Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

quarta-feira, janeiro 03, 2024

TORNADO ATINGIU OS MUNICÍPIOS CATARINENSES DE SEARA E ITÁ.

Um tornado atingiu a região de divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina durante a madrugada da quinta-feira (16/11). 

O fenômeno ocorreu em áreas de zonas rurais entre os municípios catarinenses de Seara e Itá, quase na divisa com o estado gaúcho. 

Uma vez que o fenômeno não alcançou as áreas urbanas dos dois municípios, não se observou a ocorrência de danos estruturais.


CONFIRMAÇÃO DO TORNADO

A confirmação do fenômeno foi possível mediante a análise dos efeitos do vento na vegetação e por imagens de radar da Defesa Civil de Santa Catarina que captaram o que se denomina de assinatura de vórtice de tornado (tornado vortex signature), com um eco em gancho (hook echo) acompanhando a instabilidade, indicando rotação e a presença de  mesociclone, de onde derivou o tornado. Os impactos do tornado foram essencialmente na vegetação por onde passou o funil. Em Itá, a formação tornádica decepou e torceu grande número de eucaliptos em uma propriedade e árvores foram arrancadas pela raiz.

No município vizinho de Seara, logo ao Norte, as consequências foram semelhantes com várias árvores decepadas em seus troncos ou derrubadas com a força do vento durante a passagem do tornado pela região.

MAS O QUE CAUSOU O TORNADO?

Um complexo convectivo de mesoescala atuou entre a noite de quarta e a madrugada da quinta‑feira na metade norte do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, produzindo tempestades severas.

NOTA DA DEFESA CIVIL

Informa que as  tempestades provocaram danos associados a vendavais e chuvas intensas, com diversas ocorrências de quedas de árvores, alagamentos e enxurradas. Destacam-se as ocorrências registradas no município de Itá, onde foram observados dezenas de eucaliptos torcidos e algumas árvores removidas pela raiz. Em Seara, município vizinho, também foram relatadas quedas de árvores. Fonte: g1 SC - 16/11/2023

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quinta-feira, outubro 19, 2023

TORNADO CAUSA DESTRUIÇÃO EM CASCAVEL (PR)

Na manhã da quarta-feira (4/10), um tornado de categoria F2, com ventos de até 250 km/h, atingiu a cidade de Cascavel, no oeste do Paraná, e causou diversos estragos em todas as regiões. Não houve feridos, mas muitas casas, escolas, postos de combustíveis e até um quartel do Exército foram danificados pelo fenômeno meteorológico.

O QUE ACONTECEU:

A MetSul Meteorologia informou que o tornado atingiu Cascavel por volta das 6h, e ocorreu em razão da associação de vendaval com forte tempestade no município. "Acompanhando a passagem desta tempestade, há múltiplas evidências de que houve a passagem de um tornado na área urbana do município do oeste paranaense. A severidade dos estragos que foi observada é consistente com tornado."

Os danos provocados no local são condizentes com um tornado no limite intermediário da categoria 1, com vento de 200 km/h ou mais. A escala de tornados vai até 5.

RASTRO DE DESTRUIÇÃO

O rastro de destruição, no dia seguinte ao tornado, ficou ainda mais  visível. A força do vento surpreendeu. A velocidade chegou a 180 km/h, destruiu casas, carros, derrubou barracões, muros, tombou um caminhão do Exército, provocou a queda de mais de 500 árvores. Moradias ficaram completamente destelhadas e escolas tiveram as atividades interrompidas  por causa dos danos.


O tornado tombou um caminhão de 18 toneladas no quartel do 15º Batalhão Logístico do Exército. O tornado ainda destelhou pavilhões do quartel, danificou o telhado do ginásio e derrubou diversos pés de eucalipto, além de postes. Telhas de zinco foram arrancadas pelo vento e lançadas a dezenas de metros de distância.

De acordo com a Defesa Civil, o tornado iniciou na região do bairro Santa Cruz e por onde passou, causou uma série de danos. Os bairros Parque São Paulo e Maria Luiza foram uns dos mais atingidos.

CONFIRMAÇÃO DA PASSAGEM DO TORNADO

No início da tarde de quarta-feira (4) o Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná) confirmou que o fenômeno climático que atingiu Cascavel e deixou um rastro de destruição de grandes proporções foi mesmo um tornado. “Com base nas evidências mostradas pelos registros de vídeo que recebemos de Cascavel, em especial registros feitos por sobrevôo de helicóptero nas partes atingidas da cidade, foi possível identificar que houve a ocorrência de um tornado na área sul de Cascavel”, afirma o Meteorologista e Coordenador de Operação do Simepar.

