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quarta-feira, outubro 30, 2019

Queda de raio deixa um morto e 14 pessoas feridas em Gravataí

A queda de um raio em um campo de futebol na manhã de domingo (27 de outubro) causou a morte de um homem e deixou 14 pessoas feridas em Gravataí (RS). O fenômeno aconteceu por volta das 10h no local onde acontecia um jogo amistoso entre times da cidade no bairro Rincão da Madalena, informou a Polícia Militar da cidade.

QUEDA DE RAIO
Por volta das 9h20min, começou uma garoa. Depois, a chuva ficou um pouco mais forte. Mas não tinha relâmpagos, trovões e muito menos raios. As pessoas que estavam no campo foram surpreendidas por um estrondo e um clarão.
O pessoal ficou meio zonzo. Quando todo mundo conseguiu abrir os olhos, tinha diversas pessoas caídas no chão. Alguns conseguiram levantar e sair do campo. Dois ficaram no chão. Um deles era o colega que acabou vindo a óbito. No outro jogador, conseguiram fazer a reanimação, conta Luiz Henrique Ferreira, um dos atletas amadores que prestou os primeiros socorros.

INFORMAÇÕES:  QUEDA DE RAIOS
A Rede Integrada Nacional de Detecção de Descargas Atmosféricas (Rindat) informou ter captado, entre 9h e 10h de domingo, apenas 10 raios no município. Depois disso, entre 10h e 10h30min, não houve novas detecções na área. Raios de baixa intensidade, segundo a Rindat, podem ter ocorrido e não ter sido detectados devido à distancia em relação à rede de sensores. Ainda assim, conforme o órgão, esse tipo de descarga "tem capacidade de causar ferimentos ou mortes em incidência direta".

ATENDIMENTO MÉDICO
Os feridos, incluindo uma criança de oito anos, começaram a chegar ao Hospital Dom João Becker por volta das 10h15min. Parte dos atingidos, entre eles Magrão, foi levada em carros particulares e outros em ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

VÍTIMAS
 As vítimas, entre elas uma criança de oito anos, foram socorridas e levadas para o Hospital Dom João Becker.
Segundo a assessoria de imprensa do Hospital, cinco pessoas permanecem internadas em estado estável, três estão em observação, um paciente está em estado instável e cinco, dentre eles a criança, foram atendidos e liberados.
A vítima fatal com sinais de queimadura no tronco e nas pernas foi identificada como Valdenir Massaia, de 27 anos, que atuava como zagueiro de um dos times, não resistiu. Fontes: Agência Brasil, 27/10/2019; GauchaZH-27/10/

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sexta-feira, setembro 02, 2016

Raio mata 323 renas na Noruega

Uma tempestade de raios matou 323 renas no planalto de Hardangervidda, na Noruega. 

Especialistas acreditam que os animais estavam agrupados para se proteger da chuva, o que permitiu que a corrente elétrica se alastrasse. Fonte: Deutsche Welle -Data 29.08.2016









Artigos publicados
Saiba como o raio mata
Proteção contra Raios
Lesões do raio no corpo humano
http://zonaderisco.blogspot.com.br/2008/03/leses-do-raio-no-corpo-humano.html

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domingo, janeiro 19, 2014

Morador registra raio atingindo casa em São José dos Campos

O vídeo mostra o momento exato em que um raio atinge uma casa na zona sul de São José dos Campos (SP) durante um temporal na tarde de sábado, 11 de janeiro.

A cena foi filmada pelo técnico de qualidade Eric Silva. A descarga elétrica atingiu uma casa a cerca de 500 metros do local em que o vídeo foi feito. Um morador vizinho ao imóvel atingido pelo raio contabiliza os prejuízos, mas agradece a Deus pela família não estar na casa no momento do incidente. "A gente se assustou, porque a gente viu a imagem na internet e identificou que o raio caiu aqui. Saiu aquela fumaça e quando a gente chegou aqui viu que os aparelhos estavam queimados. Queimou o portão, a televisão e toda a parte de antena a cabo. Muitos vizinhos tiveram prejuízo por causa do raio", disse o morador Fábio Ferreira. Fonte: G1- 16/01/2014

