Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia
segunda-feira, maio 13, 2024
VOCÊ MUDA A TEMPERATURA COM O CHUVEIRO ELÉTRICO LIGADO? ENTENDA OS RISCOS
De todas as engenharias de
aparelhos de uso doméstico, talvez uma das mais simples seja a do chuveiro
elétrico. Uma resistência, plugada na tomada, que esquenta e passa o calor para
a água. A aparente facilidade em entender a dinâmica dos chuveiros elétricos —e
até de instalar— abre também margem para muitos usos indevidos, que podem
danificar o equipamento, consumir muita energia elétrica e até mesmo causar
acidentes fatais.
Isso acontece porque o
chuveiro elétrico é um dos equipamentos com maior passagem de corrente elétrica
em uma residência. Sua ligação deve ocorrer sem espaço para falhas, de
preferência por um eletricista.
Quem tem chuveiros elétricos
deve fechar o registro antes de trocar a temperatura. Já os donos de chuveiro
eletrônico podem ajustar a água durante o banho.
O erro mais comum na hora de
instalar os chuveiros elétricos é esquecer de fazer o aterramento do fio (mais
conhecido como fio terra) e fazer a conexão errada dos terminais. O cabo que
alimenta a energia do chuveiro também precisa ser da mesma potência do circuito
elétrico — informação especificada pelo fabricante.
Ligar os aquecedores de água
diretamente na tomada é uma prática comum, mas proibida pela Norma Técnica
Brasileira (NBR) 5410, texto que estabelece as condições necessárias para as
instalações elétricas de baixa tensão.
Os chuveiros elétricos devem
ser ligados de forma direta no circuito elétrico da residência, já que neste
ponto de ligação há uma grande passagem de corrente elétrica. E as tomadas
comuns não são feitas para aguentar passagem com alta potência elétrica, o que
pode causar um aquecimento neste local. Já existem conectores específicos para
essa ligação.
Dicas para utilizar chuveiros
de forma correta:
·Evite usar o
chuveiro elétrico quando muitos equipamentos estiverem ligados em sua casa. Ele
consome muita energia e pode haver uma sobrecarga na rede, principalmente se
tiverem circuitos compartilhados.
·Não mude a
temperatura da água com o chuveiro aberto. Quando se muda a chave (de
temperatura) com a água passando, pode gerar um arco elétrico maior que a
capacidade que ele tem de isolamento, gerando risco de choque. Sempre que
precisar trocar a temperatura do chuveiro, o certo é fechar o registro, girar o
botão e só então voltar a ligar.
·No caso dos
modelos eletrônicos, a mudança de temperatura pode ser realizada sem desligar o
chuveiro.
·Durante o banho,
use chinelos para diminuir o contato com a superfície do chão e evitar choques.
·Caso você sinta
uma espécie de formigamento ao tocar em qualquer parte do chuveiro, é sinal que
há passagem de corrente elétrica. Esse é o maior sinal da necessidade de troca
da peça.
·Não se deve
reaproveitar resistência queimada.
·Antes de instalar
um chuveiro, verifique se o disjuntor e a corrente elétrica estão adequados
para a potência do equipamento.
·Utilize
dispositivos elétricos de segurança contra choques elétricos.
·De preferência,
chame um eletricista para instalar seu chuveiro elétrico de acordo com as
normas de segurança.
Fonte: Hilson Vilar,
professor do curso de Eletrônica do IFPE (Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia de Pernambuco); e Jeydson Lopes, professor do curso de Engenharia
Elétrica da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). UOL - Tilt* - 28/02/2024
ENTENDA POR QUE USO DE AR-CONDICIONADO SEM MANUTENÇÃO CAUSA INCÊNDIOS
O verão, com temperaturas
chegando a recordes com as ondas de calor, faz aumentar o consumo de energia, e
em boa parte o motivo está no uso de aparelho de ar-condicionado ou de
ventiladores.
O manuseio desses equipamentos, no entanto, exige cuidados para evitar
incêndios que podem ser provocados pelo excesso de carga elétrica. Uma
importante recomendação é verificar se o imóvel tem capacidade elétrica para
suportar os equipamentos, principalmente o ar-condicionado, que consome mais
energia.
O professor de Engenharia
Elétrica do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de
Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) Edson
Watanabe explica que nos imóveis de construções antigas a preocupação maior era
com a iluminação e a preparação para receber poucos aparelhos, bem diferente da
atualidade, em que cada vez mais aumenta a quantidade de eletrônicos em um
mesmo imóvel, e que ainda exigem maior carga de energia. “Tem muitos lugares
com microondas, air fryer, fogão de indução magnética. Quem vai aumentando
estas cargas têm que tomar cuidado”, alertou .
FALTA DE CAPACIDADE ELÉTRICA
Watanabe revelou que pediu a
uma turma de alunos que verificasse se as instalações estavam corretas em suas
casas, e a metade relatou problemas. “Quando um vai tomar banho outro não pode
ligar o ar-condicionado, porque um vai derrubar o outro”, disse se referindo a
falta de capacidade elétrica do imóvel para suportar uma carga maior de consumo
ao mesmo tempo.
“A dica principal é contratar
um profissional da elétrica para conferir se o quadro de energia da sua casa
está compatível na dimensão, se suporta realmente o aumento de equipamentos
como o ar-condicionado”, recomenda o porta-voz do Corpo de Bombeiros do Rio de
Janeiro, major Fábio Contreiras.
O curto circuito que costuma
ser vilão em alguns casos de incêndios, segundo o professor Edson Watanabe, é
uma ocorrência rara e normalmente quando acontece os disjuntores costumam
proteger o local desligando o sistema. “É raro isso não acontecer, ou seja, a
proteção não funcionar. Curto circuito não é o problema, o que acontece é que
em muitos lugares a instalação é antiga e foi feita em uma época em que o
ar-condicionado era raro. Tinha previsão de ar‑condicionado em dois lugares, na
sala e um quarto, o resto não tinha. Esse é o primeiro ponto. O outro é que o
condutor, o fio, tem que ter capacidade de aguentar o aparelho de ar‑condicionado
que é totalmente diferente de lâmpadas e mesmo os ventiladores, que em geral
têm o consumo bem pequeno comparado ao ar-condicionado”, explicou.
MAL CONTATO
O longo período em que os
aparelhos ficam desligados merece cuidados quando entram novamente em uso. De acordo
com o professor Watanabe, no caso de ar-condicionado residencial de 12 mil BTU
o consumo pode crescer 10 a 20 vezes na comparação com o ventilador. “O
problema é que em alguns casos os fios não estão preparados para isso. Além
disso, deixar por muito tempo ligado na
tomada é um risco, sem o uso do
aparelho”, alertou.
“Isso pode resultar em mal
contato se só for utilizado no ano seguinte. O mau contato é muito ruim porque,
em geral, não se nota. Quando tem o mal contato, a tomada começa a esquentar,
em alguns casos derrete e pega fogo. Isso é bastante comum. O bom é tirar da
tomada quando não está usando o aparelho”, recomendou, acrescentando que é
importante também manter a limpeza da tomada.