VENTOS ULTRAPASSARAM OS 180 KM/H

O tornado registrado em Cascavel foi classificado como F2 na escala Fujita. “Também com base nas evidências da destruição observada,  este tornado foi categorizado como um do tipo F2 pela escala Fujita, escala que vai de F0 até F5. Os ventos mais intensos podem atingir entre 180 até 250 km/h próximo do ponto de toque com o solo”, detalha o Meteorologista e Coordenador de Operação do Simepar.

ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA

O tornado durou cerca de 15 minutos. Logo após, as equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros iniciaram o trabalho de atendimento à população. Foram registradas quedas de árvores, destelhamentos, falta de energia elétrica e telefonia. O muro do cemitério central e placas também caíram após o tornado.

Foram realizados 200 atendimentos emergenciais, distribuídos 27 mil metros de lona às famílias e 340 atendimentos residenciais. Não houve nenhuma morte e apenas uma pessoa com ferimentos leves.

QUEDA DE ÁRVORES

Segundo estimativa da Secretaria de Meio Ambiente, cerca de 500 árvores caíram na cidade. Dessas, mais de 110 já foram removidas. Os trabalhos foram priorizados pelo nível de urgência e por árvores que estavam obstruindo vias.

FALTA DE ENERGIA

Segundo a Copel, 59 mil unidades consumidoras ficaram sem energia na cidade. A empresa, com mais de 400 profissionais trabalham para reestabelecer a energia. De acordo com a companhia, os ventos fortes e raios causaram danos graves à rede, como quebra de postes e a queda de árvores sobre os cabos.

CORPO DE BOMBEIROS E DEFESA CIVIL

O comandante do Corpo de Bombeiros de Cascavel, disse que 12 guarnições do Corpo de Bombeiros estão atendendo a população. Mas, soma-se a isso, as equipes da Defesa Civil, do Meio Ambiente, da Guarda Municipal também, ou seja, no total mais de 20 equipes . As equipes estão percorrendo todas as áreas atingidas e fazendo os levantamentos dos estragos. Fontes: Sou Agro - 4 de outubro de 2023; Rádio Difusora - 6 de outubro de 2023

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segunda-feira, junho 15, 2020

TORNADO NO OESTE DE SANTA CATARINA: DEFESA CIVIL AVALIA A PASSAGEM

Rajadas de vento chegaram a aproximadamente 130 km/h. Tempestade foi registrada em Iporã do Oeste, Descanso, Belmonte e Itapiranga, entre a tarde e a noite de quarta-feira (10).
A Defesa Civil avalia uma possível ocorrência de um tornado em Iporã do Oeste, Descanso, Belmonte e Itapiranga após rajadas de ventos de aproximadamente 130 km/h. Nesta quinta-feira (11), órgãos municipais se reúnem para discutir as características do fenômeno.


PROVÁVEL TORNADO
O meteorologista Leandro Puchalski explicou que tornados podem ser identificados por meio de imagens e a partir dos estragos causados. São funis que ficam entre a base da nuvem e o solo e têm como característica o movimento giratório, de acordo com ele.
Em Descanso, parte de árvores de uma avenida foram derrubados e um caminhão tombou com a força do vento.
"Normalmente, quando você tem um vento muito forte, a árvore tomba. No caso de um tornado, você tem a árvore ainda em pé, mas cortada ao meio, como se alguém tivesse passado um machado. Os indicativos como um todo sinalizam a possibilidade muito forte de a gente ter tido um tornado na região. A questão é que a gente tem uma outra condição, uma microexplosão, que também traz um pouco essa característica", afirmou.
Conforme Puchalski, microexplosão consiste em uma grande quantidade de ar que sai da base da nuvem em direção ao solo, com características semelhantes as do tornado.

DEFESA CIVIL CONFIRMA PASSAGEM DE TORNADO PELO OESTE DE SANTA CATARINA
A Defesa Civil estadual confirmou no sábado (13), que o fenômeno climático que atingiu Descanso, no Oeste catarinense, foi um tornado.  
A informação foi divulgada após a análise detalhada de imagens, relato dos moradores e consultas com especialistas na área.

PREJUÍZOS
VÍTIMAS
13 pessoas precisaram de atendimento hospitalar.

DANOS MATERIAIS
A Defesa Civil contabilizou:
·    Mais de 500 famílias foram diretamente afetadas,
·    280 casas atingidas no município,
·    Galpões e estruturas metálicas tiveram os telhados arrancados.
·    A tempestade derrubou árvores e postes de energia elétrica.
·    A cidade vizinha, Belmonte, também teve prejuízos por causa do vendaval com pelos menos 200 casas atingidas.

