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quinta-feira, outubro 23, 2008

Piloto embriagado é detido no aeroporto de Heathrow


O comandante da aeronave da United Airlines esperava voar com passageiros de Londres a São Francisco

No domingo, 19 de outubro de 2008, um piloto suspeito de estar embriagado foi detido a bordo de um jato de passageiros no aeroporto de Heathrow, Londres, momento antes de decolar com centenas de passageiros com destino a São Francisco, Estados Unidos, confirmou os policiais.

O piloto de 44 anos fez o teste do bafômetro, em seguida, foi escoltado por agentes em um dos terminais.

Uma fonte policial disse que o homem foi detido sob suspeita de "realizar uma função de aviação, excedendo o limite prescrito de álcool".
O limite legal para os pilotos é de nove microgramas de álcool em 100 ml de ar. Isso é quase quatro vezes mais rígida do que o limite de bebida de 35mcg em 100 ml de ar para motorista.

Um dos passageiros disse " que não conseguia acreditar no que via. O piloto foi arrastado pra fora do avião! Não sabíamos o que estava acontecendo”!
O comandante da United Airlines foi detido após informação do pessoal de terra. Ele pagou fiança para retornar à delegacia de Heathrow em 16 de janeiro de 2009.

Numa declaração, a United Airlines, afirmou:
A empresa tem uma política para controle de álcool que está entre as mais rigorosas na indústria e não temos nenhuma tolerância para o abuso ou violação desta política estabelecida.
Segurança é a nossa primeira prioridade e o piloto foi retirado de serviço, enquanto estamos cooperando com as autoridades na investigação
.

Fonte: The Guardian - October 20 2008


Comentário
Apertem os cintos, o piloto sumiu. Imagine-se nesta situação: você está sentado, relaxando, preparando para o vôo, quando de repente vê o piloto sendo retirado à força da cabine, com suspeita de embriaguez. A chance de você entrar em pânico é grande, não é? Já temos os pilotos em terra embriagados, dirigindo carros, caminhões e ônibus e causando desastres e mortes e só faltavam os pilotos de aeronaves pilotando no espaço aéreo, o que eles poderiam aprontar, só Deus sabe?

Um estudo realizado em simuladores de vôo nos EUA mostrou que mesmo baixos níveis de consumo de álcool envolvem prejuízos no desempenho, qualidade e segurança;
■ Após 10 minutos da ingestão de pequena quantidade de álcool 10% dos pilotos já não conseguiam desempenhar atividades de modo correto
■ Com uma concentração um pouco maior, 89% já não conseguiam
■ Quatorze horas depois, 68% ainda não conseguiam

Segundo a Organização Internacional do trabalho (OIT) as conseqüências do uso do álcool provocam;
■ Absenteísmo 2 a 3 vezes maior entre usuários de drogas
■ Dependentes utilizam 3 a 5 vezes mais os serviços de saúde
■ 20 a 30% dos acidentes de trabalho têm relação com intoxicação por drogas
■ Diminuição da produtividade

O relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta as conseqüências do uso do álcool na vida profissional dos brasileiros;
■ No Brasil, o álcool é responsável por 50 % das faltas ao trabalho
■ e provocou 339 mil acidentes de trabalho que ocorreram no País em 2002.

Os profissionais mais suscetíveis à dependência alcoólica, segundo o relatório, são;
■ trabalhadores em fundições,
■ cozinheiros,
■ profissionais do ramo de bares e restaurantes e
■ os que atuam na construção civil.

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sábado, abril 05, 2008

Estudo revela que 290 mil pessoas dirigem alcoolizadas por dia no país

Estimativa do Ministério da Saúde indica que diariamente 290 mil pessoas dirigem alcoolizadas no país. A constatação tomou por base o número de motoristas existentes nos registros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a porcentagem de pessoas que reconheceram dirigir após a ingestão de quatro a cinco doses de bebidas alcoólicas no estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).
Consumo abusivo de bebida alcoólica
O percentual geral para todas as capitais brasileiras, cidades nas quais foram feitas entrevistas, foi de 2% da população.

Alguns estados e cidades, consumo abusivo de bebidas
■ De acordo com o estudo, o consumo abusivo de bebidas seguido de direção é maior na capital do Tocantins, cidade de Palmas, onde 4,5% das duas mil pessoas pesquisadas confessaram o costume.
■ No Distrito Federal, o uso indevido de bebidas seguido do ato de dirigir automóveis atinge 3,5% dos entrevistados.
■ A menor freqüência foi no Rio de Janeiro, 1%.

População; carro e bebida
■ A associação álcool e direção é mais freqüente entre homens ( 4%) do que entre mulheres (0,3%).
■ Em todo o país, a população masculina de Teresina (PI) é a que mais bebe e dirige - 9,5% dos entrevistados.
■ As mulheres do Distrito Federal, com 1,8%, e as de Palmas, com 1,6%, são as que mais ingerem bebida alcoólica e depois dirigem.