Outra recomendação é não
instalar o ponto elétrico próximo do chão e perto de materiais inflamáveis, o
que também pode causar incêndios. “Está pedindo para pegar fogo. É melhor não
ajudar”, ironizou, sugerindo ainda que a pessoa veja depois de uma hora de
funcionamento do aparelho se a tomada está aquecendo.
“Se estiver quente chama um
eletricista e pede para ele revisar o circuito. Se o disjuntor estiver
desarmando sozinho, também tem problema. É bom conferir se o fio está na
dimensão correta. Se não estiver, e ele pegar fogo, o prejuízo é muito grande”.
MANUTENÇÃO
Além de uma manutenção anual
feita por um profissional especialista em ar-condicionado, o professor lembra
que é bom também manter o filtro do aparelho limpo, mas nesse caso é por uma
questão de saúde por causa do acúmulo de poeira. “Fica lá juntando poeira o ano
inteiro e quando liga vai tudo para o espaço e para cima da gente”.
O professor Watanabe lembrou
que os aparelhos mais modernos, “os inverter”, têm um sistema diferente. “É um
pouco mais caro, mas em geral não têm pico de partida, são mais suaves,
controlados eletronicamente e mais eficientes. Teoricamente são melhores”.
TOMADA BENJAMIN
Outro perigo destacado pelo
porta-voz dos bombeiros é o de ligar vários aparelhos no adaptador de tomada
benjamin ou em um filtro sem fusível. “Esses adaptadores não são legalizados,
não são regulamentados. O único meio de usar vários equipamentos em uma mesma
tomada é usando um filtro de linha, aprovado pelo Inmetro, com um fusível
disjuntor, que em caso de sobrecarga vai desligar toda a energia. Se precisar
ligar diversos equipamentos em uma mesma tomada por necessidade da sua casa é
fundamental ter o filtro de linha e não usar improvisos como adaptador de
tomada benjamin, por exemplo”, indicou.
Para o professor Watanabe, os
riscos ocorrem por falta de conhecimento. “O bom seria que a população soubesse
um pouquinho de eletricidade. As tomadas normaisde casa têm dois tipos. Uma delas tem 10
amperes. Se ligar um carregador de celular está muito abaixo de 1 ampere, mas
se colocar mais de quatro ventiladores pode ser problema. O ar-condicionado não
tem jeito. Tem que ser só ele e não ter nada pendurado com o ar-condicionado,
que em geral é em 20 amperes”, disse.
Em mais uma recomendação para
evitar acidentes, o major Contreiras destacou que ao comprar um equipamento é
necessário observar a voltagem e a amperagem de cada um. Caso o imóvel não
tenha a capacidade é preciso chamar o eletricista para fazer a conversão no
quadro de energia. “É um ponto importante. Muitas vezes a pessoa quer colocar um
equipamento de 20 amperes em uma tomada de 10. Isso pode dar sobrecarga e pode
incendiar por não conseguir suportar a temperatura”, explicou.
CAUSAS ELÉTRICAS
O porta-voz do Corpo de
Bombeiros informou que grande parte dos atendimentos feitos pelos bombeiros no
país tem causas elétricas provocadas por sobrecarga, curto circuito por defeito
no equipamento e contato imperfeito que ocorre nas tomadas que soltam faíscas.
“Em contato com uma cortina, um lençol, uma cama isso pode se incendiar
rapidamente. São as três causas mais comuns nos incêndios”, alertou.
INCÊNDIOS POR CAUSA ELÉTRICA
O major disse que em casos de
incêndios por causa elétrica a principal recomendação é que a pessoa não tente
apagar imediatamente com um copo ou com balde de água, por exemplo. “A gente
sabe que a corrente elétrica passa muito pela água e a pessoa vai tomar um
choque e pode até morrer. A primeira coisa a fazer é desligar a rede elétrica
da casa para deixar de alimentar o fogo. Quando desliga o disjuntor ou a chave
geral, onde quer que esteja, já ajuda a evitar que o incêndio ganhe proporção”,
recomendou.
Se o imóvel tiver um extintor
de incêndio, também pode ser usado para combater o fogo, desde que seja o
equipamento apropriado. “Em geral no mercado são dois tipos de extintores que
se usa. O de gás carbônico ou o que pó químico seco. São os dois que podem apagar
um incêndio como esse, mas se não tem nada o mais importante é sair de casa,
tirar as pessoas com segurança e chamar o Corpo de Bombeiros pelo número 193
para que a gente possa realmente fazer esse atendimento”, explica, destacando
que caso a pessoa consiga afastar o aparelho eletrônico que está em chamas,
como um ferro de passar, e levá-lo para fora de casa é importante para evitar a
propagação do incêndio.
"Para fazer isso é importante
também ter muito cuidado para não se expor ao fogo. Em geral é sempre
recomendável chamar o Corpo de Bombeiros para fazer o combate e jamais usar
água”, reforçou.
BATERIAS
Outro cuidado apontado pelo
porta-voz do Corpo de Bombeiros é com equipamentos portáteis carregados por
bateria. Geralmente, baterias extras de celular, de veículos novos, motos
elétricas.
“Todas as baterias a base de
íon de lítio, em situações de ondas de calor, são perigosas, porque esses
equipamentos se forem expostos a altas temperaturas, por exemplo, dentro de um
veículo trancado com muito sol em dia de muito calor, elas podem se danificar e
em alguns casos mais extremos podem até se incendiar. A recomendação que a
gente sempre dá é nunca deixar baterias e equipamentos específicos dentro de
veículos fechados ou dentro de casa. Devem ficar sempre em locais ventilados,
bem arejados, longe do sol também. Então muito cuidado com equipamentos
elétricos em dias de muito calor. Apesar deles, estarem preparados para
suportarem altas temperaturas é sempre bom ter a prevenção”, observou. Fonte: Agência Brasil - Rio de Janeiro - Publicado em
25/12/2023
EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS ALIMENTADOS A BATERIA PODEM SER FONTES DE IGNIÇÃO
As pessoas trazem
equipamentos, alimentados a baterias de íons
de lítio ou de outro tipo, tais como
tablets, smartphones e ferramentas sem
fios, para áreas classificadas. As baterias
são fontes de energia que não podem ser desenergizadas de forma segura.
Funcionários e terceirizados
podem não perceber que essas ferramentas podem ser uma fonte de ignição. Mesmo ferramentas alimentadas
a baterias aprovadas podem danificadas se caírem.
Um equipamento adequadamente
aprovado para uso em área classificada,
como um tablet, pode se tornar inutilizável pela adição de periféricos não
aprovados, como fones de ouvido.
Apesar de não terem sido
reportados incidentes graves na indústria química por causa do uso de equipamentos alimentados a bateria,
é apenas uma questão de tempo antes que
um equipamento não aprovado provocar a
fonte de ignição para um incêndio ou
explosão. O uso ou a presença de equipamento elétrico não classificado numa
zona perigosa deve ser considerado como
um evento de quase perda – um incidente ou uma interrupção operacional poderiam
ocorrer se as circunstâncias fossem ligeiramente diferentes.
VOCÊ SABIA?
