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terça-feira, novembro 25, 2025

TORNADO ARRASA A CIDADE RIO BONITO DO IGUAÇU NO PARANÁ

LOCALIZAÇÃO 

Rio Bonito do Iguaçu é um município localizado na região Centro-Sul do estado do Paraná, a aproximadamente 400 quilômetros de Curitiba (capital do estado). O município, com  população estimada de cerca de 14 mil habitantes segundo dados do IBGE de 2020, encontra-se próximo à cidade de Laranjeiras do Sul, localizada a apenas 18 quilômetros de distância.

Registros mostram que as rajadas provocaram destelhamento de residências, além de quedas de árvores e postes.  A cidade está sem energia elétrica e quase 50% das estruturas da área urbana   foram deterioradas.

Estima-se que mais de 50% da zona urbana foi afetada por destelhamentos. Houve inúmeros colapsos estruturais  de edificações comerciais, de órgãos públicos e residências. A malhas viária foi comprometida e a rede elétrica foi danificada. Informou a Defesa Civil.

TORNADO

O tornado atingiu a cidade por volta das 17h30 de sexta‑feira (7/11). Segundo meteorologistas, o fenômeno foi causado por um ciclone extratopical que atinge o sul do país.

Rio Bonito do Iguaçu foi a cidade mais atingida, mas outros municípios da região, como Laranjeiras do Sul e Guarapuava também sentiram os efeitos do tornado. O tornado atingiu a cidade com temporal, vento forte e granizo, deixando um rastro de destruição.

A tempestade que atingiu a cidade foi causada por um tornado formado dentro de uma supercélula, segundo o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná).

Na escala Fujita, que determina a intensidade dos tornados, a tempestade foi classificada inicialmente como um F2, quando são registrados ventos de 180 a 250 km/h. Horas depois, contudo, o Simepar alterou o diagnóstico, elevando o fenômeno para F3 (entre 250 e 330 km/h).

INFRAESTRUTURA

ENERGIA ELÉTRICA

Segundo a Copel, 280 postes e três torres de alta tensão da região foram derrubadas pelos ventos, deixando a cidade no escuro.

ESTRADAS

Diversas estradas e rodovias foram bloqueadas. As rodovias PRC-158, em Rio Bonito do Iguaçu, e PRC-466, em Guarapuava, tiveram o tráfego de veículos interrompidos  mas já estão liberadas. A desobstrução da PR-170, por outro lado, deve demorar cerca de 10 dias devido à intensidade dos estragos.

VÍTIMAS E RESGATE

Mortes – Ribeirão Bonito do Iguaçu (7); Guarapuava (1)

Feridos - o serviço médico e de socorro da região atendeu 835 pessoas. Mais de 30 pessoas  seguiam internadas, sendo quatro delas em UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

DEFESA CIVIL

A Defesa Civil enviou para a cidade 2.600 telhas, 1.200 cestas básicas, 565 colchões, 270 kits higiene, 204 kits limpeza, 150 kits dormitório e 54 bobinas de lona.

Mais de mil pessoas ficaram desalojadas e ainda dependem de abrigos ou da ajuda de vizinhos e parentes.

Na cidade, escolas, postos de saúde e centros comunitários estão sendo usados como abrigos temporários.

MEDIDAS DE EMERGÊNCIAS

Diversas corporações estaduais estão na região. Equipes dos bombeiros, da Polícia Militar, da Secretaria de Saúde e de outros órgãos prestam auxílio. Há suspeita de vítimas presas em escombros. Cães farejadores são usados nas buscas.

SAÚDE

Hospitais da região de Laranjeiras do Sul, Guarapuava e Cascavel estão mobilizados para o atendimento às vítimas.

Em Laranjeiras do Sul, os atendimentos estão sendo realizados em duas unidades hospitalares, uma unidade de saúde e uma faculdade. Em um dos hospitais, 216 atendimentos foram realizados até o momento. Desse total, 51 foram transferidos para outras unidades, três passaram por cirurgia de ortopedia, uma por cirurgia geral e dois pacientes estão em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado instável.

Em outro hospital, 100 atendimentos foram realizados, sendo que cinco deles cirúrgicos, cinco pessoas foram transferidas e duas crianças e cinco gestantes atendidas. Os demais casos são de pacientes clínicos estáveis. Na Unidade de Saúde foram 103 atendimentos e, na faculdade, 18 casos. Os pacientes que precisaram de transferências foram levados para o Hospital Universitário de Cascavel e o Hospital Regional de Guarapuava.

Mais de 30 ambulâncias da 5ª e 7ª Regionais de Saúde estão disponíveis para atendimento, com mais de 100 profissionais de saúde e voluntários envolvidos. Os Pronto Atendimentos de Nova Laranjeiras, Cantagalo e Saudade do Iguaçu também foram disponibilizados para receber as vítimas.

O Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) foi acionado e enviou 1.000 unidades de soro 500 ml e 1.000 unidades de ringer (outro tipo de soro) para apoio aos hospitais de Laranjeiras do Sul. Municípios da região do desastre também estão doando medicamentos e insumos para as unidades que estão recebendo os pacientes.

A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) também está enviando cerca de 10 mil unidades de 17 tipos de materiais diferentes, incluindo ataduras, seringas, compressas, agulhas, entre outros insumos, que auxiliarão os hospitais nos atendimentos das vítimas.

TESTEMUNHAS DO EVENTO

·      A dona de casa Kelly, que viu sua casa desabar diante dos olhos. "Tudo aconteceu muito rápido. O céu escureceu, começou a ventar e derrubou a janela. Só deu tempo de pegar um colchão pra colocar em cima da minha família pra proteger. Mesmo assim, duas tias ficaram feridas. Da casa não sobrou nada", contou ainda em choque.

