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quinta-feira, novembro 30, 2023

SÃO COMUNS ACIDENTES COM ELEVADORES?

Ficar preso em um elevador em queda livre é uma ideia que aterroriza muita gente - mesmo que seja algo incrivelmente raro, considerando a quantidade de viagens que são realizadas todos os dias.

Mas foi exatamente o que aconteceu com seis  pessoas, incluindo uma mulher grávida, caíram do 95º andar para o 11º em um arranha-céu na cidade de Chicago, nos Estados Unidos. Apesar da queda de 84 andares, todas as pessoas presas no elevador sobreviveram.

Após o incidente, elas mandaram mensagens de celular para amigos, que chamaram os serviços de emergência. As pessoas só conseguiram sair do elevador após três horas, quando os bombeiros puderam resgatá-las abrindo um buraco na parede.

FATALIDADES

Os elevadores para passageiros evoluíram durante mais de 150 anos, e com os modernos sistemas de segurança, as chances de uma queda livre até o fundo do poço são muito pequenas.

Os acidentes mais frequentes envolvem;

·        o fechamento da porta em partes do corpo dos passageiros e

·        indivíduos que caem no poço do elevador - muitas vezes com consequências fatais.

Em alguns casos, os incidentes ocorrem quando um elevador se move muito rápido ou despenca vários andares.

Em 2003, uma mulher morreu em Londres quando estava saindo de um elevador que caiu de repente cerca de meio andar. Ela ficou presa entre o equipamento e o poço.

Os acidentes envolvendo elevadores e escadas rolantes matam cerca de 30 pessoas e ferem gravemente outras 17 mil por ano nos Estados Unidos, de acordo com o Departamento de Estatísticas do Trabalho.

SEGURANÇA DO TRABALHO

Operários da construção civil que usam elevadores temporários em canteiros de obras também são uma preocupação em países em rápido desenvolvimento, como a China e a Índia.

Estima que a China tenha 4 milhões de elevadores - em comparação com 900 mil nos Estados Unidos - e que responda por dois terços das novas instalações no mundo a cada ano.

Muitos acidentes com elevadores e escadas rolantes envolvem pessoas que trabalham perto dessas áreas. Em 2013, também em Hong Kong, três pessoas ficaram gravemente feridas quando todos os quatro cabos de sustentação do elevador se romperam ao mesmo tempo. O freio de emergência também não funcionou. O equipamento tinha acabado de passar pelo primeiro andar quando caiu.

OS ELEVADORES SÃO SEGUROS?

A invenção dos freios de segurança por Elisha Otis na década de 1850 abriu caminho para o desenvolvimento dos elevadores que conhecemos hoje. Eles são projetados para travar a cabine nos trilhos laterais se os cabos se romperem.

Cada elevador é sustentado por vários cabos de aço que podem suportar muito mais peso do que o aviso interno indica.

Os elevadores modernos contam com vários recursos de segurança para evitar acidentes

E, como os elevadores contam com contrapesos, há menos tensão nos cabos.

Estes são apenas alguns dos vários mecanismos de segurança dos elevadores modernos - então o que explica o fato de as pessoas ainda terem medo - e até mesmo fobia - de elevador?

"A maioria das fobias deriva de algum tipo de perigo primitivo que é comum a todos nós e está enraizado na nossa psique", disse Sheri Jacobson, psicoterapeuta do instituto Harley Therapy, em Londres."As fobias mais comuns são de espaços fechados e medo de altura - e ambas estão envolvidas no ato de andar de elevador."

Ela também acredita que a cobertura da imprensa sobre os raros casos de acidente com elevador reforça o medo, não importa o quão atípico eles sejam.

Betty Lou sobreviveu milagrosamente a uma queda livre de 75 andares dentro de um elevador

NO LIVRO DOS RECORDES

Uma mulher americana entrou para o Guinness World Records, o livro dos recordes, como sobrevivente à queda de elevador mais longa da história.

Betty Lou Oliver trabalhava como ascensorista no Empire State Building, em Nova York, quando em uma manhã nublada, 28 de julho de 1945,  um avião B‑25 colidiu contra o prédio.

Os controladores de tráfego aéreo deram ordens para o piloto pousar, mas ele seguiu em frente e bateu contra o 74º andar do prédio em Manhattan, matando 14 pessoas.

No 80º andar, Betty Lou sofreu queimaduras graves, recebeu atendimento de emergência e foi colocada em outro elevador para ser levada até uma ambulância no térreo.

No entanto, alguns andares abaixo, os cabos de segurança do elevador estavam danificados e se romperam quando a cabine começou a descer.

Em questão de segundos, o elevador caiu até o fundo do poço. Felizmente, os cabos partidos tinham se acumulado no chão, criando um efeito de mola que amorteceu a queda.

Em meio aos escombros de aço, tijolos e destroços do avião, Betty Lou - milagrosamente - sobreviveu. Fonte: BBC Brasil - 23 novembro 2018

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