SÃO COMUNS ACIDENTES COM ELEVADORES?
Ficar preso em um elevador em queda livre é uma ideia que aterroriza muita gente - mesmo que seja algo incrivelmente raro, considerando a quantidade de viagens que são realizadas todos os dias.
Mas foi exatamente o que
aconteceu com seis pessoas, incluindo
uma mulher grávida, caíram do 95º andar para o 11º em um arranha-céu na cidade
de Chicago, nos Estados Unidos. Apesar da queda de 84 andares, todas as pessoas
presas no elevador sobreviveram.
Após o incidente, elas
mandaram mensagens de celular para amigos, que chamaram os serviços de
emergência. As pessoas só conseguiram sair do elevador após três horas, quando
os bombeiros puderam resgatá-las abrindo um buraco na parede.
FATALIDADES
Os elevadores para
passageiros evoluíram durante mais de 150 anos, e com os modernos sistemas de
segurança, as chances de uma queda livre até o fundo do poço são muito
pequenas.
Os acidentes mais frequentes
envolvem;
·
o fechamento da
porta em partes do corpo dos passageiros e
·
indivíduos que
caem no poço do elevador - muitas vezes com consequências fatais.
Em alguns casos, os
incidentes ocorrem quando um elevador se move muito rápido ou despenca vários
andares.
Em 2003, uma mulher morreu em
Londres quando estava saindo de um elevador que caiu de repente cerca de meio
andar. Ela ficou presa entre o equipamento e o poço.
Os acidentes envolvendo
elevadores e escadas rolantes matam cerca de 30 pessoas e ferem gravemente
outras 17 mil por ano nos Estados Unidos, de acordo com o Departamento de
Estatísticas do Trabalho.
SEGURANÇA DO TRABALHO
Operários da construção civil
que usam elevadores temporários em canteiros de obras também são uma
preocupação em países em rápido desenvolvimento, como a China e a Índia.
Estima que a China tenha 4
milhões de elevadores - em comparação com 900 mil nos Estados Unidos - e que
responda por dois terços das novas instalações no mundo a cada ano.
Muitos acidentes com
elevadores e escadas rolantes envolvem pessoas que trabalham perto dessas áreas.
Em 2013, também em Hong Kong, três pessoas ficaram gravemente feridas quando
todos os quatro cabos de sustentação do elevador se romperam ao mesmo tempo. O
freio de emergência também não funcionou. O equipamento tinha acabado de passar
pelo primeiro andar quando caiu.
OS ELEVADORES SÃO SEGUROS?
A invenção dos freios de
segurança por Elisha Otis na década de 1850 abriu caminho para o
desenvolvimento dos elevadores que conhecemos hoje. Eles são projetados para
travar a cabine nos trilhos laterais se os cabos se romperem.
Cada elevador é sustentado
por vários cabos de aço que podem suportar muito mais peso do que o aviso
interno indica.
Os elevadores modernos contam
com vários recursos de segurança para evitar acidentes
E, como os elevadores contam
com contrapesos, há menos tensão nos cabos.
Estes são apenas alguns dos
vários mecanismos de segurança dos elevadores modernos - então o que explica o
fato de as pessoas ainda terem medo - e até mesmo fobia - de elevador?
"A maioria das fobias
deriva de algum tipo de perigo primitivo que é comum a todos nós e está
enraizado na nossa psique", disse Sheri Jacobson, psicoterapeuta do
instituto Harley Therapy, em Londres."As fobias mais comuns são de espaços
fechados e medo de altura - e ambas estão envolvidas no ato de andar de
elevador."
Ela também acredita que a
cobertura da imprensa sobre os raros casos de acidente com elevador reforça o
medo, não importa o quão atípico eles sejam.
Betty Lou sobreviveu
milagrosamente a uma queda livre de 75 andares dentro de um elevador
NO LIVRO DOS RECORDES
Uma mulher americana entrou
para o Guinness World Records, o livro dos recordes, como sobrevivente à queda
de elevador mais longa da história.
Betty Lou Oliver trabalhava
como ascensorista no Empire State Building, em Nova York, quando em uma manhã
nublada, 28 de julho de 1945, um avião B‑25
colidiu contra o prédio.
Os controladores de tráfego
aéreo deram ordens para o piloto pousar, mas ele seguiu em frente e bateu contra
o 74º andar do prédio em Manhattan, matando 14 pessoas.
No 80º andar, Betty Lou
sofreu queimaduras graves, recebeu atendimento de emergência e foi colocada em
outro elevador para ser levada até uma ambulância no térreo.
No entanto, alguns andares abaixo,
os cabos de segurança do elevador estavam danificados e se romperam quando a
cabine começou a descer.
Em questão de segundos, o
elevador caiu até o fundo do poço. Felizmente, os cabos partidos tinham se
acumulado no chão, criando um efeito de mola que amorteceu a queda.
Em meio aos escombros de aço,
tijolos e destroços do avião, Betty Lou - milagrosamente - sobreviveu. Fonte: BBC Brasil - 23 novembro 2018
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