·      Vendaval durou de 30 a 40 segundos e "detonou tudo", disse Adilson Camilo, morador de Rio Bonito do Iguaçu."Começou a voar tudo. Voaram telhas, parede. Tudo o que você imaginar", contou. Corremos para o banheiro e o banheiro voou, começou a rachar. Corremos para o quarto de visitas e começou a desabar. Corremos para o nosso quarto, nos abraçamos a pedimos a Deus: 'Deus, ajuda a gente, por favor', disse Adilson Camilo.

·      Na quadra ao lado, Eliandro Felan, dono de uma conveniência, também não sabe como será o futuro. O telhado do estabelecimento foi arrancado pelo vento, a fachada voou longe e o ar‑condicionado despencou sobre um cliente que estava no local e precisou ser levado ao hospital. "Agora, na verdade, vai ser tudo do zero. Vamos ver como será, como virão as ajudas e ver como vai ficar", afirma.

·      Roseli Pereira de Souza é dona de uma panificadora, conta que, no momento em que o tornado atingiu a cidade, estavam trabalhando. O vento destruiu o estabelecimento, mas os cinco funcionários e os clientes que estavam no local não se feriram. "A gente ainda não parou pra pensar como será daqui para frente. Primeiro estamos vendo os estragos, ver o que dá para aproveitar." Ela não sabe estimar os prejuízos, mas diz que a destruição foi total.

·      A técnica de enfermagem aposentada Glaci Tereza Merlak, 63, estava em casa com o marido, Vilmar, quando o tornado iniciou. Eles conversavam sobre a possibilidade de temporal quando foram surpreendidos pelo vento forte. O marido tentou segurar uma porta de vidro, que acabou estourando e o jogou contra uma geladeira, arrastada por vários metros. Ferida, ela procurou ajuda dos vizinhos. "Tentamos abrir a porta para pedir socorro, mas não havia a quem, porque todos estavam na mesma situação", relata.

·      A aposentada Tereza Bittu, 88, conta que um fogão salvou sua vida. A parede da casa desabou em sua direção, mas um fogão que estava em um local mais elevado da residência serviu como proteção. Socorrida por um vizinho, com apoio de policiais, ela foi levada para um hospital de Laranjeiras. O olho roxo e marcas pelo corpo mostram o impacto de objetos contra ela. "Eu acho que escapei foi pelo amor de Deus", afirma. A aposentada está na casa de uma filha em Laranjeiras do Sul.

LIMPEZA DA CIDADE

O coordenador da Defesa Civil do estado, afirmou que a cidade deve estar limpa em dois ou três dias, com a retirada de entulhos e escombros.  

PREJUÍZOS

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) estimou que os prejuízos já ultrapassariam 114,5 milhões.

RECONSTRUÇÃO

Cerca de 40% dos imóveis da cidade precisarão ser totalmente reconstruídos, aponta relatório preliminar Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná) e da Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná).

Os outros imóveis atingidos, 60%, ainda teriam condições de passar apenas por reformas, sem necessidade de demolição.

Segundo a concessionária de energia, Copel, cerca de 200 profissionais estão na cidade para restabelecimento de energia elétrica. Fontes: Correio do Povo-08/11/2025; Folha de São Paulo - 8.nov.2025; BBC News Brasil - 8 novembro 2025; UOL- 08/11/2025; UOL- 09/11/2025; Folha de São Paulo - 9.nov.2025; Folha de São Paulo - 10.nov.2025; Folha de São Paulo - 11.nov.2025



ATUALIZAÇÕES DAS INFORMAÇOES – 26/11/2025

·      Tornado em Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava, Paraná, foi classificado como F4 com ventos de até 418 km/h, conforme laudo do Simepar.

·      Onze cidades foram atingidas; Turvo teve ventos F2. Inicialmente, ventos foram estimados em F2, mas elevou-se para F3 antes de confirmar F4.

·      Destruição em 90% de Rio Bonito do Iguaçu deixou mais de mil desalojados e sete mortos, incluindo um caso de morte por estresse pós-traumático.

O laudo técnico elevou para categoria F4 os ventos em Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava. Nova avaliação foi divulgada hoje pelo Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná).

O que aconteceu

Um tornado de categoria F4 na escala Fujita, tem ventos estimados entre 332 km/h e 418 km/h. Simepar concluiu nesta semana o laudo técnico que detalha a trajetória e a classificação dos três tornados que atingiram 11 cidades do Paraná naquela data.

Ventos que atingiram cidade de Turvo foram mantidos na categoria F2. Neste caso, a velocidade do vento é estimada entre 180 km/h e 253 km/h.

Onze municípios foram atingidos: Rio Bonito do Iguaçu, Turvo, Guarapuava, Quedas do Iguaçu, Espigão Alto do Iguaçu, Nova Laranjeiras, Porto Barreiro, Laranjeiras do Sul, Virmond, Cantagalo e Candói.

Inicialmente, o Simepar estimou ventos de 250 km/h (F2), mas dias depois elevaram para 330 km/h (F3). A escala Fujita, sistema usado para classificar tornados, vai até o nível F5.

Escala de tornados:

F0 > ventos entre 65 km/h e 116 km/h;

F1 > ventos entre 116 km/h e 180 km/h;

F2 > ventos entre 180 km/h e 253 km/h;

F3 > ventos entre 253 km/h e 332 km/h;

F4 > ventos entre 332 km/h e 418 km/h;

F5 > ventos entre 418 km/h e 511 km/h.

