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quinta-feira, fevereiro 22, 2018

Perda auditiva: outro perigo no trabalho com gasolina

Existe a possibilidade de perda auditiva dos frentistas de postos de combustíveis, segundo pesquisa publicada na revista "Audiology - Communication Research". O prejuízo está relacionado à evaporação da gasolina.
Áreas de alta concentração de vapores de solventes têm sido objeto de estudos pela possibilidade de provocar surdez (ototoxicidade). Pesquisas relacionadas à baixa exposição a solventes, como é o caso dos frentistas, entretanto, são restritas, assinalam Fernanda Zuchi e colaboradores do Departamento de Fonoaudiologia da USP/Bauru (SP) e do Departamento de Estatística da UNESP/Botucatu (SP).

Na revista "Audiology - Communication Research", os autores referem que constituintes solúveis da gasolina são compostos tóxicos para o ambiente e no ser humano atuam como depressores do sistema nervoso central por toxicidade crônica.
Estudando o perfil auditivo de frentistas de postos de gasolina através de exames de audiometria e pesquisa do reflexo acústico, os autores encontraram nos resultados dos exames ação prejudicial dos combustíveis no sistema auditivo.

Os autores consideram relevante a inclusão dessa categoria profissional em programas de prevenção de perda auditiva.
Acrescentam que a categoria profissional dos frentistas deve ser submetida a avaliação auditiva periódica, pois ela permanece à margem do reconhecimento da necessidade de prevenção das alterações observadas no sistema auditivo e que são induzidas por solventes. Fonte: Folha de São Paulo - 13/01/2018  


Comentário:

Os postos de combustíveis de todo o país têm obrigações com relação à saúde do frentista devido à possibilidade de exposição ao benzeno, substância presente na gasolina.

■ Os trabalhadores que exerçam suas atividades com risco de exposição ocupacional ao benzeno devem realizar, com frequência mínima semestral, hemograma completo com contagem de plaquetas e reticulócitos. Os resultados dos hemogramas devem ser organizados sob a forma de séries históricas, de fácil compreensão, com vistas a facilitar a detecção precoce de alterações hematológicas. Ao final do contrato de trabalho, a série histórica dos hemogramas deve ser entregue ao trabalhador;
■ Os postos devem exigir das empresas contratadas para prestação de serviços de manutenção técnica a apresentação dos procedimentos operacionais, que informem os riscos da exposição ao benzeno e as medidas de prevenção necessárias;
■ Nas situações em que a medição de tanques tiver que ser realizada com régua, é obrigatória a utilização dos EPIs;
■ É proibido utilizar flanela, estopa e tecidos similares para a contenção de respingos e extravasamentos;
■ Para a limpeza de superfícies contaminadas com combustíveis líquidos contendo benzeno, será admitido apenas o uso de tolhas de papel absorvente, desde que o trabalhador esteja utilizando luvas impermeáveis apropriadas;
■ Os testes de combustíveis líquidos contendo benzeno devem ser realizados em local ventilado e afastado das outras áreas de trabalho, do local de tomada de refeições e de vestiários;
■ As análises em ambientes fechados devem ser realizadas sob sistema de exaustão localizada ou em capela com exaustão;
■ Os postos devem dispor de área exclusiva para armazenamento de amostras coletadas de combustíveis líquidos contendo benzeno, dotada de ventilação e temperatura adequadas, e afastada de outras áreas de trabalho, dos locais de tomada de refeições e de vestiários;
■ Os postos devem manter sinalização, em local visível, na altura das bombas de abastecimento de combustíveis líquidos contendo benzeno, indicando os riscos dessa substância, nas dimensões de 20 x 14 cm com a informação: “A GASOLINA CONTÉM BENZENO, SUBSTÂNCIA CANCERÍGENA. RISCO À SAÚDE.
■ A higienização dos uniformes será feita pelo empregador com frequência mínima semanal. Neste caso, o empregador pode contratar os serviços de lavanderia ou comprar uma máquina de lavar e instalar no posto para lavagem dos uniformes dos funcionários.

ATENÇÃO:
No uso de EPI, a máscara é de face inteira, com filtro para vapores orgânicos e fator de proteção não inferior a 100, assim como equipamentos de proteção para a pele.