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quinta-feira, janeiro 16, 2014

Raio mata mulher na praia em Guarujá

A turista de Ribeirão Pires (SP), Rosângela, chamava o filho de 11 anos e os sobrinhos, que tomavam banho de mar, quando foi atingida por um raio e morreu, na tarde de segunda-feira (13 de janeiro), na Praia da Enseada, em Guarujá.
 Na foto 1, ainda na faixa de areia, a vítima observa as crianças na água. A foto 2 mostra Rosângela já no mar, de braços abertos. O raio atinge a mulher, na foto 3, atrás do veículo branco. Na foto 4, familiares fazem o resgate, retirando-a da água. O momento do acidente foi flagrado pelo repórter-fotográfico de A Tribuna, Rogério Soares

De acordo com o marido da vítima, LLS, 13 integrantes da família chegaram à praia às 12 horas e, por volta das 15 horas, uma tempestade começou a se aproximar. Resolvemos ir embora. Estávamos guardando as coisas, quando ela  foi chamar as crianças e recebeu a descarga. Eu recebi um choque também, mas Rosângela ficou caída, diz o marido, que estava fora d'água.
Segundo o irmão da vítima,  outra irmã também foi atingida pela descarga elétrica. Ela chegou a ficar com um hematoma no olho'.

RESGATE
Ao ser atingida pelo raio, ela foi automaticamente resgatada pelo grupo, que teve o reforço de outras pessoas que estavam na praia. Durante aproximadamente dois minutos eles tentaram fazer massagem cardíaca, mas sem sucesso.

Rosangela foi colocada no veículo que estava estacionado na areia e levada para o Posto 11, do Corpo de Bombeiros, que fica 50 m  distante do local da ocorrência, no canto do Tortuga.

HOSPITAL
Os guarda-vidas, que estavam abrigados naquele momento atendendo a um alerta do Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar), viram o carro se aproximando e ajudaram na tentativa de reanimação. Uma viatura foi chamada e a mulher imediatamente foi encaminhada à UPA Enseada, a unidade mais próxima de pronto-atendimento. Fonte: A Tribuna On-line- Terça-feira, 14 de Janeiro de 2014  

Comentário:
Quando um raio cai no mar, até onde vai a eletricidade?
Depende do raio. Estima-se que uma descarga de 50 mil ampères, por exemplo, já seja inofensiva a um banhista a 125 m do ponto de incidência. A intensidade da corrente diminui segundo o inverso do quadrado da distância. Logo, com o dobro da distância, cai para 1/4. Com o triplo, baixa para 1/9. E assim por diante. Por isso que, quando um raio cai em Copacabana, alguém em Ipanema não morre eletrocutado. O raio se comporta da mesma maneira no mar ou na terra. A diferença é que, como a corrente sempre procura se concentrar no meio mais condutor, no mar aberto ela se divide igualmente entre o nosso corpo e a água. Já em terra firme, ela sempre se concentra no nosso corpo - e aí os danos são maiores.

Confira as consequências de um raio de 50 mil ampères a diferentes distâncias

Morte certa
Uma pessoa nadando a até 50 m do ponto de incidência da descarga elétrica sofreria um choque de mais de 300 mA (miliampère). Resultado: um ataque cardíaco fulminante

Chance de sobrevivência
Entre 50 m e 85 m, a descarga elétrica diminui, podendo variar entre 300 e 100 mA. O nadador sofreria queimaduras, asfixia e, em alguns casos, uma parada cardíaca, mas poderia se salvar

Risco reduzido
Entre 85 m e 125 m, a intensidade fica entre 100 e 50 mA. Não é suficiente para matar ninguém, mas apenas porque a descarga elétrica de um raio dura pouco - cerca de um milésimo de segundo. Uma descarga mais duradoura nessa mesma intensidade, como no choque de um chuveiro, poderia, sim, matar