Consumo de álcool aumentou
De forma geral, a pesquisa indica que o consumo de álcool aumentou. Em 2006, quando a pesquisa foi realizada pela primeira vez, 16,6% consumiam bebidas alcoólicas - considerando cinco doses para homens e quatro para mulheres em uma mesma ocasião. Em 2007 a porcentagem subiu para 17,5%. Em São Paulo ficou em 13,4%, no Distrito Federal, em 18,6% e em São Luís, em 23%.
Na maior parte das outras capitais, a ingestão abusiva foi três vezes maior entre os homens (27,2%) que entre as mulheres (9,3%).

Alcoolemia
"A quantidade de quatro doses para as mulheres e cinco para os homens é suficiente para a alcoolemia, estado no qual já se verifica toda uma alteração no sistema nervoso, nos reflexos e na visão", afirmou a coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis do Ministério da Saúde, Débora Malta, que esteve à frente da pesquisa.

Associação: bebida alcoólica e acidente de trânsito
“Um estudo realizado nos Estados Unidos apontou que em torno de 40% a 50% dos acidentes de trânsito estão associados a bebidas alcoólicas.No Brasil, uma pesquisa de 2003 feita em quatro capitais mostrou resultados semelhantes, mas não temos dados mais recentes e abrangentes para demonstrar o alto índice de acidentes quando a direção é associada à ingestão de álcool", disse Débora Malta.

Violência
O consumo excessivo de álcool é também responsável por grande parte da violência doméstica - contra crianças e mulheres, principalmente. "Dessa forma fica comprovado que o álcool é nocivo tanto fora de casa, no trânsito, quanto dentro de casa, no seio das famílias", avaliou Débora Malta.
Fonte: Agência Brasil - 4 de Abril de 2008

A equipe da RBS TV de Santa Catarina viajava por uma estrada, entre Campos Novos e Curitibanos, em 26 de novembro de 2007, quando flagrou o motorista de um caminhão fazendo uma seqüência de manobras perigosas. O veículo andou por 60 quilômetros, até ser parado pela Polícia Rodoviária. O caminhão "dançou" na pista, foi para o acostamento e depois invadiu a pista contrária. Na contramão, quase provocou um sério acidente. Um outro caminhão foi para o acostamento para não bater.O motorista foi parado em uma barreira policial na BR-470, próximo à entrada de Curitibanos. A quantidade de álcool no sangue do caminhoneiro ultrapassou três vezes o valor permitido. O motorista José Antonio Kaczinski, 51 anos, pagou fiança de R$ 1.140,00. Ele responderá em liberdade pelo crime de direção perigosa. A pena é de seis meses a três anos de detenção. Jornal de Santa Catarina - Blumenau, 28 de novembro de 2007.

Comentário:
Motorista, carro, excesso de velocidade e bebida são os ingredientes que se combinam para provocar um acidente. As condições são ótimas para uma tragédia e acontece e acontecerá. É uma bomba relógio.
Dados macabros
O Brasil vive uma guerra nas estradas. Segundo dados do Ministério da Saúde, a comparação vai além da metáfora
■ A frota brasileira de veículos é sete vezes mais letal que a americana. Todos os anos morrem no Brasil cerca de 35 mil pessoas por acidente no trânsito, meio milhão de pessoas ficam feridas, e cerca de 100 mil pessoas sofrem lesões irreversíveis. Por dia, 100 pessoas são mortas. Não estão computadas as mortes em convalescença. Esses dados são estimativas.Os custos equivalem a 3% do PIB.
■ Do início de 1997 a dezembro de 2007, 327.469 pessoas morreram em acidentes de trânsito no país. O número supera a população inteira de capitais como Vitória e Rio Branco.
■ Cinco anos depois de os primeiros tanques do Exército dos Estados Unidos terem entrado em território iraquiano, março de 2003, o número de soldados americanos mortos ultrapassou a marca simbólica dos quatro mil.
■ A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou, em janeiro de 2008, que o número de civis mortos violentamente desde o início da invasão do Iraque oscila entre 104 mil e 223 mil. Já a organização não-governamental IBC (Iraq Body Count) afirma que entre 82.249 e 89.760 civis morreram desde março de 2003.
■ Em apenas um mês, morre no trânsito do Brasil o equivalente a todos os soldados americanos que faleceram nos quatro anos de ocupação iraquiana (3.350).
■ No período de 30 dias, as vias nacionais registram o mesmo número de mortos do atentado às torres gêmeas, que matou 3.234 pessoas, em 11 de setembro de 2001. No mês de julho, só nas rodovias federais morreram 700 pessoas. O acidente com o avião da TAM no aeroporto de Congonhas, em julho, deixou 199 vítimas fatais.
■ A tragédia nas estradas brasileiras é 22 vezes maior do que a guerra entre Israel e o Líbano, que matou cerda de 1.600 pessoas no ano passado, e supera em 57% o montante de vítimas do terrorismo em todo o planeta em 2006 (20.498, segundo o Centro de Controle de Terrorismo do Departamento de Estado dos EUA).
■ Na guerra entre Irã e Iraque, que atraiu as atenções do planeta durante oito anos, na década de 80, morreram 22 mil pessoas por ano, 38% menos do que nas estradas do Brasil.
■ O conflito entre russos e separatistas da Chechênia, considerado um dos mais negativos da Europa oriental, deixou 16 mil mortos, menos da metade do que o trânsito brasileiro.
■ Na guerra entre a extinta União Soviética e o Afeganistão morreram 20 mil pessoas por ano entre 1979 e 1989.
■ Os mortos nas estradas são dez vezes mais que as média anual de 3.500 vítimas fatais da guerra civil de Angola.
■ Em 2002 o trânsito matou 1,2 milhão de pessoas em todo o mundo; as guerras vitimaram 400 mil pessoas. - São três vezes mais! Um holocausto.
É uma guerra silenciosa, achamos que é natural, estamos anestesiados. A indignação da nossa sociedade dura tanto quanto a missa de sétimo dia. Depois é outro dia e a vida continua, é assim o lema da sociedade brasileira amórfica.