Fonte: UOL, em São Paulo - 26/11/2025 

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sexta-feira, novembro 07, 2025

TUFÃO KALMAEGI DEIXA UM RASTRO DE DESTRUIÇÃO NAS FILIPINAS

 Em 2 de novembro de 2025, o ciclone tropical Kalmaegi  tocou o solo na Filipinas como uma tempestade tropical e rapidamente se intensificou para um tufão enquanto se deslocava para oeste através das Visayas. O ciclone tropical atingiu a costa diversas vezes – primeiro em Silago, Leyte do Sul, seguido por Borbon, Cebu, Sagay City, Negros Ocidental, Iloilo City e El Nido, Palawan – trazendo chuvas torrenciais, ventos destrutivos e inundações generalizadas em grande parte do país. O tufão saiu da Filipinas em 6 de novembro de 2025, mantendo sua força como tufão.

ATÉ 7 DE NOVEMBRO, ESTIMA-SE QUE;

 2,4 milhões de pessoas (680.431 famílias) foram afetadas em oito regiões. Destas, 302.008 pessoas (83.139 famílias) estão atualmente em 2.936 centros de evacuação, enquanto 75.325 pessoas (22.184 famílias) estão temporariamente abrigadas com parentes ou amigos.

MORTES E FERIDOS

O Conselho Nacional de Redução e Gestão de Riscos de Desastres (NDRRMC) registrou 153 mortes, 135 feridos e 86 desaparecidos, principalmente nas Regiões 6 (Visayas Ocidental), 7 (Visayas Central) e 8 (Visayas Oriental), devido a graves inundações e deslizamentos de terra.

IMPACTO E ÁREAS AFETADAS

As chuvas fortes a intensas causaram inundações em pelo menos 41 municípios e deslizamentos de terra em várias províncias. Mais de 12.600 casas foram danificadas (487 totalmente e 12.190 parcialmente).

As províncias de Cebu, Ilhas Dinagat, Leyte e Surigao del Norte estão entre as mais afetadas. Cebu registrou 111 mortes e mais de 87.000 famílias desabrigadas ainda em locais de evacuação após inundações urbanas generalizadas.

Nas Ilhas Dinagat, aproximadamente 36% da população foi deslocada, com danos significativos à infraestrutura e interrupções no fornecimento de água, saneamento e higiene Leyte e Biliran sofreram extensas inundações, contaminação da água e consequentes alertas de saúde devido ao saneamento precário e à água parada.

DANOS A INFRAESTRUTURA

Estimativas preliminares indicam danos à infraestrutura, perdas agrícolas afetando mais de 600 agricultores e pescadores e mais de 460 hectares de terras cultiváveis.

AS INSTALAÇÕES EDUCACIONAIS TAMBÉM SOFRERAM GRANDES DANOS.

Em cinco regiões, cerca de 1,9 milhão de alunos e 79 mil funcionários da educação foram afetados, com 3.478 escolas públicas relatando suspensão de aulas. Pelo menos 412 escolas em sete regiões foram convertidas em centros de evacuação, abrigando temporariamente famílias desabrigadas.

Uma avaliação rápida dos danos identificou 1.975 salas de aula com danos leves, 737 com danos graves e 548 totalmente destruídas.  

INTERRUPÇÕES NOS SERVIÇOS ESSENCIAIS

A tempestade causou graves interrupções nos serviços essenciais, deixando muitas áreas sem energia elétrica, água e comunicações, enquanto os centros de evacuação superlotados e os ambientes contaminados pelas enchentes continuam a aumentar os riscos à saúde e à segurança das populações afetadas.

 O Kalmaegi atingiu as Filipinas em um momento de fragilidade. O país lida com uma sucessão de desastres naturais nos últimos meses, entre eles, terremotos e tempestades. Em setembro, o supertufão Ragasa atingiu o norte de Luzon, provocando rajadas de ventos, chuvas torrenciais e a suspensão de atividades governamentais e escolares.


SITUAÇÃO NO VIETNÃ

Pelo menos cinco pessoas morreram no Vietnã depois que o tufão Kalmaegi atingiu regiões costeiras com ventos destrutivos e chuvas intensas, disseram autoridades nesta sexta-feira (7), após a passagem da tempestade pelas Filipinas.

 O tufão tocou o solo na noite de quinta-feira na costa central vietnamita —já devastada pela tempestade e de onde milhares de pessoas haviam fugido—, arrancando árvores, danificando casas e provocando blecautes, antes de enfraquecer ao avançar para o interior.

DANOS MATERIAIS

As autoridades locais ainda avaliavam os danos na manhã de sexta-feira, mas o governo informou que pelo menos cinco pessoas morreram e 57 casas foram destruídas em Gia Lai e na região vizinha de Dak Lak.

No país, cerca de 2.800 residências sofreram danos, e 11 embarcações afundaram, segundo as autoridades.

A empresa estatal de energia elétrica informou que 1,6 milhão de pessoas ficaram sem eletricidade quando o tufão atingiu a costa central, mas um terço do serviço foi restabelecido até a manhã de sexta-feira.

O governo mobilizou 268 mil soldados para operações de busca e resgate e emitiu alertas sobre possíveis inundações que poderiam afetar as chamadas Terras Altas Centrais —principal região produtora de café do país—, embora comerciantes tenham relatado que as plantações permaneceram intactas.

O tufão perdeu força ao avançar pelo interior, mas ainda são previstas chuvas fortes para grande parte da costa central, segundo o serviço meteorológico nacional.

O fenômeno atingiu o Vietnã enquanto o país se recuperava de uma semana de inundações e chuvas recordes que já haviam deixado 47 mortos.

O país asiático está localizado em uma das regiões tropicais mais ativas do planeta em termos de ciclones e registra, em média, dez tufões ou grandes tempestades por ano. O Kalmaegi, porém, foi o 13º de 2025, refletindo uma temporada mais intensa que o habitual. 

