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segunda-feira, dezembro 11, 2023

CINCO CRIANÇAS FICAM FERIDAS APÓS QUEDA DE RAIO EM NOVA FRIBURGO, NO RJ

 Cinco crianças que estavam embaixo de uma árvore ficaram feridas depois que o local foi  

atingido por um raio na tarde de terça-feira (5 de dezembro) no bairro Cordeira, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro.

Quatro meninas e um menino estavam em baixo da árvore, lendo a Bíblia. "O raio caiu atingindo a árvore, com isso deu grande clarão e um forte estrondo. Chamas de fogo subiram pela raiz da árvore e queimaram parte do corpo das crianças, a roupa e a Bíblia que estava com elas", disse uma das pessoas que estava no local. A árvore fica entre à Escola Padre Rafael e a Unidade Básica de Saúde do bairro. Elas sofreram queimaduras de primeiro grau e estão estáveis, segundo o hospital

ATENDIMENTO

A Prefeitura de Nova Friburgo informou que os funcionários da UBS fizeram os primeiros atendimentos e, depois, a ambulância da Secretaria de Saúde e os Bombeiros realizaram o resgate, levando as crianças para o Hospital Municipal Raul Sertã.

Os funcionários da escola acompanharam todo o atendimento e acionaram responsáveis para que seguissem com as crianças até o hospital, onde foram imediatamente atendidas.

HOSPITALIZAÇÃO

De acordo com o boletim médico, divulgado pelo Hospital Municipal Raul Sertã, as crianças estão estáveis, passando por diversos exames e apresentam queimaduras de primeiro grau nas pernas, braços e mãos.

O avô de uma das crianças, uma menina de 8 anos, disse que a neta saiu do local com as mãos no ouvido, se queixando que não estava conseguindo ouvir mais.

Equipe de serviço social e psicologia do Hospital Municipal Raul Sertã estão prestando a assistência às crianças e familiares. Fonte: g1 — Nova Friburgo - 05/12/2023

 Comentário:

Para evitar acidentes com relâmpagos as seguintes regras de proteção pessoal, listadas abaixo, devem ser seguidas:

1. Se possível, não saia para a rua ou não permaneça na rua durante as tempestades, a não ser que seja absolutamente necessário. Nestes casos, procure abrigo nos seguintes lugares:

■ Carros não conversíveis, ônibus ou outros veículos metálicos não conversíveis;

■ Em moradias ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raios;

■ Em abrigos subterrâneos, tais como metrôs ou túneis, em grandes construções com estruturas metálicas, ou em barcos ou navios metálicos fechados.

2. Se estiver dentro de casa, evite:

■ Usar telefone com fio ou celular ligado a rede elétrica (utilize telefones sem fio);

■ Ficar próximo de tomadas e canos, janelas e portas metálicas;

■ Tocar em qualquer equipamento elétrico ligado a rede elétrica.

3. Se estiver na rua, evite:

■ Segurar objetos metálicos longos, tais como varas de pesca e tripés;

■ Empinar pipas e aeromodelos com fio;

■ Andar a cavalo;

4. Se possível, evite os seguintes lugares que possam oferecer pouca ou nenhuma proteção contra raios:

■ Pequenas construções não protegidas, tais como celeiros, tendas ou barracos;

■ Veículos sem capota, tais como tratores, motocicletas ou bicicletas;

■ Estacionar próximo a árvores ou linhas de energia elétrica.

5. Se possível, evite também certos locais que são extremamente perigosos durante uma tempestade, tais como:

■ Topos de morros ou cordilheiras;

■ Topos de prédios;

■ Áreas abertas, campos de futebol ou golfe;

■ Estacionamentos abertos e quadras de tênis;

■ Proximidade de cercas de arame, varais metálicos, linhas aéreas e trilhos;

■ Proximidade de árvores isoladas;

■ Estruturas altas, tais como torres, linhas telefônicas e linhas de energia elétrica.

6. Se você estiver em um local sem um abrigo próximo e sentir que seus pêlos estão arrepiados, ou que sua pele começou a coçar, fique atento, já que isto pode indicar a proximidade de um raio que está prestes a cair. Neste caso, ajoelhe-se e curve-se para frente, colocando suas mãos nos joelhos e sua cabeça entre eles. Não fique deitado.  Fonte: INPE/ELAT - Grupo de Eletricidade Atmosférica

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segunda-feira, setembro 10, 2018

O que acontece quando se é atingido por um raio?

Quem sobrevive a uma descarga elétrico muitas vezes tem que lidar com consequências duradouras e consideráveis. O fenômeno natural com a liberação de correntes de 200 a 300 mil amperes não deixa marcas apenas na memória.Leva apenas alguns milésimos de segundos para se ser atingido por um raio. Depois disso, nada mais é como antes. Afinal, tal evento pode gerar temperaturas em torno de 50 mil graus Celsius, tão quente quanto a superfície do Sol.

Relâmpagos e trovoadas no céu: para muitos, um espetáculo fascinante; para outros, uma catástrofe e motivo de pânico, sobretudo entre vítimas de raios. "Essas pessoas geralmente sofrem de um distúrbio de estresse pós-traumático: ser atingido por uma descarga é algo que elas não esperavam de maneira alguma, e que as tira totalmente de controle", explica o professor Berthold Schalke, do Hospital Universitário Neurológico de Regensburg, que há muitos anos lida com vítimas de raios.

QUEIMADURAS E CICATRIZES
Pode acontecer que a corrente elétrica corre pela superfície do corpo e siga adiante, tudo numa fração de segundos. Isso pode resultar em queimaduras séries. "Há pacientes que, ao serem atingidos, traziam uma corrente de ouro em volta do pescoço. Ela simplesmente evaporou. Dá para ver as cicatrizes de queimadura resultantes", diz Schalke.

Na maioria das vezes, trata-se de queimaduras de segundo grau comparáveis a uma escaldadura por vapor de água. Até chaves nos bolsos podem ser perigosas: elas absorvem o raio e literalmente se fundem na pele.
"Depende de vários fatores, se a corrente flui principalmente na superfície da pele ou se penetra na própria pessoa", explica Thomas Raphael, da Federação Alemã de Indústrias Eletrotécnicas, Eletrônicas e de Tecnologia da Informação (VDE).

QUANDO O CORAÇÃO NÃO AGUENTA
Mas a corrente também pode fluir para o corpo através da cabeça: ela procura uma via de entrada pela orelha, narinas, boca ou órbitas oculares, e daí penetra na medula espinhal.
Algumas vítimas simplesmente tombam ou apresentam problemas cardíacos. "Podem ocorrer distúrbios do ritmo cardíaco, mas nesses tais casos geralmente o coração já estava danificado antes", explica Schalke.