São e salvo
Acima dos 125 m de onde o raio caiu, uma pessoa no mar receberia uma descarga elétrica de menos de 50 mA. Ela sentiria o formigamento típico, mas sem riscos

Atenção! Esses valores são só representativos. Durante uma chuva com raios, sempre saia da água e procure um local seguro
• Raio é a descarga elétrica atmosférica. Relâmpago é a luz e trovão é o som causados pela ionização do ar e o choque com as cargas elétricas das nuvens. Fonte: Mundo Estranho

Como saber se o raio “caiu” perto?
A luz produzida pelo raio chega quase que instantaneamente na vista de quem o observa. Já o som (trovão) demora um bom tempo, pois a sua velocidade é menor. Para obter a distância aproximada em quilômetros, basta contar o tempo (em segundos) entre o momento que se vê o raio e se escuta o trovão e dividir por três. Fonte: INPE – Instituto Nacional de Pesquisa Espacial

Um raio pode atingir diretamente uma pessoa?
A chance de uma pessoa ser atingida diretamente por um raio é muito baixa, sendo em média menor do que um para um milhão. Contudo, se a pessoa estiver numa área descampada em baixo de uma tempestade forte esta chance pode aumentar em até um para mil. Entretanto, não é a incidência direta do raio a maior causadora de mortes e ferimentos. Geralmente isso acontece por efeitos indiretos associados a incidências próximas ou efeitos secundários dos raios. As descargas também provocam incêndios ou queda de linhas de energia, o que pode atingir uma pessoa. Fonte: INPE – Instituto Nacional de Pesquisa Espacial

Nos Estados Unidos há uma variedade de detectores e alertas de raios portáteis, do mais complexo ao mais simples.

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sexta-feira, novembro 22, 2013

Mortes por raios no Brasil em 10 anos

Em 10 anos, quase 1.300 pessoas morreram vítimas de raios no Brasil. 
Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio
São Paul-181
Rio Grande do Sul-98
Minas Gerais-97
Pará-93
Mato Grosso do Sul-82
Total de mortes – 1259

Onde se morre mais
Atividades rurais – 19%
Residência-15%
Próximo de automóveis-14%
Embaixo de árvores-12%

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2002
São Paulo-23
Maro Grosso do Sul-14
Mato Grosso-12
Rio Grande do Sul-12
Rondonia-12

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2003
São Paulo-14
Paraná-13
Rio Grande do Sul-11
Mato Grosso do Sul-10
Bahia-9

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2004
Tocantins-10
São Paulo-9
Minas Gerais-8
Rio Grande do Sul-7
Mato Grosso do Sul-6

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2005
São Paulo-21
Mato Grosso do Sul-13
Minas Gerais-9
Amazonas-7
Paraná-7

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2006
São Paulo-16
Minas Gerais-15
Pará-12
Piaui-11
Mato Grosso do Sul-8

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2007
São Paulo-18
Rio Grande do Sul-13
Mato Grosso do Sul-10
Amazonas-8
Paraná-8

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2008
São Paulo-23
Rio Grande do Sul-18
Pará-17
Goias-13
Paraná-11

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2009
São Paulo-20
Rio Grande do Sul-10
Pará-10
Minas Gerais-8
Mato Grosso-7

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2010
São Paulo-12
Pará-8
Tocantins-7
Minas Gerais-7
Maranhão-6

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2011
Goias-9
Minas Gerais-9
Amazonas-8
Pará-8
Mato Grosso-6

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2012
São Paulo-19
Pará-14
Minas Gerais-12
Tocantins-10
Mato Grosso-9  

Fonte: Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE

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quinta-feira, novembro 14, 2013

Mortes por raios no Brasil

São Paulo lidera o número de mortes por raios entre os estados da federação, seguido por Rio Grande do Sul e Minas Gerais. No Brasil ocorrem 132 mortes por ano devido a descargas elétricas atmosféricas, os raios, o que nos coloca na quinta posição de fatalidade entre os países com estatísticas confiáveis. E a probabilidade de um homem ser atingido por uma dessas descargas, curiosamente, é dez vezes maior que a de uma mulher. Além disso, a probabilidade de ser vítima de um raio na fase adulta é o dobro da representada tanto por jovens quanto idosos. Viver na zona rural ou urbana também altera essas chances. Na área rural, a probabilidade de receber uma descarga é dez vezes maior.