AJUDA AOS MUNICÍPIOS
Além do fornecimento emergencial de lonas, telhas e itens de assistência humanitária para as famílias, o governo estadual confirmou que deverá homologar nos próximos dias os decretos de emergências assinados pelos prefeitos de Descanso e Belmonte.
Após tornado, municípios declaram situação de emergência no Oeste de SC

TEMPESTADES
Ao todo foram 27 municípios afetados pelo temporal e chuva na região

Fonte: G1 SC-13/06/2020 20h19  Atualizado há 21 horas

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quarta-feira, dezembro 04, 2019

Tornado atingiu região sul de MS

Um tornado que atingiu a região sul de Mato Grosso do Sul neste último domingo (1º) impressionou moradores de Vicentina, a 247 km de Campo Grande. Apesar do susto, não houve registro de estragos.
De acordo com a coordenadora do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima do Estado (Cemtec), Franciane Rodrigues, o tornado que atingiu a região é classificado como landspout.
Ela explica que é um tornado que não surge da rotação organizada em escala de tempestade e, portanto, não está associado a uma nuvem de parede ou a um mesociclone: "Geralmente esse fenômeno natural é como um turbilhão de poeira como é possível ver na imagem".

A coordenadora ainda ressalta que os tornados ocorrem em regiões onde tem possibilidades de tempestades, temporais e chuvas intensas: "São redemoinhos de ventos que giram em torno de centros de baixa pressão em solo e seu deslocamento pode provocar danos a população", explicou.
No caso do tornado de Vicentina, a especialista explica que esse é um tipo de tornado de fraca intensidade: "Esse fenômeno também é de curta duração e geralmente se forma em locais rurais ou áreas abertas", finaliza. Fonte: G1-MS-02/12/2019

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terça-feira, abril 03, 2018

Lembrança: Tornado atinge Indaiatuba e várias cidades

Parte do município de Indaiatuba (102 km de São Paulo) foi devastada por um tornado com ventos que atingiram mais de 250 km/h no início da noite de terça-feira, 24 de maio de 2005.. A prefeitura da cidade decretou estado de calamidade pública.
Uma câmera de vídeo da concessionária Colinas, instalada no km 47 da rodovia Santos Dumont (SP-75), registrou momentos da passagem do tornado pela cidade. O grande rodamoinho acinzentado passou ao lado dos carros e foi em direção à área industrial. Foram dezenas de descargas elétricas. Uma mais forte interrompeu a gravação.
Foto- Seqüência da gravação da câmera de vídeo da concessionária – Após o clarão, queda da linha de transmissão, cessou a gravação 

O Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura) confirmou o tornado em Indaiatuba devido ao registro das imagens em vídeo.
Em Itatiba (84 km de São Paulo), um tornado atingiu a cidade por volta das 23h30 de terça-feira, 24 de maio de 2005. No caso de Itatiba, como não houve imagens, o Cepagri informou que a cidade foi possivelmente também atingida por um outro tornado. "Com certeza o tornado que atingiu Indaiatuba não foi o mesmo que pode ter atingido Itatiba", disse Ana Ávila, pesquisadora do Cepagri.

REGISTRO DO TORNADO PELOS INSTITUTOS METEOROLÓGICOS 
O meteorologista e coordenador do grupo de previsão do tempo do Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), Gustavo Escobar, informou que o tornado que atingiu Indaiatuba não chegou a ser registrado pelos satélites do órgão. Ele disse que a formação do fenômeno está relacionada com a forte chuva que atingiu o Estado.
De acordo com o meteorologista Eugênio Hackbart, da Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo (RS), as fortes chuvas registradas em São Paulo são resultado do encontro entre uma massa polar forte oriunda do Rio Grande do Sul com o ar úmido tropical originado na Amazônia. Isso provocou uma extensa faixa de tormenta.
Segundo informações do pesquisador do Instituto Tecnológico do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), Ernani de Lima Nascimento, o tornado foi um dos mais intensos do País,  atingiu o nível F3 (com velocidade de 252 a 331 quilômetros por hora), em uma escala que vai de F0 (64 a 116) a F5 (420 a 511 quilômetros por hora),
Seqüência da gravação da câmera de vídeo da concessionária – Após o clarão, queda da linha de transmissão, cessou a gravação

BALANÇO DOS DANOS PROVOCADOS PELOS TORNADOS

INDAIATUBA
O caos provocado pelo tornado fez o prefeito decretar estado de calamidade pública na cidade. O fenômeno afetou direta e indiretamente os 170 mil habitantes, que mantiveram as atividades comerciais e industriais paradas pela falta de energia elétrica, telefone fixo e água em todo o município durante todo o dia.

