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sexta-feira, março 23, 2018

Usos da água

Os principais usos da água no Brasil são para irrigação, abastecimento humano e animal, industrial, geração de energia, mineração, aquicultura, navegação, turismo e lazer. O conhecimento acerca desses usos vem sendo constantemente ampliado através de levantamentos diretos, estudos setoriais e cadastros de usuários.
A compatibilização dos usos múltiplos da água deve levar em conta as peculiaridades e diferentes necessidades de cada uso. A qualidade das águas não é relevante para a navegação, por exemplo, mas ela necessita de quantidades mínimas de água para sua viabilidade. Por outro lado, a boa qualidade de água é essencial para o abastecimento humano e para o lazer em balneários, entre outros usos. As parcelas utilizadas de água podem ser classificadas em:

RETIRADA:
Refere‑se à água total captada para um uso. Exemplo: água retirada para abastecimento
urbano.

CONSUMO:
 Refere-se à água retirada que não retorna diretamente aos corpos hídricos De uma forma simplificada, é a diferença entre a retirada e o retorno. Exemplo: água retirada para
Abastecimento urbano menos a água que retorna como esgoto.

RETORNO:
Refere-se à parte da água retirada para um determinado uso que retorna para os corpos
hídricos. Exemplo: esgotos decorrentes do uso da água para abastecimento urbano.

 


A demanda por uso de água no Brasil é crescente, com aumento estimado de aproximadamente 80% no total retirado de água nas últimas duas décadas. A previsão é de que, até 2030, a retirada aumente 30%. O histórico da evolução dos usos da água está diretamente relacionado ao desenvolvimento econômico e ao processo de urbanização do país. 

DADOS GERAIS
Toda água do Planeta Terra, é 1.400.000.000 km3, compreendendo-se:   
■96,5% é agua salgada
■1,7% está em geleiras
■1,68% são águas subterrâneas
■0,013% são lagos e rios
■O Brasil tem 13% da água superficial doce no mundo, mas 3% da população mundial
■81% da disponibilidade hídrica no país está na região do Amazonas, área pouco adensada e povoada. Enquanto isso, no litoral do país, tem 45%  da população urbana e 3% da disponibilidade hídrica.

DENTRE OS 7,6 BILHÕES DE PESSOAS QUE VIVEM NO PLANETA TERRA:
■2,4 bilhões de pessoas no mundo não tem acesso as instalações sanitárias adequadas. A ONU estima em 2012, 842 mil pessoas morreram nos países de renda média e média‑baixa por doenças associadas à falta de saneamento.
■1 bilhão não tem acesso à quantidade de água suficiente para o abastecimento diário (20 l) próximo de casa.
■1,6 bilhão vivem em lugares onde não há estrutura capaz de captar água devidamente
■1 bilhão ainda defecam ao ar livre
■2 bilhões vivem em áreas de escassez de água
■80% do esgoto no mundo ainda é lançado sem tratamento, estima a ONU. Ainda assim, apenas 
■26% do esgoto urbano tratado recebe a atenção efetiva, capaz de afastar o risco de doenças.
■66% da população mundial vive em áreas com escassez de água ao menos um mês no ano.
■47% da população mundial viverá em condições de alto stress hídrico até 2030.

O consumo de água em cidades ricas é até sete vezes maior do que em pobres
Consumo médio diário em casa e pequenos empreendimentos por cidades no mundo (2014), em litros
Washington  
631
Nova York  
476
Vancouver
352
Los Angeles
326
Shenzehen (China)
313
Paris  
187
Londres  
155
Média no Quênia  
88
Lusaka(Zâmbia)  
54
Mbarara (Uganda)
45
Fonte: ANA : Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil 2017 e Folha de São Paulo

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segunda-feira, janeiro 23, 2017

Rios que foram enterrados com a urbanização de SP

Na cidade de São Paulo, não importa o local, ninguém está a mais de 300 metros de distância de um curso d'água, afirma o geógrafo Luiz de Campos Junior. A frase pode soar estranha em uma metrópole acostumada com a selva de asfalto e concreto que deixa pouco espaço para seus rios, córregos e riachos correrem a céu aberto. Mas eles estão lá, no subterrâneo, correndo em galerias após serem tamponados.
A Prefeitura de São Paulo tem, mapeados e nomeados, 280 cursos d'água. Esse número, porém, é muito maior, diz Campos, um dos fundadores da iniciativa Rios e Ruas, que desde 2010 mapeia os rios e córregos subterrâneos da capital paulista.
O grupo trabalha com uma estimativa de 300 a 500 cursos d'água escondidos sob ruas e avenidas. Juntos, eles somariam cerca de 3.000 quilômetros de extensão, outro número que também pode ser maior que a estimativa.

DEDO DO HOMEM
Intervenções humanas na natureza dos rios da capital existem desde pelo menos o século 19, quando já se poluía o rio Tamanduateí, que nasce na serra do Mar e percorre a zona leste de São Paulo.
Em 1894, teve início a discussão do projeto de retificação do curso do rio, cuja obra seria concluída em 1916. Foi o primeiro dos grandes rios da capital paulista a ser canalizado para escoar o esgoto dos bairros localizados próximos a ele.
A partir dos anos 1920, ganham força os projetos de canalização e retificação dos rios paulistanos. As obras no rio Pinheiros têm início em 1928, seguindo até meados dos anos 1950. Dez anos mais tarde, é a vez do rio Tietê, que só na década de 1970 ganharia a "cara" que tem hoje.
O momento coincide com a popularização do automóvel como meio de transporte da classe média paulistana, que precisava de vias para melhorar o acesso às partes mais remotas da cidade. A capital paulista estava em franca expansão e "engolia" municípios vizinhos, como Santo Amaro.

TRATAMENTO
"Tem que pensar em como não sujar a água. A gente teve uma política que enterrou completamente os rios. Em vez de cuidar, enterrou tudo para o povo não poder usar", afirma o geógrafo Campos Júnior. "Mesmo com os visíveis as pessoas não têm contato, não chegam perto."
O ideal, segundo ele, seria um tratamento que preserve o curso d'água a céu aberto e que mantenha alguma sinuosidade do rio. "A pior maneira de canalizar um rio é o tamponamento." Esse processo cria uma galeria ou tubulação enterrada que recebe, junto com a água da chuva, toda a sujeita das ruas e até ligações de esgoto. "Tudo isso ocorre sem que possamos ver ou ter contato com a condição do rio", diz Campos.
Em tempos de crise hídrica, esse contato é fundamental. Pensando nisso, o Rios e Ruas montou, em parceria com outros grupos ligados a defesa dos rios, um programa piloto que vai analisar a água de dez nascentes nas zonas norte e oeste da capital paulista.
Dois critérios serão observados: a nascente precisa manter um fluxo constante de água e ser acessível à população.
Após o teste, os locais serão sinalizados para que os moradores conheçam os possíveis usos para a água daquela nascente. Se a iniciativa der certo, a ideia é expandir o programa para outras nascentes da cidade. Fonte: Folha de São Paulo - 04/05/2015 

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terça-feira, setembro 13, 2016

A Grande cheia: O tsunami que arrasou Recife em 1975

CENÁRIO: RIO CAPIBARIBE
O rio Capibaribe nasce na divisa dos municípios de Jataúba e Poção, percolando por vários centros urbanos e servindo de corpo receptor de resíduos industriais e domésticos.
Apresenta direção inicial sudeste-nordeste, até as proximidades de Santa Cruz do Capibaribe, quando seu curso toma a direção oeste-leste, percorrendo uma extensão total de cerca de 280 km até sua foz, na cidade do Recife. Em vários trechos, serve como divisa entre municípios pernambucanos, como entre Santa Cruz do Capibaribe e Brejo da Madre de Deus.
O rio Capibaribe apresenta regime fluvial intermitente nos seus alto e médio cursos, tornando-se perene somente a partir do município de Limoeiro, no seu baixo curso.
A bacia do rio Capibaribe apresenta uma área de 7.454,88 km² (7,58% da área do estado), abrangendo 42 municípios pernambucanos.