Esses são alguns dos resultados do levantamento de mortes por raios da década – dados de 2000 a 2009 – elaborado pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O estudo reuniu pela primeira vez informações de diversos órgãos brasileiros como Elat/Inpe do Ministério da Ciência e Tecnologia, Departamento de Informações e Análise Epidemiológica (CGIAE) do Ministério da Saúde, Defesa Civil, veículos de imprensa e dados de população do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Brasil é um dos poucos países que dispõe de um mapeamento detalhado das circunstâncias das mortes por descargas elétricas atmosféricas, o que pode contribuir significativamente para aperfeiçoar as regras nacionais de proteção contra o fenômeno. Nos Estados Unidos, a circunstância que mais provoca mortes por raios são as atividades esportivas ou de recreação, como pescar, acampar e jogar golfe, diferentemente do Brasil. Uma análise sociológica permite deduzir que essa diferença está atrelada principalmente ao fato de os Estados Unidos serem um país desenvolvido e o Brasil estar ainda em desenvolvimento. Assim, atentar para a proteção de pessoas jogando golfe não seria a melhor forma de  fazer uma campanha de proteção nacional. O ideal é instruir a população a não realizar atividades agropecuárias (causa principal das fatalidades no Brasil), assim como orientar as pessoas a não permanecerem próximas aos meios de transporte, sob árvores e em campo de futebol durante as tempestades. Outras circunstâncias também apresentam percentuais comparativos distintos no Brasil e Estados Unidos.

Na década passada, no Brasil, morreram 1.321 pessoas atingidas por raios, número muito acima das estimativas disponíveis antes do estudo (as menos conservadoras indicavam cerca de 100 mortes). O que essas vítimas tinham em comum eram as atividades que praticavam quando foram atingidas pelas descargas. Exatos 19% das vítimas eram trabalhadores rurais que recolhiam animais ou se ocupavam de plantações com enxadas, pás e facões. A segunda circunstância mais comum foi estarem próximas aos meios de transportes (14%), cujas estruturas metálicas elevam a chance de receber descarga. Aqui convém ressaltar que refugiar-se no interior de um veículo, como um automóvel ou avião, é seguro. A sorte de um piloto e seu copiloto em 2008, no interior de São Paulo, poderia ter sido diferente se eles tivessem seguido essa recomendação. Ambos perceberam a aproximação de uma tempestade com o avião pousado em uma fazenda e buscaram abrigo sob uma das asas e morreram atingidos por um raio.

USO DE TELEFONE
Permanecer no interior de uma casa sem os devidos cuidados também foi causa de mortes (14%) na última década. O estudo revela uma conclusão interessante. Apesar de 85% das mortes terem ocorrido ao ar livre quando esses dados são relacionados a diferentes circunstâncias, a porcentagem em cada uma delas é próxima à categoria “dentro de casa”. Esse fato revela que permanecer dentro de casa não é tão seguro quanto se pensava.
A maioria das vítimas atingidas por raios em domicílios;
■estava falando ao telefone com fio,
■descalça em casa com chão de terra batida ou ainda próxima a antenas,
■lâmpadas,
■geladeiras,
■janelas e televisores.
A categoria “sob árvore” ficou em terceiro lugar com 12%, seguida por “campo de futebol”, com 10%.

O estudo traz outro resultado interessante, evidenciando que as circunstâncias em que ocorrem mortes por raios apresentam variações significativas em diferentes regiões do Brasil.

REGIÔES
É possível perceber que características de determinadas regiões ficam evidentes nos percentuais das mortes por raios. A atividade agropecuária, por exemplo, atinge o maior percentual na região Sul, a mais tradicional do país nessa área. Já as regiões Norte e Nordeste apresentam os percentuais mais altos para a circunstância dentro de casa, provavelmente indicando que muitas casas nessa região são de chão de terra batida, que as torna muito menos seguras. Outros dois dados que chamam a atenção são: o índice de 20% de mortes devido à circunstância “telefone” (telefone com fio ou celular conectado ao carregador) no Centro-Oeste, que é quase nulo em outras regiões, e o percentual de mortes no Norte “em campos de futebol”, também alto quando comparado a outras regiões.

