Técnica de segurança morre depois de cair de obra da fábrica da Fiat
A técnica em segurança do trabalho, GLA, 26 anos, morreu na madrugada de sábado, 17 de maio, depois
de ter caído de um prédio em construção da fábrica da Fiat, em Goiana, Zona da
Mata Norte de Pernambuco. A técnica despencou de uma altura de 15 metros no fim
da tarde da sexta-feira, 16 de maio, enquanto trabalhava.
A técnica em segurança foi socorrida para o Memorial de
Goiana, sendo depois transferida para o Hospital da Restauração (HR), no bairro
do Derby, centro do Recife, no início da noite. Ela chegou a ser submetida a
uma cirurgia, mas acabou falecendo em consequência da gravidade dos ferimentos
por volta da 1h deste sábado.
A jovem era funcionária da empresa Consórcio Construcap
Walbridge (CCW) nas obras da fábrica da Fiat há cerca de dois anos. Segundo a
família, testemunhas do acidente disseram que o cinto de segurança que ela
usava estava folgado, o que pode ter causado a queda. A construtora informou
que, a princípio, a obra não deve ser interrompida, a menos as autoridades
solicitem a interrupção.
O corpo da jovem está
no HR, onde aguarda a presença de um parente de primeiro grau para ser liberado
e levado ao Instituto de Medicina Legal (IML). A família da técnica de
segurança, que estava em Goiana, já está a caminho.
Nota da empresa responsável pela obra:
O Consórcio Construcap Walbridge, construtor do polo
automotivo de Goiana, confirma a ocorrência do óbito de GLA, técnica de
segurança, ocorrido na madrugada deste sábado (17), em decorrência de acidente
na véspera.
O consórcio acionou imediatamente seu plano de emergências,
que atende a todas as normas, encaminhando a colaboradora ao Hospital HR em
Recife, instituição de referência em traumas no Nordeste, no qual ela faleceu.
O consórcio está dando integral apoio à família da colaboradora
e reitera que cumpre rigorosamente as normas de segurança e medicina do
trabalho. As causas do acidente estão sendo apuradas. Fonte: JC
Online- 17/05/2014
Comentário: Segundo informação do delegado responsável pelo inquérito,
o acidente ocorreu durante a mudança de
posicionamento do cinto de segurança de um ponto para outro.
Obs: Pelo jeito o cinto não tinha talabarte duplo.
O QUE DIZ A NORMA, NR-35
a-O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de
ancoragem durante todo o período de exposição ao risco de queda.
b-O talabarte e o
dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de
queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as chances do
trabalhador colidir com estrutura inferior.
MEDIDAS DE CONTROLE
De acordo com a agência Australiana de Segurança, (OHS)
prescreve hierarquia de controles que devem ser usados para eliminar ou
minimizar riscos para a saúde e segurança no local de trabalho.
A hierarquia de controles envolve:
1-eliminação do risco
- por exemplo, interromper a atividade, efetuar o serviço no solo (montagem),
usar elevação de grua
2- minimizar o risco de:
a- substituir o sistema de trabalho (com algo mais seguro)
b- isolar o risco - por exemplo, introduzir e aplicar uma
área de trabalho restrito
c- introdução de
controles de engenharia - por exemplo, grades de proteção ou andaimes
d- adoção de controles administrativos, tais como práticas
de trabalho seguro - por exemplo, aviso de perigo, sinais (das pessoas que
trabalham acima ', uso de pistola de prego") - e formação específica e de instruções
de trabalho - por exemplo, para telhados frágeis.
e- usar equipamentos de proteção individual (EPI) - por
exemplo, talabarte duplo, linha de vida, calçados, óculos de proteção.VÍDEO
VÍDEO
Vídeo mostrando acessório de segurança para as pernas para minimizar a síndrome da suspensão inerte.
Marcadores: acidente, cinto de segurança, segurança, trabalho em altura
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