RASTRO DE DESTRUIÇÃO
■Três torres de alta tensão foram retorcidas pelo tornado na região próxima à Toyota.
■Ao todo, 220 postes de energia elétrica foram derrubados e danificados.
■Escolas, postos de saúde e parte da prefeitura também foram destruídos.
■Pelo menos 400 casas foram destelhadas.
■Os fortes ventos  derrubaram muros, telhados, estruturas metálicas, postes, galpões e árvores.
■Houve prejuízo em pelo menos 400 empresas do distrito industrial, das quais 15 ficaram totalmente destruídas. Além disso, todas as 720 empresas que existem na região mantiveram-se paradas pela falta de energia elétrica.
■A força do vento derrubou e descarrilou 18 vagões que estavam vazios e estacionados nas linhas da Ferroban, no bairro Pimenta. Cada vagão pesa aproximadamente 25 toneladas.
■Os prédios do Serviço Nacional da Indústria (Senai) foram destruídos pelo fenômeno, que desmantelou a portaria, causou destelhamento. quebrou vidros, arrancou árvores e derrubou os alambrados.
Seguindo um rastro destruidor pela cidade, o tornado atingiu os bairros Esplanada, Pau Preto, Remulo Zoppi, Cecap, Jardim Renata, Mercedes, Oliveira Camargo e Pimenta. Porém, o Distrito Industrial foi o bairro mais atingido. O vento arremessou partes das coberturas de vários galpões, que foram encontradas a uma distância de até três quilômetros. Algumas estruturas atravessaram, inclusive, a rodovia Santos Dumont.

VÍTIMAS
Pelo menos 60 pessoas ficaram desabrigadas, das quais 35 encaminhadas pela Prefeitura à Escola Municipal Maria Benedita, no Jardim Morada do Sol. As demais foram para casas de familiares.

ENERGIA ELÉTRICA RESTABELECIDA
A energia elétrica foi restabelecida em 99% da cidade no início da madrugada de quinta-feira, depois de quase 30 horas de apagão.

DIA SEGUINTE
Moradores e funcionários públicos municipais aproveitaram o feriado de quinta-feira, para limpar os estragos e estimar os prejuízos provocados pelo tornado.
Os moradores aproveitaram o dia de sol e organizaram mutirões para trabalhar na reconstrução de casas e prédios públicos destruídos. "Perdi todos os mantimentos que tinha em casa, além de alguns objetos eletrônicos como rádio e a geladeira", disse a dona-de-casa Maria da Glória Visconti,  moradora do Jardim Renata, em Indaiatuba.
O tornado atingiu os bairros da zona sul da cidade, onde estão localizadas residências de classe média baixa. "Foi assustador por causa das explosões e do barulho do vento, que ia aumentando com a aproximação do redemoinho", disse o comerciante Amadeu Albuquerque, que diz ter pedido para sua neta de seis anos se esconder embaixo da cama.
Cerca de 1.800 árvores já foram recolhidas das áreas urbana e rural da cidade, segundo o titular da Secretaria dos Serviços Urbanos e Meio Ambiente (Semurb), Nilson Alcides Gaspar. O total, junto com os galhos, pesa 600 toneladas. “Acredito que vamos chegar a duas mil árvores”, diz.

ITATIBA EM ESTADO DE EMERGÊNCIA
O temporal e vendaval à noite desabrigou cerca de 230 pessoas em Itatiba. As famílias que tiveram que abandonar as suas casas passaram a noite no Ginásio de Esportes Municipal e posteriormente foram levadas para o Centro Comunitário do N.R. João Corradini.
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Itatiba, Valdir Nardi, a cidade deve entrar em estado de emergência, devido à gravidade dos estragos.
 “Em todos os bairros da cidade tivemos problemas, porém os mais atingidos foram o Jardim Leonor, Vivendas do Engenho d’Água, Bairro da Ponte e Moenda”, explicou Nardi.
A preocupação no momento é o socorro de todas as vítimas da chuva e também tentar prevenir mais estragos, já que a previsão de chuva e ventos para a cidade continua.

JARDIM LEONOR FOI O BAIRRO MAIS PREJUDICADO
Mais de 70% das casas foram pelo menos destelhadas, e algumas perderam até paredes. Além disso, postes e árvores caíram, e a rede de eletricidade do bairro foi comprometida.