Ferramentas alimentadas a
bateria podem ser trazidas para uma área classificada por técnicos de
manutenção, terceirizados, vendedores ou
pessoal de engenharia.
Os operadores de campo
podem usar tablets alimentados a bateria
para coleta de dados durante as rondas.
Baterias mais recentes
podem operar em voltagens mais elevadas ( >12 V) e podem facilmente criar
uma faísca suficiente para provocar a ignição de vapores inflamáveis.
Muitos materiais
inflamáveis têm uma energia mínima de ignição (MIE). A energia mínima de
ignição para alguns materiais inflamáveis comuns são:
Uma faísca de eletricidade estática
que você pode sentir é da ordem de 1 to
10 mJ. Isto é energia suficiente para provocar a ignição de muitos materiais
inflamáveis e de algumas poeiras
combustíveis.
Material
MIE (mj)
Metano
0,28
Gasolina
0,2 – 0,3
Metanol
0,14
Hidrogênio
0,02
Trocar ou remover uma
bateria pode causar uma faísca quando os contatos são conectados ou
desconectados.
Equipamentos não
classificados podem ser usados de forma segura
numa área classificada SE as regras de trabalhos a quente forem seguidas (inspeção da área,
teste/monitoramento da presença de atmosferas inflamáveis, permissão para
trabalho a quente assinada, etc.)
O QUE VOCÊ PODE FAZER?
Conheça a classificação elétrica ou de perigo
das áreas onde trabalha. Se não souber, pergunte ao supervisor ou ao engenheiro
responsável da área.
Use apenas equipamentos que
sejam aprovados para a classificação da área.
Quando vir outros usando
equipamentos alimentados a bateria, pergunte
se as ferramentas são adequadas. Se as ferramentas não forem adequadas, peça para interromper sua
utilização até que sejam tomadas as corretas medidas de segurança.
O uso de equipamentos não
aprovados deve ser reportado como um evento de quase perda ou um ato inseguro.
Atenção especial para
equipamentos alimentados a bateria que podem representar fontes de ignição !
Fonte: Process Safety Beacon –
Aiche Technology Alliance - Julho de 2023
POR QUE NÃO É SEGURO TOMAR BANHO DURANTE UMA TEMPESTADE
O Met Office, instituto
nacional de meteorologia do Reino Unido, emitiu vários "alertas amarelos
de tempestade" para o país, destacando a possibilidade de raios
frequentes.
Embora a chance de ser atingido
por um raio seja baixa, é importante saber como se manter seguro durante uma
tempestade deste tipo.
Em todo o mundo, cerca de 24
mil pessoas são mortas por raios a cada ano — e outras 240 mil ficam feridas.
E a cada 50 mortes, uma
ocorre no Brasil, o país com a maior incidência de raios do mundo. O Brasil é
campeão mundial de descargas elétricas: em média, 77,8 milhões atingem o país
todos os anos. Entre janeiro e fevereiro deste ano, foram registrados cerca de
17 milhões de raios no país — sendo 8,8 milhões em janeiro e 8,2 milhões em
fevereiro — o equivalente a um aumento de 29% em relação a 2021.
A maioria das pessoas está
familiarizada com as regras de segurança básicas durante uma tempestade, como
evitar ficar embaixo de árvores ou perto de janelas e não falar em telefones
fixos com fio (os celulares são seguros).
Mas você sabia que deve
evitar tomar banho (de chuveiro ou banheira) e lavar a louça durante uma
tempestade com raios?
Para entender o motivo,
primeiro você precisa saber um pouco sobre como funcionam as tempestades e os
raios.
Dois elementos básicos fazem
com que uma tempestade desse tipo prospere: umidade e ar quente ascendente, que
obviamente andam de mãos dadas com o verão.
As altas temperaturas e a
umidade criam grandes quantidades de ar úmido que sobe para a atmosfera, onde pode
formar uma tempestade.
As nuvens contêm milhões de
gotículas de água e gelo — e a interação delas é o que leva à geração de raios.
As gotas de água que sobem
colidem com as gotas de gelo que caem, passando uma carga negativa para elas, e
ficando com uma carga positiva.
Em uma tempestade de raios,
as nuvens agem como enormes geradores de Van de Graaff, separando as cargas
elétricas positivas e negativas para criar separações de cargas massivas dentro
das nuvens.
À medida que as nuvens
carregadas se movem sobre a Terra, elas geram uma carga oposta no solo, e é
isso que atrai uma descarga de raio em direção ao mesmo.
A tempestade de raios quer
equilibrar suas cargas — e faz isso descarregando entre regiões positivas e
negativas.
O caminho dessa descarga é
geralmente o de menor resistência, então superfícies que são mais condutoras
(como o metal) são mais propensas a serem atingidas durante uma tempestade.
O conselho mais útil para uma
tempestade deste tipo é: quando ouvir um trovão, vá para dentro.
Mas isso não significa que você
está completamente a salvo da tempestade.
Há algumas atividades dentro
de casa que podem ser quase tão arriscadas quanto ficar do lado de fora na
tempestade.
CAMINHO DE MENOR RESISTÊNCIA
A menos que você esteja em
uma banheira do lado de fora ou tomando banho na chuva, é incrivelmente
improvável que você seja atingido por um raio.
Mas se um raio atingir sua
casa, a eletricidade seguirá o caminho de menor resistência até o solo.
Coisas como fios de metal ou
a água no encanamento fornecem um caminho condutor conveniente para a
eletricidade seguir até o solo.
O chuveiro oferece ambas
(água e metal), o que faz dele um caminho ideal para a eletricidade.
Isso poderia transformar aquele
banho relaxante em algo muito perigoso.
O Centro de Controle e
Prevenção de Doenças dos EUA (CDC Centers for Disease Control and Prevention )
alertam as pessoas a evitar todas as atividades com água durante uma tempestade
com raios — até mesmo lavar louça — para reduzir o risco de um acidente.
Há outros riscos a serem
observados durante uma tempestade deste tipo.
Um que pode não parecer óbvio
é se apoiar em uma parede de concreto. Embora o concreto em si não seja tão
condutor, se for reforçado com vergalhões, estes podem fornecer um caminho condutor
para o raio.
Evite usar também qualquer
dispositivo ligado a uma tomada elétrica (computador, televisão, máquina de
lavar roupa, lava-louça), pois tudo isso pode fornecer caminhos para o
relâmpago.
Como regra geral, se você
consegue ouvir trovões à distância, então você está perto o suficiente da
tempestade para que os raios cheguem até você, mesmo se não houver chuva.
Os raios podem atingir áreas
a até 16 quilômetros de distância da tempestade de origem.
Normalmente, meia hora depois
de ouvir aquela última trovoada é um momento seguro para se aventurar de volta
ao banho.
Tempestades de raios e
trovões geralmente gostam de deixar uma para o grande final, e você não quer
acabar fazendo parte dela. Fonte: BBC
Brasil - 19 agosto 2022,
Fale a verdade: você é adepto
das gambiarras eletrônicas? Costuma usar o celular enquanto ele está
recarregando na tomada? Pois saiba que o número de acidentes em decorrência de
choques e incêndios de origem elétrica chegaram a 1.662 em 2019.