A GRANDE CHEIA DE 1975
A grande cheia de 1975 começou numa quinta-feira, em 17 de julho, devastando os principais bairros da cidade. O Rio Capibaribe e diversos canais transbordaram, alagando áreas inteiras de bairros com Casa Forte, Madalena, Torre, Cordeiro, Derby, Graças, Iputinga e tantos outros. As ruas ficaram intransitáveis, milhares de pessoas ficaram desalojadas por conta de desabamentos e perda total de suas residências. A água também devastou outras cidades, como São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana. Segundo a Fundação Joaquim Nabuco, 25 municípios banhados pelo Rio Capibaribe foram atingidos.

DANOS
Na capital e interior, 1.000 km de ferrovias ficaram sem condições de tráfego, pontes desabaram, casas foram arrastadas pelas águas. Em Recife, 31 bairros, 370 ruas e praças ficaram submersos; 40% dos postos de gasolina da cidade foram inundados; o sistema de energia elétrica foi cortado em 70% da área do município; quase todos os hospitais ficaram inundados. Por terra, a cidade ficou isolada do resto do país durante dois dias.
O prejuízo estimado, à época,  foi de 1,5 bilhão de cruzeiros (2,8 bilhões de reais)

VÍTIMAS
A enchente matou 104 pessoas, deixando 350 mil desabrigados.

TESTEMUNHAS
"Ficou tudo inundado. A água só começou a baixar no outro dia, mas a cidade ficou destruída", lembra a aposentada Maria Helena das Neves, 83 anos. "Não estava chovendo, era um dia de sol lindo. Mas o Rio Capibaribe foi subindo e atingiu seu pico máximo. A população ficou incrédula. Ninguém acreditava que a água chegaria àquela altura", conta o historiador Leonardo Dantas.  
"De fato, foi a maior enchente que Recife enfrentou. Dois terços da cidade ficaram inundados. Tivemos que começar tudo de novo", diz o historiador  Leonardo Dantas, que analisou as cheias do Rio Capibaribe desde o século 19. Segundo ele, a construção de barragens ao longo do curso de água evitou novas cheias como esta. As obras ainda teriam permitido o crescimento de áreas que ficavam inundadas com frequência até a década de 1970, como Apipucos e Casa Forte. "Ninguém construía nada ali, porque alagava até com a maré alta. Era considerada uma terra maldita", afirma. Fonte: Jornal do Commercio – 18 e 25 /04/2015, G1-17/07/2015

Comentário: 

DADOS HISTÓRICOS
O período das grandes enchentes em Pernambuco tem sido historicamente de junho a agosto. Entre os meses de janeiro e fevereiro só há registros, em toda a História, de duas pequenas inundações, assim mesmo restritas a algumas áreas de Recife. Uma breve linha do tempo das enchentes ocorridas no estado de Pernambuco, obtida dos arquivos de jornais da cidade, é apresentada a seguir.

1632 - A 28 de janeiro, ocorre a primeira enchente de que se tem notícia em Recife, "causando perdas de muitas casas e vivandeiros estabelecidos às margens do Rio Capibaribe".

1638 - Maurício de Nassau manda construir a primeira barragem no leito do Rio Capibaribe para proteger Recife das enchentes: foi o Dique de Afogados, que tinha mais de 2 km e hoje é uma rua do Recife, a Imperial.

1824 - Entre fevereiro e abril, nova enchente atinge Recife.

1842 - Junho. Enchente atinge Recife, derrubando várias casas. Pontes desabaram; trens saíram dos trilhos; milhares de pessoas ficaram desabrigadas. Foi a primeira enchente de grandes proporções do Rio Capibaribe.

1854 – Ocorre a maior enchente do século XIX. Durou 72 horas, atingindo todos os bairros de Recife. Derrubou a muralha que guarnecia a Rua da Aurora; parte do cais da Casa de Detenção veio abaixo; a cidade ficou sem comunicações com o interior; no porto de Recife, os navios foram atirados uns contra os outros.

1862 - Nova enchente castiga Recife.

1869 - Grande enchente destrói as pontes da Torre, Remédios e Barbalho, e rompe os aterros da via férrea de Recife. Foi a maior enchente até então, tendo o imperador Pedro II determinado que o engenheiro Rafael Arcanjo Galvão viesse a Pernambuco "estudar o problema".

1870 - A 16 de Julho, o bacharel em matemática e ciências físicas José Tibúrcio Pereira de Magalhães, diretor de Obras e Fiscalização do Serviço Público do Estado, sugere ao governo imperial a construção de uma série de barragens nos principais afluentes do rio Capibaribe, para evitar cheias em Recife.

1884 - Outra enchente atinge Recife.

1894 - Em junho, enchente atinge todos os subúrbios recifenses situados às margens do rio Capibaribe.

1899 - 01 de Julho. Vários bairros de Recife foram inundados por cheia do rio Capibaribe. No município de Vitória de Santo Antão, desaba o segundo encontro da ponte sobre o rio Itapicuru.

1914 - Outra enchente desaba sobre Recife, deixando vários mortos.

1920 - A 14 de Abril, grande enchente deixa Recife isolada do resto do Estado, durante três dias. Postes foram derrubados; linhas telegráficas interrompidas; trens paralisados; pontes vieram abaixo, entre elas a da Torre. Os bairros de Caxangá, Cordeiro, Várzea e Iputinga ficaram totalmente isolados do resto da cidade.

1924 - Nova enchente deixa os bairros da Ilha do Leite, Santo Amaro, Afogados, Dois Irmãos, Apipucos, Torre, Zumbi e Cordeiro complemente submersos. O prédio do Serviço de Saúde e Assistência desabou e as obras do Quartel do Derby sofreram grandes prejuízos.

1960 - Nova enchente do rio Capibaribe castiga Recife.

1961 - Enchente deixa 2 mil pessoas desabrigadas em Recife.

1965 - Outra enchente castiga Recife. Os bairros de Caxangá, Iputinga, Zumbi e Bongi ficaram complemente inundados. Nas áreas mais próximas ao Rio Capibaribe, a água cobriu o telhado das casas.

1966 - Enchente catastrófica provocada pelo rio Capibaribe, com a água atingindo mais de 2 metros de altura, nas áreas mais baixas do Recife. Em poucas horas, toda a extensão da Av. Caxangá foi transformada num grande rio. Na capital e interior, mais de 10 mil casas (a maioria mocambos) foram destruídas e outras 30 mil sofreram danos, como paredes derrubadas. Morreram 175 pessoas e mais de 10 mil ficaram desabrigadas. O nível do rio Capibaribe subiu 9,20 metros além do nível.