Outras vezes, porém, o coração simplesmente para, como alguém tivesse pressionado brevemente o botão da pausa. Aí é preciso reanimar a vitima logo. Se não há ninguém para avaliar a situação corretamente, a vítima de eletrocussão em geral morre. O neurologista está convencido de que muitos poderiam ser salvos se recebessem assistência com a devida rapidez.

MÚSCULOS DESCONTROLADOS
Muitas funções corporais funcionam por meio de eletricidade, como os músculos ou os nervos cerebrais. Uma forte descarga atrapalha esse sistema. Se os músculos são afetados, ficam flácidos e não podem mais ser controlados. A vítima tomba ao chão, fica caída e não consegue se mexer, paralisada. "É como um ataque de paraplegia", descreve Schalke, mas ele passa.

Algumas vítimas de raios relatam terem sido catapultadas e voarem vários metros pelo ar a outro local: "Eu ia por um caminho e, de repente, depois do raio, estava a uns metros de distância, na grama."
"Também há relatos de mortes nas montanhas, onde os atingidos foram catapultados abismo abaixo após um raio". Segundo o neurologista Schalke, trata-se de uma contração muscular involuntária, que a pessoa não tem como influenciar.

"O QUE FOI ISSO?"
O especialista em proteção contra raios Raphael acrescenta que "ser atingido por um raio é uma experiência que muitos provavelmente nem registram conscientemente". É tudo, literalmente, rápido como um relâmpago.
Após milésimos de segundos, tudo acabou, mas não para o eletrocutado, inconscientemente ele pode entrar em estado de choque. "O que todas as vítimas de raios têm em comum é o medo de estrondos e barulhos altos", diz Schalke. Durante tempestades, costumam se retirar para os cantos mais distantes da casa.
Entre 30 e 50 pessoas são atingidas por raios todos os anos, e aproximadamente 10% não sobrevive ao evento traumático.

PASSADO QUE NÃO PASSA
Nervos e músculos são os mais prejudicados por uma descarga: com uma alta percentagem de líquido, eles opõem bem pouca resistência. O cérebro pode sofrer danos cerebrais que só vão aparecer muito mais tarde. "Os nervos finíssimos responsáveis pela percepção de temperatura ou de dor são frequentemente destruídos", explica Berthold Schalke.

"Tais pacientes então não sentem mais que a água da banheira está fervendo, e precisam medi-la com um termômetro para não se queimarem. Esses nervos não têm um revestimento isolante, são apenas fios superdelgados. Durante os exames a maioria dos médicos mede apenas os nervos espessos e muitas vezes não percebe que se trata de uma chamada 'neuropatia das pequenas fibras', ou seja, que os canais nervosos menores estão danificados."

Lesões na cabeça podem evoluir para transtornos de personalidade, com comprometimento da capacidade de concentração e de trabalho. Do ponto de vista neuropsicológico, quem sobrevive a um raio pode não ter mais o mesmo rendimento de antes.

O sobrevivente sofre lacunas de memória e tem dificuldade de fazer associações. "Certa vez tivemos uma paciente que dizia ter tido uma memória excelente. Ela conseguia se lembrar de tudo. Nunca precisava de um bloco de notas. Depois do evento, precisava ter sempre alguém do lado para lhe passar um papel onde estava escrito o que ela tinha que fazer ", conta o neurologista Schalke. "Ou o jovem formando, que após ser atingido por um raio e apesar da intensa reabilitação neurológica, não conseguiu completar seu treinamento profissional."

O raio não precisa necessariamente atingir em cheio para causar danos físicos. Uma espécie de "cambalhota elétrica" acontece até com mais frequência. Nesses casos, ele atinge um objeto próximo, que, em vez de encaminhar a corrente para o solo, a faz saltar para uma pessoa próxima, e só então a carga passa através dela para o chão. Isso é muito comum perto de árvores.

O QUE FAZER DURANTE TEMPESTADES?
Há diversas maneiras de se proteger de raios. A primeira regra, segundo Thomas Raphael, da VDE, é levar a tempestade a sério e não ficar do lado de fora: interromper todas as atividades ao ar livre, procurando abrigo numa casa, de preferência um prédio com sistema de proteção contra raios. Outra opção seria uma construção sem para-raios, mas se possível de pedra.

Um carro também oferece abrigo seguro durante tempestades por se tratar de uma gaiola de Faraday. "É uma cápsula de lata selada, que serve como condutor e assim também como blindagem elétrica", explica o especialista em proteção contra raios.

Um lugar perigoso é o chamado potencial de passo. "Um relâmpago quer, logicamente, ir para o chão. Mas ele não desaparece lá de uma só vez. Ele se espalha por uma grande área em profundidade e em largura", explica Raphael. "Se estou perto do ponto de impacto e dou um passo adiante, percebo então entre as minhas pernas que parte dessa corrente de raio flui sobre mim. Essa tensão é perigosa. O melhor é se encolher, agachando-se e puxando as pernas para perto do corpo."

ESTIMAR DISTÂNCIAS
"E por fim, se eu vir um raio, devo começar a contar até o soar do trovão. Divido então esse número por três, e assim terei aproximadamente a distância do impacto em quilômetros", explica Raphael.
Assim, se a contagem é de 30 segundos, a distância é de dez quilômetros. Se forem menos de dez segundos entre raios e trovões, há risco de vida, alerta o VDE. E mesmo que seja um pouco mais, não se deve se descuidar. "Quando o último raio ou trovão passar, espere mais 30 minutos antes de sair", aconselha Raphael. É um tempo que vale a pena esperar.

CONHECIMENTOS ESCASSOS E COMENTÁRIOS BOBOS
Os danos causados por raios em humanos ainda carecem de pesquisas, já que tais fenômenos ocorrem muito raramente. Sendo assim, fica difícil encontrar participantes suficientes para um estudo. "Temos cerca de cinco mortes por ano aqui na Alemanha", diz Raphael. "Temos cerca de 100 pessoas atingidas por um raio que foram para o hospital, e outras 100 que nem precisaram consultar um médico."

