - Acidentes de trânsito, afogamento, choque elétrico, ferimentos, intoxicações, mordeduras, picadas venenosas, quedas e colisões, queimaduras.
■ 7 – 12 - Acidentes na escola, na vizinhança e nos esportes.
■ Adolescência - Agressões, acidentes esportivos, afogamentos, uso de drogas e acidentes de trânsito.

Pesquisa do Ministério da Saúde quanto aos acidentes com crianças com idade até nove anos revelou:
■ Dos 10.988 atendimentos a crianças nessa faixa etária, 5.540 (50,4%) foram provocados por quedas. Os dados mostram ainda que o perigo nem sempre está nas ruas. A maioria das quedas, 3.838 (69%), ocorreu dentro da residência das vítimas.
■ Do total de quedas registradas pela pesquisa, 2.626 (47%) foram de crianças que caíram do mesmo nível, ou seja, foram causadas por tropeções, pisadas em falso ou desequilíbrios.
A parte do corpo mais atingida foi;
■ cabeça com 2.445 (44%) ocorrências,
■ braços com 1.720 (31%) e
■ pernas com 760 (13,7%)
As lesões mais freqüentes foram;
■ cortes e lacerações com 1.426 (26%) notificações.
■ contusões com 1.234 (22%) e
■ fraturas com 955 (17,2%).

Dados da Organização Mundial da Saúde
■ Todos os dias, 72 crianças na Europa morrem de acidentes domésticos, equivalente a 3 por hora.
■ Envenenamento: Mais de 45.000 crianças morrem anualmente por causa do envenenamento não intencional.
■ Quase um milhão de crianças morrem anualmente devido a acidentes e o maior causador de acidentes é o automóvel.

Vídeo:
Os acidentes com crianças acontecem em casa e milhares são atendidas nos hospitais.

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domingo, junho 01, 2008

Cuidado! As crianças estão chegando!


Cerca de 90% dos acidentes que ocorrem com crianças poderiam ser evitados.
Os acidentes por lesões não intencionais (ferimentos feitos sem querer) são a principal causa de morte entre as crianças brasileiras de 1 a 14 anos.



De olho nos pequenos

Menores de 1 ano
Os bebês não têm força para se defender, por isso o sufocamento é a principal causa de morte entre eles. Lençóis, fraldas, bichinhos de pelúcia e objetos macios podem ser um perigo. O ideal é deixar o berço vazio na hora de dormir
■ No carro, lembre sua mãe de que o bebê deve deitar numa cadeirinha chamada de bebê conforto. Ela deve ficar bem presa no cinto de segurança do carro e virada de frente para o banco traseiro. Isso diminui o risco de ferimentos em caso de acidentes

De 1 a 4 anos
Nesta idade a criança adora colocar tudo na boca, por isso, quando estiver brincando, fique de olho para não deixar peças pequenas pelo chão - menores que o tamanho de um bombom - com as quais as crianças possam engasgar
■ O sufocamento também é um perigo nesta idade. Nunca deixe que crianças pequenas brinquem com sacos plásticos e sacolas de supermercado
■ Sempre guarde os brinquedos após a brincadeira, isso evita que seu irmão possa pisar e cair
■ No carro, lugar de criança é no banco de trás. Lembre a seus pais também que é necessário o uso de cadeirinha com o cinto de segurança. Nesta idade, a cadeirinha deve ficar virada para frente, na mesma posição dos bancos

De 5 a 9 anos
Queimaduras e quedas são o principal perigo para essa turma. Mantenha seu irmão sempre longe da cozinha. Se você quiser preparar algo, diga-lhe que fique na sala que lhe fará uma surpresa. Use as bocas de trás do fogão e nunca se esqueça de virar os cabos das panelas para dentro
Estimule sempre seus irmãos e primos menores a usar capacete, cotoveleiras e joelheiras quando andarem de bicicleta, skate, patins ou patinete
O capacete deve ajustar-se bem na cabeça e ficar preso sob o queixo

Afogamento
Use sempre colete salva-vida quando for velejar, passear de barco ou praticar esportes aquáticos
Antes de pular em rios, piscinas e lagos verifique a profundidade e pule sempre de pé
Procure nadar sempre acompanhado
Peça para um adulto explicar como se usam equipamentos de segurança como coletes, botes infláveis e bóias

Acidente com veículos
Por causa do seu peso e altura, até completar 10 anos, é obrigatório que você sente no banco traseiro do carro e use o cinto de segurança
De 4 a 10 anos, o cinto só funciona 100% se você usar um assento de segurança, vendido em lojas especializadas
O cinto deve passar no meio do seu ombro e nunca no pescoço. Usar o cinto embaixo do braço passando pelas costas não resolve e pode causar sérios ferimentos

Atropelamento
Atravesse somente na faixa de pedestres, caso não tenha faixa, utilize os sinais de trânsito e atravesse próximo às esquinas onde você consiga ver os carros
Nunca se esqueça de olhar para os dois lados da rua para atravessar
Não atravesse atrás de ônibus ou caminhões. Eles impedem que você veja os carros
Evite andar próximo aos carros estacionados no shopping ou supermercado. Eles podem dar ré sem você perceber

Quedas
■ Mesmo que você seja fera nos esportes, não se esqueça de usar capacete, cotoveleiras e joelheiras
■ Ao andar de patinete ou bicicleta na rua, respeite os sinais de trânsito e nunca se esqueça de olhar para os lados antes de virar numa rua

Casa
■ Ao preparar sua comida nunca se esqueça de virar os cabos das panelas para dentro do fogão. Isso evita que você esbarre e derrube objetos quentes
■ Ao usar uma faca, olhe sempre se ela não está muito próxima à sua mão
■ Cuidado com a parte de trás do secador. Ela pode sugar seus cabelos prendendo no motor

Incêndio
■ Em caso de incêndio, ande abaixado longe da fumaça para não se intoxicar
■ Procure saber qual é o som do alarme de incêndio do seu prédio e da sua escola
■ Antes de abrir uma porta, toque-a para ver se não está quente, caso esteja, procure outra saída

Atenção
Cole no seu telefone os números de emergência: Bombeiros, Polícia , Ambulância .
O número de um vizinho e do hospital mais próximo à sua casa também podem ajudar.

Fonte: O Estado de São Paulo - 8 de setembro de 2001

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