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sábado, maio 31, 2014

Cuidados que o motorista deve ter para dirigir com neblina

Preste atenção nestas dicas:

Em primeiro lugar, é importante manter uma velocidade constante, pois se você parar ou diminuir bruscamente o carro que vier atrás pode não lhe ver e colidir na traseira do seu veículo.

Lembre-se sempre, que não é só o seu campo visual que está reduzido, o dos outros condutores também, então, qualquer manobra que você for fazer avise para os outros motoristas com muita antecedência.

Os faróis de neblina devem ser acesos somente quando necessário. Se isto acontece de dia, quando se está claro, é melhor não ligá-los, pois eles refletem muito no carro da frente deixando a situação pior (isto também é recomendável no caso de dias chuvosos). Este equipamento serve muito mais para que outros veículos o vejam do que para melhorar sua visibilidade.

No caso da neblina, mais luz não implica em melhor visão. Quando você acende os faróis altos, nesta situação, você fica apenas enxergando uma parede branca, então deixe as luzes baixas e lembre-se que tudo parecerá mais longe do que realmente está.

Outro fator importante é não ligar o pisca-alerta (como muitos fazem). Se você vir um carro com este equipamento ligado nunca saberá se ele está quebrado/acidentado (parado) ou em movimento (você perde as referências de distância).

NEBLINA: SABENDO O QUE FAZER, NÃO TEM SEGREDO.
■Reduza a velocidade:
Mas não freie bruscamente.
Com a visibilidade reduzida,  outros motoristas podem não  enxergá-lo e acabar colidindo.
■Mantenha a distância
Fique a uma distância segura  do veículo que segue à frente.  Isto garante um tempo de reação maior quando necessário.
■Use farol baixo
A luz do farol alto reflete nas partículas de água  e atrapalha sua visão.  
Na neblina, farol baixo. Use a sinalização de solo  para se orientar.
■Evite mudar de faixa
Se houver realmente a necessidade de mudar   de faixa, faça-o com muita   atenção ao retrovisor   e use a seta.
■Limpe pára-brisa
Na neblina, não se esqueça de acionar o limpador  de pára-brisa, é importante  para melhorar a sua visibilidade.
■ Nunca ligue o pisca-alerta
O pisca-alerta foi criado para  sinalizar que o veículo está  parado. Nunca ligue-o com    o veículo em movimento.    Isso pode confundir o motorista    que vem atrás, fazendo-o frear  bruscamente, podendo causar    um engavetamento.
■Nunca pare na pista
.A estrada é uma via rápida. Nunca pare na pista e, quando houver  neblina, até o  acostamento deve ser evitado.  
Outros motoristas podem não vê-lo e colidir.  Se a visibilidade estiver muito prejudicada,   estacione em um lugar seguro até a neblina  melhorar. Mesmo diante de imprevistos, como um pneu furado ou um pequeno  acidente, nunca pare na estrada   para resolver ou para discutir com  outros motoristas. Fonte : Carsale – Dicas de segurança na estrada e  Motorpress Internacional 
Vídeo:

Comentário:  

O QUE DIZ A EPA, EM RELAÇÃO À NEBLINA
Obs: EPA (Environmental Protection Agency, ), Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos .
A  distância  aceitável de visibilidade é baseado no limite de velocidade e na característica da estrada (estrada separada por faixa ou estrada separada por canteiro central ou defensa). Os limites são obtidos através de uma fórmula que inclui o tempo de reação do indivíduo e a distancia percorrida pelo carro (tempo de reação para parar)

Tabela

Limite de velocidade
Visibilidade Mínima Aceitável VMA
20 km
8 m
25 km
15 m
30 km
23 m
40 km
33 m
50 km
44 m
55 km
56 m
65 km
71 m
70 km
86 m
80 km
103 m
90 km
121 m
100 km
163 m
Obs: Para estradas de mão única (separada por faixa de rolamento), o limite de visibilidade aceitável deverá ser dobrado, devido à colisão frontal. Um monitor de fumaça (equipamento de visibilidade) deverá monitorar a visibilidade em relação aos objetos de uma distância  aparente (estudo das condições de visibilidade). Fonte: Smoke management in prescribed burning-EPA