Há apenas alguns especialistas que pesquisam como um raio pode afetar os seres humanos. A maioria dos médicos sabe pouco ou nada sobre o fenômeno. Segundo Raphael, "o paciente pode até reclamar que algo está errado com ele, mas ninguém parece ser capaz de dizer qual é o problema exatamente". Fonte: Deutsche Welle-16/06/2018

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quarta-feira, outubro 25, 2017

A criança foi quase atingida por um raio durante tempestade

Um menino de 12 anos saiu na chuva com guarda‑chuva  para brincar no quintal  da casa em Posadas, na Argentina.
A irmã mais nova tem medo de raio, então ele queria mostrar que nada de ruim aconteceria na chuva disse  Carolina Kotur, a mãe. "Eu estava com minha filha no quarto acalmando-a, porque ela tem medo de  raio. Então a empregada   me diz que meu outro filho estava caminhando na chuva. 
Eu comecei a gravar porque estava fazendo uma coisa engraçada, e logo aí o raio atingiu. Graças a Deus, nada aconteceu com ele ".Fonte:  Infobae - 21 de octubre de 2017





Comentário: As condições ambientais estavam ideais para provocar a fatalidade; chuva, guarda‑chuva, gramado molhado, etc. O menino teve muita sorte.
Para evitar acidentes com relâmpagos as seguintes regras de proteção pessoal são recomendadas:
1. Se possível, não saia para a rua ou não permaneça na rua durante as tempestades, a não ser que seja absolutamente necessário. Nestes casos, procure abrigo nos seguintes lugares:
■ Carros não conversíveis, ônibus ou outros veículos metálicos não conversíveis;
■ Em moradias ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raios;
■ Em abrigos subterrâneos, tais como metrôs ou túneis, em grandes construções com estruturas metálicas, ou em barcos ou navios metálicos fechados.

2. Se estiver dentro de casa, evite:
■ Usar telefone com fio ou celular ligado a rede elétrica (utilize telefones sem fio);
■ Ficar próximo de tomadas e canos, janelas e portas metálicas;
■ Tocar em qualquer equipamento elétrico ligado a rede elétrica.

3. Se estiver na rua, evite:
■ Segurar objetos metálicos longos, tais como varas de pesca e tripés;
■ Empinar pipas e aeromodelos com fio;
■ Andar a cavalo;

4. Se possível, evite os seguintes lugares que possam oferecer pouca ou nenhuma proteção contra raios:
■ Pequenas construções não protegidas, tais como celeiros, tendas ou barracos;
■ Veículos sem capota, tais como tratores, motocicletas ou bicicletas;
■ Estacionar próximo a árvores ou linhas de energia elétrica.

5. Se possível, evite também certos locais que são extremamente perigosos durante uma tempestade, tais como:
■ Topos de morros ou cordilheiras;
■ Topos de prédios;
■ Áreas abertas, campos de futebol ou golfe;
■ Estacionamentos abertos e quadras de tênis;
■ Proximidade de cercas de arame, varais metálicos, linhas aéreas e trilhos;
■ Proximidade de árvores isoladas;
■ Estruturas altas, tais como torres, linhas telefônicas e linhas de energia elétrica.

6. Se você estiver em um local sem um abrigo próximo e sentir que seus pêlos estão arrepiados, ou que sua pele começou a coçar, fique atento, já que isto pode indicar a proximidade de um raio que está prestes a cair. Neste caso, ajoelhe-se e curve-se para frente, colocando suas mãos nos joelhos e sua cabeça entre eles. Não fique deitado.  Fonte: INPE/ELAT - Grupo de Eletricidade Atmosférica 

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quarta-feira, janeiro 25, 2017

Jovem é atingida por raio na praia em Itanhaém



























A turista Taline Campos, 25 anos, moradora de Guarulhos, caminhava pela Praia do Sonho, Itanhaém,  acompanhada de uma pessoa quando um relâmpago a atinge diretamente na cabeça. A pessoa ao lado de Taline não se feriu.
Uma tempestade se formou na praia momentos antes do raio atingir a jovem, mas várias pessoas preferiram não se abrigar e continuar no local, a menos de dez metros de onde Taline estava. Ninguém mais se feriu

SOCORRO
Um banhista que estava na areia da praia arrumando uma barraca ajudou a socorrer a jovem. "Fui o primeiro a chegar. Depois veio uma outra pessoa. Vimos que ela estava inconsciente, não estava respirando, então tentamos fazer uma massagem cardíaca nela. Em seguida juntou bastante gente e tinha uma viatura próxima. O socorro foi rápido. O dia estava bonito e a ventania veio muito rápido. O primeiro raio foi longe e o outro perto. Fizemos o que podíamos e agora espero que ela se recupere", disse o banhista Caio Marcelo.

RESGATE
Banhistas que estavam perto do local do acidente chamaram o Serviço Atendimento Móvel Urgência (Samu). A jovem foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Sabaúna, em estado gravíssimo.
O resgate da mulher foi feito em menos de 15 minutos, e ela precisou ser sedada e entubada. Na manhã de segunda-feira (2) ela foi transferida para um hospital de referência na Grande São Paulo. A  jovem foi atingida em cheio na cabeça e ficou com queimaduras no rosto e nos seios.  
A jovem segue internada em estado grave no Hospital Pimentas Bonsucesso, em Guarulhos. De acordo com informações divulgadas pelo hospital na terça-feira (3), a jovem continua em estado crítico, mas estável e deve receber visitas médicas de rotina ao longo do dia.

REGIÃO COM MAIS RAIOS
De acordo com o climatologista Rodolfo Bonafim, diretor científico da ONG Amigos da Água, a região da Baixada Santista é campeã em incidências de raios durante o verão. "As pessoas estão sendo imprudentes. Os turistas, por falta de conhecimento, acham que nada vai acontecer com eles. As pessoas precisam ficar espertas. A dica é olhar na direção do continente e observar as nuvens mais escuras. Isso pode evitar acidentes", afirma.
Segundo Bonafim, a tempestade deste domingo pegou muita gente de surpresa, já que as nuvens carregadas chegaram repentinamente acompanhadas por uma forte ventania. "Tudo aconteceu muito rápido. Os bombeiros pedem para as pessoas saírem e muita gente ignora. O que aconteceu foi uma descarga pontual. O raio cair em uma pessoa é raro. Normalmente, as mortes acontecem quando o raio cai na areia ou no mar e as pessoas recebem o choque", diz.
O climatologista explica ainda que, provavelmente, a banhista foi atingida por estar em contato com a água salgada. "A água salgada é um condutor de eletricidade. O ponto mais alto entre a areia e a nuvem é a pessoa. Ela acabou virando uma espécie de para-raio. O relâmpago atingir a pessoa pela cabeça pode acontecer, mas é uma situação extremamente rara", completa. Fonte: Do G1 Santos-02/01/2017 e G1 Santos-03/01/2017

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segunda-feira, julho 18, 2016

Lembrança: Raio atinge tanque de álcool em Pontal (SP)

Um tanque com mais de 450 mil litros de álcool anidro da Usina Carolo, de Pontal, na região de Ribeirão Preto, explodiu. A explosão foi causada por um raio, que atingiu o tanque por volta das 9h30, 02 de outubro de 2001. Cerca de 200 pessoas estavam no local na hora do acidente.
À noite, o fogo ainda não tinha sido controlado, apesar de ter chovido durante todo o dia. Havia o risco de ocorrer nova explosão.