VIVENDAS DO ENGENHO D’ÁGUA
Diversas casas foram destelhadas, algumas completamente destruídas, e dezenas de famílias ficaram desabrigadas.

VÍTIMAS
A Defesa Civil de Itatiba não constatou nenhum ferido, apenas danos materiais.


RELATO DE TESTEMUNHAS

O CARRO FOI JOGADO FORA DA GARAGEM
No Jardim Leonor, um dos mais prejudicados foi o aposentado Roque de Deus Branco, e sua esposa. O casal contou que estava em sua residência, na Rua Franklin Cunha, 42, procurando velas porque a energia tinha acabado. De repente, começou um vendaval, e as telhas da casa começaram a voar. A força do vento fez até com que o carro, um Uno azul, que estava na garagem, fosse jogado para fora do limite do terreno.
A garagem da casa de Roque se desfez. A casa foi completamente destelhada, e parte do teto e algumas paredes cederam. O casal perdeu a maioria dos móveis e eletrodomésticos.

O TETO DO QUARTO CAIU
A dona-de-casa Antonia Biajoni, e o marido Luis Antonio Biajoni, por pouco não foram atingidos pelo teto do quarto. Eles estavam se preparando para dormir, quando a casa começou a ser destelhada pelo vento. “Meu marido parece que pressentiu que alguma coisa iria acontecer, e me puxou para a cozinha. Em seguida, o teto do quarto, justamente onde estávamos, caiu”.
Antonia perdeu diversos móveis e demais pertences, inclusive o portão eletrônico recém instalado, que teve as grades abertas pela força do vento.

O VENTO ARRANCOU TUDO
''Primeiro o vento arrancou a porta e o teto. Depois levou todas as paredes e tudo desabou de uma vez. Tudo durou um minuto. Nunca vi nada igual", disse a dona-de-casa Roseli Nascimento Fabrício, moradora de Itatiba, que estava dormindo na casa no momento do desabamento com o marido e quatro filhos. Uma filha dela de seis anos sofreu escoriações nas costas.

VI O REDEMOINHO
"Só tinha visto algo parecido com isso no cinema. Vi quando um redemoinho cruzou o bairro levando tudo o que tinha pela frente", disse o aposentado Francisco Alves, que também teve parte do telhado de sua casa arrancada.

BRAGANÇA PAULISTA
Ventos de até 135 km/h e 97 mm atingiram a noite de terça-feira cidade de Bragança Paulista. A região foi varrida pelo vendaval e as chuvas.

De acordo com a Defesa Civil do Município, o balanço dos danos foi;
■duas casas destelhadas, queda de muros e arvores
■redes de cabos de telefone arrebentadas,
■tombamento de dois ônibus de estudantes na Rodovia Bragança/Itatiba e
■uma colisão entre cinco veículos na Rodovia Bragança/Socorro (provocado pelo vendaval), somados a quedas de muros e árvores.

VENTO DERRUBA DOIS ÔNIBUS NA ITATIBA – BRAGANÇA
O forte vento derrubou dois ônibus de Campinas, que transitavam pela Rodovia Alkindar Monteiro Junqueira, a Itatiba – Bragança. Os veículos, da Viação Santa Cruz, vinham da Universidade São Francisco de Bragança Paulista, transportando estudantes.
Ao todo, 17 pessoas ficaram feridas. No mesmo horário, um outro ônibus teve os vidros estourados pela ação do vento, que segundo a Defesa Civil de Bragança, passou dos 140 km/h.

Os motoristas dos ônibus, que também ficaram feridos, relataram a Polícia Rodoviária que retornavam para Campinas, quando no km 28 + 500 da rodovia, próximo ao Bairro Moenda, pararam no acostamento, pois a tempestade impedia que continuassem o trajeto. Após alguns instantes, o vento começou a ficar mais forte, fazendo com que os veículos tombassem na pista.
Os feridos foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros de Itatiba e populares, e levados para o PS da Santa Casa, e para hospitais de Campinas e Bragança.

CAPIVARI
A cidade também teve 1.200 casas destelhadas e dezenas de árvores arrancadas.

VITIMAS
A ventania arrancou um pedaço de madeira de uma obra e atingiu a motorista de um carro. Ela foi socorrida na Santa Casa da cidade, mas não resistiu os ferimentos no tórax..

IARAS
Em Iaras, a força do vento virou três carretas que estavam estacionadas num posto de combustíveis.