PROCEDIMENTOS PARA ATENUAÇÃO DAS SITUAÇÕES DE VISIBILIDADE
Considerando uma série de etapas para atenuar à redução da visibilidade quando a estrada está afetada pela neblina ou fumaça. As ações apresentadas em ordem decrescente de visibilidade, por exemplo à implementação da etapa 3, significa que as etapas 1 e 2 já foram executadas.
1 – Sinalizar a estrada, quando a visibilidade da estrada é o dobro ou menos da visibilidade mínima aceitável (VMA), por exemplo, a distancia visual (campo visual do motorista) é reduzida para 65 m e a velocidade indicada é de 40 km (pela tabela é de 33 m).
2 – Reduzir a velocidade limite indicada, quando a visibilidade é o valor de VMA ou menos, por exemplo a distancia visual é de  33m e a velocidade indicada é de 70 km (VMA, 86m), entretanto o limite de velocidade indicada deve ser reduzida para 40 km ou menos.
3 – Efetuar o comboio com carro líder (polícia), para tráfego parado por fechamento da estrada, quando a proporção  de visibilidade atual para o VMA é a metade ou inferior, por exemplo, a distância visual é de 15 m e o limite de velocidade indicada é de 40 km, mas pela tabela do VMA a distância é de 33 m. No sistema Anchieta-Imigrantes, a polícia rodoviária utiliza desse método há vários anos, quando a  distância visual está crítica.
4 – Quando a proporção da visibilidade atual para o VMA é inferior a 35 m, fechamento total da estrada (quando não existe comboio, com carro líder)
Fonte: Highway Minimum Acceptable Visibility

HISTÓRICO

18/08/2013 - Trinta e quatro veículos se envolveram em um acidente no Paraná. O engavetamento foi na BR 277, em São Luiz do Purunã, na região dos Campos Gerais, a 50 quilômetros de Curitiba. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a neblina na rodovia pode ter dificultado a visibilidade dos motoristas. A estrada ficou interditada nos dois sentidos durante quatro horas, causando um engarrafamento de 20 quilômetros, entre Curitiba e Ponta Grossa. Três pessoas ficaram feridas.

20/04/2013 - Um engavetamento na BR 290 em Eldorado do Sul, município vizinho a Porto Alegre, deixou pelo menos 36 feridos na manhã de sábado. A sequência de acidentes aconteceu na ponte do Jacuí, na divisa entre os municípios de Eldorado do Sul e Porto Alegre e envolveu 14 veículos.
De acordo com a Polícia Rodoviária, a forte neblina no local é a provável causa do engavetamento. A rodovia ficou parcialmente bloqueada por mais de três horas e o congestionamento chegou aos sete quilômetros.

15/11/2011 - Engavetamento na Imigrantes devido a forte neblina, envolve cerca de 50 carros. O acidente aconteceu por volta das 12h45, na altura do km 41, na Represa do Alvarenga, em São Bernardo do Campo, no sentido São Paulo.  
De acordo com os bombeiros, pelo menos 15 pessoas ficaram levemente feridas e outras duas morreram.

24/05/2008 - Cerca de 17 veículos, na maioria caminhões e carretas,sendo dois carros de passeio e uma viatura da Concessionária Via Oeste, envolveram-se em um engavetamento na madrugada de sábado (24/05), por volta das 4h21, no km 52 da rodovia Castelo Branco, sentido capital, na região de Araçariguama.
Treze pessoas ficaram feridas. O engavetamento aconteceu devido à forte neblina que
tomava conta da estrada no horário do acidente.

05/07/2002 - Pelo menos 14 pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas num engavetamento envolvendo cerca de vinte veículos na manhã desta sexta-feira na Rodovia Castelo, no quilômetro 82, na região de Sorocaba, interior do Estado de São Paulo.

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