Fontes: OCHA  Posted 7 Nov 2025; Folha de São Paulo - 7.nov.2025 

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quarta-feira, novembro 05, 2025

FURACÃO MELISSA CAUSA DESTRUÇÃO NO CARIBE


O furacão Melissa atingiu o solo da Jamaica nesta terça-feira (28) como um fenômeno de categoria máxima, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA. Mais cedo, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou que espera uma situação catastrófica no país caribenho, em decorrência das rajadas de vento superiores a 300 quilômetros por hora, sendo a pior tempestade a atingir a ilha neste século. A costa da cidade de New Hope, a oeste do país, foi a primeira região atingida pelos ventos.

Ondas de até quatro metros de altura são esperadas, com precipitação que deve ultrapassar 700 mm, cerca do dobro da quantidade normalmente esperada durante toda a estação chuvosa. "Isso significa que haverá inundações repentinas e deslizamentos de terra catastróficos".

A maioria dos jamaicanos ficou sem acesso à internet, e os principais aeroportos foram fechados, dificultando o trabalho das autoridades para avaliar a dimensão dos danos. O governo afirmou que o país é uma "zona de desastre" e que os moradores devem permanecer protegidos devido ao risco de inundações e deslizamentos de terra.

Fotos e vídeos compartilhados nas redes sociais mostravam estradas e carros destruídos, além de árvores e destroços de telhados arrancados pelos ventos. O aeroporto de Montego Bay ficou com áreas de espera alagadas, vidros quebrados e tetos desabados.

Os locais, importantes pontos turístico do país, foram severamente atingidos. Resorts foram parcialmente destruídos, assim como o aeroporto.

O furacão Melissa atingiu Cuba na madrugada de quarta-feira (29), com ventos chegando a 195 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês), após deixar um rastro de destruição na Jamaica.

Segundo dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), o Melissa tornou-se o furacão mais forte a atingir o solo na costa do Atlântico em 90 anos.

Situação

Jamaica

As autoridades relataram 19 mortes, 96 feridos, confirmados, inundações generalizadas e danos significativos à infraestrutura,  05 hospitais afetados, deixando mais de 460.000 pessoas sem energia elétrica.

Haiti

No Haiti, o número de mortos relatados 23, e muitos ainda estão desaparecidos após chuvas torrenciais e inundações de rios, particularmente em Petit-Goâve.

República Dominicana,

Na República Dominicana, o furacão causou inundações e deslizamentos de terra que colocaram vidas em risco, afetando mais de 60.000 pessoas.

Foram registrados 13 estabelecimentos de saúde afetados por falhas elétricas, limitações de acesso e inundações em outras províncias.

32 sistemas de abastecimento de água potável fora de operação em nível nacional, por altos níveis de turbidez da água..

Cuba

Em Cuba, mais de 60.000 casas foram total ou parcialmente destruídas, enquanto milhares continuam sendo evacuadas devido ao alto risco de novas inundações e deslizamentos de terra.

Foram relatados danos em mais de 40.000 hectares de plantações, principalmente de banana. Mais de 40% da produção de hortaliças foi danificada, limitando a disponibilidade e o acesso a alimentos.

Pelo menos 287 instituições de saúde foram afetadas, com danos em telhados e estruturas internas, além da perda de equipamentos médicos essenciais.

Quase 600 centros educacionais (dos 2.729 localizados nos 29 municípios mais afetados) sofreram danos na infraestrutura.

Mais de 700 mil crianças em todo o Caribe, foram afetadas pelo furacão, segundo a UNICEF. Fonte - OCHA  Publicado1 de novembro de 2025; Cuba, Hurricane Melissa - Flash Update No. 4 November 2, 2025 

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quinta-feira, outubro 16, 2025

TEMPESTADE ARRASA FÁBRICA DE MOTORES DA TOYOTA EM PORTO FELIZ (SP)

Um forte temporal atingiu Porto Feliz (SP), a 130 km da capital paulista, na tarde segunda feira (22/9), causando grandes estragos e atingindo em cheio a fábrica de motores da Toyota. A ventania arrancou quase todo o telhado do galpão, entortou estruturas metálicas e chegou a capotar um carro no pátio da unidade.

A tempestade fez parte de uma frente fria que avançou pelo interior paulista e causou estragos em várias cidades, como Itu, Salto, Tietê e Sorocaba. Em Porto Feliz, as rajadas chegaram a 90 km/h, segundo a Defesa Civil, mas, pela dimensão dos danos, é provável que os ventos tenham superado os 100 km/h, de acordo com o site MetSul Meteorologia.

DANOS MATERIAIS

Imagens gravadas por funcionários da Toyota mostram a força da ventania, arrancando telhados inteiros, entortando colunas de ferro e espalhando destroços por toda a área externa da fábrica.

A estrutura do telhado foi parar do lado de fora da empresa e em áreas que ficam a até seis quilômetros de distância. Ao  menos sete veículos que estavam estacionados na fábrica ficaram destruídos. Um deles foi encontrado capotado. A guarita também foi levada com a força do vento.

ESTADO DE EMERGÊNCIA

Diante da situação, a Prefeitura de Porto Feliz decretou estado de emergência. A cidade também registrou quedas de árvores, falta de energia elétrica e destelhamento de residências.

VÍTIMAS

De acordo com o Corpo de Bombeiros, dez pessoas ficaram levemente feridas. Todas estavam conscientes e foram levadas para atendimento em veículos da própria empresa. Não houve registro de vítimas graves, mas o local continua interditado para vistoria da Defesa Civil.


INTERRUPÇÃO

A Toyota do Brasil informou que interrompeu a produção na fábrica, que ficará fechada por tempo indeterminado.

Como a Toyota não trabalha com estoque de produtos, um comunicado foi emitido para os funcionários da planta de Sorocaba informando que alguns setores terão as atividades paralisadas nos três turnos devido à interrupção da produção em Porto Feliz.