CORPO DE BOMBEIROS
Bombeiros de Sertãozinho e Ribeirão Preto e caminhões-pipa das usinas da região auxiliaram no combate às chamas e no resfriamento de outros dois tanques. O Plano de Auxílio Mútuo a Emergências também foi acionado, convocando brigadas de incêndio de outras empresas da região. Cerca de cem homens, entre bombeiros e funcionários da empresa e de outras usinas, tentavam apagar as chamas e resfriar outros tanques. A preocupação era evitar que o fogo atingisse outros reservatórios de álcool, principalmente os de armazenamento, que possuem capacidade para 45 milhões de litros e que ficam a menos de cem metros do local da explosão.

FALTA DE ESPUMA ESPECIAL
Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo só seria contido com o uso de espuma especial, apropriada para chamas em produtos químicos. "Precisamos de 2.000 litros de extrato de espuma. Temos, até agora, 1.300, e estamos consultando outras usinas para conseguir o restante."

VÍTIMAS
Morreram, segundo a assessoria da usina, o funcionário AR, 26, e CC, 23, técnico da empresa SGS do Brasil Ltda., de São Paulo.
CC  fazia a medição de um tanque quando sua vareta foi atingida pelo raio. Os dois corpos foram arremessados a uma distância de dez metros. Eles foram socorridos, mas chegaram sem vida ao hospital. O funcionário ACN, 35, quebrou uma perna, mas não corre perigo.

PÁRA-RAIOS
A usina informou que os pára-raios no local não foram suficientes para evitar a tragédia.
Segundo o Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), as mortes poderiam ter sido evitadas com a consulta a um site, que indicava grande incidência de raios na região.

DURAÇÃO DO INCÊNDIO
Terminou às 7 horas (03.10) o incêndio no tanque de passagem que continha 450 mil litros de álcool anidro, da Usina Carolo, de Pontal. As chamas duraram por 21 horas, enquanto o álcool era consumido.  Fonte: @ZR, Folha de São Paulo e Estado de São Paulo, no período de 02 a 04 de outubro de 2001.

Comentário:
Por trabalhar a céu aberto, o trabalhador de usina está mais sujeito aos raios do que os moradores das cidades que, por ocasião das tempestades, podem abrigar-se.
Nesse caso a usina poderia utilizar informações meteorológicas de entidades especializadas em climatologia ou meteorologia para verificar o comportamento do clima (chuva, tempestade, ect) na região e assim as mortes poderiam ser evitadas ou consultar um site especializado em climatologia sobre informações do tempo na região.
A incidência de descargas atmosféricas no país (o Brasil é o país com maior incidência no mundo: cerca de 100 milhões de raios por ano) mata centenas de pessoas por ano.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE (que estuda os raios através Grupo de Eletricidade Atmosférica - ELAT), o fenômeno causa prejuízos de US$ 200 milhões ao Brasil. Os raios afetam linhas de transmissão de energia, telefonia, indústrias; causa incêndios florestais e mata pessoas e animais.

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sexta-feira, fevereiro 12, 2016

Queda de raio

Raio atinge cachoeira e deixa dezenas de feridos em Minas Gerais

Uma descarga elétrica atingiu o balneário da Cachoeira da Água Limpa, em Santana do Garambéu, na estrada de acesso a Andrelândia, no final da tarde de domingo, 7 de fevereiro.

ATENDIMENTO MÉDICO
Duas pessoas ficaram em observação no posto de saúde de Santana do Garambéu. Na mesma unidade foram atendidas e liberadas outras 30 vítimas, que relataram dores e mal-estar após a descarga elétrica.

VITIMAS
Segundo o Corpo de Bombeiros de Barbacena, que atenderam a ocorrência, cerca de 80 pessoas estavam no local quando começou a chover. Quatro foram levadas para atendimento médico em Barbacena.
Os Bombeiros disseram que cerca de 40 pessoas estavam dentro da água e que a descarga elétrica percorreu de cinco a oito metros de distância da cachoeira. Ninguém morreu.

HOSPITALIZAÇÃO
Um jovem de 23 anos, outro de 25 e uma de 20 foram levados para Barbacena para melhor atendimento. Uma jovem de 28 anos também foi para a cidade do Campo das Vertentes em estado grave.
Segundo o Corpo de Bombeiros, as vítimas estão no Hospital Regional de Barbacena e passa por exames médicos.  O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também esteve no local.  Fonte: @ZR, G1 Zona da Mata-07/02/2016, Folha de São Paulo - 08/02/2016   
  
Raio cai na praia e parte de descarga elétrica atinge criança

A criança foi atingida pela descarga elétrica de um raio em Mongaguá, no litoral de São Paulo, na tarde de  sábado, 19 dezembro.
O  menino de 10 anos estava acompanhado da mãe e da irmã, na praia do Centro, quando um raio caiu próximo à família. A força da descarga elétrica atingiu os três, e o garoto sofreu uma parada cardiorrespiratória.

ATENDIMENTO
De acordo com o tenente do Corpo de Bombeiros o resgate chegou rapidamente ao local do onde a família se encontrava.
"Quando houve a queda do raio, os três caíram. Rapidamente, um de nossos salva-vidas foi prestar os primeiros socorros e tentou reanimar o garoto", explica o tenente.
Após o acidente, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e realizou o resgate da criança. Ela foi encaminhada ao Pronto Socorro Central de Mongaguá e, em seguida, levada para o Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande.
A família mora na cidade de São Vicente e passava o dia na praia.

HOSPITALIZAÇÃO
A criança foi transferida para o hospital Nove de Julho, em São Paulo, na madrugada de domingo em estado grave.

FALECIMENTO
A criança morreu no sábado, 16 de Janeiro de 2016. Teve morte cerebral.

Fonte: @ZR, G1 Santos-20/12/2015, G1 Santos-17/01/2016 

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quinta-feira, fevereiro 11, 2016

Saiba como o raio mata

Desde as mais remotas eras o raio sempre excitou a curiosidade e o medo do homem, por ser altamente dramático e assustador. A literatura e as lendas mais antigas estão cheias de referências a seus efeitos devastadores.
Podemos temê-lo ainda e encará-lo sempre com respeito, mas sua maneira súbita de matar e danificar já foram esclarecidos pela Ciência.