1967 - A Sudene apresenta relatório de uma comissão de técnicos, constituída logo após a enchente, buscando encontrar soluções para o problema. O relatório sugere a construção de barragens nos seus principais afluentes e no próprio rio Capibaribe, que é a mesma sugestão apresentada quase um século antes pelo engenheiro José Tibúrcio.

1970 - Ano atípico, quando duas enchentes ocorreram, a primeira nos dias 21 e 22 de julho, havendo coincidência entre picos de descarga do rio e maré alta. Vinte dias após esse evento, no dia 10 de agosto, a cidade ficou totalmente inundada por chuvas locais. A chuva, que se concentrou em Recife e em Olinda, atingiu em 16 horas,   uma precipitação de 336 mm, com intensidade que alcançou até 65mm/hora.
Em Julho, as águas atingem a zona da Mata Sul e o Agreste do Estado, por conta do transbordamento dos rios Una, Ipojuca, Formoso, Tapacurá, Pirapama,Gurjaú, Amaraji e outros. A cidade que mais sofreu foi a cidade de Cabo, que teve quatro dos hospitais inundados e várias indústrias pararam suas atividades. Em Recife, as águas da Capibaribe causaram grande destruição. Na capital e interior, 500 mil pessoas foram atingidas e 150 morreram; 1.266 casas foram destruídas em 28 cidades. Em Recife, 50 mil pessoas ficaram desabrigadas. Em Agosto, a nova cheia que atingiu Recife e Olinda, foi provocada pelo rio Beberibe. Em Olinda, 5 mil pessoas ficaram desabrigadas e foi decretado estado de calamidade pública.

1971 – Iniciadas as obras da barragem de Tapacurá, no rio de mesmo nome,sendo a primeira providência tomada com relação ao controle das cheias.

1973 – Concluída as obras da construção da barragem de Tapacurá, em 25/07/1973. A Barragem de Tapacurá era a solução definitiva para dois graves problemas que afetavam Recife: abastecimento de água da população e "o fim" das enchentes.

1974 - Outra enchente atinge Recife. A Comissão de Defesa Civil, que tinha previsão do avanço das águas, retirou a tempo a população das áreas ribeirinhas. Em São Lourenço da Mata, uma ponte ficou parcialmente destruída e a população isolada. No município de Macaparana, 20 pessoas morreram, por conta do transbordamento do riacho Tiúma.

1975 - Considerada a maior calamidade do século, esta enchente ocorreu entre os dias 17 e 18 de Julho. Recife foi mais uma vez vítima de inundações, que alcançou níveis nunca antes verificados, atingindo mais de 50% de toda a área urbana da cidade. Outros 25 municípios da bacia do Capibaribe também foram atingidos. Morreram 107 pessoas e outras 350 mil ficaram desabrigadas.

1977 - A 01 de Maio, nova enchente do Rio Capibaribe deixa 16 bairros de  Recife embaixo d'água. Olinda e outras 15 cidades do interior do Estado também foram atingidas. Mais de 15 mil pessoas ficaram desabrigadas e só não foram registradas mortes porque a população das áreas ribeirinhas foram retiradas antes. São Lourenço da Mata foi o município mais atingido. Em Limoeiro, houve desabamento de ponte.

1978 – E m 29 de Maio é inaugurada a Barragem de Carpina, construída para conter as enchentes do rio Capibaribe. Com 950 metros de comprimento, 42 metros de altura, a barragem tem capacidade para armazenar 295 milhões de m3 de água.

2000 - Entre os dias 30 de julho e 01 de agosto, fortes chuvas castigaram o Estado, inclusive a Região Metropolitana do Recife, deixando um total de 22 mortos, 100 feridos e mais de 60 mil pessoas desabrigadas. Cidades foram parcialmente destruídas, tendo ás águas que transbordaram dos rios levado pontes e casas. As chuvas foram anunciadas com 40 dias de antecedência pelos serviços de meteorologia, mas as autoridades governamentais deram pouca importância à previsão. As chuvas atingiram 300 milímetros em apenas três dias e só na RMR aconteceram 102 deslizamentos de barreiras.

2004 - Fortes chuvas entre 08 de janeiro 02 de fevereiro de 2004 castigam todas as regiões do Estado, deixando 36 mortos e cerca de 20 mil pessoas desabrigadas. As chuvas (jamais registradas entre os dois primeiros meses do ano) foram provocadas por fenômenos meteorológicos atípicos (frente fria e outros) e destruíram pontes e estradas, açudes romperam, casas desabaram, populações inteiras ficaram ilhadas.

2005 – Entre os dias 30 de maio e 02 de junho, fortes chuvas provocaram enchentes em 25  cidades do Agreste, Zona da Mata e Litoral pernambucanos, deixando 36 mortos e mais de 30 mil pessoas desabrigadas. Cerca de sete mil casas foram parcial ou totalmente destruídas; 40 pontes foram danificadas; 11 rodovias estaduais foram atingidas, sendo que sete delas ficaram interditadas; a água inundou ruas centrais, hospitais, escolas e casas comerciais de várias cidades, provocando enormes prejuízos materiais.

2010 – Entre os dias 17 e 19 de junho, uma enchente atingiu 67 cidades pernambucanas, principalmente da Zona da Mata e Agreste do Estado, deixando um rastro de destruição. Foi a maior tragédia da década: 21 pessoas morreram, enquanto 26.970 ficaram desabrigadas e 55.650 pessoas ficaram desalojadas; 14.136 casas foram destruídas; 142 pontes ficaram danificadas, sendo que muitas delas foram totalmente levadas pela água; 5.000 km de estradas foram danificadas; 12 municípios decretaram estado de calamidade pública e 27 ficaram em situação de emergência. Fonte: Riachos Urbanos do Recife - 13 de julho de 2015

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quinta-feira, junho 30, 2016

Chuvas torrenciais invadem shopping na China

Fortes chuvas na  cidade de Jinan, China,  invadiu o centro comercial Ginza Shopping Mall. As áreas de circulação transformaram em rio arrastando mercadorias, causando danos  e perdas significativas para os lojistas. O "Ginza Shopping Mall" é um grande centro comercial subterrâneo, com uma área de mais de 40.000 metros quadrados e está localizado no coração de Jinan Molas Plaza. Fonte: Mail Online-24 June 2016

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segunda-feira, outubro 13, 2014

História do Sistema Cantareira

A história do aproveitamento dos mananciais da Cantareira, ao norte da Capital, remonta ao final do século passado, quando foram construídos os primeiros tanques de reservação. A água proveniente da serra abastecia precariamente o centro da cidade através do antigo reservatório da  Consolação. A capacidade do primitivo sistema implantado no local foi posteriormente ampliada. Entretanto, com a entrada em funcionamento de outros sistemas, o seu papel no abastecimento da cidade tornou-se pouco significativo.
Em 1966, teve início a construção do atual Sistema Cantareira destinado a desempenhar um papel fundamental na solução do problema do abastecimento da Grande São Paulo. O conjunto dessas obras permitirá a utilização dos  recursos hídricos de uma grande área ao Norte da Capital,

As obras de aproveitamento dos rios  Juqueri, Cachoeira e Atibainha   já estão concluídas.   Nesta primeira etapa, o sistema tem capacidade para produzir 11 mil litros de água por segundo. As represas dos rios Jaguari e Jacareí, a 70 quilômetros de São Paulo, serão construídas posteriormente completando o conjunto. O Sistema Cantareira deverá fornecer então 33 mil litros de água por segundo.
Desde o início de 1974, com a  entrada do sistema em operação, está sendo possível normalizar progressivamente o abastecimento dos bairros das Zonas Norte e Leste da Capital, antes submetidos a racionamentos, e ainda abastecer novas áreas. Com os 33 mil litros a serem produzidos após o represamento dos rios Jaguari e Jacarei, o Sistema Cantareira estará capacitado a suprir as necessidades de 10 milhões de pessoas.







