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segunda-feira, julho 18, 2016

Lembrança: Raio atinge tanque de álcool em Pontal (SP)

Um tanque com mais de 450 mil litros de álcool anidro da Usina Carolo, de Pontal, na região de Ribeirão Preto, explodiu. A explosão foi causada por um raio, que atingiu o tanque por volta das 9h30, 02 de outubro de 2001. Cerca de 200 pessoas estavam no local na hora do acidente.
À noite, o fogo ainda não tinha sido controlado, apesar de ter chovido durante todo o dia. Havia o risco de ocorrer nova explosão.

CORPO DE BOMBEIROS
Bombeiros de Sertãozinho e Ribeirão Preto e caminhões-pipa das usinas da região auxiliaram no combate às chamas e no resfriamento de outros dois tanques. O Plano de Auxílio Mútuo a Emergências também foi acionado, convocando brigadas de incêndio de outras empresas da região. Cerca de cem homens, entre bombeiros e funcionários da empresa e de outras usinas, tentavam apagar as chamas e resfriar outros tanques. A preocupação era evitar que o fogo atingisse outros reservatórios de álcool, principalmente os de armazenamento, que possuem capacidade para 45 milhões de litros e que ficam a menos de cem metros do local da explosão.

FALTA DE ESPUMA ESPECIAL
Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo só seria contido com o uso de espuma especial, apropriada para chamas em produtos químicos. "Precisamos de 2.000 litros de extrato de espuma. Temos, até agora, 1.300, e estamos consultando outras usinas para conseguir o restante."

VÍTIMAS
Morreram, segundo a assessoria da usina, o funcionário AR, 26, e CC, 23, técnico da empresa SGS do Brasil Ltda., de São Paulo.
CC  fazia a medição de um tanque quando sua vareta foi atingida pelo raio. Os dois corpos foram arremessados a uma distância de dez metros. Eles foram socorridos, mas chegaram sem vida ao hospital. O funcionário ACN, 35, quebrou uma perna, mas não corre perigo.

PÁRA-RAIOS
A usina informou que os pára-raios no local não foram suficientes para evitar a tragédia.
Segundo o Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), as mortes poderiam ter sido evitadas com a consulta a um site, que indicava grande incidência de raios na região.

DURAÇÃO DO INCÊNDIO
Terminou às 7 horas (03.10) o incêndio no tanque de passagem que continha 450 mil litros de álcool anidro, da Usina Carolo, de Pontal. As chamas duraram por 21 horas, enquanto o álcool era consumido.  Fonte: @ZR, Folha de São Paulo e Estado de São Paulo, no período de 02 a 04 de outubro de 2001.

Comentário:
Por trabalhar a céu aberto, o trabalhador de usina está mais sujeito aos raios do que os moradores das cidades que, por ocasião das tempestades, podem abrigar-se.
Nesse caso a usina poderia utilizar informações meteorológicas de entidades especializadas em climatologia ou meteorologia para verificar o comportamento do clima (chuva, tempestade, ect) na região e assim as mortes poderiam ser evitadas ou consultar um site especializado em climatologia sobre informações do tempo na região.
A incidência de descargas atmosféricas no país (o Brasil é o país com maior incidência no mundo: cerca de 100 milhões de raios por ano) mata centenas de pessoas por ano.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE (que estuda os raios através Grupo de Eletricidade Atmosférica - ELAT), o fenômeno causa prejuízos de US$ 200 milhões ao Brasil. Os raios afetam linhas de transmissão de energia, telefonia, indústrias; causa incêndios florestais e mata pessoas e animais.

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posted by ACCA@7:00 AM