DIVERSAS CIDADES ATINGIDAS PELO VENDAVAL
O vendaval e o temporal ainda provocaram prejuízos em pelo menos outras 11 cidades: Campinas, Cabreúva, Cosmópolis, Americana, Sumaré, Bragança Paulista, Atibaia, Valinhos, Vinhedo, Hortolândia e Pedreira, entre outras.

BALANÇO DOS PREJUÍZOS EM INDAIATUBA

EMPRESAS DESTRUÍDAS
A empresa, a Mil Maní Ingredientes Ltda, foi totalmente destruída, com prejuízo de R$ 2 milhões.  A empresa é nacional, mas integra a rede do Grupo Lorenzati Rusch, da Argentina, a maior exportadora de amendoins para a Europa e tem como principal cliente no Brasil a Elma Chips. Rubens Carvalho, gerente da empresa, disse que os 30 funcionários que estavam no local foram dispensados do trabalho às 16h com a falta de energia e que salvaram-se de uma tragédia, pois às 17h30, o galpão ruiu totalmente e ninguém conseguiria se salvar se continuasse no local.
Tiveram perda total os proprietários da Metalúrgica G 16, do Restaurante Casa Blanca e de diversas empresas que integram o Condomínio Industrial NR. Os prejuízos iniciais estimados são de pelo menos R$ 10 milhões no condomínio.

Dentre as empresas mais prejudicadas estão;
■Quality Parts Indústria Metalúgica com um dano de R$ 6,2 milhões;
■General Motors do Brasil, R$ 5 milhões;
■Transportadora Riopardense, R$ 3,6 milhões;
■NR Construção e Incorporação, R$ 3 milhões 
■Refri Cylan, os danos causados chegam a R$ 2 milhões

PREJUÍZOS ESTIMADOS
Os prejuízos foram estimados pela prefeitura foi de R$ 97,2 milhões, sendo;
■R$ 90 milhões nas indústrias,
■R$ 6 milhões em prédios e mobiliários públicos, e
■R$ 1,2 milhão em 445 casas atingidas.

RETORNO ÀS ATIVIDADES INDUSTRIAIS E PREJUÍZOS ECONÔMICOS PARA A CIDADE
O rastro do tornado que devastou parte de Indaiatuba ainda pode ser visto, mas os empresários da cidade estão agora empenhados na reestruturação de suas empresas, atividades que podem demorar de cinco dias a três meses.
Segundo o secretário de Desenvolvimento de Indaiatuba, é difícil avaliar o impacto econômico do desastre,  mas as empresas estão empenhadas de  retornar as atividades, que pode demorar de cinco a três meses, dependendo da gravidade dos danos sofridos pelas empresas.
“O nível de dano e o tempo para retomada das atividades varia de uma empresa para outra. As próprias empresas ainda estão avaliando o montante do prejuízo”, ponderou o secretário. Ele informou que numa varredura realizada na manhã de quita-feira no Distrito Industrial, constatou-se que 36 empresas foram diretamente atingidas pelo tornado e tiveram danos materiais variáveis. Dessas, 15 foram praticamente destruídas.
As empresas afetadas empregam de 800 a mil funcionários, que manterão seus empregos, segundo o secretario. Indaiatuba concentra um total de 730 empresas em quatro distritos industriais. O local que foi atingido pelo tornado abriga 420 empresas. Mas, indiretamente, toda a produção da cidade foi afetada devido à falta de energia elétrica que impediu o funcionamento das empresas até quinta-feira. “Só funcionaram em esquema emergencial algumas indústrias que dispõem de gerador próprio”, disse o secretário.

SEGUROS
A maior parte das empresas do distrito que sofreu prejuízos estimados em R$ 90 milhões não possui seguro contra acidentes naturais.

RESIDÊNCIAS
Segundo relatório da Defesa Civil de Indaiatuba, 445 casas foram atingidas, envolvendo 2.351 pessoas. As famílias que tiveram prejuízos poderão sacar parte do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para reconstrução das casas. O trabalhador poderá retirar até R$ 2.600,00. A decisão foi tomada pelo Ministério da Integração Nacional.

Relação dos municípios atingidos pelo tornado

Danos humanos
Danos materiais
Outros
Indaiatuba
Pelo menos 60 pessoas ficaram desabrigadas,
445 casas foram atingidas, envolvendo 2.351 pessoas
36 empresas com danos, sendo 15 destruídas. 
Interrupção total de energia elétrica  com queda de torres de transmissão e postes
Itatiba
230 pessoas desabrigadas
Centenas de casas destelhadas

Bragança Paulista
Sem vitimas
Duas casas destelhadas
Tombamento de ônibus  e queda de postes
Capivari
01 morte
 1.200 casas destelhadas
Dezenas de árvores arrancadas
Iaras


Duas carretas tombadas

Fontes: Folha de São Paulo, Jornal de Itatiba, Bragança Jornal Diário, Cosmo Online, Araras Virtual Noticias, Jornal Tribuna de Indaiá -  Indaiatuba,  e Agência Indusnet Fiesp, no período de 25 de maio de 2005 a 6 de junho de 2005.