Quatro grandes represas; 48 km de túneis e canais; uma elevatória de 80.000 HP, quatro conjunto de moto-bomba, com motor de 20.000 HP/cada. A maior estação de tratamento de água da América Latina

A ÁGUA DO CANTAREIRA JÁ ESTÁ CHEGANDO
O Cantareira, quando completo, será um dos maiores sistemas produtores de água do mundo. Os seus reservatórios estarão situados em diferentes níveis e serão interligados. De tal maneira que, desde o Jaguari e o Jacarei, as águas passarão por gravidade pelos reservatórios do Cachoeira, Atibainha e Juqueri, e chegarão à Estação Elevatória de Santa Inês, onde todo o volume produzido será bombeado para o Reservatório de Águas Claras, construído no alto da Serra da Cantareira.
Desse reservatório as águas passarão, por gravidade, à Estação de Tratamento do Guaraú.

RESERVATÓRIOS
As barragens do Jaguari e Jaca rei darão origem ao maior reservatório do Sistema Cantareira, que será também o mais distante e localizado em maior altitude, a 848 metros acima do nível
do mar. Este reservatório contribuirá para a vazão do sistema com 22 mil litros de água por segundo.
O Reservatório do Cachoeira tem seu nível a 821,5 metros acima do nível do mar e foi projetado tendo em vista uma produção de 5 mil litros de água por segundo, enquanto que o Atibainha, a 787 metros, tem capacidade para 4 mil litros por segundo.
Finalmente, o Reservatório do Juqueri, formado pela Barragem Engo Paulo de Paiva Castro e com nível a 745 metros, é capaz de fornecer 2 mil litros de água por segundo.

TÚNEIS E CANAIS
As interligações entre os reservatórios serão feitas por túneis e canais. Entre o Reservatório do Jaguari e o do Jacareí haverá um canal de 1 quilômetro de extensão. O Jacareí e o Cachoeira serão ligados por um túnel de 5,6 quilômetros. Outro túnel, este de 5 quilômetros, já faz,a
ligação entre os reservatórios do Cachoeira e Atibainha. Mais dois túneis, de 10 e de 1 quilômetro, ligam, respectivamente,o Reservatório do Atibainha ao do Juqueri, e este à Estação Elevatória de Santa Inês.

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE SANTA INÊS
A Serra da Cantareira era o grande obstáculo natural entre as fontes produtoras de água e a Estação de Tratamento do Guaraú. Para vencer esse obstáculo foi construída a Estação Elevatória de Santa Inês, com quatro grupos de recalque de 20.000 HP. Três desses grupos já estão prontos e capacitados a bombear os 33 mil litros de água por segundo a serem produzidos ao final da construção do Sistema Cantareira. O quarto grupo, a ser instalado, ficará como unidade de reserva. Impulsionada pelas bombas a água proveniente dos reservatórios é elevada a 120 metros, até o alto da serra. Por gravidade, através de um canal de 950 metros e um túnel de 800 metros, atinge o Reservatório de Aguas Claras.

RESERVATÓRIO DE ÁGUAS CLARAS
Trata-se de reservatório de segurança, cujo nível está a 860 metros: Em caso de paralisação da Estação Elevatória de Santa Inês, o Reservatório de Águas Claras pode manter um fluxo contínuo de 33 mil litros por segundo durante três horas. Esse reservatório está ligado à Estação de Tratamento de Água do Guaraú (ETA-Guaraú) por um túnel de 4,8 quilômetros.

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DO GUARAÚ
Dotada da mais moderna tecnologia de purificação de água, a ETA-Guaraú tratará eficientemente toda a água produzida pelo Cantareira. Com os equipamentos já instalados está capacitada a purificar 16 mil litros por segundo.

CONTROLANDO OS RIOS
Além de possibilitar um radical aumento na adução de água para a Grande São Paulo, o Sistema Cantareira trará outros benefícios. A regularização da vazão dos rios à jusante é um exemplo. O represamento do Juqueri, Atibainha, Cachoeira, Jaguari e Jacareí permitirá o controle do fluxo das águas desses rios, mantendo-o num volume constante na estiagem, evitando enchentes na época das chuvas, beneficiando assim a população e favorecendo a agropecuária de uma grande região que abrange setores dos municípios de Campinas, Piracicaba, Americana, Bragança Paulista, Atibaia, Paulínia, Franco da Rocha, Caieiras, Perus, Santa Bárbara d'Oeste. Piracaia, Bom Jesus dos Perdões, Jari nu, Morungaba, Pedreira, Cosmopolis e Jaguariuna.

MANANCIAIS PROTEGIDOS
Para assegurar a pureza natural dos mananciais do Sistema Cantareira e de seus reservatórios, a área que envolve as nascentes dos rios será protegida. Nessa área não será permitido o estabelecimento de indústrias ou residências. Com isso, ficará livre de detritos ou quaisquer agentes poluidores.

REFLORESTAM ENTO
A vegetação existente será preservada, o que transformará o Cantareira numa grande reserva florestal. Os terrenos das antigas propriedades rurais serão reflorestados. Há um projeto preparado por especialistas em paisagismo e ecologia que prevê a reposição, nesses setores, de espécies vegetais da região.

LAZER
Os locais próximos às represas receberão tratamento paisagístico, terão parques, "play-qrounds" e áreas para pique-niques. Desta forma, o Sistema Cantareira não será apenas um elemento importante da infra-estrutura da metrópole, mas também um centro de lazer e de atração turística.
Fonte: Prospecto técnico da Sabesp da época da construção
Comentário:
DESMATAMENTO HÁ 30 ANOS AINDA PREJUDICA SISTEMA
O desmatamento na bacia hidrográfica do sistema Cantareira, que passa atualmente por sua maior crise, alcançou 78% de sua cobertura florestal nativa há 30 anos, prejudicando a capacidade de produção de água de seus reservatórios, segundo levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica.
Nas últimas três décadas, diz a ONG, pouco se fez para recuperar as áreas degradadas de mata atlântica dessa região. Hoje restam 48,8 mil hectares, ou 21,5% do que havia em oito municípios paulistas e oito mineiros.
Essa área original de floresta cobria 64,3% dos municípios de Camanducaia, Extrema, Sapucaí Mirim e Itapeva, em Minas Gerais; e Franco da Rocha, Joanópolis, Mairiporã, Nazaré Paulista, Piracaia, Bragança Paulista, Caieiras, e Vargem, em São Paulo.
As bacias que compõem o Sistema Cantareira ocupam uma área total de 2.270 quilômetros quadrados. Desta forma, as áreas com cobertura vegetal somam apenas 488 quilômetros quadrados. Da área total do sistema, 75 quilômetros quadrados correspondem a áreas inundadas dos reservatórios e 18 quilômetros quadrados à ocupação urbana consolidada.