O clarão de um raio compreende uma ou mais descargas elétricas e raramente dura mais de um segundo. Essa descarga começa geralmente na região negativamente carregada de uma nuvem, de onde uma "descarga condutora" parece continuar para o solo em passos destacados. O campo eletrostático que se desenvolve abaixo da condutora aumenta rapidamente em força e assim, quando a extremidade da condutora tiver alcançado a altura de algumas dezenas de metros acima do nível do solo, pode iniciar-se uma curta centelha para cima, partindo de um condutor vertical. Este pode ser uma árvore isolada, o campanário de uma igreja, um prédio alto, o mastro de um barco ou talvez, uma pessoa de pé num campo aberto, debaixo de um guarda-chuva ou com um taco de golfe erguido para o alto. Quando a descarga condutora entra em contato com o
Solo ou com a curta centelha ascendente, desenvolve-se uma "descarga de retorno" que podemos imaginar como uma corrente positiva fluindo para cima. Esta pode alcançar dezenas de milhares ou mesmo uma ou duas centenas de milhares de ampères.

Não temos meios para medir precisamente o potencial elétrico envolvido na queda de um raio, mas acredita-se ser perto de 107 a 108 volts. Seja qual for à verdadeira voltagem, o raio, atingindo uma pessoa, pode imediatamente perfurar-lhe a pele. Sabe-se mais sobre as características da corrente do raio, pelo menos no ponto da perfuração. Isso é uma sorte, porque as reações fisiológicas dependem antes da corrente do que da voltagem aplicada. As formas de onda, características da corrente do raio, não têm direção, com uma frente erguendo-se rapidamente e uma cauda mais lenta, durando geralmente várias dezenas de microssegundos.

Nas regiões montanhosas, as condições podem ser diferentes. A parte inferior de uma nuvem de trovoada pode estar apenas a uma curta distância acima de objetos condutores, seres humanos, por exemplo, dos quais sobem como descarga de ponto, correntes de vários rnicro-ampères que podem ser sentidas como um leve formigamento fazendo talvez eriçar os cabelos. A noite, podem surgir como flâmulas luminosas. No passado, essas flâmulas surgindo na ponta dos mastros de um barco, nas tormentas, eram conhecidas como fogo de São Elmo, o patrono dos marinheiros do Mediterrâneo. Essas descargas de ponto podem se desenvolver num curso ascendente que pode durar vários décimos de segundo e envolver uma corrente de algumas centenas de ampères.

QUATRO TIPOS
Levando em consideração os  acidentes, as quedas de um raio podem ser agrupadas em quatro tipos. Quando uma pessoa ou alguma coisa que ela está segurando é atingida, é um ataque direto. A corrente do raio entra pela cabeça ou pela parte superior do tronco passando através do corpo para o chão através dos pés. Se várias pessoas estão de pé muito juntas, mais de uma pode ser atingida. Segundo cálculos feitos, a corrente sobe rapidamente até um pico de 1.000 A (ampères), caindo imediatamente e, cerca de 10 microssegundos do começo, alcança 4 A, conservando-se esse valor pela duração da descarga. A ocorrência de uma centelha externa amplamente evidenciada é confirmada nos relatos do acidente. Se ela ocorre fora do corpo ou através ou na parte externa da roupa, o cabelo e a barba podem ficar chamuscados. Pode haver marcas de queimaduras na sola dos pés e também nas roupas, e estas podem incendiar-se. Metais sobre o corpo  podem fundir provocando queimaduras. Se a centelha passa entre  a roupa e o corpo, a corrente fluindo sobre a superfície da pele pode converter o suor e a umidade da pele em vapor e, em conseqüência, a pressão resultante pode arrancar fora a roupa e as botas.

O segundo tipo de queda de raio é a centena lateral. E mais claramente compreendida considerando-se o que acontece quando alguém está abrigado sob uma árvore e esta é atingida por  um raio. Estando em  pé no chão, a pessoa está inicialmente no potencial terra. Contudo, como a corrente do raio descarregada sobre o tronco pela arvore abaixo aumenta, a voltagem cai para a parte inferior do tronco que pode ter uma resistência de alguns quiloohms, podendo se tornar maior do que a força elétrica de ruptura do espaço de ar entre a pessoa e o tronco. Uma centelha lateral ocorre então através da vítima.

Há mais de um caso de pessoas que foram atingidas quando passavam de bicicleta por uma árvore. Uma das vítimas, que ficou inconsciente por 15 minutos e não precisou ser reanimada, lembrou-se depois, de ter sentido um “sopro” e de ter visto um “fofo” vindo para ela da arvore, e que o guidom da bicicleta “ficou elétrico”. Ela não sofreu queimaduras.





1. Centelha lateral do tronco de uma árvore provocada por um raio. Primeiro, a corrente flui através do tronco. A resistência elétrica do tronco, entre o solo e a cabeça de uma pessoa de pé, perto do tronco, pode ser de alguns quilo‑ohms. A formação da corrente através dela, pode descer pela parte inferior do tronco, para exceder a força de ruptura elétrica do ar entre o tronco e a vitima. Nessa etapa ocorre uma centelha lateral.









2. Centelha lateral de uma cobertura ondulada de ferro, isolada do chão por uma estrutura de madeira seca. Quando um raio cai nas proximidades, o efeito das capacitâncias elétricas representado por C1 e C2, é fazer elevar a cobertura a um potencial V2, em relação à terra, igual a V1C1 (C1-C2). A diferença de potencial entre a cobertura e a cabeça do ocupante do abrigo, pode se tornar suficientemente alta para provocar uma centelha sem que o abrigo seja atingido






3. Tipo comum de corrente (a) num solo uniformemente constituído,  originada por um raio caindo em campo aberto. A curva da distribuição do potencial (b) mostra como uma voltagem "escalonada" se desenvolve  entre as pernas de um homem ou de um animal de pé nas vizinhanças.







Há uma boa quantidade de registros de acidentes de morte ou injúria ocorridos com pessoas que se abrigaram numa barraca, e a descrição das circunstâncias sugere fortemente centelhas laterais da armação metálica da barraca, ou talvez da lona úmida.

Um dos acidentes mais dramáticos e sérios envolvendo centelhas laterais, ocorreu nos rios Alpes Japoneses em 1967. Um grupo de 41 crianças escolares, com cinco professores, foram surpreendidos por um temporal quando, ligados por uma corda, subiam ao longo de uma encosta íngreme logo abaixo do pico de uma montanha, 1.660 metros acima do nível do mar. Um raio matou instantaneamente 11 meninos e a maioria dos restantes ficaram por um certo tempo paralisados, cegos ou queimados.