Quando é preciso usar o EPI:
Os trabalhadores que fazem conferência de gasolina no caminhão-tanque; coletam amostra-testemunha com amostrador específico; fazem medição volumétrica de tanque subterrâneo com régua; descarregamento de combustíveis para tanques subterrâneos; desconexão dos mangotes e retirada do conteúdo residual; análises físico-químicas para o controle de qualidade dos produtos comercializados; limpeza de válvulas, bombas e seus compartimentos de contenção de vazamentos; esgotamento e limpeza de caixas separadoras; limpeza de caixas de passagem e canaletas; aferição de bombas de abastecimento; manutenção operacional de bombas; manutenção e reforma do sistema de abastecimento subterrâneo de combustível.

NÃO PRECISA USAR EPI:
Abastecimento de combustíveis e em recipientes certificados; e estacionamento do caminhão, aterramento e conexão via mangotes aos tanques subterrâneos não se exige o uso de EPI.
Fonte: Revista Combustíveis & Conveniência

PORTARIA N.º 1.109, DE 20 DE SETEMBRO DE 2016
(DOU de 22/09/2016 - Seção 1)
Aprova o Anexo 2 - Exposição Ocupacional ao Benzeno em Postos Revendedores de Combustíveis - PRC - da Norma Regulamentadora n.º 9 - Programa de Prevenção de Riscos 

Link: PORTARIA N.º 1.109  

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segunda-feira, janeiro 13, 2014

Dispositivos móveis podem estar infectados com bactérias perigosas

Dê uma olhada no seu dispositivo móvel, seja o tablet, o laptop ou o celular. Você vê marcas de impressões digitais na tela? Poeira e migalhas nos cantos? Um fio de cabelo preso? Como nossos produtos eletrônicos estão sempre ao nosso alcance, eles podem ficar bastante sujos. Vários estudos mostram que, por isso, podem acumular mais bactérias do que a sola do sapato.

FONTES DE TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
- Que estes dispositivos podem ser fontes de transmissão de doenças já não está nem mais em discussão - afirmou ao “New York Times”, Dubert Guerrero, especialista em doenças infecciosas da Sanford Health, nos EUA, e coautor do estudo sobre a persistência de bactérias em iPads, publicado no “American Journal of Infection Control”.

Em sua análise, o especialista da Universidade de Dakota do Norte avaliou 20 iPads usados em seu hospital e mostrou que 15% deles estavam infectados por bactérias potencialmente perigosas, como Staphilococus aureus e Clostridium difficile, que podem causar diarreias.

LIMPEZA
A maioria das fabricantes aconselha usar apenas um pano de microfibra para, suavemente, limpar a tela dos equipamentos. Mas o pesquisador acredita que isto não seja suficiente.
“Embora o pano possa ser eficaz na eliminação do Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), não elimina completamente algumas bactérias clostridium difficile, e inclusive o vírus da gripe”, afirma no artigo, e diz que estas ameaças só podem ser totalmente combatidas com agentes como água sanitária e álcool.

A saída seria, portanto, usar capas protetoras que possam ser lavados, que permitiria limpar o dispositivo sem danificá-lo. Outra opção, segundo o NYT, é produzir a sua própria solução com água destilada e álcool e usar um pano para limpar o dispositivo, embora seja pouco recomendado por fabricantes. Também existem desinfetantes ultravioletas no mercado. Fonte: O Globo-Publicado:8/01/14

Celulares têm, em média, dez vezes mais bactérias do que banheiros

Pesquisadores da Universidade do Arizona descobriram que há, em média, mais bactérias no celular do que em um banheiro. Os testes mostraram que a média é dez vezes mais invasores que podem causar problemas de estômago e náuseas do que no ambiente de higiene pessoal. A conclusão foi divulgada no jornal britânico Daily Mail.

Microbiologista da Universidade do Arizona, Charles Gerba alerta para o fato do aparelho estar sempre próximo às mãos e à boca. Não só a higiene pessoal precisa ser boa, mas também a do estranho para quem você pode emprestar o celular. O ideal é passar no aparelho alguma substância antibacteriana ocasionalmente.