PAPEL DE PREVENÇÃO
"A floresta tem papel essencial na prevenção de secas, pois reabastece os lençóis freáticos e impede a erosão do solo e o assoreamento de rios", afirmou Marcia Hirota, diretora-executiva da ONG e responsável pelo mapeamento que a entidade elabora desde 1986 em parceria com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Em todo o Brasil, restaram 16,4 mil hectares de mata atlântica, ou seja, 12,5% de todos os 130,9 mil hectares do domínio original, segundo a fundação.
Nas últimas décadas, São Paulo foi um dos Estados que mais preservaram o bioma.

MUNICÍPIOS PAULISTAS
A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo contestou a estimativa da SOS Mata Atlântica, afirmando que a cobertura vegetal nativa aumentou de 41,8 mil hectares para 64,6 mil hectares de 2005 a 2010 nos oito municípios paulistas, segundo o Instituto Florestal.
Desse modo, a área desmatada seria 74,5%.
A ANA (Agência Nacional de Águas) informou que promove em várias regiões, inclusive na do sistema Cantareira, o programa Produtor de Água, que apoia, orienta e certifica iniciativas de recuperação e preservação florestal de produtores rurais, com previsão de remuneração por resultados. Fonte: Folha de São Paulo- 9 de outubro de 2014

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sexta-feira, outubro 10, 2014

Histórico:Crise no abastecimento em São Paulo

REGISTROS HISTÓRICOS
Represa Jaguari, que integra o Sistema da Cantareira da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) fica com solo seco e rachado devido à falta de chuvas no Estado. O reservatório fica em Bragança Paulista (SP) e é o principal fornecedor de água para a capital e regulador da vazão dos mais importantes rios da região de Campinas

1900-1910-Em 1903, São Paulo enfrenta grande crise no abastecimento, em função de estiagem prolongada. Em 1907, é inaugurado o reservatório do Araçá, que aproveita a canalização do reservatório Cantareira, ligada à linha de sobras e que se prolonga até o espigão da avenida Paulista. Um ano depois, a companhia de energia elétrica Light and Power represa o rio Guarapiranga, na cabeceira do rio Pinheiros. A represa Santo Amaro, também chamada Guarapiranga, tinha na época capacidade para 196 milhões de metros cúbicos de água.

1910-1920-Em 1914, a cidade enfrenta uma epidemia de febre tifóide, circunscrita aos bairros baixos situados às margens do rio Tietê, provocada pelo uso das já então poluídas águas daquele rio. No mesmo ano se iniciam as obras para a adução das águas do rio Cotia. A primeira etapa previa a adução na Cachoeira da Graça, com reforço dos bairros altos da cidade. A segunda etapa – a adutora Água Branca-Cotia, é construída em 1920 e, assim a cidade passa a receber 156 mil metros cúbicos por dia. Este volume sofria reduções por conta de estiagens.

1920-1930-A água distribuída na cidade passa a ter cloramento obrigatório em 1925. Nesse mesmo ano, uma grande estiagem provoca crise no abastecimento e o governo, então, inicia as obras do sistema rio Claro, afluente do Tietê. Manancial situado na Serra do Mar, o sistema poderia fornecer água na razão de 6 metros cúbicos por segundo. Dois anos depois, começa o projeto de canalização e reversão do rio Pinheiros para gerar energia elétrica na Usina Henry Borden, por meio da construção das represas Billings e Rio das Pedras. Em 1928, agrava-se a falta d´água e a represa Guarapiranga passa a ser utilizada para abastecimento. No ano seguinte, a cidade sofre uma das maiores inundações de sua história com o transbordamento dos rios Tietê e Pinheiros.

Foto - Salto de Pirapora- Rio Tietê cheio e seco
1930-1940-Em 1934, o governo brasileiro decreta o Código das Águas, que prevê a utilização prioritária dos rios e bacias hidrográficas do País para a geração de energia elétrica. Em 1937, o reservatório da Moóca é concluído e, no ano seguinte, o sistema Rio Claro é reformado e passa a fornecer vazão de 3,3 metros cúbicos por segundo. No ano seguinte, inicia-se a canalização do rio Tietê.

1940-1950-Começa, em 1940, a operação de reversão do rio Pinheiros, para levar água do Tietê para a Billings para aumentar a capacidade de geração de energia da Usina Henry Borden. Em 1942, termina a construção da represa Billings e a reversão do rio Pinheiros.

1950-1960-O Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) é criado em 1951. Dois anos depois, é a vez do Conselho Estadual de Controle de Poluição das Águas do estado de São Paulo e tem início na cidade a construção de duas estações de tratamento de esgoto. Em 1954 a cidade de São Paulo completa 400 anos e é criado o Departamento de Águas e Esgotos (DAE). Em 1958, nova crise de abastecimento na cidade inicia a captação das águas do Rio Grande, na represa Billings. O governo estadual firma novo convênio com a Light para a retirada de 9,5 m3/s de águas da represa Guarapiranga. Essa meta, entretanto, só seria alcançada na década de 1970. Até lá apenas 4m3/s eram retirados e tratados.

Respresa  Atibainha
1960-1970-Durante a década começa o aterramento das várzeas do rio Tietê e a construção das pistas marginais. Em 1967, começam as obras no sistema Cantareira e, no ano seguinte, é criada a Companhia Metropolitana de Água de São Paulo (Comasp), empresa de economia mista, cujo principal acionista é o governo do estado, com o objetivo de captar, tratar e vender água potável no atacado aos 37 municípios que constituíam a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e também ao DAE. Ainda em 1968 é criado o Centro Tecnológico de Saneamento Básico (Cetesb), com a finalidade de dar suporte tecnológico ao setor.
Em 1966 teve início a construção do Sistema Cantareira, com entrada em operação em 1974.

1970-1980-A Companhia Metropolitana de Saneamento de São Paulo (Sanesp) é fundada em 1970 para interceptar e tratar os esgotos da Grande São Paulo. O DAE passa, então, a operar o sistema distribuidor de água e a coletar os esgotos do município, comprando água da Comasp, distribuindo-a aos seus consumidores, coletando esgotos e entregando-os à Sanesp para tratamento e disposição final. Nesse mesmo ano, a poluição das águas dos rios Tietê e Pinheiros provocam as primeiras florações de algas na Billings.

Em 1973, é criado o Plano Nacional de Saneamento (Planasa) com a missão de elaborar um planejamento de metas até 1980. Por conta desse planejamento, é criada a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), com o objetivo de planejar, construir e operar os sistemas de abastecimento de água e de coleta de esgotos em todo o estado. Em 1974, entra em operação a primeira etapa do sistema Cantareira, responsável por 4,5mil litros por segundo. Nos dois anos seguintes, cria-se a legislação que disciplina o uso do solo para a proteção de mananciais e outros recursos hídricos da RMSP.
Em 1975 tem início o Programa de Abastecimento de Água para a RMSP e cria-se o Parque Ecológico do Tietê. No ano seguinte, a Sabesp elabora o Plano Diretor de Suprimento de Água Potável para a RMSP e, em 1978, faz convênio com a prefeitura para atender favelas e núcleos de periferia.

Com a criação da Eletropaulo – Eletricidade de São Paulo, em 1980, a Light deixa de atuar na cidade. Com o aumento da poluição na Billings, em 1982 é construída a barragem Anchieta, separando o Braço do Rio Grande do resto da represa, para garantir a qualidade da água e o abastecimento público. Em 1983, é criado o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema).
No ano seguinte, por conta da pressão de organizações ambientalistas, o governo estadual diminui a quantidade de água bombeada do rio Tietê para a Billings. Em 1986, a Sabesp faz o abastecimento metropolitano de água por meio dos sistemas Cantareira, Guarapiranga, Rio Claro, Billings, Alto e Baixo Cotia.