O terceiro tipo de queda de raio é a voltagem escalonada. Se o raio cai em chão aberto, seja diretamente ou através de um objeto alto, como uma árvore ou um poste, a corrente é descarregada na massa da terra. Num solo acidentado, a distribuição da corrente produz diferentes voltagens de acordo com a distância do local da queda. Uma pessoa ou um animal andando ao longo de um raio do ponto da queda, sofrerá uma diferença de potencial entre as pernas.

Os quadrúpedes têm mais probabilidades de morrer disso, do que os humanos, porque a corrente, fluindo entre as pernas dianteiras e traseiras, atravessa o coração, enquanto que no homem, a passagem é de uma perna para outra e o coração escapa. Na Franca, quando uma igreja foi atingida por um raio durante um serviço religioso, todas as pessoas que estavam de pé nas lajes úmidas da nave, caíram e durante vários minutos não puderam se levantar, como se os seus membros inferiores tivessem ficado paralisados. Mas as que estavam nas poltronas de madeira foram poupadas, evidentemente porque estavam isoladas do solo.

O quarto tipo de queda é o da voltagem de contacto, chamado também às vezes, de potencial de toque. Pode ser considerado como um caso particular de centelha lateral, no qual a vítima, no momento em que o raio cai, faz realmente contacto, Um caso histórico ocorrido na Rússia há dez anos, é um exemplo claro desse acidente.

Durante uma tempestade, duas mulheres abrigaram-se sob um alto abeto que foi atingido por um raio. Uma delas, que morreu, estava de pé encostada ao tronco da árvore. Sua roupa não sofreu danos, mas na sua cabeça, atrás, no lado direito, o cabelo ficou chamuscado e de cor cinza, numa área de 4 por 4 centímetros. No centro dessa área, a pele apresentava uma espécie de pequena abrasão. No tronco da árvore, havia uma faixa longitudinal na casca, variando de 4 a 6 centímetros de largura, começando próximo ao alto da árvore e terminando cerca de 1,58 cm. do solo, isto é, ao nível da altura da vítima.
A outra mulher, que apoiava-se na árvore com a mão direita, perdeu a consciência durante 10 ou 15 minutos e ficou incapaz de mexer com as pernas por duas ou três horas. Sofreu algumas queimaduras na parte inferior dos pés, foi hospitalizada por dois dias e depois de dez dias pôde voltar ao trabalho.

Um curioso estudo teórico chegou à conclusão de que qualquer contacto com um condutor de raio, quando este cai, não seria um risco de morte porque a corrente descarregada através do corpo seria fraca demais. Mas isso não é um convite para testar a hipótese numa experiência pessoal.
Como a eletricidade do raio produz a morte? Tudo o que sabemos veio de três fontes principais. Em primeiro lugar, desde o final do século passado tem havido um constante aumento de nossos conhecimentos sobre como as correntes contínuas e alternadas nas principais freqüências, provocam a morte. Esses conhecimentos baseiam-se em grande parte em experiências com animais.
Em segundo lugar, foram feitos alguns estudos dos efeitos das correntes de impulso sobre animais. E por último vem os relatos de acidentes, variando em qualidade, da anedota até a investigação, os quais foram documentados cuidadosamente e de maneira completa do ponto de vista elétrico e médico. Contudo, as deduções são prejudicadas por duas falhas principais: uma delas, obviamente, é a ausência de quaisquer dados elétricos quantitativos; outra, é com frequência, a dificuldade em descobrir, depois de um acidente elétrico, do que exatamente a pessoa morreu.

PASSAGEM
Considera-se que o raio produz efeitos diretos por uma das três maneiras: pela sua ação sobre o coração e a respiração, e pelo calor. Há também os efeitos indiretos, como, por exemplo, traumatismo por quedas, mas não são peculiares do raio. Quando as correntes são maiores do que alguns rniliampères, o corpo comporta-se como um colóide sem estrutura, ou, devido à mecânica elétrica, como um condutor de volume. Não há uma passagem "preferida" ao longo da qual a corrente flui.

Acredita-se que na maioria dos acidentes de queda direta de raio, e em muitos de centelha lateral e de voltagem de contacto, a resistência do corpo ao longo da passagem tomada pela corrente seja de aproximadamente de 500 a 1.000 Ohms, possivelmente baixando depois que a pele foi perfurada. Geralmente, os efeitos são produzidos pela ação direta sobre os órgãos envolvidos; é pois importante traçar a passagem da corrente através do corpo.

O cuidadoso exame das marcas de queimaduras., geralmente dá a informações  sobre os pontos de entrada e de saída. Às vezes, estes podem ser surpreendentemente pequenos. O curso de retorno do raio tem um núcleo central de diâmetro de um centímetro pouco mais ou menos, o qual pode alcançar cerca de 30.000 graus K (Kelvin), mas apenas nas primeiras dezenas de microsssegundos.

Isso pode salvar uma pessoa de extensas queimaduras, embora pequenos objetos metálicos que ela esteja usando, possam fundir. Como a maior resistência à corrente é a da pele, o calor tende a se desenvolver nela, provocando muitas vezes, queimaduras relativamente pequenas na pele.

Mas se a corrente do raio tem uma "cauda" longa, pode ter um valor de várias centenas de ampères nesse período. Esses raios, chamados "quentes", podem provocar queimaduras mais severas no corpo e no vestuário. Com freqüência, o exame das vítimas revela marcas em forma de árvore ou arborescentes que não são verdadeiras queimaduras. Desaparecem depois de algumas horas.

A corrente do raio provoca a morte, seja afetando o coração ou o mecanismo nervoso que controla a respiração. O coração tem duas câmaras principais de bombeamento - uma para bombear o sangue pelo corpo, outra para bombeá-lo através dos pulmões. As delgadas paredes desses ventrículos são constituídas quase que exclusivamente de músculo, e a contração simultânea de todas as fibras musculares fornece a necessária pressão de bombeamento. Uma corrente elétrica passando através do coração, pode perturbar a ação conjunta das fibras, fazendo-as se contrair separadamente, falhando em estabelecer a suficiente pressão. Os ventrículos, observados nessas condições, em lugar de mostrar contrações regulares vigorosas, ficam flácidos com contrações irregulares (fibrilação) de fibras individuais.

RELACIONAMENTOS
Quase que todas as investigações para estabelecer os relacionamentos entre algum fator ou fatores elétricos e talvez o tempo, têm sido realizadas usando a corrente alternada nas principais frequências . A mais curta duração estudada em tais investigações, é de cerca de oito milissegundos, correspondendo a uma metade de onda em 60 Hz. Esta aproxima-se da duração de uma corrente de raio de cauda longa.