MORTES
As mortes por ano sofreram variações significativas na última década. Os valores máximos ocorreram em 2001 e 2008, coincidentemente em anos associados ao La Niña, fenômeno oceânico-atmosférico caracterizado por um esfriamento anormal das águas superficiais do oceano Pacífico equatorial. Essa associação, no entanto, merece ser mais investigada nas próximas décadas.

Considerando a população média durante esse período (180 milhões), a probabilidade também média de morrer atingido por um raio é de 0,8 por milhão por ano. Esse índice está entre os valores estimados para os países desenvolvidos (cerca de 0,3 morte por milhão por ano) e os países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos (6 mortes por milhão por ano). Essa probabilidade, entretanto, é uma média e não corresponde à chance de uma pessoa morrer atingida por um raio em dada circunstância., Se uma pessoa está ao ar livre durante uma forte tempestade, por exemplo, esta probabilidade pode ser da ordem de um para mil em vez de um para milhão. Na Austrália, a probabilidade de morte por raio é igual à do Brasil, com base em dados de 1980-1989. Já nos Estados Unidos, a probabilidade é muito menor – 0,2 por milhão por ano – com base em dados de 2000-2006.

■O Sudeste, no Brasil, foi a região onde mais pessoas morreram (29% do total),
■ As demais regiões praticamente empatadas: Centro-Oeste (19%), Norte (18%), Nordeste (18%) e Sul (17%).

Considerando a população de cada região, a probabilidade de morte por raio varia de 0,5 a 2,2 por milhão por ano.

ESTAÇÕES DO ANO
Em termos de estações do ano, a maior parte das mortes ocorreu no verão.
■ 77% das mortes se deram no verão e na primavera, períodos do ano em que se registrou cerca de 80% dos raios no Brasil.
Do total de mortes na década, 81% foram homens e 19% mulheres. A faixa etária com maior número de mortes vai dos 20 aos 39 anos (43%), seguida pelo grupo de 0 a 19 anos, com 27%. Nos Estados Unidos, as porcentagens de mortes por raios em homens e mulheres são semelhantes às do Brasil: 82% são homens e 18% mulheres. Quando os dados são distribuídos nas diferentes faixas etárias, os valores encontrados para os Estados Unidos também são próximos aos do Brasil.

OCORRÊNCIA  DAS MORTES
■ A maior parte das mortes no Brasil ocorreu na zona rural (61%),
■ 26% na zona urbana,
■ 8% no litoral e
■ 5% em rodovias.
Considerando a população urbana e rural, a probabilidade de morte por raio no meio rural (0,7 por milhão por ano) é dez vezes maior que na zona urbana (0,07 por milhão por ano).

ESTADOS
Em termos de estados, São Paulo foi a unidade da federação com maior número de mortes (230), 17% do total, seguido pelo Rio Grande do Sul (106), Minas Gerais (99), Mato Grosso do Sul (89) e Goiás (80). Já a probabilidade mais alta de morte por raio considerando as respectivas populações está no estado do Tocantins (4,6 por milhão por ano), seguida por Mato Grosso do Sul (4,3 por milhão por ano). As menores probabilidades estão na Paraíba e Sergipe (0,1 por milhão por ano), desconsiderando o Amapá, onde não houve registros de mortes. No estado de São Paulo, a probabilidade de morrer atingido por raio é de 0,6 por milhão por ano. Nos Estados Unidos, o estado com maior número de fatalidades por raios é a Flórida, com uma média de 12,6 mortes por ano (período de 1990 a 2003) e a probabilidade de morrer atingido por raio é de 0,8 por milhão por ano.