Em 1989, a Constituição de São Paulo assegura o princípio de preservação e recuperação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, com prioridade ao abastecimento público. Restabelece ainda o prazo de três anos para a paralisação total do bombeamento das águas do Tietê para a Billings.

Com a criação da Eletropaulo – Eletricidade de São Paulo, em 1980, a Light deixa de atuar na cidade. Com o aumento da poluição na Billings, em 1982 é construída a barragem Anchieta, separando o Braço do Rio Grande do resto da represa, para garantir a qualidade da água e o abastecimento público. Em 1983, é criado o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema).

No ano seguinte, por conta da pressão de organizações ambientalistas, o governo estadual diminui a quantidade de água bombeada do rio Tietê para a Billings. Em 1986, a Sabesp faz o abastecimento metropolitano de água por meio dos sistemas Cantareira, Guarapiranga, Rio Claro, Billings, Alto e Baixo Cotia.

Em 1989, a Constituição de São Paulo assegura o princípio de preservação e recuperação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, com prioridade ao abastecimento público. Restabelece ainda o prazo de três anos para a paralisação total do bombeamento das águas do Tietê para a Billings.
Em 1991, é aprovada a Política Estadual de Recursos Hídricos. No ano seguinte, entra em operação o sistema Alto Tietê, formado por três reservatórios erguidos no alto da Serra do Mar, para captar água limpa para abastecimento da RMSP. Começa também a primeira etapa do projeto de despoluição do rio Tietê. Tem início o Programa Guarapiranga. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente restringe o bombeamento Tietê-Billings à situações emergenciais, como enchentes e colapso de energia elétrica. Um ano depois, por pressão das indústrias de Cubatão, é retomado o bombeamento Tietê-Billings, mas restrito à ameaça de enchente.

Em 1997, é aprovada a lei de proteção e recuperação de mananciais. Em 1999, o projeto Tietê conta com interceptadores, coletores-tronco e algumas estações de tratamento de esgoto. Tem início a elaboração do Programa de Recuperação Ambiental da Bacia Hidrográfica da Billings. Em 2000, a Billings passa a ser utilizada para o abastecimento de São Paulo. O governo estadual apresenta proposta de retomar o bombeamento da represa para aumentar a geração de energia na Usina Henry Borden, por meio da despoluição do rio Pinheiros com a tecnologia de flotação.
Em 2003, a estiagem torna crítico o nível armazenamento nos reservatórios do sistema Cantareira trazendo risco de colapso ao abastecimento de 50% da RMSP. Em 2004, Projeto de Lei que define a Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais da Bacia Hidrográfica do Guarapiranga (Lei Específica do Guarapiranga) é encaminhada à Assembléia Legislativa do Estado de SP.

Seca atual em São Paulo é a maior em 45 anos
A seca em São Paulo no último período chuvoso, que vai de outubro a março, foi uma das mais graves já registradas. Segundo dados do IAG (Instituto de Astronomia e Geofísica) da USP (Universidade de São Paulo), esta foi a temporada com menos chuvas desde 1969. É o 13º ano mais seco desde que as medições começaram, em 1934, e também a pior desde a criação do Sistema Cantareira, em 1973.
As análises de falta de chuva dependem dos pontos meteorológicos escolhidos para o cálculo. De acordo com o local onde foi contabilizada a quantidade de chuva, tem-se um resultado maior ou menor para indicar quão severa é esta seca atual. No caso, o ponto considerado para a coleta de dados fica no próprio IAG, cuja sede está localizada na capital paulista.

OS ANOS MAIS SECOS
"Os três anos mais secos em 81 anos de dados do IAG USP foram 1941, 1934 e 1964. O professor Augusto José Pereira Filho, professor do Departamento de Ciências Atmosféricas do IAG/USP, diz que até novembro de 2013, as chuvas foram bem próximas ou acima do normal. A seca atingiu uma área muito significativa do Sudeste. Na região onde está o posto do IAG/USP e a bacia de interesse [que abastece o Sistema Cantareira], os índices ficaram em torno de 50% abaixo do normal".
A Região Metropolitana de São Paulo, onde está o posto do IAG, tende a receber mais chuva em razão da ilha de calor urbano, lembra o professor.

CHOVE MENOS NOS ENTORNO DA REGIÃO DOS MANANCIAIS
"Chove menos nos entorno da região, onde estão os mananciais que suprem a demanda por água da capital", afirma Pereira Filho. "Todo essa chuva sobre São Paulo poderia ser aproveitada se não fosse a poluição das superfícies (lixo urbano), córregos e rios (esgoto)".
Fonte: Sabesp-Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, Sócio Ambiental  e UOL-16/05/2014

Atualizações:

07/02/2016 - Nível de água do Sistema Cantareira mantém em elevação 
Os outros quatro sistemas que abastecem os municípios paulistas tiveram queda no mesmo período.
Sistema Cantareira operava no sábado 35,8% e subiu no domingo para 36,1%, incluindo  o volume morto.  
■Alto Tietê operava com 28,6% no sábado, mas neste domingo estava com 28,5%.
■ Guarapiranga teve diminuição de 81,7% para 81,5%.
■ Rio Grande, que tinha 88,8% estava com 88,5% neste domingo.
■ Rio Claro foi de 80,7% para 80,3%.
■ Alto Cotia opera com 100%

Fonte: G1 - 07/02/2016 09h18  

Situação dos reservatórios de São Paulo em 30/12/2015
Depois de 19 meses, o sistema Cantareira atingiu na quarta-feira, 30 de dezembro de 2015 o seu volume útil, tendo recuperado o volume morto, água que fica abaixo do nível de captação das comportas.
O nível subiu hoje de 22,4% para 22,6%, percentual que corresponde à quantidade de água que existe no sistema em relação à capacidade total de armazenamento, incluindo as duas cotas do volume morto.
Outros reservatórios
No Sistema Alto Tietê, foi registrado pequena melhora no armazenamento, mas o nível ainda é baixo, passou de 23,3% para 23,5%.
No  Guarapiranga, o nível baixou de 90,9% para 88,2%.
No Rio Grande, o nível também caiu de 96,3% para 95,5%,
No Alto Cotia, o nível de armazenamento passou de 84,4% para 85,5%.