Mapa – Rota dos tornados
Indicações em verdes – rota dos tornados em 24 de maio de 2005, cidade mais atingida  Indaiatuba
Indicações em vermelho – rota dos tornados em 30 de setembro de 1991, cidade mais atingida Itu           

O IMPACTO DOS TORNADOS NA ECONOMIA DE UMA REGIÃO OU PAÍS

O que  significa o impacto econômico de um tornado?  Bem, certamente  desejamos transmitir a magnitude das perdas líquidas à economia porque os tornados provocam impactos negativos, causando perdas aos setores tais como;
■ infraestrutura,
■ empresas de serviços,  empresas em geral,
■ construção, serviços de governo.

E os serviços profissionais recebem um impulso na conseqüência ou antes do impacto.  Naturalmente este impulso é principalmente  devido a reconstrução,  o restabelecimento de serviços essências e à provisão de outros serviços de apoio.
As perdas econômicas são relacionadas definitivamente a economia e a área de vulnerabilidade. Mas, algumas coisas são evidentes e são os impactos de um tornado na  economia que depende de vários fatores  incluindo;
■ a  orientação da economia, da estrutura da economia,
■ da sofisticação da infraestrutura, do valor do ambiente  natural da região,
■ da intensidade do tornado, da duração do tornado, do trajeto do tornado,
■ das medidas de minimização e provavelmente o mais importante da preparação da população.

O impacto econômico do tornado  depende de  uma série de fatores inter-relacionados,  relativo a preparação de desastre (medidas tomadas para atenuar os danos), as estruturas econômicas, a orientação econômica e a atitude da população.

Principais perdas existentes;
■ Dias perdidos de produção
■ Danos e destruição de mercadorias
■ Perdas devidas a interrupção de negócios
■ Perdas de salários dos trabalhadores (horistas)
■ Perda de salários dos trabalhadores (mensalistas)
■ Perdas na agricultura
■ Perdas de serviços (turismo, financeiro)

A estrutura e orientação da economia são fatores críticos no nível de danos e perdas que uma região poderia esperar.
Os tornados afetam a produção de mercadorias e serviços  da região. Como mencionado anteriormente, a infraestrutura, incluindo; eletricidade, água, telecomunicação,  estradas, etc  estão  expostos a vendavais e tornados.  A vulnerabilidade  da infraestrutura traduz freqüentemente em perdas potenciais.  Maior vulnerabilidade física,  implica em maiores perdas econômicas  que a região/ cidade pode esperar.
Fonte: Development Planning Unit of the British Virgin Islands – adaptação do texto - The Impact of Hurricanes on the BVI Economy

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quinta-feira, janeiro 18, 2018

Tornado atinge região rural de Toledo no Paraná

A área rural de Toledo, no oeste do Paraná, foi atingida na tarde de sábado (6) por um tornado, garantem especialistas do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).
O Simepar classificou o tornado como sendo da categoria F1, o mais fraco, com ventos de até 100 km/h.

DESTRUIÇÃO
A força do vento, que durou cerca de cinco minutos, derrubou um barracão onde estavam alojados 500 leitões. Os moradores, com ajuda de vizinhos, conseguiram tirar os animais. Apenas dois morreram. Um galpão onde ficavam as máquinas agrícolas 
também foi destruído.
Mesmo com a força do vento, a casa onde a família de agricultores morava não foi atingida.
Segundo a Prefeitura e a Defesa Civil de Toledo, a destruição foi localizada e se concentrou apenas na região da Linha Flórida. Ninguém ficou ferido. Fonte: G1 PR - 08/01/2018








































Vídeo

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terça-feira, agosto 29, 2017

Lembrança:Tornado causa destruição em Borrazópolis

Em 22 de maio de 1992, sexta-feira, durante pouco mais de dois minutos, uma tempestade com ventos passando de 100 quilômetros por hora causou destruição em Borrazópolis, a 130 quilômetros de Londrina, no norte do Paraná.

Com menor intensidade, o temporal atingiu cidades a noroeste do Estado, (Cianorte, Terraboa). Houve chuva de granizo em algumas localidades.
  