Segundo a Toyota, a tempestade causou estragos consideráveis na fábrica de motores. Imagens divulgadas por funcionários mostram o local alagado, com o teto da estrutura arrancado pelos fortes ventos.

A fábrica afirmou que o incidente afetou a produção em Sorocaba e Indaiatuba, onde será fabricado o Yaris Cross e também são produzidos outros modelos da marca, como Corolla e Corolla Cross, além do Yaris comercializado para exportação. Ao todo são cerca de 6.700 funcionários nas três fábricas.

As três fábricas estão paradas, sem previsão de retorno. Neste ano será quase impossível retomar as atividades. Mais de 90% da fábrica de Porto Feliz ficaram destruídos.

TOYOTTA

Inaugurado em maio de 2016, o complexo da Toyota em Porto Feliz foi o primeiro da marca a produzir motores na América Latina. Instalado às margens da Rodovia Marechal Rondon, o local recebeu um investimento inicial de R$ 580 milhões e emprega cerca de 700 pessoas.

A fábrica é responsável por processos de fundição, usinagem e montagem de powertrain, tendo produzido motores para Etios e Yaris. Atualmente, fornece os conjuntos que equipam os modelos Corolla e Corolla Cross fabricados em Sorocaba. A capacidade instalada é de 108 mil unidades por ano, com tecnologia considerada entre as mais avançadas do grupo no mundo.

A unidade emprega cerca de 700 pessoas e produz mais de 100 mil motores por ano, incluindo variantes híbridas flex.

MICROEXPLOSÃO: O QUE É O FENÔMENO CLIMÁTICO QUE DESTRUIU FÁBRICA DA TOYOTA

Depois de dias e de diversas análises, satélites e imagens da área atingida, a Defesa Civil de São Paulo constatou que a destruição da fábrica de motores da Toyota em Porto Feliz (SP) foi causada pela chamada 'microexplosão atmosférica'. Mas no que consiste esse evento climático?

O meteorologista Franco Vilela, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) faz um breve resumo. "É quando uma camada de ar, no interior de uma nuvem de tempestade, sofre um intenso e rápido resfriamento e praticamente despenca de altitudes elevadas, acelerando em direção ao solo, onde chega à superfície como ventos muito intensos".

O nome vem do inglês microbursts ou downburts, que na tradução por aqui também pode ser chamada de 'rajadas descendentes'. O meteorologista da Defesa Civil de São Paulo, Ernesto Alvin Grammelsbacher, detalha que a microexplosão é o colapso de uma corrente de ar dentro de uma tempestade.

A formação ocorre dentro de uma nuvem de tempestade (cumulonimbus) já madura. Fortes correntes de ar ascendentes dentro da nuvem sustentam gotas de chuva e granizo. Às vezes, ar seco do ambiente entra na nuvem e provoca a evaporação das gotas de chuva. A evaporação é um processo que "rouba" calor, resfriando o ar ao redor muito rapidamente.

O ar frio, por sua vez, é mais denso e pesado que o ar quente. Então essa "bolha" de ar frio e pesado despenca em direção ao solo em alta velocidade, formando uma corrente descendente (conhecida como downdraft). Ao atingir o solo, essa coluna de ar não tem para onde ir a não ser para os lados. Ela se espalha violentamente em todas as direções, como a água de um balão que estoura no chão, gerando ventos horizontais devastadores.

Grammelsbacher completa ainda dizendo que a destruição pode ser "linha reta ou em formato de estrela". Objetos são empurrados e derrubados em uma direção, a partir de um ponto central.

A explicação vai ao encontro do relato e dos estudos feito pelo órgão, onde a cidade foi atingida por fortes ventos, com rajadas de até 99 km/h, segundo a Defesa Civil. A força do vendaval destruiu o telhado da unidade fabril, que fica às margens da Rodovia Marechal Rondon. Pedaços da estrutura foram encontrados a mais de 6 km de distância.

O meteorologista detalha que esse fenômeno é "muitas vezes invisível e associado a uma cortina de chuva intensa ou poeira que se espalha rapidamente no solo". Já a duração é curta, de 5 a 15 minutos, mas pode impactar uma área de até 4 km de diâmetro.

Grammelsbacher faz outro adendo. "São ventos horizontais extremamente fortes e súbitos, especialmente perigosos para a aviação durante pousos e decolagens", alerta.

 Não era tornado?

A informação inicial era que a região da fábrica de Porto Feliz (SP) tivesse sido atingida por um tornado. "Embora ambos sejam fenômenos meteorológicos são classificados com tempestade severa e capazes de causar grande destruição, a microexplosão atmosférica e o tornado são fundamentalmente diferentes em sua formação, estrutura e no tipo de dano que provocam", explica o meteorologista da Defesa Civil.

A principal diferença, de forma resumida, está na direção do vento. A microcroexplosão é "uma corrente de ar descendente extremamente forte que se choca contra o solo e se espalha em todas as direções. Os ventos são em linha reta e para fora (divergentes)". Já o tornado "é uma coluna de ar em rotação violenta que se estende de uma nuvem de tempestade até o solo. Os ventos são rotacionais e para dentro/cima (convergentes).

Grammelsbacher ensina ainda que o movimento do vento de um tornado é ascendente e rotacional - ou seja, para cima e em círculo. A aparência visual é de funil visível saindo da base das nuvens e estendendo-se até o chão. O tornados geralmente deixam um "rastro de destruição caótico e convergente, com objetos torcidos, arrancados e arremessados em múltiplas direções".

O que aconteceu

Segundo a Toyota, a chuva de segunda-feira  (25/09) causou estragos consideráveis na fábrica de motores em Porto Feliz. Imagens divulgadas por funcionários mostram o local alagado, com o teto da estrutura arrancado pelos fortes ventos.