INCIDÊNCIA DE RAIOS
A incidência média de raios por ano no Brasil na última década foi de cerca de 57 milhões. O estado do Amazonas registrou o maior valor, com cerca de 11 milhões de raios. São Paulo registrou cerca de 2,3 milhões de raios por ano. Em relação a municípios, Manaus apresentou o maior número de fatalidades (16 casos), seguido por São Paulo com (14). O número de fatalidades não corresponde diretamente ao valor anual da incidência de raios no Brasil ponderado pela população de cada estado. Isso sugere que outros fatores, além da incidência de raios, devem ser considerados.
Alguns desses fatores provavelmente são as diferentes proporções da população urbana e rural em cada estado, devido à diferença da probabilidade de morrer atingido nas áreas rurais e urbanas, e também pelos hábitos de vida da população, distintos em cada região do país. Outro fator relevante é o fato de que as mortes por raios diminuem quando a população se torna mais ciente dos riscos. Fonte: Scientific American Brasil – 27 de julho de 2011

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sexta-feira, março 01, 2013

Proteção contra Raios

Brasil, por seu clima tropical, é o país com maior incidência deste fenômeno natural, com uma média anual de 57,8 milhões de raios, e soma mais de 1.500 mortes por esta causa, de 2000 a 2012, segundo dados do Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica) e do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

A cada 50 mortes por raios no mundo, uma é no Brasil, o país campeão mundial em incidência do fenômeno. São 130 mortes, mais de 200 feridos por ano e prejuízos anuais da ordem de um bilhão de reais no país.
Portanto, é preciso saber o que fazer e o que evitar quando se escuta o barulho característico de um raio, o trovão!
■ 80% das circunstâncias em que acontecem mortes por raios podem ser evitadas se as pessoas souberem como se proteger.

SERES HUMANOS
Para evitar acidentes com relâmpagos as seguintes regras de proteção pessoal, listadas abaixo, devem ser seguidas:
1. Se possível, não saia para a rua ou não permaneça na rua durante as tempestades, a não ser que seja absolutamente necessário. Nestes casos, procure abrigo nos seguintes lugares:
■ Carros não conversíveis, ônibus ou outros veículos metálicos não conversíveis;
■ Em moradias ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raios;
■ Em abrigos subterrâneos, tais como metrôs ou túneis, em grandes construções com estruturas metálicas, ou em barcos ou navios metálicos fechados.

2. Se estiver dentro de casa, evite:
■ Usar telefone com fio ou celular ligado a rede elétrica (utilize telefones sem fio);
■ Ficar próximo de tomadas e canos, janelas e portas metálicas;
■ Tocar em qualquer equipamento elétrico ligado a rede elétrica.

3. Se estiver na rua, evite:
■ Segurar objetos metálicos longos, tais como varas de pesca e tripés;
■ Empinar pipas e aeromodelos com fio;
■ Andar a cavalo;

4. Se possível, evite os seguintes lugares que possam oferecer pouca ou nenhuma proteção contra raios:
■ Pequenas construções não protegidas, tais como celeiros, tendas ou barracos;
■ Veículos sem capota, tais como tratores, motocicletas ou bicicletas;
■ Estacionar próximo a árvores ou linhas de energia elétrica.

5. Se possível, evite também certos locais que são extremamente perigosos durante uma tempestade, tais como:
■ Topos de morros ou cordilheiras;
■ Topos de prédios;
■ Áreas abertas, campos de futebol ou golfe;
■ Estacionamentos abertos e quadras de tênis;
■ Proximidade de cercas de arame, varais metálicos, linhas aéreas e trilhos;
■ Proximidade de árvores isoladas;
■ Estruturas altas, tais como torres, linhas telefônicas e linhas de energia elétrica.

6. Se você estiver em um local sem um abrigo próximo e sentir que seus pêlos estão arrepiados, ou que sua pele começou a coçar, fique atento, já que isto pode indicar a proximidade de um raio que está prestes a cair. Neste caso, ajoelhe-se e curve-se para frente, colocando suas mãos nos joelhos e sua cabeça entre eles. Não fique deitado. Fonte: INPE/ELAT - Grupo de Eletricidade Atmosférica

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