Foram sugeridos vários relacionamentos. Todos aceitam que a corrente ou um derivativo seja importante. Um dos relacionamentos mais largamente divulgado, sugere que, dentro de certos limites de tempo, o começo da fibrilação ventricular depende da energia. Outra sugestão é a de que depende da carga. Uma teoria propõe que o começo é uma função simplesmente da corrente, mas que na realidade, há dois começos, um, quando a corrente dura menos de um ciclo do coração, e outro, muito mais baixo, quando dura mais (cerca de 400 a 1.000 milissegundos) .

As correntes do raio não duram mais do que um ciclo do coração. Entretanto, uma corrente elétrica só pode provocar fibrilação se cair num determinado momento do ciclo, a onda "T", que ocupa cerca de 20 a 25 por cento do ciclo completo. Desde que se estabelece a fibrilacão, a circulação do sangue cessa e a morte sobrevém. Por último, foi confirmado recentemente que, na maioria das vítimas do raio, o coração simplesmente pára completamente (assístole ventricular). Os primeiros socorros para ambos são iguais.

SISTEMA NERVOSO
O centro do controle da respiração pelo sistema nervoso, fica na zona mais inferior do cérebro. Há fortes evidências de que a corrente tem que atravessá-la para suspender a respiração. De fato, o chamado tratamento pelo choque elétrico, para certos distúrbios mentais, é muito raramente usado, porque a respiração pode ficar interrompida depois que a corrente deixar de fluir. Há numerosos casos minuciosamente relatados, nos quais a alta voltagem ou correntes de raio passando através do centro respiratório provocaram a parada respiratória. Algumas das vítimas reagiram prontamente à respiração artificial. A passagem de uma corrente através da cabeça e do tronco parece ser mais comum nos acidentes com raios do que nos com choques elétricos.

Usando nossos conhecimentos sobre como a morte é provocada pelo raio, podemos tentar estabelecer uma base prática para os primeiros socorros. Estabelecido em termos mais simples, a respiração ou a circulação da vítima, ou ambas, podem ter parado. Provavelmente, nenhum procedimento de primeiro socorro poderá restabelecer uma ou outra, embora, felizmente, muitas vezes a respiração recomece espontaneamente depois de um intervalo variando de uns poucos segundos a várias horas. Obviamente, excetuando os casos de parada muito curta, é necessário providenciar a respiração artificial pelos primeiros socorros e depois, possivelmente no hospital, até a respiração ser recuperada.
O tratamento de emergência para a circulação interrompida é, segundo a maioria das autoridades, perigoso e deve ser aplicado com delicadeza. Seria prudente aprender com as organizações nacionais de primeiros socorros, como essas condições podem ser diagnosticadas e tratadas.

Precauções simples poderiam reduzir um pouco os acidentes de raio. Uma pessoa de pé atua como um condutor de para-raios, e assim, atrai o raio de uma distância que, como uma primeira aproximação, é proporcional ao quadrado do seu peso acima do solo. É, pois, muito mais seguro ficar agachado do que ficar de pé ou, o que é pior ainda, ficar de pé num veículo ou estrutura. Além de aumentar o peso real, é uma loucura levantar sobre a cabeça um guarda-chuva ou taco de golfe. É melhor deixar-se molhar do que morrer. O risco das centelhas laterais podem ser minimizado conservando‑se as pessoas, num grupo, separadas umas das outras por alguns metros. Nunca permanecer de pé,  perto do tronco de uma árvore isolada e permanecer longe de grandes objetos metálicos, tanto dentro como fora de casa.As barracas podem ser facilmente protegidas, mas é uma sábia precaução conservar-se a maior distância da armação metálica da barraca ou da lona úmida. Fonte: @ZR, W. R. Lee –  U.S. International Electrical and Electronic Engineers (IEEE)

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segunda-feira, novembro 10, 2014

Raio mata três pessoas durante temporal em SP

Um raio matou três pessoas na tarde de sexta-feira (7), na região do estádio da Portuguesa, na zona Norte de São Paulo, durante a forte chuva que caiu sobre a capital.

REGIÃO  ARBORIZADA
As vítimas estavam em uma região arborizada quando foram atingidas pela descarga elétrica. Os bombeiros ficaram vários minutos tentando reanimar as pessoas  atingidas pela descarga do raio.  Encaminhadas a hospitais da região após o atendimento, elas não resistiram ao choque.

QUEDA DE RAIO NO BRASIL
Por ano, cerca de 600 pessoas por ano são atingidas por raios no Brasil, país com maior incidência do fenômeno. No total, cerca de 100 delas não resistem às descargas e morrem.

RECOMENDAÇÃO
O capitão Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros, recomenda que, em caso de tempestade, as pessoas evitem ficar perto de árvores, locais descampados, coberturas de prédio e outros pontos elevados. O mais seguro é se abrigar em uma construção ou dentro de um carro até a chuva terminar. Fonte: Band.UOL - 7 de novembro de 2014

Artigos publicados
Operário morre e dois ficam feridos após queda de raio
Raio mata gado
Raio mata 21 vacas no Rio Grande do Sul
Lesões do raio no corpo humano

Comentário: Para evitar acidentes com relâmpagos as seguintes regras de proteção pessoal, listadas abaixo, devem ser seguidas:
1. Se possível, não saia para a rua ou não permaneça na rua durante as tempestades, a não ser que seja absolutamente necessário. Nestes casos, procure abrigo nos seguintes lugares:
Carros não conversíveis, ônibus ou outros veículos metálicos não conversíveis;
Em moradias ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raios;
Em abrigos subterrâneos, tais como metrôs ou túneis, em grandes construções com estruturas metálicas, ou em barcos ou navios metálicos fechados.

2. Se estiver dentro de casa, evite:
Usar telefone com fio ou celular ligado a rede elétrica (utilize telefones sem fio);
Ficar próximo de tomadas e canos, janelas e portas metálicas;
Tocar em qualquer equipamento elétrico ligado a rede elétrica.

3. Se estiver na rua, evite:
Segurar objetos metálicos longos, tais como varas de pesca e tripés;
Empinar pipas e aeromodelos com fio;
Andar a cavalo;

4. Se possível, evite os seguintes lugares que possam oferecer pouca ou nenhuma proteção contra raios:
Pequenas construções não protegidas, tais como celeiros, tendas ou barracos;
Veículos sem capota, tais como tratores, motocicletas ou bicicletas;
Estacionar próximo a árvores ou linhas de energia elétrica.