Pesquisas anteriores já mostraram que outros objetos que as pessoas geralmente julgam limpos são, na verdade, muito contaminados. Caixas de banco, por exemplo, têm tantos pseudomonas e bacilos, bactérias que podem causar diarreia, quanto banheiro público. Teclados de computador também costumam ser cinco vezes mais sujos do que um assento sanitário. O Globo - Publicado:31/08/12

Comentário:
Você deve lavar as mãos:
* Antes de comer ou manusear os alimentos;
* Antes e após ter utilizado as instalações sanitárias;
* Após assoar o nariz, tossir ou espirrar;
* Após tocar em animais ou nos seus dejetos;
* Após manipular e/ou transportar lixo;
* Após mudar fraldas;
* Antes e após tocar em doentes ou feridas;
* Antes e após visitar paciente.
* Após pegar em dinheiro ou andar em transportes públicos

* Os profissionais de saúde devem tomar mais cuidado com a assepsia das mãos, pois seus pacientes estão mais vulneráveis às infecções. Por isso, devem sempre lavar as mãos antes e após ter contato com os doentes, com fluidos orgânicos e usar luvas.

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quinta-feira, setembro 05, 2013

Alerta para esmaltes e unhas postiças em enfermeiras

Após pesquisa sobre infeções bacterianas, profissionais de saúde têm sido aconselhadas a manter unhas curtas e limpas no Reino Unido

Enfermeiras têm sido aconselhadas a tomar cuidado com unhas postiças e esmaltes no Reino Unido depois de uma pesquisa do Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) sugerir que o controle de infecção estava sendo posto em risco. As diretrizes do órgão afirmam que as unhas deveriam ser curtas e sem esmalte.
Mas uma pesquisa on-line com cerca de 500 estudantes de enfermagem mostrou que 60% tinham unhas postiças ou pintadas. Segundo o Royal College of Nursing (RCN), os resultados são “preocupantes”.
- As unhas devem ser curtas e sem esmalte. Unhas falsas não devem ser usadas - ressaltou, em entrevista à BBC, Tom Sandford, do RCN. - Esmalte e unhas postiças abrigam bactérias e são um risco para a saúde dos pacientes. As organizações de saúde devem apoiar as políticas locais sobre uniformes e suas implicações para o controle de infecção.
Segundo um documento divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Organização Mundial de Saúde (OMS), é vedado o uso de unhas artificiais quando em contato direto com o paciente. Ele também diz para se manter “as unhas naturais e curtas”, com pontas menores do que 0,5 centímetros de comprimento. Fonte: O Globo - Publicado:3/09/13 

Comentário: A proibição de esmalte nas unhas no ambiente hospitalar usa o princípio de cautela ou de precaução. Boas Práticas de Segurança
O que isso significa? Quando uma atividade gera ameaça de dano à saúde humana,  avançamos com cuidado, como se o fracasso fosse possível, ou mesmo provável.
Composição do esmalte;
O esmalte é basicamente formado pela mistura de solventes orgânicos, nitrocelulose, plastificante, resina (presença de formaldeído), pigmentos e agentes tixotrópicos (causador de micro partículas). E cada componente é responsável por dar determinada característica ao esmalte.
O esmalte libera partículas, por micro fraturas. As reentrâncias das micros fraturas acomodam sujidades.
Quanto mais viva é a cor do esmalte, maior a camada de resina, maior probabilidade de soltar lasquinhas (microfissuras). Em média a durabilidade do esmalte é de 5 dias.
O esmalte perde sua resistência  em contato com detergentes e sabão em pó.
Agravação do risco
Durante a retirada de cutículas pode  ocasionar microfissuras na pele, que permitem a entrada de microorganismo.
- Unhas: devem ser curtas e bem cuidadas. Não podem ultrapassar a “ponta dos dedos”. Preferencialmente sem conter esmalte, pois libera partículas por micro - fraturas.

Obs: A Anvisa recomenda sua proibição, mas não é norma.  

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terça-feira, agosto 21, 2012

Aparelhos sensíveis ao toque podem espalhar vírus e bactérias


Usuários de produtos como iPad e iPhone devem tomar cuidados para diminuir o risco de infecções

Maus hábitos de higiene e compartilhamento dos dispositivos favorecem a contaminação das telas dos "gadgets"

Computadores do tipo tablet e outros aparelhos portáteis como o iPhone, o iPod touch e outros modelos de celular com tela sensível ao toque podem facilitar a contaminação de pessoas e a transmissão de doenças infecciosas.

Uma tela suja esconde colônias de micro-organismos -desde vírus transmissores da gripe até bactérias que podem provocar problemas como vômitos e diarreias.
As principais causas que tornam esses aparelhos vetores de infecções são o compartilhamento entre usuários e a falta de hábitos de higienização das mãos e dos próprios produtos.