A marca afirmou que o incidente em Porto Feliz afetou a produção da Toyota em Sorocaba e Indaiatuba, onde será fabricado o Yaris Cross e também são produzidos outros modelos da marca, como Corolla e Corolla Cross, além do Yaris comercializado para exportação. Ao todo são cerca de 6.700 funcionários nas três fábricas.

A Toyota informa, ainda, que, "em uma primeira análise, a retomada da planta de motores deverá levar meses" e "está buscando alternativas de fornecimento de motores junto a unidades [da empresa] em outros países, com o objetivo de retomar a produção de veículos nas plantas de Sorocaba e Indaiatuba".

O lançamento do Yaris Cross estava programado para o fim de outubro. A Toyota afirma que uma nova data será comunicada em breve.

Devido aos estragos, a fábrica de Porto Feliz foi isolada para vistoria da Defesa Civil. A montadora informou que não há prazo para retomada das atividades.

A unidade emprega cerca de 700 pessoas e produz mais de 100 mil motores por ano, incluindo variantes híbridas flex.

TOYOTA VÊ DESAFIOS PARA RECONSTRUIR FÁBRICA

A fábrica de motores da marca japonesa no interior de São Paulo foi inaugurada em 2016 ao custo de R$ 580 milhões e com capacidade para produzir 170 mil motores por ano. À época, produzia os propulsores 1.3 e 1.5 aspirados para o compacto Etios, vendido no Brasil e Argentina, além de Peru e Uruguai - depois usada na gama do Yaris, descontinuado no Brasil e que seguia sendo produzido em Sorocaba para exportação.

Anos depois, Porto Feliz recebeu outro aporte, dessa vez de R$ 600 milhões, para a produção do 2.0 Dynamic Force aspirado e bicombustível que atualmente equipa a linha Corolla - esse motor será importado de outras fábricas da Toyota para a produção das versões convencionais a partir de janeiro do ano que vem.

RETORNO AS ATIVIDADES

A Toyota retomará gradualmente a produção no Brasil após a tempestade destruir sua fábrica de motores, afetando significativamente a estrutura.

A reconstrução da fábrica está prevista para 2026, e o seguro cobrirá os custos das obras, incluindo recuperação de danos materiais e maquinário afetado.

Desafios incluem reposição de maquinário importado, que pode atrasar devido à necessidade de encomenda e transporte internacional

QUANTO VAI CUSTAR RECONSTRUÇÃO?

Por fim, Orlandini diz que é difícil estimar o prejuízo e os valores para reconstruir a planta destruída. O montante de mais de R$ 1 bilhão gasto na construção e expansão há dez anos, hoje custaria ao menos o dobro para construir novamente, de acordo com as correções monetárias vigentes. Fontes: UOL 26/09/2025; UOL 07/10/2025  

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quinta-feira, maio 29, 2025

VENTANIA DERRUBA 67 ÁRVORES E DEIXA DUAS PESSOAS FERIDAS

 
A chegada da frente fria, que deve baixar as temperaturas nos próximos dias, trouxe muita ventania para São Paulo na quarta-feira (28). O Corpo de Bombeiros informou que, das 11h30 às 17h30, recebeu 67 chamados para quedas de árvores na região metropolitana.

VÍTIMAS

De acordo com a corporação, há o registro de duas pessoas feridas, ambas na queda de uma árvore de grande porte na praça Barão de Itaqui, no Tatuapé, zona leste da capital.

Uma vítima é um homem que sofreu um trauma na cabeça e foi socorrido ao pronto-socorro do hospital Vitória, no mesmo bairro. A outra vítima é uma mulher de 50 anos que sofreu um corte no lado da cabeça provocado por um galho. Ela foi levada por familiares ao hospital Nipo Brasileiro, no Parque Novo Mundo.

Outra árvore caída na rua José Maria Lisboa, 815, no Jardim Paulista, zona sul da cidade, atingiu uma moto e um carro, sem vítimas.

QUEDA DE ENERGIA ELÉTRICA

A ventania também causou na queda de energia elétrica. Às 16h36, a Enel informava que 117.486 imóveis estavam sem luz na sua área de concessão na região metropolitana de São Paulo. Só na capital eram 71.231 casas às escuras nesse horário.

Às 19h30, mesmo com a diminuição da força dos ventos, ainda eram 76.122 casas sem luz na área de concessão e 46.062 na cidade de São Paulo.

VELOCIDADE REGISTRADO DOS VENTOS

O CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura de São Paulo registrou ventos com velocidade de até 64,3 km/h na cidade.

Maiores rajadas de vento desta quarta, até às 14h30 (CGE):

64,3 Km/h - Estação Meteorológica Santana, zona norte, às 12h30.

60,2 Km/h - Estação Meteorológica Lapa, zona oeste, às 12h50 e às 13h.

52,1 Km/h - Estação Meteorológica Santana, zona norte, às 11h20.

47,0 Km/h - Estação Meteorológica CGE-Sé, Centro, às 12h50.

44,7 Km/h - Estação Meteorológica Ipiranga, zona sudeste, às 13h e às 13h10

43,9 Km/h - Estação Meteorológica Ipiranga, zona sudeste, às 11h20.

42,6 Km/h - Estação Meteorológica CGE-Sé, centro, às 10h40.

42,0 Km/h - Estação Meteorológica Parelheiros-Barragem, zona sul, às 12h50.

39,9 Km/h - Estação Meteorológica Marsilac, zona sul, às 11h40.

36,2 Km/h - Estação Meteorológica Parelheiros-Barragem, zona sul, às 12h10.