O Sistema Rio Claro ficou estável com de 71% de armazenamento. Fonte: UOL Notícias - 30/12/2015

Situação dos reservatórios de São Paulo em 22/10/2015
Foto: Represa do Jaguari, que integra o Sistema Cantareira, na região do Vale do Paraíba (SP), em  21/10/2015.
Sistema Cantareira-12,10%, O sistema ainda opera no volume morto. Atende 5,3 milhões de pessoas
Alto do Tietê – 13,9%. Atende 5 milhões de pessoas
Guarapiranga-75,8%.Atende 5,6 milhões de pessoas
Rio Grande-85,4%- Atende 1,5 milhão de pessoas
Alto Cotia-57,6%. Atende 400 mil pessoas
Rio Claro-54,6% . Atende 1,5 milhão de pessoas. Fonte:G1 São Paulo-22/10/2015



21/03/2015 - Nível do Sistema Cantareira sobe e supera média histórica para março
Até agora, choveu 180,6 mm nas represas do sistema, quando a média para o período é de 178 mm.
Foi o 15º dia consecutivo de alta no nível das represas que abastecem 5,6 milhões de pessoas na Grande São Paulo. O nível do Cantareira também subiu se levada em conta a nova metologia adotada pela Sabesp, que considera na capacidade total do sistema as duas cotas de volume morto adicionadas no ano passado. Por essa metodologia, o nível subiu de 12,4% para 12,6% neste sábado.
Apesar das elevações, a situação ainda é crítica, e a chuva que caiu nos últimos meses conseguiu recuperar apenas a segunda cota do volume morto. Para superar a primeira cota do volume morto, o sistema precisa chegar a 29,2%, ou seja, 0% do volume útil.
A conta para chegar ao índice do nível do reservatório só considerava o volume útil do sistema, que é de 982 bilhões de litros.
Todos os sistemas que abastecem a Grande São Paulo também tiveram alta neste sábado. Confira os valores divulgados pela Sabesp:
Sábado (21)
Alto Tietê - 22,5%
Guarapiranga – 81,5%
Alto Cotia – 61,5%
Rio Grande – 98,0%
Rio Claro – 41,1%
Sexta-feira (20)
Alto Tietê - 22,4%
Guarapiranga – 79,5%
Alto Cotia – 60,1%
Rio Grande – 97,8%
Rio Claro – 41,0%
Do G1 São Paulo

21/02/2015- Sistema Cantareira tem nova alta
O nível do sistema Cantareira subiu de 10,0% para 10,2% neste sábado (21), de acordo com boletim divulgado pela Sabesp nesta manhã. O reservatório, que abastece 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo, tem recebido chuvas constantes e já superou a média histórica do mês. No entanto, o cenário ainda é crítico, embora o governo tenha dito nesta sexta-feira (20) que "não há nenhuma previsão de rodízio". Consumidores enfrentam a redução de pressão nas torneiras realizada pela Sabesp.
Segundo a companhia, quando o Cantareira atingir 10,7%, numericamente o sistema terá recuperado a segunda cota e entrará no primeiro volume morto, que vai até 18,5% do nível total. "Isto quer dizer que quando o sistema chegar 29,2% voltará ao volume útil (10,7% + 18,5%)", informou a Sabesp em nota.
Aumento nos sistemas
A alta verificada no Cantareira é a 17ª alta de fevereiro e a 15ª consecutiva. O aumento do nível desde o começo do mês é de 4,5 pontos percentuais. As represas voltaram ao patamar do dia 23 de novembro de 2014, quando já era captada água do segundo volume morto.
Há exatamente um ano, o sistema tinha 18,2% do seu volume regular. À época, nenhuma parte dos volumes mortos havia sido captada.
Veja os valores desta sexta (20) e sábado (21):
Sistema Cantareira – 10% sexta; 10,2% sábado
Sistema Alto Tietê – 17,8% sexta, 18,0% sábado
Sistema Guarapiranga – 57,1% sexta, 57,5% sábado
Sistema Alto Cotia – 36,6% sexta, 36,6% sábado
Fonte: G1 São Paulo

15/02/2015- Nível das represas do Sistema Cantareira sobe
O nível de água das represas do Sistema Cantareira subiu de 7,1%, no sábado (14), para 7,3% neste domingo (15), segundo boletim divulgado no site da Sabesp. Elas abastecem 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo.
Outros sistemas
Confira abaixo os níveis de sábado em comparação com este domingo dos outros cinco sistemas que atendem a Grande São Paulo:
Alto Tietê: subiu de 13,7% para 14,1%;
Guarapiranga: subiu de 55% para 55,2%;
Alto Cotia: subiu de 34,2% para 34,4%;
Rio Grande: subiu de 80,2% para 80,7%;
Rio Claro: subiu de 31,9% para 32,1%.
Na sexta-feira (13), o governo de São Paulo divulgou que não descarta rodízio de água. Também informou que irá criar um plano de contingência caso seja necessário adotar o racionamento. Escassez de chuvas e seca foram motivos apontados pelo governo como problemas no abastecimento. Por isso, recomenta à população que economize no consumo.
O Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) em São José dos Campos (SP), divulgou relatório no início de fevereiro mostrando que o Cantareira poderia secar em junho considerando a média de chuva dos últimos meses. O relatório traz cinco cenários e, no pior deles, com previsão de chuva 50% abaixo da média, não haveria mais água no meio do ano. Fonte: G1 São Paulo

08/02/2015 - Nível do Sistema Cantareira tem ligeira alta
O nível do Sistema Cantareira subiu pelo quinto dia consecutivo e passou de 5,6% para 5,7% no domingo (8), segundo o último boletim da divulgado pela Sabesp. O conjunto de represas é responsável por abastecer 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo.
Os outros cinco sistemas que abastecem a Grande São Paulo também receberam chuvas nos últimos dias e registraram aumento.
A alta mais expressiva foi registrada no Sistema Rio Grande, que passou de 78,2% para 78,9%.
Confira o níveis dos sistemas que atendem a Grande São Paulo:
Cantareira: subiu de 5,6% para 5,7%;
Alto Tietê: subiu de 12,1% para 12,4 %;
Guarapiranga: subiu de 51,1% para 52,3 %
Alto Cotia: subiu de 32,2% para 32,6%;
Rio Grande: subiu de 78,2% para 78,9%;
Rio Claro: subiu de 30,9% para 31%.
Previsão de chuvas
As precipitações devem ficar abaixo da média pelo menos até abril. É o que prevê o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério de Ciência e Tecnologia. O resultado foi divulgado em 16 de janeiro, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília. Fonte: G1 São Paulo

01/02/2015 - Cantareira volta a cair após sete dias com mesmo nível
O Sistema Cantareira, que abastece 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo, começou fevereiro em queda após sete dias com estabilidade. Neste domingo (1º), as represas tinham 5% da capacidade, contra os 5,1% que apresentavam desde 25 de janeiro, segundo dados da Sabesp divulgados nesta manhã.
Entre os seis sistemas que abastecem a região metropolitana, o Cantareira foi o que recebeu o maior volume de chuvas neste sábado (31): 10,7 mm. A chuva não foi suficiente, no entanto, para conter a queda no nível das represas. Janeiro foi o 12º mês no Cantareira com precipitação abaixo da média história desde janeiro de 2014, início da crise.
A última vez em que o Cantareira subiu foi no dia 26 de dezembro de 2014. De lá para cá, se manteve estável ou perdeu mais água do que recebeu. A última sequência de quedas, entre 12 e 25 de janeiro, foi a terceira maior desde o início da crise hídrica, no começo do ano passado. O sistema já utiliza sua segunda cota de volume morto.
Confira os níveis dos sistemas que atendem a Grande São Paulo:
Cantareira: caiu de 5,1% para 5%
Alto Tietê: subiu de 10,8% para 11%;
Guarapiranga: caiu de 48,1% para 47,9%;
Alto Cotia: caiu 28,4% para 28%;
Rio Grande: subiu de 74,7% para 75%;
Rio Claro: subiu de 28,3% para 28,8%.
Previsão
As precipitações devem ficar abaixo da média pelo menos até abril. É o que prevê o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério de Ciência e Tecnologia. O resultado foi divulgado em 16 de janeiro, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico. Fonte: G1 São Paulo