Os registros são da Abracopel
(Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), que
divulgou no seu anuário estatístico de acidentes de origem elétrica ocorridos
no ano passado no Brasil. Os choques foram os maiores responsáveis pelos
acidentes envolvendo eletricidade. Seguido de incêndios por sobrecarga e
descarga atmosférica:
·909 acidentes com choques (56% do total): 212 não
fatais e 697 mortes
·656 incêndios por sobrecarga/curto-circuito (39%): 582
não fatais e 74 mortes
·85 ocorreram por descargas atmosféricas (5%): 35 não
fatais e 50 mortes
Analisando as fatalidades em
decorrência de choques, adultos com idade entre 31 e 40 anos foram as principais
vítimas (195 pessoas). Mas muitos bebês e crianças também acabaram morrendo
diante da descarga elétrica. Ao todo, 42 com idades entre zero e dez anos.
Os números são preocupantes,
mas Edson Martinho, engenheiro eletricista e diretor executivo da Abracopel,
alerta que os dados divulgados são uma parcela dos acidentes no Brasil. As
fatalidades devem ser ainda maiores, já que existem casos não são reportados e
nem divulgados.
"As instalações
elétricas no Brasil são caóticas, falta projeto elétrico, temos os aventureiros
[que fazem as instalações sem a devida segurança]", afirmou o engenheiro
eletricista. "Ter informações ainda é bem difícil. Antigamente, tinha uma
média de 250 mortes por ano, mas sabíamos que era pouco. Hoje estamos em mais
de 600. Estamos conseguindo ter mais dados e isso é importante para informar as
pessoas. Mas não sei se teremos um dia o número real. Tem muitos acidentes que
somem no meio do caminho", explicou.
O anuário estatístico utiliza
registros de acidentes divulgados em veículos de comunicação brasileiros (a
autenticidade é verificada por uma equipe da associação) e ocorrências
fornecidas também por profissionais do setor elétrico que fazem parte da
entidade.
ONDE É MAIS COMUM ACIDENTES
COM CHOQUE?
A maioria dos casos contabilizados
no levantamento aponta o ambiente doméstico como o lugar de maior perigo. O fio
partido (que envolve acidentes com tomadas sem tampas, cabos sem isolamento
etc.) é o principal culpado, mas os eletrodomésticos também têm apresentado
perigo.
Confira os principais motivos
pelos acidentes registrados em residências:
·Fio partido em ambiente interno: 99 casos (85 mortes)
§As residências (casas, apartamentos, sítios/fazendas) também são os
locais em que acidentes de origem elétrica acontecem com mais facilidade. Em
2019, foram 255 casos, com 25 mortes, de um total de 656 registros.
§Comércios (de pequenos a grande porte) foram os segundos no ranking,
com 178 ocorrências e 10 mortes.
§Problemas nas instalações elétricas internas foram os grandes
responsáveis, em 363 casos.
§Outros 119 aconteceram por conta de falhas em ventiladores e
ar-condicionado. Incêndios provocados durante a recarga do celular somaram 15
(com duas mortes).
POR QUE TANTAS FATALIDADES?
A falta de conhecimento sobre
os perigos da eletricidade é o ponto importante para tantas fatalidades
envolvendo a eletricidade, segundo Martinho. Por isso, a conscientização é
fundamental.
Mas não podemos esquecer que
há muito descaso nas instalações da rede elétrica no Brasil. E isso é um
problema já de muitos anos. Algumas são antigas demais e não atendem aos
padrões mais recentes (como o uso da tomada de três pinos), outras não passam
por manutenção preventiva e, há ainda, as redes feitas por profissionais sem
formação, desatualizados.
Associado a isso, está a
imprudência do uso de gambiarras elétricas como algo permanente em casas,
empresas. A cultura do mais barato, sem critério, pode sair cara, ressalta o
engenheiro eletricista.
CUIDADOS QUE TODOS DEVEMOS
TER:
§Não ao carregador de celular falso: Muitos aparelhos de segunda linha
são vendidos a preços muito baixos no mercado, o que agrada o nosso bolso. Mas
eles não têm as devidas certificações e garantias de segurança. Ele pode
fornecer mais energia do que o necessário para o carregamento do celular,
segundo os especialistas.
§Atenção ao cabo: o uso de um cabo original é sempre a melhor escolha.
Mesmo assim, antes de conectá-lo na tomada é importante ver se ele não está
danificado, se a fiação interna não está exposta. Se tiver, está na hora de
comprar um cabo novo e não usar o antigo.
§Evite o uso excessivo de adaptadores e extensões: lembra da gambiarra
elétrica com vários benjamins? Isso deve parar. Vários aparelhos ligados em um
único adaptador de tomada e/ou filtro de linha também não é recomendado pelos
especialistas. O risco de sobrecarga aumenta e até incêndios podem ocorrer.
Rede elétrica da casa em dia:
é fundamental que a rede elétrica da sua casa tenha manutenção preventiva e
seja avaliada por um especialista. Se ela é muito antiga e você nunca pensou nisso,
procure logo um profissional de segurança para dar uma checada.
Já ouviu falar em DR? É o
dispositivo de diferencial-residual. O nome é complicado, mas ele funciona como
um interruptor que impede que correntes elétricas não detectadas pelo disjuntor
continuem no sistema de energia. Ele é obrigatório há anos. Aproveite a visita
do profissional que vai verificar a sua rede elétrica e peça para verificar se
o DR está em dia.
Celular e água não combinam:
a água (não pura) e eletrônicos não combinam. Ela funciona como um ótimo
condutor de eletricidade. Evite usar o celular em ambientes com vapor de água,
como no banheiro. Além da oxidação de componentes do telefone, o risco de
curto-circuito, choque e incêndios após o contato com a água é real. Fonte: De
Tilt, em São Paulo-04/03/2020
Quem sobrevive a uma descarga elétrico muitas vezes tem que
lidar com consequências duradouras e consideráveis. O fenômeno natural com a
liberação de correntes de 200 a 300 mil amperes não deixa marcas apenas na
memória.Leva apenas alguns milésimos de segundos para se ser atingido por um
raio. Depois disso, nada mais é como antes. Afinal, tal evento pode gerar
temperaturas em torno de 50 mil graus Celsius, tão quente quanto a superfície
do Sol.
Relâmpagos e trovoadas no céu: para muitos, um espetáculo
fascinante; para outros, uma catástrofe e motivo de pânico, sobretudo entre
vítimas de raios. "Essas pessoas geralmente sofrem de um distúrbio de
estresse pós-traumático: ser atingido por uma descarga é algo que elas não
esperavam de maneira alguma, e que as tira totalmente de controle",
explica o professor Berthold Schalke, do Hospital Universitário Neurológico de
Regensburg, que há muitos anos lida com vítimas de raios.
QUEIMADURAS E CICATRIZES
Pode acontecer que a corrente elétrica corre pela superfície
do corpo e siga adiante, tudo numa fração de segundos. Isso pode resultar em
queimaduras séries. "Há pacientes que, ao serem atingidos, traziam uma
corrente de ouro em volta do pescoço. Ela simplesmente evaporou. Dá para ver as
cicatrizes de queimadura resultantes", diz Schalke.