Além de fortes ventos, a entrada de uma forte massa de ar polar que vai derrubar a temperatura a partir da madrugada de quinta-feira (29). Há expectativa de um novo recorde de temperatura mínima entre a madrugada e o amanhecer da sexta-feira (30). Fonte: Folha de São Paulo - 28.mai.2025 

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quinta-feira, maio 23, 2024

TORNADO É REGISTRADO NO RS E CAUSA PREJUÍZOS EM PROPRIEDADES RURAIS

 Um tornado foi registrado na área rural de Gentil, na Região Norte do RS, no começo da tarde de sábado (11). Conforme a Climatempo Meteorologia, trata-se do fenômeno em seu grau mais fraco, atingindo entre 104 km/h e 137 km/h.

Na escala Fujita, que mede a intensidade, ele estaria no nível F0, considerado o menor entre os graus possíveis. Não há registro de feridos.

Segundo Gabriel Pressi, morador da região, o tornado teria começado na localidade de São Valentim, a cerca de 2 km do centro de Gentil, por volta das 13h30 e durou aproximadamente 20 minutos. "Ele passou nas lavouras e atingiu a propriedade de um vizinho nosso. Um galpão de máquinas agrícolas dele desabou e algumas telhas de zinco foram parar a 500 metros de distância. Danificou diversas máquinas. Passou muito próximo de outras residências, mas ninguém ficou ferido", relatou.

Além de Gentil, propriedades rurais de Ciríaco também tiveram prejuízos. É o caso dos pais de Bruna Gatto, que vivem na localidade.

"Meus pais contaram que se abrigaram no banheiro da casa. Eles esperaram o barulho passar e depois foram ver o que tinha acontecido. Um chiqueiro ficou completamente destruído. Ficamos muito preocupados, mas nos sentimos aliviados que ninguém ficou ferido", disse Bruna. Fonte: RBS TV - 11/05/2024

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quinta-feira, outubro 19, 2023

TORNADO CAUSA DESTRUIÇÃO EM CASCAVEL (PR)

Na manhã da quarta-feira (4/10), um tornado de categoria F2, com ventos de até 250 km/h, atingiu a cidade de Cascavel, no oeste do Paraná, e causou diversos estragos em todas as regiões. Não houve feridos, mas muitas casas, escolas, postos de combustíveis e até um quartel do Exército foram danificados pelo fenômeno meteorológico.

O QUE ACONTECEU:

A MetSul Meteorologia informou que o tornado atingiu Cascavel por volta das 6h, e ocorreu em razão da associação de vendaval com forte tempestade no município. "Acompanhando a passagem desta tempestade, há múltiplas evidências de que houve a passagem de um tornado na área urbana do município do oeste paranaense. A severidade dos estragos que foi observada é consistente com tornado."

Os danos provocados no local são condizentes com um tornado no limite intermediário da categoria 1, com vento de 200 km/h ou mais. A escala de tornados vai até 5.

RASTRO DE DESTRUIÇÃO

O rastro de destruição, no dia seguinte ao tornado, ficou ainda mais  visível. A força do vento surpreendeu. A velocidade chegou a 180 km/h, destruiu casas, carros, derrubou barracões, muros, tombou um caminhão do Exército, provocou a queda de mais de 500 árvores. Moradias ficaram completamente destelhadas e escolas tiveram as atividades interrompidas  por causa dos danos.


O tornado tombou um caminhão de 18 toneladas no quartel do 15º Batalhão Logístico do Exército. O tornado ainda destelhou pavilhões do quartel, danificou o telhado do ginásio e derrubou diversos pés de eucalipto, além de postes. Telhas de zinco foram arrancadas pelo vento e lançadas a dezenas de metros de distância.

De acordo com a Defesa Civil, o tornado iniciou na região do bairro Santa Cruz e por onde passou, causou uma série de danos. Os bairros Parque São Paulo e Maria Luiza foram uns dos mais atingidos.

CONFIRMAÇÃO DA PASSAGEM DO TORNADO

No início da tarde de quarta-feira (4) o Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná) confirmou que o fenômeno climático que atingiu Cascavel e deixou um rastro de destruição de grandes proporções foi mesmo um tornado. “Com base nas evidências mostradas pelos registros de vídeo que recebemos de Cascavel, em especial registros feitos por sobrevôo de helicóptero nas partes atingidas da cidade, foi possível identificar que houve a ocorrência de um tornado na área sul de Cascavel”, afirma o Meteorologista e Coordenador de Operação do Simepar.

VENTOS ULTRAPASSARAM OS 180 KM/H

O tornado registrado em Cascavel foi classificado como F2 na escala Fujita. “Também com base nas evidências da destruição observada,  este tornado foi categorizado como um do tipo F2 pela escala Fujita, escala que vai de F0 até F5. Os ventos mais intensos podem atingir entre 180 até 250 km/h próximo do ponto de toque com o solo”, detalha o Meteorologista e Coordenador de Operação do Simepar.

ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA

O tornado durou cerca de 15 minutos. Logo após, as equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros iniciaram o trabalho de atendimento à população. Foram registradas quedas de árvores, destelhamentos, falta de energia elétrica e telefonia. O muro do cemitério central e placas também caíram após o tornado.

Foram realizados 200 atendimentos emergenciais, distribuídos 27 mil metros de lona às famílias e 340 atendimentos residenciais. Não houve nenhuma morte e apenas uma pessoa com ferimentos leves.

QUEDA DE ÁRVORES

Segundo estimativa da Secretaria de Meio Ambiente, cerca de 500 árvores caíram na cidade. Dessas, mais de 110 já foram removidas. Os trabalhos foram priorizados pelo nível de urgência e por árvores que estavam obstruindo vias.