"A partir do momento em que a pessoa coloca a mão na tela é possível transmitir vírus e bactérias ao objeto", diz o infectologista Evaldo Stanislau de Araújo, do Hospital das Clínicas.
Alguém que encoste em um aparelho infectado pode acabar se contaminando, principalmente se o compartilhamento se der num curto intervalo de tempo.

Sim, a possibilidade de transmissão existe em qualquer objeto manuseado por muita gente, mas os aparelhos com tela sensível ao toque têm um diferencial, como diz o infectologista Gustavo Johanson, do Hospital Nove de Julho. "Temos que encostar neles o tempo todo para que funcionem. E a mão é um dos principais elementos de transmissão de doenças infecciosas."

BACTÉRIAS
A revista britânica "Which?" analisou 30 aparelhos celulares e detectou que sete deles apresentavam altos índices de contaminação.
No mais infectado deles havia até coliformes fecais, bactérias presentes nas fezes e que podem não ser eliminadas se a higienização das mãos não for adequada.
"A presença dos coliformes mostra que os maus hábitos das pessoas representam um risco muito maior para elas mesmas do que o próprio aparelho", diz Araújo.
A limpeza periódica da tela é um dos principais cuidados indicados pelos especialistas. Para isso, a Apple, que fabrica o iPad e o iPhone, recomenda o uso de panos levemente úmidos.

Fonte: Folha de São Paulo - 04 de dezembro de 2010  

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domingo, julho 01, 2012

Profissionais da saúde não higienizam as mãos

Passados quase 200 anos desde que, em 1846, o médico húngaro Ignaz Phillip Semmelweis constatou que a simples prática de lavar as mãos era a melhor forma de prevenir a contaminação por bactérias, um grande número de médicos, que têm a obrigação de evitar a proliferação de doenças, não lava as mãos, pondo em risco a saúde dos pacientes. Pelo menos é isso que comprova levantamento feito este ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em cinco hospitais de grande porte do país. Os resultados são assustadores. A Anvisa constatou que 60% dos profissionais de saúde não higienizam as mãos antes e depois de terem contato com os pacientes.

ÁLCOOL
Muitas vezes, a baixa adesão dos profissionais ao hábito de lavar as mãos está relacionada com a grande carga de trabalho. “A Anvisa não está pedindo que a água e o sabão sejam substituídos. Uma lavagem de mãos com sabonete benfeita dura, em média, um minuto e meio. Com o álcool, o tempo passa para 15 segundos”, informa.

NÃO TÊM O HÁBITO DE LAVAR AS MÃOS
Mas mesmo com todo o esforço, a norma pode, ainda assim, passar despercebida. Uma pesquisa de 2009, feita em um hospital público de Ipatinga (MG), pela enfermeira Fernanda Mendes Santos, do Centro Universitário do Leste de Minas (Unileste), comprovou que apesar da disponibilidade dos produtos para a lavagem e da existência de cartazes explicando como lavar as mãos corretamente, os profissionais não adotaram o procedimento e passaram por lavatórios como se eles não existissem. “Fernanda sentou-se ao lado de uma pia e observou que o uso de água e sabão era mínimo. E não são só os médicos, outros trabalhadores também não têm o hábito de lavar as mãos. É um gesto indispensável, de eficácia documentada em estudos bem antigos. Num ambiente hospitalar, há bactérias multirresistentes, que podem ser transportadas de um doente para o outro”, comenta a orientadora da pesquisa, Virgínia Maria da Silva Gonçalves, professora de enfermagem e doenças transmissíveis do Unileste.

PEGOS EM FLAGRANTE
Um passeio pela área hospitalar de Belo Horizonte comprova que a falta de cuidados de higiene por parte dos profissionais de saúde da capital vai além da baixa adesão ao hábito de lavar as mãos, conforme constata o levantamento da Anvisa. Médicos, enfermeiros e técnicos de saúde saem do local de trabalho e circulam por ruas, restaurantes e lanchonetes usando jalecos com os quais atenderam pacientes ou participaram de procedimentos médicos. Profissionais das áreas de limpeza e lavanderia dos hospitais também saem à rua de uniforme e touca.