Na maioria das vezes, trata-se de queimaduras de segundo
grau comparáveis a uma escaldadura por vapor de água. Até chaves nos bolsos
podem ser perigosas: elas absorvem o raio e literalmente se fundem na pele.
"Depende de vários fatores, se a corrente flui
principalmente na superfície da pele ou se penetra na própria pessoa",
explica Thomas Raphael, da Federação Alemã de Indústrias Eletrotécnicas,
Eletrônicas e de Tecnologia da Informação (VDE).
QUANDO O CORAÇÃO NÃO AGUENTA
Mas a corrente também pode fluir para o corpo através da
cabeça: ela procura uma via de entrada pela orelha, narinas, boca ou órbitas
oculares, e daí penetra na medula espinhal.
Algumas vítimas simplesmente tombam ou apresentam problemas
cardíacos. "Podem ocorrer distúrbios do ritmo cardíaco, mas nesses tais
casos geralmente o coração já estava danificado antes", explica Schalke.
Outras vezes, porém, o coração simplesmente para, como
alguém tivesse pressionado brevemente o botão da pausa. Aí é preciso reanimar a
vitima logo. Se não há ninguém para avaliar a situação corretamente, a vítima
de eletrocussão em geral morre. O neurologista está convencido de que muitos
poderiam ser salvos se recebessem assistência com a devida rapidez.
MÚSCULOS DESCONTROLADOS
Muitas funções corporais funcionam por meio de eletricidade,
como os músculos ou os nervos cerebrais. Uma forte descarga atrapalha esse
sistema. Se os músculos são afetados, ficam flácidos e não podem mais ser controlados.
A vítima tomba ao chão, fica caída e não consegue se mexer, paralisada. "É
como um ataque de paraplegia", descreve Schalke, mas ele passa.
Algumas vítimas de raios relatam terem sido catapultadas e
voarem vários metros pelo ar a outro local: "Eu ia por um caminho e, de
repente, depois do raio, estava a uns metros de distância, na grama."
"Também há relatos de mortes nas montanhas, onde os
atingidos foram catapultados abismo abaixo após um raio". Segundo o
neurologista Schalke, trata-se de uma contração muscular involuntária, que a
pessoa não tem como influenciar.
"O QUE FOI ISSO?"
O especialista em proteção contra raios Raphael acrescenta
que "ser atingido por um raio é uma experiência que muitos provavelmente
nem registram conscientemente". É tudo, literalmente, rápido como um
relâmpago.
Após milésimos de segundos, tudo acabou, mas não para o
eletrocutado, inconscientemente ele pode entrar em estado de choque. "O
que todas as vítimas de raios têm em comum é o medo de estrondos e barulhos altos",
diz Schalke. Durante tempestades, costumam se retirar para os cantos mais
distantes da casa.
Entre 30 e 50 pessoas são atingidas por raios todos os anos,
e aproximadamente 10% não sobrevive ao evento traumático.
PASSADO QUE NÃO PASSA
Nervos e músculos são os mais prejudicados por uma descarga:
com uma alta percentagem de líquido, eles opõem bem pouca resistência. O
cérebro pode sofrer danos cerebrais que só vão aparecer muito mais tarde.
"Os nervos finíssimos responsáveis pela percepção de temperatura ou de dor
são frequentemente destruídos", explica Berthold Schalke.
"Tais pacientes então não sentem mais que a água da
banheira está fervendo, e precisam medi-la com um termômetro para não se
queimarem. Esses nervos não têm um revestimento isolante, são apenas fios
superdelgados. Durante os exames a maioria dos médicos mede apenas os nervos
espessos e muitas vezes não percebe que se trata de uma chamada 'neuropatia das
pequenas fibras', ou seja, que os canais nervosos menores estão
danificados."
Lesões na cabeça podem evoluir para transtornos de
personalidade, com comprometimento da capacidade de concentração e de trabalho.
Do ponto de vista neuropsicológico, quem sobrevive a um raio pode não ter mais
o mesmo rendimento de antes.
O sobrevivente sofre lacunas de memória e tem dificuldade de
fazer associações. "Certa vez tivemos uma paciente que dizia ter tido uma
memória excelente. Ela conseguia se lembrar de tudo. Nunca precisava de um
bloco de notas. Depois do evento, precisava ter sempre alguém do lado para lhe
passar um papel onde estava escrito o que ela tinha que fazer ", conta o
neurologista Schalke. "Ou o jovem formando, que após ser atingido por um
raio e apesar da intensa reabilitação neurológica, não conseguiu completar seu
treinamento profissional."
O raio não precisa necessariamente atingir em cheio para
causar danos físicos. Uma espécie de "cambalhota elétrica" acontece
até com mais frequência. Nesses casos, ele atinge um objeto próximo, que, em
vez de encaminhar a corrente para o solo, a faz saltar para uma pessoa próxima,
e só então a carga passa através dela para o chão. Isso é muito comum perto de
árvores.
O QUE FAZER DURANTE TEMPESTADES?
Há diversas maneiras de se proteger de raios. A primeira
regra, segundo Thomas Raphael, da VDE, é levar a tempestade a sério e não ficar
do lado de fora: interromper todas as atividades ao ar livre, procurando abrigo
numa casa, de preferência um prédio com sistema de proteção contra raios. Outra
opção seria uma construção sem para-raios, mas se possível de pedra.
Um carro também oferece abrigo seguro durante tempestades
por se tratar de uma gaiola de Faraday. "É uma cápsula de lata selada, que
serve como condutor e assim também como blindagem elétrica", explica o
especialista em proteção contra raios.
Um lugar perigoso é o chamado potencial de passo. "Um
relâmpago quer, logicamente, ir para o chão. Mas ele não desaparece lá de uma
só vez. Ele se espalha por uma grande área em profundidade e em largura",
explica Raphael. "Se estou perto do ponto de impacto e dou um passo
adiante, percebo então entre as minhas pernas que parte dessa corrente de raio
flui sobre mim. Essa tensão é perigosa. O melhor é se encolher, agachando-se e
puxando as pernas para perto do corpo."
ESTIMAR DISTÂNCIAS
"E por fim, se eu vir um raio, devo começar a contar
até o soar do trovão. Divido então esse número por três, e assim terei
aproximadamente a distância do impacto em quilômetros", explica Raphael.
Assim, se a contagem é de 30 segundos, a distância é de dez
quilômetros. Se forem menos de dez segundos entre raios e trovões, há risco de
vida, alerta o VDE. E mesmo que seja um pouco mais, não se deve se descuidar.
"Quando o último raio ou trovão passar, espere mais 30 minutos antes de
sair", aconselha Raphael. É um tempo que vale a pena esperar.
CONHECIMENTOS ESCASSOS E COMENTÁRIOS BOBOS
Os danos causados por raios em humanos ainda carecem de
pesquisas, já que tais fenômenos ocorrem muito raramente. Sendo assim, fica
difícil encontrar participantes suficientes para um estudo. "Temos cerca
de cinco mortes por ano aqui na Alemanha", diz Raphael. "Temos cerca
de 100 pessoas atingidas por um raio que foram para o hospital, e outras 100
que nem precisaram consultar um médico."