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sexta-feira, março 07, 2008

Beber, Dirigir e Morrer?

Muitas vezes me pergunto: o que faz as pessoas beberem até perderem a razão de si mesmas?

Começam com um copo, fazem brindes e são civilizadas, retraídas até, são tímidas, falam baixo, ninguém sabe nada de suas vidas.

Aí vem o segundo copo, e começam a alterar a voz.

No terceiro copo, tornam-se amigos de infância e as conversas começam a explanar assuntos pessoais, começam a se tocar, palmadinha no braço, aperto de mãos, quem está acompanhado começa a beijar-se, partem para a sedução e os afagos começam a ficar explícitos.

Daí, não se conta mais quantos copos são, mandam o garçom servir, e cada um pede uma nova rodada, uma nova garrafa, não há mais controle e satisfação em um, dois ou três copos, as doses aumentam e as vozes também. Começa uma nova fase, em que todos falam ao mesmo tempo, já não há entendimento e a conversa não tem seqüência lógica, também não percebem mais que isso pode incomodar alguém que não bebeu.

Foto: O Globo – 03/09/2006 - Pai junto ao corpo da filha é confortado pelo padre
Por volta das 5h40m da madrugada, 3 de setembro de 2006, grupo de jovens vinha de uma festa na boate Sky Lounge, na Lagoa, Rio de Janeiro, quando o motorista do carro, perdeu o controle do veículo. Cinco jovens, entre16 e 22 anos, morreram e a Defesa Civil demorou quase seis horas para retirar os corpos das vítimas do local.


Ficar sem beber em uma festa onde a bebida corre solta é ter certeza de divertimento gratuito, pois se entendem as conversas, as interrupções, e é hilário observar quem bebeu e já não se entende mais, os gestos e o humor de quem já não coordena os sintomas que a bebida manifesta, são todos irmãos, amigos de longa data, embora estejam se vendo pela primeira vez.

A festa vai acabando, e um a um vão se retirando. Primeiro os que quase não podem mais parar em pé, em seguida aqueles que estão muito bem e que beberam muito pouco. Fica para trás a turma dos que estão extremamente alegres, que podem ainda beber o resto da noite.

A saída do bar é catastrófica, saem felizes e sem noção do perigo, tanto o que representam como o que correm, pois se acham sóbrios o suficiente para dirigir. Pegam seus carros e nem percebem o quanto suas pernas e pés estão pesados, o acelerador e o ronco dos carros são o que os denuncia.

Alguns chegam em casa, afinal, como diz o velho ditado popular: "Deus protege as crianças e os bêbados", mas são muitos, e Deus não dá conta de cuidar de todos, aí as tragédias começam a proliferar pela cidade.

Os que morrem não sabem quantos deixam para trás, quantas famílias dilaceradas e quanta dor no coração de pais e mães que esperam em casa alguém que não chegará jamais.

Os que ficam lamentam, mas esquecem muito rápido e até conseguem justificar o motivo da morte, com desculpas de que deve ter se sentido mal, que era excelente motorista, que nem tinha bebido tanto assim e tantas outras explicações que não têm o menor sentido, tentam convencer a si mesmos e, depois do enterro, voltam a se ver na próxima festa, no próximo copo, na próxima embriaguez e até a próxima morte.

Até quando as pessoas vão deixar a bebida determinar o rumo de suas vidas?

Fonte: Zero Hora - 01 de março de 2008, Edinara Pereira Reginatti - Pedagoga

Comentário
Hoje o jovem faz o seu warm-up alcoólico antes de ir à festa ou balada, com energizantes misturados com bebida ou apenas bebida. Tem de chegar à festa já embalado.
Jovens, impetuosidade da juventude, carro, excesso de velocidade e bebida são os ingredientes que se combinam para provocar um acidente. As condições são ótimas para uma tragédia.

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posted by ACCA@8:22 AM

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