Nem mesmo a grande campanha feita para combater o vírus da influenza A (H1N1) em 2009, orientando as pessoas a lavar as mãos para evitar a transmissão da doença, foi capaz de sensibilizar os profissionais. GC, de 23 anos, estudante de medicina e estagiário do setor de enfermaria de um grande hospital de Belo Horizonte, voltou para casa, usando o jaleco e o estetoscópio no ombro. “Isso não tem problema, o jaleco é para me proteger. Já o equipamento, vou passar álcool antes do atendimento”, garantiu, afirmando ser preocupante o fato de seus colegas não lavarem as mãos antes de um procedimento médico. “Isso eu não faço.”

PERIGO: BACTÉRIAS
Para o professor do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marco Antônio Lemos Miguel, não há dúvidas: o risco existe. Marco é responsável por um estudo recente que revelou: alguns tipos de bactérias conservam-se por dias e até dois meses na peça de roupa e pelos menos 90% delas resistem no tecido durante 12 horas. “O jaleco, assim como outros uniformes de profissionais da saúde, é um problema. As bactérias dos hospitais são muito resistentes e, ao entrar em contato com pessoas suscetíveis, se tornam um perigo. Hoje em dia, é cada vez mais difícil tratar as pessoas infectadas”, destaca, lembrando que a desculpa de “estar indo para casa” não é válida.

“O risco está nesse trajeto e até na residência desse profissional, que pode estar levando infecções para os parentes.” Segundo o professor, nos restaurantes, as bactérias podem se desprender dos jalecos e ir para a comida ou até mesmo ao lugar onde sentou o profissional. A pesquisa de Marco motivou alterações nas leis. “Hoje, sair do trabalho com as vestimentas ou equipamentos hospitalares é proibido por portaria no Ministério do Trabalho. A Anvisa também tem uma norma que proíbe esse comportamento”, informa.

Viviane Rosado, enfermeira da Comissão de Controle de Infecções do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC/UFMG), diz que a falta de adesão à lavagem de mãos entre os profissionais de saúde é comum. “Alguns alegam falta de tempo. Outros dizem ter irritação na pele. E outros confundem, acham que usar as luvas elimina a necessidade do procedimento. No HC, quando há campanhas de conscientização, ocorre uma alta da adesão. Afixamos cartazes, enviamos e-mails e alertamos para a importância de lavar as mãos. Mas, depois, eles relaxam.”

DISCUSSÃO ANTIGA
A polêmica dos uniformes dos trabalhadores de saúde fora do ambiente de trabalho é antiga. Enquanto muitos especialistas afirmam não haver provas do risco da prática, outros garantem que o mau hábito é perigoso para a população e os pacientes. “Não há evidências que comprovem que isso seja um perigo para as infecções hospitalares. Mas é algo de muito mau gosto”, defende o professor de pediatria da Faculdade de Ciências Médicas e ouvidor do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, Ewaldo Aggrippino. Já o infectologista Estevão Urbano afirma que ainda não se tem a real certeza do impacto que isso causa. Porém, condena a prática: “ é anti-higiênico.”

Fonte: Estado de Minas, 29 de agosto de 2010, Correio Braziliense, 30 de agosto de 2010
Vídeo:
Muito interessante o vídeo. Em apoio da estratégia de conformidade de procedimento de higienização das mãos, a equipe de Controle de Infecção  do hospital Penn State Hershey Medical Center criou este clipe que demonstra como é fácil para os trabalhadores de saúde espalhar bactérias e vírus, entre outros profissionais de saúde, pacientes e meio ambiente de assistência ao paciente. A verdade é que inconscientemente não espalhamos micróbios, mas todos nós sabemos que eles existem e como são fáceis de viajar. Mas a prática constante de lavar as mãos ou desinfecção antes / depois de contato com o paciente (e antes / depois do contato com qualquer superfície no ambiente de centro de saúde) acontece em média nacional, apenas 50% do tempo nos EUA. Resultados semelhantes foram demonstrados em muitos outros países.

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domingo, fevereiro 26, 2012

Cuidados ao usar banheiros públicos

Cuidados ao usar banheiros públicos
Siga estas dicas e previna-se contra infecções urinárias, hepatite A e diarréia

VASO SANITÁRIO
Utilize o papel higiênico para forrar a tampa ou simplesmente evite o contato com o vaso sanitário
O álcool gel também pode ser usado para uma rápida limpeza

TORNEIRA
Após a higienização das mãos, evite tocar em qualquer outro elemento do banheiro. Utilize o papel com o qual secou suas mãos para fechar a torneira e abrir a porta.