5. Se possível, evite também certos locais que são extremamente perigosos durante uma tempestade, tais como:
Topos de morros ou cordilheiras;
Topos de prédios;
Áreas abertas, campos de futebol ou golfe;
Estacionamentos abertos e quadras de tênis;
Proximidade de cercas de arame, varais metálicos, linhas aéreas e trilhos;
Proximidade de árvores isoladas;
Estruturas altas, tais como torres, linhas telefônicas e linhas de energia elétrica.

6. Se você estiver em um local sem um abrigo próximo e sentir que seus pêlos estão arrepiados, ou que sua pele começou a coçar, fique atento, já que isto pode indicar a proximidade de um raio que está prestes a cair. Neste caso, ajoelhe-se e curve-se para frente, colocando suas mãos nos joelhos e sua cabeça entre eles. Não fique deitado.  Fonte: INPE/ELAT - Grupo de Eletricidade Atmosférica

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quarta-feira, agosto 07, 2013

Raio atinge adolescente na Praia da Enseada

Guarujá, na Baixada Santista, é a cidade do litoral de São Paulo mais atingida por raios.
O adolescente de 13 anos, turista, da cidade de Guaxupé, Minas Gerais passeava pela praia da Enseada, sexta-feira, 6 de janeiro de 2012, quando um raio atingiu-o.
O adolescente que morreu estava com o pai caminhando  na beira d’água quando caiu o raio. A família é de Minas Gerais e havia acabado de chegar ao Guarujá.
O corpo do adolescente foi enterrado na cidade de Guaxupé, de Minas Gerais.


VÁRIOS FERIDOS
Imagens registradas na Praia da Enseada mostram o momento em que o turista foi socorrido por salva-vidas após ser atingido pelo raio. Pelo menos outras sete pessoas ficaram feridas devido ao choque.
A gravação mostra a mulher da vítima desesperada durante o atendimento. Os salva-vidas fazem massagem cardíaca para tentar reanimar o banhista. Logo depois, o homem, ainda inconsciente, foi levado para um posto dos bombeiros. Minutos depois, um outro raio atingiu uma mulher que estava saindo da água.
A turista MCL estava sentada em uma cadeira de praia quando o raio caiu. “O barulho foi terrível, parecia que estava caindo do lado da gente mesmo. Meu irmã tomou um choque na cabeça, derrubou o que estava comendo, nisso em já tomei [um choque] na bochecha, ficou meio amortecido também”. Ela viu pai e filho caídos na areia.
Outros turistas também atendidos pela descarga elétrica, mas não precisaram de atendimento médico.  

INCIDÊNCIA  DE RAIOS NA BAIXADA SANTISTA
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), quatro cidades da Baixada Santista estão entre as 50 do país com maior incidência de raios. Guarujá lidera este ranking regional e ocupa a 24º posição no Brasil.
Em apenas três horas na sexta na Baixada Santista quase 1.500 raios atingiram oito cidades da região. E acidentes são muito mais comuns do que se imagina. Mais de 1.400 pessoas em todo Brasil já morreram vítimas de raios. Fonte: G1 SP-07/01/2012

Comentário:
No Brasil caem, por ano, cerca de 50 milhões de raios. Desse total, aproximadamente 80% ocorrem entre outubro e março.
 "Noventa por cento das mortes ocorridas no país se deram em circunstâncias que poderiam ter sido evitadas se as pessoas tivessem mais informações e se seguissem as recomendações de proteção", afirma o coordenador do Elat, Osmar Pinto Junior.

RAIOS:
Raios são fenômenos atmosféricos caracterizados pela formação de correntes elétricas com milhões de volts de potencial e que atingem a superfície causando prejuízos materiais e mesmo mortes. Normalmente, a temporada de temporais tem inicio em Setembro e vai até Março.
1. Aos primeiros sinais de um temporal, planeje o que fazer no caso de ocorrência das descargas elétricas nas proximidades.
2. Você pode estimar a distância de incidência dos raios usando o método chamado "flash-to-bang" ou "relâmpago-trovão". Contando os segundos entre o "clarão" do raio e o trovão que você ouve e multiplicando por 300 tem-se a distância em metros do local onde ocorreu a descarga. Assim, se você vir o clarão e contar até oito, por exemplo, significa que o raio "caiu" a 2.400 metros do local onde você se encontra. Para contar os segundos você pode usar a seqüência ”mil e um, mil e dois, mil e três etc...”
3. A possibilidade de você ser atingido por um raio em um temporal inicia-se meia hora antes e continua até cerca de meia hora após a atividade máxima. Mantenha-se protegido durante esse tempo.
4. O raio nunca avisa aonde vai "cair". A melhor proteção é se prevenir com antecedência. Se você vir o primeiro clarão, contar cerca de 30 segundos e depois outro clarão e contar menos que 30 segundos entre eles, já é hora de se prevenir, procurando abrigo nas proximidades. Isso porque, normalmente, um raio pode "escapar" do centro de atividade da nuvem e atingir áreas a longas distâncias.
5. Durante os temporais evite aglomeração de pessoas mantendo pelo menos uma distância de 5 metros uma da outra.
6. Se você estiver em locais abertos como campo de futebol, piscina etc, aos primeiros sinais de um temporal abandone imediatamente o local, procurando abrigo em prédios.
7. Nunca seja o ponto mais alto da redondeza. O raio procura sempre os pontos que se sobressaem da superfície como atrativo à descarga. Caso você esteja em um local descampado, abaixe-se com os joelhos dobrados e as mãos na nuca procurando tampar os ouvidos.
8.Nunca procure abrigo sob árvores,  isoladas ou prédios rústicos como aqueles de proteção para animais, existentes em pastagens.
9.Externamente, nunca fique perto de cercas metálicas, rios, lagos, veículos ou superfícies que conduzam eletricidade.
10. Se você estiver no alto de um morro, desça para o ponto mais baixo do terreno. Um capão de árvores nas baixadas é uma boa proteção.
11. Prédios de concreto com fiação elétrica, canalizações de água ou de outro tipo constituem-se em excelente proteção contra as descargas.
12. Se você estiver dentro de casa ou de qualquer prédio, retire os "plugs" dos aparelhos elétricos das tomadas, não use telefone ou outros equipamentos elétricos. Fique longe de tomadas de força ou de superfícies metálicas.
13. Se você estiver em uma estrada ou na rua, a melhor proteção existente é dentro do veículo com os vidros fechados. Não são os pneus que promovem a proteção, mas sim um fenômeno da física chamado Gaiola de Faraday.

14. Você pode ser atingido não somente pelo raio diretamente como também por "faíscas" refletidas por objetos da proximidade. Fonte: CEPAGRI - Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura – SP

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