PRENÚNCIO DA TEMPESTADE
Amanhecera um dia como outro qualquer em Borrazópolis, temporada de inverno, as pessoas trabalhavam e caminhavam livremente sem nenhuma preocupação, tudo funcionava normalmente. O dia estava abafado sem vento, ao longe poderia ver e ouvir os raios e as trovoadas, mas algo de estranho estava para acontecer, logo à tarde, aproximadamente às 16 horas, o tempo começou a mudar, ventava muito forte, começou a chuviscar, aquelas nuvens longínquas que se via, já estavam sob a cidade, ventos de aproximadamente 100 km/h tomava conta parcialmente da cidade. Árvores foram torcidas como pano, postes foram ao chão, algumas casas foram destelhadas, outras o vento levou, deixando apenas o piso e nada mais. Borrazópolis entrou em estado de calamidade pública.

RELATO DO ACONTECIMENTO FEITO PELO REPÓRTER
“Agora a noite Borrazópolis ainda está sem energia elétrica. Estamos aqui usando um gerador movido à óleo diesel. Hoje foi um dia de muito trabalho na cidade, mas essas imagens mostram que ainda há muito que fazer. As marcas do vendaval estão por toda parte. O vendaval durou dois minutos e deixou a cidade no escuro. Os postes e as árvores caídas dificultaram os trabalhos de socorro às vítimas, carros da polícia militar andaram a noite toda a procura de feridos. O dia amanheceu e parecia que a cidade tinha sido alvo de um bombardeio. Do alto, as imagens são ainda mais impressionantes: casas destelhadas, paredes que desabaram e quarteirões inteiros destruídos” relato do repórter Sandro Dálpicolo.

A CIDADE FICOU ISOLADA
Borrazópolis ficou isolada por comunicação telefônica. Até o acesso rodoviário foi dificultado pelas fortes chuvas.

RECUPERAÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA
Uma das preocupações era com o restabelecimento da energia elétrica, para permitir que o sistema de bombeamento da Companhia de saneamento do Paraná (Sanepar), não afetado, voltasse a funcionar, pois a comunidade estava sendo abastecida precariamente por caminhões-pipa. Segundo Jair Siqueira, da Sanepar, a cidade tem aproximadamente 1.500 ligações de água, das quais 200 estavam interrompidas pela destruição do temporal e que estavam sendo refeitas por pessoal da empresa. A expectativa era de que a Companhia Paranaense de Energia (Copel) conseguisse restabelecer a energia, interrompida com a derrubada de pelo menos cem postes.

ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
Durante toda à noite o hospital de Borrazópolis ficou lotado, os feridos não paravam de chegar. Com a rede de energia elétrica destruída pelo vendaval, médicos e enfermeiras realizavam pequenas cirurgias à luz de velas e lampião a gás. No dia seguinte um carro de som percorreu as ruas da cidade pedindo às vítimas que não puderam ser atendidas durante o vendaval, para voltar ao hospital. 

Mais de cem feridos foram atendidos de sexta-feira para sábado. Cinqüenta e três pessoas com ferimentos mais graves foram levadas para os hospitais da região, a maioria para Apucarana a 80 km daqui. Dezoito pessoas continuam internadas, algumas com traumatismo craniano.

VITIMAS
Doze pessoas morreram, 150 pessoas ficaram feridas e mais de 1.000 desabrigadas.

DANOS MATERIAIS
Em alguns locais; casas foram completamente destruídas, a cobertura de um posto ruiu sobre dez carros, a estação rodoviária, o ginásio de esportes e outros prédios de alvenaria, mais resistentes, sofreram danos. Árvores foram arrancadas com as raízes até na zona rural a tempestade chegou a causar danos.

CALAMIDADE PÚBLICA
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Com a cidade em escombros, o prefeito decretou estado de calamidade pública e lá estavam homens do 30º Batalhão de Infantaria Motorizado e do Corpo de Bombeiros, corporações com sede em Apucarana, da polícia Militar, da Copel e colaboradores de cidades vizinhas, desinterditando ruas e socorrendo a comunidade. Auxílios em cobertores, colchões, roupas e gêneros alimentícios já eram enviados a Borrazópolis.

Dados Gerais de Borrazópolis
Fundação: 1951
Altitude: 635 m
População: 9.164 habitantes
Área Total: 340,3 km²

Distâncias 
Curitiba: 442 Km
Porto de Paranaguá: 533 km
Aeroporto mais próximo: 106 km (Londrina) 

Fontes: Prefeitura de Borrazópolis e Agência Estado - 23 de maio de 1992 


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posted by ACCA@7:00 AM

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