TOALHA
Prefira secar as mãos naturalmente ou na própria roupa, caso a toalha disponível não seja descartável

PAPEL HIGIÊNICO
Verifique se o rolo não está molhado, sujo ou em contato com o vaso, a pia ou o chão. Ele não deve ser usado para estancar sangue de ferimentos ou cortes por perigo de infecção

SABÃO
Evite a versão em barra, que permite o acúmulo de resíduos em sua superfície, tornando-se uma colônia de bactérias. A versão liquida pode usada sem perigo.

Fontes consultadas: infectologista Maria Lavínea Figueiredo, do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica; infectologista Orlando Jorge, chefe do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital São Luiz; infectologista Thiago Leandro Mamede, professor da Escola de Medicina Souza Marques. Folha.com

Comentário: Em geral não damos muita importância na hora de usar o banheiro da empresa ou de um local público ou de um local comercial, mas temos tomar algum cuidado.
O banheiro é o local que oferece os maiores riscos de contaminação.Um banheiro aparentemente limpo não o livra de microrganismos maléficos à saúde. A higiene pode ajudar. O principal risco do banheiro está no contato direto da pessoa com as fezes. Algumas pessoas não lavam as mãos adequadamente ou simplesmente não as lavam.
O banheiro precisa ainda de outros cuidados. Com a umidade, o local se torna ideal para a proliferação de fungos, um dos grandes vilões para a pele humana.

Principais riscos nos banheiros
Conhecidos popularmente como vermes, os parasitos, como áscaris, tricury, oxiúrus e giardia, podem provocar diarréia, dor abdominal, vômito e anemia.
Risco de pegar hepatite A, além de bactérias e vírus intestinais, entre eles o rotavírus e o adenovírus

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quarta-feira, maio 05, 2010

Dia Mundial de Higienização das Mãos

Um ato simples e barato, mas ignorado por grande parte da população, diminui em até 60%;
■ o risco de contágio de doenças como hepatite B,
■ meningite, diarréia e resfriados:
lavar as mãos.

Nesta quarta-feira, 05 de maio, a Organização das Nações Unidas (ONU) promove pelo terceiro ano consecutivo o “Dia Mundial de Higienização das Mãos”, uma forma de chamar a atenção para a importância dessa forma de higiene tão eficaz.

“A coisa mais importante é a lavagem de mão, ajuda inclusive a evitar a gripe suína”, afirma Luiza Helena Falleiros, infectologista pediátrica do Instituto Emílio Ribas.

Em todos os países serão promovidas atividades para conscientizar profissionais de saúde e a população. Em São Paulo, por exemplo, o Hospital das Clínicas fará apresentações de teatro falando sobre a importância dessa prática.

Lavar as mãos é uma forma eficiente de prevenção de doenças. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) , o hábito pode reduzir o número de mortes relacionadas;
■ a diarréia em mais de 40% e
■ os casos de doenças respiratórias agudas em 25%.
“É possível minimizar, mas não erradicar a doença, já que existem outras formas de contágio”, alerta o infectologista Gustavo Henrique Johanson, do Hospital Nove de Julho, em São Paulo

Hospitais
Dentro de hospitais e centros de saúde, essa também é uma medida essencial. “Nesses ambientes a principal medida de controle de infecção é a lavagem das mãos. A disseminação de doenças no ambiente hospitalar é pelas mãos. O médico examina um paciente e depois outro, se não lavar as mãos entre eles, pode levar bactérias”, afirma Johanson. Nesses locais, o uso do álcool em gel pode ser mais indicado já que é prático e tem a mesma eficácia.

Fora desses locais, o ideal é lavar as mãos sempre que:
■ a mão estiver visivelmente suja
■ pegar no dinheiro (como ele passa de mão em mão, pode carregar bactérias)
■ mexer em bebês (a resistência dos pequenos ainda não está completa, por isso, o cuidado é necessário)
■ antes de comer
■ usar o banheiro
■ mexer em animais
■ usar transporte público (imagine quantas pessoas não tossiram e depois seguraram na barra do ônibus)
■ usar o telefone público
■ cozinhar

Não há fórmula mágica: bastam água limpa e sabonete. No entanto, há uma maneira correta de higienizar as mãos: é necessário esfregá-las, lavar o torso e entre os dedos.

Fonte: iG São Paulo e Organização Pan-Americana da Saúde

Vídeo:
Siga o passo-a-passo:

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