05/01/2015-Nível de 5 dos 6 principais mananciais de SP cai nesta segunda
De acordo com boletim divulgado pela Sabesp, o nível do sistema Cantareira baixou 0,1 ponto percentual e opera com 7% de sua capacidade. Nos últimos três dias, o Cantareira havia permanecido estável.
O reservatório é responsável pelo atendimento de 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo e já opera com a segunda cota do volume morto (água do fundo do reservatório que não era contabilizada).
O nível do Alto Tietê, que também está em estado crítico, também baixou 0,1 ponto percentual em relação ao dia anterior e opera com 11,8% de sua capacidade.
O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. Com a adição do volume morto no dia 14 de dezembro, o sistema ganhou volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).
O nível do reservatório Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, foi o que registrou a maior queda: 0,7 ponto percentual em relação ao dia anterior e opera com 30,4% de sua capacidade nesta segunda.
A represa de Guarapiranga, que fornece água para 4,9 milhões de pessoas, registrou queda 0,3 ponto percentual em relação ao dia anterior e opera com 40% de sua capacidade. Já o nível do sistema Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, baixou 0,1 ponto percentual e opera com 30,8% de sua capacidade.
De acordo com a Sabesp, o reservatório de Rio Grande, que atende a 1,2 milhão de pessoas, opera com 72,1% de sua capacidade após subir 0,1 ponto percentual em relação ao dia anterior. A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.. Fonte: Folha de São Paulo 

24/12/2014-Depois de 251 dias, Cantareira registra primeira alta no nível da água
Após 251 dias sem registrar aumento de forma natural, o sistema Cantareira, enfim, subiu. Principal reservatório da região metropolitana ao abastecer 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo, o Cantareira passou de 6,7% para 7% nesta quarta-feira (24), segundo a Sabesp.
A última vez na qual a régua do manancial havia subido foi em 16 de abril.
A alta foi consequência das chuvas que atingem a região metropolitana nos últimos dias. Somente ontem, o sistema recebeu 52,4 mm de água, o que representa 24% da média história para dezembro (220,9 mm). No acumulado do mês, o Cantareira acumula 140 mm (63% da média). Fonte: UOL Notícias
Outros cinco reservatórios de SP também sobem
Além do Cantareira, todos os demais cinco reservatórios que abastecem a região também registraram alta.
O nível do Alto Tietê, que também está em estado crítico, subiu de 10,5% para 11,1%. O sistema, que abastece 4,5 milhões de pessoas, já tem acumulado 153 mm de chuvas no mês, 79% da média histórica.
A represa Guarapiranga, que fornece água para 4,9 milhões de pessoas, subiu 1,7 ponto percentual e opera com 38,3% de sua capacidade.
O reservatório de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, passou de 66,7% para 69%.
O reservatório de Rio Grande, que atende a 1,2 milhão de pessoas, opera com 69% de sua capacidade após subir 2,3 pontos percentuais.
O sistema Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, passou de 30,2% para 31,5%. Fonte: UOL Notícias

14/12/2014-Nível do Cantareira recua
Mesmo com as chuvas dos últimos dias no Estado de São Paulo, o nível de armazenamento de água do Sistema Cantareira recuou 0,1 ponto porcentual de sábado (13) para domingo (14), ficando em 7,3%, segundo informações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Já o índice de armazenamento do Sistema Tietê caiu de 4,2% para 4,1%. Entretanto, como a Sabesp iniciou a captação inicial de mais 39,46 milhões de metros cúbicos da represa Ponte Nova, o nível do Alto Tietê passou a ser agora de 10,7%. O Sistema Guarapiranga teve alta no volume armazenado, de 33,4% para 34,8%. O Alto Cotia subiu de 29,6% para 30,3% e o Rio Grande avançou de 64% para 64,3%. O Sistema Rio Claro, por sua vez, caiu de 26,6% para 25,9%- Fonte: UOL Noticias

03/12/2014 - Sem chuva, nível de água continua caindo nos reservatórios de SP
Não choveu em nenhum dos seis reservatórios que abastecem a Grande São Paulo entre ontem e esta quarta-feira (3). Resultado: o nível dos mananciais caiu mais uma vez. O do Sistema Cantareira, que fornece água para 6,5 milhões de pessoas, passou de 8,5% para 8,4%; o do Alto Tietê, que abastece 4,5 milhões de pessoas, caiu de 5,5% para 5,4%; e o do Guarapiranga, responsável pelo abastecimento de 4,9 milhões de pessoas, teve queda de 0,4 ponto percentual, chegando a 32,7%. As informações são da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Fonte: UOL Noticias

24/11/2014- Nível do Cantareira não sobe há 222 dias e cai para 9,4%
O nível do Cantareira, que abastece um terço da população da Grande São Paulo (6,5 milhões de pessoas), teve nova queda nesta segunda-feira (24), chegando a 9,4%, segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). O índice do sistema não sobe há 222 dias. A última vez que registrou alta foi em 16 de abril. O nível do Alto Tietê, que fornece água para 4,5 milhões de pessoas, também caiu, passando de 6,1% para 5,9%. O do Guarapiranga, responsável pelo abastecimento de 4,9 milhões de pessoas na região, teve queda de 0,1 ponto percentual, chegando a 32,2%. Fonte: UOL Noticias  

19/11/2014 - Nível do Cantareira cai para 10%, percentual que resta do 2º volume morto
O nível de água do Sistema Cantareira, que fornece água para um terço da população da Grande São Paulo (6,5 milhões de pessoas), caiu 0,2 ponto percentual de ontem (18) para hoje (19), chegando a 10%, segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Esse percentual é o que resta de água da segunda cota do volume morto, água que fica no fundo das represas e que começou a ser usada no último fim de semana. Em uma semana, o índice do Cantareira caiu 1%. O nível também caiu nos outros mananciais que abastecem a região. O do Alto Tietê passou de 6,9% para 6,7% e do Guarapiranga, de 34% para 33,7%. O sistema que apresentou maior queda foi o Rio Claro, cujo índice caiu 0,6 ponto percentual, chegando a 34,8%. Fonte: UOL Noticias

31/10/2014 - Déficit de água no Cantareira chega a 49,8 bilhões de litros
Em outubro, entraram nos reservatórios do sistema Canteira somente 10,7 bilhões de litros, quando a média é de 72,5 bilhões. Em contrapartida, 60,5 bilhões de litros deixaram as represas neste mês para abastecer 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo que ainda dependem do Cantareira e mais 5,5 milhões na região de Campinas, no interior paulista. Isso significa que o déficit de água alcançou 49,8 bilhões de litros, ou 5% da capacidade do sistema. O agravamento da seca no Cantareira em outubro frustrou a expectativa dos órgãos reguladores do manancial e da Sabesp e antecipou o fim da primeira cota do volume morto. No início, os 182,5 bilhões de litros da reserva profunda das represas captados desde maio não seriam usados integralmente. Depois, projetou-se que durariam até 21 de novembro, passando ao dia 15 do próximo mês na última simulação. Agora, a previsão é de que se esgote em uma semana. A Sabesp usará uma segunda reserva, de 105 bilhões de litros, para manter o abastecimento na Grande São Paulo até março de 2015 sem precisar decretar racionamento oficial. As regras de uso ainda estão sendo discutidas pelos órgãos reguladores dos governos federal e paulista, embora a Sabesp já esteja captando água do segundo volume da Represa Atibainha, um dos reservatórios do Cantareira, na cidade de Nazaré Paulista. Fonte: UOL Notícias 

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