FALTA DE ENERGIA

Segundo a Copel, 59 mil unidades consumidoras ficaram sem energia na cidade. A empresa, com mais de 400 profissionais trabalham para reestabelecer a energia. De acordo com a companhia, os ventos fortes e raios causaram danos graves à rede, como quebra de postes e a queda de árvores sobre os cabos.

CORPO DE BOMBEIROS E DEFESA CIVIL

O comandante do Corpo de Bombeiros de Cascavel, disse que 12 guarnições do Corpo de Bombeiros estão atendendo a população. Mas, soma-se a isso, as equipes da Defesa Civil, do Meio Ambiente, da Guarda Municipal também, ou seja, no total mais de 20 equipes . As equipes estão percorrendo todas as áreas atingidas e fazendo os levantamentos dos estragos. Fontes: Sou Agro - 4 de outubro de 2023; Rádio Difusora - 6 de outubro de 2023

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quarta-feira, outubro 20, 2021

VENDAVAL PROVOCA QUEDA DE TORRES NO TRIÂNGULO MINEIRO

A queda de oito torres por conta de um vendaval de grande intensidade deixou treze cidades do Triângulo Mineiro sem energia elétrica na noite de sexta-feira (15). De acordo com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a queda no fornecimento atinge os municípios de Cachoeira Dourada, Campina Verde, Capinópolis, Carneirinho, Guarinhatã, Ipiaçu, Itapagipe, Ituiutaba, Iturama, Limeira do Oeste, Santa Vitória, São Francisco de Sales e União de Minas. 


Segundo a Cemig, “por se tratar de serviço de alta complexidade e em local de difícil acesso em área rural, os reparos devem demorar ainda algumas horas, até que seja possível restabelecer a energia para os clientes afetados, o que deve ocorrer ao longo de sábado (16)”.

QUEDA  DAS TORRES

A queda teve início às 17h16 desta sexta e por volta das 19h, as oito torres foram encontradas caídas. Os trabalhos foram iniciados imediatamente pelas equipes especializadas em serviços pesados e construção de linhas, de acordo com a Cemig.

TENTATIVA

Após o desarme das linhas de transmissão Avatinguara – Ituiutaba 1 e Avatinguara – Campina Verde 2, as equipes da Cemig foram acionadas para atuar no restabelecimento da energia, além da realização de manobras operativas de forma automatizada, na tentativa de religação imediata dos circuitos.

Contudo, não foram obtidos resultados na primeira tentativa e isso fez com que as equipes percorressem os trechos ao longo dos circuitos para localizar o possível defeito.

DIVERSOS SERVIÇOS FORAM PREJUDICADOS:

·        119 mil clientes foram  prejudicados com a interrupção de energia.

·        As  unidades de saúde  estão funcionando  com  geradores. Algumas doses de vacinas precisaram ser devolvidas para Ituiutaba, onde estão armazenadas.

·        Interrupção de abastecimento de água

ALGUMAS CIDADES AFETADAS

ITUIUTABA

Em Ituiutaba, a prefeita  disse que a "preocupação é com a unidade hospitalar e também com as vacinas, que já estão armazenadas de forma adequada na regional de saúde".

A Superintendência de Água e Esgotos do município informou que está sendo feita ações emergenciais para minimizar os impactos na captação de água. Durante a madrugada de  sábado, a autarquia trabalhou com o volume de água que tinha nos reservatórios, que foram esgotados.

Para restabelecer o serviço de captação de água, foi feita a contratação emergencial de um gerador, que está previsto para ser instalado “nas próximas horas”.

CAMPINA VERDE

A cidade tem 2 mil doses de vacinas contra a Covid-19, que estão sendo mantidas por um gerador, mas serão devolvidas à Gerência Regional de Saúde (GRS) de Ituiutaba.

Além disso, as unidades de saúde também estão sem energia, já que não há geradores, porém, não tem ninguém ocupando a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Campina Verde tem duas unidades de UTI móvel que podem ser utilizadas de acordo com a necessidade.

CAPINÓPOLIS

Segundo o Prefeito, as maiores dificuldades na cidade são em relação à falta de água e telefone. As unidades de saúde funcionam com geradores e as vacinas também estão  em refrigeradores.

Ainda conforme o Prefeito, ele está comprando diesel em Canápolis para poder abastecer os geradores.

GURINHATÃ

Em Gurinhatã  está ocorrendo falta de água, porém, a unidade de saúde está com energia através de geradores. O Município também tem energia para manter as vacinas em refrigeração  e,  inclusive, para auxiliar municípios vizinhos.

ITAPAGIPE

A  unidade de pronto atendimento é mantida por geradores. Um eletricista de plantão está na unidade.

ITURAMA

Em Iturama, o Pronto Socorro Municipal está sendo mantidos por geradores, assim como as vacinas, que também estão em refrigeradores.

SANTA VITÓRIA

O  secretário de Saúde, disse que o Pronto Atendimento da cidade está funcionando normalmente, pois tem gerador. A maior preocupação era em relação às vacinas, que já foram encaminhadas até a GRS de Ituiutaba, onde estão armazenadas.

COPASA- ABASTECIMENTO DE ÁGUA

A Copasa informou que "está tomando todas as medidas técnicas necessárias para o restabelecimento do fornecimento de água nas cidades do Triângulo".

Na nota, a empresa ainda diz que quando a energia for restabelecida, o abastecimento de água voltará gradativamente e que em casos específicos, a companhia irá colocar caminhões-pipa para completar a oferta de água até que o abastecimento regular seja restabelecido.

A companhia opera em Campina Verde, Capinópolis, Carneirinho, Itapagipe, Iturama, Limeira do Oeste, Santa Vitória, São Francisco de Sales e União de Minas. A Copasa ainda pede aos clientes que usem a água de forma racional.  Fonte: G1 Triângulo e Alto Paranaíba —16/10/2021

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