Há apenas alguns especialistas que pesquisam como um raio
pode afetar os seres humanos. A maioria dos médicos sabe pouco ou nada sobre o
fenômeno. Segundo Raphael, "o paciente pode até reclamar que algo está
errado com ele, mas ninguém parece ser capaz de dizer qual é o problema
exatamente". Fonte: Deutsche Welle-16/06/2018
A criança foi quase atingida por um raio durante tempestade
Um menino de 12 anos saiu na chuva com guarda‑chuva para brincar no quintal da casa em Posadas, na Argentina.
A irmã mais nova tem medo de raio, então ele queria mostrar que
nada de ruim aconteceria na chuva disse Carolina Kotur, a mãe. "Eu estava com
minha filha no quarto acalmando-a, porque ela tem medo de raio. Então a empregada me diz
que meu outro filho estava caminhando na chuva.
Eu comecei a gravar porque
estava fazendo uma coisa engraçada, e logo aí o raio atingiu. Graças a Deus,
nada aconteceu com ele ".Fonte: Infobae - 21 de octubre de 2017
Comentário: As condições ambientais estavam ideais para
provocar a fatalidade; chuva, guarda‑chuva, gramado molhado, etc. O menino teve
muita sorte.
Para evitar acidentes com relâmpagos as seguintes regras de
proteção pessoal são recomendadas:
1. Se possível, não saia para a rua ou não permaneça na rua
durante as tempestades, a não ser que seja absolutamente necessário. Nestes
casos, procure abrigo nos seguintes lugares:
■ Carros não conversíveis, ônibus ou outros veículos
metálicos não conversíveis;
■ Em moradias ou prédios, de preferência que possuam
proteção contra raios;
■ Em abrigos subterrâneos, tais como metrôs ou túneis, em
grandes construções com estruturas metálicas, ou em barcos ou navios metálicos
fechados.
2. Se estiver dentro de casa, evite:
■ Usar telefone com fio ou celular ligado a rede elétrica
(utilize telefones sem fio);
■ Ficar próximo de tomadas e canos, janelas e portas
metálicas;
■ Tocar em qualquer equipamento elétrico ligado a rede
elétrica.
3. Se estiver na rua, evite:
■ Segurar objetos metálicos longos, tais como varas de pesca
e tripés;
■ Empinar pipas e aeromodelos com fio;
■ Andar a cavalo;
4. Se possível, evite os seguintes lugares que possam
oferecer pouca ou nenhuma proteção contra raios:
■ Pequenas construções não protegidas, tais como celeiros,
tendas ou barracos;
■ Veículos sem capota, tais como tratores, motocicletas ou
bicicletas;
■ Estacionar próximo a árvores ou linhas de energia
elétrica.
5. Se possível, evite também certos locais que são
extremamente perigosos durante uma tempestade, tais como:
■ Topos de morros ou cordilheiras;
■ Topos de prédios;
■ Áreas abertas, campos de futebol ou golfe;
■ Estacionamentos abertos e quadras de tênis;
■ Proximidade de cercas de arame, varais metálicos, linhas
aéreas e trilhos;
■ Proximidade de árvores isoladas;
■ Estruturas altas, tais como torres, linhas telefônicas e
linhas de energia elétrica.
6. Se você estiver em um local sem um abrigo próximo e sentir que seus
pêlos estão arrepiados, ou que sua pele começou a coçar, fique atento, já que
isto pode indicar a proximidade de um raio que está prestes a cair. Neste caso,
ajoelhe-se e curve-se para frente, colocando suas mãos nos joelhos e sua cabeça
entre eles. Não fique deitado. Fonte:
INPE/ELAT - Grupo de Eletricidade Atmosférica
Incêndio em subestação da Celg deixa Luziânia e Cristalina sem energia
INCÊNDIO
O incêndio começou por volta das
17 h , na subestação Rio Vermelho da Companhia Energética de Goiás (Celg) e deixou
Luziânia e Cristalina, no Entorno do Distrito Federal, sem fornecimento de
energia elétrica, na segunda-feira (2).
CAUSA PROVÁVEL
De acordo com o Corpo de
Bombeiros, as chamas podem ter sido
causadas pela queda de um raio no local.
CORPO DE BOMBEIROS
A Celg Distribuição informou,
ainda na segunda-feira, que o Corpo de Bombeiros estava atuando para conter o
fogo e que a empresa estava “trabalhando para começar a restabelecer
gradativamente a energia aos clientes afetados”. A Celg informou que vai apurar
as causas do incêndio.
CIRCUNVIZINHANÇA
Por conta dos riscos de explosão,
os bombeiros orientaram os moradores para
que não saíssem de casa até que as
chamas fossem controladas.
CONTROLE DO INCÊNDIO
Depois de mais de 5h, às 22h30 a
corporação conseguiu controlar o fogo. No entanto, só às 2h desta terça-feira
(3) as equipes terminaram de resfriar os transformadores para evitar novos
focos.
INTERRUPÇÃO DE ENERGIA
Nesta manhã, moradores da cidade
ainda reclamam que estão sem energia e que o sinal de telefonia celular está
oscilando na região. As principais
operadoras informaram que estão apurando se o problema no sinal está
acontecendo por conta da falta de energia ou em virtude das fortes chuvas que
atingiram a cidade nos últimos dias. Fonte: G1 GO-03/10/2017
Comentário:
Tocantins
é Estado campeão em raios; em SP, São Caetano lidera ranking
Um novo levantamento realizado
pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe (Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais) usou uma nova metodologia, mais precisa, para saber quais
municípios e Estados são mais atingidos por raios.
O ranking, mostra;
§Tocantins
é o Estado brasileiro com maior densidade de raios –isto é, mais eventos por
área, com o total de 19,8 raios por km² ao ano.
§Amazonas
e Acre (15,8 raios/km²/ano),
§Maranhão
(13,3),
§Pará
(12,4),
§Rondônia
(11,4),
§Mato
Grosso do Sul (11,1),
§Roraima
(7,9) e
§Piauí
(7,7).
§São
Paulo com 5,2 raios/km²/ano.
Isso não significa que todos os
paulistas possam ficar absolutamente tranquilos. A cidade de São Caetano do Sul
no ABC paulista recebe anualmente 19,7 raios/km².
A cidade mais atingida por raios
no país é Santa Maria das Barreiras (PA), com 44,3 raios/km²/ano, mas, quando o
assunto é morte, quem vai pior são habitantes de São Gabriel da Caichoeira
(AM).
Com seus cerca de 40 mil
habitantes, há quase uma morte por ano (0,84, em média) por causa dos raios.
Os novos equipamentos da rede
BrasilDAT e uma nova metodologia de análise "permitirão em cinco anos o
mapeamento da incidência de descargas no país com uma resolução entre 2 e 3 km.
Poderemos saber em quais bairros de uma cidade ocorrem mais raios", diz
Osmar Pinto Junior, do Elat. A expectativa é que a nova rede detecte 99% dos
raios no país.
