Zona de Risco

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terça-feira, outubro 09, 2007

Trabalhador da construção civil

Em 21 de Setembro de 2007, estava na zona oeste, como é natural em São Paulo, o trânsito parado e chamou-me atenção um prédio em construção, onde um trabalhador na laje de uma sacada, sem proteção nenhuma em EPI e a própria laje sem guarda corpo ou muretas. Estava lá de costas, numa laje de máximo de 1 m de largura, no sétimo andar do prédio.

Eu fiquei imaginando o que se passa na mente de um trabalhador, trabalhando pelo menos a 21 metros de altura sem proteção nenhuma, é um daqueles especialistas de salto em ponto fixo (base jump) com pára-quedas ou é um pássaro alado com proteção de um anjo da guarda? Ou ele gosta de praticar um esporte radical infringindo todas as normas de segurança? Mas uma coisa é real, a situação está como exatamente o diabo gosta para acontecer o acidente. Falta aquela mão invisível que empurra a falha para o acidente.

A letra da música do Chico Buarque exprime o que realmente acontece na construção com um trabalhador; tropeçou no céu como se fosse um bêbado e flutuou no ar como se fosse um pássaro e se acabou no chão feito um pacote flácido. Agonizou no meio do passeio público.

O fator humano é o maior problema de qualquer atividade.
Entre as falhas humanas, podemos classificar algumas principais;
■ Deficiência de julgamento, erro de avaliação do trabalhador, ele julga que poder efetuar um serviço, sem adotar medidas de segurança.
■ Supervisão, quando a equipe de segurança de trabalho não adota procedimentos adequados para efetuar o serviço.
■ Planejamento, quando as etapas das medidas de segurança são inadequadas ou deficientes
■ Aspectos psicológicos e indisciplina no trabalho, inclui deficiências de aplicação de comandos, de instrução e de coordenação das medidas de segurança. Às vezes o trabalhador está apenas preocupado na execução do serviço. ACCA

posted by ACCA@5:14 PM