A explicação de por que alguns
lugares são mais atingidos ainda não é definitiva, mas o estudo detectou que
boa parte das cidades que sofrem com raios na região Norte ficam próximas de
rios, indicando que a umidade pode ser um fator importante. Outros que parecem
envolvidos são os fenômenos climáticos El Niño e La Niña,
Todos os anos o Brasil é atingido
por quase 80 milhões de raios. Destes, 300 atingem pessoas, com letalidade de
um a cada três casos. Fonte: Folha de São Paulo - 24/09/2017
Proteção contra arcos elétricos: Mitos e realidades
A proteção contra arcos elétricos chegou a um ponto muito
importante na indústria, semelhante à proteção contra choques elétricos. Poucos
trabalhadores do setor elétrico considerariam trabalhar em um sistema de 13.8
kV sem luvas isolantes apropriadas para essa tensão.
Da mesma maneira, muitos locais de trabalho estão se valendo
de consultores, engenheiros elétricos, fabricantes de roupas e normas técnicas
para terem um ambiente mais seguro em relação a arcos elétricos. Entretanto,
existem vários mitos que devem ser esclarecidos:
MITO: As explosões por arcos elétricos não acontecem, porque
nunca vi uma.
REALIDADE: Sendo otimistas, a maioria dos trabalhadores do
setor nunca verá um acidente com arco elétrico. Entretanto, o trabalho elétrico
é perigoso por natureza, devido aos altos níveis de energia e ao fato de que,
até que o acidente ocorra, a eletricidade é inodora, incolor e invisível. Os
eletricistas escolheram a terceira profissão mais perigosa, de acordo com
recentes estatísticas do OSHA. Foram reportados mais de 10 incidentes de arco
elétrico, que implicam em mais de 2 mortes por dia nos EUA. Estudos indicam que
até 80% das lesões de trabalhadores do setor elétrico não são devidas a choques
elétricos (passagem de corrente pelo corpo) e sim a queimaduras externas
causadas pela intensa energia radiante de um arco elétrico.
MITO: Nada pode ser feito para se proteger contra a
exposição a um arco elétrico.
REALIDADE: Muito pode ser feito para evitar um arco elétrico
e para proteger as pessoas expostas a esse fenômeno. A NFPA desenvolveu a Norma
para a segurança elétrica em locais de trabalho, NFPA 70E, para reduzir o
número de acidentes em locais de trabalho. A norma fornece um guia para a
correta seleção de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) que podem reduzir
significativamente ou evitar lesões devido a um arco elétrico. Um programa de
segurança elétrica é semelhante às quatro pernas de uma cadeira.
Cada uma delas
é indispensável para se manter um local de trabalho seguro.
■Eletricista:
Qualificado e capacitado para desenvolver a tarefa.
■Engenharia
de Controle: Projeto e ajustes dos sistemas para reduzir os níveis de perigo.
■Procedimentos
de Trabalho: Procedimentos e práticas seguras de trabalho que reduzam a
possibilidade ou gravidade de um acidente.
■Equipamento
de Proteção Individual: A última linha de defesa do trabalhador; incluindo
roupa, proteção facial e luvas para a proteção contra arcos elétricos.
Retirar qualquer das “pernas da cadeira” pode resultar em
lesões graves ou morte de trabalhadores.
MITO: A vestimenta de algodão ou de outras fibras naturais
me protegerá.
REALIDADE: O algodão e a lã são definitivamente fibras
inflamáveis que podem entrar em ignição ao serem expostas à intensa radiação de
um arco elétrico. Quando a roupa entra em ignição, continua queimando sobre o
corpo do usuário, agravando e aumentando as lesões com possíveis queimaduras de
segundo e terceiro grau. Dessa maneira, o usuário pode sofrer queimaduras em
partes do corpo que não foram expostas diretamente (inicialmente) ao arco
elétrico. Enquanto a combustão do algodão e outras vestimentas inflamáveis
continua avançando por outras áreas do corpo, as lesões devido às queimaduras
aumentam. As roupas Resistentes à Chama (RRC) que cumprem com os requerimentos
das normas ASTM F1506, ASTM F1959 e NFPA 70E não entram em ignição nem
continuam queimando sobre a pele, e proporcionam proteção térmica às áreas do
corpo cobertas por ela. As roupas contra arcos elétricos são feitas com
múltiplas camadas de tecidos leves, alcançando os níveis de proteção
necessários para cobrir o largo espectro de perigos elétricos. A norma NFPA 70E
fornece um guia para a correta seleção do EPI correspondente ao nível de perigo
determinado pela tarefa elétrica a ser desenvolvida.
MITO: Os óculos de segurança protegem contra a energia
liberada por arcos elétricos.
REALIDADE: Existem diversos tipos de óculos de segurança,
mas nenhum que proteja contra arcos elétricos. A superfície das lentes cobre
uma pequena parte do rosto, e por não ter um nível de proteção contra arcos
elétricos, o usuário não pode saber com que proteção conta. Só um protetor
facial ou capuz (com nível de proteção determinado e certificado) pode oferecer
proteção contra a energia térmica de um arco elétrico, e deve ser selecionado
quando supere o nível de perigo de arco elétrico da tarefa a realizar.
MITO: Basta usar um protetor facial.
REALIDADE: Isso depende do protetor facial e do perigo ao
qual seja exposto. No mercado existem protetores faciais que contam com um
nível de proteção ATPV (Valor de Proteção Térmica contra Arco), determinado em
cal/cm² (calorias por centímetro quadrado). O nível de proteção dos protetores
faciais para arco elétrico deve ser determinado segundo o protocolo de testes
da norma ASTM F2178.
Esses protetores devem ser utilizados em todos os trabalhos
elétricos onde o perigo é superior a 1,2 cal/cm² e não supera 8 cal/cm², ou
segundo a NFPA 70E, para as Categorias de Risco/Perigo (CRP) 0, 1 e para o
nível mínimo da categoria 2 (8 cal/cm²). Apesar disso, muitos ainda utilizam
protetores faciais claros para se proteger contra arcos elétricos.
Em 2003 a Oberon Company realizou pesquisas sobre os
protetores faciais claros (transparentes) de policarbonato com proteção UV
estendida. Nessa pesquisa determinou-se que esses protetores e as viseiras
claras utilizadas em alguns capuzes não oferecem nenhum grau significativo de
proteção durante um arco elétrico. Os relatos sobre o bom funcionamento de
protetores faciais claros são contraditórios.
É possível que em alguns casos o trabalhador não estivesse
diretamente em frente da fonte no momento do arco elétrico . Ou a área do rosto
pode ter sido exposta a níveis mais baixos de energia térmica que outras partes
do corpo, causando a falsa impressão de que a proteção se deveu ao protetor
facial. Em qualquer caso, os ensaios de arco elétrico em laboratório mostraram
que mesmo a um nível muito baixo de exposição (2,7 cal/cm²), os sensores
térmicos localizados nos olhos e boca do manequim de teste indicaram
queimaduras de segundo grau.
MITO: Se uso um protetor facial, não preciso usar um capuz
ou máscara.
REALIDADE: Um protetor facial para proteção contra arcos
elétricos, classificado em termos de cal/cm², protegerá efetivamente as áreas
que cobre, ou seja, o rosto e até certo ponto a parte frontal do pescoço.
Dependendo do desenho do protetor facial, a energia de convecção pode passar
por baixo do mesmo causando queimaduras no rosto, especialmente em níveis altos
de exposição a arcos elétricos. O protetor facial também não protege as costas
nem a parte posterior da cabeça e pescoço, ao passo que um capuz protege de
maneira uniforme a cabeça e o pescoço. Segundo a NFPA 70E, o uso de protetores
faciais está limitado às tarefas até o nível mínimo da CRP 2. Para trabalhos
dentro das CRP 2, 3 e 4 é exigido o uso de capuzes.
MITO: Todos os tecidos Resistentes à Chama (TRC) são iguais.
REALIDADE: Isso não é verdade, pois há dois tipos de
tecidos:
■Tecido
Resistente à Chama Tratado Quimicamente (FRT ou RLLT)
■Tecido
Intrinsecamente Resistente à Chama (IFR ou IRLL),
O tecido FRT é de algodão comum, resistente à chama devido
ao tratamento dado ao tecido.
Pesquisas sobre o uso desse tipo de tecido demonstraram os
seguintes resultados:
■Limitações
de lavagem e manutenção: Pode perder seu nível de proteção à medida que a roupa
é lavada.
■Peso
e Produtividade: Pesam 50% mais que as tecidos IFR, contribuindo assim para o
aumento da temperatura do corpo do usuário e diminuindo sua produtividade.
■Durabilidade:
Dura até 5 vezes menos que um tecido IFR
■Reação
Exotérmica: Protege até o ponto em que o sistema químico que apaga a flama se
ativa, isto é, quando as fibras se incendeiam. Quando isso ocorre há uma reação
exotérmica, ou seja, emissão de calor. Se superar o nível de proteção das
fibras, a reação exotérmica fará com que a energia emitida, em forma de gás
quente, cause queimaduras de 2 o e 3 o grau e infecções. Quando ocorre a
reação, os gases quentes do FRT, se abaixo do nível de proteção, apagam o fogo
das fibras. Mas, se o nível de proteção for excedido, gases nocivos serão
emitidos, podendo causar também problemas respiratórios dentro do capuz e
fazendo com que o trabalhador tenha que removê-lo ainda durante a situação de
risco.
A estrutura química das fibras do tecido IFR não permite que
este se queime, e por isso seus resultados são muito mais favoráveis do que os
demonstrados pelos FRT:
■Lavagem:
Jamais perdem o nível de proteção devido à lavagem.
■Peso
e Produtividade: Pesam 50% a menos que os FRT, permitindo ao usuário realizar
suas tarefas de forma mais conveniente e segura.
■Durabilidade:
Podem durar até 5 vezes mais que os tecidos FRT.
■Reação
Exotérmica: Não ocorre em tecidos IFR.
Além disso, os tecidos IFR foram desenvolvidos para roupas
contra arcos elétricos, sendo a única linha de EPIs, em âmbito mundial,
desenvolvida com materiais exclusivos para este fim. Por outro lado, as roupas
FRT utilizam tecidos provenientes de outras aplicações, adaptados à proteção
contra arcos elétricos, trazendo consigo os aspectos negativos mencionados
anteriormente.
MITO: ATPV = Proteção 100% .
REALIDADE: ATPV, ou “Valor de Proteção Térmica ao Arco”, é a
classificação dada aos tecidos, protetores faciais, uniformes e roupas contra
arcos elétricos. Sua unidade de medida é cal/cm². O recém aprovada método de
ensaios ASTM F1959 define ATPV como “a energia incidente sobre um tecido ou
material que cause uma transferência de energia através da amostra testada suficiente
para que haja 50% de probabilidade de que ocorram queimaduras de segundo grau”.
Não obstante, o novo método analítico de ensaios de arco elétrico da ASTM
F1959, fornece valores de energia incidente em cal/cm² que resultam em menores
probabilidades de queimaduras de segundo grau. Os valores de proteção
apresentados por este método variam entre 40% e 1% de probabilidade de
queimaduras. O usuário do EPI não deveria escolher a roupa com base em uma
probabilidade de 50% de ocorrerem queimaduras de segundo grau no momento do
acidente, e sim numa que não apresente possibilidade de queimaduras.
MITO: A vestimenta aluminizada é uma alternativa efetiva
para a proteção contra arcos elétricos.
REALIDADE: A vestimenta aluminizada é efetiva como barreira
contra a energia radiante em uma exposição a arco elétrico, mas por ser o
alumínio um bom condutor de eletricidade, o tecido aluminizado pode aumentar a
probabilidade de que aconteça um acidente de arco elétrico. A Oberon já
demonstrou em provas de arco realizadas no laboratório Kinectrics, que os
tecidos aluminizados podem dar início a um arco elétrico, reduzindo a distância
entre os eletrodos utilizados no método de prova ASTM F1959. Da mesma maneira,
os tecidos aluminizados podem causar o início de um arco elétrico ao reduzir o
espaço de ar (isolamento) entre os condutores de um equipamento ou sistema
elétrico.
MITO: Se consigo identificar a Categoria de Risco de minha
tarefa utilizando as Tabelas 130.7(C)(11) e 130.7(C)(9)(a) da NFPA 70E, então
posso usar esses resultados para determinar que EPI devo utilizar, e não
preciso fazer a análise de riscos de arco elétrico.
REALIDADE: Se todas as variáveis da Tabela 130.7(C)(9)(a)
forem idênticas às de sua rede elétrica, então você pode utilizar os
resultados. A Tabela 130.7(C)(11) de CRP e de valores de cal/cm², e a Tabela
130.7(C)(9)(a) de tarefas elétricas, foram incluídas na NFPA 70E como exemplo
para facilitar a seleção do EPI de acordo com a tarefa a ser realizada.
Infelizmente, na maioria dos casos os exemplos da norma não se assemelham aos
casos do dia-a-dia na indústria. É por isso que a NFPA 70E ressalva que em caso
de uma variável ser diferente (ex.: distâncias de trabalho, correntes de falha,
tempos de ação das proteções, etc.) os níveis de energia do arco elétrico podem
aumentar, tornando insuficiente o EPI recomendado na Tabela 130.7(C)(11), e
pondo em perigo o trabalhador.
A NFPA 70E recomenda que se faça uma análise de risco em
cada lugar de trabalho, utilizando as variáveis daquela instalação específica e
aplicando as fórmulas oferecidas pela norma. Para fazer a análise de risco,
existem as seguintes alternativas: utilizar uma planilha de cálculos baseada
nas fórmulas da NFPA 70E (IEEE 1584), contratar empresa especializada ou
utilizar um dos vários softwares disponíveis no mercado.
Há um ditado na indústria que diz: “A segurança não acontece
por acidente”, devemos obter o conhecimento, nos educar, treinar e utilizar o
EPI correto. Isso fará a diferença entre voltar para casa esta noite…ou não. Fonte: NFPA Journal Latinoamericano - Por Alejandro M. Llaneza,
Patricio M. Llaneza, Randell B. Hirschmann & Thomas E. Neal